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| NOME:____________________________________
| MARCELO ARAUJO
| TEATRO
Romeu e Julieta
"Romeu e Julieta" é uma das tragédias mais conhecidas escritas por Grupo 1
William Shakespeare. A história se passa em Verona, onde duas - Romeu Montéquio
famílias poderosas, os Montecchios e os Capuletos, estão envolvidas - Senhor Montéquio
em uma longa e intensa rivalidade. No meio desse conflito, Romeu
Montecchio e Julieta Capuleto se encontram e se apaixonam à
Grupo 2
primeira vista durante um baile.
- Julieta Capuleto
Apesar da animosidade entre suas famílias, Romeu e Julieta - Senhor Capuleto
decidem se casar secretamente com a ajuda do Frei Lourenço, que
espera que o matrimônio possa reconciliar os Montecchios e os Grupo 3
Capuletos. No entanto, uma série de eventos infelizes e - Mercúcio
mal-entendidos leva à tragédia. - Benvólio Montéquio
Romeu mata Teobaldo, primo de Julieta, em um duelo e é banido de
Verona. Para evitar um casamento indesejado com Paris, Julieta Grupo 4
toma uma poção que a faz parecer morta. Romeu, ouvindo - Teobaldo Capuleto
falsamente sobre a morte de Julieta, volta a Verona e toma veneno - Paris
ao se deparar com o corpo dela. Quando Julieta acorda e encontra - Senhora Capuleto
Romeu morto, ela se mata com uma adaga.
Grupo 5
As mortes trágicas de Romeu e Julieta fazem com que suas famílias
- Frei Lourenço
percebam o custo devastador de seu ódio mútuo. Eles finalmente
põem de lado suas diferenças, mas é tarde demais para salvar as
- Ama
vidas jovens e apaixonadas. A história de "Romeu e Julieta" explora - Príncipe de Verona
temas como o amor proibido, o destino trágico e as consequências
da rivalidade desenfreada. Grupo 6 - Cenário, móveis e objetos gerais e sonoplastia
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Romeu e Julieta
TEXTO SANSÃO: Vamos fazer com que a lei fique do nosso lado;
eles que comecem! Vou morder meu polegar para eles, o
Romeu e Julieta que lhes será uma desgraça se eles não reagirem.
Bloco 1: (Entram Abraão e Baltasar.)
Prólogo ABRAÃO: O senhor por um acaso está mordendo o
Duas casas, duas famílias com a mesma dignidade na polegar para nós?
aprazível Verona, onde se desenrola esta história, que SANSÃO: Estou mordendo meu polegar, sim.
parte de antigas rixas e chega a um novo motim,
quando sangue civil mancha mãos civis. Pois, da prole GREGÓRIO: O senhor está procurando briga?
dessas duas casas, inimigas fatais, um casal de
amantes traídos pelo destino toma sua própria vida. A ABRAÃO: Procurando briga, senhor? Claro que não!
terrível história de seu amor constitui o que se passa a SANSÃO: Porque, se o senhor por um acaso estiver
narrar agora neste palco. procurando briga, sou o homem certo para o senhor.
Cena 1 Sirvo para um homem de seu quilate.
(Entram Sansão e Gregório, armados de espadas e SANSÃO: Saque de sua espada, se for homem! (Entram
broquéis.) em combate.)
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Romeu e Julieta
TEOBALDO: Mas como? Desembainhastes vossas PRÍNCIPE: Súditos rebeldes, inimigos da paz,
espadas no meio desses fracotes sem colhões? Vira-te, profanadores do aço dessas lâminas manchadas com
Benvólio, e encara tua morte. sangue de vossos próprios vizinhos! Três lutas civis,
nascidas das palavras atiradas ao vento por vocês,
BENVÓLIO: Não faço mais que manter a paz. Guarda velho Capuleto e velho Montéquio, três vezes vieram
tua espada, ou então usa-a para, junto comigo, separar perturbar a calma de nossas ruas. Se perturbarem a paz
esses homens. uma vez mais, pagarão com vossas vidas por terem
TEOBALDO: Mas como? Espada desembainhada, e me quebrado a quietude. Por ora, dispersai-vos. — Você,
vens falar de paz? Tenho tanto ódio a essa palavra Capuleto, vem comigo –, e você, Montéquio, quero vê-lo
como ao inferno, aos Montéquio e a ti. Defende-te hoje à tarde, no velho tribunal. Uma vez mais, sob pena
covarde! de morte, dispersai-vos todos!
(Entram em combate. Entram vários homens (Todos saem de cena, menos Benvólio. Entra Romeu.)
relacionados às duas famílias e juntam-se à briga; em BENVÓLIO: Bom dia, primo.
seguida, entram cidadãos com pedaços de pau.)
ROMEU: As horas parecem arrastar-se, tristes. Aquele
PRIMEIRO CIDADÃO: Com pauladas, alabardas, lâminas que se apressou a ir embora... era meu pai?
de aço militar! Atacai! Derrotai-os! Abaixo os Capuleto!
Abaixo os Montéquio! BENVÓLIO: Sim. Mas que tristeza é essa que faz as
horas de Romeu arrastarem-se?
(Entram Capuleto, Lady Capuleto, Montéquio e Lady
Montéquio.) ROMEU: O fato de não ter aquilo que, quando se tem,
faz as horas voarem.
CAPULETO: Que barulho é esse? Deem-me a minha
espada mais pesada, e rápido! BENVÓLIO: Apaixonado?
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(Saem.)
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TEOBALDO: Esse, pela voz, deve ser um Montéquio. JULIETA: Então meus lábios agora têm o pecado que
Como ousa, esse escravo, vir até aqui, escondido atrás tiraram de ti.
dessa máscara estúpida, para rir e debochar de nossa ROMEU: Pecado tirado de meus lábios? Ah, violação
festividade? com doçura instigada. Devolve a mim meu pecado.
CAPULETO: Meu parente! Aonde vais, e por que tão JULIETA: Beijas tão bem!
agitado?
AMA: Senhorita, sua mãe gostaria de ter umas
palavrinhas consigo.
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AMA: Ora, meu rapaz, a mãe dela é a dona da casa, e Um espaço aberto, vizinho ao jardim de Capuleto
uma grande dama, sábia e virtuosa.
(Entra Romeu.)
ROMEU: Ela é uma Capuleto? Que preço alto a pagar!
Agora minha vida é dívida que tenho para com meu ROMEU: Como posso ir embora, quando meu coração
inimigo. está aqui? Dá meia-volta, corpo meu, terra insensível, e
encontra teu centro de gravidade, o teu coração, fora
BENVÓLIO: Embora, vamos andando; a festa está no de mim. (Ele escala o muro e pula para dentro do
auge. jardim.) Só ri de cicatrizes quem nunca sentiu na própria
pele uma ferida.
(Saem todos, menos Julieta e Ama.)
( Julieta aparece mais acima, em uma janela.)
JULIETA: Vem cá, ama. Quem é aquele cavalheiro?
ROMEU: Mas, calma! Que luz é essa que brilha através
AMA: Seu nome é Romeu, e é um Montéquio: filho único daquela janela? Vem do leste, e Julieta é o Sol!
de seu grande inimigo.
O brilho de sua face deixaria as estrelas coradas de
JULIETA: Meu único amor, nascido de meu único ódio! vergonha, assim como a luz do dia deixa envergonhada
Monstruoso para mim é o nascedouro desse qualquer lamparina.
amor, que me faz amar tão odiado inimigo. (Alguém, de JULIETA: Ai de mim!
dentro, chama: “Julieta!”.)
ROMEU: Ela disse alguma coisa. Ah, fale outra vez, anjo
AMA: Num instante! Já vamos. (Para Julieta.) Vamos de luz!
embora. As visitas já se foram.
JULIETA: Ah, Romeu, Romeu! Por que tinhas de ser
Romeu? Renega teu pai, rejeita teu nome; e, se assim
não o quiseres, jura então que me tens amor e deixarei
de ser uma Capuleto.
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ROMEU (à parte): Devo escutar mais, ou devo falar JULIETA: Três palavrinhas, meu querido Romeu, e
agora? depois boa noite. Se essa tua inclinação amorosa for
honrada, se for tua intenção o casamento, manda-me
JULIETA: É só teu nome que é meu inimigo. Mas tu és tu um recado amanhã pela pessoa que enviarei ao teu
mesmo, não um Montéquio. E o que é um Montéquio? encontro. Manda dizer onde e a que horas celebrarás a
Não é mão, nem pé, nem braço, nem rosto, nem cerimônia, e todos os meus tesouros deitarei aos teus
qualquer outra parte de um homem. Romeu, livra-te de pés.
teu nome; em troca dele, que não é parte de ti, toma-me
inteira para ti. AMA (Ouve-se sua voz, que vem de dentro da casa):
Senhorita!
ROMEU: Tomo-te por tua palavra: chama-me teu amor, e
serei assim rebatizado; nunca mais serei Romeu. JULIETA: Já estou indo. – Mas, se não forem honrados
os teus propósitos, eu te imploro, termina aqui com teus
JULIETA: Quem é esse homem que, assim envolto pela pedidos, deixa-me a sós com minha dor. Amanhã envio
noite, tropeça em meu segredo? uma pessoa ao teu encontro...
ROMEU: Com um nome, não sei como te dizer quem sou. ROMEU: Que minha alma sobreviva...
Meu nome, minha santa, é odioso a mim mesmo, porque
é inimigo teu; se o tivesse escrito, rasgaria a palavra. JULIETA: Boa noite, boa noite, boa noite! (Sai.)
JULIETA: Como vieste parar aqui, conta-me, e por que ROMEU: Que o sono habite teus olhos, que a
razão? Os muros do pomar são altos e difíceis de tranquilidade se aninhe em teu peito. Por isso, vou
escalar, e, considerando-se quem és, este lugar é agora à cela de meu pai espiritual em busca de sua
sinônimo de morte, no caso de um parente meu ajuda e também para lhe contar de minha felicidade.
encontrar-te aqui.
(Romeu sai de cena.)
ROMEU: Ai de mim! Teu olhar é mais perigoso que vinte
das espadas de teus parentes. Basta que me olhes com
doçura, e estou a salvo da inimizade deles.
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ROMEU: Bom dia, padre. ROMEU: Pois vamos logo; tenho tanta pressa!
REI LOURENÇO: Benedicite! Que boca madrugadora tão FREI LOURENÇO: Ir devagar seria mais sábio. Só
docemente me saúda? O fato de teres chegado aqui tão tropeça quem corre.
cedo dá-me a certeza de que estás enfermo. Ou, se não (Saem.)
é esse o caso, então, agora sim, estou certo: nosso
Romeu nem chegou a deitar-se essa noite passada.
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MERCÚCIO: Ora, vamos, és tão esquentado quanto ROMEU: Gentil Mercúcio, guarda teu espadim.
qualquer italiano: logo fica de mau humor quando se
sente provocado, e assim que está de mau humor quer MERCÚCIO: Ataque, senhor, mostre o seu lunge.
mais é provocar. (Eles entram em combate.)
(Entram Teobaldo e outros.) ROMEU: Cavalheiros, que vergonha, desistam desse ato
TEOBALDO: Sigam-me de perto, vou falar com ele. (Para ultrajante! Teobaldo, Mercúcio, o Príncipe proibiu
Mercúcio.) Mercúcio, tu conchavas em duo com Romeu... expressamente altercações nas ruas de Verona.
MERCÚCIO: Em duo? Mas como, pensa que somos (Saem Teobaldo e seus companheiros.)
menestréis? E, se nos toma por menestréis, prepara-se MERCÚCIO: Estou ferido. Rogo uma praga sobre as
para ouvir as notas mais dissonantes. duas famílias! Estou morto. E ele se foi, sem um único
(Entra Romeu.) arranhão?
TEOBALDO: Romeu, o ódio que tenho por ti não me ROMEU: Coragem, homem; o ferimento não deve ser
permite usar termo mais suave: és um verme. grave.
ROMEU: Nego tua afirmação: jamais te insultei. Pelo MERCÚCIO: O estrago está feito. Garanto-lhes que estou
contrário; amo-te mais do que possas imaginar. Até que derrotado para esta vida. Por que diabos vieste te meter
possas conhecer o motivo de meu amor – e então, meu entre nós? Ele me feriu sob o teu braço. Rogo uma
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praga sobre as duas famílias! Fizeram de mim comida Portanto, vai-te embora, foge!
para os vermes.
ROMEU: Sou o bobo da corte nesta vida, joguete do
(Saem Mercúcio e Benvólio. ) destino.
ROMEU: Esse cavalheiro foi ferido mortalmente em BENVÓLIO: Estás esperando o quê?
minha defesa; minha reputação, manchada pelas
palavras difamatórias de Teobaldo. (Sai Romeu.)
(Reentra Benvólio.)
(Reentra Teobaldo.)
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Bloco 4: LADY CAPULETO: Teu pai vem vindo; dize-lhe tu. (Entra
Capuleto.)
Cena 7
CAPULETO: Então, mulher, puseste Julieta a par de
Uma sacada que dá para os aposentos de Julieta, sobre nossa decisão?
o jardim
LADY CAPULETO: Sim, senhor; e ela agradece, mas não
(Entram Julieta e Lady Capuleto.) aceita.
LADY CAPULETO: Então, Julieta, como estás? CAPULETO: Ora, vamos! Mas o que é isso agora?
JULIETA: Não estou bem, não senhora. Virou sabida nessa idade? Ficou pedante? Orgulhosa...
LADY CAPULETO: Teremos a vingança devida, não te Ajeita teus delicados ossinhos para a próxima
preocupes. Não chores mais. Agora estou aqui para te quinta--feira, quando irás à Igreja de São Pedro com
trazer notícias mais alegres, menina. JULIETA: E alegria Páris.
é bem-vinda em hora tão desvalida. Por favor, minha
mãezinha, que notícias são essas? JULIETA: Meu bondoso pai, eu lhe imploro, de joelhos,
que o senhor me escute com paciência, ao menos uma
LADY CAPULETO: Bem, bem, minha criança, tens um pai palavra!
que olha por ti, um pai que planeja de repente um dia
de júbilo pelo qual tu não esperavas, nem eu tampouco. CAPULETO: Digo-te o seguinte: estejas na igreja na
quinta-feira. Não fales nada, não retruques, não me
JULIETA: Minha mãe, mas que notícia boa! E que dia respondas. Sê minha filha e entrego-te ao meu amigo;
será esse? caso contrário, enforca-te, pede esmolas, passa fome,
LADY CAPULETO: Vê só, minha filha: nesta próxima morre nas ruas, pois, pela minha alma, não mais te
quinta-feira, cedo da manhã, o jovem, galante e nobre reconhecerei como minha filha. Pensa bem, reflete, que
cavalheiro Conde Páris, na Igreja de São Pedro, vai sou homem de palavra e não volto atrás.
fazer de ti uma noiva radiante. (Saem Capuleto e Lady Capuleto.)
JULIETA: Ora, pela Igreja de São Pedro, e por São
Pedro, ele não vai fazer de mim uma noiva radiante.
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JULIETA: Vou procurar o Frei, buscar com ele remédio FREI LOURENÇO: Espera, então. Toma esta garrafinha
para minha situação. Se nada funcionar, tenho e, quando estiveres em tua cama, bebe este líquido
capacidade de morrer. destilado, bebe-o todo. Logo em seguida, em todas as
tuas veias correrá um humor frio, entorpecedor. Nenhum
Cena 8 calor, nenhuma respiração atestará que vives. E essa
A cela de Frei Lourenço semelhança emprestada ao rigor da morte se manterá
por quarenta e duas horas em ti. Nesse meio-tempo, e
(Entram Frei Lourenço e Julieta.) antes de acordares, Romeu, através de minhas cartas,
ficará conhecedor de nosso intento e voltará a Verona.
JULIETA: Não vejo esperança, não vejo solução, estou
sem nenhum socorro. JULIETA: Ah, dê-me a garrafinha. Que o amor me dê
força; e a força me dará recursos. Adeus, meu querido
FREI LOURENÇO: Ah, Julieta! Estou sabendo de tua dor, padre!
e isso me confrange tanto que nem posso explicar
quanto. (Saem.)
JULIETA: Ah, para não me casar com Páris, o senhor BALTASAR: Partirei, senhor, para não vos perturbar.
pode até propor que eu me jogue daquela torre.
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ROMEU: Desse modo mostras a amizade que tens por JULIETA: Barulho de gente chegando? – Então serei
mim. – Toma isto para ti. Vive e sê próspero. E, adeus, breve. – Ah, punhal feliz! (Apoderando-se da adaga de
meu bom amigo. Romeu.) Esta é tua bainha. (Apunhala-se.) Enferruja
dentro de mim e deixa-me morrer. (Cai sobre o corpo de
(Romeu forçando e abrindo a porta do jazigo.) Romeu e morre.)
ROMEU: Ah, meu amor! Minha esposa! A morte, que (Entram em cena os guardas, seguidos do Príncipe e sua
sugou o mel de teu hálito, ainda não teve forças para comitiva, Montéquio, Capuleto, Lady Capuleto e Frei
bulir com tua beleza. Ah, minha querida Julieta, por que Lourenço.)
continuas tão linda? Permanecerei para sempre contigo,
sem partir jamais deste palácio de escuridão noturna. PRÍNCIPE: Que desgraça acorda-nos assim tão cedo,
(Apanhando um frasco de veneno.) tirando nossa pessoa de seu repouso matutino?
Vem, condutor amargo; vem, guia repugnante. Ao meu PRIMEIRO GUARDA: Meu soberano, Romeu está morto.
amor! (Bebe.) – Ah, honesto boticário, estas tuas drogas E Julieta, antes falecida, tem o corpo quente e está
são mesmo rápidas. (Beija Julieta.) Assim, com um beijo, recém-morta.
morro. (Morre.)
LADY CAPULETO: Ai de mim! Esta visão da morte é
( Julieta desperta e mexe-se.) como um sino que me vem advertir de minha velhice,
seduzindo-me para uma sepultura!
JULIETA: Lembro-me bem de onde eu deveria estar... E
estou. Onde está o meu Romeu? O que é isto? Um cálice, MONTÉQUIO: Ai de mim! Que modos são esses,
que meu verdadeiro amor segura em sua mão? Vejo que baixando a uma cova antes de teu pai?
veneno foi seu fim prematuro. Beijarei teus lábios. Pode
ser que ainda encontre neles um pouco de veneno que FREI LOURENÇO: Serei breve. Romeu, ali morto, era o
me faça morrer com este fortificante. (Beija-o.) Teus marido daquela, Julieta; e ela, ali morta, a esposa fiel
lábios estão quentes! desse Romeu. Eu os casei, e o dia secreto das núpcias
foi o dia da morte de Teobaldo, cujo fim baniu desta
PRIMEIRO GUARDA (de fora de cena): Vá na frente, cidade o noivo recém-casado. Julieta recorre a mim,
rapaz. Para que lado? suplica-me que invente um meio de livrá-la desse
segundo matrimônio. Assim foi que lhe dei uma poção
que forjou nela a aparência da morte. Nesse
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(saem.)
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Grupo 4 - Grupo 5 -
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Esboço figurino:
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