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Peça Romeu e Julieta

Inspirado na obra de William Shakespare


Adaptação: João Pedro Barbosa

Personagens;
ROMEU
MONTECCHIO (Pai de Romeu)
SENHORA MONTECHIO (Mãe de Romeu)
BENVOLIO (Sobrinho de Montecchio, amigo de Romeu)
MERCURIO (Parente do príncipe, amigo de Romeu)
JULIETA
CAPULETO (Pai de Julieta)
SENHORA CAPULETO (Mãe de Julieta)
TEOBALDO (Sobrinho da Senhora Capuleto)
AMA
PARIS (Jovem nobre, parente do príncipe)
SANSÃO (Criado de Capuleto)
GREGÓRIO (Criado de Capuleto)
PEDRO (Criado de Montecchio)
ABRAÃO (Criado de Montecchio)
BOTICÁRIO
BALTAZAR (PRIMO E SOBRINHO DE JULIETA)
CENA I
PRÓLOGO: - Na bela cidade de Verona duas famílias de igual dignidade, levados por antigos
rancores desencadeiam novos distúrbios, onde ódio tinge de sangue as mãos de seus cidadãos.
Em meio ao ódio dessas famílias, sobre a luz da lua e o brilho das estrelas, surge o mais puro
dos sentimentos, o amor... E deste amor á desventuras de dois amantes, Romeu e Julieta,
acometidos por um lastimoso fim que até os dias de hoje sobrevive intacto e invencível.

(Entram Sansão e Gregório armados de espada)

SANSÃO: - Dou a minha palavra caro Gregório, não devemos levar desafora para casa.
GREGÓRIO: - Está certo,
SANSÃO: - Se me desafiarem puxo minha espada e lavo com sangue a honra.
GREGÓRIO: - Até o latir do cachorro na casa dos Montecchio me irrita! E por falar em cães
veja quem vem lá.

SANSÃO: – Minha espada está aposta.


ABRAÃO: – É pra nós que fazes cara feia senhor?
GREGÓRIO: - Não. Talvez algum assombro, quem sabe.
SANSÃO: - Quem sabe não és um,
BALTAZAR: - Estás querendo briga.
GREGÓRIO: - Eu? Não senhor
SANSÃO: - Mas se estás... Saiba que estamos apostos.
ABRAÃO: - Desembanhie vossas espadas se forem homens.
TEOBALDO: - Corja! Sacas da espada contra esses pobres homens
BENVÓLIO: -Procura apartar esta gente. Guarda tua espada e ajude a acalmá-los.
TEOBALDO: - Como? Estes porcos imundos não desejam a paz. Por inferno todos os
Montecchios!

CAPULETO: - Que confusão é esta? Minha espada... Ide busca-la.


SENHORA CAPULETO: - Espada? Não. Por que inflamar ainda mais esta confusão?
CAPULETO – Minha espada mulher!
MONTECCHIO: - Capuleto, covarde! Tem de se haver comigo.
SENHORA CAPULETO: - Não darás um só passo para enfrentar o inimigo,
(OS HOMENS COMEÇAM A LUTAR.)

(ENTRA O PRÍNCIPE)

PRÍNCIPE: - Baderneiros, inimigos da paz, que puxam as suas espadas derramando o sangue
do vizinho. (Todos reverenciam)Parecem animais selvagens, espalhando por Verona a
semente da intriga, da discórdia e do mal. Jogai de suas mãos as armas ou sentiras a fúria do
meu castigo. (Jogam as armas) Se voltarem a pertubar a paz serão sobre sentenças com suas
vidas. Vós Capuleto vinde comigo, quanto a vós Montecchio a tarde irás a corte da justiça.
Agora, retirem-se.

CENA II
(TODOS SAEM, FICA MONTECHIO, BENVOLIO, SENHORA MONTECHIO)

MONTECHIO: - Quem despertou esta antiga rixa? Diga-me sobrinho!


BENVOLIO: - Os servos de vossos adversário. Apenas desembainhei minha espada para
separá-los. Foi quando surgiu o impetuoso Teobaldo apontando sua espada em minha direção
me provocando. Foi então que chegou o príncipe e intervi-o apartando-nos.

SENHORA MONTECHIO: - Nossa!, mas onde está meu filho Romeu? Tu o viste hoje ?
Fico feliz por vê que não está metido nesta confusão.

BENVOLIO: - Senhora, uma hora antes vi vosso filho Romeu passeando no bosque. Tentei
me aproximar... Mas percebi que Romeu preferia ficar só, perdido em seus próprios
pensamentos.

MONTECHIO: - Vive em profundos suspiros! E quando volta desses passeios se aprisiona


em seu quarto. Negro e fatal será esse estranho comportamento... A não ser... Que receba um
bom conselho.

BENVOLIO: - Meu nobre tio, conheceis a causa?


MONTECHIO: - Não. E nem mesmo consigo que me revele. Como seria maravilhoso
que Romeu abrisse seu coração, dizendo-me o que na verdade pertuba-lhe a alma.

BENVOLIO: - Quem vem lá... Veja se não é Romeu. Peço-lhe que deixe-nos. Tentarei saber
a causa.

SENHORA MONTECHIO: - Espero sinceramente que sejas feliz e consiga de Romeu a


confissão. Vamos querido!

(MONTECHIO E SENHORA MONTECHIO SAEM)


(FICA BENVOLIO E ENTRA ROMEU)

BENVOLIO: - Boa manha meu primo!


ROMEU: - Ai de mim! As horas tristes parecem longas.
BENVOLIO: - Que tristeza abala tuas horas?
ROMEU: - Não possuir o que as pode abreviar.
BENVOLIO: - O amor?
ROMEU: - Estou privado daquela que amo.
BENVOLIO: - Que tão cruel é este que provas?
(SAI BENVOLIO E ROMEU, ENTRA CAPULETO E PARIS)

CENA III
CAPULETO: - E lamentável que haja esta inimizade de tanto tempo.
PARIS: - Tenho pelo senhor, honrosa consideração... E agora senhor Capuleto, espero que
responda ao meu pedido.

CAPULETO: - Claro, respondo. Minha filha Julieta e ainda muito jovem. Mas quem sabe
daqui dois verões, esteja preparada para assumir tal compromisso, e enfim venha a ser sua
esposa.

PARIS: - Outras moças da mesma idade de Julieta já são mães felizes.


CAPULETO: - Muito cedo murcham aquelas que cedo se casam. Julieta e a dona e a
esperança do meu mundo. Permito-o que a corteje, isto e, se for do agrado de minha filha. E
esta noite estas convidado a festa que darei aqui em casa.

PARIS: – Muito me honra o convite. Toda Verona conhece a grandiosidade deste baile.
Desde já senhor Capuleto... Conte com minha presença.

CENA IV
(ENTRA ROMEU E BENVOLIO)

BENVOLIO: - és louco Romeu?


ROMEU: - Não ouves que te digo? Haverá um grande baile de mascaras.
BENVOLIO: - Na casa dos Capuletos.
ROMEU: - Onde a bela Rosalina se fará presente.
BENVOLIO – Então vais lá compara a bela Rosalina com as outras beldades de Verona.
ROMEU: - O sol que tudo vë, nunca contemplou tamanha beleza.
BENVOLIO: - Dizes isso por que não tens com quem compara-lá
ROMEU: - Não vou para compara-lá. Apenas para presenciar o espetáculo de sua formosura
em todo seu esplendor.
BENVOLIO: - é louco Romeu.
ROMEU: - Louco não. Apenas um homem apaixonada!
(TODOS SAEM)

CENA V
SENHORA CAPULETO: - Ama onde estás minha filha? Chame-a
AMA: - Onde anda essa pequena? Julieta, JULIETAAA.
JULIETA: - Que há? Quem estás a me chamar?
AMA: - Vossa mãe estás a chamar-te.
JULIETA – Eis-me aqui senhora minha mãe. Oque desejas?
SENHORA CAPULETO: - Ama, deixe-nos a sós um momento.
AMA: - Deixarei vocês a sós minha senhora.
SENHORA CAPULETO: - Pensei melhor volte! Deves ouvir está conversa.
SENHORA CAPULETO: - O que pensa sobre o casamento minha filha?
JULIETA: - Não sonho com este casamento assim como vossa senhora minha mãe.
AMA: - Pense melhor Julieta... ele é o melhor partido em toda Verona.
JULIETA: Não preciso pensar para saber que eu não o amo.
SENHORA CAPULETO: - Pois pense Julieta! Vós-misse ira casar com o Conde Paris por
bem ou por mal, o casamento já está arranjado e voce irá cortejar ele esta noite Julieta!

JULIETA: - Procurarei aceitar sua corte. Já que e de seu agrado


SENHORA CAPULETO: - Eu sabia minha filha. Bem vamos, o conde nos espera.

CENA VI
(ENTRAM ROMEU, BENVOLIO E MERCURIO. MASCARADOS)
ROMEU: - Conseguimos entrar.
BENVOLIO: - Graças a espada. Agora vamos aproveitar o baile.
ROMEU: - Acho que não conseguirei dançar estou com uma baita angustia.
MERCURIO: - Isso é o amor. Estás apaixonado Romeu!
BENVOLIO: - Respire Romeu! Voce conseguirá dançar com sua bela dama.
(ENTRAM TODOS MASCARADOS E DANÇAM)
CAPULETO: - Bem vindos cavalheiros! Em meus tempos também cortejava belas dama,
adentrai musicas e danças. Que comece o baile.
(ROMEU CONFUNDE A BELA JULIETA COM SUA DAMA ROSALINA QUE NÃO ESTAVA
PRESENTE NO BAILE)

ROMEU: - Como danças bem, minha bela dama.


JULIETA: - Fico agradecida meu cavalheiro.
ROMEU: - Minha adorável dama poderemos ir a um lugar mais calmo?
JULIETA: - Claro!!
ROMEU: - Então minha dama. Tirai a mascara pra eu te ver melhor.
(JULIETA TIRA SUA MASCARA E LOGO A PÓS ROMEU SE ASSUSTA)

ROMEU: - Voce não é a Rosalina.


JULIETA: - Porque vos Conde Paris estaria interessado em Rosalina.
ROMEU: - Conde Paris? Voce só pode estar de brincadeira!
JULIETA: - Quem seria voce cavalheiro mascarado!
(ROMEU TIRA SUA MASCARA)

JULIETA: - Quem és tu?


ROMEU: - Jovem bela não poderei revelar meu nome.
(BENVOLIO E MERCURIO ENTRAM CORRENDO)

BENVOLIO[MERCURIO: - Vamos Romeu nos descobriram!!!


ROMEU: - Tchau minha bela dama.
JULIETA: - tchau cavalheiro.
(ROMEU BEIJA A MÃO DE JULIETA)
(OS HOMENS SAIEM CORRENDO)

VOZ: - Julieta!!
JULIETA: - Estou indo!!
(TODA VERONA DORME)

CENA VII
(OS PAIS DE JULIETA E AMA ESTÃO NA MESA)

JULIETA: - Olá meus belos pais.


CAPULETO[SENHORA CAPULETO: - Olá Julieta.
SENHORA CAPULETO: - Por que estás tão radiante assim?
AMA: - Deve ser porque dançou com o Conde Paris não baile ontem.
CAPULETO: - Como assim Julieta!! Explique=se
JULIETA: - vos-misses disseram para corteja-lo e assim fiz.
CAPULETO: - O Conde Paris não foi ontem ao baile ele me avisou antes que não poderia
comparecer.

SENHORA CAPULETO: - Quem voce cortejou ontem Julieta!!


(JULIETA PERMANECE CALADA)

CAPULETO: - Quem era julieta!! (CAPULETO DA UM SOCO NA MESA)


SENHORA CAPULETO: - Vá para seu quarto Julieta. Agoraaa!!!
(JULIETA SAE)

CAPULETO: - Quem era Ama! O rapaz que cortejou minha filha.


AMA: - Eu não sei meu senhor.
CAPULETO: - Trate de descobrir, porque e seu pescoço que está em risco.
AMA: - Irei descobrir meu senhor.
(TODOS SAEM)

CENA VIII
(UMA PEDRA BATE NA JANELA DE JULIETA)

JULIETA: - Quem será que está fazendo isso!!


ROMEU: - Julieta, minha bela Julieta abra a janela!!
JULIETA: - Romeu? Romeu... Romeu, meu belo Romeu.
ROMEU: - Minha bela dama Julieta, desça e saia comigo.
JULIETA; - Se meu pai descobrir estamos ferrados!
ROMEU: - Ele não irá! Vamos logo minha amada.
(JULIETA PULA DE SUA JANELA E CAI SOBRE OS BRAÇOS DE ROMEU)

PRÓLOGO: - E assim os dois continuaram se encontrando e ficando a escondidas durante


tempos, mas nenhum dos dois sabiam que o pior estava por vir em seu ultimo encontro as
escondidas.
CENA IX
(ROMEU ENCONTRA JULIETA EM UM JARDIM BELO)

ROMEU: - Eu te amo mais que tudo minha Julieta.


JULIETA: – O Romeu, Romeu. Em ti encontrei a felicidade meu Romeu...
ROMEU: - Vamos nos casar Julieta! Com festa e tudo.
JULIETA: - E tudo que eu mais quero. Mas nossas famílias nunca aceitariam.
ROMEU: - Eles tende a aceitarem Julieta. Nosso amor é o mais verdadeiro.
JULIETA: - A décadas os Capuletos e Montechios se odeiam, nosso amor está determinado
ao fracasso por conta de nossas famílias.

ROMEU: - Nosso amor vencerá todo esse ódio desses velhos cavalheiros.
PRÓLOGO: - Enquanto Romeu tentava convesse-la, mal sabiam eles que o pior estava por
vir.

(OS CAPULETOS E MONTECCHIOS ENTRAM NA CENA)

MONTECCHIO: - Não acredito Romeu, todos essas saídas escondidas foi pra encontrar a
filha dos Capuletos, não acreditei quando eles contaram

CAPULETO: - Seu filho e um nojento asqueroso. Cortejando minha filha!


MONTECCHIO: - Não fale assim do meu filho seu velho AAAAAAAAAAA.
(TODOS COMEÇAM A LUTAR)

SANSÃO: - Morte aos Montechios


GREGÓRIO: - Vamos Sansão. Não ira sobrar um Montechio, para se reproduzirem.
PEDRO: - Voces iram morrer antes de suas espadas se enxerem de sangue.
ABRAÃO: - Voces Capuletos iram morrer!!
(BENVOLIO E AMA LEVAM O CASAL UM PARA CADA CASA)
(JULIETA FOGE ANTES DE CHEGAR EM CASA)

JULIETA: - Senhor Boticario quero um veneno para que eu possa morrer, não sobreveria
sem meu romeu.

BOTICARIO: - Não darias um veneno para vós para depois me arrepender. Mas tenho um
sonífero, algo poderoso que te deixaria dormir e o melhor medico de Verona acharias que
estás morta Julieta.

JULIETA: - Eu desejo mais que tudo este sonífero assim ficaria com meu amado Romeu.
(JULIETA BEBE O SONIFERO E ACABA EM UM SONO PROFUNDO)
PRÓLOGO: - Todos de Verona descobrem a tal morte de Julieta, Até seu amado Romeu que
não sabias do plano de Julieta. E assim Romeu vai atrás do corpo de sua amada para que
pudesse vela mas uma vez. Mesmo que estejavas trancado em seu quarto ele saiu e correu
para o cemitério que ali foi destino de sua amada.

CENA X
(ROMEU VE SUA AMADA MORTA E ASSIM ACABA EM LAGRIMAS)

ROMEU: - Minha amada Julieta, não sequeres conseguirei mais sentir o calor das tuas mãos
que hoje estão frias, não se quer verei a cor do teu rosto que hoje está pálido. Não viverei sem
minha amada um dia sequer, e por isso irei me juntar-te a ti minha amada.

(ROMEU TIRAR UM FRASCO DE VENENO DE SEU BOLSO E O TOMA, CAINDO SOBRE


JULIETA. JULIETA ACORDA DE SEU SONO E VE TEU AMADA MORTO EM CIMA DE TEU
COLO)

JULIETA: - Meu Romeu não acreditos nisso, como podes ter feito isso meu amo. Não
acredito que tereis que viver em um mundo sem voce meu Romeu, não conseguirei ver a
felicidade sem voce meu Romeu. Logo logo estarei com ti, meu amado e belo Romeu.

(JULIETA PEGA A FACA DE ROMEU E SE MATA CAINDO EM CIMA DO CORPO DE SEU


AMADO)

PRÓLOGO: - E assim acaba o amor dos dois na terra, Julieta e Romeu foram viver seu
romance em outro lugar. De um amor frágil, nasceu um amor forte e indestrutível e acabando
com Romeu e Julieta juntos... Até os dias de hoje são contados a historia triste dos dois mas
que conseguiram superar cada desafio.

FIM

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