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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA

INSTITUTO DE PRODUÇÃO E SAÚDE ANIMAL- ISPA


CURSO DE BACHARELADO EM ZOOTECNIA

RAYSSA CECILIA RIBEIRO DE ALMEIDA

A CORUJA SUINDARA (Tyto furcata) E SEUS ESTIGMAS

Belém-PA
2022
Rayssa Cecilia Ribeiro de Almeida

A CORUJA SUINDARA (Tyto furcata) E SEUS ESTIGMAS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à


Universidade Federal Rural da Amazônia- Campus
Belém, como parte das exigências do Curso de
Zootecnia para obtenção do título de Bacharel em
Zootecnia

Orientador (a): Profᵃ Draᵃ. Andréa Magalhães Bezerra

Belém-PA
2022
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Bibliotecas da Universidade Federal Rural da Amazônia
Gerada automaticamente mediante os dados fornecidos pelo (a) autor (a)

A447c Almeida, Rayssa Cecilia Ribeiro de

A coruja suindara (Tyto furcata) e seus estigmas / Rayssa Cecilia Ribeiro de Almeida. - 2022.

30 f. : il. color.

Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) - Curso de Zootecnia, Campus Universitário de


Belém, Universidade Federal Rural Da Amazônia, Belém, 2022.

Orientador: Profa. Dra. Andréa Magalhães Bezerra

1. Rasga-mortalha. 2. Mitos. 3. Ambientes urbanizados. 4. Praças. I. Bezerra, Andréa Magalhães,


orient. II. Título

CDD 591.53
RAYSSA CECILIA RIBEIRO DE ALMEIDA

A CORUJA SUINDARA (Tyto furcata) E SEUS ESTIGMAS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Federal Rural da Amazônia-


Campus Belém, como parte das exigências do Curso de Zootecnia para obtenção do título de
Bacharel em Zootecnia.

Data da Aprovação:

Banca Examinadora:

Prof° Dra° Andréa Magalhães Bezerra- Orientadora


Universidade Federal Rural da Amazônia

MSc. Camilo Andrés González González- Membro 1

MSc. Regiane Ferreira Feitosa- Membro 2


AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente ao meu pai Livio Almeida e a minha mãe Silvia Almeida, pois se não
fosse por eles eu não teria chegado tão longe na graduação, sempre serão a minha base e meus
maiores incentivadores.

Também agradeço aos meus amigos feitos dentro desses cinco anos na UFRA, os dias de aula
e prova tornaram-se mais leves com a presença de cada um. Obrigada amigos, por todo apoio,
conselhos e ombro cedido nas horas mais difíceis.

Agradeço também a minha orientadora, professora Andréa Magalhães Bezerra pelo esforço,
paciência e ensinamentos repassados, agradeço por ter aceitado me orientar tanto no estágio
supervisionado (ESO) quanto no trabalho de conclusão de curso (TCC).

Ao CETRAS por ter me proporcionado conhecimentos práticos e teóricos sobre diferentes


espécies de animais silvestres. Sem o convívio de três meses nesse local esse trabalho não teria
criado vida, obrigada.

E a coordenação do curso de Bacharelado em Zootecnia, professores e colegas por todo


ensinamento e vivências no decorrer dessa caminhada que está apenas começando.
RESUMO

A coruja suindara (Tyto furcata) possui atribuições importantes para o meio ambiente e para a
população, é uma espécie predadora de animais vistos como “pragas” em áreas urbanas,
acarretando a diminuição de doenças transmissíveis de roedores e insetos para os seres
humanos. Devido a crescente urbanização e a destruição do ambiente natural, a ocupação de
animais silvestres em áreas urbanas tornou-se cada vez mais presente, com isso, a
desinformação sobre as espécies provoca a criação de histórias que podem desencadear o
declínio e maus-tratos sobre esses animais. A presente pesquisa visou analisar o conhecimento
dos frequentadores de uma praça em Belém do Pará sobre a coruja suindara, bem como informar
a população sobre como crendices populares podem afetar a vida da espécie, discutindo sobre
o assunto de uma maneira informal. Foram entrevistadas 60 pessoas em abril de 2022, a coleta
de dados foi realizada por meio de um questionário de 5 perguntas pré-elaboradas, e ao final,
cada entrevistado recebeu um folder informativo sobre a espécie. Os dados foram analisados
por meio de estatística descritiva. Os resultados revelaram que a população entrevistada, não
possui conhecimento adequado sobre a coruja-suindara, vinculando a espécie a histórias
desagradáveis. Concluiu-se que, a maioria dos entrevistados tinha uma percepção errônea sobre
a espécie, não identificando a importância desta para o meio ambiente, contribuindo para o
surgimento das crendices populares que cercam esse animal.

Palavras-chave: Ambientes urbanizados, praças, mitos, rasga-mortalha


ABSTRACT

The Barn Owl (Tyto furcata) has important attributions for the environment and for the
population, it is a predatory species of animals seen as “pests” in urban areas, leading to a
decrease in communicable diseases from rodents and insects to humans. Due to increasing
urbanization and the destruction of the natural environment, the occupation of wild animals in
urban areas has become increasingly present, with this, the misinformation about the species
causes the creation of stories that can trigger decline and mistreatment about these animals. The
present research aimed to analyze the knowledge of the visitors of a square in Belém do Pará
about the Barn Owl, as well as to inform the population about how popular beliefs can affect
the life of the species, discussing the subject in an informal way. 60 people were interviewed
in April 2022, data collection was carried out through a questionnaire with 5 pre-prepared
questions, and, at the end, each interviewee received an informative folder about the species.
Data were analyzed using descriptive statistics. The results revealed that the population
interviewed does not have adequate knowledge about the Barn Owl, linking the species to
unpleasant stories. It is concluded that most of the interviewees had a wrong perception about
the species, not identifying its importance to the environment, contributing to the emergence of
popular beliefs that surround this animal.

Key words: Urbanized environments, square, myths, shroud rips.


LISTA DE FIGURAS

Figura 1- Praça da República em Belém do Pará, local de realização da pesquisa. ................ 16


Figura 2- Desenvolvimento da pesquisa na Praça da República com a apresentação de espécime
taxidermizada de coruja suindara (Tyto furcata) e a distribuição de folder explicativo sobre a
espécie para duas visitantes. ..................................................................................................... 17
Figura 3- Espécime de Tyto furcata conservada através da técnica de taxidermia e pertencente
a coleção didática do Museu de Zoologia da Universidade Federal Rural da Amazônia. ....... 18
LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1: Gênero dos entrevistados na pesquisa sobre a coruja suindara na Praça da República
em Belém do Pará. .................................................................................................................... 20
Gráfico 2: Faixa etária dos entrevistados na pesquisa sobre a coruja suindara na Praça da
República em Belém do Pará. .................................................................................................. 21
Gráfico 3: Conhecimento dos entrevistados da pesquisa sobre a coruja suindara na Praça da
República em Belém do Pará. .................................................................................................. 22
Gráfico 4: Conhecimento dos entrevistados sobre crendices populares em relação a coruja
suindara na Praça da República em Belém do Pará.................................................................. 23
Gráfico 5: Crendices populares que cercam a coruja suindara no olhar dos entrevistados na
pesquisa sobre a espécie na Praça da República em Belém do Pará. ....................................... 23
Gráfico 6: Conhecimento dos participantes da pesquisa sobre o papel da coruja suindara no
meio ambiente e nos centros urbanos. ...................................................................................... 24
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 11

2. OBJETIVO DA PESQUISA ........................................................................................ 12

2.1. Objetivo Geral ........................................................................................................................... 12


2.2. Objetivos Específicos ................................................................................................................. 12
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................... 12

3.1. As atribuições dos animais silvestres para o meio ambiente e sociedade ............................. 12
3.2. Crendices populares que cercam animais silvestres ............................................................... 13
3.3. A importância da educação ambiental .................................................................................... 14
4. MATERIAL E MÉTODOS .......................................................................................... 15

4.1. Descrição do local e o período da pesquisa.............................................................................. 15


4.2. Classificação da pesquisa .......................................................................................................... 16
4.3. Material da pesquisa ................................................................................................................. 17
4.3.1. Questionário e folder .................................................................................................... 17

4.3.2. Coruja suindara taxidermizada ..................................................................................... 18

4.4. Perfil dos entrevistados ............................................................................................................. 19


5. RESULTADOS E DISCUSSÕES ................................................................................ 19

5.1. Caracterização do perfil dos entrevistados ............................................................................. 19


5.2. Entendimento dos entrevistados sobre a coruja suindara ..................................................... 21
5.3. Crendices populares sobre a coruja suindara ......................................................................... 22
5.4. Papel da coruja suindara para o meio ambiente e para as pessoas ...................................... 24
CONCLUSÃO....................................................................................................................... 25

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................... 26


11

1. INTRODUÇÃO
Tyto furcata, popularmente conhecida como suindara, coruja-de-igreja, coruja-das-
torres ou coruja rasga-mortalha é uma espécie de ave pertencente a Ordem Strigiformes e
Família Tytonidae, apresenta dorso-cinza ou pardo, partes inferiores brancas, peitoral branco
ou marrom claro, hábitos noturnos e vocalização marcante. Essa ave de rapina possui
distribuição global, à exceção de regiões com temperaturas muito frias (JUNIOR, 1988), desse
modo, a espécie pode ser localizada em todos os biomas do Brasil, como a mata atlântica,
porém, têm preferência por áreas abertas e campos, sendo facilmente encontrada em locais
modificados pelo homem (MENQ, 2013).

Considerada predadora de roedores, aves pequenas e insetos, a suindara tem como


hábito alimentar a ingestão da presa inteira, e as partes não digeríveis como pelos e ossos, são
compactadas e regurgitadas em forma de egagrópilas ou pelotas (FIGUEIREDO, 2011). Com
seus discos faciais em formato de coração, ela consegue conduzir os sons de suas presas em
direção aos seus ouvidos, além disto, com sua excelente visão e olhos relativamente grandes,
as corujas conseguem aproveitar a luminosidade noturna para a caça, provocando a diminuição
das atividades de roedores durante esse período (NACHTIGALL et al., 2018).

De acordo com Menq (2013), para comunicar-se, a espécie emite um chamado forte e
característico durante o voo, principalmente quando deseja amedrontar possíveis ameaças ou
no período reprodutivo, onde machos e fêmeas vocalizam a procura de um parceiro para a
reprodução, contudo, antigas crendices sobre a coruja suindara motivaram o desprezo de uma
parcela da população, como a lenda na Roma Antiga, a qual ao ouvir a vocalização do animal
o pressagio seria de morte eminente. A falta de informação e a expansão da área urbana são os
principais causadores do declínio populacional das corujas, destacam-se a descaracterização de
seus habitats naturais, os atropelamentos, as eletrocussões, o turismo e maus-tratos
(OLIVEIRA, 2007).

As ameaças humanas podem estimular um desiquilíbrio na cadeia alimentar, pois, em


conformidade com Santos (2009), as aves de rapina se sobressaem pelas suas atribuições no
sistema ecológico, devido ao controle populacional dos roedores em áreas urbanas, animais
considerados “pragas” pela população. Com isso, considera-se que a coruja suindara dispõe um
papel fundamental na relação homem-animal, em virtude de, diminuir as chances de
transmissão de doenças de roedores para humanos.
12

Para a redução de casos negligentes sobre esse animal, faz-se necessário desenvolver
medidas para estratégia de conservação dessa espécie, desempenhando práticas de educação
ambiental destacando a atividade humana, possíveis crendices populares e perseguição
indiscriminada como dano para a coruja suindara (ICMBio, 2008). Além disso, a criação de
Centros especializados em animais selvagens é de suma importância para o atendimento médico
veterinário e reabilitação de animais oriundos de resgate, conforme Almeida (2016), os
rapinantes são os que mais vivenciam as afecções como traumas e filhotes órfãos.

2. OBJETIVO DA PESQUISA
2.1. Objetivo Geral
Realizar um levantamento sobre o entendimento da população entrevistada sobre a
coruja suindara e sua função no meio ambiente.

2.2. Objetivos Específicos


• Identificar as principais crendices populares sobre a espécie;
• Informar a importância ecológica da espécie nos centros urbanos;
• Desmistificar os mitos sobre a espécie.

3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
3.1. As atribuições dos animais silvestres para o meio ambiente e sociedade
A relação de humanos e animais é antiga e desfruta de grande importância para a vida
das pessoas, utilizando-os de diferentes formas e para variados fins. Porém, para Newmarl et
al., (1994), a exploração, o domínio territorialista e aversão aos animais silvestres tem
provocado preocupantes impactos sobre algumas espécies. Conflitos ocorrem quando o
comportamento desses animais interfere no estilo de vida humano ou se o objetivo do indivíduo
causa impacto na vida desses seres vivos (KALTENBORN et al., 2006). De acordo com Brasil
(2006), a fauna presente nos centros urbanos equivale aos animais nativos ou exóticos que
usufruem dos recursos dispostos nesses locais, de forma provisória, de passagem ou
permanente.

Muitas espécies provocam má fama por serem considerados repugnantes ou diferentes,


sem terem a sua importância considerada na natureza e para a sociedade. Por conseguinte, a
ocorrência de maus-tratos para com esses animais faz-se presente, por serem vistos como
danosos para a condição de vida humana, devido a sua aparência e comportamento (ZETUN,
13

2009). A exemplo do sapo-cururu, as serpentes, os marsupiais e algumas espécies de aves, como


a coruja suindara.

O sapo-cururu (Rhinella spp.), é um tipo de anfíbio venenoso e que apresenta glândulas


paratóides atrás dos olhos onde o veneno se localiza, no entanto, o seu papel ecológico é
fundamental por serem predadores de artrópodes, controlando a população desses animais na
natureza e nos centros urbanos (BERNARDE, 2018).

Para Silva et al., (2011), as serpentes são os animais silvestres que mais sofrem com o
preconceito e a falta de informação, todavia, são grandes predadoras no ecossistema,
alimentam-se de artrópodes, anfíbios, roedores e dentre diversos outros animais. Ademais,
possuem grande importância na farmacologia, a descoberta iniciou a partir do veneno da
jararaca (Bothrops jararaca) (BERNARDE, 2018).

Contudo, não somente as serpentes vítimas de desinformação e preconceito, os


marsupiais (gambá, mucuras ou saruê), são um dos mamíferos mais descriminados pela
população. Essa espécie detém do potencial de ser imune ao veneno de algumas espécies de
serpentes (ALMEIDA-SANTOS, 2000).

As aves também são vistas de forma errônea, as corujas são julgadas por seu
comportamento, vocalização e aparência, apesar disso, para Sousa (2018) as corujas por serem
predadoras de roedores e outros pequenos vertebrados, tornam-se benéficas para o homem,
visto que, muitos desses animais são vetores ou prejudiciais para a saúde humana, e para Golec
et al., (2013) a ave possui um papel fundamental no controle biológico de roedores na
agricultura.

3.2. Crendices populares que cercam animais silvestres


Desde muitos anos, os animais silvestres foram associados a crendices populares sejam
elas boas ou ruins. Na cultura helênica as aves eram consideradas os seres mais próximos dos
deuses, a águia era responsável por conduzir Zeus, e a coruja era a companheira de Athena, em
razão disso, a coruja tornou-se a ave da sabedoria, do conhecimento sem limites por seus olhos
possibilitarem uma visão ampla (VASCONCELOS, 1998).

E Xisto (2002), descreve que na antiguidade as corujas estavam relacionadas à escuridão


e sentimentos desagradáveis por serem animais de hábitos noturnos, em distintas culturas as
corujas podem representar o mau presságio e o demoníaco. Porém, em algumas sociedades esse
animal é considerado o conhecedor do oculto, por estarem acordadas e com olhos bem abertos,
14

observando e anunciando a morte que está próxima, causando medo e motivando as crenças
(CASCUDO, 2002).

Na Roma Antiga, as corujas eram denominadas “estriges”, que significa bruxa,


resultando no nome da sua ordem Strigiformes (COSTA-NETO, 1999). Para Gomes (2005) a
vocalização da coruja seria presságio de morte para alguém próximo, crendice também presente
nos povos indígenas americanos. Mas, na Amazônia penas de coruja eram utilizadas como
amuleto para uma boa saúde e sorte, e no Canadá a vocalização desse animal seria uma
indicação de nevasca, assim como, na China, a coruja estaria associada aos relâmpagos
(COSTA-NETO, 1999) (GOMES, 2005).

Para Pinho (2017), nos anos 60, as migrações para o desenvolvimento amazônico
estavam na fase inicial, tal qual os aspectos ambientais, os quais poderiam remeter a lembranças
de outro espaço e mitos complexos, como o da coruja suindara, nesta época, a espécie foi
relacionada ao pássaro que as matintas se transformavam, onde a vocalização da ave
assemelhava-se a risada de uma mulher, em razão de a matinta estar relacionada a uma mulher
que não dorme à noite, grita e gargalha.

O Brasil com a sua diversidade étnica e cultural, detém de inúmeras crenças entre suas
regiões. No nordeste do país, a Tyto furcata é denominada de coruja “rasga-mortalha”,
considerada uma ave agourenta devido ao som que emite ao sobrevoar as casas, sendo um
prenúncio de morte para um habitante (CASCUDO, 2012). Contudo, no estado do Rio Grande
do Sul a coruja suindara está relacionada a situações boas, onde três penas desse animal
carregam sorte no amor e na vida pessoal (SANTOS, 2015). Com isso, a forma que crendices
populares tomam proporção nos ambientes urbanos podem se tornar prejudiciais ou não para
esses animais.

3.3. A importância da educação ambiental


Ao procurar definições sobre educação ambiental identifica-se conceitos diversos,
todavia, com o mesmo objetivo, a interação do homem com a natureza de forma que a
conscientização seja de preservação.

De acordo com o artigo 1° da lei 9.795/99:

“Art. 1o Entendem-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o
indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades,
atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso
comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.”

Para o Conselho Nacional do Meio Ambiente- CONAMA:


15

“Educação ambiental é um processo de formação e informação orientado para o


desenvolvimento da consciência crítica sobre as questões ambientais, e de atividades
que levem à participação das comunidades na preservação do equilíbrio ambiental.”

A fauna silvestre brasileira sempre teve a sua importância na vida do homem,


principalmente nas tribos indígenas, muitos animais eram utilizados como alimentação,
vestuário, e alguns domesticados e mantidos para a estimação. Com a colonização, a exploração
das riquezas naturais e do tráfico de animais silvestres para outros países, proporcionou um
processo de extermínio de diversas espécies (RENCTAS, 2001). Em relação a Behling et al.,
(2014), o comércio ilegal desses animais sempre foi uma atividade prejudicial para a fauna, e
as técnicas utilizadas para a captura atualmente são as mesmas usadas no passado, tratando-os
de forma desrespeitosas e apenas como fonte de renda.

Bernarde (2018) considera que espécies repugnantes ou nocivas atraem olhares


discriminatórios das pessoas, desprezando a importância desses animais na natureza e para a
população, podendo resultar constantemente em mortes e perseguição de animais julgados
como perigosos. Reconhece-se também informações equivocadas a partir de crendices
populares, sendo necessário a desmitificação dessas concepções para que pessoas respeitem e
conservem a natureza.

A educação ambiental auxilia para soluções de problemáticas relacionadas ao meio


ambiente, à vista disso, diminuir os danos causados pelo ser humano. Conforme Krasilchik
(1986), a sociedade deve colaborar para a preservação ambiental, reivindicando soluções para
os seus problemas com o meio ambiente. O fornecimento de instrumentos para iniciar diálogos
e ações sobre questões ambientais, essencialmente, na educação básica, visando um futuro com
pessoas mais críticas e preocupadas com o meio ambiente (ALMEIDA et al., 2004).

Nos dias atuais, observa-se o crescimento do entrosamento do homem com a natureza,


uma sociedade em busca de momentos de lazer em que possa ter um maior contato com o meio
ambiente. Praças e parques ecológicos tornam-se essenciais para tal conscientização, pois, além
de relatarem sobre a história do local, dispõem de uma variedade de componentes vegetais e
animais, proporcionando uma harmonia com a natureza (SOUSA, 2008).

4. MATERIAL E MÉTODOS
4.1. Descrição do local e o período da pesquisa
A pesquisa foi desenvolvida na Praça da República localizada na Avenida Presidente
Vargas, bairro da Campina em Belém do Pará (Figura 1). Foi utilizado o horário de 8h às 11h
da manhã, nos dias 10/04, 17/04 e 24/04 de 2022, por ser um momento de maior movimentação.
16

Este local foi escolhido pela sua finalidade (lazer) devido aos seus frequentadores terem
diferentes faixas etárias e pela sua diversidade ecológica. Um ambiente repleto de árvores e que
possui inúmeras atrações para todos os públicos.

Figura 1- Praça da República em Belém do Pará, local de realização da pesquisa.

Fonte: Google Earth, 2022.

4.2. Classificação da pesquisa


De acordo com o objetivo do estudo, a pesquisa classifica-se como exploratória,
descritiva e quantitativa. A pesquisa exploratória possui como enfoque o entendimento sobre o
princípio de um possível problema, o contexto que está inserido e conhecer as variáveis do
estudo que precisam ser consideradas. (PIOVESAN et al., 1995)

A pesquisa de caráter descritivo dispõe como finalidade descrever as características de


uma população, processos, situações e fenômenos para o estudo realizado.

Segundo Antônio Carlos Gil (2008, p.28):

“As pesquisas deste tipo têm como objetivo primordial a descrição das características
de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre
variáveis”.

A metodologia da pesquisa caracteriza-se como quantitativa, ou seja, o questionamento


do público sobre determinado assunto em busca de dados numéricos. Para Manzato et al.,
(2012) a pesquisa quantitativa é além da coleta de dados, é necessário saber analisá-los para a
validação dos resultados.
17

4.3. Material da pesquisa


4.3.1. Questionário e folder
O levantamento da pesquisa foi realizado através de um questionário lúdico, dividido
em cinco perguntas, duas referentes ao entrevistado e três sobre o olhar dos participantes sobre
a coruja suindara (Anexo 1). Após a explanação sobre o papel da espécie no meio ambiente e
para a população, foram distribuídos folders (Figura 2) educativos sobre a suindara e com
orientações de como as pessoas devem agir caso se deparem com um animal silvestre. Além
disso, realizou-se consultas em literaturas dentro da temática para embasamento da pesquisa.

Figura 2- Desenvolvimento da pesquisa na Praça da República com a apresentação de espécime taxidermizada de


coruja suindara (Tyto furcata) e a distribuição de folder explicativo sobre a espécie para duas visitantes.

Fonte: Arquivo pessoal, 2022.

De acordo com Parasuraman (1991), o questionário é uma forma de coletar dados por
meio de perguntas elaboradas para atingir o objetivo de um projeto. A pesquisa através dessa
análise foi realizada por intermédio de entrevist (as semiestruturadas com o intuito de traçar a
realidade do conhecimento dos frequentadores da Praça da República sobre a coruja suindara,
observando as falas dos entrevistados, paralelamente, ao diálogo baseado em referencial teórico
para o estudo.
18

A educação ambiental pode ser promovida por meio de duas vertentes, a formal
desenvolvida nos espaços de ensino, e a informal, a qual ocorre fora do ambiente de ensino,
como as praças e parques. Os principais desafios de uma educação ambiental são, resgate e o
desenvolvimento de valores e comportamentos como o respeito, solidariedade e
reponsabilidade (JACOBI, 1998). Com isso, o método de educação ambiental informal é mais
provável que obtenha resultados significativos para a população, dessa forma, a utilização de
folders é um método de orientar e influenciar as pessoas sobre a preservação do meio ambiente.

O folder distribuído para os entrevistados foi dividido de acordo com a espécie, seu
estilo de vida e os questionamentos e mitos mais recorrentes da sociedade sobre a coruja-
suindara (Anexo 2).

4.3.2. Coruja suindara taxidermizada


Com o aumento da pressão sobre o meio ambiente, percebe-se a extinção de diversas
espécies, problemática que tende para o crescimento. A taxidermia é um termo oriundo do grego
que tem significado de “dar forma a pele”, é utilizada como recurso de conservação de
diferentes espécies em museus de pesquisa. Além disto, essa técnica possui como objetivo a
recuperação de espécies descartadas, com a reconstituição da sua forma física e quando possível
simulando seu habitat como ferramenta de educação ambiental (TAFFAREL, 2011).

Na presente pesquisa, foi utilizada uma Tyto furcata taxidermizada, pertencente ao


acervo da coleção didática do Museu de Zoologia da Universidade Federal Rural da Amazônia-
Campus Belém (Figura 3), como forma de alusão ao que estava sendo explanado para as pessoas
na Praça da República.

Figura 3- Espécime de Tyto furcata conservada através da técnica de taxidermia e pertencente a coleção didática
do Museu de Zoologia da Universidade Federal Rural da Amazônia.
19

Fonte: Arquivo pessoal, 2022.

4.4. Perfil dos entrevistados


Na pesquisa realizada, 60 pessoas optaram por participar, sendo a unidade amostral
constituída de mulheres e homens adultos, jovens e idosos de todas as classes sociais e
escolaridade que se interessaram pela temática e tiveram curiosidade sobre a coruja suindara
taxidermizada. Por sua maioria, os homens tiveram maior participação, a faixa etária média foi
dos 20 aos 49 anos.

5. RESULTADOS E DISCUSSÕES
As duas primeiras perguntas do questionário foram pré-requisitos para a continuidade
da pesquisa, visto que, o gênero e a idade dos entrevistados seriam uma base para o
levantamento dos dados sobre as pessoas que obtiveram maior interesse sobre assunto.

5.1. Caracterização do perfil dos entrevistados


A pesquisa foi realizada com frequentadores da Praça da República em Belém do Pará
de diferentes faixas etárias, gênero, classe social e raça, isto é, considerando-se o interesse
dessas pessoas sobre o assunto abordado. A pesquisa constatou que dos 60 entrevistados,
aproximadamente, 56,6% (n°= 34) identificam-se sendo do sexo masculino, e cerca de 43,4%
(n°= 26) do sexo feminino (Gráfico 1).
20

Gráfico 1: Gênero dos entrevistados na pesquisa sobre a coruja suindara na Praça da República em Belém do Pará.

GÊNERO DOS ENTREVISTADOS

Homens Mulheres

43%
57%

Fonte: Arquivo pessoal, 2022.

Com os resultados obtidos nessa primeira pergunta do questionário, pode-se perceber


um maior interesse de pessoas do gênero masculino, os quais ao se aproximarem do ambiente
da pesquisa, revelaram um sentimento de curiosidade sobre a espécime taxidermizada. Essa
sensação pode ser explicada por Peroza et al., (2011), o qual correlaciona uma pessoa em busca
do conhecimento como essência em busca do novo, ou seja, a predisposição sobre uma
realidade que pode ser descoberta.

Da mesma forma, o estudo constatou uma maior participação de pessoas na faixa etária
de 20 a 49 anos de idade, sendo cerca de 70% (n°= 42) da amostra total de entrevistados.
Portanto, 38,4% (n°= 23) são homens adultos, 31,7%= (n°= 19) são mulheres adultas, 16,7%
(n°= 10) são adolescentes ou crianças, e 13,4% (n°= 8) possuem mais de 50 anos (Gráfico 2).
21

Gráfico 2: Faixa etária dos entrevistados na pesquisa sobre a coruja suindara na Praça da República em Belém do
Pará.

FAIXA ETARIA DOS PARTICIPANTES

70,10%

16,70% 13,40%

10-19 ANOS 20- 49 ANOS ACIMA DE 50 ANOS

Fonte: Arquivo pessoal, 2022.

Deste modo, identificou-se no gráfico 2 a superioridade de pessoas jovens adultas, sendo


também em maior proporção como frequentadores da praça. Fato que se explica com a
expectativa de vida dos brasileiros que cresceu quando comparada a décadas passadas, com a
taxa de natalidade decaindo paralelamente com a de mortalidade, fez com que a proporção de
adultos progressivamente aumentasse, porém, esse processo só ocorreu devido ao índice
elevado de fertilidade anos atrás, com uma população jovem numerosa que sobreviveu a idade
reprodutiva (KALACHE et al., 1987).

5.2. Entendimento dos entrevistados sobre a coruja suindara


Entre os entrevistados na pesquisa, em torno de 66,7% (n°= 40) alegaram conhecer o
animal, argumentando ser uma coruja, mas, sem o conhecimento sobre a espécie, e 33,3% (n°=
20) não souberam informar o animal que estava sendo exposto em técnica de taxidermia
(Gráfico 3).
22

Gráfico 3: Conhecimento dos entrevistados da pesquisa sobre a coruja suindara na Praça da República em Belém
do Pará.

CONHECIMENTO DOS ENTREVISTADOS

33,30%

66,70%

Conhecem Não conhecem

Fonte: Arquivo pessoal, 2022.

Os resultados mostrados no gráfico 3 podem ser explicados pelo fato do Brasil possuir
diversas espécies de corujas no seu território. De acordo com Menq (2013), existem 22 espécies
de corujas em área brasileira, habitando a Mata Atlântica, Floresta Amazônica, e até regiões
mais quentes como a Caatinga, todavia, algumas possuem preferência por ambientes abertos e
campos, como é o caso da coruja-suindara (Tyto furcata). Desse modo, é comum encontrarmos
essa ave em ambiente urbano, mais precisamente pelo período da noite, segurando o resultado
da pesquisa.

5.3. Crendices populares sobre a coruja suindara


Ao serem questionados sobre o conhecimento de alguma crendice popular referente a
coruja suindara, cerca de 73,4% (n°= 44) comunicaram pelo menos uma, sendo,
aproximadamente, 2,73% (n°= 2) com mitos vistos como agradáveis, ligando a coruja-suindara
a boa sorte e símbolo de sabedoria, e 70,67% (n°= 42) associando a espécie com mau-agouro,
presságio de morte e azar, mitos que podem desencadear o declínio e preconceito sobre o
animal. Todavia, 26.6% (n°= 16) não souberam dizer nenhum conto sobre a coruja (Gráfico 4)
(Gráfico 5).
23

Gráfico 4: Conhecimento dos entrevistados sobre crendices populares em relação a coruja suindara na Praça da
República em Belém do Pará.

CONHECIMENTO DE CRENDICES POPULARES

Não conhecem Conhecem

73,40%

26,60%

NÃO CONHECEM CONHECEM

Fonte: Arquivo pessoal, 2022.

Gráfico 5: Crendices populares que cercam a coruja suindara no olhar dos entrevistados na pesquisa sobre a
espécie na Praça da República em Belém do Pará.

CRENDICES BOAS E RUINS

Boa Ruim 70,67%


2,73%

BOA RUIM

Fonte: Arquivo pessoal, 2022.

Segundo o gráfico 5, a população ainda se baseia com histórias regressas de povos e


décadas passadas. A personificação da coruja suindara atualmente provoca a desinformação e
a discriminação sobre o animal, essas problemáticas ocasionam a diminuição da espécie no
meio, e o aumento de maus-tratos advindas de seres humanos. Essas circunstâncias são
relatadas por Esclarski et al., (2011), onde a perseguição por corujas é ocasionada por histórias
24

de mau agouro, além de serem considerada prejudiciais para criações domésticas devido seus
hábitos noturnos e habilidades vistas como esquisitas.

5.4. Papel da coruja suindara para o meio ambiente e para as pessoas


Na última pergunta do questionário foi abordado o questionamento sobre o papel da
coruja suindara para o meio ambiente e para a população que reside em áreas urbanas,
entretanto, anteriormente, ocorreu uma explicação sobre o hábito alimentar desse animal. Após,
foi observado o entendimento de uma parte dos entrevistados sobre a pergunta, visto que, 65%
(n°= 39) das pessoas alegaram saber a função ecológica e social da ave nos grandes centros
urbanos, e somente 35% (n°= 21) não compreenderam o bem que esse animal faz, como mostra
abaixo (Gráfico 6).

Gráfico 6: Conhecimento dos participantes da pesquisa sobre o papel da coruja suindara no meio ambiente e nos
centros urbanos.

CONHECIMENTO SOBRE O PAPEL ECOLOGICO E


SOCIAL

Sim Não

35%

65%

Fonte: Arquivo pessoal, 2022.

Conforme dados apresentados no gráfico 6, percebe-se que uma parcela dos


participantes soube informar sobre o que estava sendo perguntado depois de serem questionados
sobre o hábito alimentar da coruja suindara, inteirando sobre o controle de roedores nas cidades,
tal fato pode ser justificado por Junior (1996), mesmo com uma alimentação variável a qual
inclui pequenos invertebrados, espécies da Ordem Strigiformes têm preferência por pequenos
mamíferos, especialmente roedores.
25

CONCLUSÃO
Mediante a pesquisa realizada, constatou-se um maior interesse de participantes do
gênero masculino, com predomínio de jovens adultos de 20 a 49 anos. Ao serem questionados
sobre a espécie que estava sendo apresentada, a maioria dos entrevistados souberam informar
o animal, entretanto, sem compreender que era uma coruja suindara. Após serem comunicados
sobre a espécie, os participantes demonstraram sentimentos repulsivos sobre o animal,
associando-o à morte, azar e agouro, simbologias antigas que cercam a coruja suindara na
região.

Apesar disso, pode-se perceber uma curiosidade nos entrevistados no decorrer da


explanação. Ao se depararem com o papel ecológico e social da coruja suindara, os participantes
da pesquisa puderam relacionar a espécie com situações agradáveis. Tal progresso foi em
decorrência da educação ambiental informal determinada pela pesquisa, comunicando sobre o
comportamento do animal, hábito alimentar, crendices populares que podem ameaçar a vida da
espécie e o papel ambiental que a coruja suindara acarreta para a natureza e áreas urbanas. Além
disso, as pessoas foram instruídas caso se deparassem com um animal silvestre.
26

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ANEXOS

Anexo 1: Questionário da pesquisa


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Anexo2: Folder informativo


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