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Os pés dos pinguins possuem membranas entre os dedos que ajudam durante a natação
A fidelidade é uma característica marcante entre os pinguins
Sphenisciformes
Os pinguins constituem a família Spheniscidae e a ordem Sphenisciformes (de
acordo com a taxonomia de Sibley-Ahlquist, fariam parte da ordem Ciconiformes). É
uma ave marinha e nadadora, chegando a nadar com uma velocidade de até 45
km/h, passando a maior parte do tempo na água.
WIKI
O pinguim (RO 1971: pingüim) é uma ave da família Spheniscidae, altamente modificadas
para a uma vida aquática, sendo suas asas adaptadas para promover impulso através da
água[1]. Essas aves estão amplamente distribuídas pelas águas mais frias do hemisfério sul [2],
especialmente na Antártida e ilhas dos mares austrais, chegado à Terra do Fogo, Ilhas
Malvinas e África do Sul, entre outros. Apesar da maior diversidade de pinguins encontrar-se
na Antártida e regiões polares, há também espécies que habitam nos trópicos como por
exemplo o pinguim-das-galápagos (Spheniscus mendiculus), nas Ilhas Galápagos.
Considerando o número de indivíduos, a maioria ocorre nas proximidades da Antártida, porém
apenas as espécies Pygoscelis adeliae e Aptenodytes forsteri estão restritas a essa região, de
forma que a maioria das 18 espécies está distribuída entre 45ºS e 60°S, com grande diversidade
ocorrendo na Nova Zelândia e em ilhas ao redor [3].
A sua morfologia, em geral, pouco varia, com forma e estrutura corporal muito
semelhante, adaptadas para nadar e mergulhar. Seus corpos são aerodinâmicos e suas asas
são modificadas para formar nadadeiras rígidas e planas, que promovem uma boa propulsão no
nado [4]. Variam, entretanto em tamanho, desde Eudyptula minor com 40 cm e 1,1 kg,
até Aptenodytes forsteri com 115 cm e mais de 30kg [4]. Além disso, as suas plumagens são
semelhantes, caracterizadas por partes pretas e brancas, exceto em relação à cor e ao padrão
de plumagem da cabeça, que confere uma das principais diferenças entre as espécies. Algumas
espécies têm cristas e plumas variadas no topo da cabeça (Eudyptes), outras possuem
manchas auriculares (Aptenodytes), enquanto algumas possuem um padrão de faixas pretas e
brancas (Spheniscus) [4]. Os adultos se alimentam no mar, capturando zooplâncton, peixes
pequenos e lulas, enquanto os filhotes são alimentados diretamente por regurgitação [1]. Por sua
vez, são vítimas da predação de orcas e focas-leopardo.
Em relação à conservação, os pinguins possuem uma situação delicada devido à ações
humanas, especialmente em relação à mudança climática e à perda de habitat. De modo geral,
espécies estão cada vez mais ameaçadas e a preocupação quanto ao ecossistema ao qual eles
pertencem têm aumentado [3].
O nome "pinguim" vem de uma outra ave, que habitava as regiões do Ártico e que foi extinta
pela ação do homem, o arau-gigante (Pinguinus impennis). Quando os exploradores europeus
descobriram no hemisfério Sul as aves conhecidas hoje como pinguins, eles notaram a
aparência muito similar ao arau-gigante, ou mesmo se confundindo com os araus, e as
batizaram com esse nome, que persiste até a atualidade. Apesar de parecidos, araus e pinguins
não têm nenhum parentesco próximo. O termo "Pinguim" é originário do galês "pen gwyn", o
antigo nome popular dos araus-gigantes nas ilhas Britânicas.
Os primeiros pinguins apareceram no registo geológico do Eocénico. Os pinguins constituem a
família Spheniscidae e a ordem Sphenisciformes (de acordo com a taxonomia de Sibley-
Ahlquist, fariam parte da ordem Ciconiformes). É uma ave marinha e nadadora, chegando a
nadar com uma velocidade de até 45 km/h, passando a maior parte do tempo na água.
Aspectos biológicos
Anatomia
Pinguins nadando.
Pinguim no Museu Oceanográfico de Rio Grande, Rio Grande do Sul, Brasil.
Pinguim-azul.
Natação
Quanto às adaptações fisiológicas do nado, os pinguins, antes do mergulho, estocam oxigênio
nas veias e artérias, músculos e sacos aéreos, que neste caso são reduzidos [14], no entanto
estes mecanismos ainda não são totalmente conhecidos. Os pinguins do gênero Pygocelid,
conseguem armazenar em seus sacos aéreo mais que 30% do oxigênio utilizado durante a
natação, e este é então liberado a partir de movimentos musculares durante o mergulho, mesmo
com o seu batimento cardíaco desacelerado [16].
Ao contrário dos peixes e golfinhos, os pinguins não se utilizam do movimento do corpo na
produção de impulso, sendo que estas oscilações durante o nado são moderadas. Já quando
comparados com as outras aves, as adaptações nas asas são mais visíveis, em princípio o
aparato de vôo dos pingüins consiste no mesmo aparato da maioria das aves, porém, com
pequenas modificações para melhorar a produção do impulso embaixo d’água, sendo as asas
curtas e rígidas, e com músculos e articulações também menores que os de pássaros voadores,
além disso seus ossos são compactos e achatados e seu esqueleto é recoberto por um tecido
conjuntivo firme com numerosas penas, mas ainda assim seu tronco apresenta grande
flexibilidade [15].
Ao saltar da água, seu corpo deve aguentar um grande impacto do contato com o solo, sendo
assim seu esterno é longo e esguio, como a maioria dos pássaros mergulhadores, e recoberto
por um tecido cartilaginoso elástico que diminui a força do impacto, protegendo assim os órgãos
e o esqueleto do animal [15].
Alimentação
A dieta dos pinguins dos gêneros Aptenodytes, Megadyptes, Eudyptula e Spheniscus consiste
principalmente em peixes. O gênero Pygoscelis fundamentalmente de plâncton. A dieta do
género Eudyptes é pouco conhecida, mas se acredita que muitas espécies alimentam-se de
plâncton. Em todos os casos a dieta é complementada com cefalópodes e plâncton.
Reprodução
População
Os pinguins, como outras aves marinhas, são caracterizados por viverem por um longo período
de tempo, uma vez que têm baixas taxas de mortalidade, principalmente quando adultos, e os
só liberam os filhotes quando eles já têm alguns anos de vida[4]. As mudanças na população são
determinadas pelo balanço entre a taxa de reprodução efetiva e o número de aves que entram
na população por migração ou saem, seja por migração ou por mortalidade[4].
Reprodução tardia
A primeira tentativa de reprodução é feita com mais de um ano de idade. Em algumas espécies,
esse período é maior, como em alguns Eudyptes (pinguim-macaroni e pinguim-real), que a
idade mínima para reprodução é de cinco anos[4]. As fêmeas, geralmente, começam a se
reproduzir com uma idade menor que os machos (em média, um ou dois anos). Isso pode ser
correlacionado com a proporção de machos em muitas populações, já que é mais “fácil” para as
fêmeas encontrem parceiros[4].
Esse início tardio reprodutivo possui explicações com componentes fisiológicos, ecológicos e
comportamentais envolvidos. O pinguim-macaroni, por exemplo, possui níveis baixos de
hormônios reprodutivos circulando no sangue, o que pode indicar imaturidade sexual[17]. Esses
hormônios, principalmente a testosterona (machos), progesterona e estradiol (fêmeas) e
o LH, são importantes para o crescimento das gônadas e para o comportamento associado à
aquisição territorial e formação de casais[4]. A testosterona só é predominante, nos machos, com
três anos de idade, já os hormônios reprodutivos, nas fêmeas, permanece baixo com até quatro
anos, inibindo a formação do ovo[4].
Eudyptes chrysolophus
Após a maturação sexual, ainda ocorrem problemas que podem retardar a reprodução. Os
pinguins jovens chegam à população mais tarde que os adultos, então, possuem menos tempo
para reprodução, uma vez que não irão ter tempo para competir com os outros pinguins, que já
estavam lá anteriormente[4]. Além disso, estudos mostram que os pinguins jovens possuem uma
reserva corporal insuficiente para sobreviver o período reprodutivo, o que pode causar o
fracasso. Essa falta de reserva pode ser atribuída ao fato de que os jovens ainda não possuem
as habilidades de forrageamento necessárias para obter alimento para si próprio e para sua
parceira[18]. Podem levar anos para as aves aprenderem e atuar corretamente durante a
reprodução, como encontrar um local para o ninho e um parceiro sexual[4].
Fidelidade
Os pinguins são ditos como monogâmicos, ou seja, as fêmeas só se reproduzem com um
único macho e vice versa. Podem também permanecer com o mesmo companheiro de um ano
para o outro ou até mesmo por muitos períodos reprodutivos[4]. O nível de fidelidade pode variar
com a espécie, alguns relatos descrevem um casal de pinguim-azul que ficou junto por onze
anos. Podem ocorrer ocasiões que envolvem o divórcio, ou seja, quando ambas as aves estão
vivas e retornam para o ninho do ano anterior[4]. Essa situação é diferente de separação, uma
vez que a separação ocorre quando apenas um retorna ao antigo ninho. Isso acontece quando
a reprodução não ocorre durante o período de um ano, então voltam ao seu antigo ninho para
encontrar outro parceiro[4].
Um possível motivo da monogamia é a vantagem de não ter a necessidade de encontrar um
novo parceiro sexual[19]. Outra possibilidade é que a fidelidade é apenas uma consequência
das aves retornarem para o mesmo ninho por temporadas sucessivas[4]. Porém, em alguns
casos, essa associação não é clara. No pinguim-rei, a taxa de fidelidade ao ninho é bem
superior (83%) ao comparar com a taxa de fidelidade sexual (29%) [4]. Portanto, a questão de
fidelidade está muito mais relacionada ao comportamento e nível de associação entre o casal
que sendo uma simples consequência do ninho.
Comportamento
Comportamento agonista
O comportamento agonista inclui todas as atividades associadas à luta, seja os agressivos,
aqueles que têm a intenção de assustar ou confrontar outros indivíduos, os defensivos, usados
para evitar o conflito, ou os comportamentos de deslocamento, que aparecem sem contexto [2].
Este, como exemplo, é o caso de aves que, repentinamente, alisam suas penas no meio de uma
interação agressiva [2].
Algumas interações não envolvem contato físico, apenas visual, como ‘head-circling’ no
pinguim-rei e ‘bill-to-axilla’, no pinguim-de-adélia [2].
Lutar também inclui algumas atividades em geral, como bicadas, mordidas, quando o oponente
utiliza o bico para segurar o outro pela nunca ou pelas penas, ou utiliza suas nadadeiras rígidas
para bater [2].
No pinguim-de-adélia, a intensidade da resposta inicial de um dos pinguins ao intruso irá
depender da distância entre ambos, se o oponente está parado ou em movimento e a
frequência do distúrbio [2]. Além disso, um indivíduo que acabou de se envolver em uma
interação tende a ser mais agressivo [2].
Cerca de 10% de todas as interações escalam direto para a luta, gerando sérios danos aos
animais [20].
Portanto, defensivamente, o pinguim pode aumentar sua distância com passos lentos ou ficar
parado, com seu olhar voltado a outro ponto [20]. Já ofensivamente, o pinguim pode ficar parado,
mas olhando diretamente para o oponente, reduzir sua distância com o inimigo e partir para a
agressão [20].
Muitos estudos mostram a diversidade de comportamentos agonistas entre as espécies de
pinguim. Em pinguim-azul, essa diferença aparece nas populações que vivem em ninhos
abertos e cavernas [20]. Uma das hipóteses para esse tipo de comportamento é que, aqueles
que moram em cavernas realizam mais interações sociais, uma vez que se associam a mais
indivíduos [20]. Assim, possuem uma oportunidade maior de aprender, modificar e assimilar novos
comportamentos [20]. Outra hipótese leva em conta aves que vivem em ambos os habitats,
possuindo uma habilidade mais completa de comportamentos [20].
Alguns comportamentos são exclusivos de cada espécie, segue alguns exemplos.
Pinguim-imperador
Utiliza horizontalmente ‘head-circling’ durante a cópula e chocando o ovo. Esse comportamento
também é visto quando estão criando os filhotes e o outro parceiro está presente. Pode ocorrer
devido ao reflexo territorial dentro dessa espécie [21].
Outro comportamento é o de se amontar durante a incubação dos ovos. Esta foi uma importante
adaptação para o frio extremo [2].
Eudyptes chrysolophus
Pinguim-macaroni
Nessa espécie, a frequência do comportamento agonista pode variar de temporada para
temporada [2]. A maioria das lutas é definida como aquelas que envolvem dois ou mais pinguins,
fora do ninho, com grande potencial de perder o ovo [2]. Lutas menores ocorrem dentro do ninho,
sem que ocorra chance de perder o ovo [2].
Pinguim-de-adélia
O nível de agressividade pode variar entre os sexos (masculino e feminino) e o estágio do
período de reprodução [2].
Os machos que chocam os ovos são mais agressivos que as fêmeas quando trata-se de
defender o ninho, porém, durante a criação dos filhotes, não há diferença entre os sexos [2].
Comportamento sexual
Este tipo de comportamento é dividido em quatro grandes principais ações: extático, exibição
mútua, curvar, que se iguala ao tremer de pinguins com crista e arremesso mútuo [2]. Estes
ocorrem em todas as espécies e parecem ter a mesma função, mas apenas o último é restrito a
espécies menores.
Exibição extática (‘ectastic’)
Esse comportamento recebe outros nomes, como: ‘trumpeting’, ‘head swinging’,
‘advertisement’ [2]. É mais comumente feito por machos no local do ninho antes da chegada da
fêmea ou durante o período de formação de pares [2]. Tem função territorial, demonstrando
ocupação deste local e alertando outros machos para se afastar, além de avisar as fêmeas
sobre o potencial parceiro [2].
Durante essa exibição, os machos estendem seu pescoço e sua cabeça verticalmente,
fazendo uma série de vocalizações [2]. Por isso, pode receber o nome ‘trumpeting’.
Exibição mútua (‘mutual display’)
É realizada simultaneamente por ambos do casal, é bem parecida com a exibição anterior e é
bem comum acontecer no local do ninho [2]. Nos gêneros Eudyptes, Pygoscelis e Spheniscus, o
comportamento envolve o casal se encarar, curvando-se para a frente e, em seguida,
levantando a cabeça rapidamente verticalmente e vocalizando [2]. O pinguim-imperador difere
dos demais, uma vez que ele curva a cabeça para baixo durante o comportamento mútuo [2]. A
vocalização irá variar de espécie para espécie. O pinguim-de-adélia, por exemplo, pode consistir
em um alto zurro ou em um baixo, mais calmo [2].
Esse comportamento pode indicar a prontidão de uma das aves em se aproximar do
parceiro e sincronizar as atividades de ambos. Isso pode aprimorar a eficiência do ninho e
diminuir o total de tempo que o ovo estará exposto, diminuindo o risco de predação [2]. Além
disso, pode estimular e sincronizar o desenvolvimento das gônadas e o comportamento de
cópula, reduzindo as interações agressivas entre os parceiros enquanto eles estão próximos ao
local do ninho [2].
Curvar (‘Bowing’)
Tipo de comportamento que pode funcionar no fortalecimento e manutenção dos casais,
reduzindo a probabilidade de agressão entre eles nos primeiros estágios da formação [2].
Geralmente, envolve ambos, pode ser realizado por apenas um indivíduo, que se inclinam para
frente com seus bicos apontados para os parceiros [2].
Cópula
É comumente observada nos locais de formação do ninho e é parecida na maioria das espécies.
É precedida de outros tipos de comportamento, como o ‘mutual display’, ‘bowing’ e formação do
ninho [2].
O macho se aproxima da fêmea, sempre com um tom pacífico, se inclina nas costas da fêmea
para deixá-la de bruços. Este comportamento pode ser acompanhado de movimentos
vibratórios pelas nadadeiras do macho em direção a fêmea e de mordiscadas na nuca. Após ela
estar deitada, o macho sobe em cima dela e, gradualmente, se posiciona perto da cauda para
colocar a cloaca em posição. Ele continua vibrando suas nadadeiras, a fêmea responde
segurando a própria cauda para deixar sua cloaca amostra. Imediatamente após a cópula, o
macho salta para fora e ambas as aves usam algumas exibições mútuas [2].
Em algumas espécies, como as aves do gênero Eudyptes, são especialistas em
comportamentos pós-cópula [2].
Vocalizações
Todas as vocalizações são associadas com comportamentos visuais, nem sempre o contrário é
verdade. Elas podem ser usadas para chamar atenção, como em um comportamento agonista
ou sexual, para localização, como interações com filhotes, e para identificação individual. Os
primeiros comportamento, agonista e sexual, são os mais comuns quando se trata de
vocalização. Geralmente, esses comportamentos que possuem a intenção de reduzir o risco de
agressão, são mais silenciosos [2].
São três tipos principais de vocalização: contato, agonista, sexual [22]. O primeiro funciona,
principalmente, para que indivíduos isolados consigam se encontrar novamente com o grupo. Já
os agonistas possuem a função de alertar os possíveis oponentes para a intenção de agressão.
Os sexuais podem aumentar a efetividade dos comportamentos visuais sexuais [2].
As vocalizações são importantes para o reconhecimento individual de cada pinguim durante as
interações sociais entre adultos, principalmente entre parceiros e entre pais e filhos. Em
contraste, o reconhecimento individual físico, como na plumagem, se torna sem importância [2].
Filhotes
O comportamento parental envolve chocar o ovo, alimentar o filhote e cuidar dele até
conseguir sobreviver sozinho. O período de tempo que isso leva para acontecer irá depender de
cada espécie [2].
Os filhotes são capazes de pedir por comida a partir do primeiro dia de vida. Os olhos deles
ficam fechados nos primeiros dias, fazendo com que o contato seja estimulado não
visualmente [2]. Após isso, os filhotes começam a pedir comida vibrando seu bico no bico do
adulto e fazendo uma vocalização, estimulando o adulto a regurgitar a comida [2].
Comportamento no mar
Alguns pinguins demonstram ter contatos sociais no mar, principalmente aqueles que estão em
grupos [2]. Há grupos do pinguim-de-adélia que sincronizam seu nado e seu banho, podendo
sincronizar outros tipos de comportamento [23].
Incubação
A incubação funciona de maneira que o ovo tenha a temperatura certa para o desenvolvimento
do embrião, reduzindo também as chances de predação [2]. O tempo de incubação irá depender
de cada espécie, em Aptenodytes, por exemplo, botam apenas um ovo, que é imediatamente
colocado entre as pernas, a ave fica com a postura de incubação nesse momento [2].
Conservação e distribuição
Pinguins são animais particularmente suscetíveis à extinção no atual cenário de drásticas
ações humanas, seja pela rápida mudança climática causada, sela pela perda de habitat. De
modo geral, espécies estão cada vez mais ameaçadas e a preocupação quanto ao ecossistema
ao qual eles pertencem têm aumentado [2].
Pinguins possuem uma distribuição prioritária pelo hemisfério sul do globo terrestre, sendo a
Antártida e seus arredores relevantes quanto à hospedagem desses indivíduos [2]. Infelizmente,
as atuais mudanças climáticas e interesse em exploração dos recursos nessa região têm
aumentado, impactando diretamente a conservação desses animais e gerando preocupações
quanto a atual conservação do continente. Em relação às principais ameaças à conservação de
espécies dessa região, ao ecossistema ali presente e das suas margens, têm-se o aumento de
temperatura, a acidificação do oceano e as mudanças na relação de distribuição de gelo e
mar [24].
Ocorre prioritariamente ao redor da Antártida mas podendo chegar às ilhas de Galápagos perto
do Equador. É notável também que a maioria das 18 espécies está distribuída entre 45 e 60°S,
com grande diversidade ocorrendo na Nova Zelândia e em ilhas ao redor [2].
Em relação às atuais mudanças climáticas proporcionadas pela ação humana, é notável
o aumento de temperatura e mudança de regimes de precipitação ocorridos nos últimos
anos e previstos para as próximas décadas [25]. Apesar de pinguins possuírem a habilidade de
sobrevivência em mudanças ambientais, já que eles dispõem de estratégias para driblar certas
condições, mudanças ambientais drásticas, como as atuais e as previstas para as próximas
décadas, excedem essa capacidade de adaptação e pode levar a morte desses animais [2].
Mudanças recentes na distribuição de pinguins sugerem que alterações climáticas são umas
das ameaças de maior calibre sobre esses indivíduos.
Diversos estudos já documentaram o efeito desse impacto sobre as populações dessas aves,
como foi o caso dos pinguins de Rockhopper das ilhas Campbell, os quais diminuíram
drasticamente em número de indivíduos entre os anos de 1940 e 1990 em decorrência do
aumento de temperatura do oceano na época, evidenciando a sensibilidade desses organismos.
Um exemplo do efeito desse impacto sobre as populações de pinguins é a alteração de
correntes marítimas e sua consequente mudança na disponibilidade de comida que chega até
os locais de reprodução dos pinguins, impactando diretamente a dieta e disponibilidade de
alimento para esses animais [2]. Outro exemplo é o dado registrado de que essas aves têm se
reproduzido cada vez mais tarde em decorrência das mudanças climáticas, de modo a
chegarem em suas colônias até 9 dias depois do registrado no século passado [26].
Além disso, as atividades humanas diretas na Antártida, como o turismo por exemplo,
têm afetado os pinguins ao perturbarem esses animais durante um período crucial, o
reprodutivo, seja por interferência direta nas populações, seja por poluição, ou
ainda introdução de espécies exóticas [27]. A situação é ainda pior para as espécies de
pinguins que têm sua distribuição durante o período reprodutivo próxima à populações humanas
em crescimento, como é o caso dos pinguins de Humboldt, distribuídos de modo geral na costa
da América do Sul, de modo que a perda de habitat é agravada [2]. Em relação à introdução de
espécies exóticas por ação humana, um dos efeitos mais característicos é o declínio das
populações de pinguins em resposta à predação desses animais por essas espécies
introduzidas [2]. Na Nova Zelândia, por exemplo, gatos e cachorros domésticos têm sido
responsáveis pelo declínio da população de pinguins de olhos-amarelo [2] espécie endêmica
dessa região e agora em estado de perigo quanto a sua conservação de acordo com a IUCN
(2019)[28].
Uma das contribuições do Brasil para a conservação dos pinguins é Projeto Nacional de
Monitoramento dos Pinguins de Magalhães, aves classificadas como quase ameaçadas pela
IUCN (2019)[28], as quais se reproduzem na Argentina, Ilhas Falkland (Malvinas) e Chile, mas
realizam anualmente movimentos migratórios sazonais para o Brasil [29]. De acordo com o
Instituto, o intuito deste Projeto é “ampliar o conhecimento sobre o pinguim-de-Magalhães no
Brasil e otimizar os esforços de pesquisa, reabilitação e monitoramento, possibilitando a
contribuição e integração de iniciativas em prol da conservação”.
Em relação às outras espécies, a tabela abaixo exibe as espécies de pinguins (família
Spheniscidae), seus estados de conservação, distribuição, principais ameaças e ações de
conservação quando presentes, de acordo com a IUCN (2019)[28].
Na época ExpandirMonitoramento
Pinguim das Vulnerável 1 Uso de reprodutiva, é sistemático, controle de
Snares (Eudyptes (VU) recursos encontrado na espécies invasoras, áreas
robustus) biológicos Nova protegidas.
Zelândia.
2 Espécies
invasoras Tem
distribuição na
3 Poluição
4 Mudança
climática: Argentina e
Perda de nas Ilhas
habitat e Malvinas.
mudança de
distribuição
Espécies
Pinguim-imperador.
Pinguim-saltador-da-rocha.
[30]
Gênero Aptenodytes
o Pinguim-imperador (Aptenodytes forsteri)
o Pinguim-rei (Aptenodytes patagonicus)
o Pinguim-de-ridgen (Aptenodytes ridgeni) (fóssil)
Gênero Pygoscelis
o Pinguim-de-adélia (Pygoscelis adeliae)
o Pinguim-gentoo (Pygoscelis papua)
o Pinguim-de-barbicha (Pygoscelis antarctica)
Gênero Eudyptes
o Pinguim-saltador-da-rocha (Eudyptes chrysocome)
o Pinguim-macaroni (Eudyptes chrysolophus)
o Pinguim-das-snares (Eudyptes robustus)
o Pinguim-de-fiordland (Eudyptes pachyrhynchus)
o Pinguim-real (Eudyptes schlegeli)
o Eudyptes sclateri
Gênero Spheniscus
o Pinguim-de-magalhães (Spheniscus magellanicus)
o Pinguim-das-galápagos (Spheniscus mendiculus)
o Pinguim-de-humboldt (Spheniscus humboldti)
o Pinguim-africano (Spheniscus demersus)
Gênero Eudyptula
o Pinguim-azul (Eudyptula minor)
o Pinguim-azul-do-norte (Eudyptula albosignata)
Gênero Megadyptes
o Pinguim-de-olho-amarelo (Megadyptes antipodes)
o Pinguim-waitaha (Megadyptes waitaha)
Gêneros extintos
Anthropodyptes
Archaeospheniscus
Chubutodyptes
Pachydyptes
Palaeeudyptes
Palaeospheniscus
Paraptenodytes
Pseudaptenodytes
Cultura popular
Os pinguins são considerados cativantes por seu andar anormalmente ereto e gingado, por sua
capacidade de nadar e (em comparação com outras aves) pela falta de medo dos humanos.
Sua plumagem em preto e branco costuma ser comparada a um terno de gravata branca.
Alguns artistas e escritores têm pinguins baseados no polo norte, mas não existem pinguins
selvagens no círculo polar ártico. A série de desenhos animados Chilly Willy ajudou a perpetuar
esse mito, já que o pinguim-título interagia com espécies árticas ou subárticas, como ursos
polares e morsas.[31][32]
Os pinguins são temas de muitos livros e filmes, como Happy Feet, Surf's Up e The Penguins of
Madagascar, todos filmes em CGI; Marcha dos Pinguins, documentário baseado no processo de
migração do pinguim-imperador; e uma paródia intitulada Farce of the Penguins. Os Pinguins de
Popper é um livro infantil escrito por Richard e Florence Atwater; que foi indicado a Medalha
Newbery em 1939. Os pinguins também apareceram em vários desenhos animados e dramas
de televisão, incluindo Pingu, criado por Silvio Mazzola em 1986 e com mais de 100 episódios
curtos. No final de 2009, a Entertainment Weekly colocou-o em sua lista dos "melhores" do final
da década.[33]
Um videogame chamado Pengo foi lançado pela Sega em 1982. Situado na Antártica, o jogador
controla um personagem pinguim que deve navegar em labirintos de cubos de gelo. O jogador é
recompensado com sequências de pinguins animados marchando, dançando, saudando e
brincando de esconde-esconde. Seguiram-se vários remakes e edições aprimoradas, mais
recentemente em 2012. Os pinguins às vezes também são retratados na música.[34]
Em 1941, a DC Comics apresentou o personagem "O Pinguim" como um supervilão adversário
do super-herói Batman. Ele se tornou um dos inimigos mais duradouros do Batman. Na série de
TV dos anos 60, Batman, foi interpretado por Burgess Meredith e se tornou um dos personagens
mais populares. Na releitura de Tim Burton, o filme Batman Returns de 1992, foi usado um
exército real de pinguins (principalmente pinguins africanos).[35]
Ver também
Roy e Silo
Tux Linux
Pinguim Watch: Um site baseado na participação voluntária de milhares de cidadãos
Referências
1. ↑ Ir para:a b Young, Euan (17 de fevereiro de 1994). Skua and Penguin. [S.l.]: Cambridge University
Press
2. ↑ Ir
Willi
para:a b c d e f g h i j k l m n o p q r s t u v w x y z aa ab ac ad ae af ag ah ai aj ak alam an ao ap aq ar as at au av aw ax ay az ba bb bc bd be bf bg bh
Atualizado em 07/09/2020
Por Toni Nascimento
Certamente você acha o pinguim um dos animais mais fofos da natureza. Apesar
disso, o que você sabe sobre eles?
Além disso, eles usam as suas asas para propulsão, atingindo uma velocidade de
até 10 m/s embaixo d’água, onde podem permanecer submersos por vários
minutos. Sua visão é adaptada ao mergulho, o que os tornam exímios pescadores.
Características
Info Escola
Eles possuem uma plumagem lisa, densa e gordurosa, para que o seu corpo fique
impermeável. Sob a pele, esses animais possuem uma grossa camada de gordura
que serve como isolante térmico, impedindo que o animal perca calor para o
ambiente. Podem medir desde 40 cm a 1 metro e pesar de 3 a 35 kg, podendo viver
de 30 a 35 anos.
Alimentação de um pinguim
Além disso, eles precisam driblar os predadores. Para isso, eles possuem grande
habilidade de natação e camuflagem. Quando são vistos do alto, deslocando-se no
mar, seu dorso negro desaparece na escuridão das profundezas. Em contraste,
quando vistos por baixo, o peito branco se confunde com a luz proveniente da
superfície.
Reprodução
VIX
Apesar disso, quando eles encontram uma parceira eles permanecem juntos para
sempre. No inverno, os indivíduos se separam, mas durante a nova estação
reprodutiva, ambos procuram seu parceiro na colônia através da vocalização. Ao se
encontrar, há a dança nupcial. Inclusive ela inclui ofertas de pedras para a
construção do ninho e saudações.
Australis
Pinguim-rei
Green