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CENA CONGELADA

Narrador: Vou contar, neste Romance,

A história do amor de Julieta e Romeu.

A sua curta existência,

E tudo o que padeceu.

É uma história conhecida

Em quase toda Nação.

No Teatro e no Cinema,

Tem causado sensação,

Deixando amargas lembranças

No mais brutal coração.

Verona, antiga cidade

Foi berço dos Capuletos,

E dos Montéquios,

Ambas famílias inimigas.

ATO 1

Narrador: Certo dia, o senhor Capuleto

Organziou uma baile para apresentar sua querida filha Julieta ao futuro noivo Conde Páris.

O Castelo estava em festa,

Ricamente embandeirado.

Romeu saltou do cavalo

E combinou com o amigo Mercucio.

Entraram lá, disfarçados,

Naquele Castelo antigo,

Pois ambos eram valentes,

Não fugiam do perigo.

Sra. Cap: Diz-me Julieta minha filha, o que pensas do casamento?

Julieta: É uma honra com a qual ainda não sonho...


Sra. Cap: Bem, pensas no casamento agora. O bravo Páris deseja-te como esposa. O que me dizes? Pode amar esse
nobre?

Julieta: Talvez, o principe aparenta ser um bom homem.

Sr. Cap: Vamos Julieta, vamos ao baile! O príncipe nos espera.

(Capuletos sobem ao palco e vão falar com o Conde Páris)

Sr. Cap: Conde Páris, que prazer recebê-lo está noite!

Páris: Oh Senhor Capuleto, o prazer é meu! É uma honra participar de seu maravilhoso baile, obrigado pelo convite.

Sr. Cap: Veja Conde esta é minha esposa Sra. Capuleto e esta é minha filha Julieta, sua futura esposa.

Páris: É uma prazer conhecê-las pessoalmente, são tão belas quanto imaginei.

(música do baile)

Romeu: Quem é aquela dama que está junto daquele nobre? (Pergunta a Mercúcio)

Mercúcio: Não sei amigo

Romeu: Será que meu coração realmente tinha amado até agora? Pois nunca vi beleza tão pura até esta noite.

(Tebaldo que está próximo de Romeu e seu amigo, junto do Senhor Capuleto. Ele reconhece a voz de Romeu)

Tebaldo: Esta voz pertence a um Montéquio. (Fala para um criado) Traz-me minha espada rapaz. Agora, pela honra
de minha família, matá-los não será nenhum pecado.

(Sr. Cap se aproxima)

Sr.Cap: Qual é o problema sobrinho? Por que estás tão precupado?

Tebaldo: Tio um Montéquio está aqui, nosso inimigo está no baile!

Sr.Cap: É o jovem Romeu, não é?


Tebaldo: Ele mesmo, aquele vilão

Sr.Cap : Diverte-te Tebaldo, pelo menos por esta noite deixe-o em paz. Verona o tem como um bom e educado
jovem, ele não vai causar nenhum burburinho, seja paciente e não lhe prestes atenção

Tebaldo: Não o suportarei aqui!

Sr.Cap: Ele deve ser suportado! Quem é o dono desta casa, tu ou eu? Vai, vai, tu te zangas muito fácil.

(Tebaldo e Sr. Cap saem do foco da cena. O baile continua a dançar, Romeu e Julieta se esbarram e a música
começa)

(Quando a música acaba a Ama puxa Julieta para longe de Romeu)

Ama: O nome dele é Romeu!

Julieta: Romeu...

Ama: É um Montéquio, filho único do seu grande inimigo!

Julieta: O meu único amor nascido do meu único ódio?

(A música acaba e Julieta sai de cena)

ATO 2

Romeu: Como posso ir embora seu meu coração está aqui?

Tebaldo: Romeu! Romeu, onde você tá?

(Romeu escuta Tebaldo e se esconde)

Tebaldo: Não adianta se esconder Romeu, posso não lhe achar agora, mas tenha certeza que um dia te acharei e
farei questão de sujar minha espada com o seu sangue podre.

(Tebaldo saí de cena e começa a música de Julieta)


Julieta: Ah Romeu, Romeu... Por que você Romeu? Renegue o seu pai e o seu nome ou então jure ao menos o amor
que me tem, que uma Capuleto deixarei de ser.

Romeu: Continuo a ouvi-la ou devo responder?

Julieta: Meu inimigo é apenas o seu nome. Continuaria sendo o que é se um Montéquio não fosse? Romeu meu
amor, risca teu nome e fique comigo para toda a vida.

Romeu: A partir de agora não me chamo mais Romeu!

Julieta: Quem está aí se cobrindo pela noite para me espiar?

Romeu: Já não sei mais como me chamo. Minha amada, eu próprio já destesto meu nome por ser de inimigo seu.

Julieta: Como chegaste até aqui, dize-me, e por quê?. Poderás morrer, se algum dos meus parentes te encontrar
aqui.

Romeu: Que pena, há mais perigo em teus olhos do que em vinte espadas deles!

Julieta: Por qual direção achaste este lugar?

Romeu: Pela direção do amor.

Julieta: Oh, gentil Romeu! Se realmente me amas, dize-o com fervor.

Romeu: Devo jurar?

Julieta: Não jures por nada. Embora eu esteja contente aqui, eu não tenho a alegria do amor esta noite. É muito
audacioso, muito repentino. Oh! Está muito tarde, boa norte Romeu!

Romeu: Partirás assim, deixando-me tão insatisfeito?

Julieta: Que satisfação podes ter esta noite?

Romeu: A troca das nossas juras de amor.

Julieta: Se este teu amor é verdadeiro, com a finalidade de casamento, manda-me um recado amanhã, e, aos teus
pés, toda minha ventura depositarei e te seguirei, meu senhor, pelo mundo afora.
Ama: Julieta minha querida vamos voltar para o salão.

ATO 3

Narrador: Romeu contara ao Frei Lourenço sobre seu amor por Julieta e o santo homem concordou em casá-los.
Frei Lourenço era tão ingênuo que depositou sua fé acreditando que a união poderia acabar de uma vez poe todas
com a briga entre as duas famílias.

(Romeu e Frei Lourenço entram)

Frei: Que os céus abençoem esse casamento, e que mais tarde não sejamos repreendidos com a dor!

Romeu: Amém! Mas nenhuma dor poderá supera a alegria que estou neste momento.

(Julieta entra)

Frei: Eis a dama.

(Frei Lourenço se afasta e começa a música de Romeu e Julieta)

(Acaba a música e os três se posicionam no altar)

Frei: Eu rogo aos céus para que abençoem esta cerimônia sagrada, para que não soframos nenhuma forma de
arrependimento mais tarde e para que vocês sejam capazes de se amar com moderação, paixões violentas podem
ter fins violentos... Até o mel mais doce tomado em demasia também nos enjoa, acabando com o prazer e o
paladar, mas quando achamos a medida certa para o amor encontramos a felicidade pronta para nos abençoar.

(Começa a música do padre)

Romeu: Em nome de Deus, eu, Romeu Montéquio, tomo você, Julieta Capuleto, para ser minha esposa. Prometo
ser fiel a você nos momentos bons e nos maus, na doença e na saúde. Vou te amar e te honrar todos os dias da
minha vida

Julieta: Eu, Julieta Capuleto, aceito você, Romeu Montéquio, para ser meu esposo. Prometo ser fiel a você nos
momentos bons e nos maus, na doença e na saúde. Vou te amar e te honrar todos os dias da minha vida

Frei: Em nome do poder do todo grande, o Senhor Deus, eu, Frei Lourenço, declaro Romeu e Julieta casados.

Narrador: Contudo, mesmo casados, Romeu e Julieta tiveram que voltar para realidade onde suas famílias se
odiavam. Romeu estava desamadiamente feliz com o seu casamento, até que no fim do dia encontrou Tebalado e
uma tragédia aconteceu.
(Romeu entra de um lado com Mercúcio. Do outro lado vem Tebaldo)

Mercúcio: Pelos infernos, eis o Capuleto, o Marquês Teobaldo, primo de sua esposa! Te odeia tanto Romeu!

Tebaldo: Romeu, que fazes aqui! Responde-me, miserável! Que vieste procurar? Teu sangue é sangue execrável Sai
daqui, senão a morte é teu fim inevitável!

Romeu: Tebaldo, Teobaldo! Não toques nem sua mão em mim!

(Mercúcio se enfureceu com Tebaldo por ter insultado Romeu)

Mercúcio: Tebaldo, seu cachorro! Se tu deres mais um passo, cairás morto no chão!

Tebaldo: Que queres comigo?

Mercúcio: Bom, Rei dos gatos, nada, a não ser uma de tuas noves vidas.

(Ambos desembainham suas espadas e começam a lutar, Tebaldo encontra uma oportunidade e finca sua espada
um pouco abaixo da clávicula de Mercúcio, este que cai já falecido.)

Romeu: Agora você irá conhecer a fúria de minha espada seu patife!

(Romeu, que já estava furioso com Tebaldo por ter madado seu amigo, pega a espada de Mercúcio e finca sua
espada em Tebaldo, após matar Tebaldo, o desespero o “corrompe” e ele sai correndo )

(Páris ,chega onde Tebaldo e Mercúcio estão mortos)

Páris: O que foi que houve aqui? Quem foi que tais gritos dava? O quê? Teobaldo morto?

O sobrinho dos Capuleto está morto?

Ama: Tebaldo tirou a vida do jovem Mercúcio senhor e Romeu se vingou.

Páris: Tebaldo matou Mercúcio, e Romeu o matou..Por este crime ele será imediatamente exilado de Verona. Deixai
Romeu partir depressa. Mais uma coisa: quando ele for encontrado, sua hora terá acabado.

(Todos saem de cena e Romeu e Frei Lourenço entram)


Frei: Romeu, vou dar-lhe um conselho é melhor você partir. Você deve ir para Mântua,

Lá, um tempo, residir. Julieta ficará aqui e durante sua ausência eu prometo velar por ela. Vá pobre rapaz, vá logo
antes que te peguem!

ATO 4

Narrador: Os dias sem Romeu foram de imensa tortura para Julieta. Mas, a situação que já não estava boa ficou
pior: o pai da moça decidiu apressar o seu casamento com o Conde Páris.

Sr. Capuleto: Não adianta contestar minha filha, já está decidido. Já tenho o Conde por gerno e um genro muito
querido.

Julieta: Desculpe querido pai, mas não posso lhe obedecer.

Sr. Capuleto: Se não cumpres com o mandado que agora te faço a ti podes dizer por aí a fora que morreu para mim,
pois nunca mais deitarei minha benção sobre ti!

(Sr. Capuleto saí de cena furioso e a Sra. Capuleto acolhe sua filha)

Sra. Capuleto: Oh minha querida, não fique triste... Aceite a proposta de seu pai, case-se com o Conde Páris, tu
mesma dizestes que acreditava que ele é um bom homem.

Julieta: Eu não o amo mãe.

Sra. Capuleto: Julieta filha apenas case com o Conde, considera as palavras de seu pai e tudo que ele já fez por ti.
Não o decepcione agora.

Narrador: Não satisfeita com o presente, Julieta mandou que o Frei fosse chamado e lamentou suas dores.

Frei: Ah minha filha, você não deve deixar-se desesperar! Tenho um remédio para evitar isso, mas será preciso
muito coragem.

Julieta: Diga Frei, seja o que for estou disposta a tudo por Romeu.

Frei: Eu tenho um frasco de dormideira, se você tomá-la ficará morta por uma semana inteira e com ela te salvarei!
Vou guiar seu enterro e acabada a cerimônia mando avisar a Romeu. Ele vem, leva seu corpo para Mântua e vocês
vão viver seu idílio.

Julieta: Certo Frei, dê-me a dormideira.


ATO 5

Narrador: E assim Julieta e o Frei seguiram com o plano, a moça tomou o líquido e no mesmo instante caiu como se
estivesse morta. No dia seguinte, dia do seu casamento com o Conde Páris, Julieta foi encontrada.

Ama: Senhora Julieta! Acorde e se apresse, a cerimônia começará já já. (A ama a sacode para tentar acordar ela,
mas não tem sorte para isso, a droga já fez efeito e ela parece estar morta) Meu Deus! Socorro! Minha senhora está
morta!

(Senhora Capuleto entra no quarto)

Sra.Cap: Que baralho é esse? O que houve?

Ama: Julieta está morta!

Sra.Cap: Não, não, não! Minha filha não!

(O senhor Capuleto entra)

Sr.Cap: Ora que demora, trazei Julieta; seu noivo a espera.

Sra.Cap: Julieta está morta!

(Ele se aproxima e vê que ela realmente edtá morta)

Sr.Cap: A morte repousa sobre ela como geada sobre a mais doce flor de todo o campo.

(O frei entra junto com Páris)

Frei: A noiva está pronta para ir para a igreja?

Sr.cap: Pronta para ir e nunca mais voltar, minha filha está nas mãos de Deus frei.

Páris: Eu pensava, meu amor, em nos casar e ser feliz ao teu lado, e é essa visão que tenho?

Frei: Enxugai vossas lágrimas e a levem para a tumba dos Capuletos, neste fátitico dia, iremos fazer o funeral da
Jovem Julieta Capuleto.
Narrador: A notícia da morte de Julieta rapidamente se espalhou em Verona e todos compareceram ao funeral da
falsa morta. Contudo, os rumores sobre o falecimento de Julieta chegaram a Mântua antes da carta enviada pelo
Frei a Romeu explicando sobre o plano. Acreditando que sua amada estava morta, Romeu voltou para Verona para
vê-la pela última vez antes de tirar sua própria vida.

Romeu: Este Veneno é quem me salva, nada me resta no mundo, pois Julieta morreu! Meu Amor, vou encontrar-te:
eu não me deixo abater!

(Romeu morre e poucos segundos depois ,Julieta desperta)

Julieta: Romeu! Ah, que dor terrível! Romeu! Estou como louca! Com todo este sacrifício

Nossa sorte ser tão pouca? Acorda, Romeu, acorda!

Narrador: Julieta ficou assim, muito tempo,

Chamando por seu esposo. Ao ver que Romeu estava sem vida, tomou sua decisão. Os Amantes de Verona tiveram
fim desgraçado, embora tenham morrido juntos. Julieta apunhalou-se, Romeu foi-se, envenenado.

ATO 6

(Páris entra em cena e vê Romeu e Julieta mortos)

Páris: Mandem chamar os Montéquios e Capuletos, quero todos aqui imediatamente!

(Montéquios e Capuletos entram em cena)

Sr. Montéquio: O que Romeu está fazendo aí? Por que ele está assim jogado no chão? Vamos, alguém diga o que
está acontecendo.

Frei: Seu filho senhor Montéquio está morto.

Sr. Montéquio: Como está morto? Romeu não deveria estar aqui, deveria estar em Mântua! Só pode estar havendo
algum engano.

Páris: Montéquio e Capuleto, vejam aqui o resultado do vosso ódio.

Sr. Capuleto: O que este miserável faz no funeral de minha filha?

Sr. Montéquio: Não chame meu filho de miserável!

Páris: Chega! A rixa entre ambas famílias deve terminar aqui e agora.
Frei: Sem brigas, por favor respeitem a memória de seus filhos que morreram por amor.

Sr.Cap: Irmão Montéquio, dá-me tua mão

Sr.Mont: Irmão Capuleto.

(os dois apertam as mãos)

Páris: Esta manhã consigo traz uma melancólica paz. O sol, magoado, não aparecerá. Todos estamos de luto. De
luto por um amor trágico, pois nunca houve uma história tão triste como esta de Romeu e Julieta.

(encerramento)

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