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Ciências Naturais – Teste 2

Ao longo dos tempos, os animais foram-se adaptando aos diversos meios do planeta.
RESULTADO: hoje, os animais têm uma grande variedade de:

 Formas
 Revestimentos
 Modos de locomoção
 Formas de alimentação
 Modos de reprodução

A vida na Terra encontra-se distribuída pelos:

 Ambiente Terrestres – florestas, desertos, montanhas, grutas, dunas


 Ambientes Aquáticos – oceanos, rios, charcos…

Exemplos:

As florestas e bosques são meios onde predominam árvores e arbustos que proporcionam
condições ótimas, como abrigo e alimento, para muitos animais.

No bosque, o ouriço-cacheiro encontra uma grande quantidade de insetos, caracóis e


minhocas para a sua alimentação. O bicho-de-conta encontra as condições que precisa no solo
e sob troncos e pedras obtém refúgio.

As dunas apresentam solo arenoso e muitos sais. Por isso, os animais que aí vivem estão
adaptados a estas condições.

O gineta e a lagartixa-do-mato habitam a zona mais madura das dunas, onde há mais
alimentos e abrigos. As gaivotas eliminam sal nas lágrimas e estão adaptadas a ambientes com
grande salinidade.

Os rios e charcos são meios aquáticos de água doce. Nos rios, vivem animais preparados as
correntes, enquanto nos charcos encontramos animais adaptados a águas paradas. Os charcos
temporários fervilham de vida no inverno e na primavera, estações nas quais muitos animais se
reproduzem.

As rãs necessitam de água para colocar os seus ovos; sem os charcos não poderiam reproduzir-
se. Muitos peixes de água doce, em Portugal, são migradores e sobem os rios na época
reprodutiva (exemplo – truta).

O oceano é um ambiente aquático de água salgada. Alguns animais vivem em zonas mais
profundas, outros mais próximos da costa e até na zona de rebentação das ondas. Todos os
animais marinhos estão preparados para lidar com a elevada salinidade.

Muitas aves marinhas encontram o seu alimento na zona entre as marés. Aí, existem outros
animais capazes de se fixarem às rochas. Animais como a tartaruga-marinha alimentam-se no
oceano e desovam nos areais. Os seus membros estão adaptados ao meio aquático.

Os animais habitam os meios mais extremos:

 No cimo das montanhas


 Nos oceanos mais profundos
 Nas grutas obscuras
 Nas cidades

Nos ambientes terrestres, os animais distribuem-se de acordo com:

 Humidade
 Temperatura
 Luminosidade

Nos ambientes aquáticos, distribuem-se também e acordo com:

 A quantidade de sais
 A corrente
IMPORTANTE! As características dos animais, como o tipo de revestimento e a sua forma,
resultam da adaptação ao tipo de meio. O meio também é importante porque oferece refúgio,
alimento e locais de reprodução.

O QUE PERMITE DISTINGUIR OS ANIMAIS?

1) FORMA CORPORAL

DOIS grandes grupos de animais:

 VERTEBRADOS – com esqueleto interno rígido


 INVERTEBRADOS – sem esqueleto no interior do corpo

A forma do animal pode ser muito útil na sua deslocação.

 Forma hidrodinâmica: facilita a deslocação na água (pinguins – ágeis e velozes na água


e desajeitados no solo)
 Forma aerodinâmica: facilita a movimentação no ar (forma fusiforme do corpo do
falcão-peregrino facilita os voos a alta velocidade)

A forma está relacionada com a simetria. Num animal com simetria, podemos dividir a
forma de acordo com um ou mais planos de simetria.

A maior parte dos animais possui simetria bilateral – o animal é dividido, por um único
plano de simetria, em duas partes semelhantes – exemplo borboleta. Alguns animais têm
simetria radial – dividido em várias secções idênticas, separadas por vários planos de simetria
– exemplo estrela-do-mar. Os animais com corpo amorfo são assimétricos.

Tipos de formas

 Fusiforme – auxilia a deslocação na água e no ar; - peixe-papagaio, falcão-


peregrino
 Cilíndrica – facilitam a deslocação em meio aquático e no solo; - cobra-coral
 Esférica – corpo semelhante a uma esfera; alguns animais assumem esta forma
como defesa – peixe-balão
 Achatada – comum em animais que se deslocam no solo ou no fundo dos meios
aquáticos; permite um maior contacto com o meio e facilita a procura de
alimentos; - solha
 Amorfa – não tem forma definida nem simetria; - esponja-marinha (é uma
exceção)

2) REVESTIMENTO

É o limite exterior do corpo do animal e a sua principal função é a proteção do organismo:

 proteger o animal contra microrganismos prejudiciais;


 regular a temperatura do corpo – proteger do frio e do calor e da desidratação;
 facilitar a defesa do animal
 pode ainda ser importante para a locomoção, respiração e trocas gasosas, camuflagem
e reprodução dos animais

O revestimento dos animais vertebrados é a pele, que é formada por duas camadas:

• epiderme: camada exterior da pele;

• derme: camada interior da pele onde se encontram os vasos sanguíneos, glândulas


produtoras do suor, etc.

A pele pode apresentar-se:

• nua: nos anfíbios, coberta apenas por muco (produzido por glândulas), importante para a
respiração;

• com pelos: nos mamíferos, salvo raras exceções; mantêm a temperatura do corpo;

• com escamas:

 epidérmicas: nos répteis, têm origem na epiderme (superficiais e temporárias)


 dérmicas: nos peixes, têm origem na derme (profundas e permanentes);

• com penas: nas aves, têm origem na epiderme, mantêm a temperatura e são impermeáveis.
Os pequenos filamentos das penas cruzam-se como os fios de um tear, dificultando a passagem
da água e do ar. Também são cobertas por uma substância oleosa que as torna impermeáveis.
(SE lavares uma pena com detergente da louça e a secares, ela deixa de ser impermeável.
Porquê? Porque o detergente da louça elimina a substância oleosa que cobre a superfície das
penas, tornando-as, assim, permeáveis).

Curiosidade: estruturas semelhantes a escamas também podem aparecer em determinadas


partes do corpo de mamíferos e aves: exemplo – pangolim, tatu e águia.

Os animais invertebrados podem ser revestidos por:

 cutícula: camada impermeável que protege o corpo mole dos animais – minhoca e
lesma
 esqueleto externo ou exosqueleto: conjunto de peças exteriores endurecidas que
revestem o corpo de alguns animais; funciona como uma armadura articulada que
protege e auxilia no movimento. Pode ser constituído por:
o quitina (substância resistente e impermeável, que endurece o revestimento de
invertebrados como os insetos; estes têm de mudar o revestimento à medida que
crescem)
o Carbonato de cálcio – carapaça - caranguejo
o Várias substâncias, incluindo carbonato de cálcio – concha – moluscos

3) LOCOMOÇÃO

Locomoção é o ato de o organismo se deslocar de um local para o outro no seu habitat.

Os animais deslocam-se por ação dos músculos. Nos animais vertebrados, a locomoção
também envolve a participação do esqueleto interno.

A locomoção pode realizar-se:

 No solo
 Na água
 No ar
A capacidade de um animal se deslocar num determinado meio depende das características do
seu corpo. Existem vários modos de locomoção:

NO SOLO:

 Reptação – deslizam ou rastejam sobre o ventre, com ou sem ajuda dos membros –
caracol, crocodilo
 Marcha – animais plantígrados, que apoiam o calcanhar e a planta do pé no chão –
seres humanos e urso
 Corrida – animais digitígrados, que se apoiam nos dedos (gato, chita); animais
ungulígrados, que tocam no solo apenas com as unhas; deslocam-se sobre cascos –
zebra, avestruz
 Salto – exemplo – canguru, que tem membros inferiores semelhantes a um Z e
músculos muito desenvolvidos. Lebre

NA ÁGUA:

 Natação – peixes, baleias, patos, tartaruga e sapo – Nos peixes, envolve o


movimento ondulante do corpo e a movimentação das barbatanas. A orientação das
escamas torna o corpo mais hidrodinâmico. Nos mamíferos marinhos, os membros
modificados assemelham-se a barbatanas e a pele quase sem pelos torna-os
nadadores eficientes.
 Propulsão – choco, polvo
 Flutuação – náutilo – este enche ou esvazia as várias câmaras da sua concha com gás
para se deslocar verticalmente na água.

Também há animais que se movem no fundo do mar usando a reptação ou a marcha: O


PEPINO-DO-MAR DESLOCA-SE SOBRE O FUNDO DO MAR, POR REPTAÇÃO. O CARANGUEJO
MARCHA.

ANIMAIS AQUÁTICOS COMO OS GOLFINHOS, PINGUINS E TARTARUGAS-MARINHAS POSSUEM


MEMBROS MODIFICADOS SEMELHANTES A BARBATANAS – BARBATANAS ADAPTADAS E
CORPOS HIDRODINÂMICOS
EXISTEM ANIMAIS QUE SE DESLOCAM SIMULTANEAMENTE NO SOLO E NA ÁGUA. MUITOS TÊM
MEMBROS COM MEMBRANAS INTERDIGITAIS, UMA ADAPTAÇÃO É LOCOMOÇÃO NO MEIO
AQUÁTICO – PATOS, RÃS.

NO AR:

A deslocação no ar não é exclusiva das aves. Existem mamíferos, insetos e até peixes e répteis
que também se deslocam em meio aéreo.

 Voo é o tipo de locomoção que os animais usam para se deslocarem no ar


o Voo não planado – é o mais comum, usado por animais com asas, como as
aves, os insetos e o morcego. Exige o batimento das asas, que depende de
músculos muito desenvolvidos. Aves – têm músculos peitorais fortes,
utilizados no batimento das asas, que estão ligados ao osso esterno, que
possui uma quilha. Têm forma aerodinâmica, ossos leves e sacos aéreos.
Morcegos – têm uma membrana alar – prega de pele que une os dedos e
forma uma grande superfície que permite o voo. Os insetos voadores possuem
asas membranosas com nervuras de quitina, que dão rigidez e flexibilidade à
asa durante o voo. Os músculos ligam-se ao exosqueleto e permitem mover as
asas.
o Voo planado – exige adaptações especiais, como pregas de pele ou barbatanas
longas – exemplos: esquilo-voador, que estica as pregas de pele existentes
entre os membros para se sustentar no ar, utilizando a cauda para estabilizar o
corpo; peixe-voador, que tem grandes barbatanas peitorais que o ajudam a
percorrer grandes distâncias no ar. Rã-voadora – tem membranas interdigitais
que funcionam como um paraquedas. Geco-voador – tem extensões de pele
que rodeiam o corpo todo, que lhe permitem planar entre as árvores. Dragão-
voador – tem pregas de pele que se apoiam nas costelas e se abrem durante o
voo, conseguindo planar vários metros.

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