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(J.S Bolen)
A quantidade de opções que somos obrigados a fazer ao longo da vida só nos alimenta
e ilumina quando vem ao encontro de nossa inteireza.
Jean Houston em The Possible Human: "tenho sempre pensado num mito como
alguma coisa que nunca existiu, mas que está sempre acontecendo".
P.17 Uma vez que a mulher se torne consciente das forças que a influenciam, ela
obtém o poder que o conhecimento proporciona. As "deusas" são forças poderosas e
invisíveis que modelam o comportamento e influenciam as emoções. Quando a
mulher sabe quais "deusas" são as forças dominantes no seu íntimo, ela adquire
autoconhecimento a respeito: a) da força de certos instintos, b) das prioridades e
habilidades e c) das possibilidades de encontrar significado pessoal através de escolhas
que nem todos poderiam encorajar.
No mito grego de Amor e Psique, por exemplo, a primeira tarefa de Psique era a de
separar um enorme e desordenado monte de sementes, colocando cada espécie de
grão num montículo separado. Sua reação inicial a esta tarefa, bem como às três
tarefas seguintes, foi de desespero. Percebi que o mito se encaixava a certo número
de minhas pacientes mulheres que estavam se esforçando com várias tarefas
importantes. Uma era estudante graduada que sentiu-se incapacitada diante de uma
dissertação, não sabendo como poderia organizar o amontoado de matéria. Uma
outra era uma jovem mãe oprimida. Ela tinha que calcular o que fizera de seu tempo,
selecionar prioridades e encontrar um modo para continuar a pintar. Cada mulher era
chamada a fazer mais do que era capaz, como Psique, porém num setor que ela
mesma escolhera. Ambas reagiram ao mito que espelhou a situação delas,
proporcionou-lhes insight para o modo como elas reagiam a novas exigências, e deu
um sentido amplo a seus esforços.