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Pinguim africano

Introdução

Bom dia, hoje estamos aqui no âmbito da disciplina de biologia-geologia para falar
sobre o pinguim africano. Escolhemos este animal uma vez que deve ser
desconhecido para a maior parte de vocês e, na maior parte das vezes, os pinguins
estão associados a climas gélidos, no entanto o pinguim africano vive em locais
onde existe bastante calor.

O pinguim africano pertence à classe das Aves e à ordem Sphenisciformes.


Pertence à família dos pinguins Spheniscidae . É classificado como Spheniscus
demersus . O gênero ao qual o pinguim africano pertence, Spheniscus , é derivado
da palavra grega antiga sphen , que significa cunha . Isto deve-se à sua forma
corporal simples. O seu nome de espécie, demersus , é uma palavra latina que
significa mergulhar. Esta espécie está inserida no reino animalia e ao filo chordata.

O pinguim africano pode ser encontrado na costa sudoeste da África, vivendo em


colônias em 24 ilhas entre a Namíbia e a Baía de Algoa , perto de Port Elizabeth ,
na África do Sul . É a única espécie de pinguins que se reproduz na África e sua e a
sua presença em África deu nome às Ilhas Penguin.

No início do séc XIX, existiam cerca de 4 milhões de pinguins, decaindo para 1,5
milhões em 1910. Em 2010 foram estimados apenas 55.000 existentes e, com esta
taxa de declínio tão elevada, espera-se que o pinguim africano seja extinto na
natureza em 2026.

Desenvolvimento

Os pinguins africanos medem de 60 a 70cm de altura e pesam entre 2,2 e 3,5kg.


Toda esta espécie tem como padrão uma faixa preta e manchas pretas no peito, no
entanto, o padrão de manchas é único em cada pinguim, assim como as nossas
impressões digitais e as riscas das zebras, por exemplo. Têm pés pretos
Eles têm também glândulas rosa acima dos olhos, que são usadas para
termorregulação. Não sei se sabem aqui todos o que é a termorregulação mas, para
quem não sabe, a termorregulacão é a capacidade de um organismo de manter a
sua temperatura corporal dentro de certos limites, mesmo quando a temperatura do
ambiente é muito diferente. Quanto mais quente o pinguim fica, mais sangue é
enviado para essas glândulas, para que possa arrefecer com o ar circundante, o
que torna as glândulas mais rosadas.
Existe dimorfismo sexual, uma vez que os machos são ligeiramente maiores que as
fêmeas e têm bicos mais longos.
A coloração preta e branca do pinguim africano é vital para a sua camuflagem
utilizando uma técnica de camuflagem denominada sombreamento.

Os pinguins africanos são encontrados geralmente a 40km da costa


Alimentam-se principalmente sardinha e anchovas, porém também comem
pequenas lulas e pequenos crustáceos.
Devido à intensa pesca comercial da sardinha, atualmente alimentam-se, não tanto
de sardinha, mas principalmente de anchovas.
Este animal é alvo de predação, principalmente por tubarões, focas, gaivotas,
mangustos e gatos. No entanto, o pinguim africano, em média, vive entre os 10 e os
27 anos em estado selvagem e até 30 em cativeiro

O pinguim africano é um ser monogâmico, que significa que têm apenas um


parceiro durante a vida. Criam em colónias e retornam ao mesmo local todos os
anos, sendo depositados os seus ovos em ninhos. A incubação é realizada tanto
pelo macho como pela fêmea por um período de 40 dias. Após o nascimento, pelo
menos um dos pais guardam os filhos por cerca de um mês. Após este período de
tempo, ambos os pais saem para o mar para procurar comida todos os dias.
Em média, as fêmeas permanecem férteis por 10 anos e esta espécie geralmente
reproduz-se durante o Inverno, quando as temperaturas são mais baixas. Se os
ovos ficarem muito quentes pelo sol, os pinguins africanos abandonam-nos, não
resistindo e acabando por morrer. Os ovos deles são 4x maiores que os da galinha.

Atualmente o pinguim africano encontra se "Em perigo" pela categoria da Lista


Vermelha da IUCN e, como já foi referido anteriormente, a possível data para a sua
extinção será daqui a aproximadamente 6 anos.
Em 1970, os ovos de pinguim africano eram considerados uma iguaria e estavam a
ser coletados para venda. Esta prática consistia em esmagar os ovos encontrados
alguns dias antes da coleta, para garantir que apenas os frescos fossem vendidos.
Assim, teriam a certeza de quais ovos eram recentes e considerados "bons" para a
venda. Isto contribuiu para um drástico declínio da população desta espécie,
acelerado ainda pela remoção do guano (ninho dos pinguins) para uso de
fertilizante.
Os derramamentos de óleo, assim como a prática referida anteriormente, foram
causas que levaram ao reduzido número de pinguins africanos que existe nos dias
de hoje. Outra causa para este declínio é a pesca excessiva, que diminui o número
de anchovas e principalmente de sardinhas, as principais presas do pinguim. Esta
fez com que os pinguins caçassem mais longe da costa e consumissem presas
menos nutritivas. Por fim, a última causa encontrada por nós para este
acontecimento é a destruição dos seus ninhos, não só pela mão do Homem mas
também por gaivotas, cascais e gatos domésticos.
No entanto, existem várias organizações que estão a trabalhar para tentar deter o
declínio do pinguim africano. É o caso da SANCCOB, Dyer Island Conservative
Trust e SAMREC. Algumas medidas são o monitoramento das tendências da
população, criação manual de pintainhos, estabelecimento de ninhos artificiais e a
existência de um maior cuidado na época em que a pesca é proibida. Prevê-se
ainda que vá acontecer um abate de animais problemáticos, como as focas do cabo,
uma vez que algumas colónias estão sob pressão devido à forte predação deste
animal.
Contudo, a SANCOOB é atualmente a única organização a que o governo sul-
africano atribui o cargo de responder a crises envolvendo aves marinhas ao longo
da costa da África do sul. É reconhecida internacionalmente pelo papel que
desempenhou durante o derramamento de óleo do MT Treasure, onde mais de
20.000 pinguins africanos ficaram expostos ao óleo.
Em fevereiro de 2015, a organização Dyler Island Conservation Trust inaugurou o
Santuário Africano de Pinguins e Aves Marinhas (APPS), na África do sul. Servirá
sobretudo como um centro para pesquisa de aves marinhas, mas também
administrará projetos de educação local, receberá voluntários marinhos
internacionais e buscará melhorar técnicas de manejo de aves marinhas e
protocolos de reabilitação.

O pinguim africano é uma espécie muito vista em jardins zoológicos espalhados


pelo mundo, uma vez que são fáceis de adaptar em ambientes de cativeiros, não
requerendo temperaturas muitos baixas e geralmente são mantidos em recintos
externos. Também são bastantes fáceis de reproduzir em comparação a outras
espécies da família.

Conclusão

Para concluir, nós gostamos muito da escolha deste animal, uma vez que o
pinguim africano é uma espécie pouco falada, no entanto o estudo sobre ela foi
muito interessante. Fez-nos aprender um pouco mais sobre ela, e é triste a forma
leve e subtil de como assuntos de tão grande importância são tratados. Não só esta
espécie está em perigo como muitas outras milhares e convidava-vos a refletir sobre
este tema, uma vez que somos os principais culpados por esta quantidade enorme
de espécies em perigo e, por nossa causa, espécies importantíssimas para o
funcionamento deste planeta estão extintas atualmente e muitas outras estão a
caminhar para uma extinção próxima.
Espero que tenham gostado :)

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