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CAPÍTULO 9. PRECIPITAÇÃO
9.1. Introdução
grandes para serem sustentadas pelas correntes de ar, começam a caírem em forma de
gotas principalmente de chuva, com diâmetro mínimo de 0,5mm (Figura 9.1).
O diagrama acima mostra uma gotícula à medida que cresce por colisão /
coalescência e eventualmente se torna muito grande para permanecer dentro da nuvem.
As gotículas de nuvem menores são mostradas com algumas velocidades verticais para
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cima (setas vermelhas) para indicar que elas podem ser capturadas em uma corrente
ascendente dentro da nuvem.
A outra forma de precipitação líquida, garoa ou chuvisco, origina-se
similarmente à chuva, porém, se caracteriza por ter um tamanho de gota de água
pequeno (geralmente menor que 0,5 mm de diâmetro), através de nuvens relativamente
baixas e de pouco desenvolvimento vertical, como as nuvens stratus.
No caso da precipitação sólida, especificamente granizo, só se forma em nuvens
de tempestade – preferencialmente nas Cumulonimbus de grande desenvolvimento
vertical, e que haja os processos já mencionados acima. Isso porque no interior delas
existem correntes de ar ascendentes e descendentes que ficam levando o vapor d'água
condensado acima do que chamamos de linha Isotérmica, que é de 0ºC e depois o
"arrastam" abaixo desta linha (Figura 9.2).
Acima, desta linha as gotículas de água se congelam e depois "precipitam", seja
por peso ou por uma corrente descendente. Neste vai-e-vem o granizo derrete e depois
recongela num processo contínuo de aquecimento e resfriamento que absorve cada vez
mais umidade e cria camadas e mais camadas de gelo até que as pedras de granizo
alcançam um peso que impede sua sustentação, e então ele cai. Entre a parte mais baixa
das nuvens e o solo as pedras de granizo (medindo entre 5 e 200 mm de diâmetro) são
expostas à temperatura do ar e podem ser aquecidas. Esse aquecimento pode ou não
liquefazer o granizo. Quando há grande quantidade de precipitação de gelo, esse
fenômeno hidrometeorológico é denominado como “saraiva”.
Figura 9.2. Esquema mostrando processo de formação do granizo dentro de uma nuvem.
Fonte: http://meteorologia.florianopolis.ifsc.edu.br/formularioPI/arquivos_de_usuario/201613C.pdf.
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▪ Convectiva;
▪ Orográfica;
▪ Frontal.
9.3.1. Convectiva
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9.3.2. Orográfica
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i = mm / hora
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Média Aritmética: É determinada pela altura média da chuva sobre uma área,
que pode ser representada da seguinte forma:
P1 + P2 + P3 + ... + Pn
Pm = (9.1)
n
Polígono de Thiessen: Consiste em unir as estações por meio de linhas retas, e
em seguida, traçar as mediatrizes dessas retas de modo a obtermos polígono de
influência ao redor das estações.
em que,
P1, P2, P3 = precipitação em 1, 2 e 3;
A1, A2, A3 = área de influência do polígono que circunda cada estação;
At = área total.
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Metodo que permite construir um novo conjunto de dados a partir de um conjunto discreto de dados
pontuais previamente conhecidos.
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9.8.1. Medidores
➢ Pluviômetro
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• Pluviômetro de Báscula
Este pluviômetro é formado por uma base de metal, na qual está fixada a báscula.
O cone coletor de chuva, fixado no cilindro, normalmente de alumínio, direciona a água
para a báscula: uma vez que o nível pré-definido é atingido, a báscula calibrada gira sob
a ação de seu próprio peso, despejando a água.
Durante a fase de rotação, o interruptor de lingueta se abre por uma fração de
segundos, enviando um sinal ao contador. A precipitação pluvial medida é baseada na
contagem do número de baldes esvaziados: o contato magnético, normalmente fechado,
abre-se no momento da rotação da báscula entre uma seção e outra. O número de pulsos
é detectado e gravado por um sistema automático de aquisição de dados (datalogger) ou
por um contador de pulsos, conforme pode ser visto na Figura 9.10.
Em alguns modelos, um filtro removível destinado à limpeza e manutenção
periódica é inserido no cone coletor para evitar que folhas ou outros elementos
bloqueiem a sua saída.
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9.8.2. Registradores
➢ Pluviógrafo
Constituição: É constituído por uma superfície coletora padrão de 200 cm2 (funil
coletor), montado em um cilindro. Dentro do cilindro existe um conduto, um
reservatório (cilindro menor), uma boia, o mecanismo de transmissão e o mecanismo de
registro.
Funcionamento: A água captada é conduzida para um recipiente cilíndrico
dotado de um sifão. À medida que a água se acumula, a bóia vai se elevando no interior
do cilindro e esse movimento é transmitido a uma pena que registra no diagrama
(pluviograma); quando a água do recipiente atinge seu ponto máximo, o sifão em
funcionamento esvazia o recipiente e provoca o retorno da pena ao ponto zero da escala
do pluviograma. O sifão entra em funcionamento a cada 10 mm de chuva, e é chamado
de sifonada. A unidade de medida é milímetro (mm) de chuva e/ou milímetro de chuva
por tempo (hora ou dia) (mm/hora ou mm/dia).
Leitura: Os dados de precipitação são obtidos no diagrama denominado de
pluviograma que normalmente é diário e é trocado antes da primeira observação (12h
GMT).
Tipos de linhas representadas no pluviograma:
▪ Linha reta horizontal: representa ausência de chuva;
▪ Linha reta vertical: representa uma sifonada;
▪ Linha inclinada: representa ocorrência de chuva.
Graus de intensidade da chuva:
▪ Nulo: 0,0 mm/h;
▪ Muito leve: 0,1 a 1,0 mm/h;
▪ Leve: 1,1 a 5,0 mm/h;
▪ Moderada: 5,1 a 25,0 mm/h;
▪ Forte: 25,1 a 50 mm/h;
▪ Muito Forte: mais de 50,1 mm/h.
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• Pluviógrafo de Peso
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Referências do Capítulo
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Exercícios Resolvidos
Teóricos
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Práticos
V = 675 cm3
S = 225 cm2
V 675cm 3
h= → h= → h = 3cm → h = 30mm
S 225cm 2
X = 15 mm – 12 mm = 3 mm = 3 L/m2
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Exercícios Propostos
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