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Ato I – Cena III

Cena III
Um salão em casa de Capuleto. Música e dança.

CAPULETO - Julieta estamos na época de pensar em casamento.


Mais jovens do que vós, aqui em Verona, senhoras de respeito,
já são mães. Para ser breve: o valoroso Páris deseja o vosso
amor.
JULIETA - Vou ver se prendo nele os meus olhares.
ROMEU - Oh! ela ensina o brilho à tocha. Bela demais para o
uso, muito cara para a vida terrena. Como Deusa anda no meio
das demais donzelas.
TEBALDO - Tio, aquele é um Montéquio, um vilão que aqui entrou
para nos estragar toda a alegria.
CAPULETO - Não é o jovem Romeu?
TEBALDO - O mesmo…
CAPULETO - Gentil Tebaldo, fica quieto; deixa-o tranquilo.
TEBALDO - Não o suporto.
CAPULETO - Terás de suportá-lo. Afinal quem é que manda aqui,
vós ou eu?
TEBALDO - Mas, tio, é vergonhoso...
CAPULETO - Ide, ide acalmar-vos - Alegria! Alegria!

Sai.

ROMEU - (a Julieta) - Deixai, ó santa! que esta boca mostre o


caminho certo aos corações.
AMA – Senhorita, vossa mãe a senhora Capuleto deseja falar-
vos.
ROMEU - Capuleto? Oh Minha vida é dívida de hoje em diante no
livro do inimigo.
JULIETA - Ama, quem é aquele gentil-homem
AMA – Aquele? É Romeu um Montéquio, filho único do grande
imigo de vosso pai.
JULIETA - Como do amor a inimizade me arde! Como esse monstro,

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Ato I – Cena III

o amor, brinca comigo: apaixonada por um inimigo!


AMA - Como assim? Como assim?
JULIETA – Dizia uma rima que aprendi com quem dancei há pouco.

Saem.

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