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Ensaio Em Grupo Do Livro de Jordan Yong CÉREBRO, MÚSICA E ÊXTASE

Ana Beatriz Machado RA: 001133541

Que a Música seja para todos!” (Zoltan Kodaly)


Quando o maestro Kodaly proferiu essas palavras, com certeza se referia
exclusivamente aos seres humanos. Mas seria mesmo só para o ser humano?
No texto lido, vemos que o som atinge muitos outros seres vivos além dos
humanos e que apenas nós temos a capacidade mental de analisar e definir
esses estímulos sonoros como “música”.
Iniciando de forma poética, o autor define uma cena um tanto romântica do
flautista e seu instrumento. Porém, o que fica é a ideia de como esse som
chega a tudo que está a o seu redor. De fato, fazer uma comparação dos
efeitos causados pela música em diferentes criaturas foi uma forma muito feliz
que o autor encontrou para definir a música e seus efeitos no meio.
Num primeiro momento, vemos que a mesma fonte sonora atinge de diferentes
formas aos seres vivos citados no início do texto. As sensações da vibração do
som vai sendo mais percebida conforme os receptores vão se tornando mais
evoluídos em relação principalmente à sua constituição biológica. Até
chegarmos no ser humano, entra um componente diferente e exclusivo nosso,
que é a capacidade de identificar relação entre vibrações de alturas diferentes,
no caso, notas musicais.
Mas uma dúvida nos ocorre. Considerando que a música consiste em
promover uma onda vibracional harmônica que se propaga pelo ar, e que esta
por sua vez atinge a tudo e a todos que estejam próximos da fonte sonora, e
considerando ainda que todos os seres vivos são constituídos da mesma
matéria atômica, nos perguntamos por que os seres, inclusive aqueles sem
capacidade de audição, não podem “sentir” algo diferente ao “ouvir” música?
As ondas vibracionais das notas ou acordes musicais não poderiam dar a todos
os seres uma sensação agradável?
Experiências com música clássica já foram e são realizadas em hortas e
plantações, bem como em criações de gados e o resultado alcançado é
realmente satisfatório. Frutos de melhor qualidade, maior crescimento dos pés
e, no caso dos gados, carne com mais maciez e leite com melhor qualidade
são alcançados através dessas experiências. E é interessante como o autor
especifica anatomicamente o funcionamento do ouvido humano, desde a
chegada do som na orelha até o ouvido interno, diferente de alguns animais
como os peixes que não tem orelha e até mesmo o ouvido médio, mas ainda
de baixo d’água conseguem escutar, através do som que se propaga no gás da
sua barriga chegando ao seu ouvido interno. Essa diferença consiste porque as
ondas vibratórias chegam até nós pelo ar, e com os peixes as ondas são
captadas da terra, até mesmo pelo maxilar, desde sua evolução.
Em toda a história sempre tivemos uma ideia equivocada sobre a compreensão
de música, pensávamos que para um bom entendimento sobre o que se escuta
é necessário ter um bom ouvido, mas o autor do texto afirma que na verdade é
necessário ter uma boa mente. Essa colocação é excelente, pois, para
entender o que escutamos é necessário um grande treinamento auditivo e
conhecimento teórico musical para então conseguirmos diferenciar todas as
alturas, harmonias, ritmos e pulsações, e é por isso que nos diferenciamos dos
demais animais, pois somos os únicos capazes de agir e pensar racionalmente,
porém toda essa inteligência tem que ser estimulada para poder evoluir.
Podemos afirmar assim que nosso entendimento sobre os sons não será tão
diferente de um simples grilo, se não formos capazes de utilizar toda a nossa
capacidade para o exercício da compreensão musical.

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