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Roteiro da peça: Os sertoes

Severino: Mulher, o que vamos ter de comer hoje? Daqui a pouco


não temos do que viver !

Mulher de Severino: Nós vamos morrer de fome “homi”

Filha de Severino: Chore não minha mãe, a fome tá grande e a


sede também, mas logo logo isso vai passar, e pra completar ainda
temos aqueles ladrões da republica para tirar nosso dinheiro

(passa um pequeno período de tempo e entra os dois soldados da


república)

Soldado 1: Somos da republica viemos buscar os impostos

Severino: Impostos senhor? De onde vou tirar dinheiro?

Soldado 2: Não queremos saber, queremos o dinheiro dos


impostos!

Severino: Mas como vou pagar algo que não tenho?

Mulher e filha de Severino: Seus miseráveis, vocês querem mesmo


que a gente morra de fome (dizem isso partindo pra cima dos
soldados)

Soldado 1: Vocês não sabem de nada! (diz empurrando a mulher e


a filha de Severino, e pegando um saco com um pouco de dinheiro,
vão embora)

Severino: Covardes!

Antônio conselheiro: Foram 40 dias e 40 noites que Cristo passou


fome pelo deserto, e isso meus irmão mostra que temos que passar
grandes provações até chegar a salvação eterna, louvado seja
Deus!

Severino: Vamos mulher, pegue suas coisas e vamos seguir esse


homem.

Antônio conselheiro: Coisas materiais não são necessárias mas sim


toda a palavra de Deus.
Roteiro da peça: Os sertoes
(Saem todos do cenário)

(Entra os dois soldados novamente mas em outra casa)

Soldado 3: (bate palmas)

Mulher: Oi moço

Soldado 3: Somos da republica viemos buscar os impostos

Mulher: Impostos? Mas eu mal tenho o que comer! E agora o que


eu fazer?

(Entra Antônio conselheiro e os figurantes)

Antônio conselheiro: IMPOSTOS? Como pode cobrar algo de


alguém que não tem nada? Como pode isso? Essa republica é do
demônio! Isso é coisa do inferno! Malditos sejam os que deram
direito de D.Pedro reinar, vocês que fizeram essa lei do cão!

Soldado 4: Quem é você para interferir nos assuntos da republica?

Antônio conselheiro: Sou apenas um enviado de Deus, a republica


não é reino, é coisa do capeta.

Figurante 1: A republica que se lasque!

Todos os figurantes: AEEEEEEEEEEEE

Soldado 4: Mas isso não vai ficar assim “mermo”!

Soldado 3: Sai da frente sai!

(então sai os 2 soldados)

Antônio conselheiro: Vamos filhos, em busca da terra prometida, a


nova Jerusalém do sertão

Todos os figurantes: Aleluia!!

(E sai Antônio conselheiro e os figurantes)

OBS: Quem ficar na organização do cenário quando passar essa


cena, colocar uma mesa e três cadeiras.
Roteiro da peça: Os sertoes
Capitão: Ficasse sabendo da história?

General: Que história?

Capitão: Um tal de Antônio conselheiro, que fica dizendo que é


enviado por Deus, ficam até lhe chamando

Padre: Bem que eu desconfiava, os fiéis tão até sumindo.

Capitão: Pois é padre, ele até impediu dos soldados de pegar os


pagamentos dos impostos

General: Ele tá acabando com a nossa republica! (bate na mesa)

Padre: Ele não sabe o pecado que está cometendo falando o nome
Santo nome de Deus em vão. (durante a fala levanta os braços)

(e juntos saem do local como se estivessem conversando)

Atenção: pessoal responsável pelo cenário quando os personagens


saírem do local da apresentação retirar também as cadeiras e as
mesas

(Entra o coronel marchando com os 4 soldados)

Capitão: AUTO!

(virando-se para os soldados fala)

Capitão: Soldados, a noite caiu e o sertão é uma terra perigosa, é


melhor descansarmos, amanhã vamos prosseguir a viagem para
Canudos, FORA DE FORMA, EM FRENTE MARCHE! Fique de
vigia soldado.

Narrador: A noite caiu no sertão, os soldados decidiram descansar


para depois prosseguir em direção à Canudos na manhã seguinte,
porém os sertanejos são espertos, atacaram durante o sono dos
soldados, os quais estavam em desvantagem pois despertaram
tarde demais.

(os sertanejos pegam algumas das armas dos soldados e acabam


abrindo fogo contra os soldados, e acabam matando o general)

Soldado*: O capitão está morto! Fujam!


Roteiro da peça: Os sertoes
(todos saem de cena)

Antônio conselheiro: Filhos hoje tivemos uma grande vitória, mas


fiquem espertos, o inimigo é forte mas ele não tem o poder de
Deus, os anjos em sonho, me revelaram que o inimigo virá com o
fogo do inferno e nos atacará, mas não devemos nos preocupar,
pois como diz a palavra, com eles está o poder, com nós está o
nosso Senhor Jesus, que nos ajuda a vencer todas as batalhas,
louvado seja Deus!

Todos os figurantes: Para sempre seja louvado!

(todos saem de cena)

Soldado 3: Senhor tenho noticias: alguns dos nossos morreram


antes de chegar em Canudos pelos sertanejos.

General: O QUÊ? Como assim? Soldados bem treinados


derrotados por meros sertanejos, quantos homens perdemos?

Soldado 3: Algumas dezenas senhor.

General: E onde está o capitão?

Soldado 3: Ele morreu, e nós fugimos senhor.

General: COVARDES! Monte outra expedição

Soldado 3: Sim senhor!

( e saem de cena)

Narradora: Em poucos dias, Canudos tinha novos moradores, por


isso deveria sempre ter um sertanejo na entrada de Canudos, a
partir disso Canudos tornou-se terra de todos, desde pessoas de
bem até ladrões. Vejamos então agora a 2a e 3a expedição

(Soldados entram marchando)


Soldado 2: Senhor, deveríamos parar, as tropas estão todas
esfomeadas e com sede,
Soldado 1: Vamos almoçar e beber em Canudos!
Roteiro da peça: Os sertoes
(E então começa outra batalha entre os soldados e os
sertanejos)
{Fecham-se as cortinas e todos saem}
(com todos os figurantes ajoelhados, entra Antônio conselheiro)

Antônio conselheiro: meu fim está próximo (fala tossindo), em


breve Deus estará ao nosso lado, e nos livrará deste último
ataque, que todos digam amém.
Todos os figurantes: Amém!

(Todos saem, e os responsáveis pelo cenário colocam uma


mesa e uma cadeira)
Antônio conselheiro: Meu povo de Belo Monte, é chegada a
hora de me despedir de vós, que sentimento tão ruim que
ocasiona a minha despedida, com a bela vista de um povo
generoso, e carinhoso. Combati com rígidas palavras a maldita
republica, adeus povo, adeus ar, adeus arvores, adeus aves,
aceitem por favor minha despedida. (começa a tossir
excessivamente e falece)
Figurante: Como está Antônio conselheiro?

Figurante 2: O pai conselheiro se foi, e agora como vamos


combater a republica?

Soldado 4: VIVA A REPUBLICA! (e então começa a 3a e última


batalha em Canudos com vitória dos Soldados)

(entrando na cena mexendo nos corpos, vendo se tem alguém


com vida, entra a filha de Severino, uma das poucas pessoas
que sobraram em Canudos)

Filha de Severino: Os senhores, acabaram com as nossas


casas, com a vida dos nossos irmãos, o que mais vocês
querem? Homens? Mulheres? Nunca estão satisfeitos! Se
Roteiro da peça: Os sertoes
querem o conselheiro, não terão, pois ele já morreu, o que
mais desejam?
Soldado 2: CALE-SE (dando um tapa encenado)
Soldado 2: Tirem essa mulher daqui 2x (soldado 4 tira a filha
de Severino de lá)
Soldado 3: Senhor achamos o corpo do conselheiro

Soldado 1: Tragam-no (traz o antonio conselheiro e abre-se o


pano)
Soldado 1: Ganhamos a guerra, VIVA A REPUBLICA!
Todos os soldados: VIVAAA!

Narradora: e essa foi uma encenação contando um pouco


sobre como foi a guerra de Canudos, a turma 2o M02 agradece
a atenção.

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