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Sumário
1. CULTO YORUBÁ
A Cosmogonia Yorubá
(corpo de doutrinas, princípios)
Ọ RẸ LÚÉRÉ – O Caçador Primordial
2. Olódùmarè
3. A CRIACAO E O DESTINO DO SER HUMANO
4. Orunmila ordena proteção para seus filhos
5. ÒRÚNMÌLÀ E O PACTO COM IKU (MORTE)
6. ORÍ
7. Ìwà Pèlé - Caráter
8. BORÍ
9. Elenini
10. AJOGUN E ELÉNÌNÌÍ
11. O que é Ifá?
12. Iniciação em Ifá
13. Ser Iniciado
14. A importância da palavra de Ifá na nossa vida
15. Ancestralidade
16. SOCIEDADE Ògbón
17. O que é Òrìsá/Orixá?
18. A TRINDADE DE OBÀTÁLÁ, ESÚ E ORÚNMILÁ
19. Iniciacao em Orisa
20. Balalorisa, o que é?
21. Rituais e Sacrificios
22. Existe relação entre Orisás e santos católicos?
23. SACRIFÍCIO
24. Iyami Osoronga
25. Orisa Ayan , Ayon
26. ÀSÈSE
27. ÀBÍKU
28. CONHECENDO OS SENTIMENTOS
CULTO YORUBÁ
A Cosmogonia Yorubá
(corpo de doutrinas, princípios)
Yorubá é um nome reservado aos povos de Oyó, que acabou por
cobrir todas as etnias do mesmo tronco, hoje conhecido como de fala
Yorubá.
O historiador Frobenius (Mythologie de l’Atlantide) afirma ter
redescoberto na terra dos yorubás ramificações do desaparecido
continente da Atlântida. Segundo ele, os
atlantes teriam cruzado o oceano infiltrando-
se na África. Já Samuel Johnson (The Story
of the Yorubás) situa a origem dos yorubás
no Egito Superior ou na Núbia.
Além de a antiga civilização egípcia ser
considerada como remanescente da
Atlântida, as afinidades entre a religião de
Òrìşá / ifá e as hoje conhecidas crenças da
antiga civilização egípcia só fortalecem esta
afinidade.
Olódùmarè
Olódùmarè
Com exceção do dia que nascemos e o dia que é suposto que iremos
morrer, não há um único evento na vida que não possa ser previsto,
mudado e necessário. Olódùmare é a força criativa central. Para os
Yorubá, Olódùmarè concebeu o Universo em um êxtase de si mesmo.
Assim, podemos dizer que a criação tem suas raízes no futuro, pelo
qual ele vive. O mundo é inquieto porque foi criado dinamizado.
Criado assim, o mundo só pode existir em evolução. Sua perfeição
aparece desde a origem. A criação se realiza numa ascensão espiritual
progressiva, desde a matéria dita inanimada, até atingir, no homem, a
dignidade da consciência, que está muito além da questão da cor de
sua pele, ou sua raça.
Existe, para o Yorubá, por detrás das aparências e do mundo
visível, um elemento inteligente, "racional", que regula, dirige, anima
o cosmos, e que faz com que esse cosmos não seja caos, mas ordem.
Há, com certeza na origem do Universo, um impulso de pura
consciência, que é Olódùmarè.
Olódùmarè é um espírito infinitamente perfeito, que existe por si
mesmo e de que todos os outros seres recebem a existência.
Olódùmarè é o ser sem semelhança, por não o vermos. Por isso
quando o nomeamos, apenas tangenciamos sua essência.
A existência de Olódùmarè, mais que um pressuposto, é verdade
fundamental, ponto de partida para qualquer discurso religioso.
É como se primeiro, reconhecêssemos a sua existência, depois
procurássemos a ponte capaz de nos levar a ele, capaz de propiciar a
religação com nossa origem. Afinal, nas extremidades invisíveis do
nosso mundo, abaixo e acima da nossa realidade, paira o espírito.
Nosso espírito e esse ser transcendente a quem
chamamos Olódùmarè, são levados a se encontrar.
No entanto, é natural, para todos nós, a idéia de que não podemos
compreender Olódùmarè. Na medida em que ele é infinito, princípio
e fim de todas as coisas, encontra-se além dos limites humanos e de
sua compreensão. Podemos, sim, conhecê-lo através de seus atributos
e deduzir a sua existência através de suas manifestações no Universo e
nas coisas criadas.
Somos levados, também, ao conhecimento de Olódùmarè pelo que
conhecemos e sabemos com clareza e precisão que Olódùmarè não é.
Para crermos na existência de Olódùmarè e avançarmos em direção ao
seu conhecimento é necessário que não comecemos por usar os
caminhos da razão.
Olhamos e vemos; o mundo é um espelho a mostrar
permanentemente a sua presença e grandiosidade, infinita e perfeita.
Diante do maravilhoso e fantástico espetáculo da Criação, a razão
humana é capaz de caminhar até o conhecimento da existência do
Criador. Em seus reflexos espalhados pelo Universo, ela pode
adivinhar suas perfeições de poder, de beleza e de bondade,
manifestos em cada ser e em cada elemento. Sua realidade objetiva e
invisível manifesta seu eterno poder e sua divindade - torna-se
compreensível, desde a criação do mundo, através das criaturas.
No Culto Yorubá podemos afirmar que Olódùmarè é único no céu e
na terra, o Supremo sobre todos nós e o chamamos referindo-nos
particularmente as suas características de "Senhor de todas as coisas",
"o Soberano que está no Òrun", "Aquele que tem a máxima autoridade
sobre tudo".
Olódùmarè pode ser conhecido por muitos nomes - afinal de contas,
muitas são as suas particulares manifestações nos diversos momentos
e planos da Criação, e assim, muitas vezes, ele é chamado de ÒLÓFIN
ou OLORÚN.
Olódùmarè é na religião Yorubá o Deus Único, Supremo, Onipotente
e Criador de tudo o que existe. Seu nome significa, "O Senhor, o qual
é nosso eterno destino".
Olódùmarè é nossa máxima representação espiritual no universo, ele é
o Arquiteto Universal da nossa existência nos mundos paralelos de
Òrun e Àiyé.
"Eu não tenho nada além daquilo que todas as pessoas têm, a única
diferença entre mim e os demais é que eu acredito na presença de
``Olódùmarè´´ em minha vida e sempre o coloco à frente de minhas
atitudes!"
A CRIACAO E O DESTINO DO SER HUMANO
(BABALAWO IFATOKUN)
ORÍ
Uma das divindades mais importantes na compreensão do Culto
Yorubá é o Orí. Uma pessoa sem uma cabeça é uma pessoa sem
direção. A cabeça é o primeiro a entrar no mundo na maioria dos
casos, e é o domicílio de todas as escolhas. Em muitas sociedades
africanas, a cabeça é tão importante que ela é adorada como a sede da
personalidade e destino do ser humano. A cabeça é considerada o
receptáculo de idéias, opiniões, emoções e está ligada ao destino e
sorte de cada pessoa. “A origem ou a fonte de todo orí seria o Deus
Supremo – Olódùmarè - ou o Grande Orí, do qual todo Orí deriva,
visto que ele é, na verdade, o doador de todo Orí “. O conceito de Ifá
sobre Orí é a integração do pensamento e da emoção que gera um Orí
positivo ou de sabedoria.
O Odú Ogbè-Ègùndá, fala:
“Ìwà nikàn l´ó sòro o”
( “ Caráter é tudo o que se precisa” ).
Para ter uma vida próspera, a pessoa deve desenvolver seu Ìwà Pèlé,
que representa o crescimento da beleza interior e a profundidade de
caráter. Por nossas ações e interações, demonstramos que estamos em
harmonia e equilibrados com os conceitos universais e tradicionais da
vida, o que mostra nosso respeito a tudo aquilo que faz parte da
Criação. Ìwà Pèlé abrange a importância da responsabilidade e as
conseqüências que vêm de positivo ou negativo em nossas ações.
Ìwà Pèlé é o que caracteriza uma pessoa sob o ponto de vista ético.
Para ser feliz uma pessoa deve ter Ìwà Pèlé, pois quem tem bom
caráter não entra em choque com os seres humanos, nem com os
poderes sobrenaturais. Esse é o mais importante dos valores morais
Yorùbá, e a essência da fé consiste em cultivá-lo.
No Odú Ogbe'Sá, fala-se dos três primeiros passos que devemos dar
para atingir o Ìwà Pèlé, o Bom Caráter:
- Praticar a verdade;
- Praticar a retidão;
- Fazer o bem.
Os passos seguintes,são: a paciência, o valor e a impecabilidade.
Ifá diz que para atingir Ìwà Pèlé, devemos ser iniciados na Sabedoria
da Natureza. Uma vez iniciados, se revela a nós a voz de Orunmilá, o
Mestre, que recebeu os escritos de Olódùmarè.
Todo indivíduo deve empenhar-se para ter Ìwà Pèlè, com o objetivo
de ser capaz de ter uma boa vida num sistema dominado por muitos
poderes sobrenaturais e em uma sociedade controlada pela hierarquia
das autoridades. O homem que possui Ìwà Pèlé não colidirá com
nenhum dos poderes, sejam humanos ou sobrenaturais e, desta forma,
pode viver em completa harmonia com as forcas que governam o
Universo.
BORÍ
- Bó - significa oferenda;
- Orí - cabeça
- Borí - Oferenda à Cabeça
Obi e água, são oferendas primordiais para Orí. Obi é usado para
repelir o mal e a água(omi), como calmante para o Orí . Eles evitam
desastres.
Elenini
AJOGUN E ELÉNÌNÌÍ
Quando algo de ruim surge no mundo, por exemplo, uma nova doença, isso
certamente foi motivado por Ajogun, entretanto, quando uma grande
descoberta em benefício à sociedade surge, foi motivada pelas forças positivas
que sempre prevaleceram, como os Orixás.
Quando, por exemplo, uma pessoa quebra um Ewó, ela está ajudando e dando
forças ao Ajogun.
O mesmo ocorre quando o sacerdote prescreve um sacrifício que é
negligenciado, a pessoa está dando forças ao Ajogun. Os seres malévolos são
conhecidos coletivamente como Ajogun – Guerreiros contra os Homens que
segundo a tradição abrange os Òfò – Prejuízos, Ègbà – Paralisia, Èjò –
Problemas, Èpè – Maldição, Èwòn – Prisão, Èse – qualquer outro maleficio que
possa afetar os seres humanos, entre outras energias maléficas. Entre os
Inimigos dos Homens estão as Àjé – Bruxas e os Osó – Bruxos que utilizam
seus poderes para fins maléficos.
Dentro da Cultura Iorubá acrescenta, ainda Àrùn – A Doença e Ìkú – A Morte,
mas a morte prematura e não a morte natural. Alguns mitos relatam Àrùn
como a esposa de Ìkú e que através desse casal mítico nasceram todas as
enfermidades existentes no mundo, que conseguiram escapar do mundo
sobrenatural, pois lá não tinha poder algum e muitos de seus filhos ainda se
mantem enclausurado no òrún, esperando uma oportunidade para se
estabelecer no àiyé.
Opon Ifá
O que é Ifá?
Orunmila ≠ Ifá
Sabedoria divina
Orixá que viveu em terra
Primeiro sacerdote de Ifá
Òrúnmìlà, é aquele que vem logo depois de Olódùmarè, pois foi a ele
dado o direito de viver entre o Òrun (Céu) e o Àiyé (Terra) e, por este
motivo, é também conhecido como Gbáiyé-gbòrun (aquele que está no
céu e na terra). Ele é o Èléri-ìpín, aquele que é testemunha do destino
que escolhemos ou nos é dado no momento da nossa concepção e, por
isto, somente ele, e mais ninguém, pode dizer sobre o nosso futuro.
Ele é sempre lembrado como uma pessoa franzina, este é o porque da
expressão Akéré finú Sogbón (Aquele que é pequeno, mas com a
mente cheia de sabedoria ).
Somente ao Oluwo (aquele que detém o segredo), Babalawo (o pai do
segredo), e Iyanifá (mãe do segredo), é concedido o direito de usar o
oráculo Ifá, e para isso, é preciso que sejam iniciados no culto de
Òrúnmìlà, para que estabeleça a correta conexão para ter a perfeita
recomendação daquilo que é necessário para transformar o nosso
futuro.
Iniciação em Ifá
Os passos da caminhada ao sacerdócio na vida de um Bàbáláwo são
de grande sacrifício. Com a opção pela vida sacerdotal feita, consulta-
se Ifá para que seja indicado o melhor Sacerdote. Sendo aceito, a
partir daí, serão providenciados os ritos de iniciação onde ele receberá
seu Odú de nascimento e seu Òpèlè Kàrágbá (Òpèlè para
treinamento), que “não tem valor litúrgico”, este último servindo
somente para o estudo e aprendizado. Ao longo de no mínimo sete
anos de aprendizado, o Omo-awo poderá vir a ser um Bàbáláwo se
houver adquirido o conhecimento da natureza humana,
nesse período o Omo-awo vai aprender a obedecer a uma hierarquia
rígida submetida a seu Sacerdote (Oluwo).
O Omo-awo deverá ser humilde, devoto, paciente, perseverante,
incansável, solidário, cooperativo, ético, seguindo a conduta dos mais
velhos, aprendendo a ser responsável e desenvolvendo a capacidade
comunicativa. É impedido a ele a mentira, o roubo, a ganância, e o
adultério.
Durante o período de dois anos, o Omo-awo vai aprender a usar o
Òpèlè Kàrágbá (Òpèlè para treinamento). Nesse período ele vai
aprender os dezesseis Odùs Principais e, dependendo de sua
capacidade de memorização, irá aprender de dois a dezesseis Itans
(contos sobre cada um deles). Tendo memorizado os Odùs principais e
seus Itans, ele deverá iniciar os estudos e memorização dos Omo Odù,
que são as combinações dos odùs principais. Depois de obter o
conhecimento devido e estar apto a ser um Babalawo, o iniciado deve
se submeter ao ritual de Ipanodú, onde adquire o elemento principal e
indispensável para que ele possa iniciar outras pessoas, a cabaça da
existência (Igbá-odú) e Opá Osu, tornando-se, assim, um Oluwo Ifá.
O processo de iniciação em Ifá ocorre diferentemente dos processos
de iniciação em outros Òrìşá. Essa diferença consiste em que as
evocações, acompanhadas dos sons dos ilù (tambores), não induzem
ao transe e nem a incorporação, como acontece no culto aos Òrìşá. É
fundamental notar que a iniciação em Ifá, se da única e
exclusivamente pelo processo de busca de conhecimento, isto
significa a tomada de consciência a respeito da própria
responsabilidade pelo curso existencial. No processo ocorre; ritos
sagrados de conhecimento exclusivo dos Babalawo – ifá que possuam
Igba – odù.
Na cerimônia chamada IŞEFÁ, o iniciado passa por alguns sacrifícios
(ebó), chamado de Ifá Adawomi (primeiro ritual), para controlar e
adequar suas energização antes de entrar na floresta sagrada que
chamamos de IGBODU. Depois de alguns dias, ele (a) reconhece seus
tabus (Ewo) através do seu odù (destino) e o caminho a ser trilhado
(ritual chamado de odú ita). Existem pessoas que apenas iniciam-se a
este ritual exclusivamente para melhorar sua espiritualidade e sua
vida, deixando de lado os estudos e levando sua história na maior
normalidade. Este tipo de iniciado é chamado de awo aşoşe, e existem
também aqueles omo awo Ifá chamados awo elegan, o qual Òrìşá Odù
permite somente realizar ebó, e não iniciar outrem a Ifá ou Òrìşá. O
iniciado que quer passar por treinamento, deve estudar
abundantemente. Este awo Ifá passará por muitos testes na vida, e será
sempre supervisionado por seu Ojugbonon (o Babalawo de
ensinamentos), para que ele não cometa erros durante os rituais a
serem realizados.
IŞEFÁ (Primeira mão de Ifá)
Işefá, normalmente muitas pessoas o procuram para ter mais
conhecimento sobre a vida e seu pessoal, sendo que o novo iniciado
consegue aprender com seu Babalawo a controlar seu caráter, ter mais
paciência, saber ver mais o certo e o errado, saber se defender e,
principalmente, organizar de uma maneira mais fácil sua vida. O
OMO IFÁ, aprende também como cuidar dos ikin (caroços de dendê),
de maneira que seu Ifá o permitir.
ITELODU (Segunda mão de Ifá)
O ritual de itelodu é importante para saber o destino de cada pessoa,
além de mudar ou concertar o destino do iniciado, este ritual serve de
impulso para o iniciado aprimorar por toda sua vida, os seus estudos e
suas práticas religiosas. Uma pessoa é um verdadeiro Babalawo, pelo
fato de saber responder questões que Ifá permita, e seu Oluwo e
Ojugbonon o aprovar através do ritual Odú. O Babalawo treina a vida
toda, os itans ifá (corpus literários), rezas tais como oriki, adura,
igede, ofó (para fazer medicinas) e utiliza vários instrumentos
adivinhatórios como opele ifá (rosário) e ikin ifá (caroços de dendê).
APETEBI e IYANIFÁ
São cargos para mulheres dentro do culto de Ifá. A Apetebi é a esposa
do Babalawo, e ela pode ter conhecimento ou não da filosofia de Ifá.
Este título só a caberá se ela for casada com um Babalawo, como
explica no odù ifá Obara Irete. A Apetebi normalmente além de cuidar
do templo, ela deve rezar a Ifá, e às vezes agradá-lo com as nozes de
cola (obi) nos Oşe Ifá (semana de Ifá), comidas, bebidas, etc.
A Iyanifá é um título para qualquer mulher que se submete a formação
de conhecimento a Ifá, e passa por todas as etapas da iniciação, tal
forma que, uma Apetebi também pode se tornar uma Iyanifá se passar
pela iniciação e por todo treinamento de Ifá, igual a um Babalawo. A
palavra Iyanifá foi derivada de Iyá Onifá, que significa Mãe em Ifá ou
sacerdotisa de Ifá. Iyanifá não se designa apenas as mulheres anciãs,
mas sim pelo conhecimento dela dentro do culto a Ifá, que é o mesmo
seguimento de um Babalawo, ela pode ser jovem. Iyanifá pode, além
de tudo mencionado acima para as Apetebi, recitar versos de Ifá a
partir dos odùs, permitida a ela também participar de reuniões no
templo de Ifá, fechado somente aos sacerdotes, e até mesmo
aconselhar um babalawo quando possível em reuniões espirituais. A
única exceção aos rituais de iniciação de uma Iyanifá é que ela é
proibida de olhar a cabaça da existência(Igba – odù).
Elérí Ìpín – o testemunho de Deus.
O iniciado não pode ter dúvidas, não pode ter medos absurdos, porque
é o medo que cria monstros e sombras que impedem o equilíbrio, o
auto conhecimento e a evolução.
O iniciado precisa saber ouvir, aprender os ensinamentos, aprender a
seguir regras e acima de tudo, precisa saber calar-se. Isso é a
sabedoria Divina.
O iniciado que se permite conhecer o mundo Divino, com certeza
aprende a conhecer-se, a dominar-se, a moldar o que precisa. Conhece
a força da Natureza emanada do alto, percebe que não está sozinho,
que existem energias tão maiores, tão sublimes e capazes de
proporcionar a paz e o preenchimento, nunca antes conhecido.
Ancestralidade
Culto aos Antepassados - os Egúngún
Os Yorubá, assim como os demais povos africanos, crêem na
existência ativa dos antepassados. Para eles a morte não representa
simplesmente o fim da vida humana, mas a vida terrestre que se
prolonga em direção à vida além-túmulo, em algum dos nove espaços
do òrun (céu), no domínio dos seres desprovidos do èmì (O sopro da
vida). Assim, a morte não representa uma extinção, mas a mudança
para uma outra fase.
A morte é denominada Ìkú, e trata-se de uma divindade masculino.
Ìkú (a morte), é visto como um agente criado pôr Olódùmarè para
remover as pessoas cujo tempo no àiyé (terra), tenha terminado. Sua
lógica é para as pessoas mais velhas, que devem viver até uma idade
avançada. Pôr isso , quando uma pessoa jovem morre, o fato é
considerado tragédia; pôr outro lado, a morte de uma pessoa idosa é
motivo para se alegrar.
Para os Yorubá, existe um mundo em que vivem os homens em
contato com a natureza, o nosso mundo, dos vivos, que eles chamam
de àiyé (terra) e um mundo sobrenatural, onde estão os òrìsà, outras
divindades e espíritos, e para onde vão os que morrem, mundo que
eles chamam de òrun (céu). Quando alguém morre no àiyé, seu
espírito, ou uma parte dele, vai para o òrun, e de onde pode retornar ao
àiyé, nascendo de novo, reencarnando. Os espíritos retornam à vida,
na comunidade familiar tão logo possam. Os espíritos dos mortos
ilustres (reis, heróis, grandes sacerdotes, fundadores de cidades e de
linhagens nobres) são cultuados e se manifestam nos festivais de
Egúngún no corpo de sacerdotes mascarados, quando transitam entre
os humanos, julgando suas faltas e resolvendo as contendas e
pendências de interesse da comunidade. A família é o suporte
fundamental, e guardiã das regras necessárias para a conduta
individual e coletiva, a espiritualidade impregna a comunidade, o
homem, as coisas, a natureza, e é um código cuja a aplicação é zelada
pelos Àgbà (anciões), que desempenham papel de biblioteca viva no
sentido de sabedoria ancestral, toda esta ordem da vida comunitária é
regulada e mantida também através dos Egúngún que nestes casos
atuam como fiscalizadores da família e do bom andamento da vida.
O encaminhamento do espírito, depois dos rituais realizados,
corresponde a passar de volta pelo portão de Oníbodè (porteiro do
céu) em direção a Olódùmarè, para receber o julgamento de seus atos
na terra. De acordo com o òrun ao qual foi destinado, continuará a
exercer suas funções familiares, agora de modo mais poderoso sobre
seus descendentes que a ele continuam a se referir como bàbá mi (meu
pai), ou ìyámi (minha mãe).
Ao seguirem para o òrun, os ancestrais são libertos de todas as
restrições impostas pela terra; dessa forma, adquirem potencialidades
que podem ser usadas para beneficiar seus familiares que ainda estão
na terra. Pôr essa razão, é necessário mantê-los num estado de paz e
contentamento.
Quando dissemos que existe um culto ao ancestral, queremos dizer
que uma manifestação de relacionamento familiar indestrutível entre o
membro da família que partiu e seus descendentes que aqui ficaram.
O Òrun (céu) é dividido em espaços para acomodar todos os tipos de
espíritos. São em número de nove, segundo as tradições Yorubá:
Òrun Alàáfià: Espaço de muita paz e tranqüilidade, reservado para
pessoas de gênio brando, ou índole pacífica, bondosa, pacata.
Òrun Funfun: Espaço do branco e da pureza, reservado para os
inocentes, sinceros, que tenha pureza de sentimento, pureza de
intenções.
Òrun Bàbá Eni: Espaço reservado para os grandes Sacerdotes
e Sacerdotisas.
Òrun Aféfé: Espaço da aragem, reservado para as oportunidades e
correção para os espíritos, possibilidades de reencarnação, volta
ao àiyé.
Òrun Ìsòlú ou Àsàlú: Espaço reservado para o julgamento
por Olòdùmarè para decidir qual dos respectivos òrun o espírito será
direcionado.
Òrun Àpáàdì: Espaço reservado para o lixo celestial, das coisas
quebradas, para os espíritos impossíveis de serem reparados e
restituídos à vida terrestre.
Òrun Rere: Espaço reservado para aqueles que foram bons durante a
vida.
Orun Burúkú: Espaço ruim, quente como pimenta", reservado para
as pessoas más.
Òrun Mare: Espaço reservado para aqueles que permanecem, tem
autoridade absoluta sobre tudo o que há no céu e na terra e são
incomparáveis e absolutamente perfeitos, os supremos em qualidades
e feitos, reservado a Olódùmarè, todos os Òrìsà e divinizados.
O que é Òrìsá/Orixá?
Trata-se de Seres Divinos, emanados da Divindade Suprema
Universal. Os Òrìşá, atuam de acordo com as funções que lhes são
delegadas por Olódùmarè, inclusive como mediadores entre Ele e os
seres humanos.
ÒGÚN
Erínlè
Erínlè - terra do elefante
Erín - elefante
ilè - terra
Erínlè é o òrìsá da caça, cultuado as margens do rio Erínlè .
Erínlè, e seu culto, está simbolicamente associado, e,
mais presente, nos cultos dedicados às divindades
femininas dos rios, em particular Yemojá e Òsún.
Porém, apesar de estar presente nos "dois mundos"
Erínlè é um só. Há, em seu culto, determinados
elementos consagrados também a Èsù, guardião de
todas as fronteiras.
O òpá òrèrè (bastão, feito de ferro, adornado por uma
ave) de Erínlè é o símbolo de sua realeza. Ele deverá
sempre ser mantido de pé. Pássaros de ferro o
circundam.
O culto de Erínlè realiza-se ao redor do rio Erínlè,
afluente do rio Òsún, nos pontos mais profundos do
rio, chamados ibù. Ele recebe oferendas de acarajé,
inhames, bananas, milho, feijão assado, tudo regado
com azeite-de-dendê.
Ele é o grande caçador da Terra dos Elefantes, que
vive no fundo do rio. É ele quem caça os Marfins
dos elefantes para Obàtálá.
Ele traz tanto a força e a delicadeza das águas, quanto o mistério das
florestas, onde caça.
Além de grande caçador, é conhecedor de folhas e também é
pescador. Ele vive tanto na floresta, no mar, como no rio. Seu habitat
verdadeiro, é o ponto onde o rio encontra o mar, onde as águas doces
se misturam com as águas salgadas.
Sàngó
“Disse Esú” Agora vocês vão retornar a Ifé e trazer os reparos por
terem apedrejado minha cabana: 2 ratos do mato, 2 peixes secos e
todas as outras coisas em dois.”
Eles voltaram a Ifé com a intenção de providenciar os reparos
necessários. No processo eles relataram ao Rei que havia um raio de
esperança no “Meio do Nada.”
Uma certa pessoa que falou com eles exigiu reparações deles. O Rei
respondeu que suspeitava de que Orúnmilá também estivesse na
companhia de seu interlocutor. Os cidadãos deveriam retornar para a
floresta com as reparações requeridas e relatar os desenvolvimentos.
Entretanto, antes dos cidadãos retornarem, Akale (Esú) foi ao
encontro de Orúnmilá.
Orúnmilá levou consigo Esú para relatar a situação para Obàtálá, que
é chamado de Elegbe(O Adepto)
Desta vez Orúnmilá disse:
OBÀTÁLÁ
ESÚ
ORÚNMILÁ
Orúnmilá é o Orisá Senhor da sabedoria e do conhecimento, que
tendo adquirido o direito de viver entre o céu e a terra, tudo sabe e
tudo vê na totalidade dos mundos, transcendendo espaço e tempo.
Foi testemunha da criação universal e detém o conhecimento do
passado, presente e futuro do destino de todos os habitantes da terra e
do céu.
Na Terra, Orunmilá é quem apresenta o destino ao reencarnante por
ocasião da seu nascimento . Conhece todos os destinos e como
propiciar o sucesso em todos os âmbitos, além de revelar o Orisá
pessoal de cada um.
Orúnmilá é a soma da sabedoria suprema, a vida e a morte, o
nascimento da natureza, a visão total do mundo e da existência
estabelecendo normas éticas que irão comandar as sociedades e os
homens. É o equilíbrio que ajusta a força que conduz a sustentação do
planeta. Orúnmilá representa a antiga sabedoria do Culto Yorubá.
Uma modalidade orácular mais popular é o Opelé Ifá. Apenas
sacerdotes iniciados no culto de Orúnmilá - os Oluwo Ifá e Babalawo
– são credenciados para utilizar esses oráculos. Todo o corpo
filosófico da religião yorubá se resume nos signos de Ifá
Balalorisa, o que é?
É um sacerdote qualificado para servir de intermediário entre os
homens, os Deuses (Orisás) e o Deus supremo (Olodumare). Ele passa
por um processo para aprender os valores relacionados aos seres que é
o Caráter , o Respeito, a honestidade..., junto a isso vai aprender a
manipular energias através dos búzios, vai aprender sobre o Òrìsá em
que será iniciado, vai aprender sobre outros Orisás e suas relações
com os homens, vai estudar muito sobre maneiras que seu Òrìsá age
para ajudar outras pessoas , vai aprender a se proteger dos inimigos,
rezas, orikis , ebó, elementos, comidas, tradições ,e muitas outras
coisas. Quando chega em um nível de conhecimento e evolução
pessoal, ele irá completar os processos iniciáticos com o seu
sacerdote, após adquirir conhecimentos básicos que lhe permitem a
carregar essa responsabilidade, ele passa a ser babalorisa ou Ìyálórìṣà
se for do sexo feminino. Não existe tempo de aprendizado para ser
babalorisa. Muitos podem passar 7,10, 20 anos sem saber nenhum
princípio sem nenhuma evolução enquanto outros que se dedicam
podem passar ,1, 3, 5 anos e já estarem preparados para ocupar um
posto sacerdotal. Depende de cada pessoa ter dedicação para
conseguir ter evolução. Por serem muitos conhecimentos, costumamos
dizer que morremos aprendendo, então depende de evoluções pessoais
de cada um. Quando se aprende Ifá por exemplo, a primeira coisa que
lhe é ensinada é, para não falar mal da vida alheia e para não julgar,
devemos ser sempre neutros pois costumes como esses nos traz uma
energia ruim, que nos impedem de evoluir, que fecham muitos
caminhos. Não é todos que permitem adquirir esse costume de
imediato, pois já está enraizado na humanidade, então a evolução é
lenta e gradual.
SACRIFÍCIO
Todos nós deveríamos saber o que é sacrifício. Qualquer coisa que a
pessoa deseja nesta vida requer o abandono de alguma outra coisa.
Consequentemente, vida é um processo de dar e receber. A forma
mais simples de sacrifício que a pessoa pode dar é o tempo, e a forma
mais complexa é a mudança e a transformação.
O sacrifício de tempo é a forma mais fundamental de sacrifício. Nós
sacrificamos nosso tempo para o trabalho diário, para adquirir
finanças para viver diariamente. Em um nível mais fundo, o sacrifício
de tempo envolve paciência.
Tempo sacrificado sempre trás o resultado desejado em nossas vidas.
Nós somos ensinados a procurar o reino espiritual e rezarmos para
implorar a Deus favores, mas, muitos de nós somos desavisados de
que o reino espiritual como o físico requer algum tipo de dar para
receber.
Os Yorubás acreditam que a verbalização não é bastante na relação da
pessoa com o sobrenatural. O oráculo Ifá serve como orientação para
oração. Pelo oráculo nós podemos saber como rezar, para quem rezar
e o que rezar. Para o Yorubá, a divindade Orúnmilá é a aproximação
da oração e mostra por que precisamos rezar, mostra qual o melhor
procedimento para elevar a oração em alguma forma de sacrifício.
Neste mundo de muitas escolhas, esta aproximação é milagrosamente
precisa e necessária. As várias formas de sacrifício incluem: tempo,
canção, dança, dinheiro, mudança, transformação e oferecimentos de
comidas e animais.
Sacrifício é uma tentativa para rearranjar as forças do universo de
forma que eles possam trabalhar para nós, resultando em paz e
harmonia para nós em nosso ambiente. Dentro do culto Yorubá,
sacrifício é uma tentativa dos seres humanos de enviar uma mensagem
a todo este poder sobrenatural do universo.
Por exemplo, se alguém está doente um sacrifício é prescrito por uma
divindade. Eşú, o mensageiro divino que sempre é suposto de adquirir
parte de qualquer sacrifício de sangue e compartilhar elementos da
esquerda e da direita, assegurará que as divindades da esquerda
adquiram a oferta. Eşú faz um papel muito importante reordenando
eventos universais para o bem de qualquer sacrifício.
A maioria das pessoas que comem carne está desconectada do
descuido total da vida do pobre animal durante a sua matança
(sacrifício) para beneficio deles. Por exemplo, os judeus têm a comida
limpa que é rezada em cima de animais sacrificados para consumo.
Dentro do Culto Yorubá a maioria dos animais de sacrifícios é tratada
com respeito, rezados, e consumidos. O sacrifício está explicito em
nossos dias, onde neste exato momento o sangue de vários animais
está sendo derramado na terra para dar vida a outros, exemplo da leoa
a caça da zebra, etc.
Dentro da visão do Culto Yorubá tradicional, você é a maior parte
responsável por sua própria melhoria. Se você quer a mudança de sua
condição, você tem que fazer o sacrifício e transformar. Sacrifício
nem sempre requerer sangue, às vezes requer que a pessoa olhe em um
espelho para ver além do que é refletido e fazer as mudança
necessárias. Este pode ser o mais difícil dos sacrifícios.
Dentro de Ifá, o odú Irete Meji e Oturupon Oturá, proíbem o sacrifício
humano, onde Orúnmilá deu uma cabra como sacrifício no lugar de
sua filha.
A permanência do ser humano na Terra exige sacrifícios constantes.
Sacrifício de tempo e de privação de alguma coisa em detrimento de
outra. O sacrifício das transformações e da oferta de dinheiro obtido à
custa de esforço através do trabalho; tudo girando num incessante
processo que se resume em dar e receber. As oferendas sacrificiais
movimentam o aşé com o fluído vital liberado, atuando num âmbito
não físico que altera situações indesejadas na vida humana. Os
sacrifícios animais praticados pela religião yorubá, além de
movimentar o aşé, servem para alimentar as pessoas, uma vez que a
carne é, na maioria das vezes, consumida. Cabe ressaltar que, a vida
animal que se vai é rezada e seu espírito encaminhado com todo
respeito.
Ebó - Oferenda
Ebó é um ritual de sacrifício em forma de oferenda, que inclui
elementos determinados pelo oráculo, utilizando energias dos diversos
reinos da natureza para obtenção e reversão de uma situação. A
palavra ebó, vem de bó – alimentar o Òrísá. As oferendas podem ser
animal, vegetal, mineral ou incluir outro tipo de sacrifício. Os ebós
servem como forma de apaziguamento para evitar ou amenizar alguma
situação dolorosa ou substituição diante de perigo eminente.
ÀSÈSÉ
O àsèsé é a última homenagem para o morto. É nesse ritual que ao mesmo tempo
que o morto é aceito entre os ancestrais que se foram antes dele, é feita a liberação
do orí, pelo òrìsá, que retorna para o òrun.
O corpo do morto volta à terra para ser transformado em matéria prima para novos
seres humanos.
A morte é transitória, porque o termo morrer, não tem grande sentido, pois se tem a
consciência que ela representa apenas um pulo de uma vida para outra, cujo mistério
e segredos só Obàtálá é sabedor.
Nas mais diferentes culturas, a morte está contida na própria concepção da vida e
ambas não se separam. Os Yorubá e outros grupos africanos que formaram a base
cultural das religiões afro, acreditam que a vida e a morte alternam-se em ciclos, de tal
modo que o morto volta ao mundo dos vivos, reencarnando em um membro da própria
família.
Na concepção Yorubá, existe o corpo material, que eles chamam de ara, o qual com a
morte decompõe-se e é reintegrado à natureza, mas, em contrapartida, a parte
espiritual é formada de várias unidades, cada uma com existência própria.
- a personalidade-destino ou orí;
Cada parte precisa ser integrada no todo, que forma a pessoa durante a vida, tendo
cada uma delas um destino diferente após a morte.
O èmí, sopro vital que vem de Olódùmarè, dado por Obàtálá e que está representado
pela respiração, abandona o corpo material na hora da morte, sendo reincorporado à
massa coletiva que contém o princípio genérico e inesgotável da vida, força vital
cósmica do deus-primordial, Olódùmarè.
O orí, que contém o destino escolhido no òrun antes de nascer, que aprendeu e
evoluiu na vida, com a morte, acompanha o espírito para òrun, para que possa ser
preparado para reencarnar, para uma nova vida.
O òrìsá é retirado após a morte, liberando o orí para voltar para òrun, acompanhando
o espírito.
Com a morte, estes ritos são feitos, para liberar essas unidades espirituais, de modo
que cada uma delas chegue ao destino certo, restituindo-se, assim, o equilíbrio
rompido com a morte.
O rito fúnebre denominado àsèsé, tem como principais fins, desfazer o Igba Orí,
desfazer os vínculos com o òrìsá pessoal para o qual foi iniciado, desfazer os vínculos
com toda a comunidade da terra, despachar o egun do morto, para que ele deixe o
àiyé e vá para o òrun, livre para ser preparado para reencarnar.
ÀBÍKÚ
Em país Yorubá, os pais, para proteger seus filhos àbíkú e tentar retê-
los no mundo, podem se dedicar a certas práticas, tais como fazer
pequenas incisões nas juntas da criança e ali esfregar atin (um pó feito
com favas e ervas e rezas e magias) ou ainda amarrar à cintura da
criança um ondè (talismã feito desse mesmo pó, colocado num
saquinho de couro).
Nos dias de hoje, quando morre uma criança ainda muito nova, há
muita possibilidade de ser um àbíkú que está voltando ao "céu", bem
como persiste a probabilidade de voltar em um próximo filho, ainda
na mesma geração ou na próxima; quando uma criança fica muito
doente e corre risco de vida, pode averiguar na família se já houve
caso de aborto ou morte prematura, isso é bem provável.
O aborto é uma situação que transcende a ingerência das pessoas, pois
é algo ligado diretamente à interrupção da natureza, e
consequentemente do Criador, esse ato pode escapar da lei dos
homens, mas não à lei Divina. Este é o porque de nenhuma religião na
terra apoiar ou permitir o aborto.
ESCOLHAS
AGRESSIVIDADE
Justiça
Justiça é a capacidade de julgar e agir de forma apropriada às
circunstâncias, sem favorecimento ou discriminação.
Princípio moral que inspira o respeito pelos direitos de cada pessoa e
pela atribuição do que é devido a cada um, reconhecendo o mérito e o
valor do outro.
A Justiça dos homens, nos dias em que vivemos, pode ser facilmente
manipulada, mas a Justiça Divina, a Justiça da Terra, essa não tem
como fugir, nem como escapar; um dia, com certeza, ela chega.
Nos primórdios, a justiça era: " Olho por olho, Dente por dente
". Com o passar dos tempos, esse principio foi se alterando até
chegarmos ao que se aplica hoje, como Justiça.
Mas quando se diz respeito ao Divino, o principio continua o mesmo.
Escolhas e Conseqüências
Por vezes achamos que aquela escolha é a que melhor nos cabe, mas
aos olhos dos demais, pode parecer não ser a mais acertada.
Por isso, não podemos julgar, recriminar ou condenar, quem quer que
seja, por suas escolhas, afinal, não estamos dentro delas para saber o
que a levou àquela escolha.
Que a Luz esteja em mim e em todos aqueles que fez essa escolha !
Escolhas e Conseqüências
Por vezes achamos que aquela escolha é a que melhor nos cabe, mas
aos olhos dos demais, pode parecer não ser a mais acertada.
Por isso, não podemos julgar, recriminar ou condenar, quem quer que
seja, por suas escolhas, afinal, não estamos dentro delas para saber o
que a levou àquela escolha.
Que a Luz esteja em mim e em todos aqueles que fez essa escolha !
Escolhas e Conseqüências
Por vezes achamos que aquela escolha é a que melhor nos cabe, mas
aos olhos dos demais, pode parecer não ser a mais acertada.
Por isso, não podemos julgar, recriminar ou condenar, quem quer que
seja, por suas escolhas, afinal, não estamos dentro delas para saber o
que a levou àquela escolha.
Que a Luz esteja em mim e em todos aqueles que fez essa escolha !
DESAPEGO
Fé é Persistência