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Os 

pinguins são aves marinhas que não voam e que podem ser encontradas


na Antártida, Nova Zelândia, sul da África, Austrália e América do Sul. Bons
caçadores, os pinguins se alimentam de crustáceos, moluscos, peixes e
pequenos animais marinhos. Todas as espécies possuem o peito branco com
as costas e a cabeça na cor preta. Nas patas dos pinguins, podemos encontrar
quatro dedos unidos por uma membrana, o que ajuda muito durante a natação
do animal. Por serem aves, esses animais possuem penas, mas elas são mais
curtas e ocorrem em maior número do que nas outras aves. Esses animais
mudam as penas duas vezes ao ano, e durante essa muda eles não entram na
água.

Os pés dos pinguins possuem membranas entre os dedos que ajudam durante a natação

Todos os pinguins possuem uma plumagem lisa, densa e gordurosa, para que


o seu corpo fique impermeável. Sob a pele, esses animais possuem uma
grossa camada de gordura que serve como isolante térmico, impedindo que o
animal perca calor para o ambiente. Podem medir desde 40 cm a 1 metro e
pesar de 3 a 35 kg, podendo viver de 30 a 35 anos.

Os pinguins são animais extremamente mansos e só atacam quando algum


animal se aproxima de seus ovos ou filhotes. Além de mansinhos,
os pinguins são animais fiéis e só trocam de companheiro quando há
problemas de reprodução.

 
A fidelidade é uma característica marcante entre os pinguins

Quando a fêmea de um pinguim põe um ovo, ele demora cerca de 5 a 6


semanas para eclodir. Durante esse período, machos e fêmeas se revezam na
busca de alimento, para que o ovo nunca fique sozinho. Depois que o filhote
nasce, ele se alimenta de alimentos já digeridos pelos pais e fica sempre
protegido do ataque de gaivotas e de outros pinguins. Somente quando o
filhote adquire o tamanho do pai e troca as penugens por penas, é que os pais
os ensinam a nadar e deixam que ele procure alimento sozinho. A partir daí o
filhote já não tem mais a ajuda dos pais e deve se virar sozinho.

O filhote de pinguim recebe cuidados dos pais até adquirir penas

Os pinguins são excelentes nadadores. Nadando com a ajuda das asas e dos


pés, podem atingir a velocidade de até 40km/h na água. Passam a maior parte
da vida dentro da água, onde nadam sempre em bandos com centenas
de pinguins e conseguem realizar todas suas funções vitais, até mesmo
dormir.

Ao beber água do mar, o corpo dos pinguins absorve sal em excesso. Mas


isso não é um problema para eles, porque todas as aves marinhas possuem
uma glândula chamada glândula de sal que se localiza próxima aos olhos e
que retira o excesso de sal absorvido por eles.
 

O pinguim passa a maior parte de sua vida dentro da água

Em algumas praias brasileiras podemos avistar pinguins durante o inverno.


Esses pinguins geralmente são jovens que, em busca de comida, se
desgarraram do bando e foram levados pelas correntes marítimas até à praia.
Na maioria das vezes esses animais chegam à praia muito debilitados e com
muita fome.

O pinguim que costuma chegar até às praias brasileiras é o pinguim de


Magalhães, que vive em regiões onde a temperatura varia entre 7°C e 30°C.
Por isso, se você encontrar um pinguim na praia, não o coloque em
recipientes com gelo, pois isso pode reduzir a temperatura do corpo do
animal, levando-o à morte. Nesses casos, mantenha o animal em local seco e
aquecido, até a chegada de um biólogo ou veterinário.

Por Paula Louredo


Graduada em Biologia
Dá-se o nome de pinguim às aves
aquáticas, existentes no hemisfério sul, que não voam
Por Escola Kids

Todos os pinguins possuem uma plumagem lisa, densa e gordurosa, para que o


seu corpo fique impermeável. Sob a pele, esses animais possuem uma grossa camada de
gordura que serve como isolante térmico, impedindo que o animal perca calor para o
ambiente.

O pinguim é um animal selvagem e pode picar", alerta a bióloga. Além de perigoso, o ato é


ilegal. "Não pode deslocar nenhum tipo de fauna sem orientação e autorização para isso",
afirma Andrea.

O corpo dos pinguins possui uma camada espessa de gordura, que serve de isolante


térmico, auxiliando no controle de temperatura corporal. Os pinguins possuem penas que
apresentam uma secreção de óleos que servem de impermeabilizantes contra as baixas
temperaturas dos locais que vivem.

Sphenisciformes
Os pinguins constituem a família Spheniscidae e a ordem Sphenisciformes (de
acordo com a taxonomia de Sibley-Ahlquist, fariam parte da ordem Ciconiformes). É
uma ave marinha e nadadora, chegando a nadar com uma velocidade de até 45
km/h, passando a maior parte do tempo na água.

Os pinguins são sinónimo de Antártida, mas apenas os pinguins-imperador e


os pinguins-de-adélia residem de forma permanente no continente. As outras espécies,
como os pinguins-de-barbicha, os pinguins-gentoo e os pinguins-macarrão, reproduzem-
se na península Antártica ou nas ilhas subantárticas

WIKI
O pinguim (RO 1971: pingüim) é uma ave da família Spheniscidae, altamente modificadas
para a uma vida aquática, sendo suas asas adaptadas para promover impulso através da
água[1]. Essas aves estão amplamente distribuídas pelas águas mais frias do hemisfério sul [2],
especialmente na Antártida e ilhas dos mares austrais, chegado à Terra do Fogo, Ilhas
Malvinas e África do Sul, entre outros. Apesar da maior diversidade de pinguins encontrar-se
na Antártida e regiões polares, há também espécies que habitam nos trópicos como por
exemplo o pinguim-das-galápagos (Spheniscus mendiculus), nas Ilhas Galápagos.
Considerando o número de indivíduos, a maioria ocorre nas proximidades da Antártida, porém
apenas as espécies Pygoscelis adeliae e Aptenodytes forsteri estão restritas a essa região, de
forma que a maioria das 18 espécies está distribuída entre 45ºS e 60°S, com grande diversidade
ocorrendo na Nova Zelândia e em ilhas ao redor [3].
A sua morfologia, em geral, pouco varia, com forma e estrutura corporal muito
semelhante, adaptadas para nadar e mergulhar. Seus corpos são aerodinâmicos e suas asas
são modificadas para formar nadadeiras rígidas e planas, que promovem uma boa propulsão no
nado [4]. Variam, entretanto em tamanho, desde Eudyptula minor com 40 cm e 1,1 kg,
até Aptenodytes forsteri com 115 cm e mais de 30kg [4]. Além disso, as suas plumagens são
semelhantes, caracterizadas por partes pretas e brancas, exceto em relação à cor e ao padrão
de plumagem da cabeça, que confere uma das principais diferenças entre as espécies. Algumas
espécies têm cristas e plumas variadas no topo da cabeça (Eudyptes), outras possuem
manchas auriculares (Aptenodytes), enquanto algumas possuem um padrão de faixas pretas e
brancas (Spheniscus) [4]. Os adultos se alimentam no mar, capturando zooplâncton, peixes
pequenos e lulas, enquanto os filhotes são alimentados diretamente por regurgitação [1]. Por sua
vez, são vítimas da predação de orcas e focas-leopardo.
Em relação à conservação, os pinguins possuem uma situação delicada devido à ações
humanas, especialmente em relação à mudança climática e à perda de habitat. De modo geral,
espécies estão cada vez mais ameaçadas e a preocupação quanto ao ecossistema ao qual eles
pertencem têm aumentado [3].
O nome "pinguim" vem de uma outra ave, que habitava as regiões do Ártico e que foi extinta
pela ação do homem, o arau-gigante (Pinguinus impennis). Quando os exploradores europeus
descobriram no hemisfério Sul as aves conhecidas hoje como pinguins, eles notaram a
aparência muito similar ao arau-gigante, ou mesmo se confundindo com os araus, e as
batizaram com esse nome, que persiste até a atualidade. Apesar de parecidos, araus e pinguins
não têm nenhum parentesco próximo. O termo "Pinguim" é originário do galês "pen gwyn", o
antigo nome popular dos araus-gigantes nas ilhas Britânicas.
Os primeiros pinguins apareceram no registo geológico do Eocénico. Os pinguins constituem a
família Spheniscidae e a ordem Sphenisciformes (de acordo com a taxonomia de Sibley-
Ahlquist, fariam parte da ordem Ciconiformes). É uma ave marinha e nadadora, chegando a
nadar com uma velocidade de até 45 km/h, passando a maior parte do tempo na água.

Taxonomia e Filogenia atual


Historicamente, o número total de espécies de pinguim sempre esteve em debate, variando
entre 17 e 20 espécies. Clarke et al.[5] propôs o nome Sphenisciformes para incluir os táxons de
espécies viventes que compartilham a perda de voo aéreo, enquanto “Pansphenisciformes”
incluiria também os fósseis mais relacionados ao clado, embora esse último nome tenha caído
em desuso. [6][7]
Uma relação entre as espécies viventes e grupos relacionados está apresentada a seguir. Por
ser uma classificação mais antiga, 4 espécies não estão presentes porém as relações entre os 6
gêneros de pinguins está bem representada. As espécies ausentes no cladograma pertencem
ao gênero Spheniscus (African penguin, Spheniscus demersus) e Eudyptes (Royal
penguin, Eudyptes schlegeli; Snares penguin, Eudyptes robustus; Erect-crested
penguin, Eudyptes sclateri).
Cladograma mostrando a relação taxonômica entre as espécies viventes de Spheniscidae, Procellaridae
(petréis) e Gaviidae, retirado do livro The Penguins Sheniscidae, de Tony D. Williams (1995).[8]

Registro Fóssil e Evolução


Entre as aves, o registro fóssil dos Sphenisciformes é um dos mais extensos, contando com
esqueletos completos ou partes fragmentadas de ossos [5]. O primeiro fóssil de
pinguim, Palaeeudyptes antarcticus, foi descrito por Thomas Huxley em 1859, encontrado em
rochas da Nova Zelândia que datam da época do Oligoceno. Desde então, muitos outros fósseis
foram encontrados, de pelo menos 40 espécies, na Antártida, África do Sul, América do Sul e
também na Austrália [3]. Acredita-se que a fauna de pinguins era muito mais extensa no passado,
e que os atuais representantes dessa família são apenas alguns dos sobreviventes que
persistiram desde o Cretáceo, entre há 140 e 65 milhões de anos, onde estão as origens da
família Spheniscidae [2][6]. As principais localidades onde estão distribuídos os fósseis de pinguins
são muito semelhantes à atual localização das espécies viventes [2][6]. Estão apenas no
hemisfério sul, possuindo um forte vínculo com águas temperadas e frias. Por isso, acredita-se
que a evolução dos grupos iniciais de pinguins esteja atrelada à evolução dos padrões de
circulação de correntes marítimas modernas no Oceano Antártico entre a Antártida e os
continentes próximos [9].
A fauna fóssil mais diversificada desse grupo foi encontrada na Nova Zelândia [9] e na América
do Sul, porém não existe qualquer evidência clara de um centro geográfico para a origem e
irradiação dos pinguins [2][5]. Atualmente, especula-se que a história evolutiva desse grupo
aconteceu com uma especiação muito rápida, com numerosas espécies distintas evoluindo
durante um breve período de tempo [2]. O ancestral desse grupo provavelmente foi uma ave
voadora, similar aos petréis atuais ou às aves da família Alcidae (auks), embora nenhum fóssil
intermediário entre um ancestral voador e os pinguins modernos foi descoberto até o
momento [3].
No caminho da especialização para um hábito subaquático, os pinguins passaram por um
conjunto de modificações morfológicas, fisiológicas e comportamentais, incluindo o
desenvolvimento de um tegumento único, composto por penas muito compactadas (que
promovem o isolamento e a impermeabilização do corpo), modificações nas lentes oculares e
alterações na sensibilidade visual (permitindo uma visão eficiente embaixo da
água), endurecimento das articulações e a redução da musculatura distal da asa, modificação
de ossos pneumáticos para ossos densos (que permitiram um melhor mergulho), modificações
no ovo, com casca mais espessa, e modificações em sua incubação [6].
Os táxons extintos possuíam grande diversidade, sendo que o Eoceno foi o período onde mais
organismos desse grupo viveram simultaneamente no mesmo local, incluindo espécies
gigantes e minúsculas [10]. Estudos moleculares indicam que a linhagem dos pinguins já estava
se especializando durante o cretáceo, sendo que uma das principais hipóteses para essa
irradiação de diversidade seria a presença de nichos vagos que eram ocupados por répteis
marinhos e outros táxons que desapareceram durante a extinção em massa no final de
Cretáceo, permitindo que os ancestrais dos pinguins ocupassem, agora, essas regiões [9][11]. 
Em relação às características morfológicas, os fósseis mais antigos de pinguins propriamente
ditos, datados da época do Paleoceno, já mostravam modificações no esqueleto, como ossos
pesados e achatados [11], porém, também apresentavam características, como asas com muita
mobilidade, que são mais semelhantes a pássaros voadores, como o auk [2]. Então, especula-se
que os pinguins passaram por um estágio semelhante ao auk, em que utilizaram suas asas
para vôos aéreos e aquáticos, mas provavelmente abandonaram o voo aéreo antes do
desenvolvimento de outras especializações para a natação e mergulho subaquático já que os
fósseis de épocas mais recentes já possuíam, em sua maioria, os ossos da asa modificados
para a propulsão e ossos pélvicos associados à pernas e pés adaptados aos bipedalismo [2].
As penas modificadas dos grupos atuais são difíceis de inferir em fósseis, mas alguns achados
auxiliam nesse processo, como um pinguim gigante datado do final do Eoceno e encontrado
no Peru [12]. Algumas análises de melanossomas fossilizados indicaram que a cor desses
pinguins ancestrais eram predominantemente cinza e marrom-avermelhado, diferentemente das
cores atuais, sendo que, além disso, foram encontrados indícios de que a mudança de cor das
penas aconteceu posteriormente à modificações associadas à forma da pena, as quais seriam
relativas ao modo de voo subaquático [12].

Aspectos biológicos
Anatomia

Pinguins nadando.
Pinguim no Museu Oceanográfico de Rio Grande, Rio Grande do Sul, Brasil.

Pinguim-azul.

Adaptações à variações de temperatura


A família Spheniscidae está amplamente distribuída desde os trópicos até as regiões
polares [13] e portanto apresenta uma grande adaptação tanto fisiológica quanto morfológica a
variadas temperaturas e períodos prolongados de jejum [2].
Entre estas adaptações, podemos citar: uma densa cobertura de penas formando uma
barreira isolante, uma espessa camada de gordura e uma reduzida relação corporal de
superfície e volume [14].
Os pinguins apresentam penas altamente modificadas [2], cuja muda representa um processo
fisiológico que demanda uma grande quantidade de energia [14], sendo rígidas , curtas e em
formato de lança, onde cada pena se associa a um eixo separado de filamentos felpudos, logo
abaixo das penas verdadeiras, garantindo isolamento térmico, e a um pequeno músculo que
permite seu movimento, onde em terra as penas se mantêm eretas permitindo o aprisionamento
de ar e em água elas ficam coladas ao corpo criando uma barreira para a entrada de água, além
disso, assim como outras espécies de aves estes pássaros apresentam na região dorsal do
corpo, próximo à cloaca, uma glândula uropigial liberadora de óleo que estes animais
passam no corpo para criar uma barreira para a entrada de água, sem estas adaptações a
perda de calor em água seria duas vezes maior [2].
Quanto à fisiologia, os pinguins não aparentam ter evoluído em alguma característica específica
diferente dos outros grupos de aves, no entanto apresentam algumas especializações para lidar
com o isolamento térmico e períodos de jejum prolongado, como, por exemplo, adaptações no
sistema circulatório, metabolismo e comportamento [2].
Seu sistema circulatório é composto por uma grande quantidade de veias profundamente
associadas permitindo a troca de calor entre estes vasos e os tecidos. Por serem
animais homeotermos [2], cuja temperatura varia de 37,8 a 38,9ºC [14], eles conseguem manter
sua temperatura corporal constante em uma determinada faixa de temperatura ambiente, sendo
que esta varia entre as espécies, em algumas espécies, como o Pinguim-azul, a faixa ótima de
temperatura pode variar entre machos e fêmeas, provavelmente devido à diferença de tamanho.
Ao ultrapassar esta faixa, outros mecanismos devem ser ativados para permitir que
a temperatura corporal se mantenha constante a partir do aumento do metabolismo, como ao
tremer o corpo, onde as contrações musculares liberam energia na forma de calor, a partir da
liberação de hormônios, como o glucagon que permite a quebra enzimática de gordura, ou a
partir de atividades locomotoras [2].
Por frequentarem tanto o habitat terrestre quanto o marinho, adaptações para um ambiente
podem ser limitações em outro, como o isolamento térmico em água que pode levar a
hipertermia em terra [14].
Já em pinguins que habitam ambientes de alta temperatura, como Pinguim-das-Galápagos e
Pinguim-de-Magalhães, a perda de calor por meio da respiração e evaporação pela pele
aumenta, além de mudanças comportamentais que permitem que estes animais mantenham
sua temperatura constante, além de adaptações como ausência de penas em algumas partes
do corpo como nadadeiras, pés e rosto aumentando assim  a superfície de contato para maior
dissipação do calor. No entanto, mesmo em lugares de clima temperado, todos estes pássaros
experienciam temperaturas da água mais baixas que sua temperatura corporal, e portanto alem
destas adaptações ao calor estes também apresentam as mesma adaptações ao frio que as
outras espécies [2].
No caso dos Pinguins de Galápagos, eles toleram temperaturas de 0 a 30ºC, mas ainda
recorrem a regiões sombreadas e à água para se termorregular, além do eriçamento das penas
e afastamento das nadadeiras do tronco [14].
Várias espécies de pinguins apresentam períodos prolongados de jejum durante a época de
muda e reprodução, o que implica na perda de peso dividida em fases: na fase inicial, a massa
corporal cai rapidamente por um curto período, já as próximas fases são caracterizadas por uma
perda lenta de peso onde o segundo período é mais longo e a última fase mais curta [2].
Os pinguins são aves marinhas adaptadas evolutivamente para a vida aquática, o que permite
que passem a maior parte do tempo no mar [14]. Sendo assim se diferenciam da maioria das aves
por não apresentarem vôo, no entanto seu corpo aparenta apresentar especializações que
permitem uma ótima natação [15], como seu corpo hidrodinâmico, fusiforme, com pescoço,
pernas e cauda muito curtos e membranas interdigitais nos pés [14], onde é muito provável que
seus ancestrais tenham passado por um estágio filogenético de mudança e não apenas
funcional, já que estes animais utilizam suas asas de maneira similar aos outros pássaros, mas
no sentido de se impulsionar durante a natação [15].
As diferenças de tamanho entre as espécies de pinguins influenciam na diferença de velocidade
na água, estes podem ser divididos em três tamanhos: pequeno, variando de 30 a 35 cm como
é o caso do pinguim-azul; médio, variando de 65 a 70 cm , como o pinguim-gentoo; ou grande,
com tamanhos de 95 a 100 cm, como o pinguim-imperador. Sendo assim, podemos dizer que
para nadar na mesma velocidade, um pinguim de menor tamanho deve bater suas asas em uma
freqüência maior que os de grande porte [15].
Entre algumas das adaptações para melhorar a natação destas aves, nota-se uma
pequena assimetria no eixo dorso-ventral destes que provavelmente seria responsável por
contrariar a flutuabillidade nestes animais, permitindo que estes tenham maior facilidade no
mergulho, no entanto é possível identificar diferenças quanto à proporcionalidade da cabeça,
tronco, cauda e asas entre cada espécie, o que indica que estas não são características
indicativas de um bom nado [15]. Seus ossos são densos, sólidos e não-pneumáticos, diferente
das aves que voam, e suas narinas têm formato de fenda e as glândulas de sal supra-orbitrais
são bem desenvolvidas [14].

Natação
Quanto às adaptações fisiológicas do nado, os pinguins, antes do mergulho, estocam oxigênio
nas veias e artérias, músculos e sacos aéreos, que neste caso são reduzidos [14], no entanto
estes mecanismos ainda não são totalmente conhecidos. Os pinguins do gênero Pygocelid,
conseguem armazenar em seus sacos aéreo mais que 30% do oxigênio utilizado durante a
natação, e este é então liberado a partir de movimentos musculares durante o mergulho, mesmo
com o seu batimento cardíaco desacelerado [16].
Ao contrário dos peixes e golfinhos, os pinguins não se utilizam do movimento do corpo na
produção de impulso, sendo que estas oscilações durante o nado são moderadas. Já quando
comparados com as outras aves, as adaptações nas asas são mais visíveis, em princípio o
aparato de vôo dos pingüins consiste no mesmo aparato da maioria das aves, porém, com
pequenas modificações para melhorar a produção do impulso embaixo d’água, sendo as asas
curtas e rígidas, e com músculos e articulações também menores que os de pássaros voadores,
além disso seus ossos são compactos e achatados e seu esqueleto é recoberto por um tecido
conjuntivo firme com numerosas penas, mas ainda assim seu tronco apresenta grande
flexibilidade [15].
Ao saltar da água, seu corpo deve aguentar um grande impacto do contato com o solo, sendo
assim seu esterno é longo e esguio, como a maioria dos pássaros mergulhadores, e recoberto
por um tecido cartilaginoso elástico que diminui a força do impacto, protegendo assim os órgãos
e o esqueleto do animal [15].

Alimentação
A dieta dos pinguins dos gêneros Aptenodytes, Megadyptes, Eudyptula e Spheniscus consiste
principalmente em peixes. O gênero Pygoscelis fundamentalmente de plâncton. A dieta do
género Eudyptes é pouco conhecida, mas se acredita que muitas espécies alimentam-se de
plâncton. Em todos os casos a dieta é complementada com cefalópodes e plâncton.

Reprodução
População
Os pinguins, como outras aves marinhas, são caracterizados por viverem por um longo período
de tempo, uma vez que têm baixas taxas de mortalidade, principalmente quando adultos, e os
só liberam os filhotes quando eles já têm alguns anos de vida[4]. As mudanças na população são
determinadas pelo balanço entre a taxa de reprodução efetiva e o número de aves que entram
na população por migração ou saem, seja por migração ou por mortalidade[4].

Reprodução tardia
A primeira tentativa de reprodução é feita com mais de um ano de idade. Em algumas espécies,
esse período é maior, como em alguns Eudyptes (pinguim-macaroni e pinguim-real), que a
idade mínima para reprodução é de cinco anos[4]. As fêmeas, geralmente, começam a se
reproduzir com uma idade menor que os machos (em média, um ou dois anos). Isso pode ser
correlacionado com a proporção de machos em muitas populações, já que é mais “fácil” para as
fêmeas encontrem parceiros[4].
Esse início tardio reprodutivo possui explicações com componentes fisiológicos, ecológicos e
comportamentais envolvidos. O pinguim-macaroni, por exemplo, possui níveis baixos de
hormônios reprodutivos circulando no sangue, o que pode indicar imaturidade sexual[17]. Esses
hormônios, principalmente a testosterona (machos), progesterona e estradiol (fêmeas) e
o LH, são importantes para o crescimento das gônadas e para o comportamento associado à
aquisição territorial e formação de casais[4]. A testosterona só é predominante, nos machos, com
três anos de idade, já os hormônios reprodutivos, nas fêmeas, permanece baixo com até quatro
anos, inibindo a formação do ovo[4].

Eudyptes chrysolophus

Após a maturação sexual, ainda ocorrem problemas que podem retardar a reprodução. Os
pinguins jovens chegam à população mais tarde que os adultos, então, possuem menos tempo
para reprodução, uma vez que não irão ter tempo para competir com os outros pinguins, que já
estavam lá anteriormente[4]. Além disso, estudos mostram que os pinguins jovens possuem uma
reserva corporal insuficiente para sobreviver o período reprodutivo, o que pode causar o
fracasso. Essa falta de reserva pode ser atribuída ao fato de que os jovens ainda não possuem
as habilidades de forrageamento necessárias para obter alimento para si próprio e para sua
parceira[18]. Podem levar anos para as aves aprenderem e atuar corretamente durante a
reprodução, como encontrar um local para o ninho e um parceiro sexual[4].

Fidelidade
Os pinguins são ditos como monogâmicos, ou seja, as fêmeas só se reproduzem com um
único macho e vice versa. Podem também permanecer com o mesmo companheiro de um ano
para o outro ou até mesmo por muitos períodos reprodutivos[4]. O nível de fidelidade pode variar
com a espécie, alguns relatos descrevem um casal de pinguim-azul que ficou junto por onze
anos. Podem ocorrer ocasiões que envolvem o divórcio, ou seja, quando ambas as aves estão
vivas e retornam para o ninho do ano anterior[4]. Essa situação é diferente de separação, uma
vez que a separação ocorre quando apenas um retorna ao antigo ninho. Isso acontece quando
a reprodução não ocorre durante o período de um ano, então voltam ao seu antigo ninho para
encontrar outro parceiro[4].
Um possível motivo da monogamia é a vantagem de não ter a necessidade de encontrar um
novo parceiro sexual[19]. Outra possibilidade é que a fidelidade é apenas uma consequência
das aves retornarem para o mesmo ninho por temporadas sucessivas[4]. Porém, em alguns
casos, essa associação não é clara. No pinguim-rei, a taxa de fidelidade ao ninho é bem
superior (83%) ao comparar com a taxa de fidelidade sexual (29%) [4]. Portanto, a questão de
fidelidade está muito mais relacionada ao comportamento e nível de associação entre o casal
que sendo uma simples consequência do ninho.

Comportamento
Comportamento agonista
O comportamento agonista inclui todas as atividades associadas à luta, seja os agressivos,
aqueles que têm a intenção de assustar ou confrontar outros indivíduos, os defensivos, usados
para evitar o conflito, ou os comportamentos de deslocamento, que aparecem sem contexto [2].
Este, como exemplo, é o caso de aves que, repentinamente, alisam suas penas no meio de uma
interação agressiva [2].
Algumas interações não envolvem contato físico, apenas visual, como ‘head-circling’ no
pinguim-rei e ‘bill-to-axilla’, no pinguim-de-adélia [2].
Lutar também inclui algumas atividades em geral, como bicadas, mordidas, quando o oponente
utiliza o bico para segurar o outro pela nunca ou pelas penas, ou utiliza suas nadadeiras rígidas
para bater [2].
No pinguim-de-adélia, a intensidade da resposta inicial de um dos pinguins ao intruso irá
depender da distância entre ambos, se o oponente está parado ou em movimento e a
frequência do distúrbio [2].  Além disso, um indivíduo que acabou de se envolver em uma
interação tende a ser mais agressivo [2].
Cerca de 10% de todas as interações escalam direto para a luta, gerando sérios danos aos
animais [20].
Portanto, defensivamente, o pinguim pode aumentar sua distância com passos lentos ou ficar
parado, com seu olhar voltado a outro ponto [20]. Já ofensivamente, o pinguim pode ficar parado,
mas olhando diretamente para o oponente, reduzir sua distância com o inimigo e partir para a
agressão [20].
Muitos estudos mostram a diversidade de comportamentos agonistas entre as espécies de
pinguim. Em pinguim-azul, essa diferença aparece nas populações que vivem em ninhos
abertos e cavernas [20]. Uma das hipóteses para esse tipo de comportamento é que, aqueles
que moram em cavernas realizam mais interações sociais, uma vez que se associam a mais
indivíduos [20]. Assim, possuem uma oportunidade maior de aprender, modificar e assimilar novos
comportamentos [20]. Outra hipótese leva em conta aves que vivem em ambos os habitats,
possuindo uma habilidade mais completa de comportamentos [20].
Alguns comportamentos são exclusivos de cada espécie, segue alguns exemplos.
Pinguim-imperador
Utiliza horizontalmente ‘head-circling’ durante a cópula e chocando o ovo. Esse comportamento
também é visto quando estão criando os filhotes e o outro parceiro está presente. Pode ocorrer
devido ao reflexo territorial dentro dessa espécie [21].
Outro comportamento é o de se amontar durante a incubação dos ovos. Esta foi uma importante
adaptação para o frio extremo [2].

Eudyptes chrysolophus

Pinguim-macaroni
Nessa espécie, a frequência do comportamento agonista pode variar de temporada para
temporada [2].  A maioria das lutas é definida como aquelas que envolvem dois ou mais pinguins,
fora do ninho, com grande potencial de perder o ovo [2].  Lutas menores ocorrem dentro do ninho,
sem que ocorra chance de perder o ovo [2].  
Pinguim-de-adélia
O nível de agressividade pode variar entre os sexos (masculino e feminino) e o estágio do
período de reprodução [2].  
Os machos que chocam os ovos são mais agressivos que as fêmeas quando trata-se de
defender o ninho, porém, durante a criação dos filhotes, não há diferença entre os sexos [2].  

Comportamento sexual
Este tipo de comportamento é dividido em quatro grandes principais ações: extático, exibição
mútua, curvar, que se iguala ao tremer de pinguins com crista e arremesso mútuo [2]. Estes
ocorrem em todas as espécies e parecem ter a mesma função, mas apenas o último é restrito a
espécies menores.
Exibição extática (‘ectastic’)
Esse comportamento recebe outros nomes, como: ‘trumpeting’, ‘head swinging’,
‘advertisement’ [2]. É mais comumente feito por machos no local do ninho antes da chegada da
fêmea ou durante o período de formação de pares [2]. Tem função territorial, demonstrando
ocupação deste local e alertando outros machos para se afastar, além de avisar as fêmeas
sobre o potencial parceiro [2].
Durante essa exibição, os machos estendem seu pescoço e sua cabeça verticalmente,
fazendo uma série de vocalizações [2]. Por isso, pode receber o nome ‘trumpeting’.
Exibição mútua (‘mutual display’)
É realizada simultaneamente por ambos do casal, é bem parecida com a exibição anterior e é
bem comum acontecer no local do ninho [2]. Nos gêneros Eudyptes, Pygoscelis e Spheniscus, o
comportamento envolve o casal se encarar, curvando-se para a frente e, em seguida,
levantando a cabeça rapidamente verticalmente e vocalizando [2]. O pinguim-imperador difere
dos demais, uma vez que ele curva a cabeça para baixo durante o comportamento mútuo [2]. A
vocalização irá variar de espécie para espécie. O pinguim-de-adélia, por exemplo, pode consistir
em um alto zurro ou em um baixo, mais calmo [2].
Esse comportamento pode indicar a prontidão de uma das aves em se aproximar do
parceiro e sincronizar as atividades de ambos. Isso pode aprimorar a eficiência do ninho e
diminuir o total de tempo que o ovo estará exposto, diminuindo o risco de predação [2]. Além
disso, pode estimular e sincronizar o desenvolvimento das gônadas e o comportamento de
cópula, reduzindo as interações agressivas entre os parceiros enquanto eles estão próximos ao
local do ninho [2].
Curvar (‘Bowing’)
Tipo de comportamento que pode funcionar no fortalecimento e manutenção dos casais,
reduzindo a probabilidade de agressão entre eles nos primeiros estágios da formação [2].
Geralmente, envolve ambos, pode ser realizado por apenas um indivíduo, que se inclinam para
frente com seus bicos apontados para os parceiros [2].

Cópula
É comumente observada nos locais de formação do ninho e é parecida na maioria das espécies.
É precedida de outros tipos de comportamento, como o ‘mutual display’, ‘bowing’ e formação do
ninho [2].
O macho se aproxima da fêmea, sempre com um tom pacífico, se inclina nas costas da fêmea
para deixá-la de bruços. Este comportamento pode ser acompanhado de movimentos
vibratórios pelas nadadeiras do macho em direção a fêmea e de mordiscadas na nuca. Após ela
estar deitada, o macho sobe em cima dela e, gradualmente, se posiciona perto da cauda para
colocar a cloaca em posição. Ele continua vibrando suas nadadeiras, a fêmea responde
segurando a própria cauda para deixar sua cloaca amostra. Imediatamente após a cópula, o
macho salta para fora e ambas as aves usam algumas exibições mútuas [2].
Em algumas espécies, como as aves do gênero Eudyptes, são especialistas em
comportamentos pós-cópula [2].
Vocalizações
Todas as vocalizações são associadas com comportamentos visuais, nem sempre o contrário é
verdade. Elas podem ser usadas para chamar atenção, como em um comportamento agonista
ou sexual, para localização, como interações com filhotes, e para identificação individual. Os
primeiros comportamento, agonista e sexual, são os mais comuns quando se trata de
vocalização. Geralmente, esses comportamentos que possuem a intenção de reduzir o risco de
agressão, são mais silenciosos [2].
São três tipos principais de vocalização: contato, agonista, sexual [22]. O primeiro funciona,
principalmente, para que indivíduos isolados consigam se encontrar novamente com o grupo. Já
os agonistas possuem a função de alertar os possíveis oponentes para a intenção de agressão.
Os sexuais podem aumentar a efetividade dos comportamentos visuais sexuais [2].
As vocalizações são importantes para o reconhecimento individual de cada pinguim durante as
interações sociais entre adultos, principalmente entre parceiros e entre pais e filhos. Em
contraste, o reconhecimento individual físico, como na plumagem, se torna sem importância [2].

Filhotes
O comportamento parental envolve chocar o ovo, alimentar o filhote e cuidar dele até
conseguir sobreviver sozinho. O período de tempo que isso leva para acontecer irá depender de
cada espécie [2].
Os filhotes são capazes de pedir por comida a partir do primeiro dia de vida. Os olhos deles
ficam fechados nos primeiros dias, fazendo com que o contato seja estimulado não
visualmente [2]. Após isso, os filhotes começam a pedir comida vibrando seu bico no bico do
adulto e fazendo uma vocalização, estimulando o adulto a regurgitar a comida [2].  

Comportamento no mar
Alguns pinguins demonstram ter contatos sociais no mar, principalmente aqueles que estão em
grupos [2]. Há grupos do pinguim-de-adélia que sincronizam seu nado e seu banho, podendo
sincronizar outros tipos de comportamento [23].

Incubação
A incubação funciona de maneira que o ovo tenha a temperatura certa para o desenvolvimento
do embrião, reduzindo também as chances de predação [2]. O tempo de incubação irá depender
de cada espécie, em Aptenodytes, por exemplo, botam apenas um ovo, que é imediatamente
colocado entre as pernas, a ave fica com a postura de incubação nesse momento [2].

Conservação e distribuição
Pinguins são animais particularmente suscetíveis à extinção no atual cenário de drásticas
ações humanas, seja pela rápida mudança climática causada, sela pela perda de habitat. De
modo geral, espécies estão cada vez mais ameaçadas e a preocupação quanto ao ecossistema
ao qual eles pertencem têm aumentado [2].
Pinguins possuem uma distribuição prioritária pelo hemisfério sul do globo terrestre, sendo a
Antártida e seus arredores relevantes quanto à hospedagem desses indivíduos [2]. Infelizmente,
as atuais mudanças climáticas e interesse em exploração dos recursos nessa região têm
aumentado, impactando diretamente a conservação desses animais e gerando preocupações
quanto a atual conservação do continente. Em relação às principais ameaças à conservação de
espécies dessa região, ao ecossistema ali presente e das suas margens, têm-se o aumento de
temperatura, a acidificação do oceano e as mudanças na relação de distribuição de gelo e
mar [24].
Ocorre prioritariamente ao redor da Antártida mas podendo chegar às ilhas de Galápagos perto
do Equador. É notável também que a maioria das 18 espécies está distribuída entre 45 e 60°S,
com grande diversidade ocorrendo na Nova Zelândia e em ilhas ao redor [2].
Em relação às atuais mudanças climáticas proporcionadas pela ação humana, é notável
o aumento de temperatura e mudança de regimes de precipitação ocorridos nos últimos
anos e previstos para as próximas décadas [25]. Apesar de pinguins possuírem a habilidade de
sobrevivência em mudanças ambientais, já que eles dispõem de estratégias para driblar certas
condições, mudanças ambientais drásticas, como as atuais e as previstas para as próximas
décadas, excedem essa capacidade de adaptação e pode levar a morte desses animais [2].
Mudanças recentes na distribuição de pinguins sugerem que alterações climáticas são umas
das ameaças de maior calibre sobre esses indivíduos.
Diversos estudos já documentaram o efeito desse impacto sobre as populações dessas aves,
como foi o caso dos pinguins de Rockhopper das ilhas Campbell, os quais diminuíram
drasticamente em número de indivíduos entre os anos de 1940 e 1990 em decorrência do
aumento de temperatura do oceano na época, evidenciando a sensibilidade desses organismos.
Um exemplo do efeito desse impacto sobre as populações de pinguins é a alteração de
correntes marítimas e sua consequente mudança na disponibilidade de comida que chega até
os locais de reprodução dos pinguins, impactando diretamente a dieta e disponibilidade de
alimento para esses animais [2]. Outro exemplo é o dado registrado de que essas aves têm se
reproduzido cada vez mais tarde em decorrência das mudanças climáticas, de modo a
chegarem em suas colônias até 9 dias depois do registrado no século passado [26].
Além disso, as atividades humanas diretas na Antártida, como o turismo por exemplo,
têm afetado os pinguins ao perturbarem esses animais durante um período crucial, o
reprodutivo, seja por interferência direta nas populações, seja por poluição, ou
ainda introdução de espécies exóticas [27]. A situação é ainda pior para as espécies de
pinguins que têm sua distribuição durante o período reprodutivo próxima à populações humanas
em crescimento, como é o caso dos pinguins de Humboldt, distribuídos de modo geral na costa
da América do Sul, de modo que a perda de habitat é agravada [2]. Em relação à introdução de
espécies exóticas por ação humana, um dos efeitos mais característicos é o declínio das
populações de pinguins em resposta à predação desses animais por essas espécies
introduzidas [2]. Na Nova Zelândia, por exemplo, gatos e cachorros domésticos têm sido
responsáveis pelo declínio da população de pinguins de olhos-amarelo [2] espécie endêmica
dessa região e agora em estado de perigo quanto a sua conservação de acordo com a IUCN
(2019)[28].
Uma das contribuições do Brasil para a conservação dos pinguins é Projeto Nacional de
Monitoramento dos Pinguins de Magalhães, aves classificadas como quase ameaçadas pela
IUCN (2019)[28], as quais se reproduzem na Argentina, Ilhas Falkland (Malvinas) e Chile, mas
realizam anualmente movimentos migratórios sazonais para o Brasil [29]. De acordo com o
Instituto, o intuito deste Projeto é “ampliar o conhecimento sobre o pinguim-de-Magalhães no
Brasil e otimizar os esforços de pesquisa, reabilitação e monitoramento, possibilitando a
contribuição e integração de iniciativas em prol da conservação”.
Em relação às outras espécies, a tabela abaixo exibe as espécies de pinguins (família
Spheniscidae), seus estados de conservação, distribuição, principais ameaças e ações de
conservação quando presentes, de acordo com a IUCN (2019)[28].

Tabela 1: Espécies e sua conservação de acordo com a IUCN


(2019) Expandir

Na época ExpandirMonitoramento
Pinguim das Vulnerável 1 Uso de reprodutiva, é sistemático, controle de
Snares (Eudyptes (VU) recursos encontrado na espécies invasoras, áreas
robustus) biológicos Nova protegidas.
Zelândia.
2 Espécies
invasoras Tem
distribuição na
3 Poluição
4 Mudança
climática: Argentina e
Perda de nas Ilhas
habitat e Malvinas.
mudança de
distribuição

Espécies

Pinguim-imperador.

Pinguim-saltador-da-rocha.
[30]

 Gênero Aptenodytes
o Pinguim-imperador (Aptenodytes forsteri)
o Pinguim-rei (Aptenodytes patagonicus)
o Pinguim-de-ridgen (Aptenodytes ridgeni) (fóssil)

 Gênero Pygoscelis
o Pinguim-de-adélia (Pygoscelis adeliae)
o Pinguim-gentoo (Pygoscelis papua)
o Pinguim-de-barbicha (Pygoscelis antarctica)

 Gênero Eudyptes
o Pinguim-saltador-da-rocha (Eudyptes chrysocome)
o Pinguim-macaroni (Eudyptes chrysolophus)
o Pinguim-das-snares (Eudyptes robustus)
o Pinguim-de-fiordland (Eudyptes pachyrhynchus)
o Pinguim-real (Eudyptes schlegeli)
o Eudyptes sclateri

 Gênero Spheniscus
o Pinguim-de-magalhães (Spheniscus magellanicus)
o Pinguim-das-galápagos (Spheniscus mendiculus)
o Pinguim-de-humboldt (Spheniscus humboldti)
o Pinguim-africano (Spheniscus demersus)

 Gênero Eudyptula
o Pinguim-azul (Eudyptula minor)
o Pinguim-azul-do-norte (Eudyptula albosignata)

 Gênero Megadyptes
o Pinguim-de-olho-amarelo (Megadyptes antipodes)
o Pinguim-waitaha (Megadyptes waitaha)

Gêneros extintos

 Anthropodyptes
 Archaeospheniscus
 Chubutodyptes
 Pachydyptes
 Palaeeudyptes
 Palaeospheniscus
 Paraptenodytes
 Pseudaptenodytes
Cultura popular

O pinguim Tux é a mascote oficial do kernel Linux.

Os pinguins são considerados cativantes por seu andar anormalmente ereto e gingado, por sua
capacidade de nadar e (em comparação com outras aves) pela falta de medo dos humanos.
Sua plumagem em preto e branco costuma ser comparada a um terno de gravata branca.
Alguns artistas e escritores têm pinguins baseados no polo norte, mas não existem pinguins
selvagens no círculo polar ártico. A série de desenhos animados Chilly Willy ajudou a perpetuar
esse mito, já que o pinguim-título interagia com espécies árticas ou subárticas, como ursos
polares e morsas.[31][32]
Os pinguins são temas de muitos livros e filmes, como Happy Feet, Surf's Up e The Penguins of
Madagascar, todos filmes em CGI; Marcha dos Pinguins, documentário baseado no processo de
migração do pinguim-imperador; e uma paródia intitulada Farce of the Penguins. Os Pinguins de
Popper é um livro infantil escrito por Richard e Florence Atwater; que foi indicado a Medalha
Newbery em 1939. Os pinguins também apareceram em vários desenhos animados e dramas
de televisão, incluindo Pingu, criado por Silvio Mazzola em 1986 e com mais de 100 episódios
curtos. No final de 2009, a Entertainment Weekly colocou-o em sua lista dos "melhores" do final
da década.[33]
Um videogame chamado Pengo foi lançado pela Sega em 1982. Situado na Antártica, o jogador
controla um personagem pinguim que deve navegar em labirintos de cubos de gelo. O jogador é
recompensado com sequências de pinguins animados marchando, dançando, saudando e
brincando de esconde-esconde. Seguiram-se vários remakes e edições aprimoradas, mais
recentemente em 2012. Os pinguins às vezes também são retratados na música.[34]
Em 1941, a DC Comics apresentou o personagem "O Pinguim" como um supervilão adversário
do super-herói Batman. Ele se tornou um dos inimigos mais duradouros do Batman. Na série de
TV dos anos 60, Batman, foi interpretado por Burgess Meredith e se tornou um dos personagens
mais populares. Na releitura de Tim Burton, o filme Batman Returns de 1992, foi usado um
exército real de pinguins (principalmente pinguins africanos).[35]

Ver também

 Roy e Silo
 Tux Linux
 Pinguim Watch: Um site baseado na participação voluntária de milhares de cidadãos
Referências

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35. ↑ O'Brien, Jon. «Batman Returns turns 25: 25 things you may not know about the classic comic-
book movie». metro.co.uk. 19 de junho de 2017. Consultado em 31 de outubro de
Pinguim – Características, alimentação, reprodução e espécies
principais
O pinguim é um dos animais mais fofos da natureza. Mas não são assim tão frágeis.
Alguns chegam superam 1,20 m de altura e pesam até 40 kg!

 Atualizado em 07/09/2020
Por Toni Nascimento
Certamente você acha o pinguim um dos animais mais fofos da natureza. Apesar
disso, o que você sabe sobre eles?

Primeiramente, trata-se de uma ave marinha que não voa, encontrada


no Hemisfério Sul, em países como: Antártida, Nova Zelândia, sul da África,
Austrália e América do Sul.

Eles pertencente à ordem Sphenisciformes. Apesar de possuírem asas, elas são


inúteis para o voo. Elas funcionam como nadadeiras. Além disso, seus ossos não
são pneumáticos, suas penas impermeabilizadas por secreção de óleos e possuem
uma espessa camada de gordura isolante que auxilia na conservação de calor do
corpo.

Além disso, eles usam as suas asas para propulsão, atingindo uma velocidade de
até 10 m/s embaixo d’água, onde podem permanecer submersos por vários
minutos. Sua visão é adaptada ao mergulho, o que os tornam exímios pescadores.
Características
Info Escola

Primeiramente, eles possuem o peito branco com as costas e a cabeça na cor preta.


Nas patas existem quatro dedos unidos por uma membrana. Apesar de possuírem
penas, elas são mais curtas. Esses animais mudam as penas duas vezes ao ano, e
durante essa muda eles não entram na água.

Eles possuem uma plumagem lisa, densa e gordurosa, para que o seu corpo fique
impermeável. Sob a pele, esses animais possuem uma grossa camada de gordura
que serve como isolante térmico, impedindo que o animal perca calor para o
ambiente. Podem medir desde 40 cm a 1 metro e pesar de 3 a 35 kg, podendo viver
de 30 a 35 anos.

São extremamente mansos e só atacam quando algum animal se aproxima de seus


ovos ou filhotes. Em algumas praias brasileiras podemos avistar pinguins durante o
inverno. São pinguins jovens que se desgarraram do bando e são levados pelas
correntes marítimas até à praia.

Alimentação de um pinguim

Pinterest

Basicamente, a dieta de um pinguim se resume a peixes, cefalópodes e plâncton.


Eles são muito importante para o ecossistema onde estão inseridos. Da mesma
forma que controlam diversas espécies, eles servem de alimento para outras como
leões-marinhos, focas-leopardos e orcas.

Além disso, eles precisam driblar os predadores. Para isso, eles possuem grande
habilidade de natação e camuflagem. Quando são vistos do alto, deslocando-se no
mar, seu dorso negro desaparece na escuridão das profundezas. Em contraste,
quando vistos por baixo, o peito branco se confunde com a luz proveniente da
superfície.

Acima de tudo, eles também são indicadores das mudanças climáticas globais e da


saúde ambiental local. O frágil estado de conservação da maioria das populações
de pinguins espelha as condições dos oceanos e seus grandes problemas de
conservação.

Reprodução

VIX

Para a reprodução, os pinguins se reúnem em colônias chamadas de pinguineiras.


Elas chegam a reunir 150 mil indivíduos. Além disso, esses animais durante três ou
quatro anos de vida não conseguem encontrar parceiras para acasalar.

Apesar disso, quando eles encontram uma parceira eles permanecem juntos para
sempre. No inverno, os indivíduos se separam, mas durante a nova estação
reprodutiva, ambos procuram seu parceiro na colônia através da vocalização. Ao se
encontrar, há a dança nupcial. Inclusive ela inclui ofertas de pedras para a
construção do ninho e saudações.

A fêmea se abaixa em sinal de aceitação e a cópula se realiza. A seguir, o casal


constrói o ninho e a fêmea põe de um a dois ovos, chocados alternadamente pelos
pais. O parceiro, quando não está chocando, dirige-se ao mar em busca de alimento
para os filhotes.

3 espécies de pinguins mais famosas


Pinguim-de-magalhães

Australis

O Spheniscus magellanicus (nome científico), aliás, é encontrado em colônias de


reprodução entre setembro e março em Argentina, Ilhas Malvinas e Chile. Fora
dessa época, inclusive, migra para o norte e passa pelo Brasil, sendo encontrado
com frequência na costa nacional. Além disso, na fase adulta tem cerca de 65 cm
de comprimento e peso médio variável entre quatro e cinco quilos.

Pinguim-rei

Green

O Aptenodytes patagonicus (nome científico) é o segundo maior pinguim do mundo,


medindo de 85 a 95 centímetros e pesando de 9 a 17 quilos. Ele é encontrado nas
ilhas subantárticas, sendo que raramente visita a costa continental da América do
Sul. No Brasil, aliás, pode ser encontrado no Rio Grande do Sul e Santa Catarina
nos meses de dezembro e janeiro.
Pinguim-imperador
Pinguins são aves pertencentes à ordem Sphenisciformes, distribuídas do
continente Antártico até as ilhas Galápagos. Atualmente são descritas 18
espécies de pinguins, sendo todas elas incapazes de voar, mas excelentes
nadadoras. Esses animais apresentam como adaptações ao nado a ausência
de ossos pneumáticos, corpo com formato hidrodinâmico, presença de
membranas interdigitais nas patas e asas adaptadas para a natação.
Leia mais: Adaptações das aves ao voo, entre as principais estão: presença
de ossos ocos e penas
Características gerais dos pinguins
Pinguins são aves e, portanto, apresentam características típicas desse
grupo de animais, tais como a presença de penas e a ausência de
dentes. A maioria das espécies de pinguins apresenta a coloração preta e
branca, que ajuda na camuflagem. Esses animais servem de presa para
focas, baleias, leões-marinhos e tubarões. Alimentam-se de
pequenos peixes, crustáceos e moluscos, como lulas e polvos.

A maioria das espécies de pinguins apresenta coloração preto e branca.


Eles possuem asas altamente adaptadas para a natação e patas curtas com
membranas interdigitais. Apesar de serem incapazes de voar, os músculos
peitorais desses animais são muito desenvolvidos, assim como observado
em aves voadoras. Vale salientar que algumas espécies podem atingir até
40 km/h enquanto nadam, sendo, portanto, altamente eficientes nesse
modo de locomoção.
Os pinguins não possuem ossos pneumáticos, ou seja, ossos ocos.
Enquanto os ossos pneumáticos são uma importante adaptação ao voo das
aves, nesses animais, a presença deles poderia dificultar o mergulho. Outra
característica relacionada ao mergulho é a presença de um corpo
fusiforme hidrodinâmico. Os pinguins possuem, também, uma camada
de gordura espessa e penas distribuídas de maneira uniforme pelo
corpo, adaptações importantes para a sobrevivência no ambiente frio.
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No meio terrestre, os pinguins não são tão ágeis e velozes quanto na


água, uma vez que suas pernas curtas dificultam o deslocamento. Além de
ficarem em pé e caminharem em terra firme, outra forma de se locomover
nesse ambiente é deslizar na neve sobre a barriga. Para garantir um maior
impulso, esses animais utilizam suas asas.

Os pinguins são ágeis no ambiente aquático, entretanto, apresentam


dificuldade para se locomover na terra firme.
 Reprodução
Os pinguins, bem como outras aves, botam ovos. Entretanto,
diferentemente da maioria das aves, os pinguins não nidificam
individualmente, sendo observadas colônias com centenas de
indivíduos. Apesar da nidificação em colônia parecer um prato cheio
para predadores, a proximidade entre os ninhos favorece certa proteção. A
proteção é maior nos ninhos mais centrais do que naqueles localizados na
periferia.
Leia também: Diferença entre ave e pássaro – todo pássaro é uma ave,
mas nem toda ave é um pássaro
Espécies de pinguins
Como mencionado, existem 18 espécies de pinguins atualmente descritas.
A seguir, conheceremos algumas delas:

O pinguim-imperador se destaca como a maior espécie de pinguim.


 Pinguim-de-Magalhães (Spheniscus magellanicus): destaca-se como a
única espécie de pinguim encontrada regularmente no nosso litoral.
Alimentam-se de peixes, crustáceos e moluscos, variando sua alimentação
de acordo com a disponibilidade de alimento em uma região. Pesam cerca
de 4 kg e medem 71 cm de comprimento.
 Pinguim-imperador (Aptenodytes forsteri): é o maior de todos os
pinguins, medindo cerca de 1,15 m e pesando 40 kg. A fêmea da espécie
bota apenas um ovo, o qual é dado para o parceiro para que seja feita a
incubação. As fêmeas partem em busca de comida e os machos ficam com
o ovo equilibrado sobre os pés e recobrindo-o com uma dobra de pele do
ventre. Os pinguins machos não se alimentam durante esse período, que
dura dois meses, e perdem cerca de metade do peso até o retorno das
fêmeas. As fêmeas retornam e regurgitam alimento para suas crias. Os
machos então podem se alimentar.
 Pinguim-gentoo (Pygoscelis papua): possui estatura de cerca de 75 cm e
pesa 6 kg. Prefere ficar em regiões livres de gelo e se alimenta de forma
oportunista, capturando presas como peixes, lulas e crustáceos. Tem como
característica marcante uma faixa branca triangular localizada na região
acima dos olhos. Essa espécie é capaz de emitir um som muito alto que
lembra o de uma trombeta. Destaca-se como a ave mais rápi

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