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3 Matrizes Inversa 38
3.1 Teoria 5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
3.1.1 Definição De Matriz Inversa. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
3.1.2 Determinação De Inversa Pelo Metodo De Eliminação De Gauss-Jordan . . . . 40
3.1.3 Propriedades De Matriz Inversa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
1
2
Autores:
Canhanga; Betuel (Msc);
Kalashnikov; Alexandre (PhD).
• Identificar dimensão duma matriz. Matriz quadrada. Diagonal principal duma matriz.
• Efectuar operações com matrizes: (multiplicação por uma constante, soma de matrizes).
• Identificar matrizes iguais. Usar regras para adição de matrizes e multiplicação de matriz por
uma constante.
• Multiplicar matrizes.
• Usar regras da transposição: transposição duma matriz transposta, transposição duma soma de
matrizes, transposição duma matriz multiplicada por um escalar, transposição de produto de
matrizes. Matriz simétrica.
1.1 Teória 1
2
3
Um elemento de uma matriz A que está na i-ésima linha e na j -ésima coluna é chamado de
elemento i, j ou (i, j)-ésimo elemento de A. Ele é escrito como a(i,j) ou a[i, j].
O termo matriz é mais conhecido entre programadores e profissionais da informática, como sendo
uma estrutura de dados dispostos em forma de uma tabela em que cada posição tem seu indicador
que corresponde ao número de linha e o número de coluna. Nas linguagens de programação, os
elementos da matriz podem estar indexados a partir de 1 (Fortran, MATLAB, R, etc) ou a partir de
0 (C e seus dialetos). Por exemplo, o elemento a(1,1) em Fortran corresponde ao elemento a(0,0) em
C.
1 −1
2) B(3,2) = 2 3 ; a matriz B é tem 3 linhas e 2 colunas (dimensão 3 × 2), e é composta
−2 0
por seguintes elementos
1 −1 0
3) C(2,3) = ; a matriz C é tem 2 linhas e 3 colunas (dimensão 2 × 3), e é composta
2 3 −3
por seguintes elementos
Uma matriz onde uma de suas dimensões é igual a 1 é geralmente chamada de vector. Uma matriz
1 × n (uma linha e n colunas) é chamada de vector linha ou matriz linha.
[ ]
Exemplo 1.2. para n = 3 teremos: D(1,3) = 2 3 −3 ;
e uma matriz m × 1 (uma coluna e m linhas) é chamada de vector coluna ou matriz coluna.
2
3
Exemplo 1.3. para m = 4 teremos: D(4,1) =
;
1
−2
4
Definição 1.2. Uma matriz é dita quadrada quando seu número de linhas é igual ao número de
colunas. As matrizes A2×2 , A3×3 , A4×4 .
Exemplo 1.4.
2 3 1 0
2 3 1
2 3 −1 0 1 −3
A(2,2) = ; B(3,3) = −1 0 1 ; C(4,4)
= .
1 −3 3 6 9 1
3 6 9
1 0 −5 4
Definição 1.3. Seja dada uma matriz quadrada A de dimensão n; (n linhas e n colunas), chama-se
diagonal principal aos elementos que se encontrar nas posições a(i,j) para i = j, isto é, os elementos
localizados nas posições a(1,1) ; a(2,2) ; a(3,3) ; a(4,4) ; · · · , a(10,10) ; a(11,11) ; · · · a(n,n) .
2 3 1 0
−1 0 1 −3
2) Na matriz C(4,4)
= . a diagonal principal é composta por elementos
3 6 9 1
1 0 −5 4
O termo matriz é mais conhecido entre programadores e profissionais da informática, como sendo
uma estrutura de dados dispostos em forma de uma tabela em que cada posição tem seu indicador que
corresponde ao número de linha e o número de coluna. Nas linguagens de programação, os elementos
da matriz podem estar indexados a partir de 1 (Fortran, MATLAB, R, etc) ou a partir de 0 (C e
seus dialetos). Por exemplo, o elemento a(1,1) em Fortran corresponde ao elemento a[0][0] em C. Em
matemática, os elementos de matriz são geralmente indexados apartir de 1.
Exercı́cio 1.1. Quais as dimensões das seguintes matrizes e quais as posições dos seus elementos?
1) A = [1]
(b) Nesta matriz existe diagonal principal? Se não, PORQUE? Se sim, quais são os seus
elementos?
5
1 −1 0
2) C = 2 3 −3 ;
−2 5 0
(d) Nesta matriz existe diagonal principal? Se não, PORQUE? Se sim, quais são os seus
elementos?
1 0 0 0
2 3 0 0
3) C =
;
−2 5 1 0
−1 2 2 4
(e) Nesta matriz existe diagonal principal? Se não, PORQUE? Se sim, quais são os seus
elementos?
Agora que definimos e conhecemos matrizes, o normal é que os estudantes estejam se pergun-
tando: QUAL É A IMPORTÂNCIA DO ESTUDO DE MATRIZES? É muito importante que esta
interrogação tenha surgido, é importante também esclarece-la antes de proceguirmos com estudos mais
profundos sobre matrizes de modo a que encontremos justificações e motivação para com mais rigor
disseminarmos as matérias seguintes.
As matrizes podem ser usadas em vários campos da ciência para organização e facilitação de ma-
nipulação de informação, principalmente quando esta for muita. Na matemática uma das principais
importância das matrizes é na representação e resolução de sistemas de equações lineares. A matriz
produzida apartir dos coeficientes é chamada matriz coeficiente. A matriz produzida apartir dos ter-
mos contantes num sistema de equações lineares, chama-se matriz constante ou vector constante.
A matriz produzida apartir da matriz coeficiente e o vector constante chama-se matriz aumentada.
determine
1) 3A
1 2 4 3(1) 3(2) 3(4) 3 6 12
3A = 3 −3 0 −1 = 3(−3) 3(0) 3(−1) = −9 0 −3
2 1 2 3(2) 3(1) 3(2) 6 3 6
2) −B
2 0 0 −2 0 0
−B = (−1) 1 −4 3 = −1 4 −3 .
−1 3 2 1 −3 −2
7
Definição 1.4. Diremos que duas matrizes A = [aij ] e B = [bij ] são iguais se e somente se elas
tiverem a mesma dimensão (m × n) e aij = bij , para todos 1 ≤ i ≤ m e 1 ≤ j ≤ n.
1) As matrizes A e B não são iguais porque elas não são de mesma dimensão.
2) As matrizes C e B não são iguais porque elas não são de mesma dimensão.
3) (cd)A = c(dA),
4) 1A = A,
Demonstrações
As demonstrações destas propriedades são feitas usando directamente as definições de soma de ma-
trizes, produto por um escalar e as propriedades de números reais. Por exemplo, a prova da comuta-
tividade da adição para as matrizes A = [aj ] e B = [bij ] é feita usando a comutatividade na adição
de números reais, vejamos:
Veja como resolver este exercı́cio. Para a primeira propriedade, queremos mostrar que A + B
é igual a B + A, utilizando as matrizes A e B dadas, calculamos
2 1 0 1 −1 0 3 0 0
A+B = 2 1 3 + 2 3 5 = 4 4 8
0 −1 −4 0 −1 0 0 −2 −4
A + B = B + A.
9
Para calcular as receitas nas lojas de Quelimane, Mocuba e Manhiça, poderemos recorrer ao uso
de matrizes, organizando o problema de modo a permitir uma facil resolução. Seja
120 250 305 2
A = 207 140 419 , B = 3
29 120 190 2, 75
A é a matriz com o registo das vendas, as linhas indicam o as lojas (Quel, Moc, Manh) e as colunas
indicam os productos (Arroz, Frutas e Feijões) e B a matriz preço(cada linha indica o preço de um
producto especı́fico). Para calcular o total de vendas dos 3 productos (mais vendidos) na loja de
Quelimane multiplicamos cada entrada da primeira linha da matriz A com a entrada correspondente
na coluna de preços, matriz B. Obteremos
(120)(2) + (250)(3) + (305)(2, 75) = 1828, 75mt;
Fazendo o mesmo para as lojas de Mocuba e Manhiça teremos o seguinte
Os passos dados acima são o protótipo do algorı́tmo de multplicação de matrizes. Podemos de forma
simplificada dizer que
120 250 305 2 1828, 75
AB = 207 140 419 3 = 1986, 25 .
29 120 190 2, 75 940, 50
Definição 1.5. Se A = [aij ] uma matriz de dimensão m × n e B = [bij ] uma matriz de dimensão
n × p então, o producto AB é uma matriz C = [cij ] de dimensão m × p onde
∑
n
cij = aij bkj = ai1 b1j + ai2 b2j + ai3 b3j + · · · + ain bnj
k=1
Observação 1.1. A definição acima implica que, o elemento da i-ésima linha e j -ésima coluna da
matriz produto AB é obtido somando os productos compostos por elementos da i-ésima linha de A
com os elementos correspondentes na j -ésima coluna de B.
Observe primeiro que o producto AB pode ser determinado pois as matrizes tem as seguintes di-
mensões A3×2 e B2×2 , portanto, a matriz producto terá as seguintes dimensões AB3×2 .
c11 c12
AB = c21 c22
c31 c32
Para determinar c11 (o elemento da primeira linha e primeira coluna) somamos os produtos formados
por elementos da primeira linha de A com seus correspondentes da primeira coluna de B,isto é:
Da mesma forma, para acharmos c12 (o elemento da primeira linha e segunda coluna) somamos os
produtos formados por elementos da primeira linha de A com seus correspondentes da segunda coluna
de B, isto é:
Observação 1.2. Para que duas matrizes sejam multiplicáveis, o número de colunas da primeira
matriz deve ser igual ao número de linhas da segunda matiz, isto é
calcule
• A+B
11
• B+A
• AB
• BA
3 4 1 0 (3)(1) + (4)(0) (3)(0) + (4)(1) 3 4
2) = =
−2 5 0 1 (−2)(1) + (5)(0) (−2)(0) + (5)(1) −2 5
1 2 −1 2 (1)(−1) + (2)(1) (1)(2) + (2)(−1) 1 0
3) = =
1 1 1 −1 (1)(−1) + (1)(1) (1)(2) + (1)(−1) 0 1
2
[ ]
4) 1 −2 −3 −1 = [(1)(2) + (−2)(−1) + (−3)(1)] = [1]
1
2 (2)(1) (2)(−2) (2)(−3) 2 −4 −6
[ ]
5) −1 1 −2 −3 = (−1)(1) (−1)(−2) (−1)(−3) = −1 2 3
1 (1)(1) (1)(−2) (1)(−3) 1 −2 −3
Exemplo 1.12. Nos exemplos seguintes, iremos determinar a matriz transposta das matrizes dadas.
1)
2 [ ]
A= , AT = 2 8
8
2)
1 2 3 1 4 7
B= 4 5 6 , AT = 2 5 8
7 8 8 3 6 9
3)
1 4
1 2 3
C= , AT = 2 5
4 5 6
3 6
calcule
1) (AB)T ,
2) AT B T
3) B T AT ,
4) Comente os resultados.
5) Escolha duas outras matrizes quadradas e faça as mesmas operações de modo a verificar os seus
comentários!!!
13
calcule:
( )
0 7
(a) A + B; R:
2 0
( )
6 12
(b) 3A; R:
3 6
( )
−1 13
(c) 3A + 2B − 2C + D; R:
−6 −13
( )
0 −2
(d) AB; R:
0 −1
( )
0 −7
(e) C(AB). R:
0 −21
2) Dadas as matrizes
13 4 3 −12 5 1
A= 8 3 2 e B= 2 1 6
5 1 1 2 −1 4
calcule:
1 9 4
(a) A + B; R: 10 4 8
7 0 5
13 8 5
(b) A0 , i.e. a matriz transposta de A; R: 4 3 1
3 2 1
−142 66 49
(c) A · B. R: −86 41 34
−56 25 15
( ) ( )
1 −1 −1 0
3) Dada a função f (x) = x2 − 2x, calcule f (A), onde A = . R:
0 1 0 −1
1 0 1 0 0 0
4) Dada a função f (x) = x2 − 2x, calcule f (A), onde A = 0 1 0 . R : 0 −1 0
1 0 1 0 0 0
5) Seja A uma matriz de dimensão 3 × 5 e B uma matriz de dimensão 5 × 2. Quais dos produtos
estão definidos: AB ou BA?
6) Seja A uma matriz quadrada de dimensão n × n tal, que A2 = A + In , onde In é uma matriz
unitária de dimensão n. Ache as constantes a e b de modo que A3 = aA + bIn . R: a = 2,
b=1
14
1.3 Teória 2
Demonstrações
por outro lado, o elemento da i-ésima linha e j -ésima coluna de AB + AC é definido por
(ai1 b1j + ai2 b2j + · · · + ain bnj ) + (ai1 c1j + ai2 c2j + · · · + ain cnj );
aplicando a propriedade distributiva para números reais e reagrupando as parcelas obtidas teremos
para cada i e j, isto é, para cada posição especı́fica ij os elementos das duas matrizes são iguais, i.e.
A(B + C) = AB + AC.
Uma maneira simplista de mostrar a veracidade das propriedades acima, consiste em escolher ma-
trizes A, B e C com ordens tais que as operações ditadas pela propriedade em demonstração possam
ser cumpridas. Suponhamos que queremos provar a primeira propriedade
A(BC) = (AB)C;
Estas ordens de matrizes são escolhidas de modo a permitir que seja possivel efectuar as operações da
propriedade que queremos demonstrar. Veja que, para que M = A(BC) seja igual a N = (AB)C é
condição necessária que M e N sejam matrizes de mesma ordem. Vejamos como se comportam as
ordem nestas operacoes.
Para produção da matriz M teremos: (BC) = B(3,2) C(2,1) tendo o número de colunas da matriz
B igual ao número de linhas de C o resultado sera uma matriz com seguintes dimensões (BC)(3,1) e
finalmente A(BC) = A(2,3) (BC)(3,1) que vai resultar a matriz M(2,1) .
15
De forma semelhante para produção da matriz N teremos: (AB) = A(2,3) B(3,2) tendo o número
de colunas da matriz A igual ao número de linhas de B o resultado sera uma matriz com seguintes
dimensões (AB)(2,2) e finalmente (AB)C = (AB)(2,2) C(2,1) que vai resultar a matriz N(2,1) .
Portanto as ordens das matrizes escolhidas para mostrar o cumprimento destas propriedades é muito
importante para o garante da operacionalidade das mesmas. Para tal, sem limitação de sua essência,
consideremos as matrizes abaixo
[ ] −1 2 [ ]
−1 2 1 2
A= ; B= 0 1 ; e a matriz C = ;
0 1 0 1
−1 1
Começemos por calcular os seguintes productos
[ ] −1 2
−1 2 1 0 1 =
AB =
0 1 0
−1 1
[ ]
−1 · −1 + 2 · 0 + 1 · −1 −1 · 2 + 2 · 1 + 1 · 1
= (1.1)
0 · −1 + 1 · 0 + 0 · −1 0·2+1·1+0·1
[ ] [ ]
1 + 0 − 1 −2 + 2 + 1 0 1
= =
0+0+0 0+1+0 0 1
utilizando o resultado tido em (1.1) calculamos
[ ][ ] [ ] [ ]
0 1 2 0·2+1·1 1
(AB)C = = = (1.2)
0 1 1 0·2+1·1 1
Por outro lado calculamos o producto BC,
−1 2 [ ] −1 · 2 + 2 · 1 0
2
BC = 0 1 = 0·2+1·1 = 1 (1.3)
1
−1 1 −1 · 2 + 1 · 1 −1
e calculamos de seguida com base em (1.3)
[ ] 0 [ ] [ ]
−1 2 1 −1 · 0 + 2 · 1 + 1 · −1 1
A(BC) = 1 = = (1.4)
0 1 0 0 · 0 + 1 · 1 + 0 · −1 1
−1
Comparando (1.2) e (1.4) podemos afirmar que
A(BC) = (AB)C
Exercı́cio 1.5. Demonstre de forma semelhante a demonstração acima todas as restantes propriedades.
veja que as matrizes A e B não são iguais. Vamos agora determinar os produtos AC e BC,
1 3 1 −2 −2 4
AC = =
0 1 −1 2 −1 2
e
2 4 1 −2 −2 4
BC = =
2 3 −1 2 −1 2
o que mostra que AC = BC, mas A 6= B.
A1 = A A2 = AA,
Suponhamos que A é uma matriz quadrada, j, k são números inteiros não negativos, então
1) Aj Ak = Aj+k ,
( )k
2) Aj = Ajk .
2 −1
Exemplo 1.14. Determine A3 para a matriz A =
3 0
2 −1 2 −1 2 −1 1 −2 2 −1
A3 = AAA = (AA) A = = =
3 0 3 0 3 0 6 −3 3 0
−4 −1
=
3 −6
Definição 1.7. Seja A uma matriz quadrada de ondem n, tal que todas entradas (elementos) são
iguais a zero, excepto os elementos da diagonal principal que são iguais a 1, dizemos que A é matriz
identidade de ordem n e denotamos In .
17
1)
1 0 0 ··· 0
0 1 0 ··· 0
0 0 1 ··· 0
In = · · · ··· ·
· · · ··· ·
· · · ··· ·
0 0 0 ··· 1
2)
I1 = [1]
3)
1 0
I2 =
0 1
4)
1 0 0
I3 = 0 1 0
0 0 1
• AIn = A
• Im A = A
1)
3 −2 3 −2
1 0
4 0 = 4 0
0 1
−1 1 −1 1
2)
1 0 0 −2 −2
0 1 0 1 = 1
0 0 1 4 4
18
Deixo para o estudante, a responsabilidade de demonstrar as outras 3 regras. Podendo para o efeito
o fazer usando a forma simples de demonstração, analogo ao que fizemos nas propriedades da soma e
da multiplicação de matrizes.
Vamos primeiro achar o produto AB, achamos AT e B T , depois determinaremos (AB)T para po-
dermos comparar com B T AT .
2 1 −2 3 1 2 1
AB = −1 0 3 2 −1 = 6 −1
0 −2 1 3 0 −1 2
2 −1 0
T
A = 1 0 −2
−2 3 1
3 2 3
BT =
1 −1 0
2 6 −1
(AB)T =
1 −1 2
19
2 −1 0
3 2 3 2 6 −1
B T AT =
1 0
−2 = .
1 −1 0 1 −1 2
−2 3 1
Definição 1.8. Diremos que a matriz A é simétrica, se ela for igual a sua transposta, isto é:
A = AT .
Esta difinição faz-nos perceber que para uma matriz ser simétrica, ela tem que ser matriz quadrada,
e aij = aji .
1)
1 2
A=
2 1
2)
1 2 3
B= 2 4 5
3 5 6
Determine
1) AT
2) AAT
3) (AAT )T
Observação 1.4. Seja dada uma matriz arbitrária A, então a matriz B = AAT é uma matriz
simétrica.
1 0 1
( )
2 −1 0
3) Uma matriz quadrada A de ordem n chama-se involutiva se A = In . Mostre que
0 −1
( )
a 1 − a2
e são involutivas (para todos a);
1 −a
DETERMINANTE DE n-ÉSIMA
ORDEM
Objectivos Especı́ficos
2.1 Teória 3
21
22
diferentes finalidades, algumas delas, serão abordar ao longo dos nossos estudos. Na giria da História
Matemática, os determinantes surgiram como um meio para determinar algumas caracterı́sticas de
sistemas de equações lineares e suas soluções. Consideremos o seguinte sistema de equações lineares
{
ax + by = c
dx + ey = f
ce − bf af − cd
x= , y= ,
ae − bd ae − bd
para
ae − bd 6= 0.
Veja que as duas fracções tem o mesmo denominador, ae − bd. A esse denominador, designa-se deter-
minante de A, a matriz coeficiente produzida apartir do sistema dado,
[ ]
a b
A= .
d e
Observação 2.1. Estamos a usar duas barras vertı́cais |A| para designar determinante de matriz A,
o mesmo sı́mbolo |A| é utilizado para determinar valor absoluto do número A, não matriz. O contexto
será importante para destinguir a aplicabilidade do sı́mbolo para (determinante ou valor absoluto).
escrever-se, simplesmente
a11 a12
|A| =
a21 a22
0 3
3) C = = 0(4) − 2(3) = 0 − 6 = −6
2 4
Observação 2.3. O determinante de matriz de ordem 1 é igual ao elemento da matriz, isto é:
|A| = a11 a22 a33 + a12 a23 a31 + a13 a21 a32 − a31 a22 a13 − a32 a23 a11 − a33 a21 a12
= 0 + 16 − 12 − (−4) − 0 − 6 = 2.
1) A = [3]
2 1
2) B =
3 4
24
−3 1
3) C =
5 2
−3 4 2
4) D = 6 3 1
4 −7 −8
5 2 0 0 −2
0 1 4 3 2
7) H = 0 0 2 6 3
0 0 3 4 1
0 0 0 0 2
Definição 2.2. Seja dada a matriz quadrada A, chamamos MENOR Mij do elemento aij ao deter-
minante da matriz obtido apagando a linha i e coluna j da matriz A.
Definição 2.3. Chama-se Co-factor Cij ao produto de (−1)i+j pelo menor Mij , isto é:
• Para o menor M21 , apagamos todos elementos da linha 2 e coluna 1, isto é:
a12 a13
M21 = = a12 a33 − a32 a13 ,
a32 a33
• Para o menor M22 , apagamos todos elementos da linha 2 e coluna 2, isto é:
a11 a13
M22 = = a11 a33 − a31 a13 ,
a31 a33
−1 2
M11 = = −1(1) − 0(2) = −1
0 1
26
• Para o menor M12 , na matriz A devemos apagar todos elementos da linha 1 e coluna 2, isto é
0 2 1
3 −1 2
4 0 1
e produzimos o menor
3 2
M12 = = 3(1) − 4(2) = −5
4 1
De mesma maneira determinamos os restantes sete menores e teremos,
• M13 = 4
• M21 = 2
• M22 = −4
• M23 = −8
• M31 = 5
• M32 = −3
• M33 = −6
Exemplo 2.6. Para o exemplo acima, determinemos os co-factores. Lembre que co-factor é o produto
de 1 ou -1 com o respectivo menor, isto é:
(−1)i+j Mij
• C13 = 4
• C21 = −2
• C22 = −4
• C23 = 8
• C31 = 5
• C32 = 3
27
• C33 = −6
Definição 2.4. Seja A, matriz quadrada de ordem n, o determinante de A define-se como a soma
das entradas da ”primeira linha”de A, multiplicados pelos seus co-factores, isto é:
∑
n
det(A) = |A| = a1j C1j = a11 C11 + a12 C12 + · · · + a1n C1n .
j=1
Exercı́cio 2.2. Verifique a definição dada acima usando as matrizes do exemplo (2.1).
Ao usarmos a definição acima, estaremos a fazer a expansão por meio de complementares algébricos
(o mesmo que co-factores) da primeira linha. No entanto, pode-se fazer expansão por meio de com-
plementares algebricos da qualquer linha ou qualquer coluna.
1) primeira linha
|A| = a11 C11 + a12 C12 + a13 C13 = 0(−1) + 2(5) + 1(4) = 14.
2) segunda linha
|A| = a21 C21 + a22 C22 + a23 C23 = 3(−2) + (−1)(−4) + 2(8) = 14.
3) primeira coluna
|A| = a11 C11 + a21 C21 + a31 C31 = 0(−1) + 3(−2) + 4(5) = 14.
Definição 2.5. Seja A uma matriz de ordem n, o determinante de ordem n é dado por
∑
n
det(A) = |A| = aij Cij = ai1 Ci1 + ai2 Ci2 + · · · + ain Cin , expansão pela linha i
j=1
ou
∑
n
det(A) = |A| = aij Cij = a1j C1j + a2j C2j + · · · + anj Cnj expansão pela coluna j.
i=1
Observação 2.4. Quando fazemos expansão de linhas ou colunas em co-factores, não precisamos de
avaliar as parcelas cujos elementos sejam iguais a zero, pois o produto desses elementos (zero) com os
co-factores será igual a zero, isto é:
aij Cij = (0)Cij = 0.
Por isso, geralmente faz-se expansão na linha ou coluna que tiver maior número de zeros.
28
na matriz acima, identificamos a terceira coluna como a coluna que tem maior número de zeros. Por
isso
|A| = 3(C13 ),
−1 1 2 −1 1 2
1+3
C13 = (−1) 0 2 3 = 0 2 3
3 4 −2 3 4 −2
−1 1 2
1 2 −1 2 −1 1
0 2 3 = (0)(−1)2+1 + (2)(−1)2+2 + (3)(−1)2+3 =
4 −2 3 −2 3 4
3 4 −2
1 −1 0 1 −1 0 a b c a 0 b
4) Calcule os seguintes determinantes: 1 3 2 , 1 3 2 , 0 d e , 0 e 0 . R: −2,
1 0 0 1 2 1 0 0 f c 0 d
−2, adf , e(ad − bc)
1 −1 0 1 2 3
5) Sejam A = 1
3 2 eB= 2 3 4 . Calcule AB, |A|, |B|, |A| · |B| e |AB|.
1 2 1 0 1 −1
1+a 1 1
6) Mostre que 1 1+b 1 = abc + ab + ac + bc.
1 1 1+c
29
1 t 0
7) Dada a matriz At = −2 −2 −1 , calcule |At | e mostre que nunca é igual a 0. Mostre que
0 1 t
para um certo valor de t tem-se A3t = I3 .
1 0 0 0 1 0 0 1 1 0 0 2
0 2 0 0 0 1 0 0 0 1 0 −3
8) Use a definição de determinante e calcule: , , .
0 0 3 0 0 0 1 0 0 0 1 4
0 0 0 4 a b c d 2 3 4 11
R: 24, d − a, 0
9) Suponha que duas matrizes A e B de ordem n × n são ambas triangular superior. Mostre que
|AB| = |A||B|.
( ) ( )
1 2 3 4
10) Sejam A = , B= . Calcule AB, BA, A0 B0 e B0 A0 . Mostre que |A| = |A0 |
3 4 5 6
e |AB| = |A| · |B|. É correcta a igualdade |A0 B0 | = |A0 | · |B0 |?
2 1 3
11) Seja A = 1 0 1 . Escreva A0 e depois mostre que |A| = |A0 |.
1 2 5
1 2 3 4 a1 − x a2 a3 a4
3 0 1
0 −1 2 4 0 −x 0 0
12) Calcule os seguintes determinantes: 1 0 −1 , , .
0 0 3 −1 0 1 −x 0
2 0 5
−3 −6 −9 −12 0 0 1 −x
R: 0, 0, x4 − a1 x3
13) Sejam A e B duas matrizes de ordem 3 × 3 cujos determinantes são |A| = 3 e |B| = −4. Onde
for possı́vel ache os valores de |AB|, 3|A|, | − 2B|, |4A|, |A| + |B| e |A + B|.
a 1 4
14) Se A = 2 1 a2 , calcule A2 e |A|.
1 0 −3
1 2 3 1 a b+c x − y x − y x2 − y 2
2 4 5 , 1 b c+a , 1 1 x+y .
3 6 8 1 c a+b y 1 x
1 0 0
1 1 1
16) Seja X =
1
. Calcule |X0 X|.
2 0
1 0 1
a 2 2
17) Se Aa = 2 a2 + 1 1 , calcule |Aa | e |A61 |.
2 1 1
2.3 Teória 4
a11 a12
|B| = = a11 ka12 − ka11 a12 = ka11 a12 − ka11 a12 = 0.
ka21 ka22
Consideremos agora a matriz
1 2 3
A= 2 4 6
1 1 1
Vamos calcular o seu determinante:
1 2 3
4 6 2 6 2 4
|A| = 2 4 6 =1 −2 +3 =
1 1 1 1 1 1
1 1 1
Todas estas matrizes deste exercı́cio tem linhas proporcionais, e os seus determinantes são iguais zero.
Observação 2.5. Se uma matriz tiver duas linhas ou duas colunas proporcionais, o seu determinante
será igual a zero.
Observação 2.6. Se uma matriz tiver duas linhas ou duas colunas iguais, o seu determinante será
igual a zero.
Determinemos os determinantes de B e B T
1 2 1 3
|B| = = (−1)(−6) = 6 |B T | = = (−1)(−6) = 6.
3 −1 2 −1
Determinemos
|A| = a11 a22 − a21 a12 e |AT | = a11 a22 − a12 a21 ,
oque nos leva a concluir que para qualquer matriz quadrada (de ordem 2), o determinante da matriz
M é igual ao determinante da matriz M T .
e
3 2 −4
1 −1
|AT | = 1 0 −1 = −2 = −6
−2 5
−2 0 5
32
1) Calcula AT e B T .
|A| = |AT |.
vamos produzir uma outra matriz B1 multiplicando a terceira linha de B por uma constante qualquer
(arbı́traria) t, isto é:
1 2 3
B1 = 1 0 0 ,
2t 3t 1t
achemos os determinantes de B e de B1
Resolução
33
1 2 3
2 3
|B| = 1 0 0 = −1 = −(2 − 9) = 7
3 1
2 3 1
e
1 2 3
2 3
|B1 | = 1 0 0 = −1 = −(2t − 9t) = 7t = t|B|.
3t t
2t 3t 1t
e
t 2t 3t
D= 1 0 0
2t 3t t
veja que a matriz D é produzida multiplicando duas linhas de C por t. Calcula os determinantes
de C e D.
2) Considere as matrizes
1 2 3 t 2t 3t
C= 2 0 0 e D = 2t 0 0
2 3 1 2t 3t t
Observação 2.9. Seja A uma matriz quadrada de ordem n, B uma matriz quadrada de ordem
n produzida apartir da matriz A, multiplicando uma das linhas por t, onde t é um número real
qualquer; então |B| = t|A|.
Observação 2.10. Se A for uma matriz quadrada de ordem n, B = tA onde t um escalar, então, o
determinante de B será igual a
|B| = tn |A|.
34
2.3.4 Determinante de matriz cuja uma linha é igual a soma de duas linhas.
Considere a matriz [ ]
1 2
A=
−1 0
vamos transformar a matriz A somando a linha 2 com a linha 1, isto é
[ ]
1 2
A1 =
0 2
1 2
|A| = = 2 e |A1 | = 2.
−1 0
Portanto
|A| = |A1 |.
Consideremos agora a matriz [ ]
a11 a12
B=
a21 a22
Construamos a matriz [ ]
a11 a12
B1 =
a21 + a11 a22 + a12
e vamos achar os determinantes das duas matrizes B e B1 ;
a11 a12
|B| = = a11 a22 − a21 a12 ,
a21 a22
a11 a12
|B1 | = = a11 (a22 + a12 ) − a12 (a21 + a11 ) =
a21 + a11 a22 + a12
= a11 a22 + a11 a12 − a12 a21 − a12 a11 = a11 a22 − a21 a12
pois os termos em negrito são simétricos. Como se pode ver |B| = |B1 |.
1) produza a matriz D com base na matriz C tal que a terceira linha de D seja igual a soma da
segunda e terceira linha.
2) Ache o determinante de C e D.
3) Compare-os.
Observação 2.11. Se a matriz B for obtida apartir de A pela adição de uma linha de A com outra
linha de A, então
|A| = |B|.
35
2 1
|B| = = 2(3) − 4(1) = 2.
4 3
Agora, consideremos uma matriz arbitrária
[ ]
a11 a12
A=
a21 a22
seguindo a lógica do exemplo acima, produzimos B trocando de linhas a matriz A, i.e:
[ ]
a21 a22
B= ,
a11 a12
achemos os determinantes das duas matrizes
|A| = a11 a22 − a21 a12 , |B| = a21 a12 − a11 a22 = −(a21 a12 − a11 a22 ) = a11 a22 − a21 a12 .
Seja B uma matriz produzida apartir de A trocando a primeira pela terceira linha, teremos
1 0 3
B = 0 −1 0 ,
2 1 1
1) Ache o determinante de A
2) Ache o determinante de B
3) Compare-os.
Observação 2.12. Se a matriz B é obtida apartir da matriz A e da troca de posição de duas linhas
ou duas colunas de A, então
|B| = −|A|.
36
|AB| = |A||B|.
R: a = −3/4, b = 3/4
37
0 1 0
6) Dada a matriz A = 0 1 1 , calcule |A|, A2 e A3 . Mostre que A3 − 2A2 + A − I = 0,
1 0 1
onde I é a matriz unidade de ordem 3 e 0 é a matriz nula. Mostre que A possui inversa e
A−1 = (A − I)2 .
( )
2 1 4
7) Seja A = . Calcule AA0 , |AA0 | e (AA0 )−1 .
0 −1 3
Capı́tulo 3
Matrizes Inversa
Objectivos Especı́ficos
3.1 Teoria 5
a−1 × a = 1.
Definição 3.1. Uma matriz quadrada A de ordem n é invertı́vel se existe uma matriz quadrada B
de mesma ordem que A, tal que
AB = BA = In ,
38
39
onde In é matriz identidade de ordem n , [rever o ponto (1.3.3)]. A matriz B é chamada matriz
inversa de A.
Observação 3.1. Uma matriz não quadrada não pode ter inversa. Esta afirmação consolida-se pelo
seguinte facto. Consideremos uma matriz Am×n e uma outra matriz Bn×m, m 6= n. Os produtos AB
e BA são diferentes, o que contradiz com a definição de matriz inversa.
Observação 3.2. Se A é uma matriz invertı́vel, então a sua matriz inversa é unica, e denota-se A−1 .
Utilizaremos a definição de matriz inversa para a resolução deste exercı́cio. B é matriz inversa de A
se AB = BA = I. Ora vejamos
−1 2 1 −2 1 0
AB = = .
−1 1 1 −1 0 1
Observação 3.3. Veja que mesmo que os produtos AB e BA sejam definidos, nem sempre AB = BA.
Se A e B são matrizes quadradas e AB = In , então BA = In , oque faz com que não seja necessário
testar os dois produtos AB e BA, bastando portanto que um destes produtos seja igual a In para
concluirmos que B é inversa de A.
tal que
AB = I2 ,
40
isto é:
1 4 x11 x12 1 0
AB = = .
−1 −3 x21 x22 0 1
Multiplicando estas duas matrizes teremos
x11 + 4x21 x12 + 4x22 1 0
AB = = ,
−x11 − 3x21 −x12 − 3x22 0 1
igualando as entradas correspondentes nas ultimas duas matrizes obtemos os seguintes sistemas de
equações
x11 + 4x21 = 1 x12 + 4x22 = 0
e
−x − 3x = 0 −x − 3x = 1
11 21 12 22
assim
−3 −4
B = A−1 = .
1 1
Teremos
1 −1 0 1 0 0
[A|I] = 1 0 −1 0 1 0 ,
−6 2 3 0 0 1
subtraindo a primeira linha com a segunda, para produzirmos a linha 2, isto é
1 −1 0 1 0 0
0 −1 1 1 −1 0
−6 2 3 0 0 1
utilize o método descrito acima para determinar a inversa da matriz dada. Qual é a conclusão?
Existe no entanto um outro procedimento para determinação de matriz inversa.
Observação 3.5. Consideremos uma matriz A de ordem n, a matriz A será invertı́vel se e somente
se o seu determinante for diferente de zero (condição necessária e suficiente de invertibilidade
de uma matriz).
Satisfeita esta condição, achamos a inversa de A usando a formula
1 ∗
A−1 = A
|A|
onde A∗ é a matriz transposta constituida pelos co-factores achados apartir de todas entradas da
matriz A.
1 −1 0
|A| = 1 0 −1 = −1,
−6 2 3
onde:
Utilizando a formula
1 ∗
A−1 = A
|A|
teremos
2 3 1 −2 −3 −1
−1 1
A = 3 3 1 = −3 −3 −1 .
−1
2 4 1 −2 −4 −1
1) (A−1 )−1 = A.
Exercı́cio 3.3. Escolha uma matriz inversı́vel, designe-a por matriz A, mostre o cumprimento das
quatro propriedades acima.
44
• Determine (AB)−1 .
• Determine A−1 .
• Determine B −1 .
• Calcule A−1 B −1 .
• Calcule B −1 A−1 .
3) Suponha que X é uma matriz de dimensão m × n tal que |X0 X| 6= 0. Mostre que a matriz
A = Im − X(X0 X)−1 X0
5) Seja D uma matriz de dimensão n × n tal que D2 = 2D + 3I. Prove que D3 = aD + bI para
valores apropriados de a e b. Ache uma expressão similar para D6 e D−1 (isto é, expressa na
forma αD + βI).
( ) 1 0 2 1 0 0
2 3
6) Ache a matriz inversa, caso exista, para : , 2 −1 0 , −3 −2 1 .
4 5
0 2 −1 4 −16 8
−2 3 2
7) Ache a matriz inversa de 6 0 3 .
4 1 −1
8) Seja
0.2 0.6 0.2
A = 0 0.2 0.4 .
0.2 0.2 0
18 16 10
5
−1
Ache (I − A) . R: 2 19 8 .
62
4 7 16
( ) 1 2 3 3 2 −1
1 2
9) Ache as inversas, caso existam, das matrizes: A = , B = 2 4 5 , C = −1 5 8 .
3 4
3 5 6 −9 −6 3
( ) 1 −3 2
−2 1
R: A−1 = , B−1 = −3 3 −1 , C não tem inversa
3/2 −1/2
2 −1 0
Objectivos Especı́ficos
4.1 Teoria 6
No ensino secundário geral, em geometria analı́tica estudamos que a equação da recta no espaço
bi-dimensional tem a forma
a1 x + a2 y = b; onde a1 , a2 , e b são constantes,
e chamamos equação linear de duas variáveis, x e y.
46
47
a1 x1 + a2 x2 + a3 x3 + · · · + an xn = b,
Observação 4.1. Apesar de não ser extritamente rigiroso, na giria matemática, as primeiras letras
do alfabeto; a, b, c, · · · são usadas como constantes, e as ultimas letras do alfabeto; · · · , x, y, z
são usadas como variáveis.
• multiplicação de variáveis,
1) 3x + 2y = 0
2) x1 − 2x2 + 10x3 + x4 = 7
√
3) 1
2x + y − πz = 2
( )
4) sin π3 x1 − 4x2 = e2
1) yx + z = 0
4) x1 − 4x2 = ex3
A solução de uma equação linear de n variáveis é um conjunto de n números reais. Isto é, se uma
equação linear tiver 2 variáveis, a sua solução será um conjunto composto de dois números reais. Se
uma equação linear tiver 3 variáveis o conjunto solução terá 3 números reais e analogamente, se uma
equaçao linear tiver n variáveis, a sua solução será um conjunto com n números reais.
48
onde a solução do sistema sera o conjunto dado por números naturais s1 , s2 , s3 , · · · , sn que sejam
solução de cada uma das equações existentes no sistema dado.
Definição 4.2. Um sistema de equações lineares representado como o fizemos acima diz-se na forma
canónica
Note tambem que x1 = 1 e x2 = 0 satisfaz a primeira equação, mas não é solução do sistema
49
3) Quantas soluções terá o sistema de equações lineares formado pelo par de linhas dado acima?
(a) 3x − y = 1 e 3x − y = 0
(b) 3x − y = 1 e 6x − 2y = 2
5) Em geral que tipo de soluções podem ser encontradas em sistemas de duas equações com duas
incógnitas?
• nenhuma solução.
Definição 4.3. Um sistema de equações lineares chama-se consistente se tiver pelo menos uma
solução.
Definição 4.4. Um sistema de equações lineares chama-se inconsistente se não tiver solução.
x+y =3
2)
2x + 2y = 6
x+y =3
3)
x+y =1
No caso (1) o sistema tem exactamente uma solução x = 1 e y = 2. Esta solução pode ser
obtida adicionando as duas equações, ao que teremos 2x = 2, isto é x = 1, e voltando para a
equação 1, usando o facto de que x = 1, teremos 1 + y = 3 isto é, y = 3 − 1 = 2. O gráfico do
sistema de equações é representado por duas linhas se intersectando no ponto (1, 2). Considere
estas conclusões observando gráfico.
No caso (2) o sistema tem um número infinito de soluções porque a segunda equação é obtida
multiplicando por 2 ambos os membros da primeira equação. A solução pode representar-se
de forma parámetrica y = t, x = 3 − t, onde t é um número real qualquer. Considere estas
conclusões observando gráfico, o gráfico representativo da solução do sistema consiste de duas
rectas conscidentes.
No caso (3) o sistema não tem soluções porque é impossı́vel que a soma de dois números seja
igual a 3 e a 1. Veja que graficamente este sistema representa-se por duas rectas paralelas.
(a) 3x − y − z − w = 50;
√
(b) 3x + 8xy − z + w = 0;
(c) 3(x + y − z) = 4(x − 2y + 3z);
800
(d) 3.33x − 4y + z = 3;
3
(e) (x − y)2 + 3z − w = −3;
√ √
(f) 2a2 x − by + (2 + a)z = b2 .
c = 0.712y + 95.05
s = 0.158(c + x) − 34.30
y = c+x−s
x = 93.53
4) Escreva o sistema
x1 + 2x2 + x3 = 4
x1 − x2 + x3 = 5
2x1 + 3x2 − x3 = 1
na forma matricial.
5) Numa empresa trabalham 40 empregados (homens e mulheres). Cada homem ganha 50 contos
por dia e cada mulher 30 contos. Os empregados recebem conjuntamente 1600 contos. Usando
o método de substituição diga quantos homens e mulheres trabalham na empresa. R: (20, 20)
3x − y = 8
x − 2y = 5
x + 3y = 1
3x − 2y = 14
ax − by = 1
bx + ay = 2
Y = C + I0 + G0 , C = a + bY,
10) Considere os seguintes modelos macroeconómicos (ligados) de duas nações i = 1, 2, que comer-
cializam somente entre si:
Y1 = C1 + A1 + X1 − M1 , C1 = c1 Y1 , M 1 = m1 Y1 ,
Y2 = C2 + A2 + X2 − M2 , C2 = c2 Y2 , M 2 = m2 Y2 .
x1 − x2 + x3 = 2
x1 + x2 − x3 = 0
−x1 − x2 − x3 = −6
R: x1 = 1, x2 = 2, x3 = 3
4.3 Teoria 7
Vamos considerar, sem limitação da sua esência, um sistema de duas equações lineares com duas
incógnitas {
a11 x1 + a12 x2 = b1
(4.1)
a21 x1 + a22 x2 = b2
• Vamos multiplicar no sistema (4.1) a primera linha por −a21 e a segunda linha por a11 teremos:
{
−a11 a21 x1 − a21 a12 x2 = −a21 b1
a11 a21 x1 + a11 a22 x2 = a11 b2
a11 a22 x2 − a21 a12 x2 = a11 b2 − a21 b1 ⇒ x2 (a11 a22 − a21 a12 ) = a11 b2 − a21 b1 ,
se a11 a22 − a21 a12 6= 0 torna-se possı́vel determinar o valor de x2 efectuando a divisão, e a ser
assim
a11 b2 − a21 b1
x2 =
a11 a22 − a21 a12
• De maneira análoga vamos no sistema (4.1), multiplicar a primera linha por −a22 e a segunda
linha por a12 teremos: {
−a11 a22 x1 − a22 a12 x2 = −a22 b1
(4.2)
a21 a12 x1 + a22 a12 x2 = a12 b2
adicionando as duas linhas do sistema (4.2), teremos
a21 a12 x1 − a11 a22 x1 = a12 b2 − a22 b1 ⇒ x1 (a21 a12 − a11 a22 ) = a12 b2 − a22 b1 ,
53
se a21 a12 − a11 a22 6= 0 torna-se possı́vel determinar o valor de x1 efectuando a divisão, e a ser
assim
a12 b2 − a22 b1
x1 =
a21 a12 − a11 a22
.
• teremos então
a b − a22 b1
x1 = 12 2
a21 a12 − a11 a22 (4.3)
a b − a21 b1
x2 = 11 2
a11 a22 − a21 a12
Podemos representar tanto os numeradores, como denominadores de x1 e x2 como determi-
nantes, isto é
b1 a12 a11 b1
b2 a22 a21 b2
x1 = x2 = , a11 a22 − a21 a12 6= 0.
a11 a12 a11 a12
a21 a22 a21 a22
O numerador de x1 pode ser formado apartir da matriz coeficiente, substituindo a primeira coluna
pelo vector constante [ ]
b1
b2
do sistema (4.1).
De forma identica o numerador de x2 pode ser formado apartir da matriz coeficiente A, substituindo
a segunda coluna pelo vector constante [ ]
b1
b2
do sistema (4.1), por isso, pela regra de Cramer
|A1 | |A2 |
x1 = , x2 =
|A| |A|
onde
a11 a12 b1 a12 a11 b1
|A| = , |A1 | = , |A2 | = .
a21 a22 b2 a22 a21 b2
Exemplo 4.5. Utilizando a regra de Cramer, determine as soluções do seguinte sistema de equações
lineares
4x1 − 2x2 = 10
3x − 5x = 11
1 2
A matriz A1 que é formada pela matriz coeficiente, substituindo a primeira coluna pelo vector contante
será
10 −2 10 −2
A1 = e o seu determinante será |A| = = −28.
11 −5 11 −5
A matriz A2 que é formada pela matriz coeficiente, substituindo a segunda coluna pelo vector contante
será
4 10 4 10
A2 = e o seu determinante será |A| = = 14.
3 11 3 11
|A1 | −28 |A2 | 14
x1 = = = 2, x2 = = = −1.
|A| −14 |A| −14
Observação 4.4. A regra de Cramer generaliza-se para sistemas de n equações com n variáveis, não
se resignando somente a casos com 2 equações e 2 incógnitas. O valor de cada uma das variáveis é dado
pelo quociente de dois determinantes. O denominador desses quocientes é sempre o mesmo e produzido
pelo determinante da matriz coeficiente do sistema. O numerador é formado pelo determinante da
matriz formada pela matriz coeficiente substituindo a coluna correspondente a variável procurada pelo
vector constante.
Exemplo 4.6. Considremos o distema abaixo, um sistema composto por n equações com n incógnitas
a11 x1 + a12 x2 + a13 x3 + · · · + a1n xn = b1
a x + a22 x2 + a23 x3 + · · · + a2n xn = b2
21 1
a31 x1 + a32 x2 + a33 x3 + · · · + a3n xn = b3
·······································
a x + a x + a x + ··· + a x = b
n1 1 n2 2 n3 3 nn n n
onde a i−ésima coluna de Ai é constituida pelo vector constante do distema de equações lineares em
resolução.
Exemplo 4.7. Utilizando a regra de Cramer, determine a solução do seguinte sistema de três equações
lineares com três incógnitas
−x + 2y − 3z = 1
2x + 0y + z = 0
3x − 4y + 4z = 2
A matriz coeficiente é
−1 2 −3
A= 2 0 1
3 −4 4
Teremos:
1 2 −3 1 2 −3
Ax = 0 0 1 , |Ax | = 0 0 1 =8
2 −4 4 2 −4 4
−1 1 −3 −1 1 −3
Ay = 2 0 1 , |Ay | = 2 0 1 = −15
3 2 4 3 2 4
−1 2 1 −1 2 1
Az = 2 0 0 , |Az | = 2 0 0 = −16
3 −4 2 3 −4 2
e obtemos a solução
8 4 −15 3 −16 8
x1 = = , x2 = =− , x3 = =− .
10 5 10 2 10 5
56
Ax = b
onde
a11 a12 a13 ··· a1n x1 b1
a21 a22 a23 ··· a2n x2 b2
A=
a31 a32 a33 ··· a3n ,
x=
x3 eb=
b3 .
··· ··· ··· ··· ··· ··· ···
an1 an2 an3 ··· ann xn bn
Suponhamos que a matriz coeficiente é inversı́vel. Sabemos que
A−1
n An = In
Exemplo 4.8. Resolva o seguinte sistema de equações lineares usando o método da matriz inversa
x + 4y = 1
−x − 3y = 1
isto é, x = −7 e y = 2.
57
Exemplo 4.9. Determine, usando o método da matriz inversa a solução do sistema abaixo
x−y =1
x−z =2
−6x + 2y + 3z = −1
Devemos para resolver este exercı́cio determinar a matriz coeficiente, o seu determinante para veremos
se ela é invertı́vel ou não. Teremos
1 −1 0 −2 −3 −1
−1
A= 1 0 −1 , A = −3 −3 −1
−6 2 3 −2 −4 −1
então
−2 −3 −1 1 −7
x = A−1 b = −3 −3 −1 2 −8 ,
=
−2 −4 −1 −1 −9
• Substituir uma equação pela soma dela mesma com a soma de um múltiplo de outra equação.
• Multiplicar entre todos os termos de uma equação por uma constante não nula.
Definição 4.6. A matriz formada pela matriz coeficiente e o vector constante, chama-se matriz
aumentada ou matriz completa e sera
58
1 −2 1 0
Aα = 0 2 −8 8 .
−4 5 9 −9
Neste exemplo, iremos realizar o procedimento de eliminação com e sem a notação matricial e colo-
caremos os resultados lado a lada para compararmos. Teremos então
x − 2x + x = 0 1 −2 1 0
1 2 3
2x2 − 8x3 = 8 0 2 −8 8
−4x + 5x + 9x = −9
1 2 3 −4 5 9 −9
procuremos manter x1 na primeira equação e elimina-lo nas outras. Para isso, multiplicamos a equação
1 por 4 e adicionamos a equação 3, o resultado deixamos na equação 3
Neste momento nossa preocupação é eliminar o x2 da ultima equação. Para tal, multipliquemos a
segunda equação por três e adicionamos a terceira equação, o resultado originará uma nova terceira
equação
De seguida multiplicamos a equação 3 por 4 e adicionamos na equação 2, produzimos assim uma nova
equação 2,
Durante o exemplo acima usamos as 3 operações elementares passı́veis de serem feitas com linhas
de sistema de euqações produzindo outros sistemas equivalentes.
Observação 4.5. Se as matrizes completas de dois sistemas lineares são linha-equavalentes, (tem
linhas equivalentes), então os dois sistemas têm o mesmo conjunto solução.
Definição 4.7. Uma matriz rectângular está na forma escalonada se ela satisfaz as três seguintes
propriedades:
• Todas linhas não nulas estão acima de qualquer linha de qualquer linha só de zeros.
• O elemento lı́der de cada linha está numa coluna à direita do elemento lider da linha acima
• Todos elementos de uma coluna abaixo de um elemento lı́der são iguais a zero
Exemplo 4.12. Resolva o seguinte sistema de equações usando o método de eliminação de Gauss.
x2 + x3 − 2x4 = −3
x1 + 2x2 − x3 = 2
(4.5)
2x1 + 4x2 + x3 − 3x4 = −2
x − 4x − 7x − x = −19
1 2 3 4
multiplicamos a primeira linha por -2 e adicionamos com a terceira linha, o resultado colocamos na
terceira linha
1 2 −1 0 2
0 1 1 −2 −3
0 0 3 −3 −6
1 −4 −7 −1 −19
multiplicamos por 6 a segunda linha e adicionamos a quarta linha, o resultado colocamos na linha 4
1 2 −1 0 2
0 1 1 −2 −3
0 0 3 −3 −6
0 0 0 −13 −39
obtemos assim uma matriz escalonada e reduzida (para alem de escalonada, os elementos lideres são
iguais a 1). O sistema de equações lineares correspondente a esta matriz será equivalente ao sistema
dado em (4.5), isto é
x1 + 2x2 − x3 = 2
x2 + x3 − 2x4 = −3
x3 − x4 = −2
x =3
4
62
Observação 4.6. Ao resolver um sistema de equações lembre-se sempre que ele pode não ter solução,
ter muitas soluções ou ter somente uma e unica solução.
Exemplo 4.13. Resolva o seguinte sistema de equações lineares, usando o método de exclusão de
Gauss.
x1 − x2 + 2x3 = 4
x1 + x3 = 6
(4.6)
2x1 − 3x2 + 5x3 = 4
3x + 2x − x = 1
1 2 3
multiplicamos por -2 a primeira linha e somamos com terceira linha, o resultado colocamos na terceira
linha
1 −1 2 4
0 1 −1 2
0 −1 1 −4
3 2 −1 1
de seguida multiplicamos a primeira linha por -3 e adicionamos a quarta linha, o resultado colocamos
na quarta linha
1 −1 2 4
0 1 −1 2
0 −1 1 −4
0 5 −7 −11
63
com base na ultima matriz aumentada que obtemos (veja que esta matriz é equivalente a matriz Aα ),
produzimos um sistema equivalente ao sistema (4.6)
x1 − x2 + 2x3 = 4
x2 − x3 = 2
0 = −2
5x − 7x = −11
2 3
por causa da terceira equação deste sistema não ser verdadeira, o sistema de equação não tem solução,
e porque este sistema é equivalente ao sistema dado no exercı́cio, então dizemos que o nosso sistema
não tem solução.
x1 − x2 =0
x1 + 3x2 + 2x3 = 0
x1 + 2x2 + x3 = 0
R: x1 = x2 = x3 = 0
x + 3y − 2z = 1
3x − 2y + 5z = 14
2x − 5y + 3z = 1
R: x = 1, y = 2, z = 3
Y = C + A0 , C = a + b(Y − T ), T = d + tY,
2x − 3y = 3
3x − 4y = 5
11P1 − P2 − P3 = 31
−P1 + 6P2 − 2P3 = 26
−P1 − 2P2 + 7P3 = 24
x + 2y − z = −5
2x − y + z = −6
x − y − 3z = −3
R: x = 1, y = −2, z = 2
x+y =3
x +z =2
y+z+u =6
y +u =1
R: x = −3, y = 6, z = 5, u = −5
3x1 + x2 = b1
x1 − x2 + 2x3 = b2
2x1 + 3x2 − x3 = b3
possui uma única solução para quaisquer valores de b1 , b2 e b3 , depois ache a solução.
4.5 Teoria 8
Definição 4.8. Seja dada a matriz A, chama-se rank ou posto da matriz A, e denota-se r(A), a
maior ordem de determinante de A diferente de zero.
Para determinarmos o rank de uma matriz, começamos SEMPRE por escalonar a matriz, teremos:
1 2 3 1 2 3 1 2 3
A= 2 1 2 ∼ 0 −3 −4 ∼ 0 3 4 = A1
3 3 5 3 −3 −4 0 0 0
O determinante da matriz A é igual a zero. Se formos a compor apartir dos elementos da matriz A1
determinantes de ordem dois, teremos
1 2 1 3 2 3
, ,
0 3 0 4 3 4
que são diferentes de zero, portanto o rank da matriz A será igual a 2, isto é
r(A) = 2.
Determinemos o rank da matriz B. Vejamos que esta matriz tem uma linha igual a zero, a ultima
linha. Os determinante compostos por elementos de B, com maior ordem e diferente de zero, tem
ordem igual a 3. Portanto, o rank da matriz B é igual a .
1 2 1 3 4
2 3 −3 2 1
4) D = 2 −2 5 6 3
6 2 8 4 2
9 2 −2 3 −5
Observação 4.7. Caso os sistemas de equações tenham soluções, ela será unica se o número de
equações for igual ao número de incógnitas (Se não tiver variáveis livres), e terá várias soluções caso
tenha variáveis livres, isto é, caso o número de incógnitas seja maior que o número de equações.
Definição 4.9. No sistema (4.7) caso o vector constante seja nulo, isto é caso o sistema tenha a forma
a11 x1 + a12 x2 + a13 x3 + · · · + a1n xn = 0
a x + a22 x2 + a23 x3 + · · · + a2n xn = 0
21 1
a31 x1 + a32 x2 + a33 x3 + · · · + a3n xn = 0 (4.8)
·······································
a x + a x + a x + ··· + a x = 0
m1 1 m2 2 m3 3 mn n
Observação 4.9. Se a matriz caracterı́stica do sistema tiver determinante diferente de zero, ele terá
outras soluções diferentes da trivial.
este sistema tem 2 equações e tem 3 incógnitas. Portanto, tem uma incógnita livre, essa incógnita livre
deve ser parametrizada. Vamos por exemplo parametrizar a variável x3 , isto é, vamos fazer a seguinte
substituição x3 = t, t é um parâmetro. Com base na definição que fizemos a variável x3 podemos
expressar x2 com base em x3 e teremos, x2 = x3 = t. Na primeira equação isolando a variável x1
teremos x1 = t + 3t = 4t. E teremos as seguintes soluções
x1 = 4t, x2 = t, x3 = t.
ax + by + cz = 0
bx + cy + az = 0
cx + ay + bz = 0
2) Forneça uma prova matemática para o facto de que se ζ é uma solução particular de um sistema
linear não homogéneo e ζ0 é a solução do respectivo sistema linear homogéneo associado, então
ζ + ζ0 é a solução geral do sistema não homogéneo.
68
3) Dado o sistema
x − y + z = 0
tx − 2y + 2z = 0
2x − y + tz = 0,
determine o(s) valor(es) de t de modo que existam soluções diferentes de x = y = z = 0.
R: t = 1 ∨ t = 2
4) Dado o sistema
5x + 8y + 6z =7
3x + 5y + 4z =5
7x + 9y + 4z =1
2x + 3y + 2z = 2,
verifique se ele é consistente e ache as soluções caso sua resposta seja afirmativa. R: (−5 +
2t, 4 − 2t, t)
5) Dado o sistema
x + 3y + 5z + 7u + 9w = 1
x − 2y + 3z − 4u + 5w = 2
2x + 11y + 12z + 25u + 22w = 4
5y + 2z + 11u + 4w = −1,
verifique se ele é consistente e ache as soluções caso sua resposta seja afirmativa. R: Inconsis-
tente
6) Dada a matriz
1 1 1
A= 1 2 1
4 1 2
x + y + z = 2 ( )
5 11
x + 2y + z = 1 R: − , −1, −
2 2
4x + y + 2z = 0
x1 + x2 = 3
3x1 + 5x2 = 5
R: x1 = 5, x2 = −2
2x1 − 3x2 + x3 = 0
x1 + x2 − x3 = 0
x1 + 2x2 + x3 = 4
x1 − x2 + x3 = 5
2x1 + 3x2 − x3 = 1
x+ y− z =1
x − y + 2z = 2
x + 2y + az = b
2w + x + 4y + 3z = 1
w + 3x + 2y − z = 3c
w + x + 2y + z = c2
possui solução e ache a solução para estes valores de c. R: Para c = 1 e para c = −2/5 a
solução é: x = 2c2 − 1 + t, y = s, z = t, w = 1 − c2 − 2s − 2t, onde s e t são reais arbitrários