Este documento descreve um estudo sobre o atendimento em saúde mental de mulheres com depressão por um NASF em Porto Alegre. As análises revelaram que o perfil principal dos usuários é de mulheres com depressão, e que as ações se concentram em medicalização e encaminhamentos. Entrevistas com três usuárias indicaram que o atendimento promoveu melhora, e que a vinculação ao território é importante por meio de espaços coletivos, atividades comunitárias e segurança pública.
Este documento descreve um estudo sobre o atendimento em saúde mental de mulheres com depressão por um NASF em Porto Alegre. As análises revelaram que o perfil principal dos usuários é de mulheres com depressão, e que as ações se concentram em medicalização e encaminhamentos. Entrevistas com três usuárias indicaram que o atendimento promoveu melhora, e que a vinculação ao território é importante por meio de espaços coletivos, atividades comunitárias e segurança pública.
Este documento descreve um estudo sobre o atendimento em saúde mental de mulheres com depressão por um NASF em Porto Alegre. As análises revelaram que o perfil principal dos usuários é de mulheres com depressão, e que as ações se concentram em medicalização e encaminhamentos. Entrevistas com três usuárias indicaram que o atendimento promoveu melhora, e que a vinculação ao território é importante por meio de espaços coletivos, atividades comunitárias e segurança pública.
Área CAPES: Psicologia - 70710023 PROGRAMAS DE ATENDIMENTO
COMUNITÁRIO
Cuidados em saúde mental e a influência do território na recuperação de usuárias
com depressão atendidas por um NASF de Porto Alegre
Bruna Araujo Mendes, Bruno Moraes*, Carolina Prietto Ferrazza, Jéssica de Matos Nunes, Kamille Balzan Aguiar, Millena Holz Waskow e Luciana Suárez Grzybowski**
*Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Saúde - UFCSPA
** Professora do Departamento de Psicologia da UFCSPA
Saúde mental é um tema relevante no que concerne sua concepção e estrutura de
cuidado na rede de saúde. O Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) se constitui como um importante serviço na rede de atenção psicossocial, servindo de apoio especializado à atenção básica e qualificando as ações de cuidado, principalmente em relação à saúde mental. O território, entendido como o espaço coletivo onde se constroem as relações de promoção e cuidado em saúde, é um dispositivo importante tanto na recuperação em saúde mental, quanto na sua promoção. Entretanto, muitas vezes essa concepção de integralidade é negligenciada e as ações prevalentes, no âmbito da atenção básica, são pautadas na lógica do encaminhamento para serviços especializados e medicalização. Nesse contexto, visando compreender a dinâmica de atendimento da atenção básica municipal, foi realizado um estudo quantitativo- qualitativo no qual foram analisadas fichas de apoio matricial de um NASF da Gerência Distrital de Saúde Norte/Eixo Baltazar de Porto Alegre/RS. As análises revelaram que o principal perfil dos usuários atendidos é o de mulheres com diagnóstico de depressão, enquanto as ações do Plano Terapêutico Singular, a medicalização e o encaminhamento para serviços especializados. Assim, o presente trabalho se caracteriza em um recorte de análise qualitativa sobre a percepção do atendimento em saúde mental e da influência da estrutura do território no tratamento dos usuários. Realizou-se um levantamento qualitativo transversal, a partir de uma amostra formada por três usuárias matriciadas pelo NASF, com diagnóstico de depressão. A coleta de dados foi realizada por entrevista semiestruturada seguida de análise de conteúdo. Os resultados indicam que, de forma geral, o atendimento em saúde mental é percebido pelas usuárias de forma positiva, promovendo a melhora dos seus quadros de depressão e outros sintomas associados. Além disso, a importância da vinculação ao território como prática integrada em seus tratamentos fica evidenciada por três principais reivindicações em comum na fala das entrevistadas: a disponibilidade de espaços coletivos, como praças, quadras de esportes e academias ao ar livre; a oferta de atividades para engajamento comunitário, como grupos de pintura e festas; e a promoção da segurança pública, permitindo o trânsito despreocupado no local onde habitam. É importante ressaltar, ainda, que tais medidas constatadas pelas entrevistadas como benéficas a nível individual estão em consonância com políticas públicas capazes de qualificar a atenção primária à saúde, diminuindo a sobrecarga identificada de encaminhamentos para serviços de saúde especializados.
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