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Ebook04 Rosa
Ebook04 Rosa
A Rosa
e o Anel
TRAD U ÇÃO DE
K ARIN E R IB E IRO 1
DAS
BY E D ITO R A WIS H
Tradução:
Karine Ribeiro
Preparação:
Karen Alvares e João Rodrigues
Revisão:
Karoline Melo
Capa e projeto gráfico:
Marina Avila
Ilustração de capa:
Jane Herkenhoff
2
3
85
UMA RELÍQUIA DE
4
Cupom
Assinantes da Sociedade das Relí-
quias Literárias sempre tem des-
conto para adquirir a versão física
dos livros lançados.
CUPOM: ROSA1854
www.editorawish.com.br
5
Sinopse
Entre os reinos da Paflagônia e da
Crimeia, dois amuletos mágicos são
capazes de distorcer a percepção de
todos ao redor.
6
Escrito em 1854, A Rosa e o Anel
é um retrato satírico e crítico
da monarquia pelos olhos de
William Makepeace Thackeray.
Com ilustrações caricatas feitas
pelo próprio autor, A Rosa e o Anel
apresenta um conto de fadas com
fortes críticas sociais.
7
Sumário
15 Prelúdio
William Makepeace
Thackeray, 1854
13
14
Prelúdio
O
signatário passou a última
temporada de Natal em uma
cidade estrangeira, onde ha-
via muitas crianças inglesas.
Naquela cidade, se você quisesse
dar uma festa infantil, não ia conse-
guir comprar nem um projetor, nem os
personagens do Dia de Reis ― aquelas
imagens engraçadas pintadas do Rei,
da Rainha, do Amante, da Senhora, do
Dândi, do Capitão e dos demais ―, que
nossas crianças costumam interpre-
tar nessa época festiva.
15
Minha amiga, srta. Bunch, era go-
vernanta de uma grande família que
vivia no andar principal da casa habi-
tada por mim mesmo e por meus jo-
vens filhos (era o Palazzo Poniatowsky,
em Roma, e os Spillmann, dois dos
melhores confeiteiros da cristandade,
com sua loja no andar térreo). Ela me
pediu para desenhar um conjunto
dos personagens do Dia de Reis, para
o divertimento das nossas crianças.
A srta. Bunch é uma senhora de
imaginação vasta e fértil, e, tendo
visto os personagens, nós dois com-
pusemos uma história a respeito
16
deles, a qual foi recitada aos peque-
nos à noite, servindo como nossa pan-
tomima ao pé da lareira.
Nossa jovem audiência ficou en-
cantada com as aventuras de Lírio e
Bulbo, de Rosalba e Angélica. Devo di-
zer que o destino de Hall Porter gerou
uma comoção considerável, e a fúria
da Condessa Bufanosa foi recebida
com extremo prazer.
Se as crianças se divertiram, pen-
sei, por que os outros não se diverti-
riam também? Em questão de alguns
dias, os jovens amigos do dr. Birch
devem se reunir na trilha Rodwell
17
Regis, onde vão aprender tudo o que é
útil e, sob os cuidados dos diligentes
condutores, vão continuar a tomar
conta de suas vidinhas.
Mas, enquanto isso, e por um
breve período, vamos sorrir e ser tão
gentis quanto possível. E para vocês,
pessoas mais velhas, um pouquinho
de anedotas, danças e brincadeiras
não fará nada mal. O autor lhes de-
seja um feliz Natal e dá as boas-vin-
das à pantomima ao pé da lareira.
M. A. Titmarsh. Dezembro de 1854.
18
I. Como a Família
Real se Reuniu no
Café da Manhã
31
II. Como o Rei
Valoroso Conseguiu
a Coroa e o Príncipe
Lírio Ficou Sem Ela
45
III. Quem era a Fada
Varinha-Preta, e
Quem eram os Outros
Grandes Personagens
60
IV. Como Varinha-
Preta Não Foi
Convidada para o
Batismo da Princesa
Angélica
68
V. Como a Princesa
Angélica Escolheu
uma Criadinha
82
Mas, quando acabava, o guerreiro
ficava assim:
83
(Só que ainda mais bonito, se pos-
sível), e a princesa assinava o dese-
nho. A corte, o rei e a rainha, e acima
de tudo o pobre Lírio, admiravam o
desenho e diziam:
― Já existiu um gênio como
Angélica?
Assim, lamento dizer, foi da
mesma forma com os bordados e ou-
tras realizações da princesa. Angélica
realmente acreditou que ela mesma
fazia essas coisas e recebeu toda a li-
sonja da corte como se cada palavra
fosse verdade. A princesa começou
a pensar que não havia nenhuma
84
jovem em todo o mundo igual a ela
e que nenhum jovem era bom o su-
ficiente para si. Quanto a Betsinda,
como não ouviu nenhum desses elo-
gios, não se empavonou com eles e,
sendo uma moça muito agradecida
e bem-humorada, estava ansiosa de-
mais para fazer tudo o que pudesse
dar prazer à sua senhora. Agora, você
começa a perceber que Angélica ti-
nha os próprios defeitos e não era
de modo algum uma maravilha das
maravilhas como as pessoas repre-
sentavam Sua Alteza Real.
85
VI. Como o Príncipe
Lírio se Comportava
108
VII. Como Lírio e
Angélica Brigaram
125
VIII. Como
Bufanosa pegou o
anel encantado e o
príncipe Bulbo foi à
corte
150
IX. Como Betsinda
Conseguiu
Esquentar a Cama
169
X. Como o Rei
Valoroso Estava
Terrivelmente
Apaixonado
181
XI. O que Bufanosa
fez com Lírio e
Betsinda
212
XII. Como Betsinda
Fugiu e o que
Aconteceu com Ela
228
XIII. Como a Rainha
Rosalba Chegou ao
Castelo do Ousado
Conde Porcão
242
243
XIV. O que
Aconteceu com Lírio
286
287
XV. Voltamos a
Rosalba
309
XVI. Como
Racabeças Voltou ao
Rei Lírio
324
XVII. Como uma
Tremenda Batalha
Ocorreu e Quem a
Ganhou
353
354
XVIII. Como Todos
Eles Voltaram Para
a Capital
375
XIX. E Agora Vamos
à Última Cena da
Pantomima
TH E E N D
388
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389
EXTRA: BIOGRAFIA
William Makepeace
Thackeray
William Makepeace Thackeray nas-
ceu em Calcutá, na Índia, em julho
390
de 1811. Considerado inglês por ter
nascido na colônia britânica, foi ro-
mancista, caricaturista, desenhista
ocasional e ilustrador.
Quando tinha apenas cinco anos,
Thackeray perdeu o pai e foi man-
dado para a Inglaterra para estudar.
Seu pai morreu quando ele tinha ape-
nas cinco anos, e Thackeray foi en-
viado para a Inglaterra para estudar.
Frequentou a Charterhouse School
– instituição conhecida por sua dis-
ciplina rigorosa – e os abusos sofri-
dos na instituição deixariam marcas
que respingariam em algumas de
suas futuras obras. William também
391
frequentou a Trinity College, em
Cambridge, a qual deixou depois de
dois anos, sem completar os estudos.
William Makepeace Thackeray
recebeu uma herança de seu pai
e passou os anos seguintes via-
jando pela Europa, mas perdeu sua
fortuna em jogos de azar e inves-
timentos fracassados. Casou-se
enquanto vivia em Paris até voltar
para Londres, onde investiu em sua
carreira como jornalista e escritor.
Trabalhou para periódicos como
freelancer, escrevendo críticas li-
terárias, artigos e textos ficcionais
sob diversos pseudônimos.
392
Thackeray começou sua trajetória
literária quando ainda era estudante.
Começou com textos curtos como
poemas, tendo alguns publicados na
Punch, periódico da época. Além da
escrita, Thackeray desenvolveu suas
habilidades artísticas pintando e es-
crevendo desde cedo. Em um período
em que as publicações ilustradas es-
tavam em alta com períodos literários
e revistas especializadas, Thackeray
uniu seu talento como ilustrador e
autor e foi o único grande escritor a
ilustrar suas próprias obras durante
o período vitoriano, mas levou um
393
tempo até que pudesse viver do tra-
balho como autor.
Enquanto sua carreira se conso-
lidava e Thackeray ganhava renome
por suas primeiras obras publica-
das, o autor lidou com a angústia de
sua esposa, cuja depressão crescia.
Ele viria a dedicar anos em busca de
uma cura, dividindo o tempo entre
Londres, lugar onde publicava seus
textos e recebia demandas de traba-
lho, e Paris, onde ficava sua família.
Quando conseguiu se estabelecer
como um escritor de considerável
sucesso por seus livros de viagem e
suas publicações na Punch, levou sua
394
família para morar na Inglaterra.
Por conta da condição de sua esposa,
William Makepeace Thackeray criou
suas filhas com a ajuda de sua mãe.
Seu trabalho mais notório veio
com a publicação de Vanity Fair, um
romance do período Napoleônico
na Inglaterra. A partir de então,
Thackeray chegou a ser comparado a
Charles Dickens, outro renomado au-
tor da época, por conta de obras como
Pendennis, um romance com alguns
elementos autobiográficos.
Durante o Natal de 1855, Thackeray
publicou The Rose and the Ring (A
Rosa e o Anel), um conto de fadas com
395
fortes críticas à monarquia e àqueles
no topo da hierarquia social da época.
Entretanto, embora Thackeray tenha
escrito críticas sociais como as de The
Rose and the Ring, sua vida pessoal
e mentalidade não eram exempla-
res nem naquela época, nem agora.
Thackeray, conforme alguns espe-
cialistas, recusou-se a ser simpático
à causa abolicionista, mesmo tendo
passado um tempo considerável nos
Estados Unidos, pensando mais na
economia (burguesa) do que no bem-
-estar humano. Sua visão do país
da época é representada em obras
como The Virginians. Assim como
396
Lovecraft e outros autores que hoje
em dia são criticados por suas pala-
vras, Thackeray foi admirado como
escritor, mas não como pessoa.
William Makepeace Thackeray
morreu na véspera do Natal de 1863
por conta da ruptura de um vaso
sanguíneo no cérebro. The Rose and
the Ring é um resgate literário raro,
trazido com exclusividade pela
Sociedade das Relíquias Literárias.
397
Profissionais
que trabalharam
neste livro
Karine Ribeiro
TR A DUÇÃO
398
Karen Alvares
PRE PA R AÇÃO
Karen Alvares é
escritora e trabalha com
preparação de textos e
diagramação há quase
dez anos.
Twitter: @karen_alvares
João Rodrigues
PRE PA R AÇÃO
Bacharel em Tradução
e especialista em
Produção e Revisão
Textual.
@jojsrodrigues
399
Karoline Melo
RE V ISÃO
Profissional do livro e,
às vezes, do audiovisual.
Graduanda em
Tradução pela UFMG.
@isthiskarol
Jane
Herkenhoff
ILUSTR AÇÃO
400
Valquíria Vlad
COMUNICAÇÃO E
COMUNIDA DE
Escritora, pesquisadora
e publicitária formada
pela Universidade
Federal do Ceará (UFC).
@valquiriavlad
Laura Brand
ME DIAÇÃO E
PA R ATE X TOS
Editora, coordenadora
editorial, jornalista e
criadora de conteúdo.
Formada pela PUC-MG
e Columbia Journalism
School. @nostalgiacinza
401
Muito obrigada
por apoiar este
financiamento
coletivo!
Neste mês foi possível viabilizar a cura-
doria, tradução, revisão e ilustração do
livro The Rose and the Ring! A cada mês de
assinatura, a Wish continuará resgatando
os tesouros do passado em novas edições
para os caçadores das Relíquias Literárias.
402
N O P R ÓX I M O M Ê S
Um conto de
Edith Nesbit
Uma história de fantasia de
Edith Nesbit, autora de O Livro
dos Dragões
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