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COACHING PARA CONCURSOS – ESTRATÉGIAS PARA SER APROVADO

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PROGRESSÃO ARITMÉTICA E GEOMÉTRICA

Progressões Geométricas

Podemos definir progressão geométrica, ou simplesmente P.G., como uma sucessão de números
reais obtida, com exceção do primeiro, multiplicando o número anterior por uma quantidade fixa q,
chamada razão. Podemos calcular a razão da progressão, caso ela não esteja suficientemente evi-
dente, dividindo entre si dois termos consecutivos. Por exemplo, na sucessão (1, 2, 4, 8,...), q = 2.

Cálculos do Termo Geral

Numa progressão geométrica de razão q, os termos são obtidos, por definição, a partir do primeiro,
da seguinte maneira:

a1 a2 a3 ... a20 ... an ...

a1 a1xq a1xq2 ... a1xq19 a1xqn-1 ...

Assim, podemos deduzir a seguinte expressão do termo geral, também chamado enésimo termo,
para qualquer progressão geométrica.

an = a1 x qn-1

Portanto, se por exemplo, a1 = 2 e q = 1/2, então:

an = 2 x (1/2)n-1

Se quisermos calcular o valor do termo para n = 5, substituindo-o na fórmula, obtemos:

a5 = 2 x (1/2)5-1 = 2 x (1/2)4 = 1/8

A semelhança entre as progressões aritméticas e as geométricas é aparentemente grande. Porém,


encontramos a primeira diferença substancial no momento de sua definição. Enquanto as progres-
sões aritméticas formam-se somando-se uma mesma quantidade de forma repetida, nas progressões
geométricas os termos são gerados pela multiplicação, também repetida, por um mesmo número. As
diferenças não param aí.

Observe que, quando uma progressão aritmética tem a razão positiva, isto é, r > 0, cada termo seu é
maior que o anterior. Portanto, trata-se de uma progressão crescente. Ao contrário, se tivermos uma
progressão aritmética com razão negativa, r < 0, seu comportamento será decrescente. Observe,
também, a rapidez com que a progressão cresce ou diminui. Isto é conseqüência direta do valor ab-
soluto da razão, |r|. Assim, quanto maior for r, em valor absoluto, maior será a velocidade de cresci-
mento e vice-versa.

Soma dos n primeiros termos de uma PG

Seja a PG (a1, a2, a3, a4, ... , an , ...) . Para o cálculo da soma dos n primeiros termos Sn, vamos consi-
derar o que segue:

Sn = a1 + a2 + a3 + a4 + ... + an-1 + an

Multiplicando ambos os membros pela razão q vem:

Sn.q = a1 . q + a2 .q + .... + an-1 . q + an .q

Conforme a definição de PG, podemos reescrever a expressão como:

Sn . q = a2 + a3 + ... + an + an . q

Observe que a2 + a3 + ... + an é igual a Sn - a1 . Logo, substituindo, vem:

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Sn . q = Sn - a1 + an . q

Daí, simplificando convenientemente, chegaremos à seguinte fórmula da soma:

Se substituirmos an = a1 . qn-1 , obteremos uma nova apresentação para a fórmula da soma, ou seja:

Exemplo:

Calcule a soma dos 10 primeiros termos da PG (1,2,4,8,...)

Temos:

Observe que neste caso a1 = 1.

5 - Soma dos termos de uma PG decrescente e ilimitada

Considere uma PG ILIMITADA (infinitos termos) e decrescente. Nestas condições, podemos conside-
rar que no limite teremos an = 0. Substituindo na fórmula anterior, encontraremos:

Exemplo:

Resolva a equação: x + x/2 + x/4 + x/8 + x/16 + ... =100

O primeiro membro é uma PG de primeiro termo x e razão 1/2. Logo, substituindo na fórmula, vem:

Dessa equação encontramos como resposta x = 50.

Progressão Aritmética

Chamamos de progressão aritmética, ou simplesmente de PA, a toda seqüência em que cada núme-
ro, somado a um número fixo, resulta no próximo número da seqüência. O número fixo é chamado de
razão da progressão e os números da seqüência são chamados de termos da progressão.

Observe os exemplos:

50, 60, 70, 80 é uma PA de 4 termos, com razão 10.

3, 5, 7, 9, 11, 13 é uma PA de 6 termos, com razão 2.

-8, -5, -2, 1, 4 é uma PA de 5 termos, com razão 3.

156, 152, 148 é uma PA de 3 termos, com razão -4.

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100, 80, 60, 40 é uma PA de 4 termos, com razão -20.

6, 6, 6, 6,..... é uma PA de infinitos termos, com razão 0.

Numa PA de 7 termos, o primeiro deles é 6, o segundo é 10. Escreva todos os termos dessa PA.

6, 10, 14, 18, 22, 26, 30

Numa PA de 5 termos, o último deles é 201 e o penúltimo é 187. Escreva todos os termos dessa PA.

145, 159, 173, 187, 201

Numa PA de 8 termos, o 3º termo é 26 e a razão é -3. Escreva todos os termos dessa PA.

32, 29, 26, 23, 20, 17, 14, 11

Numa PA, o 1º termo é 45 e o 2º termo é 80. Qual a razão dessa PA.

Numa PA, o 5º termo é -7 e o 6º termo é 15. Qual a razão dessa PA.

Símbolos Usados Nas Progressões

Em qualquer seqüência, costumamos indicar o primeiro termo por a1, o segundo termo por a2, o ter-
ceiro termo por a3, e assim por diante. Generalizando, o termo da seqüência que está na posição n é
indicado por an.

Veja alguns exemplos

Na PA 2, 12, 22, 32 temos: a1 = 2, a2 = 12, a3 = 22 e a4 = 32

Quando escrevemos que, numa seqüência, tem-se a5 = 7, por exemplo, observe que o índice 5 indica
a posição que o termo ocupa na seqüência. No caso, trata-se do 5º termo da seqüência. Já o símbolo
a5 indica o valor do termo que está na 5º posição. No caso o valor do quinto termo é 7.

A razão de uma PA é indicada por r, pois ela representa a diferença entre qualquer termo da PA e o
termo anterior.

Observe os exemplos:

Na PA 1856, 1863, 1870, 1877, 1884 a razão é r = 7, pois:

a2 – a1 = 1863 - 1856 = 7

a3 – a2 = 1870 – 1863 = 7

a4 – a3 = 1877 – 1870 = 7

a5 – a4 = 1884 – 1877 = 7

Na PA 20, 15, 10, 5 a razão é r = -5, pois:

a2 – a1 = 15 – 20 = -5

a3 – a2 = 10 – 15 = -5

a4 – a3 = 5 – 10 = -5

Classificação Das Progressões Aritméticas

Uma PA é crescente quando cada termo, a partir do segundo, é maior que o termo que o antecede.
Para que isso aconteça é necessário e suficiente que a sua razão seja positiva.

Exemplo:

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(7, 11, 15, 19,...) é uma PA crescente. Note que sua razão é positiva, r = 4

Uma PA é decrescente quando cada termo, a partir do segundo, é menor que o termo que o antece-
de. Para que isso aconteça é necessário e suficiente que a sua razão seja negativa.

Exemplo:

(50, 40, 30, 20,...) é uma PA decrescente. Note que sua razão é negativa, r = -10

Uma PA é constante quando todos os seus termos são iguais. Para que isso aconteça é necessário e
suficiente que sua razão seja igual a zero.

Exemplo:

Determine x para que a seqüência (3+ x, 5x, 2x + 11) seja PA.

5x – ( 3 + x ) = 2x + 11 – 5x

5x – 3 – x = 2x +11 – 5x

5x – x – 2x + 5x = 11 + 3

7x = 14

x = 14/7 = 2

Fórmula do termo geral da PA

an = a1 + (n – 1).r

Determinar o 61º termo da PA (9, 13, 17, 21,...)

r = 4 a1 = 9 n = 61 a61 = ?

a61 = 9 + (61 – 1).4

a61 = 9 + 60.4 = 9 + 240 = 249

Determinar a razão da PA (a1, a2, a3,...) em que a1 = 2 e a8 = 3

an = a1 + ( n – 1 ).r

a8 = a1 + (8 – 1 ).r

a8 = a1 + 7r

3 = 2 + 7r

7r = 3 – 2

7r = 1

r = 1/7

Determinar o número de termos da PA (4,7,10,...,136)

a1 = 4 an = 136 r = 7 – 4 = 3

an = a1 + (n – 1).r

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136 = 4 + (n – 1).3

136 = 4 + 3n – 3

3n = 136 – 4 + 3

3n = 135

n = 135/3 = 45 termos

Determinar a razão da PA tal que:

a1 + a4 = 12 e a3 + a5 = 18

a4 = a1 + (4 – 1).r a3 = a1 + (3 – 1).r a5 = a1 + 4r

a4 = a1 + 3r a3 = a1 + 2r

a1 + a1 + 3r = 12

a1 + 2r + a1 + 4r = 18

2a1 + 3r = 12

2a1 + 6r = 18

3r = 6

r = 6/3 = 2

Interpolar (inserir) cinco meios aritméticos entre 1 e 25, nessa ordem.

Interpolar (ou inserir) cinco meios aritméticos entre 1 e 25, nessa ordem, significa determinar a PA de
primeiro termo igual a 1 e último termo igual a 25.

(1,_,_,_,_,_,25)

a7 = a1 + 6r

25 = 1 + 6r

6r = 24

r = 24/6

r=4

(1, 5, 9, 13, 17, 21, 25)

Representação genérica de uma PA

PA de três termos:

(x, x + r, x + 2r)

ou

(x – r, x , x + r), em que a razão é r

PA de quatro termos:

(x, x + r, x + 2r, x + 3r)

ou

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(x – 3r, x – r, x + r, x + 3r), em que a razão é 2r

Cálculo Da Soma Dos N Primeiros Termos De Uma PA

Em uma pequena escola do principado de Braunschweig, Alemanha, em 1785, o professor Buttner


propôs a seus alunos que somassem os números naturais de 1 a 100. Apenas três minutos depois,
um gurizote de oito anos de idade aproximou-se da mesa do senhor Buttner e, mostrando-lhe sua
prancheta, proclamou: “taí“. O professor, assombrado, constatou que o resultado estava correto.
Aquele gurizote viria a ser um dos maiores matemáticos de todos os tempos: Karl Friedrich Gauss
(1777-1855).

O cálculo efetuado por ele foi simples e elegante: o menino percebeu que a soma do primeiro núme-
ro, 1, com o último, 100, é igual a 101; a soma do segundo número, 2 , com o penúltimo, 99 , é igual a
101; também a soma do terceiro número, 3 , com o antepenúltimo, 98 , é igual a 101; e assim por
diante, a soma de dois termos eqüidistantes dos extremos é igual a soma dos extremos.

1 2 3 4..................................97 98 99 100

4 + 97 = 101

3 + 98 = 101

2 + 99 = 101

1 + 100 = 101

Como são possíveis cinqüenta somas iguais a 101, Gauss concluiu que:

1 + 2 + 3 + 4 + .......................... + 97 + 98 + 99 + 100 = 50.101 = 5050

Esse raciocínio pode ser estendido para o cálculo da soma dos n primeiros termos de uma progres-
são aritmética qualquer:

Calcular a soma dos trinta primeiros termos da PA (4, 9, 14, 19,...).

a30 = a1 + (30 – 1).r

a30 = a1 + 29r

a30 = 4 + 29.5 = 149

Calcular a soma dos n primeiros termos da PA (2, 10, 18, 26,...).

an = 2 + (n – 1).8

an = 2 + 8n – 8

an = 8n – 6

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Determine a soma dos termos da PA (6, 10, 14,..., 134).

Calcule a soma dos múltiplos de 7 compreendidos entre 100 e 300.

Múltiplos de 7 (0, 7, 14, 21, 28,...).

O primeiro múltiplo de 7 compreendido entre 100 e 300 é o 105.

O último múltiplo de 7 compreendido entre 100 e 300 é o 294.

294 = 105 + (n – 1).7

294 = 105 + 7n – 7

7n = 294 – 105 + 7

7n = 196

n = 196/7 = 28

Progressão Geométrica

Denominamos de progressão geométrica, ou simplesmente PG, a toda seqüência de números não


nulos em que cada um deles, multiplicado por um número fixo, resulta no próximo número da se-

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qüência. Esse número fixo é chamado de razão da progressão e os números da seqüência recebem
o nome de termos da progressão.

Observe estes exemplos:

8, 16, 32, 64, 128, 256, 512, 1024 é uma PG de 8 termos, com razão 2.

5, 15, 45,135 é uma PG de 4 termos, com razão 3.

3000, 300, 30, 3 é uma PG de 4 termos, com razão 1/10

Numa PG de 5 termos o 1º termo é 2 e o 2º termo é 12. Escreva os termos dessa PG.

2, 12, 72, 432, 2592

Numa PG de 4 termos, o último termo é 500 e o penúltimo é 100. Escreva os termos dessa PG.

4,20,100,500

Numa PG de 6 termos, o 1º termo é 3 e a razão é 10. Qual o 6º termo dessa PG.

3,30,300,3000,30000,300000

a6 = 300000

Numa PG de 5 termos, o 3º termo é -810 e a razão é -3. Escreva os termos dessa PG.

-90,270,-810,2430,-7290

Numa PG, o 9º termo é 180 e o 10º termo é 30. Qual a razão dessa PG.

q = 30/180 = 3/18 = 1/6

A razão é 1/6

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Fórmula do termo geral de uma progressão geométrica.

Determinar o 15º termo da progressão geométrica (256, 128, 64,...).

Determinar a razão da PG tal que:

Determinar o número de termos da PG (128, 64, 32,......, 1/256).

Determinar a razão da PG tal que:

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Representação genérica de uma PG:

a) PG de três termos, (x, xq, xq²) em que a razão é q;

(x/q, x, xq), com razão q, se q ≠ 0.

b) PG de quatro termos, (x, xq, xq², xq³), com razão q;

(x/q³, x/q, xq, xq³), com razão q², se q ≠ 0.

Determinar a PG de três termos, sabendo que o produto desses termos é 8 e que a soma do segundo
com o terceiro termo é 10.

Soma dos n primeiros termos de uma PG:

Sendo Sn a soma dos n primeiros termos da PG (a1,a2, a3,...an,...) de razão q, temos:

Se q = 1, então Sn = n.a1

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Calcular a soma dos dez primeiros termos da PG (3, 6, 12,....).

Exercícios Resolvidos de PA e PG

Dada a PA (a + b,5a – b,...) determine seu 4º termo.

r = 5a – b – (a + b) = 5a – b – a – b = 4a – 2b

A cada balanço uma firma tem apresentado um aumento de 10% em seu capital. A razão de progres-
são formada pelos capitais nos balanços é:

Solução:[

Sendo C o capital inicial, temos:

C,1,1C, (1,1)²C,...

Logo a razão q é dada por:

q = 1,1C/C = 1,1 = 11/10

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PROBABILIDADE

Probabilidade

Probabilidade é o estudo das chances de obtenção de cada resultado de um experimento aleatório. A


essas chances são atribuídos os números reais do intervalo entre 0 e 1. Resultados mais próximos de
1 têm mais chances de ocorrer. Além disso, a probabilidade também pode ser apresentada na forma
percentual.

Experimento Aleatório e Ponto Amostral

Um experimento aleatório pode ser repetido inúmeras vezes e nas mesmas condições e, mesmo assim,
apresenta resultados diferentes. Cada um desses resultados possíveis é chamado de ponto amostral.
São exemplos de experimentos aleatórios:

A) Cara Ou Coroa

Lançar uma moeda e observar se a face voltada para cima é cara ou coroa é um exemplo de experi-
mento aleatório. Se a moeda não for viciada e for lançada sempre nas mesmas condições, poderemos
ter como resultado tanto cara quanto coroa.

B) Lançamento De Um Dado

Lançar um dado e observar qual é o número da face superior também é um experimento aleatório.
Esse número pode ser 1, 2, 3, 4, 5 ou 6 e cada um desses resultados apresenta a mesma chance de
ocorrer. Em cada lançamento, o resultado pode ser igual ao anterior ou diferente dele.

Observe que, no lançamento da moeda, as chances de repetir o resultado anterior são muito maiores.

C) Retirar Uma Carta Aleatória de Um Baralho

Cada carta tem a mesma chance de ocorrência cada vez que o experimento é realizado, por isso, esse
é também um experimento aleatório.

Espaço Amostral

O espaço amostral (Ω) é o conjunto formado por todos os resultados possíveis de um experimento
aleatório. Em outras palavras, é o conjunto formado por todos os pontos amostrais de um experimento.
Veja exemplos:

a) O espaço amostral do experimento “cara ou coroa” é o conjunto S = {Cara, Coroa}. Os pontos amos-
trais desse experimento são os mesmos elementos desse conjunto.

b) O espaço amostral do experimento “lançamento de um dado” é o conjunto S = {1, 2, 3, 4, 5, 6}. Os


pontos amostrais desse experimento são 1, 2, 3, 4, 5 e 6.

O espaço amostral também é chamado de Universo e pode ser representado pelas outras notações
usadas nos conjuntos. Além disso, todas as operações entre conjuntos valem também para espaços
amostrais.

O número de elementos do espaço amostral, número de pontos amostrais do espaço amostral ou nú-
mero de casos possíveis em um espaço amostral é representado da seguinte maneira: n(Ω).

Evento

Um evento é qualquer subconjunto de um espaço amostral. Ele pode conter nenhum elemento (con-
junto vazio) ou todos os elementos de um espaço amostral. O número de elementos do evento é re-
presentado da seguinte maneira: n(E), sendo E o evento em questão.

São exemplos de eventos:

a) Sair cara em um lançamento de uma moeda

O evento é sair cara e possui um único elemento. A representação dos eventos também é feita com
notações de conjuntos:

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PROBABILIDADE

E = {cara}

O seu número de elementos é n(E) = 1.

b) Sair um número par no lançamento de um dado.

O evento é sair um número par:

E = {2, 4, 6}

O seu número de elementos é n(E) = 3.

Os eventos que possuem apenas um elemento (ponto amostral) são chamados de simples. Quando o
evento é igual ao espaço amostral, ele é chamado de evento certo e sua probabilidade de ocorrência
é de 100%. Quando um evento é igual ao conjunto vazio, ele é chamado de evento impossível e possui
0% de chances de ocorrência.

Cálculo da Probabilidade

Seja E um evento qualquer no espaço amostral Ω. A probabilidade do evento A ocorrer é a razão entre
o número de resultados favoráveis e o número de resultados possíveis. Em outras palavras, é o número
de elementos do evento dividido pelo número de elementos do espaço amostral a que ele pertence.

P(E) = n(E)

n(Ω)

Observações:

O número de elementos do evento sempre é menor ou igual ao número de elementos do espaço amos-
tral e maior ou igual a zero. Por isso, o resultado dessa divisão sempre está no intervalo 0 ≤ P(A) ≤ 1;

Quando é necessário usar porcentagem, devemos multiplicar o resultado dessa divisão por 100 ou usar
regra de três;

A probabilidade de um evento não acontecer é determinada por:

P(A-1) = 1 – P(A)

Exemplos:

→ Qual é a probabilidade de, no lançamento de uma moeda, o resultado ser cara?

Solução:

Observe que o espaço amostral só possui dois elementos e que o evento é sair cara e, por isso, possui
apenas um elemento.

P(E) = n(E)

n(Ω)

P(E) = 1

P(E) = 0,5 = 50%

→ Qual é a probabilidade de, no lançamento de duas moedas, obtermos resultados iguais?

Solução:

Representando cara por C e coroa por K, teremos os seguintes resultados possíveis:

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(C, K); (C, C); (K, C); (K, K)

O evento obter resultados iguais possui os seguintes casos favoráveis:

(C, C); (K, K)

Há quatro casos possíveis (número de elementos do espaço amostral) e dois casos favoráveis (número
de elementos do evento), logo:

P(E) = n(E)

n(Ω)

P(E) = 2

P(E) = 0,5 = 50%

→ No lançamento de um dado, qual é a probabilidade de sair um resultado menor que 3?

Solução:

Observe que os números do dado menores do que 3 são 1 e 2, por isso, o evento possui apenas dois
elementos. O espaço amostral possui seis elementos: 1, 2, 3, 4, 5 e 6.

P(E) = n(E)

n(Ω)

P(E) = 2

P(E) = 0,33... = 33,3%

→ Qual é a chance de não sair o número 1 no lançamento de um dado?

Solução:

Temos duas maneiras de resolver esse problema. Note que não sair o número 1 é o mesmo que sair
qualquer outro número. Faremos o mesmo cálculo de probabilidade considerando que o evento possui
cinco elementos.

A outra maneira é usar a fórmula para a probabilidade de um evento não ocorrer:

P(A-1) = 1 – P(E)

O evento que não pode ocorrer possui apenas um elemento, logo:

P(A-1) = 1 – P(E)

P(A-1) = 1 – n(E)

n(Ω)

P(A-1) = 1 – 1

P(A-1) = 1 – 0,166..

P(A-1) = 0,8333… = 83,3%

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Princípios de Contagem e Probabilidade

A análise combinatória é a matéria que desenvolve métodos para fazer a contagem com eficiência. Os
problemas de contagem estão presentes no cotidiano, por exemplo, no planejamento de pratos em um
cardápio, a combinação de números em um jogo de loteria, nas placas dos veículos, entre inúmeras
outras situações.

A ideia é a seguinte: Imagine que você tenha 3 calças, 5 camisas e 2 sapatos e queira saber quantas
são as combinações possíveis utilizando essas peças. Para isso basta efetuar a multiplicação, assim:
5 . 3 . 2 = 30 possibilidades de combinações. Esse é chamado de princípio multiplicativo.

Exemplo 1. Quantos números de dois algarismos distintos podemos formar com os dígitos: 3, 5, 7 e 6?

Então são 4 possibilidades para as dezenas, são quatro dígitos diferentes, e para as unidades serão 3,
pois não queremos repetidos, portanto:

4 . 3 = 12 números de dois algarismos distintos.

Muitos problemas de Análise combinatória podem ser resolvidos utilizando o fatorial (n!), que é a mul-
tiplicação de números consecutivos: 4!= 4.3.2.1= 24.

Exemplo 2. Calcule o valor de: 5!

5.4.3.2.1
5.4
20 . 3 . 2 . 1
120

Essa propriedade utilizada na análise combinatória é a permutação, significa mudar a ordem, pense:
De quantas maneiras distintas sete pessoas podem sentar em sete poltronas?

Temos uma permutação de sete elementos, então:

7! = 7.6.5.4.3.2.1 = 5.040 maneiras.

Outras propriedades são: combinação e arranjo.

A combinação é a formação de um grupo não ordenado. Vamos pensar dentro da contagem: Em uma
turma de 30 alunos, 6 serão sorteados para uma viagem. Quantas possibilidades possíveis para esse
sorteio?

Lembre-se que a ordem do sorteio não importa.

Já arranjo forma grupos específicos, vejamos uma situação: Na formação de senhas para clientes, um
banco disponibiliza oito dígitos entre: 0, 2, 3, 4, 5, 7, 9, 8. Sabendo que cada senha é formada por três
dígitos distintos, qual o número de senha?

Lembre-se, aqui é importante a ordem dos elementos:

A8,3= 8!
8!- 3!

8!
5!

8.7.6.5!
5!

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PROBABILIDADE

8.7.6

336 senhas.

A análise combinatória é utilizada para resolver problemas de contagem. Utilizando os processos com-
binatórios é possível determinar o número de combinações, arranjos e permutações possíveis. Para
cada uma destas aplicações, alguns critérios devem ser respeitados. Iremos agora conduzir você a
entender o Diagrama da Árvore. Quando conseguir assimilar esta estrutura será fácil entender o Prin-
cípio Fundamental da Contagem, que define - se como sendo:

O Produto de Duas Ou Mais Etapas Independentes

Em notação matemática isso seria o mesmo que considerarmos, que determinada atividade pode ser
realizada em duas etapas, ou seja, de m e n maneiras distintas, o total de possibilidades será dado
pelo produto de m por n (m x n). Iremos agora resolver um problema utilizando o Diagrama da Ár-
vore para que possamos entender o Princípio Fundamental da Contagem:

Problema: Jeniffer irá participar da promoção de uma loja de roupas que está dando um vale compras
no valor de R$ 1000,00 reais. Ganhará o desafio o primeiro participante que conseguir fazer o maior
número de combinações com o kit de roupa cedido pela loja. No kit temos: seis camisetas, quatro saias
e dois pares de sapato do tipo salto alto. De quantas maneiras distintas Jeniffer poderá combinar todo
o vestuário que esta no quite de roupa?

Peças Que Compõem O Kit De Roupa

Camisetas

Saias

Sapatos

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PROBABILIDADE

Utilizando o Diagrama da Árvore vamos descobrir a quantidade de combinações possíveis.

8 combinações possíveis. 8 combinações possíveis.

8 combinações possíveis. 8 combinações possíveis.

8 combinações possíveis. 8 combinações possíveis.

Ao realizar a contagem iremos constatar a quantidade referente à 48 combinações possíveis.

A outra forma que temos para resolver este problema é utilizando o Princípio Fundamental da Conta-
gem.

Total de camisetas X Total de Saias X Total Sapatos = Total de combinações possíveis

6 x 4 x 2 = 48

Observe que ao utilizarmos o Princípio Fundamental da Contagem, também foi possível determinar o
número de combinações do Kit roupa, este número corresponde ao que foi encontrado quando utiliza-
mos o Diagrama da árvore.

Princípio Fundamental da Contagem

O princípio fundamental da contagem diz que um evento que ocorre em nsituações independentes e
sucessivas, tendo a primeira situação ocorrendo de m1 maneiras, a segunda situação ocorrendo

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PROBABILIDADE

de m2 maneiras e assim sucessivamente até a n-ésima situação ocorrendo de mn maneiras, temos


que o número total de ocorrências será dado pelo produto:

Exemplos

Quantos são os números naturais de dois algarismos que são múltiplos de 5?

Como o zero à esquerda de um número não é significativo, para que tenhamos um número natural com
dois algarismos ele deve começar com um dígito de 1 a 9, temos, portanto, 9 possibilidades.

Para que o número seja um múltiplo de 5, o mesmo deve terminar em 0 ou 5, portanto temos ape-
nas 2 possibilidades.

A multiplicação de 9 por 2 nos dará o resultado desejado.

Logo:

São 18 os números naturais de dois algarismos que são múltiplos de 5.

Eu possuo 4 pares de sapatos e 10 pares de meias. De quantas maneiras poderei me calçar utilizando
um par de meias e um de sapatos?

Pelo princípio fundamental da contagem temos que multiplicar 4, que é o número de elementos do
primeiro conjunto, por 10 que corresponde ao número de elementos do segundo conjunto.

Portanto:

Poderei Me Calçar de 40 Maneiras Diferentes.

De quantas formas podemos dispor as letras da palavra FLUOR de sorte que a última letra seja sempre
a letra R?

Para a última letra, segundo o enunciado temos apenas uma possibilidade que é a letra R.

Para a primeira, segunda, terceira e quarta letras temos respectivamente 4, 3, 2 e 1 possibilidades. As-
sim temos:

Note que este exemplo é semelhante ao caso dos livros, explicado no início da página, só que neste
caso teríamos mais um livro, digamos de ciências, que sempre seria colocado na pilha por último.

Podemos dispor as letras da palavra FLUOR de 24 formas diferentes, tal que a última letra seja sempre
a letra R.

Quantos números naturais com 3 algarismos podemos formar que não comecem com 16, nem
com 17?

Neste exemplo iremos fazer o cálculo em duas partes. Primeiro iremos calcular quantos são os números
com três algarismos.

Como neste caso na primeira posição não podemos ter o dígito zero, o número de possibilidades para
cada posição é respectivamente: 9, 10 e 10.

Portanto temos 900 números naturais com três dígitos.

Agora vamos calcular quantos deles começam com 16 ou 17.

Para a primeira posição temos apenas uma possibilidade, o dígito 1. Para a segunda temos 2, pois
servem tanto o dígito 6, quanto o 7.

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PROBABILIDADE

Para a terceira e última posição temos todos os dígitos possíveis, ou seja, 10 possibilidades.

Multiplicando tudo temos 20.

Logo, subtraindo 20 de 900 obtemos 880.

Existem 880 números naturais nestas condições.

São quantos os números ímpares com três algarismos, que não possuem dígitos repetidos e que de
trás para frente também são ímpares?

Os números devem ser ímpares, temos então 5 possibilidades para o último algarismo.

A história do "de trás para frente", em outras palavras quer dizer que o primeiro algarismo também é
ímpar. Como um dígito ímpar já foi utilizado na última posição, temos então apenas 4 disponíveis para
a primeira posição.

Para o dígito central temos apenas 8 possibilidades, pois dois dígitos ímpares já foram utilizados.

Multiplicando 4 por 8 e por 5 obtemos 160.

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GRANDEZAS E MEDIDAS

Grandezas e Medidas

Nas séries iniciais, trabalhar Medidas e Grandezas é de suma importância para o dia-a-dia do estu-
dante. É nessa vida moderna que vem a necessidade de saber compreender o tamanho e o valor de
cada objeto.

Quando o professor inicia uma aula e aborda o tema Grandezas e Medidas, logo o estudante associa-
o ao seu cotidiano; a vida dele é uma constante medida. Cada objeto em sua casa tem um tamanho
e/ou mede alguns centímetros.

Essa importância é caracterizada por ser um conteúdo vinculado ao cotidiano do estudante, de rele-
vância no mundo em que vivemos. Muitas atividades cotidianas das crianças envolvem medidas, como
por exemplo, tamanhos dos objetos, pesos, volumes, temperatura diferente e outras.

O educador deve ter claro que ao longo do Ensino Fundamental, bem como da Educação Infantil, as
atividades propostas devem propiciar a compreensão do processo de medição. É na Educação Infantil
que as crianças aprendem que medir significa comparar grandezas.

Quando esse conteúdo é bem trabalhado, o rendimento no Ensino Fundamental melhora - afinal, a
medição está diretamente ligada não só à geometria e à estatística, mas também a outras disciplinas.

Nas Ciências da Natureza, medir é essencial. Nas Humanas, usamos escalas e especialmente, medi-
das de tempo. E nas Artes há as noções de proporcionalidade. Isso sem falar nos usos cotidianos,
como em receitas culinárias e na aplicação de medicamentos.

O professor deve atentar-se para o conhecimento prévio de cada estudante, pois, quase toda criança
já viu alguém usar tipos de medidas. O professor deve partir da realidade onde está localizada a escola,
as medidas usadas pelos pais, como braças, polegadas, léguas, com unidades de tempo, como dia,
mês e ano, partindo assim de questões simples: quantas braças têm o terreno do teu pai, as polegadas
de um objeto que ele conhece bem, quantos meses faltam para as férias! Deve pendurar um calendário
na parede e explicar seu significado. Quando todos ficarem craques em consultar as datas, lança-se
um desafio: fazer o próprio calendário.

Tratamento Da Informação

Basta abrirmos um jornal, uma revista ou assistirmos à televisão para percebermos que, cada vez mais,
a estatística é incluída ao nosso cotidiano e ao de nossos estudantes. Informações de toda natureza
passam rapidamente sob nossos olhos em forma de gráficos e tabelas. Este se tornou um hábito tão
comum no dia a dia de qualquer pessoa, mas será que os livros didáticos estão vendo a estatística
como uma linguagem usual a ser ensinada?

A exposição de dados através de gráficos e tabelas faz parte da linguagem universal matemática e sua
compreensão é requisito básico para a leitura de informações e análise de dados. No entanto, para um
receptor não alfabetizado em estatística os modos de representar a complexidade de informações po-
dem oferecer dificuldades de entendimento. O não entendimento, a interpretação intuitiva ou equivo-
cada da matemática estatística pode ser uma forma de exclusão do indivíduo da sua cidadania, tor-
nando-o um sujeito mais facilmente manipulável.

Ensinar estatística para as crianças desde o período de alfabetização tornou-se uma necessidade so-
cial. Não pensamos o seu ensino de um amontoado de fórmulas e cálculos, mas em desenvolver no
aluno a habilidade de coletar, organizar, interpretar e tomar decisões frente aos dados, utilizando a
estatística como ferramenta.

A estatística passou, então, a ser alvo de muitos educadores e livros didáticos a partir dos Parâmetros
Curriculares Nacionais (PCN) do ensino fundamental, em 1997, pois em seu terceiro volume (destinado
à Matemática) um dos princípios norteadores reconhece a importância das diferentes formas de repre-
sentar as informações matemáticas e a sua relação significativa com a realidade do aluno.

Ao refletirmos sobre a importância de tratar a estatística na escola como uma linguagem a ser ensinada
para desenvolver a habilidade de ler, interpretar e organizar dados matemáticos, sentimos que ainda
há muito a ser feito na educação matemática em relação ao tratamento da informação. Os documentos

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GRANDEZAS E MEDIDAS

oficiais solicitam o seu ensino e a sociedade reconhece a importância do assunto para a formação do
cidadão, no entanto, raramente faz parte da prática de sala de aula.

Os livros didáticos, que são fontes de pesquisa dos professores, não têm clareza do que é tratamento
da informação e aqueles que incluem o assunto em seus conteúdos, fazem-no de forma desvinculada
com a realidade, com dados prontos, sem que o aluno precise coletar, organizar e interpretar. Os tra-
tamentos são muito valorizados principalmente nas tabelas (que são utilizadas em todos os livros), e
as conversões são esquecidas. A quase ausência de mudança de sentido entre as conversões obser-
vadas nos livros didáticos mostra que o pouco que se fala em ensino de estatística ainda aparece de
forma estanque, como a maioria dos conteúdos desta disciplina.

Agora, fator essencial, preponderante que deve ocorrer: a conscientização de que o ensino da estatís-
tica deve acontecer de forma contextualizada, participativa e utilizando os diferentes registros de repre-
sentações que os gráficos e tabelas permitem para que o aluno seja capaz de ir e vir entre eles, con-
jecturar, refletir e tomar decisões frente aos dados.

Resolver Problemas: O Lado Lúdico Da Matemática

As atividades lúdicas (jogos, brincadeiras, brinquedos...) devem ser vivenciadas pelos educadores. É
um ingrediente indispensável no relacionamento entre as pessoas, bem como uma possibilidade para
que afetividade, prazer, autoconhecimento, cooperação, autonomia, imaginação e criatividade cres-
çam, permitindo que o outro construa por meio da alegria e do prazer de querer fazer e construir.

Quando crianças ou jovens brincam, demonstram prazer e alegria em aprender. Eles têm oportunidade
de lidar com suas energias em busca da satisfação de seus desejos. E a curiosidade que os move para
participar da brincadeira é, em certo sentido, a mesma que move os cientistas em suas pesquisas.
Dessa forma é desejável buscar conciliar a alegria da brincadeira com a aprendizagem escolar.

A palavra “problema” ocorre em muitas profissões e tem significados distintos. Para definir problema, é
possível compreender que é uma palavra que identifica a questão como “uma situação que um indiví-
duo ou um grupo quer ou precisa resolver e para a qual não dispõe de um caminho rápido e direto que
o leve à solução”. Entretanto, compreende-se que problema matemático “é qualquer situação que exija
a maneira matemática de pensar e conhecimentos matemáticos para solucioná-la”.

Dada a importância que se atribui à Resolução de Problemas como estratégia para ensinar Matemática
e dada as dificuldades apresentadas pelos alunos em todos os níveis de ensino no momento da efetiva
resolução de problemas, cabe destacar a importância da resolução de problemas desde as Séries Ini-
ciais do Ensino Fundamental, compreender as estratégias utilizadas e as principais dificuldades encon-
tradas pelos alunos. É grande a possibilidade de vivenciar a Matemática nas Séries Iniciais do Ensino
Fundamental, mais especificamente na 3ª e 4ª séries, através da metodologia de Resolução de Pro-
blemas, sendo plenamente viável e profundamente gratificante quanto aos resultados alcançados. O
professor deve utilizar-se de propostas de ensino, baseadas em resoluções de situações-problema,
procurar desenvolver uma prática em sala de aula que incentive e desenvolva a criatividade do estu-
dante, fazendo-o buscar estratégias próprias para a obtenção de soluções satisfatórias.

Ao examinar e comentar respostas fornecidas pelos alunos às situações-problemas propostas, no de-


correr a prática em sala de aula, pode observar as várias estratégias utilizadas por eles de forma ex-
tremamente criativa. As intervenções realizadas nos momentos das resoluções e correções procuram
propiciar e incentivar a diversidade, valorizando a individualidade.

Tanto as análises feitas dos erros cometidos durante as resoluções, quanto as sugestões para as de-
vidas correções trazem amadurecimento e crescimento pessoal, porque “os erros podem informar tanto
a respeito das dificuldades que um aluno apresenta para dominar procedimentos técnicos ou estraté-
gicos, como o tipo de teorias ou crenças com as quais ele lida em determinado momento”. As dificul-
dades dos alunos quanto à linguagem matemática devem ser esclarecidas através de atividades espe-
cíficas de elaboração de situações-problema, bem como releituras de desafios previamente trabalha-
dos com a turma.

O professor deve inserir-me neste mistério que é o trabalho com a Matemática nas Séries Iniciais do
Ensino Fundamental, que exige desprendimento, pesquisa, interação. Precisa de inspiração e paciên-
cia, para deixar a experiência acontecer, uma vez que “ninguém pode aprender da experiência do outro,
a menos que essa experiência seja de algum modo revivido e tornada própria”.

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GRANDEZAS E MEDIDAS

A matemática pode ser considerada uma grande invenção que foi sendo estruturada ao longo dos
séculos. Suas formulações e conjecturas surgiram para suprir as demandas sociais e científicas da
nossa sociedade, um exemplo disso são as grandezas e as medidas.

Em algum momento, ao logo da história, o homem sentiu a necessidade de determinar padrões refe-
rentes a grandezas e medidas e foi da comparação entre as grandezas de mesma origem que surgiu
as ideias relacionadas à medida. Começamos a medir utilizando as partes do corpo, como palmos, pés,
dedos. Em determinadas civilizações, as medidas referentes ao corpo do rei eram adotadas como pa-
drão para as medições.

Por muito tempo as relações entre as civilizações foi muito difícil, pois cada nação adotava um padrão
para medir. Foi com o passar do tempo que obtivemos a padronizarão das medidas, que ocorreu por
meio do Sistema Internacional de Unidades (SI), sendo regulamentada na década de sessenta.

O sistema metro - quilograma – segundo foi utilizado como base e o SI reconhecido por diversas na-
ções. Todas as modificações nesse sistema são feitas por meio de acordos e é utilizado por pratica-
mente todo o mundo, exceto pelos países: Estados Unidos, Libéria e Myanmar.

No SI temos as medidas básicas e as derivadas, que recebem esse nome por utilizar como origem as
básicas. Devemos entender como grandeza aquilo que pode ser quantificado, como comprimento, tem-
peratura, massa, tempo, volume, força etc. Já medidas é o que mensura as grandezas, cada medida
possui o seu próprio símbolo.

Podemos então enumerar o que a área do conhecimento matemático estuda referente a grandezas e
medidas:

Medida do comprimento

Transformação das unidades da medida de comprimento

Perímetro de polígonos

Unidades de medidas das superfícies

Área das figuras planas

Medida do espaço

Volume

Unidade de medida do volume

Transformações das unidades de medida de volume

Unidade de medida para capacidade

Unidade de medida de massa

Transformações das unidades de medida para massa

Ângulos

Medidas de ângulos

Operações com medidas de ângulos

Estudo do Tempo

Horas, minutos, segundos.

Sistema Internacional de Unidades

O sistema de unidades de medida mais utilizado nos dias atuais é o SI (Sistema Internacional de Uni-
dades), que antigamente era chamado de MKS (metro, quilograma e segundo).

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GRANDEZAS E MEDIDAS

Utilizamos, também, múltiplos e submúltiplos das grandezas físicas. Observe a tabela abaixo.

Principais grandezas

Comprimento

Metro (m): É o comprimento da trajetória percorrida pela luz no vácuo, durante um intervalo de tempo
de 1/299.792.458 de segundo (Unidade de Base ratificada pela 17ª CGPM – 1983). A velocidade da
luz no vácuo é c = 299.792,458 km/s.

Unidades de comprimento tradicionais:

Quilômetro (km): 1.000 m,

palmo: 22 cm;

braça: 2,2m;

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GRANDEZAS E MEDIDAS

légua: 6 km;

légua brasileira: 6,6 km.

Unidades de comprimento inglesas:

Polegada (in): 2,54 cm ou 0,0254 m;

pé (ft): 30,48 cm ou 0,3048 m;

jarda (yd): 91,44 cm ou 0,9144 m;

milha (mi): 1.609 m;

milha náutica: 1.852 m.

Distâncias astronômicas:

Ano-luz: distância percorrida pela luz no vácuo em 1 ano, igual a 9,46 trilhões de quilômetros ou 946 ×
1010 km;

parsec: 3,258 anos-luz ou 30,82 trilhões de quilômetros ou 3. 082 × 10¹o km;

unidade astronômica (uA): distância média entre a Terra e o Sol igual a 150 milhões de quilômetros ou
150 × 106 km.

Área

Metro quadrado (m²): área de um quadrado com lado igual a um metro.

Unidades de área tradicionais:

quilômetro quadrado (km²): 1.000.000 m²;

hectare (ha): 10.000 m²;

alqueire mineiro: 48.400 m²;

alqueire paulista: 24.200 m².

Unidades de área inglesas:

polegada quadrada: 6,4516 cm² ou 0,00064516 m²;

pé quadrado: 929,03 cm² ou 0,092903 m².

Volume

Metro cúbico (m³): cubo com arestas iguais a um metro.

Unidade de volume tradicional:

Litro (l): 0,001 m³.

Unidades de volume inglesas:

Galão inglês: 4,546 l ou 0,004546 m³;

Galão norte-americano: 3,785 l ou 0,003785 m³.

Ângulo Plano

Radiano (rad ou rd): ângulo plano entre dois raios de um círculo que forma um arco de circunferência
com o comprimento igual ao do raio.

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GRANDEZAS E MEDIDAS

Unidades de ângulo plano tradicionais –

grau (º): /180 rad;

minuto (‘): /10. 800;

segundo (“): /648. 000 rad;

número : 3,1416.

Ângulo Sólido

Esterradiano (sr): ângulo sólido que, tendo o vértice no centro de uma esfera, leva a um corte em sua
superfície com área igual a de um quadrado com lados iguais ao raio da esfera.

Massa

Quilograma (kg): massa do protótipo internacional do quilograma, um padrão construído com uma liga
de platina e irídio.

Unidades de massa tradicionais:

quilate: 0,2 g ou 0,002 kg;

tonelada métrica (t): 1.000 kg.

Unidades de massa inglesas:

libra ou pound (lb): 453,59 g ou 0,453 kg;

tonelada inglesa: 1.016 kg; tonelada norte-americana: 907 kg;

onça (oz): 28,35 g ou 0,028 kg;

onça troy: 31,10 g ou 0,031 kg.

Tempo

Segundo (s): tempo correspondente a 9.192. 631.770 ciclos de radiações emitidas entre dois níveis de
energia do átomo de césio 133.

Unidades de tempo tradicionais:

minuto (min): 60s;

hora (h): 60min ou 3.600s;

dia (d): 24h ou 1.440min ou 86. 400s;

ano sideral: 365d 6h 9min 9,5s;

ano trópico: 365d 5h 48min 45,8s.

Velocidade

Metro por segundo (m/s): distância percorrida em um segundo.

Unidades de velocidade tradicionais:

quilômetro por hora (km/h): 1/3,6 m/s ou 0,27777 m/s.

Unidades de velocidade inglesas:

milha por hora (mi/h): 1,609 km/h ou 0,4469 m/s;

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GRANDEZAS E MEDIDAS

nó (milha náutica por hora): 1,852 km/h ou 0,5144 m/s.

Velocidade da luz: 299. 792. 458 m/s.

Velocidade Angular

Radiano por segundo (rad/s): velocidade de rotação de um corpo.

Unidade de velocidade angular tradicional:

Rotação por minuto (rpm): p/30 rad/s

Aceleração

Metro por segundo ao quadrado (m/s²): constante de variação de velocidade.

Radiano por segundo ao quadrado (rad/s²): constante de variação de velocidade angular.

Frequência

Hertz (Hz): número de ciclos completos por segundo (Hz s-¹)

Força

Newton (N): força que imprime uma aceleração de 1 m/s² a uma massa de 1 kg (kgm/s²), na direção
da força.

Unidade de força tradicional:

Quilograma-força (kgf): 9,8N.

Energia

Joule (J): energia necessária para uma força de 1N produzir um deslocamento de 1m (J N/m).

Unidades de energia tradicionais:

Watt-hora (Wh): 3. 600 J;

quilowatt-hora (kWh): 3.600.000 J ou 3.600 kJ,

eletrovolt (eV): 1,6021 × 10 J;

caloria (cal): 4,1 J;

quilocaloria (kcal): 4. 184 J.

Potência

Watt (W): potência necessária para exercer uma energia de 1 J durante um segundo (W J/s). O fluxo
de energia (elétrica, sonora, térmica ou luminosa) também é medido em watt.

Unidade de potência tradicional:

Horse-power (HP) ou cavalo-vapor (cv): 735,5 W.

Intensidade Energética

Watt por esterradiano (W/sr): intensidade do fluxo de energia no interior de um ângulo sólido igual a
1sr.

Pressão

Pascal (Pa): força constante de 1N sobre uma superfície plana de 1m² (Pa N/m²).

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GRANDEZAS E MEDIDAS

Unidades de pressão tradicionais:

Milímetro de mercúrio (mmHg): 133,32 Pa;

atmosfera (atm): 101. 325 Pa.

Corrente Elétrica

Ampère (A): corrente elétrica constante capaz de produzir uma força igual a 2 × 10 N entre dois condu-
tores de comprimento infinito e seção transversal desprezível, situados no vácuo e com 1 m de distância
entre si.

Carga Elétrica

Coulomb (C): quantidade de eletricidade com intensidade constante de 1A que atravessa a seção de
um condutor durante 1s (C sA).

Unidade de carga elétrica tradicional:

Ampère-hora (Ah): 3.600 C.

Diferença De Potencial

Volt (V): tensão elétrica existente entre duas seções transversais de um condutor percorrido por uma
corrente constante de 1A, quando a frequência dissipada entre as duas seções é igual a 1W (V W/A).

Resistência Elétrica

Ohm (Ω): resistência de um elemento de um circuito que, submetido a uma diferença de potencial de
1V entre seus terminais, faz circular uma corrente constante de 1A ( V/A).

Capacitância Elétrica

Farad (F): capacitância de um elemento de um circuito que, ao ser carregado com uma quantidade de
eletricidade constante igual a 1C, apresenta uma tensão constante igual a 1V (F C/V).

Indutância Elétrica

Henry (H): indutância de um elemento passivo de um circuito em cujos terminais se induz uma tensão
constante de 1V quando percorrido por uma corrente que varia na razão de 1A por segundo (H Vs/A
ou Ws).

Temperatura

Kelvin (K): fração de 1/273,16 da temperatura termodinâmica do ponto tríplice da água, que corres-
ponde às condições de temperatura e pressão em que a água em estado líquido, o vapor de água e o
gelo estão em perfeito equilíbrio. O ponto zero da escala (0°K) é igual ao zero absoluto (-273,15°C).

Unidades de temperatura tradicionais –

Escala Celsius (°C): 0°C = 273°K e 1°C = 274°K;

Escala Fahrenheit (F): 0°F = 255,33°K ou -17,77°C, 1°F = 255,78°K ou -17,22°C.

Quantidade De Matéria

Mol (símbolo mol): quantidade de matéria de um sistema que reúne tantas entidades elementares (par-
tículas que devem ser especificadas) quanto o número de átomos contidos em 0,012 kg de carbono.

Intensidade Luminosa

Candela (cd): intensidade luminosa emitida em uma determinada direção por uma fonte de radiação
monocromática com frequência igual a 540 × 10¹² Hz e com uma intensidade energética de 1/683 watt
por esterradiano.

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GRANDEZAS E MEDIDAS

Fluxo Luminoso

Lúmem (lm): fluxo luminoso com intensidade de 1cd emitido no interior de um ângulo sólido igual a 1sr
(lm cd/sr).

Iluminamento

Lux (lx): iluminamento de uma superfície plana de 1 m² que recebe um fluxo luminoso perpendicular de
1lm (lx lm/m²).

Informática

Bit: menor unidade de armazenamento de informações em computadores e sistemas informatizados.

Byte: é a unidade básica de memória de computadores, igual a 8 bits contíguos.

Kilobit (kbit): 1.024 bits de informação. Kilobyte (kbyte): 1.024 bytes. Megabytes: 1.048.576 bytes.

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REGRAS DE TRÊS SIMPLES E COMPOSTAS

Regras de Três Simples e Compostas

Regra de Três

Um Pouco De História

Estuda-se em proporção a relação entre grandezas. Em alguns casos vemos que as grandezas são
diretamente proporcionais, ou seja, o aumento de uma implica o aumento da outra, em outros, inversa-
mente proporcionais, isto é, o aumento de uma implica a redução da outra. Seja em quaisquer dos
casos anteriores, podemos resolver grande parte dos problemas relacionados às grandezas proporci-
onais utilizando regra de três simples ou composta.

O conhecimento e a utilização de conceitos semelhantes à regra de três são muito antigos, tendo sua
provável origem na China antiga, podendo ser observados em tempos muito distantes. Vários proble-
mas envolvendo manipulações muito próximas do que hoje conhecemos como regra de três podem ser
vistos no Papiro Rhind, documento confeccionado no Egito há cerca de 3000 anos. Mais recente que
o Papiro Rhind, o livro Liber Abaci do matemático italiano Leonardo Fibonacci (1175-1250) revela vários
problemas envolvendo a regra de três.

Apesar de sua criação ser tão remota, as aplicações relativas à regra de três são as mais variadas.
Tratando da matemática utilitária, podemos dizer que a regra de três é primordial a nossa vida, pois
soluciona questões corriqueiras com muita simplicidade e economia de tempo.

Vejam abaixo alguns problemas envolvendo regra de três simples e composta, direta e inversamente
proporcionais.

1. Um quilo (usarei “quilo” simplificadamente para representar quilograma (Kg)) de farinha de trigo é
suficiente para fazer 12 pães. De quanta farinha necessito para fazer 18 pães?

2. Quatro pedreiros constrói uma pequena casa em 90 dias. Dois pedreiros construirá a mesma casa
em quanto tempo?

3. Se 8 homens levam 12 dias montando 16 máquinas, então, nas mesmas condições, 15 homens
levarão quantos dias para montar 50 máquinas?

4. Trabalhando 6 dias, 5 operários produzem 400 peças. Quantas peças desse mesmo tipo serão
produzidas por 7 operários em 9 dias de trabalho?

Grandezas Diretamente Proporcionais

Dizemos que duas grandezas são diretamente proporcionais quando o aumento de uma implica o au-
mento da outra. Ao dobrarmos uma grandeza, a outra também será dobrada, ao triplicarmos uma, a
outra também será triplicada. Em outras palavras, grandezas diretamente proporcionais variam sempre
na mesma razão.

Vejam o exemplo

NÚMERO DE PESSOAS DE CERTA DESPESA SEMANAL COM ALIMEN- RAZÃO


FAMÍLIA TAÇÃO (R$)

4 200 1/50

5 250 1/50

Observação: A tabela acima é meramente ilustrativa e supõe que com o ingresso de mais um membro
nesta família aumentará proporcionalmente sua despesa semanal.

Grandezas Inversamente Proporcionais

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REGRAS DE TRÊS SIMPLES E COMPOSTAS

Duas grandezas são inversamente proporcionais quando o aumento de uma implica na redução da
outra, ou seja, quando dobramos uma delas, a outra se reduz a metade; quando triplicamos uma delas,
a outra fica reduzida a terça parte, etc.

Os números racionais x, y e z são inversamente proporcionais aos números racionais a, b e c, respec-


tivamente, quando se tem: x . a = y . b = z . c

Veja o exemplo:

NÚMERO DE OPERÁRIOS DE DIAS GASTOS PARA CONCLUI-LA RELAÇÃO x.a = y.b


CERTA OBRA (DIAS)

12 60 12 . 60 = 720

6 120 6 . 120 = 720

Razão:

12/6 = 2/1

60/120 = 1/2

Note que 12/6 e 60/120 possuem razões inversas, isto é, 2/1 é o inverso de 1/2.

Regra de três simples

Quando, em uma relação entre duas grandezas, conhecemos três valores de um problema e desco-
nhecemos apenas um, poderemos chegar a sua solução utilizando os princípios da regra de três sim-
ples. Para isso, basta que multipliquemos os meios entre si e os extremos também entre si. Acompa-
nhem:

Exemplo: os números 6 e 10 são diretamente proporcionais a 12 e x respectivamente. Nessas condi-


ções, vamos encontrar o valor de x que torne essa afirmação verdadeira.

Vamos à solução dos problemas (1) e (2) propostos no início deste trabalho.

(1) Um quilo de farinha de trigo é suficiente para fazer 12 pães. De quanta farinha necessito para fazer
18 pães?

● Vamos chamar o valor desconhecido de x emontar uma tabela contendo os valores.

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REGRAS DE TRÊS SIMPLES E COMPOSTAS

Inicialmente teremos que analisar se as grandezas quantidade de farinha de trigo e número de pãessão
inversa ou diretamente proporcionais.

● Se duplicarmos a quantidade de farinha de trigo, a quantidade de pães também duplicará. Se tripli-


carmos a farinha, os pães também serão triplicados, e assim por diante. Sendo assim, somos levados
a concluir que essas duas grandezas são diretamente proporcionais;

● Sabendo dessa informação, basta escrevermos a proporção de acordo com o quadro acima e partir
para sua solução;

● As flechas no mesmo sentido indicam que as grandezas são diretamente proporcionais.

Conclusão: para fazer 18 pães precisaremos de 1,5 kg de farinha de trigo.

(2) Quatro pedreiros constroem uma pequena casa em 90 dias. Dois pedreiros construirão a mesma
casa em quanto tempo?

● Vamos chamar o valor desconhecido de x emontar uma tabela contendo os valores.

Como no caso anterior, teremos que analisar se as grandezas quantidade de pedreiros e dias gastos
na construção são inversa ou diretamente proporcionais.

● Se aumentarmos o número de pedreiros, a duração da obra será reduzida, portanto, essas grandezas
são inversamente proporcionais;

● Sabendo dessa informação, basta escrevermos a proporção de acordo com o quadro acima e partir
para sua solução;

● Como as grandezas são inversamente proporcionais, devemos inverter uma das frações;

● As setas contrárias indicam que as grandezas são inversamente proporcionais.

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REGRAS DE TRÊS SIMPLES E COMPOSTAS

Conclusão: se reduzirmos o número de pedreiro a dois, teremos a obra concluída em 180 dias.

Regra de Três Composta

Quando trabalhamos com três grandezas, direta ou inversamente proporcionais e, num determinado
problema, existem seis valores, dos quais cinco são conhecidos e apenas um desconhecido, pode-se
encontrar o valor da incógnita através da regra de três composta.

Vamos à solução dos problemas (3) e (4) propostos no início deste trabalho.

(3) Se 8 homens levam 12 dias montando 16 máquinas, então, nas mesmas condições, 15 homens
levarão quantos dias para montar 50 máquinas?

● Vamos chamar o valor desconhecido de x e montar uma tabela contendo os valores:

Analisemos as grandezas a fim de saber se são direta ou inversamente proporcionais entre si.

● Fixando a grandeza quantidade de homens, vamos relacionar as grandezas tempo de monta-


gem com número de máquinas. Se dobrarmos o tempo de montagem, dobraremos o número de má-
quinas. Logo, essas duas grandezas são diretamente proporcionais.

● Fixando a grandeza número de máquinas, vamos relacionar as grandezas quantidade de homens


com tempo de montagem. Se dobrarmos o número de homens, teremos reduzido à metade o tempo
de montagem. Logo, essas duas grandezas são inversamente proporcionais.

● Sabendo dessas informações, basta escrevermos a proporção de acordo com a tabela acima;

● Como temos grandezas inversamente proporcionais, devemos inverter uma das frações;

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REGRAS DE TRÊS SIMPLES E COMPOSTAS

Conclusão: Com 15 homens, serão construídas 50 máquinas em 20 dias.

(4) Trabalhando 6 dias, 5 operários produzem 400 peças. Quantas peças desse mesmo tipo serão
produzidas por 7 operários em 9 dias de trabalho?

● Chamaremos o valor desconhecido de x:

Vamos fazer a análise dos dados contidos na tabela acima.

● Fixando a grandeza dias de trabalho, vamos relacionar as grandezas número de operários com quan-
tidade de peças. Ao dobrarmos o número de operários, dobraremos também o número de peças fabri-
cadas. Dessa forma, essas duas grandezas são diretamente proporcionais;

● Fixando a grandeza número de operários e relacionando as grandezas dias de trabalho com quanti-
dade de peças, temos: ao dobrarmos o número de dias de trabalho, dobraremos também a quantidade
de peças produzidas, ou seja, estas grandezas também são diretamente proporcionais;

● Portando esses dados, deveremos escrever a devida proporção de acordo com a tabela acima;

● Como temos grandezas diretamente proporcionais, manteremos as frações em suas formas originais.

Conclusão: com 7 operários, em 9 dias serão produzidas 840 peças.

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JUROS SIMPLES E COMPOSTO

Juros Simples e Composto

Ao longo dos tempos constatou-se que o problema econômico dos governos; das instituições; das or-
ganizações e dos indivíduos, decorria da escassez de produtos e/ou serviços, pelo fato de que as
necessidades das pessoas eram satisfeitas por bens e serviços cuja oferta era limitada. Ao longo do
processo de desenvolvimento das sociedades, o problema de satisfazer as necessidades foi solucio-
nado através da especialização e do processo de troca de um bem pelo outro, conhecido como es-
cambo.

Mais tarde surgiu um bem intermediário, para este processo de trocas que foi a moeda. Assim, o valor
monetário ou preço propriamente dito, passou a ser o denominador comum de medida para o valorizar
os bens e os serviços e a moeda um meio de acúmulo deste valor constituindo assim a riqueza ou
capital.

Constatou-se assim, que os bens e os serviços poderiam ser consumidos ou guardados para o con-
sumo futuro. Caso o bem fosse consumido ele desapareceria e, caso houvesse o acúmulo, surgiria
decorrente deste processo o estoque que poderia servir para gerar novos bens e/ou riqueza através do
processo produtivo.

E começou a perceber que os estoques eram feitos não somente de produtos, mas de valores mone-
tários também, que se bem administrado poderiam aumentar gradativamente conforme a utilidade tem-
poral. Surge-se daí a preocupação e a importância do acúmulo das riquezas em valores monetários
como forma de investimento futuro e aumento do mesmo conforme o surgimento das necessidades.

Com o passar dos tempos essa técnica foi sendo melhorada e aperfeiçoada conforme as necessidades
de produção e tão quanto à necessidade mercantis que aflorava cada vez mais tornando os produtores
mais competitivos quanto ao aumento de oferta de suas produções.

Atualmente a técnica utilizada para compreensão de como o capital se comporta em uma aplicação ao
longo do tempo é realizado pela Matemática Financeira. De uma forma simplificada, podemos dizer
que a Matemática Financeira é o ramo da Matemática Aplicada e/ou Elementar, que estuda o compor-
tamento do dinheiro no tempo. A Matemática Financeira busca quantificar as transações que ocorrem
no universo financeiro levando em conta, a variável tempo, quer dizer, o valor monetário no tempo (time
value money).

As principais variáveis envolvidas no processo de quantificação financeira são: o capital, a taxa de juros
e o tempo.

Capital

Capital é todo o acúmulo de valores monetários em um determinado período de tempo constituindo


assim a riqueza como expresso anteriormente. Normalmente o valor do capital é conhecido como prin-
cipal (P). A taxa de juro (i), é a relação entre os Juros e o Principal, expressa em relação a uma unidade
de tempo. (n)

Juros

Deve ser entendido como Juros, a remuneração de um capital (P), aplicado a uma certa taxa (i), durante
um determinado período (n), ou seja, é o dinheiro pago pelo uso de dinheiro emprestado. Portanto,
Juros (J) = preço do crédito.

A existência de Juros decorre de vários fatores, entre os quais destacam-se:

a) inflação: a diminuição do poder aquisitivo da moeda num determinado período de tempo;

b) risco: os juros produzidos de uma certa forma compensam os possíveis riscos do investimento.

c) aspectos intrínsecos da natureza humana: quando ocorre de aquisição ou oferta de empréstimos a


terceiros.

Costuma-se especificar taxas de juros anuais, trimestrais, semestrais, mensais, entre outros, motivo
pelo qual deve-se especificar sempre o período de tempo considerado.

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JUROS SIMPLES E COMPOSTO

Quando a taxa de juros incide no decorrer do tempo, sempre sobre o capital inicial, dizemos que temos
um sistema de capitalização simples (Juros simples).

Quando a taxa de juros incide sobre o capital atualizado com os juros do período (montante), dizemos
que temos um sistema de capitalização composta (Juros compostos).

Na prática, o mercado financeiro utiliza apenas os juros compostos, de crescimento mais rápido (vere-
mos adiante, que enquanto os juros simples crescem segundo uma função do 1º grau – crescimento
linear, os juros compostos crescem muito mais rapidamente – segundo uma função exponencial).

Juros Simples

O regime de juros simples é aquele no qual os juros incidem sempre sobre o capital inicial. Este sistema
não é utilizado na prática nas operações comerciais, mas, a análise desse tema, como introdução à
Matemática Financeira, é de uma certa forma, importante.

Considere o capital inicial P aplicado a juros simples de taxa i por período, durante n períodos.

Lembrando que os juros simples incidem sempre sobre o capital inicial, podemos escrever a seguinte
fórmula, facilmente demonstrável:

J = juros produzidos depois de n períodos, do capital P aplicado a uma taxa de juros por período igual
a i.

No final de n períodos, é claro que o capital será igual ao capital inicial adicionado aos juros produzidos
no período. O capital inicial adicionado aos juros do período é denominado MONTANTE (M). Logo,
teríamos:

Exemplo:

A quantia de R$ 3.000,00 é aplicada a juros simples de 5% ao mês, durante cinco anos. Calcule o
montante ao final dos cinco anos.

Solução:

Temos: P = 3000,

i = 5% = 5/100 = 0,05 e

n = 5 anos = 5 x 12 = 60 meses.

Portanto, M = 3.000,00 x (1 + 0,05 x 60) = 3.000,00 x (1+3) = R$ 12.000,00.

A fórmula J = Pin, onde P e i são conhecidos, nos leva a concluir pela linearidade da função juros
simples, senão vejamos:

Façamos P.i = k.

Teremos, J = k.n, onde k é uma constante positiva. (Observe que P. i > 0)

Ora, J = k.n é uma função linear, cujo gráfico é uma semi-reta passando pela origem. (Porque usei o
termo semi-reta ao invés de reta?). Portanto, J/n = k, o que significa que os juros simples J e o número
de períodos n são grandezas diretamente proporcionais.

Daí infere-se que o crescimento dos juros simples obedece a uma função linear, cujo crescimento de-
pende do produto P.i = k, que é o coeficiente angular da semi-reta J = kn.

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JUROS SIMPLES E COMPOSTO

M = P + J = P + P.i.n = P(1 + i.n)

0 me-
ses
1º 2º 3º 4º
mês mês mês mês
É comum nas operações de curto prazo onde predominam as aplicações com taxas referenciadas em
juros simples, ter-se o prazo definido em número de dias. Nestes casos o número de dias pode ser
calculado de duas maneiras:

• Pelo tempo exato , pois o juro apurado desta maneira denomina-se juro exato, que é aquele que é
obtido quando o período (n) está expresso em dias e quando o período é adotada a conversão de ano
civil (365 dias)

• Pelo ano comercial, pois o juro apurado desta maneira denomina-se juro comercial que é aquele
calculado quando se adota como base o ano comercial (360 dias)

Exercício Proposto 01:

Calcule o montante ao final de dez anos de um capital R$ 10.000,00 aplicado à taxa de juros simples
de 18% ao semestre (18% a.s).

Resposta: R$ (?)

Vimos anteriormente, que se o capital (P) for aplicado por (n) períodos, a uma taxa de juros simples (i),
ao final dos n períodos, teremos que os juros produzidos serão iguais a J = Pin e que o montante
(capital inicial adicionado aos juros do período) será igual a M = P(1 + in).

O segredo para o bom uso destas fórmulas é lembrar sempre que a taxa de juros i e o período n têm
de ser referidos à mesma unidade de tempo.

Assim, por exemplo, se num problema, a taxa de juros for i =12% ao ano = 12/100 = 0,12 e o período
n = 36 meses, antes de usar as fórmulas deveremos colocá-las referidas à mesma unidade de tempo,
ou seja:

a) 12% ao ano, aplicado durante 36/12 = 3 anos , ou


b) 1% ao mês = 12%/12, aplicado durante 36 meses, etc.
Exemplos:

01 – Quais os juros produzidos pelo capital R$ 12.000,00 aplicados a uma taxa de juros simples de
10% ao bimestre durante 5 anos?

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JUROS SIMPLES E COMPOSTO

Solução 01:

Temos que expressar i e nem relação à mesma unidade de tempo.

Vamos inicialmente trabalhar com BIMESTRE (dois meses):

i = 10% a.b. = 10/100 = 0,10

n = 5 anos = 5 x 6 = 30 bimestres (pois um ano possui 6 bimestres) Então: J = R$ 12.000,00 x 0,10 x


30 = R$ 36.000,00

Solução 02:

Para confirmar, vamos refazer as contas, expressando o tempo em meses.

Teríamos:

i = 10% a x b = 10/2 = 5% ao mês = 5/100 = 0,05 n = 5 anos = 5 x 12 = 60 meses

Então: J = R$ 12.000,00 x 0,05 x 60 = R$ 36.000,00

02 – Um certo capital é aplicado em regime de juros simples, a uma taxa mensal de 5%. Depois de
quanto tempo este capital estará duplicado?

Solução 01:

Temos: M = P(1 + in). Logo, o capital estará duplicado quando M = 2P. Logo, vem:

2P = P(1 + 0,05n); (observe que i = 5% a.m. = 5/100 = 0,05). Simplificando, fica:

2 = 1 + 0,05n 1 = 0,05n, de onde conclui-se n = 20 meses ou 1 ano e oito meses.

Exercício Proposto 02:

Um certo capital é aplicado em regime de juros simples, a uma taxa anual de 10%. Depois de quanto
tempo este capital estará triplicado?

Resposta: (?) anos.

Juros Compostos

O capital inicial (principal) pode crescer, como já sabemos, devido aos juros, segundo duas modalida-
des, a saber:

a) Juros simples – ao longo do tempo, somente o principal rende juros;


b) Juros compostos - após cada período, os juros são incorporados ao principal e passam, por sua
vez, a render juros. Também conhecido como "juros sobre juros".

O regime de juros compostos considera que os juros formados em cada período são acrescidos ao
capital formando um montante, capital mais juros, do período.

Este montante, por sua vez, passará a render juros no período seguinte formando um novo montante
e assim sucessivamente. Pode-se dizer então, que cada montante formado é constituído do capital
inicial, juros acumulados e dos juros sobre juros formados em períodos anteriores.

Este processo de formação de juros compostos é diferente daquele descrito para os juros simples,
onde somente o capital rende juros, não ocorrendo remuneração sobre os juros formados em períodos
anteriores.

Vamos ilustrar a diferença entre os crescimentos de um capital através juros simples e juros compostos,
com um exemplo:

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JUROS SIMPLES E COMPOSTO

Suponha que R$ 1.000,00 são empregados a uma taxa de 20% a.a.,por um período de 4 anos a juros
simples e compostos Teremos:

P= R$ 1.000,00 i= 20% a.a n= 4 anos

n Juros Simples Juros Compostos


Juros por periodo Montante Juros por periodo Montante
1 1.000,00 x 0,2 = 200 1.200,00 1.000,00 x 0,2 = 200 1.200,00
2 1.000,00 x 0,2 = 200 1.400,00 1.200,00 x 0,2 = 240 1.440,00
3 1.000,00 x 0,2 = 200 1.600,00 1.440,00 x 0,2 = 288 1.728,00
4 1.000,00 x 0,2 = 200 1.800,00 1.728,00 x 0,2 = 346 2.074,00

O gráfico a seguir permite uma comparação visual entre os montantes no regime de juros simples e de
juros compostos. Verificamos que a formação do montante em juros simples é linear e em juros com-
postos é exponencial:

Fonte: Elaborado pelo autor

Observe que o crescimento do principal segundo juros simples é LINEAR enquanto que o crescimento
segundo juros compostos é EXPONENCIAL, portanto tem um crescimento muito mais "rápido".

Exemplo 2:

Um empresário faz uma aplicação de R$ 1.000,00 a taxa composta de 10% ao mês por um prazo de
dois meses.

1º Mês:

O capital de R$ 1.000,00 produz um juros de R$ 100,00 (10% de R$ 1.000,00), pela fórmula dos juros
simples já estudada anteriormente, ficaria assim:

M = C x (1 + i) M = 1.000,00 x (1 + 0,10) M = 1.100,00

2º Mês:

O montante do mês anterior (R$ 1.100,00) é o capital deste 2º mês servindo de base para o cálculo
dos juros deste período. Assim:

M = 1.100,00 x (1 + 0,10) M = 1.210,00

Tomando-se como base a fórmula dos juros simples o montante do 2º mês pode ser assim decomposto:

M = C x (1 + i ) x (1 + i ) M = 1.000,00 x (1 + 0,10 ) x (1 + 0,10 )

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JUROS SIMPLES E COMPOSTO

M = 1.000,00 x (1 + 0,10)2 M = 1.210,00

Exemplo 3:

A loja São João financia a venda de uma mercadoria no valor de R$ 16.00,00, sem entrada, pelo prazo
de 8 meses a uma taxa de 1,422. Qual o valor do montante pago pelo cliente.

M = C x (1 + i) n M = 16.000,00 x (1 + 1,422)8 M = 22.753,61

Na prática, as empresas, órgãos governamentais e investidores particulares costumam reinvestir as


quantias geradas pelas aplicações financeiras, o que justifica o emprego mais comum de juros com-
postos na Economia. Na verdade, o uso de juros simples não se justifica em estudos econômicos.

Fórmula para o Cálculo de Juros Compostos

Considere o capital inicial (P) R$ 1.000,00 aplicado a uma taxa mensal de juros compostos (i) de 10%
(i = 10% a.m.). Vamos calcular os montantes (principal + juros), mês a mês:

• Após o 1º mês, teremos: M1 = 1000 x 1,1 = 1100 = 1000(1+0,1)


• Após o 2º mês, teremos: M2 = 1100 x 1,1 = 1210 = 1000(1+0,1)2
• Após o 3º mês, teremos: M3 = 1210 x 1,1 = 1331 = 1000(1 + 0,1)3
Dando continuidade ao raciocínio dos juros compostos, a evolução dos juros que incide a um capital
para cada um dos meses subseqüentes Após o nº (enésimo) mês o montante acumulado ao final do
período atingiria:

S = 1000 (1 + 0,1) n

De uma forma genérica, teremos para um principal P, aplicado a uma taxa de juros compostos i durante
o período n:

Ou

Onde:

S / M = montante;

P / C = principal ou capital inicial ; i = taxa de juros e

n = número de períodos que o principal P (capital inicial) foi aplicado.

NOTA: Na fórmula acima, as unidades de tempo referentes à taxa de juros (i) e do período (n), tem de
ser necessariamente iguais. Este é um detalhe importantíssimo, que não pode ser esquecido! Assim,
por exemplo, se a taxa for 2% ao mês e o período 3 anos, deveremos considerar 2% ao mês durante
3 x 12=36 meses.

Taxa Nominal e Taxa Real

Taxa nominal

A taxa nominal de juros relativa a uma operação financeira, pode ser calculada pela expressão:

Taxa nominal = Juros pagos / Valor nominal do empréstimo

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JUROS SIMPLES E COMPOSTO

Assim, por exemplo, se um empréstimo de $100.000,00, deve ser quitado ao final de um ano, pelo valor
monetário de $150.000,00, a taxa de juros nominal será dada por:

Juros pagos = Jp = $150.000 – $100.000 = $50.000,00 Taxa nominal = in = $50.000 / $100.000 = 0,50
= 50%

Taxa Real

A taxa real expurga o efeito da inflação.

Um aspecto interessante sobre as taxas reais de juros é que, elas podem ser inclusive, negativas!

Vamos encontrar uma relação entre as taxas de juros nominal e real. Para isto, vamos supor que um
determinado capital P é aplicado por um período de tempo unitário, a uma certa taxa nominal in.

O montante S1 ao final do período será dado por S1 = P(1 + in).Consideremos agora que durante o
mesmo período, a taxa de inflação (desvalorização da moeda) foi igual a j. O capital corrigido por esta
taxa acarretaria um montante S2 = P (1 + j).

A taxa real de juros, indicada por r, será aquela que aplicada ao montante S2, produzirá o montante
S1. Poderemos então escrever:

S1 = S2 (1 + r)

Substituindo S1 e S2 , vem: P(1 + in) = (1+r). P (1 + j)

Daí então, vem que:

(1 + in) = (1+r). (1 + j), onde:

in = taxa de juros nominal

j = taxa de inflação no período r = taxa real de juros

Observe que se a taxa de inflação for nula no período, isto é, j = 0, teremos que as taxas nominal e real
são coincidentes.

Veja o exemplo a seguir:

Numa operação financeira com taxas pré-fixadas, um banco empresta $120.000,00 para ser pago em
um ano com $150.000,00. Sendo a inflação durante o período do empréstimo igual a 10%, pede-se
calcular as taxas nominal e real deste empréstimo.

Teremos que a taxa nominal será igual a:

in = (150.000 – 120.000)/120.000 = 30.000/120.000 = 0,25 =


25%

Portanto in = 25%

Como a taxa de inflação no período é igual a j = 10% = 0,10, substituindo na fórmula anterior, vem:

(1 + in) = (1+r). (1 + j)

(1 + 0,25) = (1 + r).(1 + 0,10)

1,25 = (1 + r).1,10

1 + r = 1,25/1,10 = 1,1364

Portanto, r = 1,1364 – 1 = 0,1364 = 13,64%

Se a taxa de inflação no período fosse igual a 30%, teríamos para a taxa real de juros: (1 + 0,25) = (1
+ r).(1 + 0,30)

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JUROS SIMPLES E COMPOSTO

1,25 = (1 + r).1,30

1 + r = 1,25/1,30 = 0,9615

Portanto, r = 0,9615 – 1 = -,0385 = -3,85% e, portanto teríamos uma taxa real de juros negativa!

Valor Presente e Valor Futur

Deve ser acrescentado ao estudo dos juros compostos que o capital é também chamado de valor pre-
sente (PV) e que este não se refere necessariamente ao momento zero. Em verdade, o valor presente
pode ser apurado em qualquer data anterior ao montante também chamado de valor futuro (FV).

As fórmulas do valor presente (PV) e do valor futuro (FV) são iguais já vistas anteriormente, basta
trocarmos seus correspondentes nas referidas fórmulas, assim temos:

ou

Onde (1 + i) n é chamado de fator de capitalização do capital, FCC (i,n) a juros compostos, e 1 / (1 + i)


n é chamado de fator de atualização do capital, FAC (i,n) a juros compostos.

A movimentação de um capital ao longo de uma escala de tempo em juros compostos se processa


mediante a aplicação destes fatores, conforme pode ser visualizado na ilustração abaixo:

Observe que FV no período n é equivalente a PV no período zero, se levarmos em conta a taxa de


juros i. Esta interpretação é muito importante, como veremos no decorrer do curso. É conveniente re-
gistrar que existe a seguinte convenção: seta para cima, sinal positivo (dinheiro recebido) e seta para
baixo, sinal negativo (dinheiro pago).

Esta convenção é muito importante, inclusive quando se usa a calculadora HP 12C. Normalmente, ao
entrar com o valor presente VP numa calculadora financeira, o fazemos seguindo esta convenção,
mudando o sinal da quantia considerada como PV para negativo, usando a tecla CHS, que significa
uma abreviação de "change signal", ou seja, "mudar o sinal".

É conveniente ressaltar que se entrarmos com o PV positivo, a calculadora expressará o FV como um


valor negativo e vice versa, já que as calculadoras financeiras, e aí se inclui a HP 12C, foram projetadas,

considerando esta convenção de sinais. Usaremos sempre a convenção de sinal negativo para VP e
em conseqüência, sinal positivo para FV. Veremos com detalhes este aspecto, no desenvolvimento do
curso.

WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 8
JUROS SIMPLES E COMPOSTO

Exemplos Práticos:

Qual o valor de resgate de uma aplicação de R$ 12.000,00 em um título pelo prazo de 8 meses à taxa
de juros composta de 3,5% a.m.?

Solução:

PV = R$ 12.000,00

n = 8 meses

i = 3,5 % a. m. FV = ?

FV= PV (1 + i) n FV= 12.000,00 (1+0,035)8

FV= 12.000,00 X 1,316 FV= R$ 15.801,71

Se uma pessoa deseja obter R$ 27.500,00 dentro de um ano, quanto deverá ela depositar hoje numa
poupança que rende 1.7% de juros compostos ao mês?

Solução:

FV = R$ 27.500,00

n = 1 ano (12 meses) i = 1.7% a. m.

PV = ?

PV = FV.

PV = 27.500,00.

PV = 27.500,00 (1 + i) n(1 + 0,017) 12 1,224

PV = 22.463,70

Exercícios Propostos 03:

Aplicando-se R$ 1.000,00 por um prazo de dois anos a uma taxa de 5% ao semestre, qual será o
montante no fim do período?

Resposta: R$ (?)

Exercícios Propostos 04:

Um capital de R$ 2.000.000,00 é aplicado durante um ano e três meses à taxa de 2% a.m. Quais os
juros gerados no período?

Resposta: R$ (?)

Exercícios Propostos 05:

Determinado capital aplicado a juros compostos durante 12 meses, rende uma quantia de juros igual
ao valor aplicado. Qual a taxa mensal dessa aplicação?

Resposta: R$ (?)

Exercícios Propostos 06:

Calcule o montante de R$1.000,00 aplicados a 10% a.a. durante 50 dias.

Resposta: R$ (?)

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Equivalência Financeira

Diz-se que dois capitais são equivalentes a uma determinada taxa de juros, se os seus valores em um
determinado período n, calculados com essa mesma taxa, forem iguais.

Exemplo 01:

1º Conjunto 2º Conjunto
Capital (R$) Vencimento Capital (R$) Vencimento
1.100,00 1 º a.a 2.200,00 1 º a.a
2.420,00 2 º a.a 1.210,00 2 º a.a
1.996,50 3 º a.a 665,5 3 º a.a
732,05 4 º a.a 2.196,15 4 º a.a

Verificar se os conjuntos de valores nominais, referidos à data zero, são equivalentes à taxa de juros
de 10% a.a.

Para o 1.º conjunto:

P0 = 1.100 x FAC (10%; 1) + 2.420 x FAC (10%; 2) +

+ 1.996,50 x FAC (10%; 3) + 732,05 x FAC (10%; 4)

P0 = 1.000 + 2.000 + 1.500 + 500

P0 = 5.000,00

Para o 2.º conjunto:

P0 = 2.200 x FAC (10%; 1) + 1.210 x FAC (10%; 2) +

+ 665,50 x FAC (10%; 3) + 2.196,15 x FAC (10%; 4)

P0 = 2.000 + 1.000 + 500 + 1.500

P0 = 5.000,00

Logo os dois conjuntos de capitais são equivalentes, pois P0 de um é igual ao P0 de

outro.

Exemplo 02:

Seja um capital de R$ 10.000,00, que pode ser aplicado alternativamente à taxa de 2%

a.m ou de 24% a.a. Supondo um prazo de aplicação de 2 anos, verificar se as taxas são equivalentes:

Solução:

Aplicando o principal à taxa de 2% a.m. e pelo prazo de 2 anos teremos:

J1 = R$ 10.000,00 x 0,02 x 24 = R$ 4.800,00

Agora se aplicarmos o principal à taxa de 24% a.a. e pelo prazo de 2 anos teremos:

J2 = R$ 10.000,00 x 24 x 2 = R$ 4.800,00

OBS: Na utilização das fórmulas o prazo de aplicação (n) e a taxa (i) devem estar expressos na mesma
unidade de tempo. Caso não estejam, é necessário ajustar o prazo ou a taxa.

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Descontos Simples

Existem dois tipos básicos de descontos simples nas operações financeiras: o desconto comercial e o
desconto racional. Considerando-se que no regime de capitalização simples, na prática, usa-se sempre
o desconto comercial, este será o tipo de desconto a ser abordado a seguir.

• Desconto Racional: Nesta modalidade de desconto a “recompensa pela liquidação do título antes de
seu vencimento é calculada sobre o valor a ser liberado (Valor Atual).Incorpora os conceitos e relações
básicas de juros simples. Veja”:

J = P. i. n => D = VD. d. n

• Desconto Comercial: Nesta modalidade de desconto a “recompensa pela liquidação do título antes
de seu vencimento é calculada sobre o Valor Nominal do título. Incorpora os conceitos de juros bancá-
rios que veremos detalhadamente a seguir”:

J = P. i. n => D = VN. d. n

Vamos considerar a seguinte simbologia:

N = valor nominal de um título. V = valor líquido, após o desconto.

Dc = desconto comercial. d = taxa de descontos simples. n = número de períodos.

Teremos:

V = N - Dc

No desconto comercial, a taxa de desconto incide sobre o valor nominal N do título.

Logo:

Dc = Ndn Substituindo, vem: V = N(1 - dn)

Exemplo:

Considere um título cujo valor nominal seja R$10.000,00. Calcule o desconto comercial a ser concedido
para um resgate do título 3 meses antes da data de vencimento, a uma taxa de desconto de 5% a.m.

Solução:

V = 10000. (1 - 0,05. 3) = 8500

Dc = 10000 - 8500 = 1500

Resp: valor descontado = R$ 8.500,00; desconto = R$1.500,00

Desconto Bancário

Nos bancos, as operações de desconto comercial são realizadas de forma a contemplar as despesas
administrativas (um percentual cobrado sobre o valor nominal do título) e o IOF - imposto sobre opera-
ções financeiras. É óbvio que o desconto concedido pelo banco, para o resgate de um título antes do
vencimento, através desta técnica, faz com que o valor descontado seja maior, resultando num resgate
de menor valor para o proprietário do título.

Exemplo:

Um título de R$ 100.000,00 é descontado em um banco, seis meses antes do vencimento, à taxa de


desconto comercial de 5% a.m. O banco cobra uma taxa de 2% sobre o valor nominal do título como
despesas administrativas e 1,5% a.a. de IOF. Calcule o valor líquido a ser recebido pelo proprietário do
título e a taxa de juros efetiva da operação

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Solução:

Desconto comercial: Dc = 100000. 0,05. 6 = 30000

Despesas administrativas: da = 100000. 0,02 = 2000

IOF = 100000. (0,015/360). 180 = 750

Desconto total = 30000 + 2000 + 750 = 32750

Daí, o valor líquido do título será: 100000 - 32750 = 67250 Logo, V = R$ 67.250,00

A taxa efetiva de juros da operação será: i = [(100000/67250) - 1].100 = 8,12% a. m.

Observe que a taxa de juros efetiva da operação, é muito superior à taxa de desconto, o que é ampla-
mente favorável ao banco.

Duplicatas

Recorrendo a um dicionário encontramos a seguinte definição de duplicata: Título de crédito formal,


nominativo, emitido por negociante com a mesma data, valor global e vencimento da fatura, e repre-
sentativo e comprobatório de crédito preexistente (venda de mercadoria a prazo), destinado a aceite e
pagamento por parte do comprador, circulável por meio de endosso, e sujeito à disciplina do direito
cambiário.

Observação:

a) A duplicata deve ser emitida em impressos padronizados aprovados por Resolução do Banco Cen-
tral.

b) Uma só duplicata não pode corresponder a mais de uma fatura.


Considere que uma empresa disponha de faturas a receber e que, para gerar capital de giro, ela dirija-
se a um banco para trocá-las por dinheiro vivo, antecipando as receitas. Entende-se como duplicatas,
essas faturas a receber negociadas a uma determinada taxa de descontos com as instituições bancá-
rias.

Exemplo:

Uma empresa oferece uma duplicata de R$ 50000,00 com vencimento para 90 dias, a um determinado
banco. Supondo que a taxa de desconto acertada seja de 4% a. m. e que o banco, além do IOF de
1,5% a.a. , cobra 2% relativo às despesas administrativas, determine o valor líquido a ser resgatado
pela empresa e o valor da taxa efetiva da operação.

Solução:

Desconto comercial = Dc = 50000. 0,04. 3 = 6000

Despesas administrativas = Da = 0,02. 50000 = 1000 IOF = 50000(0,015/360).[90] = 187,50

Teremos então:

Valor líquido = V = 50000 - (6000 + 1000 + 187,50) = 42812,50

Taxa efetiva de juros = i = [(50000/42812,50) - 1].100 = 16,79 % a.t. = 5,60% a.m. Resp: V = R$
42812,50 e i = 5,60 % a.m.

Exercícios Propostos 07:

Um título de R$ 5.000,00 vai ser descontado 60 dias antes do vencimento. Sabendo-se que a taxa de
juros é de 3% a.m., pede-se calcular o desconto comercial e o valor descontado.

Resposta: R$ (?)

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Exercícios Propostos 08:

Um banco realiza operações de desconto de duplicatas a uma taxa de desconto comercial de 12% a.
a., mais IOF de 1,5% a. a. e 2% de taxa relativa a despesas administrativas. Além disto, a título de
reciprocidade, o banco exige um saldo médio de 10% do valor da operação. Nestas condições, para
uma duplicata de valor nominal R$ 50000,00 que vai ser descontada 3 meses antes do vencimento,
pede-se calcular a taxa efetiva de juros da operação. Resposta: R$ (?)

Fluxo de Caixa

Conjunto de entradas e saídas de dinheiro (caixa) ao longo do tempo. Um diagrama de fluxo de caixa,
é simplesmente a representação gráfica numa reta, dos períodos e dos valores monetários envolvidos
em cada período, considerando-se uma certa taxa de juros i.

Traça-se uma reta horizontal que é denominada eixo dos tempos, na qual são representados os valores
monetários, considerando-se a seguinte convenção:

• dinheiro recebido seta para cima


• dinheiro pago seta para baixo.
Exemplo:

Veja o diagrama de fluxo de caixa a seguir:

O diagrama da figura acima, por exemplo, representa um projeto que envolve investimento inicial de
800, pagamento de 200 no terceiro ano, e que produz receitas de 500 no primeiro ano, 200 no segundo,
700 no quarto e 200 no quinto ano.

Convenção: dinheiro recebido flecha para cima valor positivo

dinheiro pago flecha para baixo valor negativo

Vamos agora considerar o seguinte fluxo de caixa, onde C0, C1, C2, C3,..., Cn são capitais referidos
às datas, 0, 1, 2, 3,..., n para o qual desejamos determinar o valor presente (PV).

O problema consiste em trazer todos os capitais futuros para uma mesma data de referencia. Neste
caso, vamos trazer todos os capitais para a data zero. Pela fórmula de Valor Presente vista acima,
concluímos que o valor presente resultante - NPV - do fluxo de caixa, também conhecido como Valor
Presente Líquido (VPL), dado será:

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Esta fórmula pode ser utilizada como critério de escolha de alternativas, como veremos nos exercícios
a seguir.

Exercícios:

1 - Numa loja de veículos usados são apresentados ao cliente dois planos para pagamento de um carro:
Plano A: dois pagamentos, um de $ 1.500,00 no final do sexto mês e outro de $ 2.000,00 no final do
décimo segundo mês.

Plano B: três pagamentos iguais de $ 1.106,00 de dois em dois meses, com início no final do segundo
mês.

Sabendo-se que a taxa de juros do mercado é de 4% a.m., qual o melhor plano de pagamento?

Solução:

Inicialmente, devemos desenhar os fluxos de caixa correspondentes:

Plano A:

Plano B:

Teremos para o plano A:

Para o plano B, teremos:

Como o plano A nos levou a um menor valor atual (ou valor presente), concluímos que este plano A é
mais atraente do ponto de vista do consumidor.

Exercício:

1 - Um certo equipamento é vendido à vista por $ 50.000,00 ou a prazo, com entrada de $ 17.000,00
mais três prestações mensais iguais a $ 12.000,00 cada uma, vencendo a primeira

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um mês após a entrada. Qual a melhor alternativa para o comprador, se a taxa mínima de atratividade
é de 5% a.m.?

Solução:

Vamos desenhar os fluxos de caixa:

À vista:

A prazo:

Vamos calcular o valor atual para esta alternativa:

Como o valor atual da alternativa a prazo é menor, a compra a prazo neste caso é a melhor alternativa,
do ponto de vista do consumidor.

Exercício:

1 - Um equipamento pode ser adquirido pelo preço de $ 50.000,00 à vista ou, a prazo conforme o
seguinte plano:

Entrada de 30% do valor à vista, mais duas parcelas, sendo a segunda 50% superior à primeira, ven-
cíveis em quatro e oito meses, respectivamente. Sendo 3% a.m. a taxa de juros do mercado, calcule o
valor da última parcela.

Solução

Teremos:

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Resolvendo a equação acima, obtemos x = 19013,00

Portanto, o valor da prestação é $19013,00.

Exercício Proposto 09:

Uma loja vende determinado tipo de televisor nas seguintes condições: R$ 400,00 de entrada, mais
duas parcelas mensais de R$ 400,00, no final de 30 e 60 dias respectivamente. Qual o valor à vista do
televisor se a taxa de juros mensal é de 3% ?

Resposta: R$ (?)

Noção Elementar de Inflação e Saldo Médio Bancário

Outro conceito importante no estudo da Matemática Financeira é o de inflação.

Entenderemos como INFLAÇÃO num determinado período de tempo, como sendo o aumento médio
de preços, ocorrido no período considerado, usualmente medido por um índice expresso como uma
taxa percentual relativa a este mesmo período.

Para ilustrar uma forma simples o conceito elementar de inflação apresentamos acima, vamos consi-
derar a tabela abaixo, onde está indicado o consumo médio mensal de uma determinada família em
dois meses distintos e os custos decorrentes associados:

Indicadores Mês 01 Mês 02


Produto Quantidade Preço ($) Subtotal Preço ($) Subtotal
Arroz 5 kg 1,20 6,00 1,30 6,50
Carne 15 kg 4,50 67,50 4,80 72,00
Feijão 4 kg 1,69 6,76 1,80 7,20
Óleo 2 latas 2,40 4,80 2,45 4,90
Leite 20 litros 1,00 20,00 1,10 22,00
Café 1 kg 7,60 7,60 8,00 8,00
Açúcar 10 kg 0,50 5,00 0,65 6,50
Passagens 120 0,65 78,00 0,75 90,00
TOTAL ********** 195,66 ********** 217,10

A variação percentual do preço total desta cesta de produtos, no período considerado é igual a:

V = [(217,10 / 195,66) - 1] x 100 = 0,1096 = 10,96 %

Diremos então que a inflação no período foi igual a 10,96 %.

Notas:

a) Para o cálculo de índices reais de inflação, o número de itens considerado é bastante superior e são
obtidos através de levantamento de dados em determinadas amostras da população, para se determi-
nar através de métodos estatísticos, a "cesta de mercado", que subsidiará os cálculos;

b) A metodologia sugerida no exemplo acima é conhecida como método de Laspeyres ;


c) Podemos entender agora os motivos que determinam as diferenças entre os índices de inflação
calculados entre instituições distintas tais como FIPE, FGV, DIEESE, entre outras.

Juros e Saldo Médio em Contas Correntes

Vamos considerar o caso de uma conta corrente, da qual o cliente saca e deposita recursos ao longo
do tempo. Vamos ver nesta seção, a metodologia de cálculo do saldo médio e dos juros mensais de-
correntes da movimentação dessa conta.

As contas correntes associadas aos "cheques especiais" são exemplos corriqueiros da aplicação

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prática da metodologia a ser apresentada.

Juros em contas correntes (cheques especiais)

Considere os capitais C1, C2, C3,... , Ck aplicados pelos prazos n1, n2, n3,... , nk, à taxa de juros
simples i. A fórmula abaixo, permite o cálculo dos juros totais J produzidos no período considerado:

J = i.(C1.n1 + C2.n2 + C3.n3 +... + Ck.nk)

O cálculo dos juros pelo método acima (conhecido como "Método Hamburguês") é utilizado para a
determinação dos juros sobre os saldos devedores dos "cheques especiais".

Serie de Pagamentos

Série de pagamentos - é um conjunto de pagamentos de valores R1, R2, R3,... Rn, distribuídos ao
longo do tempo correspondente a n períodos, podendo esses pagamentos

serem de valores constantes ou de valores distintos. O conjunto de pagamentos (ou recebimentos) ao


longo dos n períodos, constitui - se num fluxo de caixa. Vamos resolver a seguir, os problemas nos
quais R1 = R2 = R3 =... Rn = R, ou seja: pagamentos (ou recebimentos) iguais.

Quando a série de pagamentos (ou recebimentos) se inicia um período após a data

zero, o fluxo recebe o nome de POSTECIPADO. Quando o início dos pagamentos ou recebimentos
ocorre na data zero, o fluxo recebe o nome de ANTECIPADO.

Exemplos:

1 - Pagamentos no início dos períodos: Fluxo ANTECIPADO

2 - Pagamentos no final dos períodos: Fluxo POSTECIPADO

Fator de acumulação de capital – FAC

O problema a resolver é o seguinte:

Determinar a quantia S acumulada a partir de uma série uniforme de pagamentos iguais a R, sendo i a
taxa de juros por período

Vamos considerar dois casos: fluxo postecipado e fluxo antecipado.

NOTA: na calculadora HP12C, R é expressa pela tecla PMT (pagamentos periódicos).

Portanto R e PMT possuem o mesmo sentido, ou seja, a mesma interpretação. Da mesma forma, S
corresponde a FV na calculadora HP 12C.

A) Fluxo postecipado

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Considere o fluxo de caixa postecipado a seguir, ou seja: os pagamentos são feitos nos finais dos
períodos.

Vamos transportar cada valor R para o tempo n, supondo que a taxa de juros é igual a i, lembrando
que se trata de um fluxo de caixa POSTECIPADO, ou seja, os pagamentos são realizados no final de
cada período.

Teremos:

S = R(1+i)n-1 + R(1+i)n-2 + R(1+i)n-3 +... + R(1+i) + R

Colocando R em evidencia, teremos:

S = R[(1+i)n-1 + (1+i)n-2 + (1+i)n-3 +... + (1+i) + 1]

Observe que a expressão entre colchetes é a soma dos n primeiros termos de uma progressão geo-
métrica de primeiro termo (1+i)n-1, último termo 1 e razão 1/(1+i).

Aplicando a fórmula da soma dos n primeiros termos de uma progressão geométrica, teremos:

Nota: em caso de dúvida, consulte sobre Progressão Geométrica (1+i)n-1 + (1+i)n-2 + (1+i)n-3 +... +
(1+i) + 1 =

Substituindo o valor encontrado acima, vem finalmente que:

• o fator entre colchetes é denominado Fator de acumulação de capital – FAC(i,n).


• assim, teremos: S = R. FAC(i,n). Os valores de FAC(i,n) são tabelados. Na prática, utilizam-se as
calculadoras científicas ou financeiras, ao invés das tabelas.

Usando-se a simbologia adotada na calculadora HP 12C, onde R = PMT e S = FV, teremos a fórmula
a seguir:

Fator de valor atual – FVA

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JUROS SIMPLES E COMPOSTO

Considere o seguinte problema:

Determinar o principal P que deve ser aplicado a uma taxa i para que se possa retirar o valor R em
cada um dos n períodos subseqüentes.

Este problema também poderia ser enunciado assim: qual o valor P que financiado à taxa i por período,
pode ser amortizado em n pagamentos iguais a R?

Fluxo postecipado (pagamentos ao final de cada período, conforme figura a seguir):

Trazendo os valores R para o tempo zero, vem:

O fator entre colchetes representa a soma dos n primeiros termos de uma progressão geométrica de
primeiro termo 1/(1+i), razão 1/(1+i) e último termo 1/(1+i)n.

Teremos então, usando a fórmula da soma dos n primeiros termos de uma progressão geométrica.

O fato r entre colchetes será então igual a:

Substituindo, vem finalmente:

• o fator entre colchetes é denominado Fator de valor atual – FVA(i,n);

• assim, teremos: P = R. FVA(i,n). Os valores de FVA(i,n) são tabelados;

• observe que P corresponde a PV e R corresponde a PMT na calculadora HP 12C.


Usando a simbologia da calculadora HP 12C, a fórmula acima ficaria:

Sistema De Amortização De Empréstimos

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Sistema De Amortização Constante – (SAC)

Nesse sistema as parcelas de amortização são iguais entre si. Os juros são calculados a cada período
multiplicando-se a taxa de juros contratada pelo saldo devedor existente no período.

• Amortização numa data genérica t


Os valores são sempre iguais e obtidos por A= P/n onde A1 = A2 = A3 =... An = A = cte e n = prazo
total

Isso implica que a soma das n amortizações iguais seja:

• Saldo Devedor numa data genérica t


No sistema SAC o saldo devedor decresce linearmente em um valor igual à amortização A = P/n. Assim,
o saldo devedor, logo após o pagamento da prestação (AMORTIZAÇÃO + JUROS) correspondente,
será:

Assim, o valor dos juros pagos na referida data será:

ou então:

Jt = Ai (n – t + 1)

Onde: n = prazo total

t = o momento desejado

Somatório Dos Juros

Como a variação de juros no Sistema SAC se trata de uma progressão aritmética, o somatório dos
juros de um determinado período se faz utilizando a fórmula do somatório dos n termos de uma P.A.

Com isso:

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JUROS SIMPLES E COMPOSTO

Prestação Numa Data Genérica T

Soma-se a amortização do momento desejado (que é constante em todos os momentos) como os juros
referentes a este momento.

R1 A + J1

R2 A + J2

R3 A + J3

Rt A + Jt

Assim , o pagamento de um financiamento pelo sistema SAC, num prazo de n períodos e à uma taxa i
por período seria como o diagrama e a tabela abaixo:

DATA S aldo Devedor Juros Amortização P res tação

T P t = P t- 1 - A Jt = P t- 1. i At = A = P / n Rt = A + Jt

0 P0=P - - -

1 P1=P–A J1 = P. i A1 = A R1 = A + J1

2 P2=P1–A J2 = P 1. i A2 = A R2 = A + J2

3 P3=P2–A J3 = P 2. i A3 = A R3 = A + J3

4 P t = P t- 1 – A Jt = P t- 1. i At = A R4 = A + J4

n P n = P n- 1 – A Jn = P n- 1. i An = A Rn = A + Jn

Orde m de
Obte nção
2.º 3.º 1.º 4.º
das Parc e las

Vejamos agora um exemplo numérico:

P = $ 1.000,00

n = 4 prestações i = 2% a.p.

t Saldo Devedor Amortização Juros P res tação

0 1.000,00 - - -

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JUROS SIMPLES E COMPOSTO

1 750,00 250,00 20,00 270,00

2 500,00 250,00 15,00 265,00

3 250,00 250,00 10.00 260,00

4 0,00 250,00 5,00 255,00

Sistema De Prestações Constantes - (PRICE) Prestação Numa Data Genérica T

No sistema PRICE a prestação é constante e em qualquer data t o seu valor é dado por:

Rt = R1 = R2 =... = Rn = cte.

Rt = R = P x FPR(i,n) = constante

Juros Numa Data Genérica T

Os juros de um determinado período são calculados sobre o saldo devedor do período anterior.

Ou Jt = Rt - At Rt = R = cte.

Jt = R - At

Ou Jt = R - At = R - A1(1 + i)t-1 A1 = R – J1 = R – P.i

Assim: Jt = R – ( R – P.i ) ( 1 + i )t-1

Amortização numa data genérica t

No sistema PRICE o crescimento das amortizações é exponencial ao longo do tempo.

Dado que At=R – Jt e J= P.i, então:

DATA 1 – final do 1.º período

Juros = J1 = P.i

Amortização = A1 = R – J1 = ( R - P.i)

DATA 2 – final do 2.º período

Juros = J2 = P1.i = [ P (1 + i) – R ].i = [ P (1 + i).i – R.i ]

Amortização = A2 = R – J2 = R - P.( 1 + i).i + R = R.(1 + i ) – P.(1 + i).i

= (R – P.i). (1 + i) = A2 = A1 (1 + i)

DATA 3 – final do 3.º período

Juros = J3 = P2.i = P.i – A1.i – A1 (1 + i).i

Amortização = A3 = R – J3 = R - [P.i – A1.i - A1 (1 + i).i] A3 = (R - P.i) + A1.i + A1 (1 + i).i

= A1 + A1.i + A1 (1 + i).i

= A1 (1 + i) + A1 (1 + i).i

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JUROS SIMPLES E COMPOSTO

= A1 (1 + i).(1 + i)

A3 = A1 (1 + i)2

Então teríamos:

A2 = A1 ( 1 + i ) A3 = A1 ( 1 + i )2 A4 = A1 ( 1 + i )3

... ..... ... An = A1 ( 1 + i )n-1

O que comprovaria a expressão:

At = A1.(1 + i)t-1 ; para uma data genérica t ou At = A1. FPS(i%, ( t - 1))

Para testar a consistência da fórmula acima:

A1 = 22.192 t=3

i = 8% a.a. A3 = ?

At = A1.(1 + i)t-1 A3 = 22.192.(1 + 0,08)2 A3 = 22.192 x 1,1664 = 25.884,75

Ou

At = A1 x FPS [ i , (t-1) ] pois (1 + i)t-1 = FPS [ i , (t-1) ] desse modo, no exemplo

anterior teríamos:

A3 = 22.192 x FPS( 8%,2) = 22.192 x 1,1664 = 25.884,75

Saldo Devedor numa data genérica t

O Saldo devedor de um determinado período é dado pela diferença entre o saldo devedor do período
anterior e a amortização do período.

Assim para um empréstimo P ;a taxa de juros i por período com um prazo de N períodos ; poderíamos
elaborar seguinte

Saldo Devedor Juros P res taçõ es Cons Amortização


tantes
Datas

(t ) P t = P t- 1 - At Jt = P t- 1. i Rt = R At = R – Jt

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JUROS SIMPLES E COMPOSTO

0 Po=P - - -

1 P 1 = P – A1 J1 = P.i R A1 = R – J1

2 P 2 = P 1 – A2 J2 = P 1.i R A2 = R – J2

3 P 3 = P 2 – A3 J3 = P 2.i R A3 = R – J3

T P t = P t- 1 – At Jt = P t- 1.i R At = R – Jt

. .... .... .... ....

N P n = P n- 1 – An Jn = P n- 1.i R An = R – Jn

n R n.R t n

TOTAIS Jt n.R P At P

1 t 1

Ordem de
obtenção
4.º 2.º 1.º 3.º
de parcelas

Vejamos agora um exemplo numérico:

P = 1.000,00

i = 2% a.p.

n = 4 prestações

t Saldo Devedor Amortização Juros P res tação

0 1.000,00 - - -

1 757,38 242,62 20,00 262,62

2 509,91 247,47 15,15 262,62

3 257,49 252,42 10,20 262,62

4 - 257,49 5,15 262,62

Um financiamento pelo Sistema Price pode ser calculado utilizando-se máquinas financeiras, pois suas
prestações são constantes.

Sistema De Amortização Mista – (SAM)

Aqui o valor da prestação é obtido através da média aritmética das prestações obtido através do sis-
tema PRICE e SAC.

Ex.:

P = 1.000,00 i = 8 % a.a. n = 4 anos

S IS T. P RICE

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JUROS SIMPLES E COMPOSTO

ANO Juros P res tação Amotização S aldo Final

S A LDO DEVE-
DOR

1.000,00

1 1.000,00 80,00 301,92 221,92 778,08

2 778.08 62,25 301,92 239,67 538,41

3 538,41 43,07 301,92 258,85 279,56

4 270,56 22,36 301,92 279,56

S IS T. SAC

ANO Juro s P res tação Amotização S aldo Final

S A LDO DEVE-
DOR

1.000,00

1 100,00 80,00 330,00 250,00 750,00

2 750,00 60,00 310,00 250,00 500,00

3 500,00 40,00 290,00 250,00 250,00

4 250,00 20,00 270,00 250,00

SIST. SAM

Ano P res t. P RICE P REST. SAC S OMA P REST. S AM

1 301,92 330,00 631,92 315,96

2 301,92 310,00 611,92 305,96

3 301,92 290,00 591,92 295,96

4 301,92 270,00 571,92 285,96

Essa modalidade de pagamento é conhecida como Sistema de Amortização Mista

(SAM) e vem sendo utilizada na liquidação de financiamento imobiliário.

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RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS

Resolução de Problemas

Os professores de matemática deparam constantemente em sala de aula com alunos que não conse-
guem retirar do enunciado dos problemas matemáticos dados para a sua resolução ou identificar o que
o problema está questionando. Uma das causas dessa dificuldade, que pode ser chamada de dificul-
dade de interpretação, é a falsa idéia de que para estudar matemática não é preciso ler.

A facilidade de interpretação está diretamente ligada à leitura. O aluno que possui um hábito regular de
leitura terá uma facilidade maior em compreender um problema matemático. Não é fácil falar da impor-
tância da leitura no estudo da matemática para uma juventude que encontra tudo o que quer sentado
no sofá diante da televisão.

A resolução de um problema matemático segue alguns passos aplicados antes mesmo de efetuar os
cálculos e são nesses passos que se encontram a dificuldade dos nossos alunos. Pois interpretar e
entender um problema matemático faz parte da sua resolução.

Para facilitar a compreensão e interpretação de um problema matemático, o professor pode estar


atento aos seguintes passos:

• Leitura geral
No primeiro contato com o problema matemático o aluno deve voltar a atenção somente para a lei-
tura.

• 2º leitura: identificando os dados.


A segunda leitura é mais detalhada, pois agora o aluno deverá identificar os dados mais importantes
e a pergunta que o problema propõe. É nesse momento que é colocada em prática a interpretação,
pois o aluno deverá entender o problema pra conseguir retirar dele os dados mais importantes.

• Identificar as operações
Depois de separar os dados e saber o que o problema está perguntando (saber o que deve calcular),
será preciso que o aluno identifique como achar essa resposta, ou melhor, que operação utilizar na
resolução desse problema matemático. Podendo ser uma ou mais operações.
Quando for mais de uma operação pode-se apresentá-las em forma de expressão numérica.

• Efetuar as operações
Agora é preciso colocar em prática as operações matemáticas encontradas. Ao resolver todas as
operações necessárias o aluno chegará a uma resolução final.

• Prova real.
Depois do resultado encontrado, é preciso verificar se ele está correto. O aluno deverá voltar ao pro-
blema matemático proposto e verificar se a solução encontrada satisfaz a situação problema.

Ao propor uma situação problema para os alunos é preciso estar atento à interdisciplinaridade, con-
textualização, ligação do conteúdo matemático com a realidade do aluno, essas são formas de tornar
não só a interpretação de problemas matemáticos mais agradáveis, mas também colaborar com a
educação matemática.

A Resolução De Problemas Como Método De Ensino

Diariamente, o ser humano mantém contato com a resolução de problemas, dos mais simples aos mais
complexos. É errôneo pensar que resolução de problemas é uma questão exclusiva da Matemática.

A resolução de problemas matemáticos é de preponderante importância para a educação, pois oferece


suporte à curiosidade dos estudantes, ao mesmo tempo em que traz situações reais para a sala de
aula e propicia a possibilidade da descoberta do novo.

O presente artigo busca analisar a importância da Resolução de Problemas como método de Ensino e
suas contribuições quando usado no Ensino de Matemática.

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RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS

Com isso, pretende-se ressaltar a importância da busca de novas alternativas de transmissão de co-
nhecimentos, investigando a resolução de problemas no ensino da Matemática e analisando sua cola-
boração na motivação e aprendizagem dos estudantes, afim de que se possa obter a satisfação deles
em aprender Matemática.

A necessidade de proporcionar o Ensino da Matemática através da Resolução de Problemas busca o


desenvolvimento do raciocínio interpretativo do aluno, visando o auxílio na convivência com esse
mundo de interpretações.

As dificuldades encontradas no ensino da Matemática bem como o desinteresse dos alunos em apren-
der esta ciência merecem uma atenção significativa. Questões como interpretação e desenvolvimento
do raciocínio lógico e cognitivo, nos motivaram a expor idéias sobre a Resolução de Problemas como
Método de Ensino em Matemática.

No decorrer dos anos tem-se desenvolvido várias pesquisas com a finalidade de encontrar novos mé-
todos de ensino que facilitem a aprendizagem e promova o desenvolvimento lógico e criativo dos alu-
nos. Entre esses métodos merece destaque a resolução de problemas como um método eficaz para
desenvolver o raciocínio e para motivar os alunos para o estudo da Matemática.

Na aprendizagem de Matemática a resolução de problemas como método de ensino é fundamental,


pois coloca o aluno diante de questionamentos possibilitando o exercício do raciocínio, pensar por si
próprio e não apenas reproduzir conhecimentos repassados, transformando a empatia que várias pes-
soas têm à disciplina em algo prazeroso, proveitoso e produtivo.

"Os problemas matemáticos são resolvidos utilizando inúmeros recursos matemáticos, destacando,
entre todos, os princípios algébricos, os quais são divididos de acordo com o nível de dificuldade e
abordagem dos conteúdos. Nas séries iniciais os cálculos envolvem adições e subtrações; posterior-
mente, multiplicações e divisões.

Na 2ª fase do Ensino Fundamental os problemas são resolvidos com a utilização dos fundamentos
algébricos, isto é, criamos equações matemáticas com valores desconhecidos (letras). Observe algu-
mas situações que podem ser descritas com utilização da álgebra.

"O dobro de um número adicionado com 4 → 2x + 4.

A soma de dois números consecutivos → x + (x + 1)

O quadrado de um número mais 10 → x² + 10

O triplo de um número adicionado ao dobro do número → 3x + 2x

A metade da soma de um número com 15 → (x + 15)/2

A quarta parte de um número → x/4

"Exemplo 1

A soma de três números pares consecutivos é igual a 96. Determine-os.

1º número: x

2º número: x + 2

3º número: x + 4

( x )+(x + 2) + (x + 4) = 96

Resolução

x + x + 2 + x + 4 = 96

3x = 96 – 4 – 2

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RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS

3x = 96 – 6

3x = 90

x = 90/3

x = 30

1º número: x → 30

2º número: x + 2 → 30 + 2 = 32

3º número: x + 4 → 30 + 4 = 34

Os números procurados são 30, 32 e 34."

" Exemplo 2

O triplo de um número natural somado a 4 é igual ao quadrado de 5. Calcule-o:

Resolução:

3x + 4 = 5²

3x = 25 – 4

3x = 21

x = 21/3

x=7

O número procurado é igual a 7.

Exemplo 3

A idade de um pai é o quádruplo da idade de seu filho. Daqui a cinco anos, a idade do pai será o triplo
da idade do filho. Qual é a idade atual de cada um?

Resolução:

Atualmente

Filho: x

Pai: 4x

Futuramente

Filho: x + 5

Pai: 4x + 5

4x + 5 = 3 * (x + 5)

4x + 5 = 3x + 15

4x – 3x = 15 – 5

x = 10

Pai: 4x → 4 * 10 = 40

O filho tem 10 anos e o pai tem 40.

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RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS

Exemplo 4

O dobro de um número adicionado ao seu triplo corresponde a 20. Qual é o número?

Resolução

2x + 3x = 20

5x = 20

x = 20/5

x=4

O número corresponde a 4.

Exemplo 5

Em uma chácara existem galinhas e coelhos totalizando 35 animais, os quais somam juntos 100 pés.
Determine o número de galinhas e coelhos existentes nessa chácara.

Galinhas: g

Coelhos: c

g + c = 35

Cada galinha possui 2 pés e cada coelho 4, então:

2g + 4c = 100

Sistema de equações

Isolando c na 1ª equação:

g + c = 35

c = 35 – g

Substituindo c na 2ª equação:

2g + 4c = 100

2g + 4 * (35 – g) = 100

2g + 140 – 4g = 100

2g – 4g = 100 – 140

– 2g = – 40

g = 40/2

g = 20

Calculando c

c = 35 – g

c = 35 – 20

c = 15"

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