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Cargos do Axé Oxumarè

Olórí Ẹgbẹ́

É o líder de toda a nossa comunidade. É a designação dada ao Bàbálórìṣà, ou Ìyálórìṣà da


Casa Matriz.

Ìyá Kèkéré
O título representa a segunda pessoa da Casa de Oxumarê, popularmente chamada de Mãe
Pequena. Nesta configuração, para além de deliberar junto ao Bàbálórìṣà, possui o poder de
substituí-lo quando necessário e representá-lo em sua ausência do Terreiro ou quando há
impossibilidade particular do mesmo estar presente em algum evento externo.

Bàbá Ègbé
Cargo designado àquele que é responsável pela comunidade. Ele é o primeiro ministro
dentro do terreiro, defendendo os interesses da comunidade e auxiliando o Bàbálórìṣà na
condução da Casa de Oxumarê.
Também conhecido como o "Pai da Comunidade", Bàbá Ègbé é responsável pelo culto à
Ègbé Ọ̀run (comunidade do céu) e possui bastante influência no culto à Ìbejì.
Para além disso, Bàbá Ègbé administra um corpo de postos, que os auxiliam nessa
empreitada de administrar todo a comunidade e seu entorno, sendo estes:

•Dúróṣẹgbẹ́: auxiliar direta do Baba Egbé. Cargo que designa a pessoa responsável por
intermediar e solucionar junto ao Ẹgbẹ́, os pleitos da comunidade.

• Bàbálọjà: Cargo masculino que designa a pessoa responsável por intermediar de conflitos
havidos na comunidade, ou entre esta e outros Terreiros, agindo como diplomata.

• Gbàsílé: Cargo que designa a pessoa responsável por resgatar filhos e filhas que estejam
afastados do Terreirro.

• Bàbá Ìfẹ̀kùn: Cargo masculino que designa a pessoa responsável por manter e recobrar a
harmonia da comunidade.

• Alátìlẹ́hìn: Cargo que designa a pessoa responsável por dar amparo social para os
membros da comunidade.

•Ọmọlúwàbí: Cargo que designa a pessoa responsável por fiscalizar todos os àwọn olóyè
(detentores de cargos) para que não haja abuso de autoridade.

Yá Maiyé
Mais alta sacerdotisa do Hunkọ (Ronkó), responsável por coordenar o espaço que
representa o útero da Casa de Oxumarê. É ela quem prepara os elementos relativos ao
processo iniciático, sejam eles dos líquidos amnióticos até os pós sagrados.

Junto à ela, há outros postos que auxiliam durante o processo de recolhimento do neófito,
onde ela é também a gestora, sendo estes:

• Ojugbọ́na: Cargo feminino que designa a responsável por transmitir os ensinamentos


litúrgicos e cuidar dos adeptos durante seu período de recolhimento no Hunkọ.

• Jigbọnà: responsável por cuidar das roupas dos ìyàwó e da alimentação deles, além de
dormir com os neófitos.

Ojugbọ́na e Jigbọnà são complementares, uma sendo suporte para a outra. E são
comumente conhecidas como "Mãe-criadeira"

•iÌyá Ẹfun: Cargo que designa a pessoa responsável por fazer as pinturas rituais nos neófitos
durante o processo iniciático.

•iIpò Bẹ̀rẹ̀: Cargo que designa a pessoa responsável por realizar as marcas étnicas nos
adeptos.

•Òsì Abẹ: Cargo que designa a pessoa responsável por auxiliar o(a) sacerdote(isa) no ritual
do fárí.

•Bàbá Ànídópin: Cargo masculino que designa a pessoa responsável por preparar o adepto
para o transe durante os ritos iniciáticos.

•Ìyá Oníjó: Cargo que designa a pessoa responsável por ensinar as danças litúrgicas aos
neófitos durante o processo iniciático.

•Ìyá Tẹ́ní: Cargo feminino que designa a responsável pela preparação das esteiras dos
neófitos durante o processo iniciático.

Asàfẹ́kún e Bàbátinsá

• Asàfẹ́kún, é o responsável por preservar os profundos preceitos de Òṣàlá no Terreiro, bem


como pela manutenção dos assentamentos desta divindade.

O cargo representa a terceira pessoa do templo de Òṣàlá, que é gerido pelo Olobatala
(Sacerdote supremo do Templo de Òṣàlá) e seu mais alto auxiliar, o Òpótún Ala (segunda
pessoa na hierarquia do Templo de Òṣàlá.)

• Bàbátinsá:
É responsável por zelar pelas divindade e ancestrais que fazem suas moradas na árvores.
Seu posto está ligado ao templo de Ọ̀sányìn, sobre e égide do Ọlọ́sányìn ( ou Babalọ́sányìn
como popularmente é chamado).
Nenhuma árvore do Terreiro pode ser podada sem sua presença e sem antes dele realizar os
ritos necessários.
Ìyámóró
Cargo feminino que designa a responsável por carregar o igbá no ritual do Ìpàdé, ela é a
mais alta sacerdotisa desta cerimônia de grande centralidade na Casa de Oxuamarê.
Neste rito são invocadas divindades que possuem como principal atributo a regulação e a
manutenção da ordem e do equilíbrio do nosso Ase e comunidade, bem como todos nossos
ancestrais, em uma grande reunião espiritual.

As forças invocadas em conjunto receberão as devidas satisfações nos rituais oficiados, para
que haja bons auspícios e sucesso.
O ato é realizado no salão principal do Terreiro, com os membros em posição de ba buru/
suhan, curvados em sinal de respeito. Somente o(a) sacerdote(isa) permanece em seu trono.

A Ìyádàgan fica ajoelhada de frente para porta, posicionada mais à frente do eixo central do
salão, aguardando o Ọ̀gá Lejọ̀ jogar os três primeiros pingos de água no chão e invocar as
divindades da terra.
Subsequentemente, o Ọ̀gá Lerẹ́ dá início aos cânticos e a Ìyádàgan começa a preparar o àṣẹ
no igbá, para que este seja divido com as divindades.

A Ìyámóró é a responsável por levar o igbá com o àṣẹ, do local onde se encontram, até o
local de destino das oferendas, sendo, em todo percurso, protegida pela Àjímúdà.

Gbàsílé
E a pessoa responsável por resgatar filhos e filhas que, por algum motivo, estejam afastados
do Terreirro, procurando entender seus motivos e mediar uma solução para que estes
regressem ao seio familiar e, de forma acolhedora, recebê-los de volta!

《SOBRE ÀGBÀ》

• Àgbà: denominado como anciã, é um cargo dado no ato dos 50 anos de iniciação, para
designar àquelas que detém do conhecimento de Àṣẹ.

As Àgbàs em nossa casa, além dos cargos que ocupam, compõem o Conselho da Casa de
Oxumarê, convocando reuniões (exemplo de audiêncis), junto ao Olórí Ẹgbẹ́, para tratar de
assuntos que julguem ser importantes.

É como se elas ultrapassassem o portal mítico do conhecimento, o que lhes garante acessar,
com mais facilidade, outras dimensões sagradas.
Adquirem com isto, o poder de abençoar, além de invocar as energias ancestrais do entorno
de nosso Àṣẹ, bem como dos Òrìṣàs dos iniciados, mesmo sem utilização de elementos,
como por exemplo o adjá.

Estar diante delas é de uma sensação de honra e admiração, pois nelas temos enciclopédias
vivas sobre nossa religião, conhecimentos e experiências que outrora se pensava que a esta
altura estaria perdido e elas lutaram para preservar.
Ìyá Ẹfun & Ìyàtebese

Ìyà Ẹfun:
Cargo que designa a pessoa responsável por fazer as pinturas rituais nos neófitos durante o
processo iniciático.

Ìyátebeṣé: Responsável por entoar os cânticos e rezas para as divindades.

Ìyá Alàgbà
É responsável pelo preparo das comidas votivas de Èṣù, sendo a única mulher outorgada a
ingressar no Templo desta divindade.

O posto está sobre a égide do Olúpọ̀na: Cargo masculino que designa o supremo sacerdote
do Templo de Èṣù.
Balógun
Cargo masculino que designa o responsável pelo Templo de Ògún. Compete a ele cuidar e
zelar de todas as insígnias que compõem este espaço sagrado, bem como a sua organização.
É a ele quem recorremos quando é necessário fazer qualquer rito dentro do "quarto" de
Ògún e a quem buscamos orientação para saber como proceder dentro do mesmo, uma vez
que nada pode ser consolidado sem a sua presença.

Sob sua égide, o Balógun tem outros postos que o auxilia no que tange os afazeres para com
o Templo desde Orisá, sendo estes:

Opótún: Cargo masculino que designa a segunda pessoa na hierarquia do Templo de Ògún.

Aṣògún: Cargo masculino que designa o responsável pelo rírúbọ de Ògún assim como os
demais Orixás

Olóbẹ: Cargo masculino que designa o auxiliar do Aṣògún em suas atribuições.

Alágadá: Cargo masculino que designa o responsável pelas ferramentas dos rituais de
louvor a Ògún bem como pelo aladá (facão)

Alágbẹ̀dẹ:
Cargo masculino que designa o responsável pela produção das ferramentas rituais das
divindades, pela sacralização das mesmas e pela transmissão deste conhecimento.

Abogún:
Cargo masculino que designa o responsável em realizar as oferendas peridiódicas para
Ògún e
prover os elementos e materiais utilizados no culto a Ògún.
Mawo:
Cargo feminino que designa a responsável pelo preparo das comidas votivas relativas ao
culto a Ògún.

Óṣíwájú: Cargo feminino que designa a responsável pela manutenção e arrumação do


Templo de Ògún.

Mọ́gbà

Cargo masculino que designa o supremo sacerdote do Templo de Ṣàngó. Tão quanto os
chefes dos Templos de Òrìṣá, nada deve ser feito no espaço de Ṣàngó sem a sua presença. É
ele quem organiza o Templo e designa orientações para que, com os auxiliares de seu cargo,
seja possível zelar pelo lugar sagrado.

Sendo sob sua édige:

Ọbajúmọ̀: Cargo masculino que designa a segunda pessoa na hierarquia do Templo de


Ṣàngó.

Arabádà: Cargo masculino que designa o responsável pelos assentamentos do Templo de


Ṣàngó.

Ìyárọba:
Cargo feminino que designa a responsável por:
preparar o àmàlà e demais comidas votivas de Ṣàngó; zelar pelas gamelas e demais
utensílios culinários de Ṣàngó.

Dúrọ́ba: Cargo masculino que designa o responsável pelo ritual semanal de oferecimento do
àmàlà para Ṣàngó.

Ìyáṣọlá: Cargo feminino que designa a responsável por organizar as festividades dedicadas
a Ṣàngó, bem como por zelar pelas indumentárias desta divindade.

Kọ́làbá: Cargo que designa a pessoa responsável pelo Làbá a pela organização da procissão
em louvor a Ṣàngó.

Ìyá Bẹni Ṣàngó: - Cargo feminino que designa a responsável pelo preparo dos rituais de
maior segredo em louvor de Ṣàngó.

Ìyá Tẹ́ní:
Cargo feminino que designa a responsável pela preparação das Eni (esteiras ritualísticas)
uma significativa insígnia do candomblé) dos neófitos durante o processo iniciático, bem
como todos outros ritos que se faz necessário na mesma durante o recolhimento do
indivíduo.
A Ìyá Tẹ́ní é a portadora do conhecimento dos elementos necessários para cada ocasião,
além das folhas, que devem ser acomodados por debaixo das esteiras nos rituais.

Ela, por meio de cânticos e rezas ao preparar a cama de cada indivíduo, o transforma em um
leito de Asè.

Por se tratar de um rito considerado àwo, não podemos aqui neste espaço, discorrer sofre as
imprescindíveis incumbências em volto ao posto, mas podemos afirmar que suas
responsabilidades se estendem posteriormente para o uso desta sagrada cama.

Cabe a ìyá Tẹ́ní acomodar a toda a comunidade nas esteirarias nos momentos das
cerimônia, bem como as recolher e cuidar de sua preservação após os ritos.

Envolta de uma sabedoria ancestral, passada de geração para geração, Èkejì Hilda é um
grande exemplo dentro de nossa casa. Pois, para além do seu cargo e de ser Èkejì, ela segue
disseminando sua tradição e conhecimento para sua família (também iniciados em nosso
Àṣẹ), e para os filhos e filhas de nossa casa.

Ìyá Oníjó
É ela a responsável em transmitir o conhecimento de como emanar Asé por meio do
movimento e por meio da expressão corporal.

Sendo assim designada, ela ensina os neófitos as danças ancestrais que traduzem os
domínios e símbolos dos Òrìṣás, de modo que a divindade conte a história de sua existência
através dos movimentos de acordo às cantigas e toques entoados.

Àgbà Ìjẹníyà
É a mais alta sacerdotisa do templo de Omolú, estando sob a égide somente do mais alto
sacerdote, o Àsọ́gbà e seu adjunto o Sọbalojú.

Ela é a responsável pela manutenção do templo, bem como de todos as sacrários que nele
estão acomodados.

Àgbà Ìjẹníyà a responsável pela organização de uma das maiores e mais aguardadas
celebrações de nossa casa, o Olubajé, popularmente conhecida como o "Banquete do Rei".

Entretanto, ela também possui importante e imprescindível presença na Cerimônia do Ìpàdé,


sendo a ela atribuído a execução de manter a ordem e o respeito neste momento e impedir
que os membros da comunidade transitem nos pátios enquanto este acontece, de modo que
os ancestrais possam cumprir suas tarefas, transitando pelo espaço sem intercorrencias.

E, apesar de sua grande responsabilidade, Ẹ̀gbọ́n Lucinha ainda agracia a todos com suas
histórias de vida, tão quanto as de sua trajetória no Asé, sendo ombro amigo, olhar atento e
uma grande e importante Ẹ̀gbọ́n, principalmente para os Ìyàwó, dando a eles educação nos
corredores de nossa casa e aos seus filhos as quais ela criou durante o processo iniciático.
Sua devoção e dedicação a Òrìṣá nos dá a certeza de seu legado ancestral.

Kọ́làbá
Cargo que designa a pessoa responsável pelo Làbá (uma sagrada bolsa que acomoda as
principais insígnias de Ṣàngó)

A ela foi designado organizar e liderar a procissão em louvor a Ṣàngó, bem como zelar pela
Coroa de Bayane e as Coroas de Yamase, que são adoradas na mais importante procissão da
Casa de Oxumarê.

Ẹ̀gbọ́n Eliete é um exemplo para nós, de compromisso e integridade. Uma pessoa amorosa e
responsável, acolhedora e que nos aninha em seu carinho. Além disso, mantém sua fé
inabalável, que podemos perceber nas histórias que conta, sempre muito emocionada,
transbordando aquilo que ela consegue sentir de Òrìṣà na sua vida.

Idánsè
A sacerdotisa responsável pelo culto às Ìyámì Ọ̀sọ́rongá, e por esta razão, detém o título de
Ìyágbà Aje (Rainha feiticeira.)
No ritual Ìpàdé, é ela quem prepara e fornece um peculiar àkàsà utilizado nesta cerimônia.

Em razão deste ritual ter como um de seus principais pilares coletar as energias emanadas
no ato que antecede as celebrações e as irrigar por toda a casa de Oxumarê, fertilizando
nosso Àṣẹ, a Idánsè, por ser a mais alta sacerdotisa do culto à divindade responsável pela
fecundidade, é quem substitui a Ìyámóró quando, por motivo de força maior, esta não pode
participar do Ìpàdé.

Ẹ̀gbọ́n Mariana para além de seu cargo, propaga enquanto mais velha, o olhar atento, filha
de uma Divindade que nos aninha em seu colo de pai (quem já viu Ayrá bailar no barracão
sabe bem!) e um sorriso largo com sua voz que ecoa pelos nossos corredores. É sem dúvida,
um espelho a ser refletido nos seus mais novos e reverbera admiração em seus mais velhos
e iguais.

Aṣògún & Ọbajúmọ̀

O Aṣògún é o cargo masculino que designa o responsável pelo rírúbọ, (ritual de imolação).
Ele é quem detém o conhecimento de como abater os animais, causando-lhes o menor
sofrimento possível, nos permitindo cumprir o dogma, de nas celebrações aos orixás, nos
alimentarmos somente de carnes devidamente abatidas, realizando o ritual de agradecer ao
animal por nos servir de alimento e garantindo que não tenha sido submetido à torturas
causadas por alguns frigoríficos e avicultoras irresponsáveis.

Isto porquê, para nós de religião de matriz africana, tudo que há na natureza, bem como
aquilo que comemos e ofertamos aos deuses é sagrado, e o animal abatido, servido de
alimento para a comunidade, não poderia ser diferente.

Ọbajúmọ̀, por sua vez, é o cargo masculino que designa a segunda pessoa na hierarquia do
Templo de Ṣàngó, sendo o adjunto do Mọ́gbà.

De fala doce e acolhedora, Ọ̀gá Carlinhos, tem sempre uma história vivida, aqui no Àṣẹ,
ótima para nos contar!

Ọfàrere

Responsável pela organização de toda estrutura da festividade pública em louvor a Ọdẹ,


seguindo as orientações do Olúọdẹ sacerdote supremo do Templo de Ọ̀ṣọ́ọ̀sì.

Para além desta já importante incumbência, ele se destaca como peça principal dos
Aramefá, (grupo de postos do Templo de Ọ̀ṣọ́ọ̀sì), pois possui o desígnio divino de ser o
medidor entre as autoridades deste Templo.

Quando o Olúode coloca alguma pauta em votação, o Ọfàrere, além de presidir o plenário
(compostos por 10 lideranças), quando ocorre empate, ele detém o voto de desempate,
completando os seis votos necessários para para que o Olúode chancele a decisão.

Os Aramefá:

1-Eperin Lode: Cargo masculino que designa a segunda pessoa na hierarquia do Templo de
Ọdẹ. o Eperin Lode é responsável por invocar o Òrìṣà Ọdẹ através do uso ritual do oge.

2-Oní Kúmọ̀ Ẹ̀kún: Cargo masculino que designa o responsável por prover os animais para
o rírúbọ de Ọdẹ, assegurando a qualidade e a saúde dos atinentes animais, bem como a
divisão da carne. Compete ainda ao Oní Kúmọ̀ Ẹ̀kún, entoar os cânticos e invocações
relativos ao rírúbọ de Ọdẹ.

3- Ọ̀gá Lẹ́rín: Cargo masculino que designa o responsável pelo rírúbọ de Ọdẹ. O Ọ̀gá Lẹ́rín
possui dois auxiliares: Pakún Ọdẹ à sua direita e Oní Pọ̀npo à sua esquerda. Porém, somente
é considerado o voto do Ọ̀gá Lẹ́rín.

4-Ọdẹ Apẹrí: Cargo masculino que designa o responsável por zelar pelos assentamentos
rituais do Templo de Ọdẹ.

5-Pààlá Sọdẹ: Cargo feminino que designa a responsável pela manutenção e limpeza do
Templo de Ọdẹ e pelo preparo de todos os utensílios e necessários ao rírúbọ de Ọdẹ.

6-Ọfàrasọdẹ: Cargo feminino que designa a responsável pelas indumentárias e por todos os
paramentos rituais de Ọdẹ.

7-Ìyámọdẹ: Cargo feminino que designa a responsável pelo preparo das seguintes comidas
votivas a Ọdẹ como bàtètè e ẹran Ọdẹ.
Incumbe ainda à Ìyámọdẹ, o preparo do tabuleiro mítico de Ọdẹ, oferecido nas homenagens
a esta divindade.

8-Olómáyàmí: Cargo masculino que designa o responsável pelo máyàmí (“sacola onde
contém os instrumentos de caça) de Ọdẹ. Incumbe ainda ao Olómáyàmí, a coordenação da
procissão dos caçadores.

9-Omorekún: Cargo feminino que designa a responsável por entoar os cânticos sagrados a
Ọdẹ.

10-Afikọdẹ: Cargo masculino que designa o responsável por zelar pelo Templo de Ọdẹ,
bem como por agregar os adeptos que sejam iniciados e/ou devotos desta divindade.

Eperín Lóde:
Primeiro do grupo dos Aramefá, é o cargo masculino que designa a segunda pessoa na
hierarquia do Templo de Ọdẹ. O Eperín Lóde é responsável por invocar o Òrìṣà Ọdẹ através
do uso ritual do oge.

Dono de um carisma enorme e, em contrapartida, de uma responsabilidade inenarrável, Ọ̀gá


Ney é um exímio Mestre dos toques. Sempre atento, sua presença preenche o espaço com
sua determinação e resignação. Sem dúvidas, é um grande exemplo para todos nós, seus
irmãos, sobretudo quanto à seu respeito, sua contagiante felicidade nas funções e, acima de
tudo, sobre a fé!

Ọ̀gá Àtàtá

Chefe do clã dos Ọ̀gá, homens escolhidos pelas próprias divindades para proteger o
Terreiro, assim como prover sua manutenção, blindar a comunidade e fazer ser cumprido o
sistema hierárquico da Casa de Oxumarê.
Líder dos homens responsáveis pela manutenção da ordem e respeito, compete ao Ọ̀gá Tàtá
transmitir o tradicional código dos Ogá da Casa de Oxumarê, garantindo que estes senhores,
aclamados como pais, garantam a continuidade da existência de nosso Terreiro, zelando
pela ordem e integridade deste Templo onde habita Orisá.


Ọ̀gá = mestre
Àtà = pilar central
Tá = verbo procurar

Ìyá Ààfinjú
Cargo feminino que designa a responsável por zelar pela manutenção do Templo de
Òṣùmàrè, funcionando como sua guardiã.
Este posto representa a mulher de total confiança do Dangbènú, mais alto sacerdote do
Templo de Òṣùmàrè.

Sendo o Templo deste Òrìṣá nosso maior alicerce, Èkejì Cida desempenha um dos cargos de
maior responsabilidade em nossa casa, por se tratar do espaço sagrado do provedor de nossa
raiz, bem como onde está resguardado as insígnias importantes para o nosso Olórí Ẹgbẹ́ e
para os filhos de nosso Asé!

De voz doce e personalidade acolhedora, recebe a todos com muito carinho.


Quem ainda não provou de seu tempero nunca esteve em nosso solo sagrado.

Ojú Ọba
Ojuobá é uma palavra originaria da língua Yorubá, podendo ser interpretada como “os
olhos do rei” ou “os olhos de Xangô”.

O termo Ojuobá é parte do culto do Orixá Xangô, que representa o Oyê, grande honra.

Cargo masculino que designa o responsável por monitorar assuntos políticos externos e
trazê-los ao Olori Égbé. Para além de conselheiro político, atua também como uma
conselheiro pessoal do Babálorisá nas questões internas dentro do Terreiro.

Como o nome de seu cargo propõe, os "Olhos do Rei" é um cargo masculino, que designa
àquele que se mantém atento para as questões políticas externas, trazendo-as de fora para
dentro do Terreiro. Para além disso, é ele quem mantém o olhar atento, sendo o conselheiro
pessoal do Babalorisá, atuando como mediador em assuntos que julga importante
internamente. Tem a função de decodificar as pautas políticas e apresentar ao Babalorixá
para que o mesmo tome a decisão que julgar mais adequada.

O Ojú Oba é também aquele que sistematiza as informações e media os assuntos que
precisam ser tratados em ordem de prioridade dentro do axé, de modo que não fique lacunas
ou pendências a serem resolvidas para o Olorí Egbé. E é Marcos Rezende quem faz essa
mediação, olhando com respeito para todos os filhos de nosso Asé, bem como os interesses
que cercam nossa comunidade.

Ọ̀pá Otun

É o Responsável por auxiliar o Olórí ẹgbẹ́ nos assuntos administrativos, assegurando a


operacionalidade de sua gestão.

Na esfera litúrgica, embora não possua a prerrogativa de interferir na jurisdição dos demais
postos do Terreiro, é incumbido de se fazer presente em todas as cerimônias, garantindo que
seja cumprido as determinações do Olórí Ẹgbẹ́ e quando, por ventura, perceba que não
então sendo cumpridos os desígnios do mais alto sacerdote da Casa de Oxumarê, conduz
sua presença para que a ordem seja restabelecida.
O significado é importante de suas incumbências podem ser reveladas ao traduzirmos o
nome do seu posto.

Ọ̀pá = apoio pessoal, cajado


Otun = direita

Para conseguir cumprir com sua demanda, ele conta com o Ọ̀pá Òsì, que desempenha a
mesma função, sendo o "cajado" da mão esquerda.

Por estar ao lado do Sacerdote, participando dos "segredos" litúrgicos e dos assuntos
confidenciais do terreiro, eles possuem o título de Apá Òsì e Apá Otun, sendo a grosso
modo, chamados de "braço esquerdo e direito" do Bàbálórìṣà.

Ọlọpa
Responsável em preservar a ordem pública da Casa de Oxumarê nas celebrações,
coordenando o grupo dos Ogá, escalados pelo Ogá Àtàtà, para garantirem a segurança do
terreiro ou nomear os Olùṣọ (grupo de homens responsáveis pela segurança do Terreiro).
Para além disso, ele também é responsável em atuar quando há situação de conflitos e/ou
divergências entre os Baálès(Sacerdotes de cada Templo).

De forma popular, podemos dizer que o Ọlọpa é o chefe da guarda, prezando por nossa
segurança e intermediando com os Olùsọ (sua Guarnição).

Ìyárọba:
Cargo feminino que designa a responsável por: preparar o àmàlà e demais comidas votivas
de Ṣàngó, zelar pelas gamelas e demais utensílios culinários de Ṣàngó. Além disso, ela é
também responsável por cuidar de todos os utensílios deste Òrìṣá, resguardado dentro de
seu Templo, bem como de suas insígnias.

Èkejì Iraildes é, acima de tudo, uma grande mulher. Forte, determinada, engajada nas
causas de nosso povo e decidida. Dona de uma voz impossível de não reconhecer e de um
carisma inigualável, ela é também uma excelente ouvinte, conselheira nata, sempre disposta
a nos orientas com todo seu amor e dedicação. Sua devoção a Òrìsà é algo que nos inspira e
somos gratos, tão quanto felizes, em tê-la em nossa casa.

Olobé
Auxiliar direto do Aṣògún. Compete à ele limpar todos instrumentos utilizados no oró
rírúbọ, de modo que, quando o ritual aconteça, tudo esteja em ordem. Ou seja, ele amola
todos os perfuros cortantes deste ritual.

Além disso, ele está permitido substituir o Aṣògún quando este, por motivo de força maior,
precise se ausentar.

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