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FACULDADE DE TECNOLOGIA E CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS (FATECS)

CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

Aplicação da Tecnologia Blockchain para o combate à sonegação do ICMS no


Brasil.

Application of Blockchain technology to combat ICMS evasion in Brazil

Igor Nogueira Cardoso de Oliveira *


Flávio Alves Carlos **

RESUMO
Neste trabalho tem como principal objetivo testar a eficiência das vantagens
tecnologia Blockchain para serem utilizadas como meio de arrecadamento do
Imposto sobre operações relativas à circulação de mercadosrias. Levantando o
seguinte questionamento: Como poderia ser utilizada as vantagens da aplicação do
Blockchain para combater a sonegação do ICMS no Brasil? Nesta pesquisa, foi
realizado um estudo de metodologia aplicada e exploratória, pois consiste um
proposito de encontrar métodos, técnicas de melhorar a arrecadação do ICMS para
combater a sonegação e por obter um levantamente de uma situação hipotética
neste trabalho, que tem como objetivo procurar ideias para obter realizar
descobertas de um assunto pouco comentado.

The main objective of this paper is to test the efficiency of the Blochchain
technology advantages to be used as a means of collecting taxes on transactions
related to the circulation os markets. Raising the following question: How could the
advantages of using Blockchain be used to combat ICMS tax evasion in Brazil? In
this research, a study of applied and exploratory methodology was carried out, as it
consists of a purpose os finding methods, techniques to improve the collection of the
ICMS to combat tax evasion and obtain a survey of a hypothetical situation in this
work, which aims to seek ideas to obtain discoveries of a subject that’s little
commented.
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1. INTRODUÇÃO
Segundo Ribeiro (2017), Blockchain é um sistema online constituído por uma
base de dados de gestão descentralizada, sendo que todos são responsáveis por
armazenar e verificar as informações nela contidas. Esse modelo de estrutura
garante que qualquer usuário entre ou saia da rede, sem colocar em risco a
integridade ou ainda a disponibilidade do sistema. Entendendo a tecnologia
Blockchain como a próxima grande evolução digital após a pulsão da internet, torna-
se evidente que tal vem para trazer novas mudanças, tendo como uma das
principais funções substituir alguns intermediários e sistemas, assim como também
fez a internet. (RIBEIRO, 2017).
O Blockchain surge como uma revolução tecnológica, onde se espera uma
mudança em várias esferas sociais. Segundo Silva (2017), atualmente, diversas
iniciativas de governos ao redor do mundo aparecem com o objetivo de explorá-la.
Esse interesse surge basicamente pelos benefícios que podem ser extraídos
dependendo de sua aplicação, reduzindo custos e trazendo mais segurança em
rede.
O Estado tem combatido muito a questão da sonegação, para o Governo é
um assunto a se tratar, pois envolve dinheiro público fruto da fonte de arrecadação,
que seria destinado para alguma área que atenderia a população, devido a essa
fraude quem sofre é a sociedade no contexto geral.
A Receita do Distrito Federal (GDF, 2019) identificou e cancelou o cadastro
de 14 empresas que fraudaram mais de R$ 60 milhões em ICMS (imposto sobre
operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de
transporte interestadual, intermunicipal e de comunicação). Essas corporações
“laranjas” atuavam principalmente na venda de soja, feijão e milho, por meio de
emissão de notas fiscais falsas no lugar de empresas regulares. Segundo a Receita
do DF, a movimentação financeira fraudulenta somou mais de R$ 500 milhões.
Diante desse atual cenário de sonegação, a tecnologia eficaz do Blockchain seria
capaz de diminuir este tipo de fraude no Brasil.
A problemática deste trabalho consiste na seguinte pergunta: Como poderia
ser utilizada a tecnologia do Blockchain para combater a sonegação do ICMS no
Brasil?
O objetivo geral deste trabalho é: Identificar as vantagens do Blockchain para
auxiliar no processo de arrecadação e no combate à sonegação do ICMS no Brasil.
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São quatro os objetivos específicos do presente trabalho: Definir o conceito de


Blockchain e descrever principais conceitos relacionados à tecnologia e seu
funcionamento associado à contabilidade; Descrever o conceito de ICMS e com é
feita a arrecadação deste Imposto; Conceituar a definição de sonegação e quais os
impactos para o Estado; Avaliar as contribuições da tecnologia Blockchain para
combate à fraude do ICMS, e a diminuição da sonegação a partir do sistema
proposto.
Com a globalização o mundo é passa por constantes mudanças, em todos os
aspectos. Porém um ponto que impulsionou o fato de ocorrer esse tanto de
mudanças foi devido a tecnologia e associar essa tecnologia com a área da
Contabilidade é sempre um recurso interessante, pois justifica um trabalho no
mundo atual devido o avanço tecnológico.
O sistema Blockchain surge com esse avanço tecnológico, como a próxima
grande evolução digital após a internet. Futuramente, pode ser tonar possível como
base de estudo ou pesquisa levando como base metodologia aplicada neste projeto
de artigo científico que trata da tecnologia Blockchain, como uma futura solução para
os problemas detectados, onde se encontra expectativa de criação de novos
sistemas de informação. Por se tratar de sonegação, é um resultado imensamente
negativo para os entes-federativos que sofre com essa fraude, com isso é uma
forma de ajudar a ‘criar’ um sistema mais eficiente, eficaz, seguro e online, contudo
podendo a ser utilizado pelo Governo ou sistema de Empresa Privada para
combater a uma fraude.
O presente trabalho foi então estruturado nas seguintes seções: na seção
dois apresentam-se o Referencial teórico, nele serão descritos as definições
vantagens e desvantagens e como pode ser relacionado na contabilidade o
Blockchain, alem de descrever sobre o ICMS e sobre a sonegação do imposto. Na
seção três será tratada sobre os procedimentos metodológicos e toda o roteiro
utilizado para atingir os objetivos da pesquisa. Na quarta seção serão apresentados
os resultados e discurssoes acerca do tema proposto.

2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 BLOCKCHAIN
2.1.1 DEFINIÇÕES BLOCKCHAIN
O Blockchain é um livro público virtual, onde contém todas as operações que
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já foram realizadas e concluídas. Sucedendo uma ordem cronológica linear, assim


que os blocos são concluídos são adicionados a ele com um novo conjunto de
gravação dentro do sistema, uma vez gravado no bloco está informação jamais
poderá ser excluída, segundo Menegotto (2017).
Após o envio é disponibilizado uma cópia da transação no qual fica anexada
no banco de dados do sistema, ou seja, dentro de cada computador conectado à
rede, onde cada computador acessível a rede armazena informações e dificulta
acesso e alteração de dados por conta dos hackers.

Figura 1: Como funciona o Blockchain

Fonte: Adaptado de Allen (2017).

A figura 1 acima demonstra como funciona basicamente a ordem cronológica


linear do funcionamento do Blockchain. Os principais objetivos desta plataforma são:
menor custo, segurança, mais acessível, diminuir os erros, e um dos principais uma
proposta de forma descentralizada.
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Essa tecnologia contém todas as informações que são criptografadas,


envolvendo uma criptografia bastante rígida, envolvendo chaves tanto pública, como
privada. Promovendo uma segurança virtual mais sólida para esta tecnologia.
(TAPSCOTT, 2018). Cada transação deve ser verificada e avaliada por um
minerador da rede, onde através de uma assinatura digital do bloco anterior que
contém conteúdo e a informação do bloco anterior.
O blockchain é um banco de dados. O que o torna tão importante é que não é
um banco de dados regular: o sistema funciona como um livro de registros, mas é
inviolável, "inegável" e muito eficiente. A tecnologia é tão interessante que logo ficará
claro que o blockchain também pode ser usado em outros sistemas, cujos tipos são
os mais diversos: finanças, negócios, governo, gestão, eleições, etc. Não é de
admirar que bancos, seguradoras, corretoras de valores, empresas de títulos,
governos e muitas outras instituições sejam atraídos por este tema.
Esta assinatura é chama-se de hash, é um termo que se refere a uma função
matemática que transforma uma mensagem ou arquivo mediante a uma combinação
de código com letras e números que representa as informações inseridas dentro do
bloco. Dentro do hash ou código de confirmação das operações realizadas dentro da
tecnologia Blockchain, reúne uma quantidade imensa de informações sobre o evento
que está sendo ocorrido em uma quantidade dados menor, que é a representação
digital do arquivo anexado ao bloco. (CHAGAS, 2019).

2.1.2 VANTAGENS E DESVANTAGENS DA TECNOLOGIA BLOCKCHAIN


A maioria das redes de Blockchain é construída na forma de bancos de dados
descentralizados, que podem ser usados como livros digitais totalmente distribuídos.
A criação da tecnologia Blockchain trouxe muitas vantagens para vários
departamentos e oferece maior segurança em um ecossistema não confiável (que
não depende da confiança de terceiros).
No entanto, sua dispersão também apresenta algumas desvantagens. Por
exemplo, em comparação com os bancos de dados centralizados tradicionais, os
Blockchains são limitados em eficiência e requerem maior capacidade de
armazenamento.

Quadro 1 - Vantagens e Desvantagens da Utilização da Tecnologia Blockchain


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VANTAGENS DESVANTAGENS
Transações mais facilitadas; Complexa Aplicação;
Administrar e garantir registros privadosDependência de autorização dos
descentralizados; minerados;
Acompanhar a procedência de objetos e Tecnologia Inovadora porém pouco
transações; utilizada, levaria tempo para esta
implementação;
Segurança tecnológica, custo-benefício, Mais consumo de energia
sistema online;
Fonte: Quadro Comparativo, Adaptado de Chagas (2019).

2.1.3 BLOCKCHAIN ASSOCIADO À CONTABILIDADE


A Contabilidade é uma ciência social que estuda e pratica o controle e os
registros das atividades de uma entidade, estuda e matem o controle do patrimônio.
E têm como objetivo fornecer informações privilegiadas para os: Investidores,
Fornecedores e outros Credores. (DELOITTE, 2016)
Segundo a Deloitte (2016), a Contabilidade pode avançar em questão
tecnologica, com o Blockchain. Em uma empresa utilizada como exemplo pode
gravar suas operações diretamente como um conjunto de informações associadas
ao mesmo assuntos naquele bloco, onde melhoraria a confiablidade e a durabilidade
de um sistema contábil e facilitaria o trabalho do auditor, melhorando o custo e o
tempo de tal funcionário da empresa.
Para Giongo (2019), a tecnologia Blockchain poderá ser uma tecnologia de
ponta dentro do setor econômico, devido ao sistema nos proporcionar qualidades
positivistas: confiabilidade, segurança, informações acessíveis de modo
descentralizados garantindo a veracidade das informações ali contidas, reduzindo os
riscos de erros epotencializando as auditorias.
A contabilidade brasileira segue o modelo de contabilização da IASB, as IFRS
que são as Normas Internacionais de Contabilidade, onde o Comitê de
Pronunciamentos Contábeis (CPC) traduziu, por meio de pronunciamentos, para a
contabilidade nacional, e após a aprovação são transformadas em Normas
Brasileiras de Contabilidade (NBC) pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC).
Devido aos mesmos, as DC (Demonstrações Contábeis) podem ser usufruídas por
usuários obtendo um padrão sem qualquer divergência, sendo por países
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padronizados pela IRFS.


Para determinar o impacto do Blockchain na auditoria contábil, o
conhecimento de pesquisas semelhantes sobre o assunto é essencial. Tomados em
conjunto, o Quadro 2 mostra os resultados da pesquisa relacionadas a este estudo:
Quadro 2 – Autores, Objetivo da Pesquisa e Resultados
AUTORES/ TÍTULO OBJETIVO DA RESULTADOS
ANO PESQUISA
Conhecer a Com base em suas análises, o
tecnologia do presente artigo conclui que o
Blockchain e o Blockchain levará alguns anos
seus possíveis para que seja totalmente
Blockchain and impactos nas desenvolvido e padronizado,
ICAEW the future of empresas e porém com sua implantação nos
(2017) accountancy sobre a sistemas contábeis a
profissão contabilidade se tornará mais
contábil. eficiente devido à confiabilidade
da informação disponível e à
redução do tempo gasto nas
conciliações.
Verificar se a Os autores afirmam que o uso do
auditoria interna Blockchain terá grande impacto
está pronta para na auditoria interna, sendo que
Hugh enfrentar os os profissionais precisarão
Rooney, desafios e as trabalhar de forma colaborativa
Q&A. Is Internal
Brian oportunidades visto que as informações serão
Audit Ready for
Aiken e do Blockchain. contínuas e em novo formato.
Blockchain?
Megan Concluem que o Blockchain tem
Rooney grande potencial para os desafios
(2017) enfrentados, porém são
necessárias algumas medidas
para garantir o alto padrão no
futuro.
Felipe de Apresentar uma A pesquisa afirma que o
Oliveira nova estrutura Blockchain proporciona uma
Simoyama, para melhorias grande evolução, sendo que para
Ian Grigg, no sistema de a auditoria a característica mais
Triple entry
Ricardo auditoria, importante é que a
ledgers with
Luiz destacando as descentralização do livro razão
Blockchain for
Pereira oportunidades público permite uma estrutura
auditing
Bueno e do Blockchain mais transparente com
Ludmila frente a auditoria visualização compartilhada das
Cavarzere e controle de transações, tornando a auditoria
de Oliveira órgãos públicos. mais eficaz e barata.
(2017)
Fonte: Ececon (2018).

De acordo com os autores acima, os resultados foram praticamente idênticos


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resultando sobre a evolução, eficácia e eficiência do Blockchain, onde a plataforma


auxiliaria bastante na auditoria. E ao invés de ser um estudo feito mensalmente ou
anualmente, passaria a ver controlado periodicamente, devido ser uma plataforma
com um avanço tecnológico bastente útil para a contabilidade. (ECECON, 2018)
Segundo Allen (2017), para uma empresa de contabilidade, em vez de manter
registros de transações, registros de gerenciamento privado ou registros contábeis
separadamente em seu banco de dados, é melhor registrá-los em um livro de contas
compartilhado ao mesmo tempo - e em tempo real. Com esta função, o Blockchain
poderia atualizar contas tradicionais, documentos, contratos e métodos de
processamento de pagamento para empresas e indústrias a qualquer momento.
Como as informações não podem ser alteradas e são transparentes, não há
falsificação ou adulteração, portanto o Blockchain pode não apenas reduzir a
possibilidade de erros na auditoria, mas também tornar o processo de contabilidade
mais fácil e confiável. Sem mencionar que isso permite um gerenciamento de
segurança mais fácil porque é fornecido pela criptografia Blockchain. Por exemplo,
em contas a pagar ou contas a receber, se os participantes de uma determinada
transação forem determinados, a data e a hora da transação serão verificadas e os
dados relacionados serão protegidos.
Além de serem permanentes, as informações contidas no Blockchain também
podem ser atualizadas em tempo real e exibidas publicamente. Os usuários podem
verificar e revisar as transações sem um terceiro - automatizar até mesmo parte do
processo de revisão. Com a NF-e, o sistema tributário que você usa no
departamento de contabilidade começa a importar recebimentos e pagamentos.
Embora a contabilidade digital ainda não tenha sentido o impacto do Blockchain, as
empresas ainda precisam prestar atenção para ajustar suas estratégias de negócios
com base nesta tecnologia. (CÔRREA, 1996)
De acordo com a Ececon (2018), o termo auditoria fiscal é normalmente
utilizado para definir as ações de fiscalização tributária desenvolvida pela
administração fiscal, podendo apresentar conteúdos diferentes em função da
posição do sujeito que executa a auditoria. O procedimento administrativo fiscal é
fundamental para que o Estado recupere tributos sonegados ou originados de erros,
de forma mais rápida, com encerramento da contenda.
As empresas que buscam auditorias frequentemente lutam para planejar e
gerenciar impostos, desenvolver sistemas, calcular, relatar ou tomar decisões de
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crédito ruins. Além disso, os gerentes podem não saber o escopo do imposto e
depender muito do contador da empresa. Como falamos, isso é muito desvantajoso,
pois a equipe interna está mais focada nas tarefas diárias. (ECECON, 2018)

2.2 ICMS NA CONTABILIDADE


2.2.1 O ICMS E SUA FORMA DE RECOLHIMENTO
O Imposto sobre Circulação de Mercadorias é o significado da sigla bastante
conhecida como ICMS. Além da industrialização de produtos, concentra-se também
em atividades específicas de comércio e prestação de serviços. É um imposto
estatual, é cobrado sobre prestações de serviços e produtos/mercadorias que
circulam entre os Estados e/ou Distrito Federal. (CÔRREA, 1996)
O imposto afeta direta ou indiretamente a maioria dos brasileiros. Na hora de
comprar alguma coisa, o consumidor pode nem ver, mas o ICMS já está incluso no
valor do produto a pagar. Isso porque se concentra em grande parte das compras,
vendas, transportes e serviços que ocorrem em nosso país. (TJDFT, 2016)
Para os consumidores, o ICMS incide impostos indiretamente porque eles não
pagam diretamente os impostos sobre sua renda, porém, para lojistas e prestadores
de serviços, as contas dos impostos devidos ao fisco nacional devem ser corrigidas,
pois se o imposto for pago no prazo devido, incidirá a incidência da taxa SELIC (taxa
básica de juros) (GONZALES; CORRAR, 2010).
Dessa forma, a receita gerada pela arrecadação tributária entrará no
orçamento nacional e não será repassada ao sindicato. Com esse financiamento, os
estados podem fornecer financiamento para alguns escritórios públicos em nível
estadual e podem investir na infraestrutura local.
Por outro lado, quando uma empresa adquire bens de outra empresa fora de
seu estado, ela precisa pagar a diferença de preço entre elas, ou seja, também
cobra uma taxa pela aquisição.
As alíquotas do ICMS variam de acordo com as taxas cobradas por cada
estado. No entanto, a maioria das Unidades Federais (UFs) brasileiras opera com
17%. Ou seja, se a base de cálculo (produto ou serviço) for R$ 100, então R$ 17
serão destinados pelo ICMS à receita do governo estadual. Este imposto se aplica a:
Circulação de mercadorias, incluindo alimentos em restaurantes e bares; Prestar
serviços de transporte intermunicipal ou interestadual por qualquer meio; Serviços
prestados no exterior; a entrada de petróleo em território nacional também afeta
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seus derivados (gasolina, diesel etc.). (BRASIL, 1996)


Embora o ICMS seja um imposto com influência quase absoluta, ou seja,
quase todas as transações e serviços, ainda existem certos tipos de produtos,
serviços e negócios que não são afetados por esse imposto.
Nesse sentido, um bom planejamento financeiro priorizando produtos não
acidentais pode economizar recursos da empresa. A seguir está uma lista de
produtos e serviços não aplicáveis ao ICMS: Livros, jornais, revistas e outros
periódicos, bem como o papel usado para fazer essas relíquias culturais; Bens
exportados para o exterior; Operações interestaduais de petróleo, seus derivados,
energia hidrelétrica e outros combustíveis; Negociação de ouro usado como ativos
financeiros ou instrumentos de câmbio; Produtos incluídos em produtos
(contribuintes) classificados como impostos municipais; A transferência de
propriedade comercial ou industrial, a transferência fiduciária do credor em relação
ao devedor; Negócio de leasing, mas não compreende a venda de ativos arrendados
e o negócio de transferência de bens imóveis para companhias de seguros;
(BRASIL, 1996)
E como todo imposto existe um meio desta forma de arrecadação, no caso do
ICMS é a Guia Nacional de Recolhimento de Tributos Estaduais.

‘‘A GNRE é o documento utilizado pelos contribuintes nas operações de


vendas interestaduais sujeitas à substituição tributária e demais impostos
devidos ao Estado e recolhidos em outra unidade da federação’’. (GNRE,
2020).

Em relação a fiscalização do ICMS é feita através dos representantes do ente


federativo, com o objetivo de fiscalizar, por meio de uma abordagem se o caminhão
ou veículos paralelos está transportando a carga que consta na nota, além disso
fazem verificagem dos pneus, altura, peso e etc.
O ICMS é o tributo mais importante nos orçamentos dos estados e
municípios, e sua arrecadação cresce a cada ano. Para se ter uma ideia, os estados
arrecadaram mais de R$ 660,5 bilhões em 2019, dos quais R$ 509,7 bilhões (mais
de 77%) de ICMS, segundo dados do Conselho Nacional de Política Agrícola
divulgados em 2020. Valor Econômico.
Por exemplo, no estado de São Paulo, foram arrecadados R$ 144 bilhões de
ICMS em 2019, ou 84% de todos os tributos arrecadados, segundo a Secretaria de
Fazenda e Planejamento. Além disso, para amenizar o tributo, o estado conta com o
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programa Nota Fiscal, que reembolsa ao contribuinte até 30% do valor do ICMS.
Pela lei, 75% dos recursos vão para o estado e 25% para os municípios. O dinheiro
é utilizado na implementação de políticas públicas nas áreas de educação, saúde,
segurança e cultura, além de financiar projetos de desenvolvimento industrial e de
infraestrutura.
2.2.2 SONEGAÇÃO DO IMPOSTO
A sonegação é mentir, esconder, o ato de omitir informações as autoridades
do fisco, com o objetivo de não efetuar o pagamento, ou então de contribuir menos
do que era pra ser o certo. Qualquer tipo de fraude independente de sua finalidade
deixará um rombo para alguém ou algo, com a sonegação de imposto não é
diferente, para qualquer Estado é um grande prejuízo. (TJDFT, 2016)
Segundo o artigo 1° da Lei 4.729/65 cita inúmeras condutas que se
enquadram como crime de sonegação, tais como:
I - prestar declaração falsa ou omitir, total ou parcialmente, informação que
deva ser produzida a agentes das pessoas jurídicas de direito público
interno, com a intenção de eximir-se, total ou parcialmente, do pagamento
de tributos, taxas e quaisquer adicionais devidos por lei;
II - inserir elementos inexatos ou omitir, rendimentos ou operações de
qualquer natureza em documentos ou livros exigidos pelas leis fiscais, com
a intenção de exonerar-se do pagamento de tributos devidos à Fazenda
Pública;
III - alterar faturas e quaisquer documentos relativos a operações mercantis
com o propósito de fraudar a Fazenda Pública;
IV - fornecer ou emitir documentos graciosos ou alterar despesas,
majorando-as, com o objetivo de obter dedução de tributos devidos à
Fazenda Pública, sem prejuízo das sanções administrativas cabíveis.
V - Exigir, pagar ou receber, para si ou para o contribuinte beneficiário da
paga, qualquer percentagem sôbre a parcela dedutível ou deduzida do
impôsto sôbre a renda como incentivo fiscal.

Conforme apresentado, sonegar significa omitir ou ocultar brevemente o que


deve ser declarado. No que se refere à tributação, a sonegação fiscal ocorre quando
as pessoas físicas ou jurídicas ocultam informações sobre suas atividades
econômicas e suas receitas de órgãos públicos. Quando ocorrer evasão fiscal, para
que haja possibilidade de imputação ao contribuinte da cobrança correspondente, a
informação do fato gerador não será utilizada como base de cálculo, não estando
previsto que o beneficiário tentará não pagar ou pagar um valor inferior. Dentre os
crimes contra a ordem tributária estão as fraudes, que trata da realização de um ou
diversos atos que dão origem a um resultado contrário à norma jurídica (CORRÊA,
1996).
Portanto, em função da natureza dos crimes de sonegação fiscal, a avaliação
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qualitativa da tributação é imprescindível para o alcance da punição objetiva dos


contribuintes, pois os créditos tributários constituídos ilegalmente terão efeito. Se for
inadequado, sua aplicabilidade será descartada. A maioria das exclusões tributárias
deve-se a erros de fato (erros na composição do crédito), ou seja, à falta de
apuração formal do auto de infração ou lançamento de imposto. As violações podem
ser afetadas pelas alíquotas de impostos e até mesmo pela base de cálculo adotada
pelas autoridades fiscais. Na avaliação dessas infrações, não há necessidade de se
falar em crime de sonegação fiscal, pois a correspondente autuação carecerá dos
elementos objetivos de tipicidade tributária. (SILVA, 1998).
Quando uma fiscalização revela que realmente houve violação da lei, a
empresa fraudulenta deve pagar multa acrescida de juros, mas não se trata apenas
de "pagamento de multa", mas a empresa continuará a fazê-lo, o que geralmente
depende dos padrões adotados. Se o valor das multas e os juros correspondentes
forem estipulados, a empresa pode ser dissolvida e a penalidade pode ser tão
severa que acabará deixando uma grande lacuna no cofre da empresa e no
investimento de reserva. Uma vez que se provou ser um método fraudulento de
evasão fiscal, não apenas os proprietários da empresa podem responder à evasão
fiscal, mas até mesmo funcionários, diretores e outros funcionários relacionados
também podem ser responsabilizados. Em alguns casos, é possível confiscar os
bens do fraudador. (SILVA, 1998).

3 PROCEDIMENTO METODOLÓGICO
3.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA

O foco do trabalho será identificar os principais processos de estruturamento


da plataforma Blockchain com o sistema de recolhimento de ICMS no Brasil, mais
especificamente, fazer uma análise bibliográfica sobre os assuntos pertinentes a
esta pesquisa.
Os resultados serão estruturados e apresentados em forma de modelos de
processos, com o intuito de chegar a um modelo de recolhimento que apresente as
melhorias e combate a fraude do ICMS no novo sistema estudado.
Richardson et al. (1999, p. 70) define o método de pesquisa como a “escolha
de procedimentos sistemáticos para a descrição e explicação dos fenômenos”. A
escolha do método deve ser coerente ao problema investigado. Considerando-se a
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questão de pesquisa definida para o presente define-se para esta pesquisa os


métodos qualitativo e quantitativo, tendo em vista as definições e argumentações
que seguem.
O método de pesquisa é o caminho adotado para alcançar determinado
objetivo de forma cientifica para que haja investigação de um estudo, para contribuir
com o avanço do referido tema. Nesse sentido, a forma de abordagem será
qualitativa.
Para se atingir o propósito esperado, a principal base teórica para articular o
debate proposto será a partir da concepção de Blockhain para Deloitte (2016), bem
como a discussão de Tapscott (2018) sobre as possíveis utilidades no âmbito da
contabilidade.
As técnicas metodológicas de pesquisa que serão utilizadas serão
bibliográficas e análise documental sobre os conceitos e definições a cerca do
Blockhain no aspecto contabil bem como o levantamento de dados já divulgados.
A pesquisa bibliográfica se debruçará sobre fontes primárias no processo de
investigação e secundárias, especialmente com doutrinas de base constitucional e
penal, já a análise documental busca um amparo legislativo e dados científicos.

3.2 INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS


3.2.1 CONCEITO E APLICAÇÃO
Inicialmente, é preciso desenvolver o conceito de simulação. Segundo Vicente
(2005) a simulação é um "experimento virtual" que requer um modelo operatório
representando no todo (ou em parte) um sistema que o caracterizem. A aplicação
dessa metodologia é analisada como forma de buscar um modelo, confirmá-lo ou
fazer uma projeção de eventos futuros.
Neste estudo, haverá uma simulação de uma situação hipotética, levando em
consideração: onde será produzido o produto, local destinado para fins de consumo
que será feito pela sociedade, considerando as etapas do que incide o ICMS. Estas
etapas serão construídas em fluxo de Bizzagi, e logo após será somada propondo
onde as vantagens da tecnologia Blockchain possa ajudar positivamente na
arrecadação do tributo.

3.2.2 SIMULAÇÃO HIPOTÉTICA


Logo após a extração do petróleo com sua forma bruta ainda, é preciso que
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este material é aquecido a altas temperaturas, dando origem a gasolina (produto que
será utilizado nesta situação) e outros produtos. Este processo é feito somente nas
refinarias, após misturas para resultar no produto final (gasolina), as distribuidoras
de combustíveis possuem as chamadas bases primárias e secundárias, locais
específicos de armazenagem deste tipo de produto. Os combustíveis chegam às
bases primárias por meio de oleodutos, que são tubulações construídas em aço
carbono e que podem ser subterrâneas ou aéreas.
Contudo este produto chega no posto de combustível, onde o próximo
consumidor será o consumidor final que utilizará nos meios automotores.
Após explicação acima, será construída uma situação hipotética para
explicar o ICMS dentro de produto (gasolina automotiva C, exceto Premium). ‘‘A
classificação deste produto é o item 2.1, com a descrição: Gasolina automotiva C,
exceto Premium.

2710.12.59 - Combustíveis minerais, óleos minerais e produtos de sua


destilação; matérias betuminosas; ceras minerais - Óleos de petróleo ou de
minerais betuminosos, exceto óleos brutos; preparações não especificadas
nem compreendidas em outras posições, contendo, como constituintes
básicos, 70% ou mais, em peso, de óleos de petróleo ou de minerais
betuminosos; resíduos de óleos - Óleos de petróleo ou de minerais
betuminosos (exceto óleos brutos) e preparações não especificadas nem
compreendidas noutras posições, que contenham, como constituintes
básicos, 70 % ou mais, em peso, de óleos de petróleo ou de minerais
betuminosos, exceto os que contenham biodiesel e exceto os resíduos de
óleos: - Óleos leves e preparações - Gasolinas – Outras ’’. Conforme dados
extraídos (NCM, 2016, pág. 1).

Situação Hipotética: A gasolina será produzida no Estado de São Paulo- SP


para consumo em Brasília, no Distrito Federal. No entanto, com este trâmite desde o
produto bruto até produto final, onde chegará no consumidor final. O ICMS se
encontra incluído no preço da gasolina, que quem paga é o consumidor final.
 Origem: São Paulo - SP
 Destino: Brasília - DF
 Valor da Mercadoria: R$ 15.000,00
 Preço da Mercadoria ao consumidor final: R$ 18.000,00
 Alíquota do ICMS para operação interestadual no DF: 12%
 Alíquota do ICMS para operação interna no SP: 18%
Logo após analisar o mapeamento do fluxo do ICMS dentro do software
BIZAGI, será elaborado uma proposta de um sistema na qual se baseará na
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tecnologia Blockchain. Sendo assim, o ICMS poderá ser recolhido em uma


plataforma digital, segura, tecnológica. Mantendo a mesma ciência na qual é
utilizado para transferências de moedas digitais.

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 Modelagem do processo do ICMS
O processo de arrecadação do ICMS é bem simples, consiste em identificar o
contribuinte na qual está fazendo uma compra na qual existe a incidência do tributo,
como dado na situação hipotética a gasolina. Logo após é gerado uma guia pelo
remetente e que deverá ser paga pelo contribuinte utilizando a GNRE, e que o
tributo devrá ser recolhido no destino e também é preciso destacar que houve à
Substuição Tributária, principal caracteristíca da guia. Após o contribuinte realizar o
pagamento o dinheiro cairá na conta do Tesouro, e logo após será utilizado para
atender a necessidade social

Figura 2: Como é o Fluxo do ICMS no Brasil.

Fonte: Adaptado do Iarozinski (2018)

4.1 Modelagem do processo do ICMS baseado em Blockchain


Nesta Figura abaixo, foi feito um fluxo de como ficaria a nova proposta do
ICMS, consiste na utilização nas vantagens oferecidas da tecnologia Blockchain.
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Logo abaixo da imagem, haverá uma descrição e explicação que cada ponto que
foi informado no fluxo.

Figura 3: Como é o Fluxo do ICMS no Brasil, com a Tecnologia Blockchain

Fonte: Adaptado do Iarozinski (2018)

A figura anterior trata-se de um fluxograma sobre o ICMS no Brasil,


descrevendo cada etapa, consiste em:
1. Cadastramento na Nova Plataforma Eletronica de Controle de
Arrecadação do ICMS.
2. Lançamento do ICMS : Identificação do credor;
3. Envio de Cobrança Eletrônica : Notificação ao credor para efutuar o
pagamento da nota eletrônica;
4. Após o pagamento, é liberado um código com números e letras
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(chamado de hash), para que os entes estaduais/mineradores possam descobrir;


5. Emprego de um chip no caminhão, ao passar pelos pontos de
fiscalização não precisa parar para conferir a carga e nem a tributação, pois este
agente será extinto desta função de fisco;
6. Logo após a evidenciação do hash descoberto pelo ente estadual, é
feito a confirmação da transação. dentro da tecnologia Blockchain serve para
confirmar que a moeda digital seja transferida para o destinatário, sem confirmação
não ocorre a transação.
7. Entes Estaduais tem como finalidade encontrar a sequência ou o
código compatível para a confirmação da transação dentro do bloco;
8. Arrecadação: quando o valor pago pelo contribuinte fica disponivel na
conta do Tesouro Nacional.
9. Novo Bloco: Está informação depois do todo tramite está processada e
gravada neste bloco da plataforma. Onde todos os entes estaduais e federativos
possam averiguar está transação, e jamais poderá ser excluída. O quantitativo de
blocos que estão dando subsequência ao bloco que está em andamento, ou seja
uma operação que está ocorrendo.
Fazendo um comparativo entre nas duas imagens notamos que a primeira é
mais simples, que hoje é o atual sistema de arrecadação por meio da GNRE. Já na
segunda imagem é a proposta de um sistema de arrecadação do ICMS com a
utilização da tecnologia Blockchain, contendo no fluxo a forma de arrecadação junto
com a forma de fiscalização de forma mais pratica e confiavél.
No fluxo 2, começa por um compra de gasolina no valor de R$ 15.000,00 feita
no estado de São Paulo para Brasília, Distrito Federal. Logo após a informação que
averia essa compra consequêntemente houve o tributo: ICMS, que é cobrado na
circulação de mercadorias e neste caso temos duas a: interestadual no DF: 12% e
interna de SP que é 18%, havendo subistituição tributária.
No 2° estágio das receitas públicas (lançamento) que identifica quem é o
credor, seguinte vem a emissão da guia para ser paga dentro da plataforma
Blockchain onde cada empresa contribuinte do ICMS tem um cadastro, após efetuar
o pagamento dentro desta plataforma irá gerar um comprovante de pagamento.
O meio de transporte onde a mercadoria irá circular será implementado um
chip, que tem a finalidade de fazer a computação da carga, rastreamento do veículo
ao passar pelos pontos de fiscalização onde terá um leitor eletrônico que irá mandar
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estas informações para o servido (Blockchain) e também tirar o agente do fisco da


fronteira.
Está permitido seguir para o destino, ao chegar na fronteira o representante
do estado irá conferir a carga do caminhão para ver se confere com o comprovante,
analisar a situação pagamento pelo o sistema de pagamento (Blockchain) e também
dar o visto que o transportador se encontra naquela Estado ou Distrito.
Após fazer estas averiguações e se estiver tudo correto, o pagamento será
adicionado na conta do governo e sendo assim formado um novo bloco.
1. Cálculo do ICMS Normal da operação:
15.000 x 12% = 1.800
Interestadual do DF ao SP.

2. Cálculo do ICMS devido por substituição tributária:


18.000 x 18% = 3.240 - 1.800 = 1.440 GNRE ao SP.

Neste caso de substituição tributária incide a GNRE de Brasília que deverá


ser paga a São Paulo. A sonegação fiscal no Brasil representou 7,7% a 9,1% do
PIB, e em 2016 aumentou para 13%. Em termos quantitativos, isso representa mais
de 500 bilhões de reais. Esse deficit deve ser compensado de alguma forma, seja
aumentando impostos ou criando artefatos como a CPMF. Isso não só gerou receita
insuficiente, mas também fez com que a empresa envolvida perdesse a reputação
geral, afetando o mercado de insumos e custando milionários em procedimentos
administrativos e judiciais. Parece fácil identificar os vilões, mas não é. Primeiro,
porque o pano de fundo político acabou facilitando essa ação, a burocracia e a
complexidade do sistema acabaram impedindo o controle e a auditoria eficazes para
implementar as políticas.
Como todos sabemos, o blockchain é uma plataforma que pode aplicar
políticas e regras de negócios automaticamente para conectar organizações e
sistemas. A plataforma garante a imutabilidade das informações e a aplicação de
políticas e regras por meio de contratos inteligentes. Com a ajuda da tecnologia de
criptografia e consenso do sistema entre os participantes da rede, a transparência
da transação também é garantida. Em todos os casos de uso, seja uma rede pública
ou uma rede licenciada, o imposto federal como participante da rede poderá auditar
e cobrar o imposto correspondente "diretamente na fonte" (ou seja, quando a
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transação for executada no blockchain). Isso reduzirá muito recursos, custos e


tempo para os contribuintes, proporcionando assim uma declaração consistente,
transparente e segura.
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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O objetivo deste estudo foi identificar as vantagens do Blockchain para
auxiliar no processo de arrecadação e no combate à sonegação do ICMS no Brasil,
e foi atendido, pelo fato de consistir em uma nova proposta de arrecadação e
fiscalização do imposto. As principais conclusões foram, apesar de mostrar todo o
poder do Blockchain, ao fornecer segurança de dados, o Blockchain pode melhorar
a eficiência dos serviços administrativos públicos. Relacionado com o ICMS no modo
de arrecadação e fiscalização, ficaria mais dificil de fazer a sonegação, pois iriam ter
que criar um chip relacionado a um hash da rede, o bloco de vendas está conjunto
ao das compras primárias isso faz com o que dentro do bloco relacionado a gasolina
consigo ter um controle maior, devido a informações de compra e da vendas
daquele lote.
Seria viável a tecnologia Blockchain ser utilizada como uma ferramenta que
pode desburocratizar qualquer processo de notarização e garantir um novo sistema
de arrecadação conjunto a fiscalização do ICMS, utilizando essa tecnologia, devido
precisar apenas de um aparelho eletronico e está conectado a rede. Verificou-se
ainda que a pesquisa realizada mostra que com a rápida difusão da tecnologia, o
tema Blockchain e gestão pública tem se tornado cada vez mais importante, à
medida que tem aumentado o surgimento de artigos sobre o tema nos últimos anos,
e também por se tratar de um assunto ‘recente’ sendo a primeira operação dentro
desta tecnologia foi em 2008.
Com base na pesquisa, observou-se que o Blockchain pode garantir
confiabilidade e qualidade na gestão de dados governamentais, bem como eficiência
na celebração de contratos com a administração pública, contribuindo, entre outras
coisas, para a para combater a fraude de: emissão de documentos falsos,
pagamentos, dentro do ICMS. Além disso, também seria uma ferramenta importante
para o controle logístico de produtos que requerem regulamentação estadual.
Embora os resultados da pesquisa governo por meio do Blockchain ainda
estejam em nível piloto e/ou experimental, as pessoas ainda esperam aprofundar o
conhecimento a fim de encontrar soluções para os problemas que fragilizam a
democracia (como corrupção, burocracia e ineficiência). Para os próximos estudos
recomenda-se a respeito o uso da tecnologia Blockchain na gestão pública, dentro
do sistema de arrecadação do ICMS, venha apresentar aplicações com efeitos
positivos, e futuramente podendo ser um novo sistema de arrrecadação utilizando
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como base essa tecnologia, e quando falamos de tecnologia sempre haverá


‘atualizações’.
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