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O menino que salvou o Natal

Faltava uma semana para o Natal, as noites eram curtas, porque estava tão ansioso que
acordava muito cedo. Parecia que uma semana era um ano, o tempo estava a passar muito
devagar. Às vezes parecia que acordava com o cheirinho das rabanadas e dos sonhos que a minha
mãe fazia na noite de Natal, tal era a minha vontade de os comer.
No Natal, tudo é uma delícia e mal consigo esperar pelo quentinho da lareira e sobretudo
pelo pinheiro de Natal decorado com luzes brilhantes e bolas de vários tamanhos, vermelhas e
douradas. Mas, a melhor parte é quando o meu pai pega em mim e me leva até ao cimo do pinheiro
para eu colocar a estrela mais cintilante de todas.
Tudo pronto! Finalmente é véspera de Natal! Acordei agitado, atirei os cobertores para o
fundo da cama e dei um salto colocando os meus pés dentro das minhas pantufas natalícias. O Pai
Natal conhecia bem a minha rotina e sabia, que logo depois de levar os dentes, iria tirar o meu
pijama de xadrez vermelho e verde e coloca-lo debaixo da minha almofada. Nesse momento,
deparei-me com uma carta que se dirigia a mim, era do Pai Natal, não podia acreditar, abri-a e
comecei a ler.
“Querido Bernardo, escrevo-te esta carta para te pedir um grande favor. Este ano não está
a ser o melhor para a minha saúde e não irei conseguir distribuir os presentes na tua Vila
Esperança. Vou enviar-te as minhas melhores renas, o Rodolfo e o Claudinho e o Elfo Estrelinha,
para te ajudarem a salvar o Natal da tua linda vila. Hoje, quando ouvires o galo a cantar e todos
estiverem na missa do galo, aparece perto da chaminé e a magia irá acontecer. Do teu querido, Pai
Natal.”
Li aquela carta e não queria acreditar! Estava ainda mais ansioso! Ouvi o tic-tac do relógio
que tínhamos na sala de jantar, era quase hora da missa do galo e eu ficava cada vez mais nervoso!
De repente, oiço o galo a cantar, a minha família saiu de casa para ir à missa e eu fiquei para
trás dizendo que estava com sono. Corri para perto da chaminé, estava quase a acontecer! Olhei
para o cimo da chaminé e comecei a ver uma luz vermelha a piscar, uma névoa pairava no ar e de
repente aparecem os meus três companheiros, Rodolfo, Claudinho e Elfo Estrelinha cheios de
presentes para distribuir.
Entrei para aquele trenó todo dourado, com um banco forrado de veludo vermelho e a magia
realmente estava a acontecer. O trenó voava à velocidade da luz, eu só tinha que lançar os
presentes pelas chaminés das casas, estava a ser tão divertido que quando olhei para o meu relógio
já era hora de voltar, a missa do galo estava a terminar e a minha mãe tinha que me ver a dormir.
Despedi-me dos meus novos amigos e fui a correr para a minha cama, quando a minha mãe
abriu a porta do meu quarto ouvia dizer:
- Olha Luís para o sorriso do nosso Bernardo, para ele o Natal é mesmo mágico e especial!
Os meus pais não imaginavam o quanto aquele meu Natal tinha sido especial.

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