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CULTO YORUBÁ
A Cosmogonia Yorubá
(corpo de doutrinas, princípios)
Yorubá é um nome reservado aos povos de Oyó, que acabou por
cobrir todas as etnias do mesmo tronco, hoje conhecido como de fala
Yorubá.
O historiador Frobenius (Mythologie de l’Atlantide) afirma ter
redescoberto na terra dos yorubás ramificações do desaparecido
continente da Atlântida. Segundo ele, os
atlantes teriam cruzado o oceano infiltrando-se
na África. Já Samuel Johnson (The Story of the
Yorubás) situa a origem dos yorubás no Egito
Superior ou na Núbia.
Além de a antiga civilização egípcia ser
considerada como remanescente da Atlântida,
as afinidades entre a religião de Òrìşá / ifá e as
hoje conhecidas crenças da antiga civilização
egípcia só fortalecem esta afinidade.
Olódùmarè
Olódùmarè
Com exceção do dia que nascemos e o dia que é suposto que iremos
morrer, não há um único evento na vida que não possa ser previsto,
mudado e necessário. Olódùmare é a força criativa central. Para os
Yorubá, Olódùmarè concebeu o Universo em um êxtase de si
mesmo. Assim, podemos dizer que a criação tem suas raízes no futuro,
pelo qual ele vive. O mundo é inquieto porque foi criado
dinamizado. Criado assim, o mundo só pode existir em evolução. Sua
perfeição aparece desde a origem. A criação se realiza numa ascensão
espiritual progressiva, desde a matéria dita inanimada, até atingir, no
homem, a dignidade da consciência, que está muito além da questão da
cor de sua pele, ou sua raça.
Existe, para o Yorubá, por detrás das aparências e do mundo visível,
um elemento inteligente, "racional", que regula, dirige, anima o cosmos,
e que faz com que esse cosmos não seja caos, mas ordem.
Há, com certeza na origem do Universo, um impulso de pura
consciência, que é Olódùmarè.
Olódùmarè é um espírito infinitamente perfeito, que existe por si
mesmo e de que todos os outros seres recebem a
existência. Olódùmarè é o ser sem semelhança, por não o vermos. Por
isso quando o nomeamos, apenas tangenciamos sua essência.
A existência de Olódùmarè, mais que um pressuposto, é verdade
fundamental, ponto de partida para qualquer discurso religioso.
É como se primeiro, reconhecêssemos a sua existência, depois
procurássemos a ponte capaz de nos levar a ele, capaz de propiciar a
religação com nossa origem. Afinal, nas extremidades invisíveis do
nosso mundo, abaixo e acima da nossa realidade, paira o espírito.
Nosso espírito e esse ser transcendente a quem
chamamos Olódùmarè, são levados a se encontrar.
No entanto, é natural, para todos nós, a idéia de que não podemos
compreender Olódùmarè. Na medida em que ele é infinito, princípio e
fim de todas as coisas, encontra-se além dos limites humanos e de sua
compreensão. Podemos, sim, conhecê-lo através de seus atributos e
deduzir a sua existência através de suas manifestações no Universo e
nas coisas criadas.
Somos levados, também, ao conhecimento de Olódùmarè pelo que
conhecemos e sabemos com clareza e precisão que Olódùmarè não é.
Para crermos na existência de Olódùmarè e avançarmos em direção ao
seu conhecimento é necessário que não comecemos por usar os
caminhos da razão.
TEMPLO DE IFÁ ORILOBA
ambos os lados. " Quando você falar quase " bom ", você já pressupôs
" mal "". Há sempre dois lados de toda história ou problema.
"Eu não tenho nada além daquilo que todas as pessoas têm, a única
diferença entre mim e os demais é que eu acredito na presença de
``Olódùmarè´´ em minha vida e sempre o coloco à frente de minhas
atitudes!"
TEMPLO DE IFÁ ORILOBA
ORÍ
TEMPLO DE IFÁ ORILOBA
Estamos ligados a Ólodùmarè por nosso Ori Inú, (Eu Superior), ele é a
fonte da inteligência para a sobrevivência no Ayê (terra), e dele (Ori),
geramos toda a força propulsora que nos conduz em nossa jornada não
somente para a vida em si, mas também na saúde, prosperidade e
equilíbrio, o qual está diretamente ligado ao Órun(céu), portanto, Ori Inú
TEMPLO DE IFÁ ORILOBA
O Orí está dividido em Orí Inú que é a Cabeça Interna ou Destino e Orí
Òdé que é a Cabeça Física.
ORÍ ÒDÉ – a cabeça externa caracteriza-se pela cabeça física (crânio,
cérebro, sistema nervoso central, olhos, ouvidos, etc.) e também pela
personalidade e intelecto que resultará da interação daquele corpo com
Orí Inú (cabeça interna).
ORÍ INÚ - a cabeça interna é a nossa personalidade divina, ou nosso “eu
verdadeiro”, ou nosso “eu supremo ou superior”. Em resumo, nossa
alma.
Todos os òrişá têm que respeitar a vontade e o livre arbítrio de Orí.
Sempre, quando se inicia um culto, os devotos têm que tocar a terra com
a testa como um ato de respeito ao primeiro Orí, a ancestralidade e a
Onilé de onde o orí foi formado e moldado por Ajalá, Obàtálá. Orí é o Deus
TEMPLO DE IFÁ ORILOBA
Para ter uma vida próspera, a pessoa deve desenvolver seu Ìwà Pèlé, que
representa o crescimento da beleza interior e a profundidade de
caráter. Por nossas ações e interações, demonstramos que estamos em
harmonia e equilibrados com os conceitos universais e tradicionais da
vida, o que mostra nosso respeito a tudo aquilo que faz parte da Criação.
Ìwà Pèlé abrange a importância da responsabilidade e as conseqüências
que vêm de positivo ou negativo em nossas ações.
Ìwà Pèlé é o que caracteriza uma pessoa sob o ponto de vista ético. Para
ser feliz uma pessoa deve ter Ìwà Pèlé, pois quem tem bom caráter não
entra em choque com os seres humanos, nem com os poderes
sobrenaturais. Esse é o mais importante dos valores morais Yorùbá, e a
essência da fé consiste em cultivá-lo.
No Odú Ogbe'Sá, fala-se dos três primeiros passos que devemos dar para
atingir o Ìwà Pèlé, o Bom Caráter:
TEMPLO DE IFÁ ORILOBA
- Praticar a verdade;
- Praticar a retidão;
- Fazer o bem.
Os passos seguintes,são: a paciência, o valor e a impecabilidade.
Ifá diz que para atingir Ìwà Pèlé, devemos ser iniciados na Sabedoria da
Natureza. Uma vez iniciados, se revela a nós a voz de Orunmilá, o Mestre,
que recebeu os escritos de Olódùmarè.
Todo indivíduo deve empenhar-se para ter Ìwà Pèlè, com o objetivo de
ser capaz de ter uma boa vida num sistema dominado por muitos poderes
sobrenaturais e em uma sociedade controlada pela hierarquia das
autoridades. O homem que possui Ìwà Pèlé não colidirá com nenhum dos
poderes, sejam humanos ou sobrenaturais e, desta forma, pode viver em
completa harmonia com as forcas que governam o Universo.
BORÍ
TEMPLO DE IFÁ ORILOBA
- Bó - significa oferenda;
- Orí - cabeça
- Borí - Oferenda à Cabeça
Elenini
Quando a pessoa está dominada por Elenini, se torna cega para as boas
ações, abrindo, dessa forma, portais para a entrada de Ajogun na vida.
Todas essas energias negativas criam um portal por onde Elenini entra,
fazendo aparecer obstáculos que atrapalham o bom andamento da vida.
AJOGUN E ELÉNÌNÌÍ
Os Inimigos Ocultos e Declarados da Humanidade
Os Ajoguns são forças muito negativas, que tem como objetivo causar doenças, acidentes,
brigas, discórdias. Por isso, quando há sacrifícios (Ebó), é comum cantarmos pedindo para
que a água (elemento mais puro e benéfico que existe) cubra e mate as discórdias , cubra e
mate as doenças, cubra e mate as maldições , etc. Em verdade, estamos pedindo para que a
água cubra e mate os poderes malignos do mundo, os Ajogun.
Diferente das Divindades que moram nos espaços do Orùn, regressando ao aye por meio da
manifestação, os Ajogun moram no Aye e não no orùn. Isso acontece, pois os Ajoguns não
conseguiram causar males no mundo dos Deuses. Ou seja, os Ajogun moram no aye, pois
aqui, diferente do orùn, eles conseguem espalhar os males de forma indiscriminada.
Os Ajoguns estão sempre à espreita, esperando um momento adequado para atuar. Por isso,
é muito importante que as pessoas sempre se cuidem, por meio de oferendas, magias
medicinais e o que mais for necessário, conforme prescrição do Sacerdote.
Quando algo de ruim surge no mundo, por exemplo, uma nova doença, isso certamente foi
motivado por Ajogun, entretanto, quando uma grande descoberta em benefício à sociedade
surge, foi motivada pelas forças positivas que sempre prevaleceram, como os Orixás.
Quando, por exemplo, uma pessoa quebra um Ewó, ela está ajudando e dando forças
ao Ajogun.
O mesmo ocorre quando o sacerdote prescreve um sacrifício que é negligenciado, a pessoa
está dando forças ao Ajogun. Os seres malévolos são conhecidos coletivamente
como Ajogun – Guerreiros contra os Homens que segundo a tradição abrange os Òfò –
Prejuízos, Ègbà – Paralisia, Èjò – Problemas, Èpè – Maldição, Èwòn – Prisão, Èse – qualquer
outro maleficio que possa afetar os seres humanos, entre outras energias maléficas. Entre os
Inimigos dos Homens estão as Àjé – Bruxas e os Osó – Bruxos que utilizam seus poderes
para fins maléficos.
Dentro da Cultura Iorubá acrescenta, ainda Àrùn – A Doença e Ìkú – A Morte, mas a morte
prematura e não a morte natural. Alguns mitos relatam Àrùn como a esposa de Ìkú e que
através desse casal mítico nasceram todas as enfermidades existentes no mundo, que
TEMPLO DE IFÁ ORILOBA
conseguiram escapar do mundo sobrenatural, pois lá não tinha poder algum e muitos de seus
filhos ainda se mantem enclausurado no òrún, esperando uma oportunidade para se
estabelecer no àiyé.
Afim de mantermos afastados esses poderes sobrenaturais ruins de nossas vidas, existe a
necessidade de se manter em harmonia com os poderes sobrenaturais bons, que são obtidos
e fortalecidos através das oferendas e dos sacrifícios as divindades que prestamos culto,
sobre tudo os Ritos de Orí. Aquele que se mantém em harmonia entre os dois mundos òrún –
àiyé, poderá contar com esses poderes benevolentes, que o protegerão contra os planos
perversos dos poderes do mal.
Opon Ifá
O que é Ifá?
Muitas explicações são dadas a essa pergunta, alguns falam
que Ifá é uma filosofia a ser seguida, outros que é uma religião
que tem Ifá como um Orixá criador de destinos, mas o que
muitos não sabem é que vai muito além disso.
Ifá é a “consciência cósmica universal”, é a mente de
Olodumare (Deus). É um Deus da predestinação, da sabedoria,
do conhecimento. Quando se procura um Bàbáláwo (pai do
segredo) que é um sacerdote de Òrúnmìlà iniciado e
verdadeiramente treinado, ele vai através de Ifá transmitir essa
TEMPLO DE IFÁ ORILOBA
Orunmila ≠ Ifá
Sabedoria divina
Orixá que viveu em terra
Primeiro sacerdote de Ifá
Òrúnmìlà, é aquele que vem logo depois de Olódùmarè, pois foi a ele
dado o direito de viver entre o Òrun (Céu) e o Àiyé (Terra) e, por este
motivo, é também conhecido como Gbáiyé-gbòrun (aquele que está no
céu e na terra). Ele é o Èléri-ìpín, aquele que é testemunha do destino
que escolhemos ou nos é dado no momento da nossa concepção e, por
isto, somente ele, e mais ninguém, pode dizer sobre o nosso futuro.
Ele é sempre lembrado como uma pessoa franzina, este é o porque da
expressão Akéré finú Sogbón (Aquele que é pequeno, mas com a mente
cheia de sabedoria ).
TEMPLO DE IFÁ ORILOBA
Iniciação em Ifá
Os passos da caminhada ao sacerdócio na vida de um Bàbáláwo são de
grande sacrifício. Com a opção pela vida sacerdotal feita, consulta-se
Ifá para que seja indicado o melhor Sacerdote. Sendo aceito, a partir
daí, serão providenciados os ritos de iniciação onde ele receberá seu
TEMPLO DE IFÁ ORILOBA
que, uma Apetebi também pode se tornar uma Iyanifá se passar pela
iniciação e por todo treinamento de Ifá, igual a um Babalawo. A palavra
Iyanifá foi derivada de Iyá Onifá, que significa Mãe em Ifá ou sacerdotisa
de Ifá. Iyanifá não se designa apenas as mulheres anciãs, mas sim pelo
conhecimento dela dentro do culto a Ifá, que é o mesmo seguimento de
um Babalawo, ela pode ser jovem. Iyanifá pode, além de tudo mencionado
acima para as Apetebi, recitar versos de Ifá a partir dos odùs, permitida a
ela também participar de reuniões no templo de Ifá, fechado somente aos
sacerdotes, e até mesmo aconselhar um babalawo quando possível em
reuniões espirituais. A única exceção aos rituais de iniciação de uma
Iyanifá é que ela é proibida de olhar a cabaça da existência(Igba – odù).
Ser Iniciado
O iniciado não pode ter dúvidas, não pode ter medos absurdos, porque é
o medo que cria monstros e sombras que impedem o equilíbrio, o auto
conhecimento e a evolução.
TEMPLO DE IFÁ ORILOBA
Ancestralidade
TEMPLO DE IFÁ ORILOBA
SOCIEDADE Ògbóni
.......
O que é Òrìsá/Orixá?
Trata-se de Seres Divinos, emanados da Divindade Suprema
Universal. Os Òrìşá, atuam de acordo com as funções que lhes são
delegadas por Olódùmarè, inclusive como mediadores entre Ele e os
seres humanos.
ÒGÚN
Senhor dos metais, ele forjava suas próprias ferramentas, tanto para a
caça, como para a agricultura ou para guerra. Na África, seu culto existe
em Ondó, Osogbo, Ile Ifé, Ekiti, Oyó, entre outros do Panteão Yorubá.
Erínlè
Sàngó
“Disse Esú” Agora vocês vão retornar a Ifé e trazer os reparos por terem
apedrejado minha cabana: 2 ratos do mato, 2 peixes secos e todas as
outras coisas em dois.”
Eles voltaram a Ifé com a intenção de providenciar os reparos
necessários. No processo eles relataram ao Rei que havia um raio de
esperança no “Meio do Nada.”
Uma certa pessoa que falou com eles exigiu reparações deles. O Rei
respondeu que suspeitava de que Orúnmilá também estivesse na
companhia de seu interlocutor. Os cidadãos deveriam retornar para a
floresta com as reparações requeridas e relatar os desenvolvimentos.
Entretanto, antes dos cidadãos retornarem, Akale (Esú) foi ao encontro
de Orúnmilá.
Orúnmilá levou consigo Esú para relatar a situação para Obàtálá, que é
chamado de Elegbe(O Adepto)
TEMPLO DE IFÁ ORILOBA
OBÀTÁLÁ
ESÚ
ORÚNMILÁ
Orúnmilá é o Orisá Senhor da sabedoria e do conhecimento, que
tendo adquirido o direito de viver entre o céu e a terra, tudo sabe e tudo
vê na totalidade dos mundos, transcendendo espaço e tempo.
Foi testemunha da criação universal e detém o conhecimento do
passado, presente e futuro do destino de todos os habitantes da terra e
do céu.
Na Terra, Orunmilá é quem apresenta o destino ao reencarnante por
ocasião da seu nascimento . Conhece todos os destinos e como
propiciar o sucesso em todos os âmbitos, além de revelar o Orisá pessoal
de cada um.
Orúnmilá é a soma da sabedoria suprema, a vida e a morte, o
nascimento da natureza, a visão total do mundo e da existência
estabelecendo normas éticas que irão comandar as sociedades e os
homens. É o equilíbrio que ajusta a força que conduz a sustentação do
planeta. Orúnmilá representa a antiga sabedoria do Culto Yorubá.
Uma modalidade orácular mais popular é o Opelé Ifá. Apenas
sacerdotes iniciados no culto de Orúnmilá - os Oluwo Ifá e Babalawo –
são credenciados para utilizar esses oráculos. Todo o corpo filosófico
da religião yorubá se resume nos signos de Ifá
concluírem que muitas delas estão tão voltadas para o dia a dia dos
homens e seus interesses imediatos que acabam fugindo à sua real
finalidade: promover o encontro do ser com a Divindade, ampará-lo em
suas dificuldades espirituais e consequentemente, também as materiais.
Alguns ainda são provenientes de outras religiões ou filosofias
espiritualistas; finalmente, existem aqueles que simplesmente são
tocados pelo Òrìşá, nos recessos da própria alma. Na África o culto está
realmente ligado às famílias, mas no Brasil, principalmente a
miscigenação, trouxe para toda a população a denominação
afrodescendente. A iniciação propriamente dita acontece num período de
reclusão que varia de sete a dezessete dias. Esse período é comparável
à gestação na barriga da mãe; nesse aspecto, o aposento sagrado
representa o ventre da própria mãe natureza. O neófito aprende os
mistérios básicos das divindades e da Criação; os costumes da
comunidade e os princípios que regulam as relações da família religiosa
(hierarquia sacerdotal); as formas adequadas de comportamento nas
cerimônias públicas e restritas. Conhecimentos acerca de seu Òrìşá lhe
são ministrados: a maneira adequada de cultuá-lo, suas proibições (ewò)
quando houver as virtudes que deverão ser cultivadas, e os vícios que
deverão ser evitados, para atrair influências benéficas e uma relação
harmoniosa com a divindade.
4 - O que pode mudar na vida do Iniciado?
O Destino é dado a cada ser na forma de possibilidade, nunca como
fatalidade. Desse modo, quem antes de voltar ao mundo escolheu, por
exemplo, ser médico, ao renascer na Terra encontrará em seu caminho
situações que o direcionem para essa profissão. Entretanto, isto não quer
dizer que necessariamente venha a exercer a medicina. Ele pode a
qualquer tempo mudar os rumos da própria vida através do exercício do
livre-arbítrio (o que, aliás, é um conceito universal). Cada qual constrói a
própria história. Ocorre muitas vezes à pessoa acabar fazendo escolhas
erradas e sofrendo consequências desastrosas. Pode ser fruto de um
destino ruim, que exigirá tempo e determinação para ser superado. A dor
transforma-se em companheira constante. Liga-se a tudo isso os
problemas do dia a dia (para não mencionar a situação difícil da
sociedade contemporânea); o conjunto acaba provocando sentimentos
de impotência frente aos obstáculos e encruzilhadas da vida, ou
simplesmente solidão, carência de aconchego, de orientação, de
coragem, carência de fé. O Òrìşá pessoal, nesse particular, pode
influenciar e muito, prevenindo ou mesmo remediando tais situações,
TEMPLO DE IFÁ ORILOBA
Balalorisa, o que é?
É um sacerdote qualificado para servir de intermediário entre os
homens, os Deuses (Orisás) e o Deus supremo (Olodumare). Ele passa
por um processo para aprender os valores relacionados aos seres que é
o Caráter , o Respeito, a honestidade..., junto a isso vai aprender a
manipular energias através dos búzios, vai aprender sobre o Òrìsá em
que será iniciado, vai aprender sobre outros Orisás e suas relações com
os homens, vai estudar muito sobre maneiras que seu Òrìsá age para
ajudar outras pessoas , vai aprender a se proteger dos inimigos, rezas,
orikis , ebó, elementos, comidas, tradições ,e muitas outras coisas.
Quando chega em um nível de conhecimento e evolução pessoal, ele irá
completar os processos iniciáticos com o seu sacerdote, após adquirir
conhecimentos básicos que lhe permitem a carregar essa
responsabilidade, ele passa a ser babalorisa ou Ìyálórìṣà se for do sexo
feminino. Não existe tempo de aprendizado para ser babalorisa. Muitos
podem passar 7,10, 20 anos sem saber nenhum princípio sem nenhuma
evolução enquanto outros que se dedicam podem passar ,1, 3, 5 anos e
já estarem preparados para ocupar um posto sacerdotal. Depende de
cada pessoa ter dedicação para conseguir ter evolução. Por serem
muitos conhecimentos, costumamos dizer que morremos aprendendo,
então depende de evoluções pessoais de cada um. Quando se aprende
Ifá por exemplo, a primeira coisa que lhe é ensinada é, para não falar
mal da vida alheia e para não julgar, devemos ser sempre neutros pois
costumes como esses nos traz uma energia ruim, que nos impedem de
TEMPLO DE IFÁ ORILOBA
SACRIFÍCIO
Os planos de Orúnmilá e Eşú teriam dado certo se não fosse por Obá, a
virgem guerreira, tímida e solitária por natureza, foi a primeira Òríşá a dar-
se conta do que estava acontecendo. Pretendendo reassumir o papel da
mulher na comunidade criou uma sociedade chamada Ogbé Guèlédé, na
qual apenas as mulheres seriam aceitas. Ao participarem dessas
reuniões as mulheres usariam máscaras para não serem reconhecidas e
deixariam seus seios expostos, para que nenhum homem se infiltrasse
durante as reuniões. Yemonjá, Oya, Nanã, Euá e Oşun eram presenças
constantes nesse culto que adorava ÌYÀMÍ OŞORONGÁ. Eşú que está
sempre bem informado escondeu-se na floresta para vigiar as mulheres,
quando percebeu Oluwo, o pássaro das ajé: Foi a primeira vez que Eşú
sentiu medo. Podemos perceber na descrição de Oluwo, um imenso
urubu, uma das formas que Oşun pode assumir conforme o mito. A
sociedade Guèlédé é vista no odu Ìrété Méjì. Eşú, após assistir tenebrosa
aparição, correu até Orúnmìlà para contar o que vira. Ambos resolvem
criar outra forma para desestruturar a sociedade feminina. Şangô tendo
consumado o combinado levou para Oyó, Obá e Oya. O rei de Oyó envia
uma mensagem, através de Eşú, para Orúnmìlà enviar Oşun. Orúnmilá
envia Oşun, sua esposa, e decide: “hoje mesmo sairei pelo mundo em
busca de meu próprio destino. Sem rumo, sem direção, ensinando aos
homens os segredos de Ifá.“ Obàtálá assumiu a liderança masculina
devido o afastamento de Orúnmìlà. O plano para desunir as líderes
Guèlédé dera certo e a liderança feminina perdera sua última líder,
fazendo com que a mulher voltasse novamente a ser submissa aos
homens.
ÀSÈSÉ
O rito funerário denominado àsèsé, é o desfazer de laços e compromissos e a liberação das partes
espirituais que constituíam a pessoa que morreu. É uma cerimônia onde se faz a ruptura de todos
os objetos sagrados com o morto.
O àsèsé é a última homenagem para o morto. É nesse ritual que ao mesmo tempo que o morto é
aceito entre os ancestrais que se foram antes dele, é feita a liberação do orí, pelo òrìsá, que retorna
para o òrun.
Morrer é ir e voltar, dentro da ótica africana da realização da vida. Nascemos de novo porque é aqui
que realizamos e plantamos o àse para que o planeta Terra tenha continuidade.
O corpo do morto volta à terra para ser transformado em matéria prima para novos seres humanos.
A morte é transitória, porque o termo morrer, não tem grande sentido, pois se tem a consciência
que ela representa apenas um pulo de uma vida para outra, cujo mistério e segredos só Obàtálá é
sabedor.
Nas mais diferentes culturas, a morte está contida na própria concepção da vida e ambas não se
separam. Os Yorubá e outros grupos africanos que formaram a base cultural das religiões afro,
acreditam que a vida e a morte alternam-se em ciclos, de tal modo que o morto volta ao mundo dos
vivos, reencarnando em um membro da própria família.
TEMPLO DE IFÁ ORILOBA
Para os Yorubá, existe um mundo em que vivem os homens em contato com a natureza, o mundo
dos vivos, que chamam de àiyé, e um mundo sobrenatural, onde estão os òrìsá, outras divindades
e espíritos, e para onde vão os que morrem, mundo que chamam de òrun. Quando alguém morre
no àiyé, seu espírito, ou uma parte dele, vai para òrun, de onde pode retornar ao àiyé nascendo de
novo, reencarnando.
Os espíritos dos mortos ilustres (reis, heróis, grandes sacerdotes, fundadores de cidades e de
grandes linhagens) são cultuados e se manifestam nos festivais de egungun no corpo de
sacerdotes mascarados, preparados para esse tipo de ritual.
Na concepção Yorubá, existe o corpo material, que eles chamam de ara, o qual com a morte
decompõe-se e é reintegrado à natureza, mas, em contrapartida, a parte espiritual é formada de
várias unidades, cada uma com existência própria.
- a personalidade-destino ou orí;
- a identidade sobrenatural ou identidade de origem que liga a pessoa à natureza, que é o òrìsá de
cada um ;
Cada parte precisa ser integrada no todo, que forma a pessoa durante a vida, tendo cada uma delas
um destino diferente após a morte.
O èmí, sopro vital que vem de Olódùmarè, dado por Obàtálá e que está representado pela
respiração, abandona o corpo material na hora da morte, sendo reincorporado à massa coletiva que
contém o princípio genérico e inesgotável da vida, força vital cósmica do deus-
primordial, Olódùmarè.
O orí, que contém o destino escolhido no òrun antes de nascer, que aprendeu e evoluiu na vida,
com a morte, acompanha o espírito para òrun, para que possa ser preparado para reencarnar, para
uma nova vida.
O òrìsá é retirado após a morte, liberando o orí para voltar para òrun, acompanhando o espírito.
TEMPLO DE IFÁ ORILOBA
Com a morte, estes ritos são feitos, para liberar essas unidades espirituais, de modo que cada uma
delas chegue ao destino certo, restituindo-se, assim, o equilíbrio rompido com a morte.
O rito fúnebre denominado àsèsé, tem como principais fins, desfazer o Igba Orí, desfazer os
vínculos com o òrìsá pessoal para o qual foi iniciado, desfazer os vínculos com toda a comunidade
da terra, despachar o egun do morto, para que ele deixe o àiyé e vá para o òrun, livre para ser
preparado para reencarnar.
ÀBÍKÚ
eles.
Em país Yorubá, os pais, para proteger seus filhos àbíkú e tentar retê-los
no mundo, podem se dedicar a certas práticas, tais como fazer pequenas
incisões nas juntas da criança e ali esfregar atin (um pó feito com favas
e ervas e rezas e magias) ou ainda amarrar à cintura da criança um ondè
(talismã feito desse mesmo pó, colocado num saquinho de couro).
Nos dias de hoje, quando morre uma criança ainda muito nova, há muita
possibilidade de ser um àbíkú que está voltando ao "céu", bem como
persiste a probabilidade de voltar em um próximo filho, ainda na mesma
geração ou na próxima; quando uma criança fica muito doente e corre
risco de vida, pode averiguar na família se já houve caso de aborto ou
morte prematura, isso é bem provável.
O aborto é uma situação que transcende a ingerência das pessoas, pois
é algo ligado diretamente à interrupção da natureza, e consequentemente
do Criador, esse ato pode escapar da lei dos homens, mas não à lei
Divina. Este é o porque de nenhuma religião na terra apoiar ou permitir o
aborto.
ESCOLHAS
Você precisa fazer muitas escolhas nessa vida. Algumas são muito
importantes, outras, não. Muitas de suas escolhas são entre o bem e o
mal, e determinam, em grande parte, a sua felicidade ou infelicidade, pois
terá que viver com as suas conseqüências.
Não é possível se fazer escolhas perfeitas o tempo todo. Isso
simplesmente não acontece. Mas é possível se fazer boas escolhas com
as quais você poderá conviver e que o farão crescer.
Às vezes, se faz más escolhas, isso geralmente acontece, quando
você se deixa influenciar pelo meio.
Infelizmente, algumas de suas más escolhas são irreversíveis, porém
algumas não são. É preciso ser forte para poder mudar de rumo e voltar
TEMPLO DE IFÁ ORILOBA
AGRESSIVIDADE
momento pode ter que se defender para sobreviver. Depois que recorre
ao comportamento agressivo, as conseqüências são o isolamento e a
perda de respeito.
A pessoa que desenvolve amor próprio torna-se mais segura, confiante
e não permite que estímulos externos influencie a sua forma de pensar e
seu comportamento. A busca pelo equilíbrio é a forma mais assertiva de
aprender a ficar bem consigo mesmo e conviver com o outro, devemos
entender e separar o que nos afeta e buscar formas de resolver o que nos
incomoda.
Sair atirando flechas de agressividade em todas as direções fará com que
afaste familiares, amigos, parceiros de trabalho, namorados,
companheiros, que não agüentarão esse tipo de comportamento.
A grande questão é que ser livre não é sair vomitando opiniões e jogando
no outro as próprias frustrações. Esse comportamento de agressividade
exagerada só provoca constrangimento e isolamento social.
Destruir objetos, agredir pessoas quando confrontado, xingar, brigar,
são ataques de agressividade e que na maioria das vezes vem seguidas
de arrependimento.
Justiça
TEMPLO DE IFÁ ORILOBA
A Justiça dos homens, nos dias em que vivemos, pode ser facilmente
manipulada, mas a Justiça Divina, a Justiça da Terra, essa não tem como
fugir, nem como escapar; um dia, com certeza, ela chega.
Nos primórdios, a justiça era: " Olho por olho, Dente por dente ". Com o
passar dos tempos, esse principio foi se alterando até chegarmos ao que
se aplica hoje, como Justiça.
Mas quando se diz respeito ao Divino, o principio continua o mesmo.
AMOR UNIVERSAL
existe uma porta, estreita, pela qual podemos nos reencontrar. Ao abrir
essa porta, tudo se iluminará. Para isso, precisamos ter a consciência de
que somente o Amor pode curar, só o Amor pode orientar, somente
através do Amor Universal podemos saber quem realmente somos e o
que realmente queremos. Assim, alcançamos a transformação que nos
leva a harmonia com o Cosmos.
Ser justo é ter como princípio de vida agir com integridade e igualdade,
tomando decisões corretas, tanto para si mesmo como para os outros.
TEMPLO DE IFÁ ORILOBA
Escolhas e Conseqüências
Por vezes achamos que aquela escolha é a que melhor nos cabe, mas
aos olhos dos demais, pode parecer não ser a mais acertada.
Por isso, não podemos julgar, recriminar ou condenar, quem quer que
seja, por suas escolhas, afinal, não estamos dentro delas para saber o
que a levou àquela escolha.
Que a Luz esteja em mim e em todos aqueles que fez essa escolha !
Escolhas e Conseqüências
Por vezes achamos que aquela escolha é a que melhor nos cabe, mas
aos olhos dos demais, pode parecer não ser a mais acertada.
Por isso, não podemos julgar, recriminar ou condenar, quem quer que
seja, por suas escolhas, afinal, não estamos dentro delas para saber o
que a levou àquela escolha.
Que a Luz esteja em mim e em todos aqueles que fez essa escolha !
Escolhas e Conseqüências
Por vezes achamos que aquela escolha é a que melhor nos cabe, mas
aos olhos dos demais, pode parecer não ser a mais acertada.
Por isso, não podemos julgar, recriminar ou condenar, quem quer que
seja, por suas escolhas, afinal, não estamos dentro delas para saber o
que a levou àquela escolha.
Que a Luz esteja em mim e em todos aqueles que fez essa escolha !
TEMPLO DE IFÁ ORILOBA
DESAPEGO
Qual o real significado dessa palavra, que hoje em dia, tem sido tão usada
e tão pregada ?
Desapego significa perder a afeição a, perder o interesse e o empenho
por, largar, soltar-se, desagarrar-se, desunir, separar, extrair, sair.....
É Afastar-se de alguém ou alguma coisa.
É Manter um vínculo ou amizade com distância.
O que observo, diante desse termo, tão em moda nos últimos tempos é a
pregação ao individualismo e ao isolamento. Desapego, para a maioria
das pessoas, significa estar sozinho, sem se preocupar com nada, nem
com ninguém, em uma total falta de amor a si mesmo e ao próximo. A
interpretação e colocação desse termo anda equivocada. Porque você
pode desapegar, sem violentar os princípios da vida nessa terra, que é
viver em sociedade.
O real sentido do Desapego, é o desprendimento diante das coisa
superficiais e fúteis e da vaidade, para olhar com a atenção merecida para
fatos importantes que fazem todo o sentido da vida, que é saber dividir,
compartilhar e Amar. Foi para isso que o Ser Humano foi criado nessa
terra. Para Amar, se ajudar, compreender... Isso é viver em sociedade, e
é assim que acontece desde os primórdios. O Homem vive em
sociedade, não em casulos !
Por esse motivo é preciso ter esse termo muito claro na vida.
Desapegar de um ente querido, para que ele possa descansar, poupa-lo
do sofrimento diante da morte para encontrar a paz. Com certeza, deve-
se esquecer o egoísmo diante da libertação do espírito.
Hoje em dia, infelizmente, temos cada vez, menos tempo para nós
mesmos e para o Divino.
Mas volto a um grande ensinamento: "Tempo, é questão de prioridade!"
Fé é Persistência
Africa
Cuba
Em Cuba, é chamado de Elebará, Eleguá.[14] É uma das deidades
da religião ioruba. Na santería, é sincretizado com o Santo Niño de
Atocha ou com Santo Antônio de Pádua. É o porteiro de todos os
caminhos, da montanha e da savana, é o primeiro dos quatro guerreiros
junto a Ogum, Oxum e Oxóssi.
TEMPLO DE IFÁ ORILOBA
Haiti
No vodu haitiano, é chamado de Papa Lebá e Petro, Maitre
Carrefour ("dono da encruzilhada"). É o intermediário entre os loás e a
humanidade. Está em uma encruzilhada espiritual e dá (ou nega)
permissão para falar com os espíritos de Guinee, e acredita-se que fale
todos os idiomas humanos. Ele é sempre o primeiro e o último espírito
invocado em qualquer cerimônia.
Na República Dominicana, é cultuado como vodum Lebá, e, em Trindade
e Tobago, como Exu.[15]
Demonização de Exu
Na África na época da colonização europeia, ainda no século XVI, o Exu
foi sincretizado erroneamente com o diabo cristão pelos
colonizadores[16], devido ao seu estilo irreverente, brincalhão e à forma
como é representado no culto africano. Por ser provocador, indecente,
astucioso e sensual, é comumente confundido com a figura de Satanás,
o que é um equívoco, de acordo com a construção teológica iorubá,
posto que não está em oposição a Deus, muito menos é considerado
uma personificação do mal.
Mesmo porque, nessa religião, não existem diabos ou entidades
encarregadas única e exclusivamente de coisas ruins, como ocorre
no cristianismo, segundo o qual tudo o que acontece de errado é culpa
de um único ser que foi expulso por Deus. Na mitologia iorubá, porém,
assim como no candomblé, cada uma das Divindades (Orixás) tem sua
porção positiva e negativa assim como o próprio ser humano.
Desde a época das primeiras traduções inglesas de palavras iorubá em
meados do século XIX, Èṣù foi traduzido como "diabo" ou "satã".[17] O
primeiro exemplo conhecido disso veio do "Vocabulary of the Yoruba"
de Samuel Ajayi Crowther (1842), onde suas entradas para "Satanás" e
"Diabo" tinham Exu em inglês. Dicionários subsequentes ao longo dos
anos seguiram o exemplo, permeando a cultura popular e as
sociedades iorubá também. Ultimamente, muitas campanhas online
foram criadas para protestar contra isso, e muitos ativistas trabalharam
TEMPLO DE IFÁ ORILOBA
por sincretismo, de que o Exu seja o diabo das religiões cristãs e/ou o
mal absoluto tratado pelas religiões ocidentais, que diferem totalmente
dos conceitos da religião dos orixás (orixaísmo) (Barretti Fº, 2010)[27],
praticada na chamada Iorubalândia e nas descendentes da diáspora.
Que fique registrado que a religião dos prixás, praticada em qualquer
parte do mundo, independentemente do nome regional adotado,
respeita, mas não reconhece a Bíblia como uma de suas diretrizes
sagradas, tampouco o Alcorão e a Torá. Para os orixaístas, trata-se
apenas de livros religiosos, assim como tantos outros.
O orixaísmo oriundo da tradição oral, portanto ágrafa, apesar de já
contar com muitos escritos, reconhece apenas a "oralidade" dos Itã-
Odu, os Itã-Mimo- Oxá (Ìtán-Mimó Òòṣà; histórias sagradas dos orixás)
como o único "livro ou fala sagrada" a serem adotadas e que também
reconhece os ditames do corpo "literário" do oráculo de Ifá, os Odu Ifá,
cujo governo pertence à divindade Orumilá, portador de imensa
sabedoria e conhecido como Ibiqueji Olodumarê (Ibìkejì Olódùmarè; a
segunda pessoa de Olodumarê).
Conceitos religiosos europeus e asiáticos não faziam parte das
tradições iorubás antes das colonizações, nem das religiões dela
descendentes na diáspora, tampouco antes dos senhores de escravos
imporem aos africanos o catolicismo, entre outras religiões.
As formas deturpadas, aculturadas e sincréticas que impuseram e
continuam a se impor à religião, nos dias de hoje, foram e ainda o são,
os maus frutos decorrentes do processo da escravatura nas Américas e
das colonizações europeias impostas a povos africanos. (Conferir
em: "Os Clérigos Nativos Yorùbá.")
Conceitos cristãos como os de alma, céu, inferno e purgatório
encontraram terreno fértil para se propagar nas já contaminadas
tradições iorubás e de suas descendentes, seja por missionários, seja
por agentes governamentais e seja por autores pertencentes a outras
culturas e/ou crenças que registraram as tradições, os costumes e
religião dos iorubás, escritos e interpretados pela ótica do colonizador
e/ou opressor. E o pior, os registros decorrentes dessas interpretações
(que até hoje continuam) criaram "falsas" tradições, que se tornaram
"verdades literárias inquestionáveis" e vitimam a religião iorubá até
hoje. (Conferir em: Dos Yorùbá ao Candomblé Kétu – Os Autores)
Um fato muito importante e que deveria ser totalmente condenável é
que sempre que se estuda ou se faz pesquisa no campo das religiões
TEMPLO DE IFÁ ORILOBA
Por causa das lendas populares e outras até que realmente existem
no corpo de poemas de Ifá; por causa de seu temperamento e
peripécias, esse Òrìsá acabou sendo associado ao Diabo. Piorando
a situação, nas giras de Exú (note como mudei a escrita), o nome
do Òrìsá passou a ser associado ao chamado povo de rua e suas
cantigas sempre exaltando o diabo, satanás e demais demônios
cristãos.
“Os cristãos dizem que Èsù deu a Adão e Eva uma fruta para comer
no Jardim do Éden, a maçã no caso. Depois que Adão e Eva
comeram o fruto, seus olhos se abriram e eles se tornaram
civilizado. Eles sabiam que estavam nus e tinham que ir encontrar
algumas roupas para vestir.”
“Eu quero dizer-lhe que Èsù é a polícia dos òrìsà, das divindades.
Ele não é segundo a nenhum deus, sempre o primeiro. Os outros
deuses o respeitam por causa de sua honestidade e decisão firme.
Uma vez que ele tenha tomado uma decisão, ele não muda e nada o
faz mudar.”
Família e Religião
Uma outra coisa boa sobre Chief Esuleke é que ele não impõe sua
religião em sua família. Suas esposas e filhos, diz ele, são livres
para professar qualquer fé que elas queiram – um belo exemplo
para seguirmos no Brasil.
Nenhuma pessoa é como outra, cada qual tem seu odù, cada qual
tem seu caminho e suas lições a serem aprendidas. As quizilas são
energias incompatíveis com a energias da pessoa em si; são
energias que acabam minando as energias boas da pessoa e
sujando sua espiritualidade, atrasando o que de bom poderia vir!
Èsù possui seu Ewo, que é o Adin e outras casas associam outros
elementos. Os iniciados têm suas quizilas pessoais e também
devem respeitar a principal do òrìsà.
Oriki
Song
Ebesu lagbado, ebesu lagbado
Ìyá oni yangan
Ebesu lagbado ( repeatedly)
Onile orita
Tesu lo soro
Elekun n sunkun
Tesu lo soro
Laroye n seje
Tesu lo soro
Oni mi n sun mii
Tesu lo soro
Laroye n sun ifun
Tesu lo soro
O loo laalaa ooo
Tesu lo soro
Alarii afefe
Tesu lo soro
O loo laala ooo
Tesu lo
Obàtálá
Oba (rei) alá (branco)
TEMPLO DE IFÁ ORILOBA
ordenando, tudo que quer ficar na terra. Aquela terra que ainda está
molhada Obàtálá fala para que comece a ficar seca, para ter igi (árvores)
e eranko (animais). Depois ele usou esse opa oje (bracelete) para ir de
volta até céu.
Olódùmarè perguntou para Obàtálá onde ele foi e Obàtálá explica para
Olódùmarè que no orita meta ete (caminho) ele bebeu emu (vinho de
palmo) e assim dormiu. Olódùmarè perdoa Obàtálá, depois Obàtálá
voltou até o lugar onde ele dormiu e jogou praga para aquele emu. Ele
diz que qualquer devoto de Obàtálá que beber emu (vinho de palmo)
não iria bem, por isso que família de Obàtálá não pode beber emu.
O segundo trabalho que Olódùmarè deu para Obàtálá foi a criação dos
humanos, esse trabalho é conjunto entre ele, Obàtálá, e Èșù. Obàtálá
perguntou para Èșù onde é que eles vão arrumar iyepe tutu (terra
molhada). Èșù diz para Obàtálá ficar tranquilo que vão encontrar terra
molhada. Èșù diz que iria pegar emprestada a terra com Ilé (mãe da
terra). Foi Èșù que buscou essa terra molhada, essa argila. Foi Obàtálá
que moldou essa argila, mas as pessoas ainda estavam surdas. Nossos
ancestrais e que iriam ser os primeiros habitantes da Terra, ainda não
falavam.
Obàtálá foi quem fez Odi (surdos). As pessoas eram chamadas de
surdos antigamente. A autoridade de Olódùmarè, de Deus, demandou
que Obàtálá e Èșù fizessem essas imagens de Odi (surdos), e,
posteriormente eles deveriam colocar um buraco no meio das cabeças
dessas imagens e ir até alagbede orun (o ferreiro do plano espiritual),
onde este encarregado de trabalhar com ferro, fazia o seu sokoti
alagbede orun (trabalho com ferro). Assim, ele iria secar com o calor do
fogo usado por este ferreiro as imagens de argila feitas por Obàtálá.
Olódùmarè diz para que eles, quando eles estão trazendo essas
imagens de argila, que já passou por fogo usado pelos ferreiro, diz para
Obàtálá trazer um pouco de argila molhada junto com ele, para que ele
possa usar essa argila molhada no buraco de cabeça que está aberto.
No momento que estão com Olódùmarè, o único trabalho que
Olódùmarè fez no corpo dos humanos é que fazê-los respirar vida, nos
seus corpos. Depois que Olódùmarè expirou a vida naquele buraco de
imagem que estava aberto, Obàtálá fecha o buraco com iyepe
tutu (argila molhada). O Àse de Olódùmarè está em todos nós até hoje.
TEMPLO DE IFÁ ORILOBA
Obàtálá teve 201 esposas e Obàtálá foi quem teve mais filhos entre
outros òrìşàs (orixás). As pessoas que têm corpos claros se chamam
Oyi. Oyi era uma esposa de Obàtálá. Ela deu um filho para Obàtálá um
filho albino e as outras esposas não deixaram que ela tivesse paz, com
ciúmes. Oyi trouxe o filho para entregar para Obàtálá ao perceber que o
corpo dele estava todo branco. Com isso Obàtálá ficou chateado, disse
que as outras esposas não deixaram que Oyi ficasse na casa dele, e ele
conseguisse olhar como o filho deles está todo branco. Obàtálá diz para
que esse filho se ajoelhe na frente dele, Obàtálá fez oração para esse
filho, e disse: “Como essas outras esposas não deixaram eu cuidar de
você, você será um filho muito abençoado”. Todos nós, os
descendentes destes ancestrais, primeiros habitantes da Terra, a partir
da África, somos filhos de Obàtálá.
Oriki Obàtálá o sun si ile fi oje ti ikun oni ile Ji oje o Ji. Esse oriki tem
ligação com esposa de Obàtálá porque ela sempre está com Obàtálá,
cada momento Obàtálá ama mais as duas esposas entre todas as que
ele tem. As duas são Oje e Aje Yemoo.
Yemoo costuma fazer as roupas de Obàtálá, é costureira que faz roupas
muito bonitas, fazia com as suas costuras lindas obras de arte. O lugar
em que Yemoo faz as roupas de Obàtálá ainda está aqui até hoje, em Ilé-
Ifẹ̀. O lugar se chama Ita Yemoo, mas hoje o lugar tem um museu. Foi
assim que Obàtálá fez o seu trabalho, depois que o mundo começou a
ficar maior, Odùduwà deu outro problema para Obàtálá, com isso
Obàtálá deixou cidade de Ilé-Ifẹ̀, Obàtálá foi primeiro a chegar em Ilé-Ifẹ̀,
esse lugar em que viveu Obàtálá é o nosso atual iranje idita
(Groove/Bosque) até hoje usado em nossos rituais no Anual Festival de
Obátálá.
Obàtálá se chama mori mori alamo tin mori omo tuntun alamo rire, que
quer dizer aquele que molda a cabeça das crianças. Ele, Obàtálá, pode
criar o ser humano do jeito que quis. Hoje em dia Obàtálá é uma religião
que todos nós admiramos de òrìşàs, cultuamos e fazemos oração para
Obàtálá.
TEMPLO DE IFÁ ORILOBA
Da origem:
Obatalá, aka Obanla (o grande rei), Orishanla (a grande divindade),
Oosaala Oseeremagbo
ou Orisa Igbowuji, é uma divindade muito importante na cultura Yoruba.
Sua presença se
estende por toda a "Yorubalandia" da Nigéria e a República do Benin,
na África Ocidental e
da diáspora Yoruba incluindo países como o Brasil, Cuba, Trinidad e
Tobago, Estados
Unidos, Porto Rico, Panamá, México, Espanha, e até mesmo Inglaterra.
Ele é um Orisa
complexo que, apesar de simples no aspecto físico ou iconografia
atributos, tem a ver com
muitos aspectos da experiência humana e ajuda a resolver os
problemas mundanos dos
seres humanos.
Apesar de Obatalá ser uma divindade que existia antes da criação da
Terra em nossa
tradição religiosa, Obatalá teve várias encarnações terrenas, os
exemplos estão a caminho
Obatalá é adorado em diferentes cidades, onde tinha encarnação como
Iranje lle, Iranje
Oko, Ifon , Ejigbo, Ikire, Owu, etc. Em alguns casos, o "olhar" de Obatalá
reverenciado em
cada aldeia está intimamente ligada ao rei dessas pessoas. Um exemplo
seria Orisa Ogiyan
ou OOSA Ogiyan, Ogiyan sendo o título de rei de Ejigbo onde essa
manifestação de Obatalá
originou. Para Orisa Ogiyan é oferecido ram enquanto não é costume
dar o animal como um
TEMPLO DE IFÁ ORILOBA
Orisa da Criação:
Ritos:
Brasil –sem dende) eko (feito com milho branco amido fermentado
como o "akassa" no
Brasil), ororo Eyin (ovos brancos), oyin (mel). Entre os seus animais
favoritos que recebem
um sacrifício inclui a lesma terrestre (igbin), pombo (eyele), Guiné
(ETU), frango (abo adie),
pêra), e durante as principais festas e instalações de sumos sacerdotes
em Obatalá é
oferecido maaluu (vaca/ touro). Todos estes animais são preparados e
carne cozida para
ser consumido entre sacerdotes e devotos.
Cultura Yoruba aceita a poligamia, mas não adota uma posição que
estilo de vida é melhor.
Ambos os estilos de vida, a monogamia ou poligamia, têm os seus pros
e contras.
- lwofin
- Oyo
- Ejigbo
- Ogbomoso
- Iseyin
- Ikire
- Ikirun
- Owu
- Osogbo
Fontes de informação:
Oloye Babaloosa Iwintola Faronbi linhagem Ojoawo Ajanbata em Oyo
Oloye lyaloosa Adunola Ayoka Dalemofoosa Onto linhagem em Oyo
Oloye Adedoyin Olayiwola Talabi, a linhagem Yeye Apenimo lya Dudu,
Osogbo Osogbo
Oloye Fakayode Faniyi, o Agbongbon Awo de Osogbo Agbongbon
Oderinlo linhagem,
Osogbo Kehinde Oloye Osundara Oyawale, o Oya lya Osogbo
Fotos: Orisanla no Brasil, templo de lle-ife - Nigeria
Obs: esse texto não é sobre orixá no candomblé, esse texto é sobre o
culto do Orisa na
Nigéria e Benin
REVELAÇÕES INÉDITAS E
TEMPLO DE IFÁ ORILOBA
SURPREENDENTES SOBRE
OBALUFON-OBATALA
Ega, que foi o primeiro lugar onde eles começaram a ver cogumelos e
os pássaros voando
mas, os cogumelos ainda não eram muitos, e tinha sido dito que o lugar
que encontrariam
haveriam muitos cogumelos espalhados, e quando encontraram esses
cogumelos
espalhados.. " muito espalhados em Yoruba fala-se fon (não
escrevemos com o tom
correto) foi ai Então que se originou o nome de Obalufon
OPA SOORO
OPA SORO USADO
TEMPLO DE IFÁ ORILOBA
PELO REI
OPÁSSARO NA
PONTA ÉO EGA
OS NIVEIS
REPRESENTAM
OS COGUMELOS
Dra Paula gomes, fala que já viu muitos opa soro mas, que o opa soro
de ifon é muito
diferente do resto, pq tem um pássaro na ponta 3 o 4 níveis distintos e
pede
esclarecimentos.
A reposta: 0 Opa pode ser diferentes em vários locais, mas que ele pode
contar sobre a
historia do Opa Soro de Ifon.
o Opa Soro é feito baseado na historia que contávamos antes, o
pássaro do topo é o Ega, e
os níveis abaixo representam os cogumelos, e é Opa que pertence ao
Rei.
Também esclarece o Ega é tabu para os devotos de Obatala não se
pode comer ou caça-
los. Opa é só para o Rei
OBATALA
Obatala é o Rei mais antigo de lle ifé, depois dele que veio Oduduwa,
Obatala saiu do trono
para Oduduwa e Oduduwa conquistou a terra de lfé.
mundo: Foi Oduduwa ou foi Obatala que veio para terra para completar ,
preencher o
mundo? Ele disse então que quando Oduduwa chegou a terra Obatala já
estava, Foi
Obatala que veio completar , preencher o mundo com os outros Orisa e
que foi Obatala que
fez os cabeça, os olhos, todos os seres humanos.
OFERENDAS:
A cor dos animais não tem importância no hora da oferenda por que o
que importa é o
sangue, e não importa a cor que o animal tenha por fora o sangue é
sempre vermelho a cor
que o animal tem por fora não tem nenhum significado. Não
diferenciamos o sangue de uma
galinha preta ou de uma galinha branca.
OKUTA/OTA
O lgba Obatala não vai pedra dentro.
ERINDILOGUN
ANTES DOS BÚZIOS:
OS DEVOTOS DE OBATALA USAVAM 16 PEDACINHOS DE
DENTE DE ELEFANTE PARA
A CONSULTA ORACULAR
Iyamokun, Ìyá idi Àgbà e assim por diante. O Olúwo então deve ser
um Sacerdote de Ifá.