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Ato I – Cena II

Cena II
O mesmo. Uma rua. Entram Capuleto e Páris.

PÁRIS - Milorde, que dizeis de meu pedido?


CAPULETO - Repito o que já disse. A minha filha ainda é uma
estrangeira neste mundo; mal o curso notou de quatorze anos…
PÁRIS - Mães venturosas já são muitas outras jovens mais moças
ainda.
CAPULETO - As que começam antes do tempo, também morrem cedo.
Mas Páris falai com Julieta. Sendo do gosto dela, estou
disposto a dar o meu consentimento. Quanto à festa de hoje à
noite…

Saem Capuleto e Páris. Entram Benvólio e Romeu.

BENVÓLIO - Romeu tu estás doido!


ROMEU - Doido? Não; mas mais atado do que um louco furioso;
encarcerado, morto de fome, chibateado, posto no banco de
tormento e... (Entra um criado) Salve, amigo!
AMA - Deus vos salve, senhor. Por obséquio, sabeis ler?
ROMEU - Sei, sim; minha miséria e a própria sorte.
AMA - Falais com honestidade. Passai bem.

Faz menção de retirar-se.

ROMEU - Espera aí, sei ler: "Signior Martino, sua esposa e


filhas; o conde Anselmo com suas encantadoras irmãs; a senhora
viúva de Vitrúvio; signior Placêncio e suas amáveis sobrinhas;
Mercúcio e seu irmão Valentino; meu tio Capuleto, sua esposa e
filhas; minha linda sobrinha Rosalina; Lívia: o signior
Valêncio com seu primo Tebaldo; Lúcio e a encantadora Helena."
Belo conjunto. Onde é a festa?
AMA - Lá em cima. Em casa de meu amo, o grande Capuleto…
Sai.

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Ato I – Cena II

ROMEU – Nunca o sol radiante no mundo todo viu tão bela


amante. Irei; para me ofuscar em meu amor.

Saem.

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