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Projeto Gráfico
É o plano inicial que definirá as características visuais de um peça de design gráfico. Projeto gráfico é um
conjunto de elementos que formam e dão características a um meio de informação.
No jornal impresso, o projeto gráfico define principalmente o formato do papel, a famílias tipográficas usadas
e a malha tipográfica.
Um bom projeto gráfico editorial é aquele que conduz os olhos dos leitores sem se tornar o elemento
principal daquela página. Sem interferir na qualidade da leitura. As imagens, o tamanho das fontes
tipográficas, a posição de títulos, retículas, boxes, fios, enfim, todos os elementos visuais devem ser
adequadamente pensados e posicionados com o objetivo de atender a uma necessidade editorial.
Um projeto gráfico é constituído de uma série de plataformas que formam a sua lógica construtiva. Estas
estruturas definem o seu aspecto de visual—layout: cores, tipografia, design, etc.—bem como seu aspecto
editorial—textos, linguagem, e conteúdo. Geralmente um projeto gráfico é antecedido de uma série de
perguntas junto ao cliente, o que se denomina briefing. O objetivo do briefing é enfatizar questões que
servirão de ferramentas relevantes na constituição do projeto. Para desenvolvimento de um projeto gráfico,
são necessários aproximadamente de sete a dez dias antes da etapa seguinte, que é chamada "Reunião de
pauta", evento em que se reúnem os Designers e as equipes de Marketing, Publicidade e Editoração. A
finalidade é justamente determinar qual o formato que o projeto gráfico terá e de que forma ele será
representado na mídia expressa. Leva-se em torno de dez dias de produção editorial antes da publicação
propriamente dita do projeto gráfico. Nesta etapa são realizados uma série de procedimentos que revisam a
própria estrutura do projeto. Na próxima etapa é realizada a diagramação, evento que une os aspectos
visuais de um projeto com os aspectos gráfico-editoriais. Leva-se em torno de sete dias para tal. Feito a
diagramação é enviado ao cliente um layout para ser aprovado. Com a aprovação é feita a revisão
ortográfica e enviada à gráfica o material, que retornará com uma prova que antecede a publicação. Até
então leva-se aproximadamente 10 dias em média. Validadas as provas editoriais, dá-se início à publicação
do material, evento que já antecipadamente é fonte de reunião entre as equipes de publicidade e
propaganda.
Conforme solicitado em sala de aula, posto aqui um passo a passo simplificado sobre como fazer um
planejamento gráfico de um produto editorial qualquer.
Este material não tem a pretensão de ser uma “receita” de como fazer um Projeto Gráfico Editorial, mas
pode dar algumas dicas para organizar as ideias.
1. Aquisição de Repertório -> busca de informações e referências visuais que possam auxiliar/inspirar a
criar o projeto gráfico
2. Verificação de Recomendações-> O que é preciso que o projeto contemple? O que não pode faltar?
Quais são as diretrizes visuais sugeridas pelo cliente?
3. Verificação de Restrições -> Definição de todos os recursos disponíveis para a confecção do projeto e
sua efetiva publicação, os quais limitaram o projeto. Identificação das proibições recomendadas pelo cliente
5. Montagem dos bonecos dos diversos modelos de páginas possíveis da publicação a ser
criada (Esse boneco auxiliará na visualização dos espaços de grafismo e contragrafismos existente na
publicação bem como facilitará a hierarquização visual das matérias)
6. Definição de TODOS os estilos de texto a serem utilizados na publicação (Pode-se criar uma tabela
de estilos para facilitar o controle… o Milton Ribeiro usa uma dessas no seu replanejamento do Correio
Brasiliense – Planejamento Visual Gráfico – material disponível com Rogério Blc B)
7. Definição de como serão tratadas as imagens -> Definição de como será o padrão de apresentação
das imagens, como virão os elementos auxiliares da imagem: legenda, créditos, filetes, margens, contornos.
Que tipo e em que ocasião se pode interferir na imagem (recortes, modificações etc)
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8. Definição dos grafismos (elementos de estilo gráfico) que comporão a página -> Linhas, faixas,
divisórias, contornos etc
A partir daqui já se pode montar o Projeto Gráfico, que deve ser considerado como um manual de
instruções para diagramação do produto planejado.
2. Diretrizes do produto
4. Capa/1a. página -> Especificação dos elementos que comporão a capa, com exemplos. (pode ser criada
uma capa ilustrativa)
5. Páginas do Miolo -> Especificação dos elementos que comporão cada modelo de página do miolo.
Especifique-se inclusive os textos e larguras utilizados. Com exemplos.
6. Anexo -> Pode-se colocar como anexo um exemplar diagramado da publicação para que o diagramador
tenha uma visão completa do produto criado.
O incremento tecnológico na área editorial tornou-se mais relevante a partir da produção e do uso de tipos
móveis pelo gráfico alemão Johannes Gutenberg (1398- 1468). Primeiramente, esses tipos foram feitos de
madeira e, logo em seguida, foram fundidos em metal. A tipografia fundada por Gutenberg retirou o
processo gráfico- editorial da restrita escala da arte, inaugurando o domínio do planejamento tecnológico e
superando o trabalho escultórico que, até então, dependia do entalhe de palavras e textos completos em
uma única matriz de madeira.
A partição física das palavras em tipos de metal, além da já característica separação entre palavras e
frases, impôs a percepção e a consideração antecipada das linhas verticais no planejamento da página
impressa. Assim, além do paralelismo das linhas horizontais que, desde o início, serviram de orientação à
linearidade do texto impresso, também, a organização e a demarcação das linhas verticais passou a ser
considerada ação necessária ao planejamento da página impressa, no contexto do projeto gráfico-editorial.
Atualmente, Design Editorial é a expressão que representa a área de estudos e atividades gráficas, que é
responsável pela criação e desenvolvimento dos projetos gráficos e pela supervisão tecnológica da
produção gráfico-editorial (ADG, 2003). Devido à ênfase nos aspectos relacionados com a funcionalidade e
a usabilidade nos produtos de Design, a ergonomia é percebida como solução central nos processos de
projetação e produção. No produto gráfico-editorial, a grade, que também é denominada de grid, e o
diagrama, que é definido sobre a grade, são os elementos geométricos que organizam o processo de
configuração ergonômica da diagramação.
O projeto e o produto gráfico-editorial devem primar pela: (1) ergonomia visual, que trata do planejamento
estético; (2) ergonomia cognitiva, que trata do planejamento simbólico, visando garantir boas condições de
leitura e interpretação da semântica gráfico-visual e do conteúdo verbal do produto editorial; (3) ergonomia
funcional, que trata da acessibilidade e da usabilidade na interação entre os usuários e o produto gráfico-
editorial. Entretanto, esses três parâmetros não são independentes entre si.
Os projetos gráfico-editoriais tratam de produtos de diferentes formatos e volumes. Alguns produtos contêm
extensas aplicações de texto e imagem, requerendo o planejamento de inúmeras páginas, além do
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planejamento das capas e de outras partes do produto. Assim, o planejamento da grade e do diagrama
gráfico implica uma diversidade de questões que o designer deve considerar.
O projeto gráfico-editorial é aqui apresentado como parte do processo de produção de uma publicação
impressa ou digital, que pode ser periódica, como revistas, jornais e outros produtos com publicação regular
ou pode participar da produção de uma edição única, como um catálogo, um folder ou um livro.
Na composição do projeto gráfico-editorial o termo layout responde pelo formato geral do produto,
considerando-se os desenhos das capas e de cada uma das páginas, com relação ao formato e à
disposição dos títulos, dos textos, das ilustrações, das legendas, dos fios e das vinhetas, entre outros
elementos gráfico-visuais através da diagramação (Fig. 1).
Para Associação dos Designers Gráficos (ADG, 2003: 36), a diagramação se identifica com todas as
atividades de Design Gráfico. Pois, o conjunto de operações para dispor títulos, textos, gráficos, fotografias,
mapas e outras ilustrações na página de uma publicação reúne atividades características do designer
gráfico-editorial.
Neste artigo, apresenta-se uma proposta de desenvolvimento do projeto gráfico, a partir da definição
contextualizada da tipografia. Primeiramente, são definidos os parâmetros geométricos da grade ou grid,
que sustenta todo o projeto, servindo de suporte para a composição do diagrama (Fig. 2B).
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A tipografia é o elemento primordial que funda e caracteriza a gramática do design gráfico, a qual é
complementada por outros elementos, tais como a cor, a forma e a textura. O desafio mais básico de um
designer gráfico é organizar letras em uma página. Ellen Lupton (2006) destaca que perguntas do tipo: “que
fonte usar? De que tamanho? Como essas letras, palavras e parágrafos devem ser alinhados, espacejados,
ordenados, conformados ou mesmo manipulados?”
Primeiramente a escolha e posteriormente o arranjo dos tipos devem ser considerados com relação aos
valores do contexto cultural em que é produzido e será distribuído o produto gráfico-editorial.
De acordo com os conceitos apresentados e também com a proposta de projetação gráfico-editorial prevista
neste texto, indica-se a sequência de procedimentos a seguir como as etapas metodológicas de
planejamento do projeto:
1. Definição da tipografia.
2. Estabelecimento da entrelinha.
3. Determinação do módulo.
Definição Da Tipografia
Ao longo do tempo foram realizados diversos estudos que auxiliam na escolha dos tipos mais apropriados
ao produto gráfico-editorial. Assim, previamente, deve-se considerar o tipo de produto impresso ou digital
que será projetado, suas características gerais e, especialmente, a finalidade da mensagem e as
peculiaridades dos componentes do público ou dos públicos previstos como seus receptores preferenciais.
Há diferentes produtos gráfico-editoriais que, também de maneiras diversas, são dirigidos ao público infantil,
infanto-juvenil ou adulto, podendo ser ainda destinado prioritariamente aos homens ou às mulheres, aos
estudantes universitários ou aos militares, entre outras possibilidades.
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De acordo com o público, a escolha da tipografia deve considerar o tamanho vertical ou a altura das letras,
o qual é medido em pontos. Nessa medida, considera-se a distância entre a altura da letra mais alta em
versão maiúscula, caixa alta ou caractere versal, e a base da descendente da letra minúscula, caixa-baixa
(Fig. 3).
Há o livro Pensando com Tipos: guia para designers, escritores, editores e estudantes (LUPTON, 2006),
cujo título sintetiza a necessidade de se considerar o projeto tipográfico como um problema conceitual e
comunicativo, que requer planejamento de maneira contextualizada com as características culturais do
produto, da mensagem e do público. Inclusive, também há uma tradição de estudos ergonômicos que
resultaram em critérios, normatizações e tabelas, sobre a usabilidade dos tipos e dos formatos gráfico-
editoriais e de outros elementos do projeto gráfico-editorial. Para os padrões de tipografia, Burt (1959)
propõe que seja considerada a idade média do público, em determinadas faixas de idade é estabelecida a
relação ente a faixa etária e o corpo do tipo (Fig. 4).
Estabelecimento Da Entrelinha
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Raramente, os textos contínuos são compostos com “entrelinha negativa” ou com “entrelinha de corpo” que
apresenta a mesma medida em pontos que o corpo do tipo. Assim, ao propor um corpo de tipo de nove
pontos, também, é proposta uma entrelinha de 11 pontos. Isso gera as especificações rotineiras como: 9/11;
10/12; 11/13 e 12/15.
Determinação Do Módulo
As linhas gráficas verticais interceptam as entrelinhas e complementam a grade como base geométrica para
a diagramação (Fig. 7A). As áreas entre as linhas verticais e horizontais da grade constituem os módulos.
Pois, neste processo, é a partir da
Determinação Do Módulo
As linhas gráficas verticais interceptam as entrelinhas e complementam a grade como base geométrica para
a diagramação (Fig. 7A). As áreas entre as linhas verticais e horizontais da grade constituem os módulos.
Pois, neste processo, é a partir da
A determinação do módulo, como unidade compositora da grade ou do grid, foi decorrente das etapas
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O formato planejado para a página é a parte central na definição do produto gráfico- editorial. Nesta etapa
do planejamento, portanto, deve-se considerar exatamente a quantidade de módulos que deve compor a
grade, para que esse seja quantitativamente coerente com o projeto da página.
Assim como ocorre com outros aspectos ainda atuais no projeto gráfico-editorial, existe uma sabedoria
milenar sobre os formatos das páginas. Isso é devido ao conhecimento das proporções geométricas que,
através dos séculos, foram usadas de maneira recorrente nas composições visuais. Há, ainda, os estudos
de ergonomia visual e cognitiva, que sistematicamente são aplicados à observação e à leitura de diferentes
produtos gráficos de comunicação.
De modo geral, as figuras geométricas regulares e simétricas são constantemente usadas como base para
o planejamento do formato da página. Assim, utiliza-se comumente o triângulo equilátero; o quadrado; o
pentágono; o hexágono e, ainda, o octógono (Fig. 7A, B e C).
Por exemplo, considerando-se o uso da replicação dos hexágonos (Fig. 7C), as medidas da altura e da
largura da figura devem ser dividas pelas medidas do módulo anteriormente previsto. Isso permite que se
obtenha o número total dos módulos que devem compor a página. Mas, às vezes, para obter-se um número
inteiro são necessários ajustes e arredondamentos que alteram minimamente as dimensões da página ou
do módulo. Porém, esses ajustes garantem a perfeita divisão do formato da página em módulos regulares.
Assim como uma escala musical, a escala gráfico-modular é um conjunto preestabelecido de proporções
harmônicas. A escala modular é composta e utilizada para prever as relações de distribuição dos módulos
na composição da página, servindo para orientar a composição do diagrama, da mancha gráfica e das
margens da página (BRINGHURST, 2005).
Além da utilização das escalas já existentes, é possível a elaboração de uma nova escala modular para um
projeto específico. Porém, a interação entre a razão matemática e a percepção estética, semântica ou
funcional é sempre requerida em todos os procedimentos adotados. Pois, os estudos que partem do
raciocínio matemático podem ser ajustados ou refeitos, porque o desenho resultante não foi percebido
como harmonioso ou funcional.
Outras séries de números de Fibonacci podem ser definidas a partir de um determinado valor numérico. Os
números da série são obtidos a partir de um número qualquer indicado como inicial da sequência. O número
inicial e os subsequentes devem ser multiplicados por 1,61803 (número FI Φ) que, também, é conhecido
como
“razão áurea”, “número áureo” ou “seção áurea”, porque assim se obtém a sequência numérica.
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Representação Do Diagrama
Há tipos básicos de diagrama como: (1) diagrama retangular, (2) diagrama colunar e
(3) diagrama modular (Fig. 8A, B e C). Cada um desses tipos, considerando-se ainda suas possíveis
variações, é comumente destinado para resolver problemas específicos. Portanto, antes de se decidir por
um tipo de diagrama, é necessário avaliar o tipo de estrutura já conhecida que pode atender às
necessidades específicas do projeto que está sendo planejado.
Geralmente, (1) o
diagrama retangular (Fig. 8A) é usado para textos contínuos, como é comum em livros, relatórios e textos
acadêmicos, entre outros. No diagrama retangular, o elemento principal da página é o bloco de texto. (2) O
diagrama colunar (Fig. 8B) é comumente usado para controlar um volume maior de texto ou dispor
informações diferentes em colunas separadas. Por exemplo, um diagrama colunar duplo pode ser
organizado com colunas de larguras iguais ou diferentes. (3) O diagrama modular (Fig. 8C) é usado em
produtos de maior complexidade devido à diversidade de informações. Assim, é indicado na composição
gráfico-editorial de jornais, calendários e outros produtos com assuntos diversificados ilustrados por
imagens, gráficos, tabelas e outros.
Mancha gráfica é o espaço útil de impressão de uma página (Fig. 9), sendo previamente determinado pela
diagramação. Geralmente, em projeto gráfico-editorial o termo “mancha” indica a área de ocupação básica
em uma página, desconsiderando- se os elementos complementares (Fig. 9), como numeração da página e
títulos correntes que, usualmente, são chamados fólios e aparecem nas margens da página.
No projeto gráfico-editorial, a mancha gráfica é a área de distribuição dos elementos gráficos, figurativos ou
textuais (Fig. 9). Com a articulação entre grade, diagrama e mancha gráfica, o designer pode planejar as
relações de proporcionalidade e localização. Ocupando o projeto da página com imagens, gráficos e textos
escritos.
Para que isso ocorra, portanto, o planejamento do espaço de demarcação da mancha veio sendo planejado
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Os comprimentos das linhas de texto que, comumente, são considerados eficientes em páginas compostas
por uma única coluna variam entre 45 e 75 caracteres. Contando-se as letras, os outros símbolos e os
espaços, a linha com 66 caracteres é considerada ideal. Para diagramas com mais de uma coluna, o
comprimento da linha de texto deve variar entre 40 e 50 caracteres.
Como foi indicado, há relações e tabelas propostas por Bringhurst (2005), prescritas para auxiliar os
designers nas decisões sobre os tamanhos dos tipos e das linhas. Porém, há igualmente prescrições para
outros elementos e aspectos compositores do projeto de produtos gráfico-editoriais. Além dos recursos
prescritivos aqui apresentados, ainda, há diversos outros que orientam de maneira específica e detalhada
os diferentes procedimentos do planejamento de projetos e produtos gráfico-editorias. O que foi pretendido
até aqui é ressaltar a viabilidade e as vantagens
No curto espaço deste texto, buscou-se informar sobre um modelo de planejamento, visando oferecer ao
designer gráfico um conjunto de dimensões ou medidas para a estruturação do produto gráfico-editorial. De
maneira diferente da usual, como apresentada por Fidalgo (2012) e Haluch (2103), o modelo apresentado
parte da definição da tipografia, como o primeiro passo para o planejamento das páginas e de todo o
produto.
O planejamento aqui descrito é iniciado dentro da página, a partir da escolha do tipo, como unidade mínima
da composição gráfico-editorial. Assim, com base nessa escolha, é planejada em sequência toda a
estruturação do projeto. Usualmente, o planejamento começa pelo formato geral do produto gráfico-editorial
e termina com a escolha da tipografia. Por ser diferente e eficiente, o modelo proposto merece a devida
consideração do público interessado neste tema.
O Que É Diagramação?
A diagramação é a arte ou técnica de distribuir os elementos gráficos no espaço delimitado de uma página
impressa ou veiculada em meios eletrônicos ou digitais.
Princípios básicos:
• O trabalho do diagramador não é isolado, mas em conjunto com todos esses profissionais coordenados
pelos editores e diretores de arte.
• Os editores e diretores de arte estabelecem diretrizes editorias e artísticas que formam a identidade
corporativa e visual da publicação.
• A cada edição da publicação é necessário analisar os conteúdos para estabelecer a ordem de prioridade
dos elementos que serão inseridos na publicação e em cada página.
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• Os instrumentos básicos usados pelo diagramador para obter o conforto visual são a contiguidade e o
alinhamento, a simetria, a assimetria e o contraste.
Dica 1: Hierarquização
Para iniciar sua diagramação é necessário organizar as informações, da mais importante para a menos,
para que o consumidor leia de acordo com o critério desejado pela empresa. Esta página deve ser simples e
clara, para que o cliente tenha uma leitura afável, sem se distrair ou cansar-se da sua diagramação.
Dica 2: Identidade
A empresa deve atentar-se aos padrões de identidade, uma vez que, antes que o consumidor leia sua
diagramação, será a primeira impressão que passará da sua empresa a ele. Padronize os elementos que
compõe seu projeto, como tipografias, cores, elementos gráficos, entre outros, para que o cliente sinta
segurança na hora fazer um trabalho com a sua empresa e consiga identificá-la sem que precise olhar o
logotipo, porém, diferencie títulos, subtítulos, textos e legendas, para que sejam reconhecidos facilmente
pelo leitor.
Escolha a fonte que deseja trabalhar na sua diagramação, mas lembre-se que ela deve ser evidente para o
leitor, caso contrário levará o consumidor à troca de empresa, escolhendo outra que transmita a mensagem
com clareza. Não encha sua diagramação de letras, poderá embaralhar o leitor. Se o texto for colocado
sobre uma imagem, recomenda-se uma fonte regular e bold, assim passará a imagem desejada pela
empresa para o cliente.
Dica 4: Cores
As cores são fundamentais para sua diagramação, combine-as e use-as a favor de sua empresa.
Aconselham-se cores escuras em fundos claros, dando leveza e são percebidas positivamente. Já cores
claras em fundos escuros, um texto escuro em fundos com particularidade ou uma fonte branca em um céu
azul claro, por exemplo, quebram o ritmo da leitura e cansam o consumidor.
Dica 5: Imagens
A imagem escolhida para sua diagramação, antes de tudo, deve ter qualidade e condizer com o assunto
tratado no projeto. Além disso, o profissional deve saber como posicioná-la na página, algumas fotografias
já contribuem para uma boa localização, como as que possuem fundos uniformes ou neutros. Já as que
apresentam muitos detalhes, é recomendado a utilização de boxers embaixo dos textos, legendas ou títulos.
Não exagere nos textos, o leitor vai se cansar da sua diagramação e perder o foco na mesma. Na
diagramação sobre a imagem, esta já vai possuir textos, ocupando um determinado espaço, portanto, se
houver um texto muito grande, poder ser até que não caiba ou, se couber, ficará extremamente cansativo,
como já dito. Apresente esse problema ao responsável pelo texto, para que ele não tenha que cortar
informações.
Atente-se ao tipo de papel que será impresso sua arte, pois na tela do computador parece ter uma ótima
qualidade e ser nítida, no entanto, quando impresso, a resolução diminui, alterando o resultado final.
Dica 8: Legibilidade
O item mais importante da diagramação é a legibilidade, uma vez que, se o material não estiver claro e
legível, certamente o seu cliente perderá o interesse pela sua empresa. Leve em consideração o espaço
onde o texto será colocado e se dará para ler perfeitamente quando impresso. Nenhum consumidor gostaria
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de ter que fazer esforços e ter de decifrar o que está escrito no seu trabalho, isso fará com que ele procure
outra marca.
Essas dicas são fundamentais e básicas para sua diagramação ser excelente, seguindo-as, sua empresa
obterá sucesso neste trabalho.
A programação visual corresponde ao projeto gráfico das publicações. Não existe uma forma mais ou
menos correta de compor uma peça gráfica nem regras fixas, apenas princípios baseados na tradição de
séculos de tipografia, e também uma série de fatores de ordem conjuntural que devem ser considerados na
hora de produzi-la. Para isso, devem ser analisados todos os dados do problema.
O projeto gráfico contém todas as indicações de uma publicação, quer seja um livro, quer seja um simples
fôlder. É necessário adequar a forma ao conteúdo, ao tipo de usuário e ao uso que este fará dela.
Cabem, portanto, algumas perguntas e o uso do bom senso para que o produto final seja adequado e atinja
seus propósitos.
• A que público será direcionada a publicação, isto é, faixa etária, nível de instrução, etc.?
• Qual o objetivo da publicação? Como vai ser manuseada e como a informação está organizada, quer
dizer, é material didático, de consulta ou de leitura?
• O trabalho deve ter soluções gráficas simples ou pode ser mais sofisticado?
Exemplo:
O relatório anual de uma empresa não pode ser formalizado como um romance. No primeiro, é necessário
levar em consideração a imagem institucional da empresa em questão; enquanto, no segundo, é necessário
pensar no conteúdo, na história.
• Qual o número provável de páginas, isto é, o conteúdo é vasto, como uma enciclopédia, ou limitado, como
um relatório de pesquisa?
• Qual a durabilidade? Vai ser usado por muito ou por pouco tempo?
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Para quem ocupa a posição de gerenciamento, as respostas a tais perguntas vão constituir o conjunto de
diretrizes que nortearão todo o planejamento editorial.
Os elementos básicos, descritos a seguir, são definidos para a capa e o miolo, componentes de uma
publicação que interessam ao projeto gráfico.
Diagramação
São duas as relações que estão presentes no objeto impresso: uma, do impresso com o público que vai
manuseá-lo; e outra, dos elementos do projeto gráfico entre si, os quais constituem um conjunto – a
diagramação.
A diagramação é a relação harmônica de quatro elementos essenciais: espaço da página, mancha gráfica,
tipologia e ilustrações.
A diagramação define os critérios para o uso do espaço disponível, criando linhas imaginárias que
relacionam geometricamente todos os elementos que fazem parte do trabalho. Dimensiona e especifica a
tipologia de títulos e textos, bem como os entrelinhamentos e o espacejamento entre letras. Por fim,
posiciona as ilustrações e os outros elementos gráficos, como fios, vinhetas, etc.
Títulos, subtítulos e subsubtítulos, assim como legendas, notas de rodapé e referências bibliográficas são
classificados segundo o seu valor no texto, por meio da distinção de tipologia e da disposição no texto e na
página. Assim, um título terá corpo e variante diferentes dos empregados para um subtítulo; uma nota de
rodapé ou uma legenda serão inscritas num lugar específico e com um corpo apropriado; as referências
bibliográficas constarão no final de cada capítulo ou no final da publicação.
Um bom exemplo dessa definição de critérios é a capa de um livro, que tem grande importância comercial: é
o primeiro contato do público com o produto. Sua diagramação tem de ser coerente com a diagramação do
miolo, além de representar o conteúdo.
Tipologia
Se a tipologia escolhida é atraente e convidativa, condizente com a proposta, o propósito de ler tornar-se-á
uma tarefa prazerosa. O objetivo, afinal, é este: a tipologia deve facilitar a concentração do leitor nos
aspectos essenciais do conteúdo.
Ilustrações
As ilustrações, como fotos, desenhos, gráficos e tabelas, enriquecem visualmente uma composição ou
esclarecem conceitos do texto. Elas devem ser consideradas na diagramação e estar relacionadas com o
desenho da página.
As decisões quanto a ilustrar, ou não, o trabalho também vão influenciar a produção gráfica, porque será
necessário verificar como as ilustrações vão interferir no processo de reprodução escolhido e vice-versa.
A produção de qualquer peça gráfica envolve um grande número de profissionais de diferentes formações,
e é fundamental que, durante todo o processo de trabalho, se faça avaliação constante e acompanhamento
rigoroso dos resultados, para preservar a qualidade.
Formato
• A página impressa, desde o documento mais simples até o mais complexo, tem construção similar, é feita
sobre as mesmas bases.
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• Deve-se considerar que o formato selecionado vai determinar a forma como o objeto impresso será lido.
Vai afetar também a disposição dos elementos gráficos – texto e ilustrações – que compõem a publicação.
Existem alguns formatos padronizados do sistema métrico internacional, os quais formam a Série A.
• Série A:
Formato BB
Formato AA
Formato DIN
Essa série é a mais usada internacionalmente e no Brasil. O formato padronizado foi estabelecido para
incentivar o uso racional do papel e foi calculado para que a folha tenha sempre a mesma proporção, não
importa quantas vezes for dobrada. Diz respeito ao trabalho pronto, e não ao tamanho dos papéis
fabricados, que obedecem a outras proporções, igualmente padronizadas. É importante a escolha do
formato ideal de uma publicação para melhor aproveitamento do papel.
Formato Medida
1 65,6 cm x 95,6 cm
2 65,5 cm x 47,7 cm
3 65,5 cm x 32,8 cm
4 47,7 cm x 32,8 cm
6 32,8 cm x 31,8 cm
8 23,8 cm x 32,8 cm
16 16,3 cm x 23,8 cm
32 12,0 cm x 16,3 cm
Formato Medida
1 75,6 cm x 111,6 cm
2 55,8 cm x 75,6 cm
3 37,8 cm x 75,8 cm
4 37,9 cm x 55,8 cm
6 27,8 cm x 37,9 cm
8 27,6 cm x 37,6 cm
16 27,6 cm x 18,8 cm
32 13,8 cm x 18,8 cm
No formato final da obra, considera-se a medida sem a área para sangria (área que extrapola um formato
gráfico) e sem o refile (corte). Por exemplo: para o formato 16, significa que serão obtidos 16 pedaços de
papel refilados na folha inteira.
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PROJETO GRÁFICO EDITORIAL
Formato Medida
A0 84,1 cm x 118,9 cm
A1 59,4 cm X 84,1 cm
A2 42,0 cm X 59,4 cm
A3 29,7 cm X 42,0 cm
A4 21,0 cm X 29,7 cm
A5 14,8 cm X 21,0 cm
A6 10,5 cm X 14,8 cm
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