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Caros (as) Colegas,

No passado dia 2 de novembro, a Direção e o Pelouro da Pedagogia reuniram com a


Direção da Faculdade de forma a levar junto de quem de direito as preocupações dos
Estudantes que compõem a referida.

Com efeito, abordamos os seguintes pontos:

- Perda de provas de avaliação e devida regulação com procedimento a levar pela


faculdade no caso de tal;

- Possibilidade de realizar aulas online em virtude das faltas de condições ou por motivos
de doença ou outro impedimento justificativo que releve;

- Possibilidade de realizar mostra de provas online;

- Problemática das orais melhorias de anos anteriores, havendo a questão se vigora o


regime híbrido implementado no 2.º semestre do ano que precede; e,

- Mapas de exames da Licenciatura em Direito, Licenciatura em Direito Luso-Brasileiro


e Mestrado em Ciências Jurídico-Forenses.

Com efeito, em relação aos incidentes que envolvem a perda de provas de avaliação
escrita, levantámos a questão da imprevisibilidade de qualquer solução pública e
regulamentar, o que em nosso ver representa uma lacuna insanável. Neste sentido, em
diálogo com os órgãos competentes aferiu-se a possibilidade de tal previsão, sendo que
tal foi considerada positiva.

No concernente à lecionação de aulas por via remota, a Direção da Faculdade mostrou-se


irredutível, não abrindo mão da estipulação do curso na A3ES segundo a qual vigora o
regime presencial. O mesmo se aplica à problemática das mostras de prova, as quais, em
princípio serão presenciais, tendo, naturalmente, os docentes a liberdade de acordo com
motivos atendíveis e o seu bom-senso permitir tal online.

No que diz respeito às orais melhorias de anos anteriores, é uma preocupação de vários
alunos, os quais escolheram as unidades curriculares às quais iriam realizar melhoria de
acordo com o regime que vigorou no semestre precedente. Acontece que o ambiente era
de grande incerteza, pois os serviços não tinham qualquer resposta concreta, tendo
inclusive informado que esperássemos uma notificação. Não nos pautando por uma
postura de passividade, intercetamos a Direção sobre esta questão, tendo nos sido
respondido que, em princípio, manter-se-ão os moldes do semestre passado. Ou seja, as
provas orais de melhoria de unidades curriculares de anos anteriores serão por escrito, a
não ser que os estudantes se inscrevam em melhoria por formulário a disponibilizar.

Por fim, em relação aos mapas de exames, foram aprovados em plenário no dia 18 de
outubro as propostas relativas aos mapas de exames da época normal e de recurso, de
primeiro e segundo semestre, as quais referentes à Licenciatura em Direito, à Licenciatura
em Direito Luso-Brasileiro e ao Mestrado em Ciências Jurídico-Forenses.

Em consequência, e seguindo o comprometimento estipulado em plenário, o NED/AAC


reencaminhou as propostas aprovadas pelos estudantes para os devidos órgãos. Após tal
comunicação, a Direção fez chegar dia 30 de outubro ao NED/AAC condicionantes.
Sendo elas: i. as datas de início e fim de época de exames constituem limite
intransponível; ii. as unidades curriculares com mais alunos inscritos devem, por razões
de racionalidade de gestão, ser agendadas para o mais cedo possível; iii. as datas dos
exames das unidades curriculares da Licenciatura em Direito Luso-Brasileiro que sejam
coincidentes com unidades curriculares da Licenciatura em Direito devem, por decisão
da FDUC, coincidir.

Em concreto foram levantados problemas em relação às datas de Metodologia do Direito,


Direito Penal II, Direito Processual Civil III (Processo Executivo), bem como
relativamente às optativas. A problemática levantada tinha que ver com o facto de que
aquelas unidades curriculares não poderiam estar em último lugar no calendário de
exames. O que, pese embora, naquela não tivéssemos postulado como ordem superior,
pois de facto não tínhamos consciência de tal informação, não obstante possuíamos a
cognoscibilidade de que tal podia sofrer resistência por parte do Conselho Pedagógico
como se advertiu contemporaneamente. No que concerne às unidades curriculares
optativas levantou também objeção, pois, tal como a seu tempo declarado, estas deviam
constar em último lugar, não só por questões de logística por serem unidades curriculares
com menos inscritos, mas também por serem aquelas que mais aprovação reúnem, o que
evitaria problemas de remarcações e orais de melhoria e passagem extemporâneas.

Embora tivéssemos, como referimos a mera cognoscibilidade de que colocar as referidas


unidades curriculares em último lugar, e, no caso das optativas em quarto lugar pudesse
inviabilizar os mapas tal como nos pronunciamos em devida sede, não foram
impedimentos que nos tivessem sido chegados tempestivamente.

Foi, assim, com alguma surpresa que o Pelouro da Pedagogia do NED/AAC soube destas
condicionantes, pois em plenário fizemos saber daquelas que na época tínhamos
consciência. Sendo elas Direito Penal III e Direito Processual Penal, as quais deviam ser
os primeiros exames a realizar, e ainda que Direito Internacional Privado não fosse dos
últimos.

Posto isto, em reunião com a Direção da Faculdade a Direção e o Pelouro da Pedagogia,


a Direção da Faculdade garantiu-nos que a proposta aprovada pela maioria dos estudantes,
em devida hora e sede, era inviável, e quando apresentada em Conselho Pedagógico seria
prontamente recusada. Naturalmente o Pelouro da Pedagogia justificou a ordem dos
mapas, bem como as devidas datas junto de quem de direito com os argumentos que
imperaram a elaboração de tais. Inobstante, perante a inviabilidade do mapa e sem
garantias que a nossa argumentação fosse colhida nós defendemos, perante os devidos
órgãos, que qualquer proposta subsequente não será uma proposta que represente os
estudantes. Ademais, a realização de um plenário para o efeito só teria um efeito
retardante na publicação dos mapas, que já por si peca por tardia, tratar-se-ia de um
prejuízo para os alunos.

Com as mais cordiais saudações académicas,

Coimbra, 03 de novembro de 2023

(Francisco Dinis)

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