Você está na página 1de 17

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E

TECNOLOGIA DE MATO GROSSO

Relatório Motor Sirling - Gama

Discente: Erick Vinicius Weber Taveira

Marta Mikaely de Olivera Lopes

Docente: Paulo Lenço

Cuiabá, 28 de Novembro
1. Introdução

O presente relatório descreve o processo de construção de um motor Stirling,


um dispositivo térmico que opera com base no ciclo Stirling, que envolve a variação
adiabática e a expansão adiabática do gás. Este tipo de motor é muito interessante,
sendo uma alternativa útil para diversas aplicações desde geração de energia
elétrica até propulsão espacial.

2. Objetivo

O princípio deste projeto é construir um motor Stirling funcional para fins


educativos, demonstrando os princípios básicos de operação.

Tem como objetivo, aplicar os conceitos e visualizar os conceitos aprendidos


em sala de aula na prática. Estimular a inovação e a resolução de problemas.

Figura 1 – Motor completo.


3. Materiais Utilizados

Conect
Divers
ores de
2 latas os
Balão chuveir
de aros Lata de
3 cd’s taman o 25 e
coca de Atum
ho Nº 9 30
cola bicicle
Ampere
ta
s

Reduto
r
Pote de Joelho (conec
Cola Bicarbo
Bombri pomada (conec tor)
superb nato de
l para tor) de para
ond Sódio
cabelo PVC torneir
a em
PVC

Suport Lata de
Tampa Elástic
e para tiner
Durepo Cola de o de
balão (para a
x quente deterg dinheir
de fornalha
ente o
festa )

Lata de Chave
desodor s
Broca
ante Furad (fenda
Queros de Lixa
(para o eira e
ene 2MM
queimad phillips
or) )

Tesour Estilete Tesou Arruel Régua -


a ra a
Figura 2 – Alguns dos materiais utilizados.

4. Construção

O processo de construção é subdivido por etapas, de modo a realizar o


processo separadamente, finalizando montando as partes pré-montadas. O primeiro
processo consiste na montagem do pistão.

Pistão:

Para o pistão são utilizadas duas latas de refrigerante, a primeira lata deve
ser retirada dois centímetros da parte superior da mesma utilizando um estilete. Já a
segunda, utilizaremos só a parte superior da tampa.
Em seguida, deve-se lixar o topo, de modo a utilizar a parte interna da tampa.
Desse modo, utilizando uma furadeira e a broca de dois milímetros faz-se um furo
central na parte da tampa.

Adiante, inserimos um dos aros de bicicleta entre as duas tampas de lata e


medimos uma distância equivalente ao tamanho interior da lata (cerca de 3,5
centímetros).

Figura 3 – Montagem da estrutura do pistão.

Posteriormente, deve-se alongar a bucha de aço (Bombril) e medir 5 cm de


diâmetro. Após isso, realizar um corte na mesma e enrolar em torno do aro de
bicicleta, entre as duas tampas de refrigerante. Finalizando, colar e vedar com
bicarbonato e superbond, para que o mesmo fique fixo.
Figura 4 – Pistão completo.

Dando continuidade, o pistão deve ser inserido na lata que teve a parte
superior removida dois centímetros. A mesma será utilizada como câmara, não
podendo ter qualquer tipo de furo ou vazamento. É nela que a pressão causada pela
temperatura, efetuará efeito sobre o pistão.

Ao conectar o pistão na mesma, deve-se verificar se o mesmo está próximo


as paredes da lata (câmara) e se está correndo de forma livre.

Figura 5 – Pistão dentro da câmara.

Zona de ventilação

Com o pistão e a câmara prontas, em seguida conectaremos o pote de


pomada, juntamente ao joelho de PVC. Essa peça, servirá como um escape para o
ar da câmara fluir e se resfriar, dando continuidade no processo.
É efetuado um furo central no pote, com as medidas do redutor de torneira.
Logo após, é efetuado uma vedação utilizando durepox, para que não haja nenhum
tipo de escape de ar, para que se mantenha a pressão interna.

Para finalizar, o joelho é encaixado e rosqueado no redutor e vedado


utilizando bicarbonato e superbond.

Figura 6 – Pote e redutor de torneira vedados.

Figura 7 – Conector e pote encaixados.


Câmara completa

Desse modo, agora o conector e pote serão encaixados na câmara (lata), de


modo a termos uma zona de passagem e resfriamento do ar. Deve-se realizar a
medida do tamanho do conector. Lixar o mesmo de uma forma que ele se adeque
ao formato oval da lata.

Posteriormente, iremos cola-lo utilizando bicarbonato de sódio e cola


superbond. Porém, para o projeto também foi feita uma outra camada de vedação,
utilizando durepox, apenas para garantia de vedação completa.

Figura 8 – Câmara completa

Construção do virabrequim e suporte

Continuando, foi a hora de construir as partes móveis do motor como


virabrequim, biela, fazer o suporte onde essas peças irão se encaixar.

De começo, utilizando o aro de bicicleta foram construídos o virabrequim e a


biela. Os parâmetros utilizados, tiveram como base um vídeo referência. Utilizando
um alicate e régua, foram feitas as dobras e finalizado ambos. Para conectá-los,
utiliza-se um conector de chuveiro de 25 amperes.

Figura 9 – Virabrequim e biela.


Figura 10 – Virabrequim e biela.

Figura 11 – Biela.

Já para o suporte, serão utilizados a segunda lata, uma broca e uma


furadeira. É realizado um corte em forma circular e central na lateral da lata. Em
seguida, realiza-se um furo central na parte inferior da lata, nele conectaremos o
pistão. Finalizando, são feitos dois furos horizontais lateralmente, centralizados na
lata para passagem do virabrequim e biela.

Figura 12 – Suporte e virabrequim inserido.

Desse modo o suporte, é conectado na câmara. Passa-se o pistão pelo furo


na parte inferior da lata e em seguida conectamos de forma firme as duas partes.
Efetua-se um corte no aro do pistão, de modo a ficar dois centímetros para fora. Em
seguida, é inserido o conector de chuveiro de 30 amperes. Foi feito um furo no
mesmo, utilizando a furadeira e a broca, de modo a biela conectar no mesmo, para
que seja feito o movimento circular.
Figura 13 – Todas as partes conectadas.

Balão e pote de resfriamento

Agora, o objetivo é conectar a zona de movimento do ar com a parte superior


do virabrequim. Para isso, utiliza-se um balão, aro de bicicleta, tampa de detergente,
tampa de refrigerante, cola quente e conector de chuveiro.

Primeiro, é feito a haste conectora. Utilizando o aro de bicicleta, e medindo a


distância, corta-se o mesmo. Em seguida, são inseridas a tampa de refrigerante
cortada e a tampa de detergente, fixando as mesmas com cola quente.

Figura 14 – Haste conectora.

Utilizando o balão, efetua-se um corte no mesmo logo abaixo do gargalo. É


feito um furo na parte inferior do balão, com o tamanho suficiente para passar a
ponta da haste.

Figura 15 – haste e balão.


Finalizando, o balão é preso no pote. Coloca-se um conector de chuveiro de
25 amperes, com um furo lateral de modo a ser inserido a parte lateral do
virabrequim. Utilizando outro conector de chuveiro, aperta-se o mesmo para que a
haste não movimente.

Figura 16 – Haste finalizada e conectada ao balão.

Volante de inércia
O volante de inércia, tem como sua função dar movimento as peças móveis
do motor, sendo um impulso inicial necessário para funcionamento. Utilizando 3 cd’s,
1 arruela, conector de chuveiro, cola quente, cola superbond, furadeira e um suporte
para balão de festa.

Inicialmente, é feita a colagem dos cd’s utilizando superbond de forma bem


centralizada. Em seguida, cola-se a arruela em torno ao círculo central dos cd’s com
cola quente. Desse modo, utilizando a furadeira é feito um furo central no suporte de
balão, para que o mesmo consiga se conectar ao virabrequim. Após conectá-lo no
virabrequim, prende-se

Dando continuidade, o suporte para balão é colado junto a arruela utilizando


superbond. O mesmo é preso utilizando um conector de chuveiro com cola quente.
Posterior a isso, o suporte é colado junto a arruela no CD com cola superbond.

Figura 17 – Pega balão utilizado.

Queimador e Ignição
Para o queimador, foi utilizado uma lata de desodorante. Utilizando um
estilete, foi cortado o fundo da lata, cerca de 4 cm de altura e o topo, cerca de 4 cm
também. Feito um furo na parte superior da tampa e inserido um pano queimador
para direcionar a chama. Utilizado querosene como combustível para garantir uma
fonte de calor suficiente para.

Fornalha
Para fornalha foi utilizado uma lata de tinta. Foi feita uma abertura na mesma,
de modo a ser possível visualizar o queimador. Retirado o fundo da lata, para maior
praticidade. Em seguida foi feito alguns furos de modo a oxigenar a fornalha,
mantendo a chama acesa.

Finalizando, feito uma abertura superior, de modo a encaixar o restante do


motor, com a câmara para baixo.

Sistema de resfriamento
Utilizado uma lata de atum, foi feito o furo da mesma e algumas adaptações
para encaixar junto a câmara (devido ao joelho). Foi feito a vedação da mesma
utilizando algodão, bicarbonato de sódio e cola superbond, pois não pode haver
nenhum tipo de vazamento de água.

O intuito desse sistema é aumentar a eficiência do motor, acelerando o


processo de aquecimento e resfriamento do ar.

Figura 18 – Motor completo


5. Conclusão
A empreitada de construir o motor foi mais do que uma simples jornada; foi
uma experiência desafiadora que não apenas estimulou a adaptabilidade, inovação
e motivação dos universitários, mas também se revelou extremamente gratificante.
Ao longo do processo de construção, diversas modificações foram
implementadas no projeto inicial, exigindo mudanças, adaptações e inovações para
transformar ideias em realidade. Esses contratempos menores demandaram
paciência e uma análise crítica por parte dos projetistas, que precisaram examinar,
avaliar defeitos e encontrar soluções.
Uma peça fundamental que facilitou a montagem do motor Stirling foi adquirir
um profundo conhecimento sobre seu comportamento e funcionamento. Isso
proporcionou uma compreensão mais clara de como cada componente deveria se
comportar. Apesar de algumas lesões e acidentes ao longo do caminho, a
recompensa de testemunhar o motor em pleno funcionamento é verdadeiramente
inestimável.
Refletindo sobre todo o processo, torna-se evidente que essa empreitada não
representou apenas uma construção física, mas sim uma lição de perseverança, fé e
capacitação. Cada obstáculo superado representa um avanço significativo no
conhecimento e na bagagem de um engenheiro durante sua graduação.

Você também pode gostar