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Ana Beatriz Nº3

Camila Correia Nº7

Carolina Fonseca Nº9

Um dia na corte

Naquele Domingo de Páscoa, dia da ressurreição do


senhor, o reino encontrava-se num período de paz, atendendo
ao pedido do rei, reunimo-nos no bosque logo pelo nascer do
sol para caçar a carne para as refeições do dia. Depois de
estarmos satisfeitos com os javalis que tínhamos caçado
dirigimo-nos para o castelo para nos arranjarmos para a missa.
Eu sendo conselheiro do rei fui chamado a atendê-lo,
aconselhando-o se deveria colocar em vigor uma lei de
impostos sobre as bancas da feira que iam tomando forma no
largo da catedral, apesar da nossa opinião, acabou por tomar a
decisão sozinho.

De seguida vesti as melhores roupas e sapatos que tinha,


para fazer boa figura naquela que é a missa mais importante
do ano, e juntamente com o rei e os seus acompanhantes parti
para a catedral. Esta era facilmente avistada devido à sua
altura e imponência, que era reforçada por elementos
arquitetónicos como as colunas reforçadas com pináculos, as
rosáceas com vitrais e todo o trabalho de estatuária e
decorativo.

Depois de prestar homenagem a nosso senhor Jesus


Cristo voltamos para o castelo onde já se encontrava um
banquete à nossa espera, estendido por uma grande mesa,
num salão ainda maior. Numa mesa comprida havia um manjar
sem fim que incluía não só o javali que caçámos de manhã,
mas também peixe fresco, marisco empilhado em torres
rodeados de fruta e legumes frescos, havia ainda bolos
adoçados com mel e muito vinho e cerveja para empurrar toda
a comida, mas a estrela do banquete com um lugar especial no
centro da mesa era um majestoso pavão.

Após o banquete ainda estava à nossa frente uma tarde


de entretenimentos.

Para celebrar esta data tão especial, assistimos a um


teatro sobre a vida, morte e ressurreição de Cristo.

Após um momento de reflexão entraram no salão os


trovadores e jograis prontos para entreter a corte com as suas
cantigas de tom jocoso uma delas foi “Roi Queimado morreu
com amor” e “O Romance da Rosa”. Além disso, ainda
assistimos a um “espetáculo” feito por bobos e momos que nos
fez rir até cair da cadeira.

Foram ainda contadas as Novelas arturianas apreciadas


por todos, que ajudavam a ensinar aos mais novos o ideal de
cavalaria e os grandes feitos realizados pelo cavaleiro perfeito
incentivando-os a seguir o mesmo caminho.

Com esta animação toda, juntamente com muito vinho


acabou por haver um desentendimento entre dois fidalgos por
causa de uma mulher. Foi com grande infortúnio, quando ela
foi apanhada pelo marido enquanto estava com o amante e
quando demos por nós, já estávamos nos jardins do castelo a
assistir a um duelo, acabaram por ficar só ligeiramente feridos,
mas rapidamente voltámos.

Já caia a noite e ao serão os ânimos continuavam


animados seguindo-se o momento preferido de toda a corte
que permite até a quem não está de bom humor se levantar da
cadeira e se divertir ao som da música, dando oportunidade
aos mais talentosos de mostrar os seus dotes no que consta à
dança. Já eu, que não sou uma pessoa dotada com esse
talento, limitei-me a juntar-me àqueles que aproveitavam esse
tempo para jogar às cartas e também xadrez mostrando assim
a nossa inteligência. As mulheres dançavam
impressionando-nos com a sua beleza e graciosidade.

Para acabar a noite reunimos os mais novos em volta do


fogo para recordar a vida e os grandes feitos dos seus
antepassados e manter a sua imagem presente nas suas
mentes, para que se mentalizassem do legado que tinham de
continuar.

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