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I – INTRODUÇÃO
II - A ORAÇÃO COLETIVA
V - O JEJUM E A ORAÇÃO
VI - TIPOS DE JEJUM
X – CONCLUSÃO
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Mensagem de Abertura 03/09/2023 – Pr Cezar Ricardo – Santarém - PA
ESBOÇO AMPLIADO
TEXTO BÍBLICO: Atos 4.12
I – INTRODUÇÃO
A prática do jejum e oração era tão natural no Antigo Testamento que Jesus foi
questionando por que os seus discípulos não jejuavam, destacaram que os discípulos
de João jejuavam e oravam, os fariseus também o faziam. A resposta de Jesus deixa
claro que Ele não estava retirando o jejum e oração da vida devocional, consagração,
renovo espiritual e busca das bênçãos de Deus, mas que viriam dias que o noivo seria
retirado e então os seus discípulos jejuariam. “Mas virão dias quando o noivo lhes será
tirado; naqueles dias jejuarão" (Lucas 5.35).
Hoje vivemos esses dias. Aliás, logo após a morte e ressurreição de Jesus, os
discípulos e a igreja neotestamentária se dedicaram à oração e ao jejum.
E, nós, como Igreja de Deus em todo Brasil estamos iniciando um período de 40 dias de
oração e jejum. Estamos completando 100 anos no Brasil, e como parte de nossas
celebrações estaremos unidos em oração. Cremos que serão dias maravilhosos de
comunhão com Deus, por meio dos devocionais, alinhamento da igreja em torno da
Palavra através das mensagens ministradas nos domingos e no meio da semana, bem
como um tempo do agir de Deus em nosso meio. Cremos que há ações específicas de
Deus que acontecem por meio da oração coletiva.
II - A ORAÇÃO COLETIVA
Encontramos muitos relatos na bíblia sobre a importância da oração coletiva, em como
Deus agiu a partir do clamor de Seu povo. Jesus ensinou aos discípulos, que quando
dois
concordam sobre qualquer propósito, Ele se estabelece no céu. “Também vos digo
que, se dois de vós concordarem na terra acerca de qualquer coisa que pedirem, isso
lhes será feito por meu Pai, que está nos céus. Porque, onde estiverem dois ou três
reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles” (Mateus 18.19,20)
- Êxodo 3.7,8 - Quando o Senhor chamou Moisés em meio à sarça ardente ele disse:
“Ouvi o clamor do meu povo”.
- 2 Crônicas 7.14 - Deus responde ao pedido de Salomão por ocasião da consagração
do templo, destacando “Se o meu povo, que se chama pelo meu nome...”
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- Ester 4.16 - Nos dias da rainha Ester, diante da ameaça de extermínio o povo Judeu
se uniu em 3 dias de oração e jejum e Deus operou o livramento.
- Atos 1.14 - Mediante a orientação de Jesus, os discípulos se mantiveram em
Jerusalém, em oração aguardando pela promessa do Espírito Santo.
- Atos 12.12 - quando Pedro foi milagrosamente liberto da prisão, se dirigiu à casa de
Maria, mãe de João Marcos, descobriu que muitos estavam ali em oração.
- At 2.42 - a oração coletiva era uma marca profunda da igreja neotestamentária.
Durante esses 40 dias queremos viver de uma maneira única essa realidade do poder
que há na oração coletiva.
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d) Por meio da oração conhecemos mais a Deus e Sua vontade - “E esta é a
confiança que temos nele, que, se pedirmos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele
nos ouve”
(1 João 5.14).
IV - QUAIS AS RESPOSTAS DE DEUS PARA NOSSAS ORAÇÕES?
Deus sempre responde às nossas orações, nem sempre compreendemos a resposta de
Deus, mas Ele sempre trabalha a nosso favor “ Porque eu bem sei os pensamentos que
tenho a vosso respeito, diz o Senhor; pensamentos de paz, e não de mal, para vos dar
o fim que esperais. Então me invocareis, e ireis, e orareis a mim, e eu vos ouvirei”
(Jeremias 29.11,12). Busquemos a Deus em oração, em Sua Onisciência e Soberana
vontade, Ele nos atenderá.
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O SENHOR NÃO NOS ATENDE QUANDO PEDIMOS ALGO:
- Contrário à sua natureza – “E, indo um pouco mais para diante, prostrou-se sobre o
seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai, se é possível, passe de mim este cálice; todavia,
não seja como eu quero, mas como tu queres” (Mateus 26.39). Na cruz o Deus de amor,
por meio de Jesus manifesta sua Justiça contra o pecado, por isso o Pai não pode
atender a oração do Filho.
- Contrário aos princípios estabelecidos na Palavra – “E, indo um pouco mais para
diante, prostrou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai, se é possível, passe
de mim este cálice; todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres” (Mateus
26.39)
- Quando pedimos sem fé – “Digo-lhes que, se crerem que já receberam, qualquer
coisa que pedirem em oração lhes será concedido” (Marcos 11.24).
- Quando o pedido é prejudicial a nós – “E qual dentre vós é o homem que, pedindo-
lhe pão o seu filho, lhe dará uma pedra? E, pedindo-lhe peixe, lhe dará uma serpente?
Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas coisas aos vossos filhos, quanto mais vosso
Pai, que está nos céus, dará bens aos que lhe pedirem?” (Mateus 7.9-11).
V - O JEJUM E A ORAÇÃO
O jejum é a abstinência total ou parcial de alimentos por um período definido e para um
propósito específico. A prática do jejum está presente no Antigo Testamento, no Novo
Testamento e em toda a história da Igreja. Os profetas, os apóstolos, o próprio Senhor
Jesus, e tantos homens de Deus no passado, como Agostinho, Lutero, Wesley, Moody e
tantos outros, praticaram o Jejum.
VI - TIPOS DE JEJUM
a) Jejum PARCIAL - Normalmente o jejum parcial é praticado em períodos maiores ou
quando a pessoa não tem condições de se abster totalmente do alimento (por causa do
trabalho, por exemplo).
Lemos sobre esta forma de jejum no livro de Daniel:
- “Naqueles dias, eu, Daniel, pranteei durante três semanas. Manjar desejável não comi,
nem carne, nem vinho entraram em minha boca, nem me ungi com óleo algum, até que
se passaram as três semanas” (Daniel 10.2,3).
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O profeta Daniel diz exatamente o que ficou sem ingerir: carne, vinho e manjar
desejável. Provavelmente se restringiu à uma dieta de frutas e legumes, não sabemos
ao certo.
- Em outras situações Daniel parece ter feito um jejum normal (Daniel 9.3), o que mostra
que praticava mais de uma forma de jejum. Ao fim deste período, um anjo do Senhor
veio a ele e lhe trouxe uma revelação tremenda. Declarou-lhe que desde o primeiro dia
de oração o profeta já fora ouvido (v.12), mas que uma batalha estava sendo travada no
reino espiritual (v.13) o que ocorreria ainda no regresso daquele anjo (v.20). Aqui
aprendemos também sobre o poder que o jejum tem nos momentos de guerra espiritual.
b) Jejum NORMAL - É a abstinência de alimentos, mas com ingestão de água. Foi a
forma que nosso Senhor adotou ao jejuar no deserto.
“Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão e foi guiado pelo mesmo Espírito, no
deserto, durante quarenta dias, sendo tentado pelo Diabo. Nada comeu naqueles dias,
ao fim dos quais teve fome” (Mateus 4.2).
Denominamos esta forma de jejum como normal, pois entendemos ser esta a prática
mais propícia nos jejuns regulares (como o de um dia).
c) Jejum TOTAL - É abstinência de tudo, inclusive de água. Na Bíblia encontramos
poucas menções de ter alguém jejuado sem água, e isto dentro de um limite: no máximo
três dias.
A água não é alimento, e nosso corpo depende dela a fim de que os rins
funcionem normalmente e que as toxinas não se acumulem no organismo. Há
dois exemplos bíblicos deste tipo de jejum, um no Velho outro no Novo
Testamento:
1) Ester, num momento de crise em que os judeus (como povo) estavam condenados à
morte por um decreto do rei, pede a seu tio Mardoqueu que jejuem por ela: “Vai, ajunta
a todos os judeus que se acharem em Susã, e jejuai por mim, e não comais, nem
bebais por três dias, nem de noite nem de dia; eu e as minhas servas também
jejuaremos. Depois, irei ter com o rei, ainda que é contra a lei; se perecer, pereci” (Ester
4.16).
2) Paulo, na sua conversão também usou esta forma de jejum, devido ao impacto da
revelação que recebera: “Esteve três dias sem ver, durante os quais nada comeu, nem
bebeu.” (Atos 9.9).
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Não há qualquer outra menção de um jejum total maior do que estes (a não ser o de
Moisés e Elias numa condição diferente).
- Não há regras fixas na Bíblia sobre quando jejuar ou qual tipo de jejum praticar, isto é
algo pessoal. Mas a prática do jejum, além de ser recomendação bíblica, traz consigo
alguns princípios que devem ser entendidos e seguidos.
- No Velho Testamento, na lei de Moisés, os judeus tinham um único dia de jejum
instituído: o do Dia da Expiação (Levítico 23.27), que também ficou conhecido como “o
dia do jejum” (Jeremias 36.6) e ao qual Paulo se referiu como “o jejum” (Atos 27.9).
- No Velho e Novo Testamento não há uma ordem acerca de jejuarmos. Contudo,
apesar de não haver um imperativo acerca desta prática, a Bíblia está cheia de
menções ao jejum. Fala, não apenas de pessoas que jejuaram e da forma como o
fizeram, mas infere que nós também jejuaríamos e nos instrui na forma correta de fazê-
lo.
- O jejum pode ser uma prática vazia se não for feito de maneira correta, como
aconteceu nos dias do Profeta Isaías:
“Seu jejum termina em discussão e rixa, e em brigas de socos brutais. Vocês não
podem jejuar como fazem hoje e esperar que a sua voz seja ouvida no alto. Será esse o
jejum que escolhi, que apenas um dia o homem se humilhe, incline a cabeça como o
junco e se deite sobre pano de saco e cinzas? É isso que vocês chamam jejum, um dia
aceitável ao Senhor? "O jejum que desejo não é este: soltar as correntes da injustiça,
desatar as cordas do jugo, pôr em liberdade os oprimidos e romper todo jugo? Não é
partilhar sua comida com o faminto, abrigar o pobre desamparado, vestir o nu que você
encontrou, e não recusar ajuda ao próximo?” (Isaías 58.4-7).
A medicina adverte contra um período de mais de três dias sem água, como sendo
nocivo. Devemos cuidar do corpo ao jejuar e não agredi-lo. Lembre-se de que estará
lutando contra sua carne (natureza e impulsos) e não contra o seu corpo.
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Quando jejuamos, não devemos crer NO JEJUM, e sim, em Deus. A resposta às
orações flui melhor quando jejuamos, porque através desta prática estamos liberando
nosso espírito na disputada batalha contra a carne, e por isso, as coisas acontecem.
- Por exemplo, a fé é do espírito e não da carne; portanto, ao jejuar estamos removendo
o entulho da carne e liberando nossa fé para se expressar.
- Quando Jesus disse aos discípulos que não puderam expulsar um demônio por falta
de jejum (Mateus 17.21), ele não limitou o problema somente a isso, mas falou sobre a
falta de fé (Mateus 17.19,20) como um fator decisivo no fracasso daquela tentativa de
libertação.
b) O jejum ajuda a liberar a fé! O que nos dá vitória sobre o inimigo é o que Cristo fez
na cruz e a autoridade de Seu nome. O jejum em si não me faz vencer, mas libera a fé
para o combate e nos fortalece, fazendo-nos mais conscientes da autoridade que nos foi
delegada.
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Preparação para a batalha espiritual – Jesus mencionou que determinadas castas só
sairão por meio de oração e jejum, que trazem um maior revestimento de autoridade
(Mateus 17.21);
Consagração – Ana não saía do templo, orando e jejuando frequentemente (Lucas
2.37);
Preparação para o ministério – Jesus só começou seu ministério depois de ter sido
cheio do Espírito Santo e se preparado em jejum (prolongado) no deserto (Lucas 4.1,2).
*OBS: A Bíblia fala de Moisés (Êxodo 34.28) e Elias (1 Reis 19.8) jejuando períodos de
quarenta dias. Porém, vale ressaltar que estavam em condições especiais, sob o
sobrenatural de Deus. Moisés nem sequer bebeu água nestes 40 dias, o que
humanamente é impossível. Mas ele foi envolvido pela glória divina.
*O mesmo se deu com Elias, que caminhou 40 dias na força do alimento que o anjo lhe
trouxe. Isto é um jejum diferente que começou com um belo “depósito”, uma comida
celestial. Jesus, porém, fez um jejum normal com esta duração.
X - CONCLUSÃO
Nos próximos 40 dias estaremos orando e jejuando de forma coletiva. Estabeleça as
refeições que vai jejuar. A sugestão é que seja uma refeição diária, no entanto, se você
tem algum problema de saúde que o limite a participar de um jejum mais prolongado,
deve falar com seu médico para ser orientado em como poderá participar da Campanha.
Queremos nos unir em oração e jejum:
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- Por nossas famílias;
- Pela edificação e crescimento da Igreja;
- Por curas, milagres, transformação e libertação;
- Gratidão pelos 100 anos da igreja no Brasil;
- Direção de Deus para a Igreja para os próximos anos.
Estabeleça seu propósito pessoal, pelo qual estará orando e jejuando nesse período.
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