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Mauro Wolf (1995 apud França, 2001) identifica três tipos principais de paradigmas.
O primeiro deles é um modelo simplista e simplificador: o paradigma informacional, que
compreende a comunicação como um processo de transmissão de mensagens de um emissor
para um receptor, provocando determinados efeitos. Esse modelo, no entanto, é passível de
críticas devido à sua unilateralidade e mecanicismo. É necessário, no entanto, chamar atenção
para um aspecto: o movimento provocado por ele segue duas direções básicas.
Primeiramente, pautado na naturalidade, é possível analisar se uma mensagem foi ou
não bem transmitida e que tipo de efeitos provocou. Um segundo caminho possível, levando
em conta a mecanicidade do processo, é considerar que cada um de seus elementos possui um
papel fixo, definido previamente, e que é possível editá-los separadamente, estudando-se a
lógica da produção; dos emissores; a característica dos meios (natureza técnica, modos
operatórios); as mensagens (conteúdos) e a posição e atitude dos receptores. Nesse caso, a
interdisciplinaridade é possível de ser utilizada para falar de cada um.
O modelo semiótico-informacional acrescenta ao primeiro a compreensão da natureza
semiótica das mensagens: mais do que um material inerte transportado, as mensagens são
unidades de sentido. Essa compreensão provoca um movimento analítico centrado nas
estruturas de significação das mensagens. Este tipo de estudo evoca particularmente a
contribuição das ciências da linguagem. “O entendimento central dos códigos com a
multiplicidade de componentes que se relacionam com a comunicação, estava focado na
emissão da mensagem difundida para a massa. E os efeitos surgiram a partir do momento em
que se tornaram problemas, sendo compreendidos com decodificações e acepção das
mensagens, fora da normalidade contínua da mídia” (Chaves, 2015, p.4). E segundo Wolf "A
valência transmissiva, própria da teoria da informação, concentra sua atenção mais na
eficiência do processo de comunicação do que na sua dinâmica" (WOLF, 2005, p.119). o que
resultou então no esquema do modelo semiótico-informativo, apresentando linearidade
quanto ao seu funcionamento.
REFERÊNCIA