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UNIVERSIDADE TIRADENTES – UNIT

CURSO DE GRADUAÇÃO EM DIREITO


TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – ARTIGO CIENTÍFICO

A RESPONSABILIDADE JURÍDICA NO COMBATE A PEDOFILIA NO AMBIENTE


VIRTUAL: uma análise dos jogos virtuais como ferramenta de propagação

Mayara da Silva Moreno Felizola


Professor Ronaldo Alves Marinho da Silva

Aracaju
2023
MAYARA DA SILVA MORENO FELIZOLA

A RESPONSABILIDADE JURÍDICA NO COMBATE A PEDOFILIA NO AMBIENTE


VIRTUAL: uma análise dos jogos virtuais como ferramenta de propagação

Trabalho de Conclusão de Curso – Artigo –


apresentado ao Curso de Direito da
Universidade Tiradentes – UNIT, como
requisito parcial para obtenção do grau de
bacharel em Direito.

Aprovado em / / .

Banca Examinadora

Professor Ronaldo Alves Marinho da Silva


Universidade Tiradentes

Professor Examinador
Universidade Tiradentes

Professor Examinador
Universidade Tiradentes
A RESPONSABILIDADE JURÍDICA NO COMBATE A PEDOFILIA NO AMBIENTE
VIRTUAL: uma análise dos jogos virtuais como ferramenta de propagação

LEGAL RESPONSIBILITY IN COMBATING PEDOPHILIA IN THE VIRTUAL


ENVIRONMENT: an analysis of virtual games as a propagation tool

Mayara da Silva Moreno Felizola1

RESUMO

O trabalho aborda a problemática da pedofilia no contexto dos jogos virtuais, destacando a


gravidade do crime e os riscos associados ao ambiente online para crianças e adolescentes. A
pedofilia é abordada como um transtorno de preferência sexual, vinculado a crimes como abuso
sexual infantil e exploração através de material pornográfico. A falta de tipificação específica
de "pedofilia" no Código Penal brasileiro é mencionada, mas práticas como estupro de
vulnerável são tratadas legalmente para proteger menores. A discussão se estende para os jogos
virtuais, identificando como esses ambientes podem ser explorados por pedófilos para
aliciamento e troca de material de abuso infantil. Um caso real é citado para ilustrar a ameaça,
onde um homem utilizou salas de jogo virtual para abusar de crianças. O texto destaca a
ciberpedofilia, ressaltando a expansão global desse problema devido à internet, incluindo a deep
web. Operações como a "Luz na Infância" são mencionadas como esforços para identificar e
prender criminosos envolvidos em abusos online. No âmbito legal, são apresentadas leis
brasileiras relacionadas à pedofilia, como a Lei 13.431/2017 e o Estatuto da Criança e do
Adolescente (ECA), além de discutir a proposta do Projeto de Lei 5261/20 para regulamentar
jogos eletrônicos e proteger menores. Através da metodologia qualitativa e quantitativa, e por
meio da revisão bibliográfica, elaborou-se os pontos citados e concluiu o trabalho mencionando
as medidas protetivas e a colaboração de diferenciados setores e mecanismos para a proteção
da criança ou adolescente contra a pedofilia nos ambientes e jogos virtuais.

Palavras-chave: Abuso sexual infantil. Jogos virtuais. Pedofilia.

ABSTRACT

The work addresses the issue of pedophilia in the context of virtual games, highlighting the
seriousness of the crime and the risks associated with the online environment for children and
adolescents. Pedophilia is discussed as a disorder of sexual preference, linked to crimes such as
child sexual abuse and exploitation through pornographic material. The lack of specific
classification of "pedophilia" in the Brazilian Penal Code is mentioned, but practices such as
the rape of a vulnerable person are legally addressed to protect minors. The discussion extends
to virtual games, identifying how these environments can be exploited by pedophiles for
grooming and the exchange of child abuse material. A real case is cited to illustrate the threat,
where a man used virtual game rooms to abuse children. The text emphasizes cyber-pedophilia,

Graduanda em Direito pela Universidade Tiradentes – UNIT. E-mail: mayarasmfelizola@gmail.com


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highlighting the global expansion of this problem due to the internet, including the deep web.
Operations such as "Light in Childhood" are mentioned as efforts to identify and arrest
criminals involved in online abuse. In the legal realm, Brazilian laws related to pedophilia are
presented, such as Law 13,431/2017 and the Statute of the Child and Adolescent (ECA), in
addition to discussing the proposal of Bill 5261/20 to regulate electronic games and protect
minors. Through qualitative and quantitative methodology, and through literature review, the
points mentioned were elaborated, and the work concluded by mentioning protective measures
and the collaboration of different sectors and mechanisms for the protection of children or
adolescents against pedophilia in virtual environments and games.

Keywords: Abuso sexual infantil. Jogos virtuais. Pedofilia.

1 INTRODUÇÃO

Este trabalho tem como propósito aprofundar a compreensão sobre o conceito da


pedofilia e os atos correlacionados no contexto dos jogos virtuais, ressaltando a seriedade do
problema e apresentando abordagens legais e práticas para prevenir e combater esses crimes.
O tema da pedofilia abrange práticas condenadas socialmente, sendo um transtorno de
preferência sexual que envolve o interesse de adultos por crianças. O Código Penal brasileiro
não tipifica "pedofilia", mas trata de crimes como estupro de vulnerável. A segurança das
crianças no ambiente virtual é uma preocupação devido aos riscos associados ao uso da internet
e jogos online.
A pedofilia pode se manifestar através da exploração sexual de crianças, incluindo
produção e distribuição de material pornográfico, bem como abuso sexual. Esses atos podem
levar em consideração a idade, consentimento, maturidade da vítima e relação de autoridade.
Educação sobre segurança online e supervisão parental são cruciais para proteger os jovens.
Jogos virtuais e plataformas online tornam-se ferramentas para a exploração,
possibilitando a troca de material de abuso e o aliciamento de menores. Um caso real destaca o
perigo, onde um homem ameaçava divulgar fotos de mais de 60 crianças nuas, obtidas em jogos
online.
A ciberpedofilia, impulsionada pela internet e deep web, expande a exploração infantil.
A legislação brasileira, como a Lei 13.431/2017 e o Estatuto da Criança e do Adolescente
(ECA), busca lidar com crimes virtuais. Operações como a "Luz na Infância" são essenciais,
envolvendo colaboração internacional.
A falta de tipificação específica de "pedofilia" no Código Penal levanta discussões. O
Projeto de Lei 4.299/2020 propõe incluir uma nova tipificação relacionada à pedofilia. A

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legislação brasileira também aborda crimes cibernéticos, como a Lei 12.737/12 e o Marco Civil
da Internet.
O Projeto de Lei 5261/20 visa proteger crianças em jogos eletrônicos, restringindo a
comunicação e proibindo a divulgação pública de dados pessoais. Possíveis interferências na
liberdade de expressão devem ser feitas pela lei ou até pelos pais do menor de idade, de forma
proporcional e que vise prevenir a pedofilia.
Além disso, o ECA, influenciado pela Constituição de 1988, possui artigos específicos
para crimes relacionados à pedofilia. A privacidade das crianças deve ser preservada, mesmo
ao adotar medidas de proteção. O artigo 29 do Marco Civil da Internet permite o uso de
programas de controle parental.
Dados de 2019 mostram a presença significativa de crianças em redes sociais,
ressaltando a importância da supervisão. Aplicativos como o Google Family Link são
ferramentas para monitorar atividades online. A prevenção da exposição à pornografia infantil
é crucial para interromper ciclos psíquicos que podem levar a crimes mais graves.
Dessa forma, por meio da revisão bibliográfica, por uma metodologia qualitativa e
quantitativa, e apoio de informações provenientes de artigos, monografias, dissertações, dados
e demais fontes científicas que colaboraram para a formação desse trabalho de conclusão. A
fim de buscar como ocorre a pedofilia no âmbito virtual, especificamente nos jogos virtuais.
Abordando como a legislação nacional e projetos de lei reagem quanto à essa temática, a fim
de resguardar as crianças ou adolescente diante de atos reprováveis e criminosos ligados à
pedofilia.
Por fim, foi o ressaltado combate à pornografia infantil requer uma abordagem
interdisciplinar, incluindo medidas legais, colaboração entre diferentes agentes e
conscientização pública. A proteção das crianças no ambiente virtual exige esforços coletivos
para garantir um ambiente seguro e prevenir a exploração infantil.

2 SOBRE O CONCEITO DA PEDOFILIA E OS ATOS RELACIONADOS NO


ÂMBITO DOS JOGOS VIRTUAIS

Para abordar o tema da pedofilia de forma objetiva, é importante explicar que essa
prática é um transtorno de preferência sexual caracterizado pelo interesse sexual de um adulto
por crianças ou adolescentes, sendo estritamente condenado pela sociedade. Esta condição é
classificada como um desvio da sexualidade e pode levar a comportamentos extremamente

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prejudiciais, como o abuso sexual infantil, que consiste na prática criminosa de envolver
crianças em atividades sexuais.
Quando se trata da pedofilia, é fundamental ter o discernimento que está relacionada a
crime graves, os quais consistem na violação dos direitos das crianças. O que traz a questão da
segurança das crianças no ambiente virtual, pois o uso da internet e dos jogos online pode
representar riscos para menores de idade devido a ser um espaço acessível e perigoso.
De acordo com Fachini (2023), o crime de pedofilia envolve a exploração sexual de
crianças ou adolescentes, geralmente através da produção, posse, distribuição ou consumo de
material pornográfico envolvendo menores de idade, ou ainda através de atos de abuso sexual.
O Código Penal brasileiro não tipifica o termo "pedofilia" em si, mas trata das práticas que
envolvem relações sexuais com menores de idade, especialmente no que diz respeito ao estupro
de vulnerável.
Além da idade, segundo Fachini (2023), a análise do caso concreto considera a
existência de consentimento, a maturidade da vítima, a relação de autoridade entre o agressor e
a vítima, entre outros fatores. O objetivo é proteger crianças e adolescentes de abusos sexuais
e garantir que as leis sejam aplicadas de maneira justa, levando em consideração as
circunstâncias específicas de cada caso.
Os jogos virtuais e as plataformas online podem ser usados como ferramentas para esse
tipo de exploração, uma vez que oferecem um ambiente onde adultos e crianças interagem. O
que pode envolver a troca de material de abuso infantil, aliciamento de menores para atividades
sexuais, entre outras formas em que se configura a pedofilia.
Conforme pensamento de Veras e Soares (2022), a educação sobre segurança na internet
e a supervisão por parte dos pais são cruciais para proteger os jovens. A segurança online das
crianças é uma preocupação que exige ação coletiva da sociedade, da indústria de tecnologia,
das autoridades e dos pais para criar um ambiente digital mais seguro para os jovens e prevenir
a exploração sexual de crianças e adolescentes na internet.
A ideia de que os pais ou responsáveis legais devem ser consultados quando um jovem
deseja acessar conteúdos ou serviços online destinados a maiores de 18 anos é importante para
garantir a segurança e a conformidade com as leis, como aduz Veras e Soares (2022).
Simplesmente perguntar se o usuário é maior de 18 anos não garante a segurança jurídica, pois
as crianças e adolescentes podem deliberadamente fornecer respostas falsas para acessar esses
locais virtuais.

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Alguns jogos online e plataformas de mídia social têm mecanismos de denúncia que
permitem que os usuários relatem comportamentos suspeitos ou inadequados. Isso pode ajudar
a identificar potenciais casos de abuso ou assédio infantil. Diante dessa situação, frisa o
acontecimento na cidade de Águas Lindas de Goiás, em que um homem utilizava salas de jogo
virtuais para entrar em contato com possíveis vítimas, prometendo presentes em trocar de
vídeos ou fotos íntimas. Como se apresenta a seguir no caso apresentado como matéria no G1
em Goiás:

Homem é suspeito de ameaçar divulgar fotos de mais de 60 crianças nuas após


conhecê-las em jogos online. Segundo a polícia, ele prometia presentes às
vítimas se elas mandassem imagens íntimas. Ao conseguir o material, ele dizia
que ia postar na internet se elas não continuassem enviando. Segundo a
polícia, ele prometia presentes às vítimas se elas mandassem imagens íntimas.
O investigado foi preso nesta quarta-feira (26), em Águas Lindas de Goiás, no
Entorno do Distrito Federal. A polícia informou que o homem conhecia as
vítimas em um jogo e, então, as convidava para conversar em um aplicativo
de mensagem. Após conseguir alguma imagem das vítimas nuas, ele passava
a exigir mais fotos e vídeos, ameaçando divulgar o material na internet se elas
não obedecessem. Nas conversas às quais a Polícia Civil teve acesso, as
crianças mostram desespero com as ameaças. Algumas diziam até que se
matariam. Em uma das mensagens, o homem diz: “Então manda vídeo, grava
aí”. A vítima disse que não tem como, pois a irmã estava em casa. Em seguida,
o homem responde: “Então vou postar agora”. Nos celulares do suspeito foram
encontrados vários vídeos e fotografias de crianças em atos pornográficos. Ele
foi detido em flagrante, encaminhado ao presídio da cidade e deve responder
por manter imagens pornográficas infantis em seu telefone e por estupro de
vulnerável (SANTANA, 2022).

Esse relato mostra que o autor do crime continuava incessantemente sobre os pedidos
de fotos ou vídeos, ameaçando a criança que iria expor na internet, se não continuassem
enviando para o pedófilo. O que demonstra a proporção disso é o fato de ter divulgado fotos de
mais de 60 crianças, advindo uma preocupação quanto aos jogos digitais e a acessibilidade
desses criminosos em ambientes populares para crianças ou jovens.
Assim, é fundamental a explicação sobre a ciberpedofilia, que tem se expandido
globalmente devido à internet, incluindo a deep web, onde ocorrem ações criminosas
relacionadas à pornografia infantil. Os criminosos cibernéticos envolvidos na ciberpedofilia
frequentemente utilizam táticas de sedução e manipulação online para ganhar a confiança de
suas vítimas, visando obter imagens ou vídeos sexualmente explícitos das crianças e
adolescentes envolvidos. Eles também podem ameaçar suas vítimas, usando o material que
coletaram como meio de coerção.

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Sob os crimes relacionados à pedofilia no âmbito virtual, é importante mencionar a
Operação “Luz na Infância 8”. É uma ação coordenada pelo Ministério da Justiça e da
Segurança Pública do Brasil, destinada a identificar e prender autores de crimes de abuso e
exploração sexual contra crianças e adolescentes praticados na internet. A operação envolveu a
colaboração de diferentes países, incluindo Argentina, Estados Unidos, Paraguai, Panamá e
Equador.
Nessa edição da operação, foram realizadas buscas em 176 endereços em diversos
estados brasileiros, incluindo São Paulo, Rio de Janeiro, Pará, Espírito Santo, Mato Grosso,
Rondônia, Paraná, Ceará, Goiás, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Rio Grande do Norte,
Alagoas, Piauí, Bahia, Maranhão, Rio Grande do Sul e Amazonas. Além disso, as autoridades
dos países envolvidos também participaram da ação.
A Operação 'Luz na Infância' é uma ação recorrente, sendo a oitava edição. Nas edições
anteriores, realizadas entre 2017 e 2020, foram cumpridos mais de 1.450 mandados de busca e
apreensão e cerca de 700 suspeitos foram presos por envolvimento em crimes cibernéticos de
abuso e exploração sexual contra crianças e adolescentes, tanto no Brasil quanto nos países que
participam da ação. A operação é uma iniciativa importante no combate à exploração infantil
na internet e à proteção de crianças e adolescentes.
Sob a perspectiva de Borges (2021), a prática da pedofilia evoluiu de forma alarmante
com o advento da internet, ampliando danos e facilitando sua disseminação. Um relatório da
SaferNet Brasil revela um aumento expressivo de denúncias, quase triplicando em 16 dias de
março de 2020 em comparação ao mesmo período de 2019.
Segundo Borges (2021), a pedofilia online tornou-se lucrativa, com uma rede global de
pedófilos envolvidos na compra, venda de material pornográfico infantil e contratação de
exploradores sexuais. O perfil dos pedófilos virtuais, geralmente homens de 18 a 55 anos, das
classes A, B ou, em alguns casos, C, destaca a criação de perfis falsos em redes sociais para
ganhar a confiança das vítimas.
Táticas incluem o envio de fotos de adultos com crianças para normalizar o
comportamento, além do compartilhamento de imagens pornográficas de desenhos infantis e
solicitação de fotos nuas das crianças, como afirma Borges (2021). Diante disso, a proteção
efetiva contra a pedofilia na internet demanda conscientização, diálogo aberto, monitoramento
constante e regulamentações adequadas para resguardar as crianças desse perigo crescente.
A legislação e o sistema jurídico desempenham um papel fundamental na busca por
justiça e na proteção das vítimas de abuso e exploração infantil, tanto online quanto offline.

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Assim, a responsabilidade jurídica do infrator deve recair de forma assídua e severa, analisando
quais os crimes pertinentes aos atos de pedofilia e se realmente se faz necessário um tipo penal
específico sobre essa conduta.

3 AS PREVISÕES LEGAIS ACERCA DOS CRIMES RELACIONADOS À


PEDOFILIA E A RESPONSABILIDADE JURÍDICA DO INFRATOR

No Brasil, a Lei 13.431/2017 estabelece diretrizes para o atendimento de crianças e


adolescentes vítimas ou testemunhas de violência, incluindo a violência sexual. Além disso, o
Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que é a Lei 8.069/1990, contém disposições
relacionadas à proteção de crianças e adolescentes contra a exploração sexual, bem como o
Código Penal Brasileiro, que trata de crimes como estupro de vulnerável, corrupção de menores
e demais crimes ligados à pedofilia.
Nesse contexto, a criação da CPI da Pedofilia foi uma resposta legislativa para combater
essas práticas. Essa CPI buscou fiscalizar o uso da internet para inibir e punir a pedofilia virtual,
resultando na Lei nº 11.829/08, que trouxe modificações ao Estatuto da Criança e do
Adolescente para lidar especificamente com a exploração sexual infantil online (BRASIL,
2020).
A CPI da Pedofilia, que ocorreu no período de março de 2008 a dezembro de 2010, foi
uma investigação parlamentar que teve como foco os abusos sexuais praticados por pedófilos,
especialmente aqueles divulgados impunemente pela internet. Durante esse tempo, foram
apresentados 14 projetos de lei com o objetivo de punir ou endurecer as penas relacionadas à
exploração sexual de crianças e adolescentes (BRASIL, 2020).
Diante desse contexto, a Lei 11.829/2008 fez alterações na Lei 8.069/1990 (Estatuto da
Criança e do Adolescente) no Brasil para combater a produção, distribuição e posse de material
pornográfico envolvendo crianças e adolescentes, bem como condutas relacionadas à pedofilia.
A Lei 11.829/2008 tipifica crimes como a produção, distribuição e posse de material
pornográfico infantil, impondo penas de reclusão e multas. Também aborda a simulação de
participação de menores em cenas pornográficas, o assédio e constrangimento de crianças e
adolescentes, e define o que constitui "cena de sexo explícito ou pornográfica." Essa legislação
visa proteger os direitos e a segurança das crianças e adolescentes, bem como punir aqueles que
violam essas regras (BRASIL, 2008).

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Atualmente, o artigo 217-A do Código Penal estabelece as penalidades para quem tiver
conjunção carnal ou praticar outros atos libidinosos com menores de 14 anos. De fato, a idade
da vítima é um fator importante na caracterização do crime de estupro de vulnerável, mas não
é o único. O artigo 217-A estabelece uma idade mínima de 14 anos, e qualquer ato sexual com
uma criança com menos de 14 anos pode ser considerado estupro de vulnerável,
independentemente de sua participação voluntária ou não (BRASIL, 1940).
Como não há tipificação específica ou expressa no Código Penal sobre o crime de
pedofilia, existem apenas previsões acerca da exploração e violência sexual sem mencionar esse
termo em específico. Entretanto, o projeto de lei n.º 4.299/2020, proposto pela deputada Rejane
Dias, tem como objetivo incluir uma nova tipificação de crime no Código Penal relacionada à
pedofilia.
O projeto da deputada visa adicionar um novo artigo ao Código Penal, classificando
como pedofilia o ato de constranger uma criança ou adolescente, corromper, exibir o corpo
apenas com roupas íntimas ou tocar partes do corpo para satisfazer a lascívia, seja com ou sem
conjunção carnal, quando envolvendo crianças ou adolescentes.
A necessidade de o ordenamento jurídico se adaptar aos desafios apresentados pelo
ambiente virtual, que trouxe consigo novas formas de condutas ilícitas e perigos. Para lidar com
essas questões, o legislador brasileiro implementou leis específicas, como a Lei nº 12.737/12,
que tipifica a "Invasão de Dispositivo Informático," e o Marco Civil da Internet (Lei nº
12.965/14), que estabelece princípios para o uso da internet no Brasil.

3.1 Projeto de Lei 5261/20 e a Pedofilia nos Jogos Virtuais

Almeida (2020) alega que entre as últimas inovações legislativas que buscam
resguardam a criança ou adolescente no meio virtual, destaca-se o Projeto de Lei 5261/20,
apresentado na Câmara dos Deputados em 25 de novembro de 2020 pelo Deputado Carlos
Chiodini (MDB-SC), propõe medidas para proteger crianças e adolescentes em jogos
eletrônicos.
Almeida (2020) afirma que o projeto sugere que os jogos impeçam a livre troca de
mensagens quando pelo menos um dos usuários for menor de 14 anos, com o objetivo de evitar
aliciamento de menores em ambientes online. Também proíbe a distribuição pública de dados
pessoais de crianças e adolescentes, alinhando-se com o Estatuto da Criança e do Adolescente.

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Os criminosos muitas vezes usam jogos online para interagir com vítimas, ganhando
sua confiança e, posteriormente, tentando atrai-las para conversas em aplicativos privados, onde
ocorrem abusos, conforme Almeida (2020). O projeto permite que desenvolvedores de jogos
possibilitem a troca de mensagens apenas por meio de textos pré-definidos.
Para assegurar a implementação dessas medidas, o projeto propõe um período de 90 dias
para que os jogos eletrônicos em operação no Brasil se adequem às novas regulamentações,
caso o projeto seja aprovado. O projeto também busca proteger a privacidade dos usuários,
proibindo a divulgação pública de dados pessoais que possam identificar crianças e
adolescentes (BRASIL, 2020).
Há críticas ao projeto, especialmente em relação à restrição da comunicação em jogos
online. A advogada Ana Paula Smidt, especializada em esportes eletrônicos, considera a medida
uma interferência excessiva do Estado na liberdade de expressão dos jogadores, destacando que
existem outras plataformas e soluções eletrônicas que permitem interação online e que não são
abordadas pelo projeto. Ela argumenta que cabe aos responsáveis legais supervisionar o uso
dessas ferramentas pelas crianças e adolescentes, garantindo o respeito às classificações
indicativas dos jogos.
O Projeto de Lei 5261/20 visa equilibrar a proteção de crianças e adolescentes em
ambientes online, especialmente em jogos eletrônicos, com a necessidade de garantir a
liberdade de expressão e a não interferência excessiva do Estado. O debate sobre a eficácia e as
implicações práticas do projeto continua (BRASIL, 2020).
Enfrentar a pedofilia no ambiente virtual exige uma abordagem abrangente. Além do
Projeto de Lei 5261/20, que propõe restrições em jogos eletrônicos, medidas adicionais são
cruciais. Educação digital, com programas para conscientizar jovens sobre riscos online, é
essencial, como argumenta Almeida (2020).
A colaboração entre plataformas e autoridades, fortalecendo mecanismos de denúncia,
também é fundamental. O equilíbrio entre proteção e liberdade é crucial, exigindo diálogo
contínuo entre legisladores, especialistas e a sociedade para encontrar soluções eficazes para
proteger a criança ou adolescente.

3.2 Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e suas Disposições relacionadas à


Pedofilia

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A criação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) foi influenciada pela
Constituição Federal de 1988, que, em seu artigo 227, estabelece como dever da família, da
sociedade e do Estado garantir à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à
vida, à saúde, à alimentação, à educação, entre outros direitos fundamentais. O ECA veio
reforçar e detalhar essas garantias, transformando esses indivíduos em sujeitos de direito e
oferecendo uma proteção mais abrangente (BRASIL, 1990).
A importância do ECA está relacionada ao reconhecimento da condição especial das
crianças e adolescentes, que se encontram em fases críticas de desenvolvimento físico,
psicológico, social e moral. O estatuto visa assegurar não apenas punições para atos cometidos
contra essas pessoas, mas também promover a prevenção, a promoção e a garantia de seus
direitos no meio físico ou digital.
Quanto aos crimes ligados à pedofilia, destaca-se o artigo 241-A do ECA, o qual atribui
ao Ministério Público Federal a repressão aos crimes de divulgação de pornografia infanto-
juvenil praticados pela internet. Isso ocorre devido à natureza global da internet, que permite o
acesso a dados de qualquer lugar do mundo e é o lugar em que os jogos virtuais estão acessíveis
às crianças ou adolescentes (BRASIL, 1990).
Além disso, os artigos 241-C e 241-D do ECA abordam crimes relacionados à
exploração sexual de crianças e adolescentes, especialmente no contexto virtual. O Artigo 241-
C penaliza a simulação de participação de menores em cenas de sexo explícito, seja por
adulteração de fotos, vídeos, ou outras representações visuais, com pena de 1 a 3 anos de
reclusão e multa. Quem vende, distribui ou armazena esse material também é punido (BRASIL,
1990).
Já o Artigo 241-D criminaliza o aliciamento, assédio, instigação ou constrangimento de
crianças para atos libidinosos por qualquer meio de comunicação. A pena é de 1 a 3 anos de
reclusão e multa. Quem facilita o acesso a conteúdo pornográfico com esse propósito também
é penalizado (BRASIL, 1990).
De forma resumida, o ECA possui disposições específicas para proteger crianças e
adolescentes. Os artigos 240, 241, 241-A, 241-B e 241-C tratam de crimes relacionados à
pornografia infantil, enquanto o artigo 241-D aborda o assédio sexual. Essas disposições
estabelecem punições rigorosas para aqueles que cometem esses tipos de crimes, visando a
proteção da integridade física e psicológica das crianças e adolescentes (BRASIL, 1990).
De acordo com Berti (2021), é indiscutível que o avanço da internet trouxe consigo
diversos benefícios, mas também desafios e problemas, sendo a disseminação da pornografia

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infantil um dos aspectos mais sombrios e perturbadores. Assim, existe uma facilidade com que
os pedófilos podem utilizar a internet para acessar e compartilhar material pornográfico
envolvendo crianças. A natureza virtual dessas interações muitas vezes protege a identidade
dos criminosos, tornando mais difícil rastrear a origem das mensagens ou identificar os
fornecedores desse conteúdo ilícito.
Esses dispositivos do ECA visam proteger crianças e adolescentes da exploração sexual,
sendo essenciais para lidar com casos online. Junto a isso, operações da Polícia Federal
evidenciam esforços para combater a exploração sexual infantil na internet, destacando a
importância de ações públicas para enfrentar esse problema, especialmente diante do aumento
das ocorrências durante a pandemia. O que adentra na temática da pedofilia dos jogos virtuais
e da implementação de medidas que poderiam neutralizar ou prevenir os crimes ou atos
relacionados a essa atitude perversa contra as crianças ou adolescentes.

4 DAS MEDIDAS CONTRA A PEDOFILIA NO ÂMBITO VIRTUAL

O crescimento contínuo do ambiente virtual está relacionado à incorporação dos jogos


virtuais no cotidiano, especialmente entre os chamados "nativos digitais" do século XXI, que
cresceram em um período com ampla disponibilidade de tecnologias. A evolução dos jogos
virtuais possui ligação com a inclusão de elementos violentos e destrutivos nos últimos anos,
permitindo que os jogadores operem com comportamentos agressivos ou abusivos em um
ambiente virtual.
Desta forma, ambientes virtuais que buscam replicar a realidade em sua física e
personificação do indivíduo são atrativos pra crianças e adolescentes. Sob a ótica de Carvalho
(2020), demanda a atenção e fiscalização da criança ou adolescente pelos pais, que devem
recorrer a medidas que possam acompanhar o menor de idade nesses ambientes e o protegendo
de ameaças ou atos abusivos, como os pertencentes à pedofilia.
Entretanto, os meios empregados para proteger crianças e adolescentes devem preservar
o direito à privacidade desses indivíduos. Assim, os limites impostos a essa proteção devem
levar em consideração o respeito à intimidade, ao direito de imagem e à reserva da vida privada
das crianças e dos adolescentes. Esse direito à privacidade é, por sua vez, garantido pela
Constituição Federal de 1988, que, em seu artigo 5º, inciso X, estabelece que a intimidade, a
vida privada, a honra e a imagem das pessoas são invioláveis, assegurando o direito à
indenização por danos materiais ou morais decorrentes de sua violação.

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Portanto, a privacidade é um direito fundamental inerente às crianças e adolescentes,
que não deve ser violado pelos responsáveis, mesmo que a intenção seja protegê-los. Nesse
contexto, a violação da privacidade das crianças e adolescentes no ambiente virtual, com o
propósito de garantir sua proteção integral, deve ser realizada de maneira proporcional. Isso
significa que a violação desse direito não pode ser exagerada, mas apenas na medida necessária
e adequada para garantir a segurança em tais ambientes.
No âmbito da legislação brasileira, é necessário promover regulamentações que
garantam o uso da internet de acordo com a faixa etária dos usuários, determinando que os
proprietários de sites e aplicativos estabeleçam políticas mais rígidas de controle de acesso.
Além disso, segundo Silva & Silva (2021), as Polícias Civis do Brasil conduzem a operação
"Luz na Infância," que visa buscar e prender indivíduos envolvidos em crimes virtuais
relacionados à pedofilia. As delegacias de Proteção à Criança e ao Adolescente e de Repressão
a Crimes Informáticos realizam investigações, instauram inquéritos e solicitam buscas por
ordem judicial.
O artigo 29 do Marco Civil da Internet estabelece que os pais ou responsáveis podem
utilizar programas de computador para o controle parental, desde que esses programas estejam
em conformidade com o direito à privacidade da criança. Portanto, esse mecanismo não abre
portas para a violação das mensagens privadas, e-mails ou contas em redes sociais dos jovens,
mas sim oferece a possibilidade de os pais usarem a tecnologia para proteger seus filhos contra
conteúdos potencialmente prejudiciais ao seu desenvolvimento (BRASIL, 2014).
Sobre dados apresentados pela CETIC (2019), destacam a significativa presença de
crianças e adolescentes, com idades entre 9 e 17 anos, nas redes sociais e aplicativos de
comunicação. Segundo as informações fornecidas, 68% desse grupo populacional têm ou
tiveram experiência com essas plataformas digitais. Além disso, os dados revelam que uma
parcela considerável, equivalente a 41%, já teve contato online com pessoas desconhecidas
pessoalmente. Isso indica que uma parte significativa das crianças e adolescentes está
interagindo com indivíduos que não fazem parte do seu círculo social offline.
De acordo com a CETIC (2019), 20% dos jovens afirmaram ter se encontrado
pessoalmente com alguém que conheceram pela internet. Os encontros presenciais decorrem de
diversas formas de interação online, como redes sociais (26%), mensagens instantâneas (23%),
e-mail (1%), sites de jogos (10%), salas de bate-papo (5%), e outros meios (3%).
Esses dados levantam questões importantes sobre a segurança online dos jovens, uma
vez que uma proporção significativa deles está se expondo a interações com pessoas

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desconhecidas, algumas das quais podem ter intenções questionáveis. É crucial que pais,
educadores e responsáveis estejam atentos a essas estatísticas e adotem medidas para garantir a
segurança digital e o bem-estar desses jovens no ambiente online. Essas medidas podem incluir
supervisão ativa, educação sobre segurança na internet e o estabelecimento de limites
apropriados para o uso de plataformas online.
Albuquerque (2022) argumenta que instalação de sistemas operacionais com softwares
de bloqueio de acesso, como o Appblock, é mencionada como uma estratégia. Esse tipo de
software permite aos pais bloquear o acesso de seus filhos a sites específicos, como jogos ou
redes sociais, e também estabelecer limites de tempo para o uso de aplicativos nos dispositivos
eletrônicos.
Albuquerque (2022) também afirma que o Google Family Link, desenvolvido pela
Google, funciona como outra opção. Esse aplicativo oferece aos responsáveis a capacidade de
gerenciar os aplicativos que as crianças podem ou não utilizar. Uma funcionalidade interessante
destacada é a possibilidade de os pais acessarem a localização em tempo real do aparelho celular
das crianças, proporcionando um maior controle e supervisão sobre suas atividades online e
offline.
Funciona como um aplicativo gratuito compatível com dispositivos Android e iOS,
permitindo aos pais monitorar e gerenciar a atividade digital de seus filhos. Albuquerque (2022)
aduz que a partir da configuração nos dispositivos envolvidos, os pais podem aprovar ou
bloquear remotamente aplicativos, monitorar o tempo de tela e rastrear a localização das
crianças. O aplicativo destaca-se pela flexibilidade e pela capacidade de adaptação às
necessidades específicas de cada família, garantindo um ambiente digital seguro para as
crianças.
Contudo, a discussão vai além do controle de acesso, envolvendo a prevenção da
exposição constante a conteúdos prejudiciais, como a pornografia infantil. Estudos
psiquiátricos indicam que a exposição constante a imagens de abuso sexual infantil pode criar
associações no cérebro, ligando essas imagens ao prazer. Esse ciclo pode contribuir para o
aumento do desejo de concretizar tais atos na realidade. É importante interromper esse ciclo
psíquico, seja por meio de tratamento psicológico ou pela detenção dos agressores de acordo
com a lei, como ensina Berti (2021).
Berti (2021) sugere que a pornografia infantil pode ser uma "porta de entrada" para
crimes mais graves, como assédio, abuso e estupro de vulneráveis contra crianças. Dessa forma,
a proposta de eliminar completamente o acesso a esse tipo de conteúdo e impor punições mais

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severas para os infratores é apresentada como uma possível solução para prevenir esses crimes
e proteger as crianças.
É fundamental ressaltar que o combate à pornografia infantil envolve uma abordagem
interdisciplinar e a atuação conjunta de vários agentes, que inclui não apenas medidas legais
mais rigorosas, mas também a colaboração entre governos, organizações da sociedade civil,
provedores de internet e a conscientização pública. Além disso, o apoio às vítimas e a prevenção
por meio da educação também desempenham um papel fundamental na abordagem desse
problema.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Em síntese, a investigação aprofundada acerca da pedofilia no âmbito dos jogos virtuais


revela uma complexa teia de desafios, perigos e lacunas legais. A pedofilia, um transtorno de
preferência sexual condenado pela sociedade, encontra terreno fértil na era digital, onde
criminosos buscam explorar a vulnerabilidade de crianças e adolescentes por meio de jogos
online.
A ausência de uma tipificação específica para o termo "pedofilia" no Código Penal
brasileiro instiga a reflexão sobre a necessidade de legislações mais específicas e eficazes. A
análise das previsões legais existentes, como a Lei 13.431/2017, o Estatuto da Criança e do
Adolescente (ECA) e a Operação "Luz na Infância 8", destaca o esforço do sistema jurídico em
enfrentar os crimes relacionados à pedofilia, especialmente no ambiente virtual.
O Projeto de Lei 5261/20 se destaca como uma iniciativa recente para proteger crianças
e adolescentes em jogos eletrônicos. Contudo, levanta debates sobre a interferência do Estado
na liberdade de expressão e a necessidade de encontrar um equilíbrio entre a proteção das
vítimas e a preservação dos direitos individuais.
A análise do ECA evidencia a importância das disposições legais específicas para a
proteção de crianças e adolescentes, destacando os artigos 241-A, 241-C e 241-D como
instrumentos fundamentais no combate à exploração sexual infantil, especialmente no contexto
virtual.
As medidas de enfrentamento à pedofilia no ambiente virtual exigem uma abordagem
integrada. Além da regulamentação, a educação digital, a colaboração entre plataformas e
autoridades, e a conscientização dos pais são cruciais para garantir a segurança online das

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crianças. O debate sobre limites à privacidade, o uso de softwares de controle parental e o papel
das Polícias Civis na operação "Luz na Infância" acrescentam complexidade ao cenário.
Os pais também desempenham um papel fundamental na proteção de seus filhos online.
Estabelecer diretrizes claras para o uso da internet, monitorar as atividades online e estar
envolvido na vida digital dos filhos são práticas que podem ajudar a garantir um ambiente
seguro.
Por fim, é imperativo reconhecer que o crescimento dos jogos virtuais entre crianças e
adolescentes exige uma resposta diligente de todos os setores da sociedade. A proteção efetiva
contra a pedofilia nos jogos virtuais demanda ações coordenadas, regulamentações aprimoradas
e uma compreensão aprofundada das dinâmicas desse ambiente, buscando assegurar um espaço
digital seguro e propício ao desenvolvimento saudável das futuras gerações.

REFERÊNCIAS

ALBUQUERQUE, Dálete Rebeca Amim Rodrigues de. PEDOFILIA VIRTUAL: a pedofilia contra
crianças na era tecnológica e a forma de prevenção pelos pais e pelo uso da inteligência artificial e
implementação do dataveillance. 2022. 22 f. Artigo Científico (Graduação) - Curso de Direito,
Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais - Fajs do Centro Universitário de Brasília (Uniceub).,
Brasília, 2022. Disponível em:
https://repositorio.uniceub.br/jspui/bitstream/prefix/16547/1/21906226.pdf. Acesso em: 07 nov. 2023.

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14 anos no Brasil. 2020. Disponível em: https://www.adrenaline.com.br/games/projeto-de-lei-discute-
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E NO ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE. 2021. 57 f. Tese (Doutorado) - Curso
de Direito, Pontifícia Universidade Católica de Goiás (Pucgoiás), Goiânia-Go, 2021. Disponível em:
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Acesso em: 10 nov. 2023

BRASIL. Agência Senado. Avanço na legislação marca os 20 anos de combate à exploração sexual
de crianças. 2020. Disponível em: https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2020/05/15/avanco-
na-legislacao-marca-os-20-anos-de-combate-a-exploracao-sexual-de-criancas. Acesso em: 13 nov.
2023..

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BRASIL. Lei nº 11.829, de 25 de novembro de 2008. Altera a Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 -
Estatuto da Criança e do Adolescente, para aprimorar o combate à produção, venda e distribuição de
pornografia infantil, bem como criminalizar a aquisição e a posse de tal material e outras condutas
17
relacionadas à pedofilia na internet. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-
2010/2008/lei/l11829.htm. Acesso em: 04 nov. 2023.

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