Todo filme é uma aposta, mas na corrida das bilheterias algumas são mais
audaciosas que outras. Guardiões da Galáxia (2014) foi o primeiro grande
risco assumido pela Marvel desde Homem de Ferro, que catapultou o estúdio em 2008. A Terra de heróis consagrados dava lugar a um espaço colorido, habitado por personagens do segundo (ou terceiro) escalão da Casa das Ideias, incluindo um guaxinim altamente armado e uma pouco eloquente árvore falante. Como bom azarão, o filme terminou sua passagem pelos cinemas como a quinta maior arrecadação do Universo Cinematográfico da Marvel (atrás dos dois Vingadores, Homem de Ferro 3 e Guerra Civil). Vencida a primeira aposta, Guardiões da Galáxia Vol.2 chega despretensiosamente à fase três do MCU. A preocupação de James Gunn na sequência é apenas desenvolver seus personagens, sem conexões grandiosas com os eventos que levarão à Guerra Infinita. O objetivo é conhecer melhor a família formada no primeiro longa enquanto brinca com novas possibilidades dentro do Universo Cósmico. Tudo permeado pelo senso de humor peculiar do diretor/roteirista. Uma assinatura que mistura cor, trash, sentimentalismo e besteirol frenético.