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Aqui fica um exemplo, escrito por um colega vosso, de uma associação feita entre a obra
Amor de Perdição e o filme Os Coristas. É um trabalho mais breve por ter sido escrito e
haver limite de palavras.
E agora um exemplo da associação entre a música “As regras da sensatez”, de Rui Veloso, e a
obra Frei Luís de Sousa, de Garrett, também realizada por uma colega vossa. Reforço que,
nestas duas situações, havia sido pedido um texto, não uma apresentação oral.
«Nunca voltes ao lugar / onde já foste feliz» encerra um conselho que quase calharia
bem a Madalena no momento em que, incendiada a casa de Manuel de Sousa, a família
Vilhena-Coutinho tem de se acolher sob o antigo teto dos Vimioso, o palacete onde vivera
com o primeiro marido. Contudo, dificilmente se pode dizer que Madalena tivesse sido feliz
durante a união com D. João de Portugal. Telmo, reconhecendo que «o pobre de meu amo»
recebera «respeito, devoção, lealdade» de Madalena, recrimina à sua senhora não ter amado
o primeiro marido («mas amor!»), enquanto Madalena replica que ao amor «não está em
nós dá-lo, nem quitá-lo», assentindo o que afirmara o aio. Além disso, bem vistas as coisas,
era até o coração que lhe dizia que não faria bem em regressar àquela casa («tu não sabes a
violência, o constrangimento de alma, o terror com que eu penso em ter de entrar naquela
casa»), o que infirma o dístico «Por muito que o coração diga / Não faças o que ele diz».