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FÍSICA
Dafilosofia ao enigma
da matéria negra
A HISTÓRIA DA
FÍSICA
Anne Rooney
^ Í B ooks
M.Books do Brasil Editora Ltda.
ISBN: 978-85-7680-217-4
Do srcina
l: The Story of Phys
ics
Original publicado por Arcturus Publishing Limited
ISBN original: 978
-1-84837-796-1
Editor: Milt
on Mira edAssumpção Filho
Traduçã
o: Maria úci
L a Rosa
Produçã
o Editorial: Bea
trizSimõesAraújo
Coordenaçã
o Gráfica: Silas Cam
argo
Editoração: Crontec
2013
M.Books do Bra sil Editora Ltda.
Proibida areproduçã o total ouparcial.
Os infratores se
rão punidos naforma da lei.
Direitos exclusivos cedidos à
M.Books do Br asil Editora Ltda.
Para o meu pai, Ron Ro oney, que me introduz
iu às maravilhas
da ciê
ncia. Felizaniversário
de 80 anos - e obrigada
.
Agradecimentos
Agradecimentos ..7
INTRODUÇÃO
O livro do universo ............................... 16
CAPÍTULO 1
A mente s e sobr epõe à m até ria ............ 25
■ M-M-Mudanças ........................................................................... 31
Atomismo indiano........................................................................ 32
Atomismo islâmico ........................................................................ 33
Dos átomos aos corpúsculos........................................................34
Dos cospúsculos de volta para os átomos...................................35
A idade da Razão.......................................................................... 35
O nascimento da física do estado sólido ............................................36
Átomos e elementos ............................................................................. 39
Tudo em proporção......................................................................40
Átomos - verdadeiro ou falso?.....................................................42
Os átomos são divisíveis?............................................................. 43
CAPÍTULO 2
Fa ze nd o a luz tr a b a lh a r - Ó p t ic a .........................................4 5
Uma olhada na luz ............................................................................... 46
Brincando com a luz.....................................................................47
A luz de Deus................................................................................48
Saindo do escuro..................................................................................51
Por meio de um vidro translúcido..............................................53
Pressão no éter............................................................................. 53
O senhor da luz: Isaac Newton....................................................54
Micrografia de Hooke...................................................................56
Onda ou partícula?.......................................................................57
Frentes de onda e quanta .................................................................... 58
O experimento de dois orifícios de Young .................................61
Uma nova aurora - a radiação eletrom agnética ................................61
10
SUMÁRIO
elson-Morley.............62
O fim de um éter: o experimento de Mich
Com a velocidade da luz ................................ ..............................67
Objetivo e verdadeiro............................. .70
O lugar da luz no espectro EMR............ .71
CAPITULO 3
Mecânica em ação............................ . 74
A mecânica dos gregos antigos .75
O problema da dinâmica................. . 77
O experimento do túnel ........... .79
O verdadeiro nascimento da mecânica clássica ................................80
O experimento da bola de Galileu...........L...................................81
Parar e começar ........................................ 84
O mestre fala ............................................. 85
Movimento e gravidade............................ 85
O universo como campo de testes...............................................85
Ar e água ............................................................ 86
Da água para o mercúrio.......................... 88
Dinâmica dos fluidos ................................. 88
Juntando fluidos e massa........................... 89
Coloca ndo a mecânica parafuncionar ...............................................89
Colocando a mecânica newtoniana em uma nova posição........90
Inércia e gravidade vêm juntas....................................................91
Grande e pequeno .91
11
CAPÍTULO 4
E n e r g ia c a m p o s e fo r ç a s ......................................................93
Inventando a "energia"................................................................. 94
Lutando com o fogo ......................................................................95
Te rm od inâ mica .......................................................................................98
As leis da termodinâmica.............................................................100
Zero absoluto............................................................................... 103
Calor e luz .............................................................................................
103
Radiação do corpo negro e quanta de energia...........................104
Outras formas de energia............................................................105
Descobrindo a eletricidade..................................................................106
Pipas e trovões............................................................................. 107
Eletricidade na moda...................................................................108
Pondo a eletricidade para funcionar...........................................109
Esperando nos bastidores: magnetismo.....................................110
Eletromag netismo - o casamento da eletricidade com o
mag netismo.......................................................................................... 111
Alvorada de uma nova era magnética.........................................112
Mais onda s............................................................................................ 114
Radiação.......................................................................................116
Procuram-se - átomo s .................................................................119
CAPÍTULO 5
Dentr o do átom o ...... 121
12
O modelo saturnino ................................ J................................... 124
Quantum solace ............................................... f...................................126
Luz inteligente.........................................i ................................... 127
Outro momento newtoniano .................1................................... 129
Onda ou partícula?..................................j ................................... 130
Podemos estar certos?.............................1................................... 133
A interpretação de Copenhagen.............j...................................134
Um gato em uma caixa...........................;...................................134
Muitos universos.....................................l ................................... 135
Embaralhamento quântico: o paradoxo Einstein-Podolsky-Rosen ..
135
A busca por mais partículas atômicas........................................ 137
Juntando tudo ........................................... .................................. 138
As coisas desm oronam .......................................................................139
Aproveitando a reação em cadeia .................. j...................................141
O fim do átomo clássico ..................................J..................................142
Matéria e antimatéria................................ 144
Partículas fantasmas................................ J ................................... 145
A última partícula perdida....................... 147
Partículas das estrelas............................... 149
CAPÍTULO 6
Tentando alcançar as estre las ...........................
...............
.. 151
Estrelas e pedras..................................................................................152
Primeiros observadores das estrelas............................................152
13
SUMÁRIO
Catalogando os cé us............................................................................174
Vendo cada vez mais ................................................................... 175
Longe, muito longe..............................................................................176
Colocando cometas em seu lugar....................................................176
O cometa Halley na história.............................................................178
Espectroscopia - uma nova maneira de ver..................................... 179
Examinando o vazio.....................................................................182
Listras das estrelas........................................................................184
A vida secreta das estrelas...................................................................185
Ouvindo o vazio...........................................................................186
Quasares - poderosos e remotos ................................................ 190
Para cima, para cima, e longe......................................................190
CAPÍTULO 7
Es paç o- te mpo c on tinuan do ............................................... 1 93
14
SUMÁRIO
CAPÍTULO 8
Física para o futuro ........................................................... 207
15
INTRODUÇÃO
O LIVRO
DO UNIVERSO
“O livro do U
niverso nã
o pode ser apena
s 4% do univ erso,os outro
s 96% sã
o
entendido der a um mistério a serrevelado
semprimeirose apren .
compreend er o alfabetoque o com põe.
Ele é escrito em linguagem matem ática, O nascimento da Física
e seus caracteres sãotriângulos,círculosAntes do desenvolvimento do método ex
e outras figuras geométricas,sem perime ntal, os prime
iros cientistas ou
- os
as quais é humanam ente mi poss
ível “filósofos naturais”, comomera cha
mados
entende r um a única palavra dela;
sem
eles, ica-
f se vagandomeum labirinto
escuro.”
Galil
eu, O Ensaiador
, 1623
A
física é aciência unda f mental qne
constitui a baseparatodas as ou
tras, a ferramenta comqual a ex
ploramos a rea lidade; isa
v aexpli car como o
universofuncio na, das galáxias às partículas
suba tômicas. Mui tas de nossasdescobertas
sobre o mundo físico represent
am o auge da
realização huma na. A H istória daFísica tra
ça a trajetória das tentativas dahumanidade
em ler o li vro do universo, aprende ndo e
usando a linguag em da ma temática descrit
a
pelo cientist a renascentista Galileu Galilei A galáxia de Andrômeda é a mais próxima de
(1564- 1642 ). Também ervela como nosso nossa Via Láctea: a física tenta explicar tudo, do
conhecime nto é ínfimo - a físicatratade início dos tempos ao fim do universo.
INTRODUÇÃO
Ospadrões, formas e
números que estruturam o
mundo natural são assunto
da física.
- aplicara m a razão ao
que viam em volta de
les e cheg aram a teorias
para xpl
e icar u s as obser
vações. Como os corpos
celestesare pcem se m o
ver pelo céu, por exem
plo, muito s de noss os
antecessores concluíram
que aTerra stá e no en c
tro do un iverso e tudo
gira emtorno dela .
Os poucos que pen
savam diferentetinham
de chegar bo a ns argu
mentos para re futar a
solução de senso co mum,
e durante 200 0 anos eram min a oria,sendocausas dos fenômenos observados. Os gre
muitas ve zes ridiculariz
adosou me smo pergos ant igos são sa prim eiras pe
ssoas que
seguidos. conhecemos que tentara m substituir as
Muitas super stições ecrenças religiosas explicações místicas e supersticiosas por
têm ra ízes naexplicação do mundo bser
o outras,baseadas naobservaçã o e na razão.
vado. O Sol nasce porque atravessa o céu A primeira pessoa a tentar explicar o mun
por um conduto r sobrenatural, po
r exem do natural sem recorrer àcrençareligiosa
plo. A ciência , por outro la do, esforça-se pode tersido Tales, mas o primeirocientis
para enco ntrar averdadei ra natureza e as ta verdadeiro
talvez enha
t sido o e
pnsador
não sobrenatural,
buscar para todos
as causas físicas os fenômenos
que determinam noasmundo
como coisas que nos rodeia, Como
se comportam. e assim começou
nenhum de a
seus escritos sobreviveu, é difícil avaliar sua verdadeira contribuição.
INTRODUÇÃO
£aleõ conclusão.
Os gre gos of ramos primeiro s a dividir a
ciência me discipl inas diferentes. Agrande
bibliotecana Alexand riaproduziu o primei
ro ca tálogo de biblioteca, que foi esse
ncial
para o tipode crítica li terária que Aris
tóteles propôs como parte qualquer
de
investigação.
Do empirismo ao
experimento
Com o fim od período helénico(o
auge da civilização grega clássica),
o
uso do m étodo ci entífico paraenten
der o m undo natural decli
nou até o
surgimento da ciência ár abe no século
7 d.C. O brilhanteIbn al-EIassan Ibn
al-Haytham (965-1039) desenvolveu
Um retrato mediev
al de Tales.
18
INTRODUÇÃO
isso.
ciênciaA
budeRayhan
que osal-Biruni 973
( -1048)tendenci
reros e noções tinha des clás
o con (c.sica
121 s.CO
0- fre
.1292)i foi
francisca
um no
os Roge
d r Ba
primeiros
sas podiam se r causados por inst rumento s a duvidar daaceitação dos escrito s dos an
impreciso s ou observad ores falhos. le E re tigos sem que estes fossem questionados,e
comendava ue q os experimento s fossemre defendia ques aidei as estabelecid
as fossem
petidos váriasvezes eos re sultados ossem
f ree xaminada s. Ele vis a
va particularmente
combi nados para a obtenção de um resul a Aristóteles, cujas ideiasm emuitas áreas
tado confi ável. O médicoAl-Rahw i (85 1-
934) int roduziu o conceitoda revisão pura ,
sugerindo que os mé dicos docume ntasse m O MÉTODO CIENTÍFICO
seus procedime ntos e os tornasse m disp oní O método científico empregado, de modo
veis para outros médicos de igual postura - geral, hoje segue as seguintes etapas:
embora suaprincipal moti vação fosseevitar
a puniçã o pela m á prática. Geber (A buJabir, • Enunciado de um problema ou questão.
Este pode ser então afunilado para algo
721-815) foio primeiro int a roduzir experi que possa estar sujeito a experimenta
mentos cont rolados o n cam po da qu ímica, ção ou a um conjunto de experimentos.
e Avicenna (Ibn Sina,c. 980- 1027) declarou• Enunciado de uma hipótese.
que ainduçãoe a experi mentaçã o deveri am • Concepção de um experimento para
testar a hipótese. O experimento deve
formar sa bases dadeduçã o. Os cienti stas ser um teste adequado, com variáveis
árabes valorizavam o consenso e tendi am a controladas (fixas) e uma variável inde
descartar ideias ma rginais que não o f ssem pendente (a condição que será variada).
apoiada s pelosoutros. • Execução do experimento, fazendo-se e
No enta nto, acontecimen tos no Islã a ca registrando-se observações e medições.
cínio induti
pensamentovo como abase do Ba
científico. Dizem que Bacon teria morrido após conduzir um expe
con instaurou o pro cesso de rimento para produzir o primeiro frango congelado em
1626. "Quando [o senhor Francis Bacon] estava tomando
observação, experimentação,
ar em uma carruagem na companhia do Dr. Witherborne
análise e ra ciocínio induti (um médico), a caminho de Highgate, nevou, e meu se
vo que é considerado com nhor pensou, 'por que a carne não poderia ser conservada
frequência com o o iníc io do na neve, como no sal'. Eles decidiram tentar a experiên
método científico moderno. cia. Desceram da carruagem e foram até a casa de uma
mulher pobre na base de Highgate Hill, compraram um
Seu méto do começacom um frango e fizeram a mulher tirar-lhe as tripas, então enche
aspecto neg ativo - livrar a ram o corpo com neve, e meu senhor ajudou a fazer isso.
mente ed “ídolos” ounoções A neve esfriou tanto seu corpo que ele adoeceu imediata
preconcebida s - e evoluir mente... [Ele contraiu] uma gripe tão forte que em dois ou
paraum a specto po sitivo que três dias, conforme lembro de Mr. Hobbes ter me dito, ele
faleceu sufocado."
envolva a exploração, a expe john Aubrey, Brief Lives (Vidas Breves).
rimentação e induçã
a o.
20
INTRODUÇÃO
demonstração pública, di
zendo que ele
iria O Lincei foi uma aventura muito pes
defenderos resultados do experimento
; o soal,e quando Cesi morreu em 30, 16 ele
professor nã
o aparece
u. logo se dividiu.Foi sucedidopelaAcademia
de Experimento em Florença, fundada em
Sociedade s científi cas 1657 por dois ex-
alunos deGalileu, Evan
O interesseresc cente pela ciênci
a deu ori gelista Torrice
lli (1608-1647) e Vincenzo
gem a sociedade s científicas espa
lhadas Viviani (1622-1703). Esta também durou
pela Europa apartir do século17. Estas pouco , fecha
ndo após dez an os em1667; na
dera m encaminhamento a conversas, ex época o centro dedesen vo
lvimento en-
ci
perimentações e o desenvolvimento cien
tífico. A primeira de las foi a Accademia
dei Lincei,forma da por Fede rico Cesi,um
rico florentino com grande interesse pela
ciência. Embora tivesse apena s 18 anos,
Cesi acreditava que os cientistas deveriam
estudar natureza
a retamente,
di em vez de
se guia rem pela filosofia aristotélica. Os
primeiro s membros daacademia viviam
comunitariamente em aum casa de Cesi,
onde ele lhes fornecia livros e u m labo ra
tório totalmente equipado. Os integrantes
incluíam o físico holandê s Johannes Eck
(1579-1630), o acadêmico taliano
i Giam
battista dell
a Porta (c.1535-1615) e - o
mais famoso- Galileu Galilei.No apo
geu, a cademia
a tin
ha 32 m embros
espalhadospela Euro pa. A aca
demia estabel eceu como seus
objetivos em 1605 “adquiri r
conhecimentode coisas e
sabedoria... e aprese ntá-
-los pacificamente aos ho
mens, sem qualquer prejuí
zo”. Apesar disso, o grupo foi
acusado de mag ia negra,de se
opor à doutrina daIgreja ede
viver escandalosamente.
21
INTRODUÇÃO
'
MICROGRAPHIA:
O it SO M E
The
olog
ical Vefcriptí
m
By R. HOOKE,Fr ilowoflhe R o m S o c u u
Micrografia, de
Robert Hooke,
revelou detalhes
mínimos sobre a
vida pela primeira
vez.
da aprendizag
em experime
ntal ífsico-ma
temática”.
semana lmenteA cieda
so dacomp
para e planeajava
nharreunir-
experise
Não existe nenhum retrato contemporâneo de mentos ediscuti r tópicos científ icos, sen
Robert Hooke. Havia um retrato dele naRoyal do Robert Elooke (1635 -1703) o primeiro
Society em 7710, mas conjectura-se que New- cura dor deexper imentos. oN início apa
ton o teria destruído.
rentem ente em
s nome, o no me The Ro
yal Society aparece impresso pela primeira
tífico mudo u-se daItália para aInglate rra, vez em 1661, e no Segundo Estatuto Real
França, Alemanha , Bélgica ePaíses Ba ixos. de 1663 a Sociedadeé referida como “T he
A maior das sociedades científicas foi a Royal Society of Lo ndon fo r Improving
Royal Soci ety of L ondon (Socieda de Real Natura l Knowledg e” (A S ociedade Real de
de Londres). Embora fundada oficialmente Londre s para o Aprimo ramento do Conhe
em 16 60, suas origens estão emmau “facimen to Natural) . Foi a primeira “soci eda
culdadeinvisível” de cientistase qu come de real” existente.Começou aadqui rir uma
çara m a se nc e ontrar para discussõesbibliotec em a em 1661 e então um museu de
torno de 1640. Em sua fundaçã o, havia 12 espécime s científicos, e ainda tem slid es
membros, entre eles o arquiteto inglês Sir microscópico s de Hooke. Depois de 16 62,
Christopher Wren (1633-1723) e oa quí sociedade recebeu lvaráa para publ icar
mico irlandês Robert Boyle (1627-1691). livros, e um dos primeiros doi s títulos foi
O discursode abertura de Wren a flou em Micrographia, deHooke. Em 1665, a Royal
fundar um a “faculdade para a promo ção Society lançou pri a meira ediçãode Philo-
sophical Transactions, agorao periódico im
presso ma is antigo.
"Galileu, talvez mais do que qualquer outra pessoa, foi A Royal Society seguiu-se rapi
responsável pelo nascimento da ciência moderna." damente Académie
a descieSnces
Stephen Hawking, cosmologista inglês, 2009. em Paris , em 16 66. Os membros
22
INTRODUÇÃO
da Académie nã o precisav
am
ser cientistas, e, em
ertoc mo
mento, Napoleão Bonaparte
foi pres
idente
. Grandes reali
zações científicas tornaram-se
rapidame nte m otivo de orgulho
nacional eivalida
r de internacio
nal, principalmente para a Re
pública FrancesaaeFranç a de
Napoleão.
A mente se
sobrepõe
À MATÉRIA
É difícil imagina
r, quando se
olha para um objeto só
lido, que ele é compostode muitas partículas m
inús
culas e de uito
m espa ço vazi
o. E ainda mais estranho
quando par amos para pensar ques pr
aóprias artí
p cu
lasasão
téri nãoais
mécontí
esp
aço
nua,que atéria.
m o que
e mesm A ideia
la de quemuito
e contém aam
espaçovazio - que éuma descr içãoadequada dateo
ria atômica moder
na -, foi sugerida pela primeira vez
por volta de 2.
500 anos atr ás. Mesm o assim
, a teo
ria atômica só fo
i aceita pela ma ioria doscientistas
há pouco mais de um século.Durante grande parte
desse intervalode tempo, o conceito foiesacre
d di
tado e até esm
m o ridicularizado.
26
O PRIMEIRO FÍSICO?
No esquema de Anaxágoras, um objeto natural como um texugo mistura sementesque incluem pele,
sangue e osso comnous ou "inteligência". Um objeto inanimado compartilha asmesmas sementes
em diferentesproporções, mas não possui "mente".
27
A MENTE SE SOBREPÕE À MATÉRIA
te” dele nã
o eraum criador tel inigente,mas T u d o se transforma
um tipo de elementoinspirado r que desenAnaxágoras concebeu um modelo em que a
cadeava as fo
rças físicas que aziam
f girar ma
a téria não dia po ser criadamne destruíd
a,
matéria elementar, a
f zendo-a se separar, semas no qual mutabia lidade do mundono às
diferenciar forma
e r corpos como a Terra esavolta éexplicadatransfo rmando-se amaté
o Sol. E uma
mente, difícil vez
ser que
xato
e não qua
nto aotem
sema ispape
l daria
o textotadaoa ela
ongo
madeido
raem
tétr
po. Se
ansf uma árem
ormada vorebarécoo
c
, r
a
completo de Anaxágoras . No enta nto, Pla matéria mudou e reorganiz se ou, mas con
tão relata que ócrates
S co
mprou uma cópia serva o m esmo tipo e qua ntidade (co ntando
do trabalho de Anaxág oras por pensa r que o barco, sobras o e pó de serrag em). Outras
estacontivesseuma x eplicação que envolve trans forma ções ex igem re organizações ma is
uma concepçã o da inteligência, e se de sa profunda s: atearfogo emuma árvore, por
pontou. exemplo, produz cinz a, vapo r d’águ a e fu
maça quenão são semelh antes à madei ra.
Como to do obj eto contém , em pr oporções
diferentes, to dos ostipos possív eis dematéria
e qualidade s, exist
e sempre o pot encial para
cada tipo de matéri a ser deriv adade qualquer
objeto -porta nto, uma pla nta poder ia cre s
cer do solo,por exe mplo, reorga nizando-se
ou extra indotipos de matéria.
Anaxágoras percebeu que para que isso
ocorresse, as partes co nstituintes da ma té
ria (sem entes) dev eriam se r extrema mente
peque nas; ca so contrárioas tra nsformações
que vemos di ariame nte nãoseriam possí
veis. Os componentes da matéria teriam de
atender ao requisito de serem infinitesimal-
mente peq uenos,e isso mpôs
i problemasin
super áveis oa model o.
P ar te s indivisíveis
A palavra “átomo” vem do termo do grego
clássico átomos”,
“ quesignif
ica insepa rável
ou indivisível. A sugestão de ue
q tudo é fei
to departículas minúscula s indivisíveis tem
suas srcens no sécu lo 5a.C.com otraba lho
de Leucip o, e depois com eus alunoDemó-
crito.Sabe-se muito mais sobre eDmócrito
(c.460-C.370 a.C.) do quesobreLeuci po, a
Quando uma árvore queima, seus constituintes ponto de o filósofo grego Epicuro(341 -270
se reorganizam radicalmente. a.C.) duvidar a d existênciae dLeucipo. E
28
O PRIMEIRO FÍSICO?
HOMEOMERIAS
Anaxágoras, e mais tarde os pensadores gregos, distinguiam substâncias que eram homeô-
meras (homogêneas) e aquelas que não eram. Uma substância homeômera é aquela em
que todas as partes são como um todo. Logo, uma pepita de ouro é homeomeria porque
não importa o quanto seja pequena, ela ainda tem as propriedades de uma grande pepita
de ouro. Uma árvore ou um navio não são homeômeros, pois podem ser divididos em par
tes que possuem características diferentes. Para o olhar moderno, as homeomerias são os
elementos e os compostos químicos puros.
29
A MENTE SE SOBREPÕE À MATÉRIA
30
NjSE
N .
M-M-M udanças
Enquanto Parmênides não conseguiu expli
car sa mudanças os e atomistas afirmavam
que ovazio permi tia quea matéria muda sse,
Aristóteles afirmou que todas as mudanças
ocorremcomo transf ormação entre ossta
e
dos. Isso en volvia ’’tra
nsformar-se e voltar
ao estado natural” -novamente um a ver
são da conservaçã
o de massa. Logo, para se
Desenho alegórico dos quatro elementos em um
manuscrito do século XII.
31
MENTE SE SOBREPÕE À MATÉRIA
32
MATÉRIA ATÔMICA E ELEMENTAR
os traduz
forma iram
paisede
s princi comentara
atomismom.slâm
iHavia, uma
ico duas
mais pró xima do pe nsamento indianoe aou
tra, do aristo
télico. A quetevemais suce sso
foi o trabalho Asharite deal-Ghazali (105 8-
1111). Paraal-Ghazali , os átomos são as úni
cas coisas materiais eternas; tudoo mais dura
apena s um instante e é considerado “aciden
tal”. As coisascident
a ais não po dem ser a
causa dequalq uer coi sa, excetoa percepção.
33
A MENTE SE SOBREPÕE À MATERIA
dos que
tos modelos
fo científicosnocidente
ram correntes e Ofilosóficos
atéver
da acei
em Paris,
a Europa nacépoca
, acer o centro
a de divi sibilidaintelectual
de ou ndi
i
Renascença , quando pensadores opeus eur visibilidade de um conti nuum.E ssa questão
finalmente começa ram aquestionar ea chesurgiu da declara ção deAristóteles de ue q
caros ensinamento s dosantigos. um continuumnã o pode serormado
f de par
tícul
as indivisíveis. Ele acreditavaue q toda
DOS ÁTOMOS AOS CORPÚSCULOS matéria,espa ço e tempo ossemf compo stos
No século XIII, um alquimista nônim a o de átomos, po
ntos e instant es, e que toda
chamado Pseudo- Geber de u início a uma muda nça éo result ado da reorgani zaçãode
teoria da matéri a basea da em pa rtículas átomos. á
V r
ias visões de
Autreco u rt eram
minúsculas, às quais
chamou de “corpúscu-
los”. (O no me estranho
“Pseudo-Geber” vem
por ele ssi
a nar seustra
balhos como G eber, que
eraa formalatinizada do
nome Jabiribn Hayy un,
(à esquerda) e o filósofo
neoplatônico Porfírio, que
morreu 800 anos antes do
nascimento de Averroes.
34
MATERIA ATÔMICA E ELEMENTAR
ofensivas igrej
à a e ele tev e de Pierre Gassendi era proponente do
se retratar depois de jul
ser corpuscularianismo.
gado em 1340- 1346. Para
ele, todo movi mento
era inerenteno obje outro
s sentidos, a teoria que
to movente (àmedida ele publ
icou em 1649 era sur
que o movi mento é preendentemente exata . Ele
reduzido a moção de pensava que as propriedades
partículas).
A visão de da matériaosse
f m produz idas
que amatéri a é gra pelas orma
f s dos tomos,
á que
nular, e formadade os átomos po
diam sejuntar em
instantes distintos, não molécul
as e que eles xiste iam
foi aceita po
r pensadores em um vazio enorme- de modo
posteriores. que amaior parte da matéria fosse,
Uma varianteodatomis- na verdade, não matéria.isão A vde
mo inicial tornou-se popularno Gassendi não era
tão inf
luente quanto de
sé
dêcu
s lo XVII e Boyle,
Robert teveo apoio
do do
lósof
fi qu
ímico
o fra
ncê rlan
i veria
s Pierre ter sido
influente, se porque
opunhaDescartes, muitoela,
diretamente maisne
a
Gassendi (1592- 1655) e deIsaac New ton, gandotaxati vamente que pude sse haver um
entreoutros. Conhecido moco“corpus cula - vazio. No entanto, Gassendi e Descartes
rianismo ”, diferia do atomismo nontido se de conco rdavam sobre um ponto : ambos acre
que os corpús culos não precisam r ind
seivi ditavam que o undo m osse
f essencialmente
síveis.De fato, os proponentesalquimi da a meca nicista eseguis se as lei
s danaturez a.
(inclusive New ton) usa ram a indivisibilidade Robert Boyl e trouxeo atomismo no va
dos corpúscu los para explicar como omermente à vo ga alguns an os após a mort e de
cúriopodia seinsinuar n etre aspartícul as deGassen di. Em 1661, elepubli couTheScep-
outros metais, prepa rando terrenopara ua s s tical Chymist,descre vendo umuniverso for
transm utaçõesmeouro. Os corpuscularia nos mado totalment e por átomos glo e amera dos
sustent avam ue q nossas percepçõ es e expe de átomos,todos emmovimento ntínuo co .
riências do mundo à nossa volta resultam das Boyle propô s quetodos os fenôme nos sã o
ações de partículas minúscul as dematéri a so resultado de isõ col
es entre tomos
á em mo
bre noss os órgãos do sentido . vimento, e fez um apelo aos químicos para
que investiga ssem lemee ntos, pois ele sus
Dos COSPÚSCULOS DE VOLTA PARA OS peita va da exis tência de mais elemento s do
ÁTOMOS que osquatro d i entif
icados por Aristóteles.
O anatomismosó reviveu plenamente
quando Pierre G assendi propô s uma vi A I dade d a R azão
são cética do mundo em que tudo o queIdade daRazãoé o nome da do em geral
acontecia se dava por causa do mov imentoao perí odo que começa por volta de 16 00
e dainteraçãode partí culas minut as quesequando o clima filosófico da Europa e as d
guiam sa leis naturais. Gassendi exclui u osnovas colônias naAmérica erade conf iança
seres pensant es de seusquema,e mas, emno esforço huma no. Ela deu cont inuidade
35
A MENTE SE SOBREPÕE À MATÉRIA
ALQUIMIA
por meio
elixir da transmutação,
da vida. e produzir
A famosa pedra um
filosofal era
considerada com frequência um compo-
nente essencial do elixir da vida, do pro-
cesso de transmutação, ou ambos. A al-
quimia foi praticada em várias formas no
Egito Antigo, Mesopotâmia, Grécia Antiga,
China e no Oriente Médio islâmico, bem Um alquimista trabalhando na destilação
como na Europa durante a Idade Média e em um laboratório.
a Renascença. A alquimia é a base da mo-
derna química e farmacologia, e na alqui- com chumbo, mas outros metais de base
mia chinesa a produção de remédios foi podiam ser usados. É desnecessário dizer
uma atividade importante. Tentativas de que nenhum dos métodos dos alquimistas
transmutação com frequência começaram funcionou.
36
O NASCIMENTO DA FÍSICA DO ESTADO SÓLIDO
O PODER DO NADA
ragem, como sa mudança s físicas (fusão, do grãos, e que acoesão dentrodos grã os era
congelamento,sublimaçã o) se relacio nam maior do que acoesã o entre os grãos. Ele
ao modelo das partículas? Físi
cos do sécunão notou, contudo,que os“grã os” em fer
lo XVII deduziram modelosda estru tura ad ro forjado forma m uma estrutura crist
alina.
matéria a partir daobservaçã
o dasproprie Embora na teoria os microscópio
s pudessem
dades e od comportamentode substâncias revelar tais rutu
est ras,elessó passara
m a ser
- o que sàvezes os levaram a deduções bas usados comumente naegu snda metade do
tante bizarras
. século XVII; mes mo assim, eram mais usa
Depoisde observara produçã o de ferrodos em estudos biol ógico
s. Evidenteme nte,
forj
de aferro
do, Des
de ca
a rtes m
lgum conclui
u juntav
odo se que saam
paforma
rtículas
n nã
o existe
dos táomos microscópi
ou mol o que
. mostre aforma
éculas
"[Robert Boyle]é muito alto (cerca de l,80m) e sério, muito comedido, virtuoso e frugal: um sol
teiro; mantém uma carruagem; reside temporariamente com a irmã, Lady Ranelagh. Seu maior
prazer é a química. Ele tem na casa de sua irmã um laboratório nobre e vários serviçais (apren
dizes) para cuidar do laboratório. Ele é caridoso com homens inventivos que estão necessitados
e os químicos estrangeiros têm tido uma prova de sua generosidade, pois ele não poupa custos
para guardar qualquer segredo raro. Ele arcou com os custos de tradução e impressão do Novo
Testamento em árabe, para enviá-lo aos países maometanos. Teve um renome respeitado na
Inglaterra e também no exterior; e quando os estrangeiros vêm aqui, uma das curiosidades deles
é lhe fazer uma visita."
John Aubrey, Brief Lives
37
A MENTE SE SOBREPÕE À MATÉRIA
"Existem, portanto, Agentes na Natureza capazes de fazer as Partículas dos Corpos se unirem
por Atrações muito fortes. E é Tarefa da Filosofia experimental descobri-los. Agora as menores
Partículas de Matéria podem aderir com Atrações m
ais fortes, e compor Partículas maiores de
Virtude mais fraca, e muitas delas podem aderir ecompor Partículas maiores cuj
a Virtude ainda é
mais fraca, e assim por diante para diversas Sucessões
, até a Progressão final nas maiores Partí
culas em que as Operações de que a Química e as Cores de Corpos naturais dependem, as quais
aderem a Corpos compostos de uma Magnitude sensível. Se o Corpo é compacto, e se dobra ou
cede para dentro à Pressão sem qualquer deslize de suasartes,
P é difícil e elástico, voltando para
sua Figura com Força surgindo da Atração mútua de suas Partes. Se as Partes deslizam umas
sobre as outras, o Corpo é maleável ou macio. Se elas deslizam facilmente, são de um Tamanho
adequado para serem agitadas por Calor, e o Calor for grande o suficientepara mantê-las Agita
das, o Corpo é fluido..."
Isaac Newton, notas àsegunda edição deOpticks, Londres 1718.
O físico cartes iano Jacqnes Rohault ram aalguma s sugestõ es bi zarras para os
(1618-1672) sugeriu em 1671 quemateriais forma tos das partículas.ico Nlaas Hartso eker
plástico
s (ou maleáveis)inht am partículas (1656- 1725) af irmou em 16 96 qu e o a r é
com tex turas co
mplicadas que sã o emaraforma do de bolas ocasconstruídas denéis a
nhadas, enquanto s frágeis têmparcomo ara
materiai mes, que o cloreto de mercúri o é
tículas co
m uma textura simples que tocam umabola de mercúrio presa om c pont as de
uma à outra apenas em alguns pontos. Emsal e vitriol parecidasag aulhas ou lâm inas,
1722, o pensadorrancê
f s René A ntoine Fer-e que oferro tem partí culas com dentes que
chault de Réa
umur (1683- 1757 ) determinou se trava m paratorná-lo duro qua ndo rf io. O
que, ao contrárioda crençaanterior, o ç aoferro émaleávelquando aquecido , ele alega
não é ferro purificado,mas ferro ao qu al va, pois as partículas se separam o suficien
“enxofre esais” ora
f m adicionados e ue q as te pa ra permitir que de slizem um as sobre
partí
culasdessas substâncias residem entre as outras.Pensar na s estrut uras da ma téria
as partícul
as de ferro. era um jogo, e Hartsoeker bou aca enco ra
Sem nenhum outro método além dajando seus leitores a participarem: “Não
imaginação paraonfciar, os físicos ch
ega desejo privar o leitor do prazer de
fazer, ele
mesmo, a busca seguindo os
princípios queforamestabe
lecidos acima”.
A microestrutura do aço:
cientistas do século XVII
não olharam o metal com
microscópios.
38
ÁTOMOS E ELEMENTOS
Áto m os e el ementos
Robert Bo yle es tavacerto em en
corajar os uímicosq a procurar
mais eleme ntos do que terra, água,
ar efogo,mas isso oi f tempos an
tes de seformular uma tabel a de
elementos químicos. Antoine La
voisier produziu o primeiro tra
balhomoderno sobre quími ca em
1789, e incluiu nele uma lista de
33 elemento s — substâncias que
não podia m ser dividida s. Infeliz-
mente , a lista d e Lavoisier incluía
luz e “calóri co”, que ele pe nsava
ser u m fluidoque produzia per da
ou ga nho de calor o pr meiode
movimentoveja ( apágina 99). La
voisier não considerou a sua lista
de elemento s exaustiv a, deix ando
porta b aerta pa ra mais n i vestiga
ção e descoberta s posteriores, nem
organizou sua lista deeleme ntos
na ta bela pe riódica- esse traba lho
foi deixado parao quími co russo
Dmitri Mendeleev (1834-1907),
que ocompletaria em 69 18. A ta ção dos elemento s deacordocom
bela peri ódica é relev ante para a suas prop riedade
s revelo u o sig
história dafísica , pois a org aniza- nificado do núme ro atômicoe sua
relação com avalência a- manei
"Alma do Mundo! Inspiradas por ti, ra como osleme e ntos seligam.
As dissonantes Sementes da Matéria concordaram, Como cientista mpírico,
e La
Tu fizeste a ligação dos Átomos dispersos, voisier afirmava que em seu tra
Que, pelas tuas Leis da verdadeira proporção uniram-se, balho ele “tento u... chegar à ver
Compuseram de várias Partes uma perfeita Harmonia."
Nicholas Brady, "Ode para Santa Cecilia, c. 1691. dade, li
ga ndo os fatos; supri
mir
o máximo possív el o u so do ra-
39
■
40
ÁTOMOS E ELEMENTOS
41
"jjjjjj
alguns
diatô elementos
micas (ou existem
seja, em como
pares, comomol
écula
02s). que e
lesase
se algum moviam
coisa invisívconst
el antemeessente
estiv como
batendo
Esses err os básicos ora f m corrigid os em neles. lEe descobriu que o mesmo mov i
1811, qua ndo o químicoitaliano Amedeo mento ocorria qua ndo usavarãgos de pó
Avogadro (1776-1856) percebeu que um vo len quehaviam sidoguardado s durant e 100
lume ixof de qualq uer gá s à mesmatempeanos, demonst rando que o movimentonão
ratura e pres são contém o mes mo número era iniciado pelos grã os vivos. Bro wn não
de moléculasrelacio
( nada s à Constante de conseg uiu expl icar o qu e viu, por issoo que
Avogadro, 6,0221415 X 1023 mol-1). Dis agora é chamado movimento browniano
so, Avogadro calculou que como dois litros
atraiu pouca atençã o durante muito tem
de hidrogênioreagem com m u litro de oxi po. Em 1877, J. Desaulx retomo u o tema
gênio, os ga ses se combi nam na razão 2:1.sugerindo : “Em minha forma depensa r, o
Avogadro - nome completo Lorenzo Ro fenôme no é um resultadode movimento
mano Amede o Cario Bernade tte Avogadro molecular tér mico noambiente quido lí (das
di Quaregna e Cerr eto - agora éconside partículas)” . O físico ra f ncês Louis Georg es
rado o criado r dateori a atômico-molecula r. Gouy (1854- 1926 ) descobri u em 18 89 que
quanto meno r a partí cula, ma is pro nuncia
Á tomos - ve r dadei r o o u falso ? do o movi me nto, o que stava
e claramen
Embora o traba lho de Dalton pare ça ser te deacordo com a hipótese deDesaulx.
convincente vistoretr ospectivamente, os O geofísico austría co Feli x Maria Exner
cientistas da poca
é não aca taramsua expli (1876- 1930) mediu o mov imento em1900,
cação e os fí sicos e prma necer am divididos relacio n ando -o ao ta
m anho eà tempera tu
entre aque a avam aprovável exisra da partíc
les que ceit ula. Isso preparouerre t no para
tência de átomos e queles
a que onãacei
taAlbert Einstein criar um modelo matemá
vam. Felizmente, havia boas razões práticas tico para explicar o movimento browniano
parase con tinuar exam inandoos gases. O em 19 05. Einstein estava rto ce de que as
42
ÁTOMOS E ELEMENTOS
Isto atomistas
os significavapodiam
que
OS ÁTOMOS SÃO DIVISÍVEIS?
Se tomarmos avisão de Demócri- pensar neles como
to de queos átomos sã o os meno reais e os antiatomistas
res componentes indivisíveis da podiam pensar neles
matéri
a, então os átomos não o sã como uma analogia ou
- fala
ndo estritam
ente - átomos . imagem. Nenhum dos
Mesmo qua ndo Einstein ePerrin lados ficou satisfeito.
estava
m provando a exis tência dos Boltzmann decidiu tor
átomos, evi
dências por pa rtículas nar-se um filósofo para
descobrir uma maneira
menores - subatômica s - esta
de refutar os argumen
vam
a des começando
cobertadoaelétro
aparecer.
n peloCom ísi
f tos contra o atomismo. Em uma conferência de
Física em St. Louis, EUA, em 1904, Boltzmann des
co inglê s JosephJohn Thomps on
cobriu que a maioria dos físicos era contrária à teo
(J.J.) em 8 197, a indivisibilidade
ria dos átomos, e ele não foi nem mesmo convida
do átomoesta va pa
ra ser questi o do para participar da seção de Física. Em 1905, ele
nada . O átomo gozaria de seu tí começou a se corresponder com o filósofo alemão
tulode “aúltima partí cula” ap enas Franz Brentano (1838-1917), esperando demons
por alguns nos a mais. Mas antes trar que a filosofia deveria ser separada da ciência
de pe netra
rmos noátomo, exami (uma visão ecoada pelo cosmologista inglês Ste-
narem os alguns fenô menos que phen Hawking em 2010), mas ficou desencorajado.
não costuma m ser co nsidera dos A desilusão com a maioria dos físicos que rejeita
como sendo forma dos por qual ram o atomismo acabou contribuindo para o suicí
quer oisac matérica: uz,
l força s, dio de Boltzmann, que se enforcou em 1906.
campos e energia.
43
CAPÍTULO 2
Fazendo a luz
trabalhar
- ÓPTICA
\ ^1
Uma o lhada na l uz
Ideias obre
s anatureza da luz foramregis
trada
s pela primeira vez naíndia, nos sécu
los V e VI. A escola deSamkhyaconsider ou
a luz como um dosinco c eleme ntos “sut
is”
fundamenta is dos quais os lementos
e bru
“
tos” sã
o formados. A escola de Vaishe shika,
que adotou umavisão atomist a do mu ndo,
suste
ntava que luz
a eraformadapor um e f i
xe de átomosde fogo emmovimento - um
conceito não muito diferente do atual con
ceito de fóton. No primeiro texto indiano
do século I a.C.,
Vish
nn Purana re
feria-
se à
luz do solcomo os “sete raios do sol”.
Os antigos não co nseguiam sepa rar a
luz davisão. No século VI a.C., o filósofo
grego Pitágoras suge riu que os feixesviaja
vam a partir do olho como sensores, e que
vemos um objeto quando os feixes o tocam,
um modelo chamado teoria da missãe o (ou
extramissã
o). Platãotambé m acreditava que
os raios emiti dos pelos lho
o s tornassema
visão possível, e Empédocles, escrevendo Página de título deDe rerum natura (Sobre a
natureza das coisas) de Lucrécio.
no século Va.C., falava ed um fogo qu e bri
lhavafora do olho . Essavisão do olhocomo
um tipo de tocha o nã conseg
uia e xplicar
por quenão enx ergamos tão bem no escu tico, Euclides come çou o studo
e deóptica
ro quanto
sugeriu luz
queàssedo dia; po
es feixes rdo
issoolE
ho mpé doclestemá
deveriam geométrica
ticos da esc
re
pevendo
rspec sobre
tiva. cálculo
s mao
Ele relacio
nava
interagir com umaluz de outrante, fo como tamanho de um objeto à distância do ho,ol
o Solou uma lâmpada . e enuncio u a lei da reflexão:que o âng ulo
O primeiro trabalho preservado de incidência éigual ao âng
sobre ulo de reflexão de
óptica édo pensadorreg go Euclides (33 0- tal modoquea imagem ref letida parecese
270 a.C. ), que tam bém a ceitava o modelo tar tarás dospelho
e quando o objeto estána
da emissão.Mais conhecidocomo matemá - frente dele.
Cerca de 30 0 anos maisarde,t
outro matemá tico grego inova
"A luz e o calor do sol; estes são compostos de peque-
dor, H eronde Alexandria (c. 10-70
nos átomos os quais, ao serem empurrados, não per-
d.C.), mostrouque a luz sempre
dem tempo para disparar direto pelo interespaço de ar seg ue a trajetória mais curta pos
na direção imprimida pelo empurrão."
Lucrécio, Sob rea nat ure za do Unive , AD 55.
rso
sível con tanto questejae viajando
pelo mesmo meio . Se a luz é tan-
46
UMA OLHADA NA LUZ
B r incando com a l u z
47
FAZENDO A LUZ TRABA LHAR - ÓPTICA
tomou o trabalho
árabe sobre do primeiro
óptica, la-Kindi (c. 80 cientista
0-870), acadêmico
Moura (s que trpelos
dominada abalhav
am sna
árabe), eEspanha
logose
que propô s “que tudoo nmundo. .. emite espalharam pela E
u ropa.
raios em todass adireções,que preenchem O trabalho sobre ópti
o mundo todo”. Al-Haytam fairmou ue q os ca foi toma do como
raios que transmitem e luz
cor vinham o d base pelos pri mei
mundo ext erno para o olho. Ele desc reveuros cientistas eu
a estrutura doho ol e como sa lentesun f ropeus,entre les e
cionam, fez espelhos para bólicos e atribui u os ingleses Ri
valores para a refração da luz. Al-EIaytham chard Grossetes te
també m afirmou que avelocidade daluz (c. 1175-1253) e
deve serfinita, ma s foi outro ci entista ráabe,mais tarde pelo
Abu Rayjhan al-Biruni (973-1048), que des
cobriu que velo
a cidade d a luz é consi dera
Ibn al-Haytham
velmente maior do que a do som.
UMA OLHADA NA LUZ
1214-1294).
em uma p éoca rossetes
Gemquete trabalhoun
aforte co
fiança m e Platão estava dendoce
diante do essurg
r imentodos tra
balhos de Aristó teles apartir da
tradi
ção árabe . Ele se ba seou em
Averroes e Avicenna para construir
seu própriotraba lho sobre luz.
Como bispo,Grosse teste tomou
como po nto de partida luza criada
por Deus em Gênesis 1:3 : “Deixai
haver aluz”.
Nascido em Basra, então parte do Império de dez anos em que esteve preso no Cairo,
Persa, al-Haytham (ou Alhazen) estudou sendo rotulado como louco. Aparentemen
teologia e tentou resolver diferenças entre te ele fingiu insanidade depois de ter ale
as seitas Sunnah e shi'ah do Islã. Ao fracassar gado ser capaz de impedir a inundação do
em seu intento, ele se dedicou à matemática Nilo, um projeto de engenharia ambicioso
e à óptica. A maior par demais que lhe trouxe problemas. A fim de
te de seu trabalho testar sua hipótese de que a luz não muda
sobre óptica foi de direção no ar, al-Haytham fez a primeira
realizada no câmera escura conhecida - uma caixa com
período um orifício em uma extremidade deixava a
luz entrar e formava uma imagem na super
fície oposta, podendo ser traçada no
papel. Ele acreditava firmemente
na realização de experimentos
para testar suas teorias. Por ser
um físico experimental rigoroso, às
vezes é creditada a ele a invenção do mé
todo científico.
49
FAZENDO A LUZ TRABALHA R - ÓPTICA
rt «... ttd #i -
cou que não podiam ser ensinados. Mas por volta
*0
»•*« ***»,»» fX. •
«* w*i.W
de 1230 todos os trabalhos de Aristóteles estavam »
***•■»*►-«*»•= . m
risienses.
Cópia de manuscrito medieval de Física de Aristóteles traduzido para o latim.
50
SAINDO DO ESCURO
dominou
quase2.000o napensamento científico
os e estabeleceu durante
asleis da Leonardo
1609. Donato, doge de Veneza em
mecânica e da óptica que permaneceriam Galileu tinha uma lente côncava e uma
inalteradas por mais quatro ou cinco sécu convexa, e produzia uma imagem vira
los. Destes, Kepler eNewton foram os mais da para cima. O senado foi convencido
importantes para a Óptica. a deferir a decisão sobre a compra do
Kepler, ummatemáticoe astrôno mo telescópio holandês. Galileu então pro
alemão, acreditava que Deus construi u o duziu um ainda melhor que apresentou
ao doge de Veneza, assegurando a vitó
ria e a gestão em seu posto como do
cente na Universidade de Pádua.
51
FAZENDO A LUZ TRABA LHAR - ÓPTICA
em astrono
de traçar m ia, Kepler
ios
ra intro
oduzi
de luzpont au a técnica
ponto a fimde
cópiseu func
os iona
come me
çaramnto -, e ma
a ser qua
isndo os teles
usados, por
de determinar expl eicar ua ria.Dis volta de 1608, ele também explicou como
s trajetó
so, ele deduziu que o olho huma no funciofuncionavam. Keplerpubli cou seu tra
balho
sobre óptica em 160 3, quase40 anos antes paraampliar textos desdeo século XI. Len
de Isaac New ton nascer. Embora o pri mei tes devidro polido eram usadas em óculos
ro telescópio astronômicooss fe feito por desde 12 80, embora no início ninguém
Leonard Digges na Inglaterra no início dos soubes
se como ou po r que funcionavam. O
anos1550 (veja apágin a 169
), eles são maisdesenvolvimento do microscópioe do teles
associ ados o
astrônomo aalileu
Gtrabalho
alilde
G outro
ei (veja o box ho
mem
ad ,pá
o cópio
a nece dura
nte os
ssidade sécu
de loscom
lentesXVI ma
e ior
XVII gerou
precisão.
gina 83). A medida que as técnicas de polimento fo
ram aper feiçoada s ao longo dos culo sé s, e
P o r meio d e u m vi dr o translúcido lentes me lhores lev aram a mais descob ertas
As lentes mudam a trajetória da luz; elas que n
e tão pr
ovocaram a dem anda por lent es
são as ferra mentas ópt icas básica s. Foram ainda melhores. A lguns os d maiores cient is
desenvolvidas muito antes de qua lquerum tas do Renasc imento e do I
l umini smo, entre
ser a c paz de explicá-las.O exemplomais aneles Galileu, o pio neiro belga do microscó
tigo quefoi preser vado é o as d lentes Nu- pio Anto nie van Leeu we nho ek (1632 -17 23 ),
mrad,feita s naAssíriaAntiga há 3.00 0 anose o físico eastrôno mo hol andês Chri stiaan
Huyge ns (1629-1695) fizeram suas próp rias
usa ndo -se cristal de
ocha.
r L
e ntes pare
cidas
foram usadas na Babilônia, no Egito Anti lentes.
go e na GréciaAntiga, talvez ar pa aumenta r
objetos ou como lentes ra pafazer fogo,fo P r essão n o éter
cando raio s daluz do sol.Embora os gregosO traba lho de René D escartes sobre óp
e romanos enchesse m vasos de vidro esféritica de scre via o funcio namento do olho e
cos de gua á parafazer lent es, entes
l de vidrosuge ria a primo ramentos ao telescópi o. Ele
feitas comormato f exigido só pa am a usou analo
ssar gias m ecânicas paraderivar mui
ser e f ita
s na dI ade Média. tas propriedade s da luz matema ticame nte,
O primei ro uso de um a lente paraorcinclusive as leis dareflexão erefraçã o. No
rigir a visão pode ter sido registrado enta pelo nto, ele fo i basta nte criticado por sua
autor oma r no Plínio, o Velho (23-27d.C.), recusame aceit ar aexistência de um uo. vác
querelato u queNero via osjogosde gladiaParateóri cos com o Gassendi, que vislum
dores on Coliseu por me io de umaesmer albrou um vá cuo co m átomos em movimento ,
da. Pedra s paraler - peda ços co nvexos dea luz podia ser xpl e icadacomo um feix e de
vidro ou de cristal de rocha - eram usadas partículas em rápido movimentoquese cho
cavam no espa ço. Sem o vác uo, Desca rtes
precisa va deum mecanismo diferente. Ele
acreditava ue q algumtipo de “fl uido nters
i
ticial” fino - outraversão do éter - preen
chesse do tos os espaços, e queera apressão
exercida por esse fluidoque produzia a vi
são. Logo, se a luz do sol penetra va no luxof
As lentes Nimrud,
descobertas no interst
icial, essa pressão seria tra
nsmitida
Curdistão (norte
instantaneamente pa ra o olho,podendo este
do Iraque. perceberssa e luz.Elavia poucofundamento
53
FAZENDO A LUZ TRABAL HAR - ÓPTICA
durant
e ma is de
"[Descartes] era um homem sábio demais para se incomodar com uma
400 naos. Seu tra
esposa; mas como era homem, tinha os desejos e apetites de umho
balho sobre forças
mem; portanto, ele mantinha uma boa e bela mulher, obediente, de
e gravi
dade vej
( a a
quem gostava, e com a qual teve alguns filhos (acho que dois ou três).
página 84) talv ez
É pena, mas vindos do cérebro de um pai como ele, eles deveriam ser
bem estimulados. Ele era tão culto que todos os homens cultos o seja
que m
visitavam, e muitos deles desejavam que ele lhes mostrasse sua loja de
oaistrabalho
a
fmoso doso
54
SAINDO DO ESCURO
55
FAZENDO A LUZ TRABA LHAR - ÓPTICA
"Peguei uma agulha-passadora e coloquei-a entre meu olho e [o] osso o mais perto [do fundo]
do olho que pude: e pressionando meu olho [com a] ponta (de modo a fazer a curvatura abcdef
em meu olho) apareceram vários círculos escuros ecoloridos r, s, t, e c. Os círculos ficavam mais
achatados quando eu continuava a esfregar com a agulha pontiaguda, mas se eu mantinha meu
olho parado com a agulha, embora continuasse a pressionar meu olho [com] ela, no entanto [os]
círculos apagavam e muitas vezes desapareciam até que eu [os] removesse movendo o olho ou
[a] agulha.
Se [o] experimento fosse fei
to em um quarto iluminado para[que] meus olhos fechassem, uma
luz entrava pelas pálpebras. Aparecia um grande círculo e
scuro azulado maior (como ts), e [dentro]
daquele outro ponto de luz srs, cuja cor era muito parecida [àquela]no resto do olho como emk.
Dentro do ponto aparecia ainda outro ponto azul r especialmente se eu pressionasse meu olho for
temente e [com] uma pequena agulha pontuda e no extremo em VT aparecia à margem da luz."
Caderno de Newton, CUL MS Add. 3995.
56
SAINDO DO ESCURO
Pepys lembr
amadrug
em seu
adadiário
lendo,que lee “foi
ficava
o ReInfle
flexions, Refratfions
até duas da
livro mais inv
vida”.
e que
entivo que eu já li em minha
LIGHT.
xions and Colours
,
Página de
O n d a o u partícula ? ‘The
F ourth Edition , co
rrtt
feJ. rosto do
uma coisa éreconhecer que a luz branca é ISA A C N£ W?0N,
By Sir Knt.
tratado de
óptica de
um composto de luz co
lorida, ma
s isso en Newton,
L O N D ON t
tão lev
anta aquestão do que éa luz colori Primed for IW at the Weft-
i l liam nn v s publicada
End ofS Pauls. M l. dccxxx
da. Opiniões div
ergentes sobre aseluz seria em 1704.
formada departículasu oseseria algum tipo
de onda
critos são encon
indianos tradas nos
sobre pri
meiro
ciência. s esEuropa,
Na po. Em outro s luga muito tem-
res daEuropa, contu
Empédocles sug eriu ra
ios e Lucréciofalou do, a arrogânci a deNewton e suanaturez a
de pa rtículas,e o debate continuou através questio nadora o tornara m impopular, e isso,
de séculos; H ooke, seguindo Descartes, no mín imo, afetou aaceitação de seu mo
adotou a visão de qu e a luz é uma forma delo corpuscular. New ton rejeit ava a teoria
de onda. E stefoi ainda outronto po de disda onda po r acreditar qu e uma onda n lo
córdia com Newton, que e screveuobres osgitudinal (v ibrando na direção da propaga
“corpúsculos” (i.e. partículas) de ção) não po dia responderpelapolariz ação.
luz, umaideia propostapela //í V, Ninguém considerou possibil a idade ed
primeira vez por Gassendi e —sj} ondas transversa is (que vibravam na dire
lida porNewton nosanos 1660. /'
Newton não teve rgande res ção um
de da pro pagtravessado
éter aç
aão).Newto npela
aceitou
uma ideia
luz, me io
paldo nanglaterra
I dura
nte através do qual aluz pass a, embora issonão
fosse stri
e tamente nece ssário parasua teo
ria corpuscula r, pois as partículas po diam
passar igualment e bempor um vácuo.Ele
também credit
a ava qu e os corpúsculo s de
luz oscilavam ntree duas fases conhecidas
como “reflexo fácil” e “transmissão fácil”. A
periodicidade éum aspec to básico da teoria
das ondas, nissoe ele antecip ou a mecâni
ca quânti ca (veja apágina126). Embora o
nome de Newton seja associad o à teoria
corpuscula r, seus próprio s escritosncoi rpo
ram aspectos de am bas sa ideias.
57
r 1 FAZENDO A LUZ TRABALHAR - ÓPTICA
Fr ent es de ond a e qu an ta
Na Europa, Chri stian Huygens de senvol
Representação de uma pulga ampliada da
Micrographia de Hooke.
veu a teoria da frente de onda. Sua teoria
da luz foi complet adaem 167 8, mas ele não
a publicou até 1690 e se baseou em ssua
"[Hooke] é de estatura média, um pouco próprias de scobertas experimentais. Como
curvado, face pálida, e seu rosto um pou- Descartes,quevisitava regul arment e a casa
co voltado para baixo, mas a cabeça é gran- de Huygens qua ndo menino , ele conside
de; olhos grandes e vivos, e não são rápidos; rava a luz como uma onda paga proda pelo
olhos cinza. Ele tem cabelos castanhos finos,
éter. Ele prev iu que aluz atravessava um
lindamente encaracolados. £ e sempre foi
meio denso m ais lentamente que um meio
muito comedido, moderado na dieta etc.
menos de nso. Isso foi sign
ificativo, pois - ao
Por ser uma cabeça prodigiosa, inventi-
contrário de Descartes - ele setavadizendo
va, é uma pessoa de grande virtude e bonda-
que avelocidade da luz é finita.
de. Agora quando eu disse que sua facul-
A teoria das frentes de onda de Huy
dade inventiva é tão grande, você não pode
gens expl ica comoas ondas evo luem e se
imaginar que sua memória seja excelente,
pois são como dois baldes, quando um sobe,
compo rtam qua ndo encont ram obstáculos
o outro desce. Ele certamente é o maior es-
- sendo re fletida, refrata
da ou difratada . Ele
pecialista em mecânica do mundo nos dias sugeriu que cada posição em uma ond a se
de hoje. Sua cabeça pende muito mais para tornao centro dema u ondícula viajando
em
a geometria que para a aritmética. Ele é sol- todas as direções.
No caso da luz, que écon
teiro e, acredito, nunca se casará. Seu irmão siderada um fenôme no pulse, nda
o s repet i
mais velho deixou uma filha legítima, que é das eram emitidas eseguiam parara, fo com
sua herdeira. In fine (o que coroa tudo), ele a velocidade daluz.A onda deluz é propa
é uma pessoa de grande suavidade e bon- gada pelo espaço tridimensional na forma
dade. de uma onda érica.
esf
Foi o Sr. Robert Hooke que inventou os Na borda de uma região atingida pelos
relógios de pêndulo, muito mais úteis do que raios de luz,as ondículas interf
eremumas
os outros relógios. nas outras e podem es cancelar mutuamen
Ele inventou um mecanismo para o tra- te. Se colidem em um objeto opaco, partes
balho veloz da divisão etc., ou a descoberta
acelerada e imediata do divisor." da ondí
tem, cduzindo
ula sã
pro o co
a rtada
s e algum
complexa e as persis
strutura f
ina
John Aubrey, Vidas Breves. de li
nhas nas bordas da
s sombras im e agens
queformam padrões de dif ração. A opinião
58
FRENTES DE ONDA E QUANTA
59
FAZENDO A LUZ TRABAL HAR - ÓPTICA
60
UMA NOVA AURORA - A RADIAÇÃO ELETR OMAGNÉTICA
ver
tos afeitos
soma dos
comresultados dos isolados,
orifícios experimen comosa
dais
dede
es energi
daluz. a que
Os difese movem
rentes scom
tipo dera adiação
veloci
pera do, ele notou um padrã o complexode eletromag nética -queincluem luz a e onda s
difração, causado pela int erferência entre de rádio - são caracter izados por diferente s
a luz dosdois orifí cios.Quanto ma is orifí compr imentos de ond a. De fato, o físico ni
cios ele crescentava,
a isma
compl exo era glêso Mich ael Farada y (1791 -1867) á j tinha
padrã o de interferência.ssIo demonstra va demonstra do a ligação entre eletro magne-
que aluz é, de fato , uma ond a, com baixas etismo e luz em 184 5, quando mo strou queo
picos de ondas se anulandoou sereforçanplanode polariz ação deum feixe de luz so
do pa ra produzir pa drões deinterferência.fre rotação por um ca mpo ma gnético (veja o
Young também propôs que cores diferentes box, p ágina 115).
de luz são o resultado de comprimento s de Maxwel l ainda supunha a existênci a de
ondas di ferentes, um pequ eno passo paraum éter lumino so peloqual todas as for
percepção queriavia acontecer ma is tarmas de ra diação eletromagnéti ca devem se
de, no século XIX, de qu e a luz quevemosmover. Oéter ra e diferente ed qualquer
61
M
1 FAZENDO A LUZ T RABA LHAR - ÓPTICA
das de
ria deMaxwel
energia que
viajavam
l aprese por ele.
ntava probl emasAque
teo
só foram resolvidos qua ndo Ma x Planck
mostrou que a energiavedeser emiti da em
quanti dadesminúscul as, m as finitas, gaora
chamadas quanta. (C aso contrário , por ra
zões complexas, toda aenergia no universo
seria transf ormada m e ondas ed alta fre
quência.)
Albert Einstein demonstrou em 1905,
em seu trabalho sobre efeito fotoelétri-
co (veja o box na página 63 ), que a própria
luz se compo rta como se ss fo
e formada porJames Clerk Maxwell
quanta, ou minúsculo s “paco tes” deener
gia, agora cha mados ó f tons. Ele us ou o qu e
atua lmente nos re ferimo s como constante comport a como uma onda sevez à es como
de Planck para relacio nar a energ ia de um uma partícula.E útilter ce
rta previsibilida
fóton à suafrequê ncia. de quando aconteceráum ou u o trocaso, e a
A luz é agora considerada como tendo a mecâ nica quântica pode prever exatam ente
duali dade dapartícula de onda:às vezes se isso(vejaa página 127).
O f i m d e u m éter : o
EXPE RIMEN TO D E MlCH ELSO N-
M orley
Nosso entendimento normal
de umaonda é que lae precis a
atravessa
r um meio, como ar ou
água. Da mesm a forma, supô
s-
-se queas ondas de luz dev
em
atra
vessar o éter luminoso de
modo similar.
62
UMA NOVA AURORA - A RA DIAÇÃO ELETROM AGNÉTICA
O EFEITO FOTOELÉTRICO
nos pacotes de energia de luz - os fótons. intensidade da luz vermelha não ajuda, pois
A quantidade de energia que um fóton re os fótons individuais de luz vermelha não es
presenta depende do comprimento de onda tão preparados para o trabalho.
da luz. Enquanto os fótons de luz azul têm
64
UMA NOVA AURORA - A RADIAÇÃO ELETROMAGNÉTICA
movendo-
varia maisse em para
tempo paralelo ao ao
voltar fluxo o
d éter
detector dole
queum feixe mov endo- se perpendi cular oa
éter. Se um feixe se de slocasse mais lenta
mente que o outro , isso dev eria parecer
a sna
interferências produzidas ando qu os feixes
se recombinasse m. Todo o apa rato foi cons
truídosobreum bloco demármore,lut f uan
do emuma banhei ra demercúrioinstalada
no porão de um edifício paraeliminar o
máximo possí vel qualquervibração que
pud
pameesse
ntointerfma
era erir nosque
is do es
rultad
seovs.elOpara
nsí equi
de
O interferômetro de Michelson (veja a página
tectar o feeito que se
ria esperado se a Terra
66) pode ser usado para produzir a interferência estivesse realmente sujeitao avento riundo
o
colorida da luz branca. do éte r. Sem obter esultados
r siti
povos es-
65
FAZENDO A LUZ TRABALH AR - ÓPTICA
tatisticame
nte re
levantes, Michelso
n e Mor-
ley tiveram de relat
ar o raf casso de eu
s ex
perimento . Outros sepusera m a refinar o
aparato, mas mesm o assim nã o encontra
ram evidência deter.é C laramente, o expe
rimentode Michelson e Morley nã o tinha
fracassado. Tinha mostrado queãonexiste
éter luminoso . Infelizmente, a conclu são
de Michelson não foi queo éter ão n existia,
mas queo modelo de um éter stacio e nário
que conf ere o arra
sto da luz (a hipótese o dJúpiter e sua lua lo. Eclipses de Júpiter por suas
arrasto do éter) propostopor Augustin-Jean luas convenceram Huygens de que a luz viaja a
Fresnelerao que es
tava correto
. uma velocidade finita.
66
COM A VELOCIDADE DA LUZ
c
A velocidade da luz é represen-
tada pela letra "c" (como em
E=mc2), que significa o termo
em latim, ou seja, rapi-
celeritas
dez ou velocidade.
67
FAZENDO A LUZ TRABAL HAR - ÓPTICA
68
COM A VELOCIDADE DA LUZ
tenas
medir adevezes
velo
cidadepo
r segundo,
da ele oi
f capa
luz a cerca de z1,6de
mk
por se gundo. Léon F oulcault (1819-1868),
cuja fam a oscilou muito, usou um princípi o
parecido. Ele proj etou um feixe de luz em
um espelho girandoe inclinando,então re
batendo para musegundo espe lho colocado
a 35 km de distânci a. Quando o âng ulo do
espelhoque setava irandg o muda va, ele era
capaz de calcul ar o âng ulo em quea luz que
retornava rae refletida novamentee, por
tanto, determi nar a distância qu e o espe
lho itnha se movido e q uanto tempo nhati
se passado. Em 186 4, Fizeau sugeriu que
o “comprimentode uma onda deluz o f sse
69
FAZENDO A LUZ TRABAL HAR - ÓPTICA
O bjetivo e ve r dadei r o
Anaxágoras já estava certo,
no sécu lo V a.C., de que a
luz viaja apenas e m linhas
retas,e essa crença man
se - J & tljC sík M ) £ ls& - r
teve até o século XX, quan
do Einsteindisse qu e a luz
podia
trajetó sercurva
ria incl
inadala
peem uma
gra
vi
dade. Co ntudo, estavaclaro para os antigos blicou. Descartespubli cou umaprova da lei
que a luz pode muda r de direção -quandoem 1637. A Lei de n Sell funcio
na porque ,
elaé refletida, por exemplo,ou qua ndo é e-
r como omatemá tico francês Pierre de Fermat
fratada, à medid a quese move deum meio(1601 -65) mostrou, a luzma to a trajetó
ria
para outro. Ptolomeu fez umrela to aproxi mais rápida por meio de qualquer substân
cia.
mado da refraçã o, e estafoi descrita em984 Pela prime iravez no início do sé
culo XX
pelo ísico
f persa Ibn Sahl (c.940-1000). confirmou- se qu e a luz segu e uma trajetó
Entretanto, a lei matemá tica que expli ria cur
va; essa confirmaçã o fez parte de uma
ca e predi z o ângulode refraçã o é conhedemonst ração dateoria darelatividade de
cida como ei L de Snell, em homena gem ao Einstein.
astrônomo hol andês Willebrord Snellius O astrônomo Arthur Eddington con
(1580-1626). Embora Snellius redesco- duziu umaexpediçãongl iesapara aIlha de
brisse essa relação em 1621,e el não apuPrínci pe, na costafricanaa , para aprov eitar
COM A VELOCIDADE DA LUZ
71
CAPÍTULO 3
Massa em
movimento
- MEC ÂN ICA
74
MECÂNICA EM AÇÃO
ciment
o da popul ação na Mesop otâmia,as des pesos usando-
se pouca fo
rça. A respo
s
pessoas empregaram pe la primeira vez ata delefoi: “Impulsio
nadapelamesma for
dinâmica osd fluidos, des envolvendo, noça, a parte doraio de um círculo que es
tá
6omilênio a.C., sistemas de irrigação paramais distante do centro move-
se mais rap
i
aguarua
ss terras cultivadas damente que o raio
menor questáe próxi
mo
Além
corrente de ser usada
pode ter nas plantações,
outros os.usPodea água
ter sua do Aristóteles
centro”. reconheceu isso logo após a
própria força ea pressão por ela exercida invenção de uma forma de balança que tinha
pode serusada para a execuçãode tr ababraç os de comprimentos desigua is. Em uma
lhos produ tivos. O primeiro uso conhe balança com bra ços guais,
i os pesos emum
cido da água pa ra fornecerforça m otiva ladodevemserequil ibrados por pes os iguais
foi na Chi na Anti ga quando ZhangHeng do outro. Masem umabalançaom c braços
(78-139 d. C.) usou a energ ia da água pa radesiguais, os pesos também podemser equi
mover umaesferaarmil ar (um lobo
g usado libra
dos movendo- se o fulcro (o ponto
onde
em astronomia para determi nar sa posi çõesa barra transversalapoia) se e ovendo-
m se
as).Du Shi, em 31 d.C., usou umaum peso ao lo
das estrel ngo deseu braç o. Portanto,
roda d’ág
ua paratransmi tir energiaosa foles nicas
o pensam
sóento
co
meçoteó
uric
aooco
sobre
rrer sade
força
pois sque
mecâ
um
de um fornode alta temperatura pro quedu
zia ferro fundido. aparelho foi concebido para olocar
c essa
s
forças me uso. A exist ência dabalança de
A MECÂNICA DOS GREGOS ANTIGOS braços desiguais deu a Aristó
teles aoportu
Embora sa primeiras civi f sem nidade de obser
lizações izes vação e investi
gação.
uso prático damecânica, não temos regis
tros deum pens amentosistemático ou ana
lítico sobreforças. A primei
ra evidência de
pensam ento abstratosobre como e por que
O Grande Zigurate de Ur (atualmente no
as forças ge
am sobre objetos vem darécia
G Iraque) foi construído por volta de 4.000 anos
Antiga. Em Mecânica, Aristót eles investigou
atrás e representa uma obra respeitável de
como sa alavanca
s possi bilitam mover granengenharia.
75
^ 1
I 1. MASSA EM MOVIMEN TO - MECÂNICA
76
O PROBLEMA DA DINÂMICA
cia
atualde m
ment ue é
corpo
cha
madaco
ntinuar m
momentum. e m ovimento
Ess a pro
posição de Aristóteles xpl
e ica o qu e aconte
ce se empurramosu opuxa mos algo , mas fa vez de atirado. O
lha claramente qua ndo apl icada aprojéteis. modelode Hiparco
Se atiramos algo,dispara mos umalecha f de també m explicou o
um arco ou umabala deuma arma , o obje co mport amento de
to continua es movendo depoi s que acoisa um corpo erruba
d
ou pess oa que eu d o impul so deixo u de ter do ou em queda . O obje to co
m eça em um
contato com o projétil. Aristóteles resolveu estado de equil íbrio entre aatraçã o da gra
o probl ema tra nsferindo o sta tus do “imp ul vidade para baixo e o ímpeto que a mão faz
para ima c . O empuxo paracima é renova
sor” para o meio por meio do qual o proj
éti l
viaja, de modo que o ar continua a exercer do no momento em queo objeto élibera do,
forçasobrea flecha , impul sionando- a para mas depois deca i continuame nte, de modo
seu lavo. Essa força seriaxerci e da sobre o que ar o objeto aceleramedireçãooasolo. O
quando a flecha éliberada do arc o. modelo também re sponde pela velo cidade
O matemá tico greg o Hiparco (c.190- final,umavez que ataxa daquedase to rna
c. 120 a.C.) rejeitou iss o, alega ndo que a cont í nua q
ua ndo todo o ímpeto do corpose
forçatinha isdo transf eridaparao próprioesgotou.
projétil. Logo, umaflechadispara da direto O filósofo João Filo pono (49 0-570 d.C.),
para cima te m mais potênci a - ou ímpetoàs vezesconhecido comoJoão, o Gramá ti
- para transport á-la para longe d a terra qu e co, ou João da Alexa n dria , tinha uma oria
te
a gravidade tem ra pa puxá- la devolta paraapare cida para expli car o impulso. Ele suge
terra.Porém sesaenergia cai de nat uralm en riu queum projétil tem um a forçaconferida
te como tem po. Tal diminui ção é atribuí daa ele pe lo “impulsor”, m as esta é autolimi-
à própria flecha , e não se de ve àresist ência tadae, depois de e s esgotar, o projétil volta
do ar, à g ravidade ou a qualqu er out ra inao padrão do movimento no rmal. No século
fluência. oNmome nto em que o ímpetoé XI, Avice nna (c. 9 80-10 37 ) descobriu um a
igual à tração
a dagravidade, a echafl ficafalha no mode lo de Filopono, dizendo que
moment aneamente rada pa. um projétil recebe uma inclinaçã o, e não
Entãoela começa a cair e a velocidade de uma força, e questa e não deca i natural
sua queda aumenta à me dida que seu pe ím me nte. No vácu o , por exemplo, o projétil se
to originaltendea zero. Quando o ímpeto moveriaparasempre, seg uindo a inclinação
diminui, sua resistênci a à gravidade que in con ferida a
ele. No ar, a suaresist ência aca
cide sobre o jeto ob é menor. Quando não há ba supera ndo a inclinaçã o. Ele acre ditava,
ímpetoresidual,a flecha cai na me smavelo também, que um proj étil fosse empurra do
cidade u qe um obj eto quefoi derrubado em pelo mo vimentodo ar que ele des loca.
77
MASSA EM MOVIMENTO - MECÂNICA
MECÂNICA ESTÁTICA
Enquanto os gregos antigos se preocupavam fazer um edifício ou uma ponte cair. Uma
com a dinâmica (a mecânica do movimento), ponte em arco, por exemplo, é sustentada
os romanos dominavam a mecânica estática. simplesmente porque a pressão exercida
A mecânica estática explica como as forças pelas pedras que compõem o arco está em
em equilíbrio mantêm uma massa em repou perfeito equilíbrio. Os desafios da arquite
so. Este é um princípio fundamental na arqui tura medieval e renascentista para cons
tetura, onde forças em desequilíbrio podem truir grandes tetos, arcos e domo abobada
do, foram problemas na mecânica
estática que chegaram a soluções
refinadas.
definir
trabalhofoérça como
feito “a rproporçã
paramuda o em qu
a condição e éonew
cin toniana
O aparti
filósofo r ês
franc dadin
do âmica
século aristo
XIVtéli ca.
Jean
tica de um corpomateri al”, e afirmar “qu e Buridan (c.1300-1358)relato u o ímpeto
o efeito e a medida da fo rçasão a mudança dado pe lo impul sor navelocidade do corpo
na condição ci nética deumamassaresis tenem movimento . Ele pe nsava queo ímpeto
te ma terialment e”. Ele introduziu a ideiae d pudesse ser em linha ret a ou emcírculo ,
que corpo s não moventes têmresist ênciaeste último explicando osovimento m s dos
para omeça
c r a se mover -conhecida hoj e planetas.Seu relatoé parecido ao moderno
como inércia mas aplicou-a apenas aos conceitode momentum.
corpos celes tes. Foi Tomás Aqui no que es Discípulode Buridan, lbertA ad Saxô-
tendeu o onceito
c a corpos terrestres. K e nia (c. 1316-1390), ampliou a teoria vi di
pler seguiu o m odelo deAverr oes-Aquino - dindo a trajetó ria deum proj étil em três
foi ele que introduziu o te
rmo “inércia” - queetapas. Na primeira (A -B), a gravidade
se tornou o conceitocentra l da dinâmicaednão tem efei to e o corpose move nadi
Newto n. Isso significa que Averr oes éresreção do ímpeto dado pelo impulsor. Na
78
O PROBLEMA DA DINÂMICA
"Quando um impulsor põe um corpo em movimento, ele imprime neste certo ímpeto, ou seja,
certa força que permite que o corpo se mova na direção determinada pelo impulsor, seja para
cima, para baixo, para os lados ou m e círculo. O ímpeto implantado aumenta na mesma razão
que a velocidade. É por causa desse ímpeto que uma pedra se move após o sujeitoque a atirou
parar de movê-la. Mas por causa da resistência do ar (e também à gravidade da pedra) que
luta para movê-la na direção oposta ao movimento causado pelo ímpeto, este último se enfra
quecerá o tempo todo. Portanto, o movimento da pedra será gradualmente mais lento, e final
mente o ímpeto estará tão diminuído ou destruído que a gravidade da pedra prevalece e move a
pedra para seu lugar natural." Jean Buridan, Questions on Aristotle's Physics
(Questões sobre a Física de Aristóteles).
79
MASSA EM MOVIMENTO - MECÂNICA
nea geral
em e chegaram
esta é ao fundamento
atribuída. da lei daenunciaram
Eles também queda dos corpos muito antes
e demonstraram o de Galileu,
teorema daa veloci
quem
dade média: que se um objeto em movimento acelera a uma taxa uniforme durante certo
tempo, ele cobre a mesma distância que um objeto que se move com velocidade média
pelo mesmo período de tempo. Eles foram os primeiros a tratar de propriedades como o
calor e força como teoricamente quantificáveis, embora não tivessem como medi-las, e su
geriram o uso da matemática em problemas de filosofia natural. Infelizmente, os acadêmicos
de Oxford na época medieval costumavam ser ridicularizados por causa da natureza de seus
estudos e o grupo praticamente desapareceu, relegado à obscuridade.
O exper imento do túnel oif adaptado ça tenh a se esgotado e ele sej a puxadode
para explicar a oscilaçã
o de um pêndulo , volta, renovando o impulso, porém na outra
que era vista como oexperimento do túnel direçã o. Para a dinâmica ar istotélica, e nos
em um micro cosmo. O pênduloé puxa do mode los deHiparco eFilopono, o pêndulo
parabaixo ao seu ponto mais baixo(o ponera uma anoma lia inexplicável. Não havia
to mé dio horizontal),e o impulso que ele razão óbvia paraque lee subissenovamente
ganhou o imp ele parasua trajetória lateralapós ca ir. Aqui,finalmente,urgiu s um
a ma
continuada(talvez apra cima
), até quea forneira de explicá-lo.
80
O VERDADEIRO NASCIMENTO DA MECÂNICA CLÁSSIC A ' S jl’
81
MASSA EM MOVIMENTO - MECÂNICA
82
O VERDADEIRO NASCIMENTO DA MECÂNICA CLÁSSICA
oriohorror
para seguir
de seusua
pai,educação formal. Para
Galileu ingressou na um projétil é parabólica. Em 1609, Galileu
começou a fazer seus próprios telescópios
vida monástica e aos 15 decidiu se tornar e, no decorrer daquele ano, aprimorou a
monge noviço. Felizmente para a história capacidade de aumento de três para vinte
da ciência, ele contraiu uma infecção no vezes, comparada ao projeto existente. Ele
olho e seu pai o levou para casa enviou um instrumento para Kepler,
em Florença para tratamento. que foi usado para confirmar as
Galileu nunca voltou ao mo- descobertas de Galileu na as
nastério. Por insistência de tronomia. Essas descobertas,
seu pai, Galileu foi para como as luas de júpiter e
a universidade em Pisa as fases de Vénus (veja a
para estudar medicina, página 171), apoiaram a
mas logo passou a es visão de Copérnico de que
tudar matemática e se a Terra viaja em torno do
dedicou muito pouco Sol (heliocentrismo), em
aos cursos médicos. Ele vez de o Sol viajar em vol
abandonou os estudos de ta da Terra (geocentrismo).
medicina em 1585, mas Durante muitos anos, Galileu
voltou quatro anos depois foi impedido de expressar ou
como professor de matemática. publicar essa visão, pois ia contra
Galileu ganhava pouco como a doutrina da Igreja Católica, e em
professor e sua pobreza aumentou quando 1616 ele foi proibido de defender ou ensinar
seu pai morreu tendo prometido (mas não o modelo heliocêntrico. Em 1632, recebeu
entregue) um grande dote para a irmã de permissão para publicar uma discussão equi
Galileu. Ele conseguiu adquirir o posto librada do assunto chamada Diálogo a respei-
de professor de matemática em Pádua em mas
to de dois sistemas mundiais principais,
1592, uma universidade mais prestigiosa este ensaio tinha um viés tão claro contra o
e um emprego com melhor remuneração. geocentrismo que Galileu foi condenado de
Porém o dinheiro ainda era uma preocu heresia em 1634, passando o resto da vida
pação sua, por isso ele buscou a invenção em prisão domiciliar. Durante sua reclusão,
como maneira de aliviá-la, desenvolven ele acabou seu Discursos e Demonstrações
do primeiro um termômetro que não teve Matemáticas a respeito de duas novas ciên-
sucesso comercial e depois uma máquina cias, em que explicitou o método científico e
de calcular mecânica que lhe trouxe ren afirmou que o universo podia ser entendido
da durante um tempo. Em 1604, Galileu pelo intelecto humano e é governado por
trabalhou com Kepler examinando uma leis que podem ser reduzidas à matemática.
83
^ MASSA EM MOVIMENTO - MECÂNICA
PH I L O SO PH I fE
inata a
o repouso,
inclinatio aã qui
etem. Uma
NATUR.ALIS tendência ao repouso é uma boa de finição
P R I N C I P I A de inérci
Averroes, a,
masque
nãoprimeiro
é a razãofoi descri
pela qualtaum
por
corpo para dese mover.
MATHEMATICA O expe rime
nto definitivo que pôs ainér
cia emdescré dito como umaorça f que desa
A uto re J S. NEfV TO N , Trirt. Co ll. Cantab . Soc. Mathefeos celerao movimento oif reali zado em 16 40
Profeffore LHcafiano, & Societatis R egalis Sodali.
por PierreGassendi, a bordode um a galera
que lee empre stara damarin ha francesa. Re
IMPRIMATUR- maram agalera àvelocidade má xima pe lo
S. P E P Y S, Reg. Soc. PRO SES,
jf.ulii 5. i á 86 .
Mar Medit errâne
o enqu antobalas de canhã o
caíam od topo do mastro.Em ca da caso, elas
L 0 N D I NI , ati
aonpégiamdooma deck
stro nosmo
. Elas me
nã lu
gar,
o ficavamexatame
ra nt
pa e
trás
Juf lii Soc
ietatis RegU ac Typ is Jofcphi Streatcr. Pro ftat apud
plures Bibliopolas. A mo MDCLXXXVJI.
por causado mov imentoda embarca ção.Isso
mostro u queum corpo co ntinuava a semo
ver na direção tomada inicialmente, anão ser
quefossedetido por alguma força. A bala de
P arar e começar canhão acompanhava galeraa porque nada
A inércia é a relutância de um corpo em para va seus movimentos para afrente,e isso
começar ase m over. Ela deve ser supera da
paraque o movimento se inicie. O momen-
tum é a tendênci a queum corpo em movi Leis do Movimento de Newton
mento tem de co ntinuar ase mover, umaPrimeira tei: Os corpos se movem em linha
vez recebido um ímpeto inicial. O momen- reta com velocidade uniforme, ou perma
tum seperde quando o rpo co desacelera, enecem parados, a não ser que uma força
para emrespo sta a uma orça f quege a sobreaja para mudar sua velocidade ou direção.
ele cont ra adireçã o do movimento.O tra Segunda lei: As forças produzem ace
balho em dinâmica edAristó teles, Hi parc o, leração proporcional à massa do corpo
Filopono e Avicemia lidava sica ba mente (F = ma, ou F/m = a).
com a lgo pare cidoaomomentwn e sua perda Terceira lei: Toda ação de uma força
- com c omo e o pr que um corpocontinua a produz uma reação igual e oposta. (Por
se mover,e então para po deis daquele ím exemplo, um foguete é impulsionado para
peto inicial. No enta nto, elesnão responde frente com a mesma força que os gases de
ram corret amente por queum corpoara p d e escape são expelidos para trás dele.)
se mover.Os físicos persasexplicaramquea ção Essas leis abrangem as leis de conserva
de energia, momentum e momentum
eventualerda p de movimentocomeç avapor
angular.
um impulso por referência a aum tendê ncia
84
O VERDADEIRO NASCIMENTO DA MECÂNICA CLÁSSICA
A forma da mecânica clássica que dominou estas As sã o lei s que podemeser modeladas.
O MEST RE F ALA
leis de movimento gravitação de
a física durante ismade 200anos às vezes Newton
é se plicam
a igua
lment e a todos os
chama da demecâ nica newton iana, em ho obje tos na Terra e aos corpos celestes.
Elas
mena gem às trêsleis de m ovimentoformuexpli cam amaior parte dosmovimentos s- di
lada s por Isaac Newto n nos anos 1660. Estas cerníveis no mundo nos
que rod eia, alhan
f
forama lei da inérci a, a leida aceleraçã o e ado apenas qu ando b ojetos estão mov se endo
lei de a ção erea ção.Ele tr atou a segunda ae próx imo da velo cid ade da luz o
u são extre
terceira leis em PhilosopieasNaturalisPrincipia mame nte pequenos; nenhuma dess as pos
Mathematica (Princípios Matemáticos de Filo- sibi
l idad es importava Newton.
a As leis de
sofia Natural ), publicadoem 16 87, em gera l Newto n expl icara m os achados deGalileu,
inclusiv e seu exer cíciohipotéticocom ba las
chamado
grande ava apena s dePrinc
nço deNewto ipia (Princípios).
n foi em fornece O r de ca nhão de pe sos diferentes, e também o
um relatodetalhado da mecâ nica usando o relat o feito por Kepler os d pla netas segu in
sistemamatemáti co agora cha mado de cá lcu do órbitas elípti cas. No universo de New
lo diferencia l, queele h avia desenvolvido. ton, o mov i mento de todo s os corpo s era
previsível, dadas informações sobre ma a ssa
M ov i m e nto e gr avi dade do cor po e a s força s que gem
a sobre ele.
Newton estabeleceu os princípios de con
serv ação demomentum e momentum. angular,O UNIVE RSO COMO CAMPO DE TESTES
além daormu f laçã o da gravidade emsualeiNewton er v ificou suas nova s leismostra ndo
de gravitação univ ersal. Esta estabelece que como elas explicara m o movimento dosla p
netas no si stemasolar . Ele mostro u como a
toda
atrai partícul
oda
t outra a no partíc
univers
ula o que
que temtem ma a
mssa
. curvatura da
ssa órbita daTerraé o result ado da
Essa atraçã o é a gravidade. Quando uma aceleração na reção
di do Sol
, e a gra vidade
maçã ca i de um a árvore, do Soldeterminas aór
ela é atraíd a parabaixo bitas dos planetas. Suas
em direção à Terrapela expli cações dão susten
gravidade, masoames taç ão aos rela tos feitos
mo tempo a maçãexer anteriormente por Ke
ce su a própria atraçã o pler (vejaa págin a 168 ).
gravitacional, muito pe
quena, so bre aTerra. A Diagrama Feito por
Newton em Um Tratado
força gravitacional entre
dois corpos éinversa do Sistema
sobre como do Mundo,
enviar uma
mente proporcional ao bala de canhão para a
quadrado dadistância órbita.
85
, ; MASSA EM MOVIMENTO - MECÂNICA
ton es
rias toava
nã cien
eram te de el
como que
e tiansha
órbi
tas plan
etá
queEmbora
calculado mos umlgumampurrão
e as força
s seja
em umm camin
óbvi
ashão- da
de
fossem, e acredit
ava profundame nte que abrinquedo elee semove, por exem plo -,
intervençãodivina fosse necessá ria acada outras ão
n são vistas com tanta
acili
dade
f .A
séculoparapôr tudode volta em curso,copressã o do ar ou dagua á gaindo sobre um
86
AR E ACUA
íl
T
87
MASSA EM MOVIMENTO - MECÂNICA
•1
88
COLOCANDO A MECÂNICA PARA FUNCIONAR
mais larg o com água fluindo , esta su biriaAté ser aceito que a matéria é composta de
pelo ubo
t estreito. Quanto maior a pressão átomos, eraimpossívelgua i lar o compo rta
da água no tubo mais largo, mais alto ela sumento de corpos sóli dos a o comportame nto
biria pelo tubo estreito. Se o tubo or f maisde fluido s de mane ira significativ
a. Ma s as
estreit
o, a pressão do líquidoqueflui aumensim queficou evi dente que líquidos e gases
ta. Se o tubo or f reduzi
do à metade deuasã s o compostos de moléculas, oifpossível en
largura anterior, a pressã
o quadriplica,pois a tender q ue apressãoda águae a pressão do
lei dos quadra dos seaplica aela. ar são produzidas por partículas emmovi
Bernoulli enunciou suas conclusões no mento que xeercem rça fo em outros co rpos
que u
Berno ag
ora
lli: aéqualque
conhecido como
r ponto emeor
t um
ema dutod
e ver
com os acontecer
isso quais entram mecontato.
no movimento De fato,
brownia-
pelo qual o líquido esteja fluindoa somadano eventualmente provouxistência a e dos
energia cinética,energ ia potenciale energ ia átomos veja( apágina 42). O modeloatômi
da pressãode uma dada massado fluido éco damatéri a finalmente anhou
g aceitação
constante. sta E é equiv alente àlei da conuniversal nosprimeiro s anos d o século XX.
servação de energ ia. Os fenôme nos por trás Ao mesmo tempo, começaram a aparecer
do teoremade Berno ulli mantêm um a aero falha s na mecâ nica new toniana.
nave voando, permitem- nos prever olimac
e ajudam- nos a de Colocando a mecânica para
terminar a circu
lação funcionar
89
MAS SA EM MOVIMENTO - MECÂNICA
zados
out de
rasleistama nho
para e finito),q
xplicar uee a
formulo
s forçasu in
duas Elam
ter tica ilt
foi
ono(1805-
nobre
irl
andê
65). s Sirse
Em William
u tra Rowa
tadoOn an
nas dentrode um corpo não precis am serGeneral Methodin Dynam ics(1835),ele e
x
distribuí
dasigualmente. O prin cípio daação pressou a energi a deum sist ema m e termo s
mínima deEuler (quea natureza pr é egui de momentum eposição, reduzi
ndo a dinâ
çosa) tem muit as apficaç ões na Física - no mica aum probl ema no cálculode varia
tavelmente queluaz seg ue atrajetória mais ções. A ref
ormulaçã o feita porele damecâ
curta. O brilhante m atemá í -francês nica clássicasna
tico talo equações hamil tonianas sà
Joseph-Louis Lagrange (1736-1813) su vezes é chamada de mecânica hamiltoniana.
cede u Euler com o diretor daAcademia edNo processo, ele de scobriu queexist e uma
Ciências de Berli
m. Ele ajudoua reuni r toíntima relação ent re a mecânica de New
ton e a ótica g eométri ca. O signif icado de
dos os no
toniana dese
nvolvime
sécu ntos ana
lo após mort m
ecânica
e de new
Newto n seu traba lho não foi evidenciado até o sur
e os re formulo u na mecânica lagra ngiana.gimen to da mecânic a quânt ica quase 001
Em MéchaniqueA nalytique (Mecânica Analí- anos depoi s.
90
COLOCANDO A MECÂNICA PARA FUNCIONAR
In é r ci a e gr avi dade v êm ju n t a s
ENERGIA
campos e forças
94
A CONSERVAÇÃO DE ENERGIA
*
funciona. O matemático alemã o Gottfried
Leibnitz (1646-1716) explicou matematica
mente aconservaç ão entre dif
erentes tipo
s
de energ ia, aos quais cham ou de vis va.
vi
Seu traba lho, juntamente com observações
do ma
Gravesatemático
nde e filósof
(1688- o hol
1742), fa
o i nd
ês Willem
aprimorado
pelo ísico
f ra
f ncês Marquise Emile Du Châ-
telet (1706-
1749), que definiu a energ ia de
um corpo emmovimento como prop orcio
nal à su a massa multiplicadapor suavelo
cidade ao quadra do. A atualdefinição de
energia cinética émuitopróxima diss o:
Ek= V2 mv2
L utando co m o fogo
fricção e com a ineficiência. No século XVIII, tanto a Academia Real Francesa quanto o Escri
tório de Patentes Americanas estavam tão sobrecarregados com solicitações e propostas de
máquinas de movimento perpétuo que as proibiram.
95
ENERGIA CAMPOS E FORÇAS
Laboratório de Lavoisier em
Paris.
96
A CONSERVAÇÃO DE ENERGIA
97
Termodinâmica Um dos experimentos de Rumford com barris de
canhão. Ele propôs que o calor move partículas,
O dese nvolvimentodo moto r a vapor e ed
e pode ser causado por fricção.
muitas utras
o máquinas com moto r durante
a Revoluçãondustrial
I significou que havia
uma necessi dade cada vez mais gent
ur e de
O modelo caló rico sugeria qu e o calor
entender atermodinâmica - como o calor
é uma fo rma de matéri a, um ipot de gás
é produz ido, transf
erido e como podeser
compartículasindestrutív eis.Os átomos de
empreg ado pararealiz ar tra balho físico.
Duas teorias sobre anaturez a do calor, nãocalor - ou calóricos -podiam es combina r
com táomos de outras subst âncias ou usar
mutuame nte exclusiv
as, mas inco mpatíveis,
espaços livres eesgueirar- se entreos áto
eram correntes no cu sé
lo XVIII: o mode lo
mos em outra matéria. avo L isier propôs a
calóricoe o modelomecânicode calor.
existência ed calóricos enquanto detec tava
O modelomecânico se baseia no mo
o flogisto. Ele acr
editava que os átomos ca
vimento de partículas mínimas. A teoria
lóricos oss
f em um constituinte do oxigênio
cinética degases tem su as origens novro li
e sualiberaçã o produzisse o ca lor dacom-
Hidrodinâmica, de Daniel Bernoull i, pu
blicado em1738. Ele sugeri u queos gases
são forma dos po r moléculas emmovimen
to. Quando elas bombarde iam asupe rfície, "Agora estou tão convencido da não existên-
o efeito é de pres são; suaenergia cinét ica cia de calor quanto estou da existência da
é sentida como calor. Este modeloainda é luz."
Humphry Davy, 1799.
aceitoatualme nte.
98
TERMODINÂMICA
99
ENERGIA CAMPOS E FORÇAS
d’água
se naticável.
r impra França
,Thomson
mas no inal
ef Joule
isso
se prov
ou
cor
Um motor a vapor converte a energia do calor
respondera
m de 18 52 a 1856; Joule reali em energia cinética para impulsionar um veículo
zava xperiências
e Thomson
e come ntavaou um maquinário.
100
TERMODINÂMICA
François Sadi
República Carnot,deque
Francesa foi apresidente
1887 da va. Embora Carnot expusesse suas conclu
1894. Desde
1812, o jovem Carnot frequentava a Escola sões em termos do modelo calórico, seu tra
Politécnica em Paris, onde provavelmente balho estabeleceu as bases para a segunda
tenha aprendido com físicos notáveis como lei da termodinâmica. Ele descobriu que um
Siméon-Denis Pisson (1781-1840), Joseph motor a vapor produz potência não por cau
Louis Gay-Lussac (1778-1850) e André- sa do "consumo de calórico, mas [por causa
-Marie Ampére (1 775-1836). O motor a va do] seu transporte de um corpo quente para
por, em uso desde 1712, foi imensamente um corpo frio" e que a força produzida au
aprimorado por James Watt mais de menta com a diferença na temperatu
50 anos depois. No entanto, seu ra "entre o corpo quente e o frio".
desenvolvimento foi em grande Ele publicou suas conclusões em
parte uma questão de tenta 1824, mas seu trabalho ganhou
tiva e erro e intuição, e de pouco reconhecimento até ser
pouco estudo científico. Na retomado por Rudolf Clausius
quela época, Carnot começou em 1850.
a investigar o motor a vapor, Carnot morreu de cólera
ele tinha uma eficiência média com apenas 36 anos. Para pre
de apenas 3%. Ele se propôs a venir qualquer contaminação, a
responder a duas perguntas: "O maioria de seus trabalhos e ou
trabalho disponível de uma fon tros pertences foram enter
te de calor é potencialmente rados com ele, restan
ilimitado?", e "Os motores do apenas seu livro
10 1
ENERGIA CAMPOS E FORÇAS
alta se
rá mais eficiente ianda. Como
O DEMONIO DE MAXWELL
mnitos dos traba
lhos sobre termodinâ
micano sé culo XIX, Carnot to mou o
Em 1871, James Clerk Maxwell propôs um
projeto do maqu inárioexistente com
o
exercício hipotético para tentar contradizer
pontode partida paraexplorar e expli
a segunda lei da termodinâmica. Ele descre
veu duas caixas adjacentes, uma contendo car o mecanismofísicoqueo fazia fun
cionar. A ci
ência prá tica impul sionava a
gás quente e uma contendo gás frio, com um
pequeno orifício conectando-as. O calor des-
ciência teórica.
loca-se da área quente para a fria, partículas
Carno t enuncio u suas descoberta s
rápidas colidem com partículas lentas provo em termos de calóricos, e foi Clausius
cando a aceleração delas e vice-versa. Even quem enu nciou novamente alei em ter
tualmente, o gás em ambas as caixas conte mos deentrop ia, dizendo que um siste
rá uma distribuição parecida de partículas e ma tende sempre a um estador maio de
velocidades e terá a mesma temperatura. No entropia. A entropi a é consi dera da co-
experimento, no entanto, um demônio, um mume nte comodesord
“ em”.Mais pr e
ente inteligente microscópico, posta-se em cisamente, é umamedida da indisponi-
um orifício regulando partículas que possam bilidade de energia um em sistema pa
ra
passar por ele. O demônio abre o orifício para realizar traba
lho; em qualquer sistema
permitir que partículas passem rapidamen real,certa energia seperd e sempreme
te da caixa de gás frio para a caixa de gás calor dissipa
do. Quando o combustível é
quente. Dessa forma, eleva-se a temperatura queimado, a energia conv
é ertida de um
do gás quente à custa do gás frio e diminui-se estado organizado (baixa ntro
e pia) par
a
a entropia do sistema. Mesmo assim, o siste um esta do desorganizadoalta
( ntro
e pia).
ma não pode contradizer a lei, pois qualquer A entropia total do universo aumenta
coisa que desem toda vez que há queima de combustí
vel.
penhe a função Clausius resumiu a primeira ea segunda
do demônio pre ‘ifg f lei dizendo que qua
a ntidade deenergia
cisa usar energia -
para trabalhar. Em «•* •* ~- / - no universo
suaentro perma
pia tende nece co
nstante
oa máximo. O fim ma
sdo
'
2007, o físico es * ■* V * universo, se isso or
f levad o ao extrem o,
cocês David Leigh \ \* *• . s , seráumavastasopa detomos á di
ssocia
fez uma tentativa L—- •... .: j i
dos. E ssa situação, cham ada morte do
em nanoescala em
universo por ca lor,foi propo sta p
elapri
uma máquina. Ela
,
m meira vez por Clausius.
separa partículas
que se movem rá %/•** A terceira lei da termodinâmica
pida e lentamen v i*• 7 — v seguiu bem mais tarde,em 19 12. De
te, mas precisa de
senvolvida pelo físico e químico alemão
** ! * Walther Nernst18 (64-1941), enuncia
uma reserva pró
L 1V - 7
pria de energia. que nenhum sist
ematempode tingi
ao rmoo
zero b
asoluto, cuja p eratura
vimento atômico quase cessa e a entro
pia tende aum mínimo ou zero.
102
CALOR E LUZ
do qua
têm latodos
ess quali osoutros corpos
dade”. bo dif
queerente
o calo rde
pois
é meque Joule
cânico . Emmostrou
1848,
O físico ra f ncês Guillaume William Thomson (ma is tar de
Amontons (1663-1705) foi o pri Lorde Kelvi n) concebe u uma es
meiroa ataca r o pro blema na prá cala de temperat ura com base nas
tica. Em 1702, ele con strui u um leis da termod inâmica, e não na
s
termô metrode ar, e declaro u que propriedades de qualq uer subs
a temperatura em que oar nã o ti tância (ao ont cr ár
io de Fahrenhei t
nha “fonte” paraafetara medida era o “zeroe Celsius).Kelvin enc ontrou umvalor para
absoluto”. O zero na secala dele ra e em tor o zero b
a soluto que é aceito ainda hoje, de
no de 240- °C. O mate mático e fí sico su íço-273,15°C - muito próximo dovalor deriva
do do termômetro de ar e da teori a de Gay-
Johann
propô s Heinrich
e Lambert
uma sca (1728-1777),
la de temperatura que
absoluta -Lussa c. A escala Kelvin baseia-se naescala
em 17 nou esse dado para-270°C Cel
77, refi - sius, mas começaem -273,15°C, e não
muitopróxi mo daquele ace ito atualmente. em 0°C. Embora ltame
a nte influente, uma
Contudo, essa medida quasecorreta nã o vez que se tornou cavaleiro e foi indicado
foi ace ita universa lmente . Pierre- Simon Presi dente da Royal Society, Kelvin não foi um
Laplace eAntoine Lav oisier suge riram m e cientista muito
escla recidoe rejeito u tanto a
1780 queo zeroabsol uto pode se r 1.500 teo a ria da volução
e de Darwin qua nto a exis
3.000 raus
g ba
a ixo do pont o de co ngela tência de átomos.
mentoda água, e que no mínimo deve se r
600 gra us ab aixo do congelam ento. ohn J Calor e luz
Dalton atribuiu 300- 0°C. Jose ph Gay-Lus- Há milêni os estáclaro para a Humanidade
sac cheg ou mais perto,depois de investi que aluz do Sol ornece f luz e lor,ca ma s
gar comoo volume ea temperatur a deuma ligação ent re eles só foi exp licadarecen
gás estã o relacionados.Ele descobri u que temente.A primeira pessoa que es sabe
103
ENERGIA CAMPOS E FORÇAS
O QUANTO É FRIO?
O zero absoluto não existe nem no espaço
externo. A temperatura ambiente no espa
ço externo é de 2,7 Kelvin, uma vez que a
radiação básica da micro-onda cósmica - o
calor resultante do Big Bang - está presen
te em todo o espaço. A área mais fria é en
contrada na Nebulosa de Bumerangue, uma
nuvem escura de gás com apenas 1 Kelvin.
A temperatura mais baixa já atingida artifi
cialmente é 0,5 bilionésimo de um Kelvin,
atingida brevemente em um laboratório do
Massachusetts Institute of Technology (MIT)
em 2003.
ter not ado essaligação of i um caadêmico Émile Du Châtelet estabeleceu uma li
italiano Giambattista delia Porta (c.1535- gação entre calo
r e luz quando notou queo
1615) que, em 1606 , notou o efeito dopoder d e aquecimento da luz variava com
aquecimento da luz. Erudito, deliasua Porta
cor. E
mbora isso ivessea se assemelhar
foi dramaturgo e cientista, tendo publicadoao espectro eletro
magnético e à descob er
sobreagricultura, quími ca, ífsica emate ta daradiaçã o de raios infraverm
elhos, não
mática. Seu Magiae naturalis (1558) inspifoi desenvolvido na época . Em 1901, Max
rou a unda
f ção da academia científica tia Planck (veja o inel
pa aseguir) fez uma des
liana, a Accade
mia de i Lincei, em 1603. (A coberta importante ligando a luz e o calor
página de título do livro foi ilustradaenquacomnto
o pesqu isava aradiaçãodo corpo
desenho
uma deum do
descrição lince,cient
e ista
oprólocom
goocoaquele
ntinhanegro
, mas ssee foi um avanço casual,
um
resultado acidental. Esta descoberta, no
que, “com olhos de lince, examina a quelasentanto
, viria a formara base damecâ
nica
coisas quee smanifestam,de modo que oa quântica.
observá-las possa usá-las com cautela.”)
R adi açã o do corpo negro e quanta de
ENERGIA
Muitos tipos dematerial bri
lham ao sere m
"[A solução quântica ao problema do corpo aquecidos, emit
indo uz
l quevai do verme lho
negro] foi um ato de desespero porque era passando do amarelo para o bra
nco. O com
preciso encontrar uma interpretação teórica primentodas ondasadluz emit idas atempe
a qualquer preço, não importando o quanto raturas ma
is alt
esse preço fosse alto".
quantoestas eas
s mé cada
ovem vez ma
para ais
extrcurt
o ade
emid en
Max Planck
azul doespe
ctro. À medida questee é cres-
a
104
CALOR E LUZ
fazer
perfeituma suposi
a. Essa çãoção
suposi estranha
eraquepara
emtorná-
vez dela a
luz vir da acixa me umfluxo constante , como
ele po deria esperar que conatecesse com a
onda, el a tinha deser cortada m epequenas
partes desco ntínuas ou em pacotes deonda
- ou qua nta. Planck não pretendia que os
quanta de energi a se torn
assem parte doec
nário da física. Ele osvia como um a rtifício
matemá tico engenhoso quefuturamente se
ria substituído por umanova de scoberta ou
cálculo
. Ele estavatotalmentenga
e nado!
O utras formas d e e ner g ia
105
ENERGIA CAMPOS E FORÇAS
Descobrindo a eletricidade
O primeiro tipoa ser descobe rto foi a eletri
cidade státi
e ca. Me smo emtempos anti gos,
as pes soas sabiam queregar esf âmbar ou
azeviche gera va um tipode força qu e fazia
o materi al atrair plumas peda
e ços de ma te
rial, mas a natur eza da tração
a nãoera en
O espectroscópio, trabalhando a partir da luz
tendida. O filósofo natura l inglês ir
S Tho
emitida pela lava incandescente, pode ser usado mas Brow ne (160 5-82) definiu “elétrico”
para calcular a temperatura da lava a partir de como “um pod er de atrair palha e corpos
uma erupção vulcânica. leves, e conv
erte
r a agulha colo
cada livre-
Max Planck teve uma longa, mas trágica vida. um de seus filhos foi morto na Frente Ociden
Nascido em Kiel, no ducado de Holstein (atual tal, e outro, Erwin, foi levado como prisionei
Alemanha), ele primeiro quis ser um músico. ro pelos franceses. Sua filha, Grete, morreu
Quando perguntou para outro músico o que no parto em 191 7 e sua irmã gêmea, Emma,
deveria estudar, o homem lhe respondeu que morreu da mesma forma em 1919 (depois de
se ele precisava pergun casar-se com o viúvo
tar, ele não seria um de Grete). Em 1944,
106
DESCOBRINDO A ELETRICIDADE
107
ENERGIA CAMPOS E FORÇAS
vara de metal a uma pipa e amarrando uma pulares como entretenimentos científicos,
chave naoutra pontaodfio. Ele em pinou às veze s envolvendo voluntáriosinfelizes e
uma pipa durant e uma tempestade, com provavelmente participantes involuntários.
uma cha ve pendurada perto de umagarrafa A primeira pessoa a executar experiências
de Leyden. Mesmo sem raios, havia car
sistemáticas sobre eletricidade foi o fingi
ga elétrica suf iciente nas nuvens pa ra quedor inglês cienti
e sta a mador Stephen G ray
o fio úmid o conduz isseeletri cidadepara a (1666- 1736). Seu “bom menino” era um po
chave e fizesse ag f ulhas alcançar ga arrafa bre garoto de rua su spenso po r umacorda
de Leyden. Franklin sug eriu isolante enquanto segurava
que a eletri cidade pode ter uma haste devidro com
carg a neg ativa ou po sitiva. carga elétrica, a fgulhas vi
Ele inventou o ara p -raios, nham deseu nariz quando
que leva acarga elét rica de ele atraía partículas minús
um ra io até aterra co m se gu culas ed folha de metal.
rançaatravés de umnduít co e Além de ser divertidas (pelo
de m etal,e tam bém inv en menos para o públi co), as
tou o alarme de relâmpa gos experiências de Gray, em
(veja o painel inte). segu 172 9, demonstraram con- a
dutividade - que a eletrici
E letr i ci da de n a moda dade podi a ser tra nsmitida
Experimentos com eletri de um mat eri
al para outro
,
cida de tornar am-se po- inclusive pela gua. á Em
uma experiência parecida,
Benjamin Franklin realizou uma cargaelétrica erapas
experiências com raios para sada a
o longo de um a fila
investigar a eletricidade.
108
DESCOBRINDO A ELETRICI DADE
de home
mico C nslesvelho
har Dus Fay
de m ãos8-17
(169 da
da
36s.
), O quí
rença
traba obrn s. Apotenci
resal
istêem voltsdo
ncia e Rmaterial
é aresistênci
perma a em
nece
lhandoem Paris,desenvolveu o trabalho de constantendepende i ntemente da ltag voem,
Gray, e em 1733 concluiu que todo objeto po rtanto a alteraçã o da voltag
em afeta di
reta
e toda criatura vivente contémletri ecidade. mente co a rrente.
Ele demonstro u que aeletri cidadevem em
duas forma s - negativa, por ele chama da
“resinosa”, epositiva, ou “vítrea”.Em 1786,
o físico italianouigiL Galvani (173 7-1798)
experimento u transmit ir um a corrente elé
trica por sap os mortos,fazendo su as per
nas se contraírem espa smodi camente. Isso
levou-o a conclui r queos nervos dossaposnome Georg éOhm,
usadocujo
agora
transmitem um impu lso elétrico que faz os como unidade de
resistência elétrica.
músculo s de suas perna s funcionarem .
109
£
ENERGIA CAMPOS E FORÇAS
110
ELETROMAGNETISMO - O CASAM ENTO DA ELETRICIDADE COM O MAGNETISM O
Um ferreiro fazendo um
magneto, retratado em
De Magnete, de William
Gilbert.
casam
co m o ento da el
m agneti etr ic ida de
smo um
campocam po
el magnéti
étrico co-versa
e vice em mudança
. era
g um
Aplicações práticas para a eletricidade co Faradaynão conseg uiu enco ntrar em
t
meça ram a aparecerno n i ício do séc ulo po par a cont inuar seu tra balho sobre ele-
XIX. Em 18 20, Christi an Orste d (17 77- tromagnetismo mediatam
i ente,e coube oa
1851) notou queuma corrente elét rica po cientist a america no Joseph Henry (179 7-
dia defletir a agulha de uma bússola.Esta 1878) des envol ver oprimeiro el etromagne-
era aprimeira dica deuma conexã o. Ape to po tent e e
m 1825 . Ele descobriu queao
nas umasemana de pois, André-Marie Am-enrolar ifo iso ladoem volta de um magneto
pére de u um relatomuito mais detalh ado. e passar uma corrente pelofio, ele podi
a au
Ele dem onstro u naA cademiede Science que, mentar ba stante apotência do ma gneto. Ele
construiu um letroe magneto que podia er
quandoelétr
rente fios
ica,para
eleslelopode
s carreg am
m atrai r uma
ou re poc
elr
ir guer um peso de qua se 1600 kg. Henry tam
um ao outro, dependendo de uas scorren bém s
e t
abeleceu as
base s para o tel
égrafo
tes correrem na mesma direçã o ou em di elétrico
. Ele colocou 1,7km de fiaçã o pela
11 1
ENERGIA CAMPOS E FORÇAS
deseiaeletri
ci
sdade
ne se
se princíba Aproveitando o trabalho prático de Orsted e
pio. Faraday, James Clerck Ma xwellusoua ma
Faraday também temática paradar sustentaçã o à relaçãoen
tre eletri
cidade e magnetismo. O resultado
foram qua tro equações, ubl
p icadas em 1873,
quedemonst rara
m queo eletro magnetismo
é uma forçaúnica.Einstein co nsidero
u as
equações de M axwellcomo a ma ior desco
berta emfísica desde que Newton formu
lou a lei da gravidade
. O eletromagnetismo
agora éreco nhecido como umaasd qua tro
força
s fundamentais queantêm
m ouniverso
em ordem -sendo as outras a ravi
g dade eas
forçasnuclearesfortes efracas queoperam
dentroe entre os átomos. Na menor esca la,
112
ELETROMAGNE TISMO - O CASAMENTO DA ELETRICIDADE COM O MAGNETISMO
"Esta foi a primeira descoberta do ato de que uma corrente galvânica poderia ser transmitida a
uma grande distância com uma força tão diminuta a ponto de produzir efeitos mecânicos, e dos
meios pelos quais a transmissão poderia ser efetuada. Vi que o telégrafo elétrico agora erapra-
ticável... Eu não tinha em mente qualquer forma específica de telégrafo, mas referia apenas ao
fato geral que agora estava demonstrado que uma corrente galvânica poderia ser transmitida a
grandes distâncias, com potência suficiente para produzir efeitos mecânicos adequados ao objeto
desejado."
Joseph Henry
os elétro
ns enúcleos deum r jf T
átomo.
Maxwell explicou como íI 1
tanto os campos elétricos
quanto magné ticos surge
m k
das mesma s ondas elet ro
magnéticas. U m campo
elétri
co variávelé acompa
nhadopor umcampo mag
nético que varia de forma
semelhante e reside emângulos reto
s a ele.te do espectro eletromagnético. Einstein
Ele descobriu tam bém que a onda de cam incorporou o tra balhode Maxwellem suas
pos eletromagnéticos atravessao espa
ço va teori
as da er lativ
idade, dizendoque se um
zio de 300 milhõ es demetros por segundocampo eraelétri co ou ma gnético, depen
-berta
a velo cidade
, da luz. Esta
todos foiumam descoVisto
dia da
deref
chocantee nem ifcara satis erência de quem o e stava vendo.
um ponto de referência, o campo
feitos com aconcl usão de qu e a luz faz paré magnético. Visto de um pontodiferente,
ele é elétrico.
113
ENERGIA CAMPOS E FORÇAS
114
MAIS ONDAS
Nascido em Londres de família pobre, Fara- Em 1826, ele instituiu as palestras de Natal
day saiu da escola aos 14 anos e foi apren na Instituição Real e os discursos de sexta
diz de encadernador, educando-se com a à noite - eventos realizados ainda hoje. Fa
leitura de livros de ciência com os quais eleraday deu muitas palestras, tornando-se o
trabalhava. Depois de ouvir quatro pales principal palestrante de sua época. Ele des
tras dadas por Humphry Davy na Instituição cobriu a indução eletromagnética em 1831,
Real (Royal Institution) em 1812, Faraday es estabelecendo as bases para o uso prático de
creveu para Davy pedindo emprego. Davy eletricidade, que havia sido considerado an
recusou a solicitação no início, mas no ano teriormente um fenômeno interessante, mas
seguinte empregou-o como químico assis de pouco uso real.
tente da Instituição Real. No início, Faraday Em reconhecimento a suas realizações,
só auxiliava os outros cientistas, mas depois ofereceram duas vezes a Faraday a presidên
começou a conduzir seus próprios experi cia da Royal Society (e as duas vezes ele a
mentos, incluindo aqueles com eletricidade. recusou), e um título de cavaleiro (também
rejeitado por ele). Ele pas
sou seus últimos dias em
Hampton Court Palace, em
uma casa que lhe foi dada
como presente pelo con
sorte da rainha Vitória, o
príncipe Albert.
115
ENERGIA CAMPOS E FORÇAS
EQUAÇÕES DE MAXWELL
A primeira equação de Maxwell é a lei de A terceira equação descreve como a mu
Gauss, que descreve a forma e a força de um dança de correntes elétricas cria campos
campo elétrico, mostrando que ela reduz magnéticos.
com a distância seguindo a mesma lei do
quadrado inverso que a gravidade.
dt
$EdA =(I^ vxe =-^5-
Eo ôt
V •E = p/E0
A quarta equação descreve como a mu
A segunda equação descreve a forma e dança de campos magnéticos cria correntes
a força de um campo magnético: as linhas elétricas, e também é conhecida como lei da
de força sempre vão em loops do polo norte indução de Faraday.
para o polo sul de um magneto (e um mag-
neto sempre deve ter dois polos). |B-rfs = « 0e0 ^E+oc 0ienc
116
MAIS ONDAS
HAJA LUZ
partí
culas carre
gadas. E le nã
o realizou mais quando descob riu queo minériodo qua l
traba
lhos sobreo assunto,contudo,deixou o o urâ nio derivava,a pechbl enda , é mais
campo aberto parafísicaa xpe erimental a
Mradioativo que o própri o eleme nto. Isso
rie Curi
e, nasc
idana Polônia. sugeria que havia outroseleme ntos mais
Marie C urie 1( 867-1934) estava trabaradioativos no minério.Com se u marido
lhandoem seu PhD com “ra ios deurânio” Pierre, ela e
xtraiu doi
s desses elementos -
í!
1 1 1 IIII
0-16 10-I4 10-12 10-1° 10-8
IO'4’ 10 ^ 10 2 10° 102 104 106 108 X(m )
O espectro eletromagnético,
de raios gama a longas
ondas de rádio.
400 500 600 70 0
117
ENERGIA CAMPOS E FORÇAS
de partí
os seus cul as ns.
elétro alfa:A áradiaçã
tomoso de hélioco
beta nsem
sis
te deelétro ns que se movem rapid amente
- como um raio catódico, mas com ma is
energ ia. Em 19 00, Rutherford des cobriu
um terceirotipo de radiação,que ele cha
mou degama. Como os ra ios X, os raios
gama formamparte do espe ctro eletro
magnético. Eles ã so ondas de alta energia
com u m comp riment o de onda ainda ma is
curto queos raios X. O traba lho de Ru
therford e l vou-o para dentr o do átom o,
que é nosso próximo destino.
Ernest Rutherford
118
MAIS ONDAS
P rocuram -s e átomos
O trabalho em termo
-
dinâmica on final do MARIE CURIE (MANYA SKLODOWSKA, 1867-1934)
século XIX anulou o Nascida em Varsóvia quando a Polônia foi ocupada pela
modelo calórico e le- Rússia, Manya Sklodowska não teve chance de frequentar
vou físicos como o aus- uma universidade em sua terra natal, por isso foi estudar
tríaco Ludwig Edua rd em Sorbonne, Paris. Lá ela conheceu e casou-se com Pier-
Boltzmann eJames Clerk re Curie, que já estava trabalhando em materiais magné
Maxwel l a acredit
ar que ticos. A gravidez atrasou seu PhD, que era sobre o tópico
o calor é umamedida da de "raios de urânio". Ela tinha de trabalhar em um galpão
velocidade emque aspar- seco, uma vez que os acadêmicos temiam que a presen
tículas estã
o semovendo, ça de uma mulher no laboratório provocasse uma tensão
embora nãoestiv essem sexual tamanha que pelo menos os homens acabariam
certos da natu reza da s não realizando trabalho nenhum. Em 1898, ela começou
partículasenvolvidas. A a trabalhar isolando
transferência de calor e os elementos radioa
119
CAPÍTULO 5
Dentro
✓
do
ATOMO
bém
tão m conceber
inú amEpartículas
sculas. de lósofos-
sses primeiros matér
ia invi
fi síveis de
cientistas
chegaram aessavisão po r meio de umproces so de
raciocí
nio dedutivo. Emborao atom ismoperman e
cesse em descrédi
to durante muitossécu los,no final
foi o model o queprevaleceu, apoiad o pela ex peri
menta ção e pela serobvação.Mas os primeiros ato-
mistas não estavam certo
s. A crença ed qu e os áto
mos são s a menores partíc
ulas nd
i ivisíveisda m atéria
provou ser incorreta,poisos átomos sã o formados de
partículas suba
tômicas.Quando os ci entistas exami
nar
garam
bizo átom
oeo
arr intemam
imprevisí ente,este provou
vel. ers umlu
122
DISSECANDO O ÁTOMO
tidas, ma
s a deflexão des
tas of i de ângulos em descré
dito. O que ele produziu foi um
bem maiores que 90 graus. Rutherford esmodelocom um núcleo mi núsculo,denso,
perava que oxperimento
e endossa sse o mocerca do de muito espaço vazioe pontuado
delode pudim depassas e estava to talmente por elétro
ns em órbit a. Ele não sabia oa
desprepa
rado parasse e result
ado. A única certo se o núcleo inh t a carga posit
iva ou
concl
usão que ele pôde rarti oi
f que a carnega tiva, mas calcul
ou seu tam anho co mo
ga positiva no átomo estava
concentrada me menor que 3,4 x 14 10-metros dextensã
e o
um centro minúsculo, e não distri
buída por (agora sesabe quetem cercae d1/5 disso) .
todo o á tomo. Sabia-se queum átomo deouro inhat cerca
Coube aRutherford a taref a de chegar de 1,5 x 10'1 0metros de raio, tornandoo
a um novo modelo arap a estrutura do áto núcleo me nos que /14000 do diâmetro do
mo quesubsti tuísse o “p
udim de passa s”, átomo.
J. J. THOMSON (1856-1940)
Joseph John (J.J.) Thomson era filho de um encadernador. Ele era pobre demais para ser
aprendiz de engenheiro, então foi para a Faculdade de Trinity, em Cambridge, estudar ma
temática com uma bolsa de estudos. Ele acabou se tornando mestre naquela faculdade,
estabeleceu o Cavendish Laboratory como o melhor laboratório de física no mundo e rece
beu o Prêmio Nobel de Física por seu trabalho sobre o elétron. Por suas experiências com
raios catódicos, Thomson foi capaz de identificar o elétron como uma partícula em 1897, e
mediu sua massa e carga em 1899. Em 1912, ele mos
trou como usar os raios positivos que podiam
ser produzidos usando um ânodo perfurado
em um tubo de descarga para separar átomos
de elementos diferentes. Essa técnica forma
a base da espectrometria de massa, usada
atualmente para analisar a composição de
um gás ou outra substância. Thomson era
notoriamente desastrado. Além de confiar a
seus assistentes de pesquisa a condução de
experimentos delicados, eles tentavam deixá-
-lo fora do laboratório para não danificar os
equipamentos. Mas ele era querido e um exem
plo para todos: sete de seus assistentes de pes
quisa e seu próprio filho receberam o Prêmio
Nobel. Thomson recebeu honrarias como ca
valeiro em 1908.
123
É
DENTRO DO ÁTOMO
O MODELO SA TURNI NO
O físico japonês Hantar o Nagaoka propôs
em 1904um modelo do áto mo basea do em
Saturno e seus anéis.Este taribuiu ao áto
mo umnúcleo maciçoe os elétron s emór
bita eram ma ntidos no lugar por um ca mpo
eletromagnético. Ele chegou aessa ideia
depois de ouvir udwig L Boltzmanncon
versando sobre a teoria cinética de gases e
o trabalhode James Cl erk Ma xwellsobre a
estabilidade dos néis
a de Sa turnoenquanto
fazia uma excursã o pela Alemanha eÁustria
em 1892 -1896. Nagaoka aba ndonou a teo
ria em 1908.
Rutherford não tinha acabado de es
tudar o átomo. Ele propôs uma estruturame
que o núcleo do átomo continha partícu
las carregadas positivamente - prótons, por
ele descobertos em 19 18 - e alguns elétrons.
O resto dos elétronsorbitava pelo núcleo,
pensava ele.
O físico dinamarquês Niels Bohr (1885-
1962) aperfeiçoou o modelo de Rutherford
em 1913 detal forma
que os elétrons con
"Foi o acontecimento mais incrível de minha vida.Era quase tão ina
seguiam permanecer
creditável quanto se voc
ê disparasse umprojétil de 15 polegadas con
em órbita. Ele suge tra um pedaço de papel e o projétil ricocheteasse e o atingisse.Refle
riu que emvez de va tindo, percebi que essa dissipação deve ser resultado de uma única
gar peloespa ço fora colisão, e ao fazer os cálculosvi que era impossível obter alguma coisa
do núcleo seguindodaquela ordem de magnitude, a não ser que se pegasse um sistema
qualquer trajetória,em que a maior parte da massa do átomo estivesse concentrada em
os elétro ns são res um núcleo diminuto. Foi então que eu tive a ideia de um átomo
tritos a determinadas com um centro maciço minúsculo que carregava uma carga."
órbitas e são fisica- Ernest Rutherford
124
DISSECANDO O ÁTOMO
125
DENTRO DO ÁTOMO
Quant um sola ce
Quando Max Pl
anck alou
f de paco
quanta,
Transições da concha de elétrons do hidrogênio,
tes o
cm quanti
dades ixas
f de energ
ia, comocom suas energias associadas.
uma fo rma d e mover pe quenas quantidades
de energia, ele não qui s sugerir
que levassem
o quâ ntico a sério
; esta rae umasolução teó
rica que ele supunh a que pudesse sersubsti acontecia realmente. Mas ele eg chara aalgo
tuída em bre ve, assim que laguém res olvessequeparecia ser verdadeiro , apesarde impro
os cálculos matemá ticos para xpl
e icar o que vável. E não só era verdadeiro, mas a base
de todo um novo tipo de física que opera no
mundo biz arro da s partículas subatômi cas.
A mecânica quântica - que responde pelo
compo rtamento de partí culas emuma seca
la ínfima da m esma forma que amecâ nica
newtoniana xple ica o compo rtame nto de
sistemas maiores - foi iniciada o cm as so
luções ápi
r das de quantadadas por Planck.
Estas estão no âmbito de impossibi lidades
aparentes esugestões incompreensív eis.
Einstein levou quanta
os asério. Seu
trabalho sobre ofeitoe of toelétrico(veja a
página 63) baseou
se no uso
dos
quanta de
Planck, ma s aplicado à luz.Einstein suge riu
que um fóton podi a ter energia suficien
te para arrancar um elétron de um tomo;á
um fluxodede
corrente elétro
ns Sua
elétrons. expulsos pro
duzi
ideia foi a uma
impopu
No modelo de átomo de Bo hr, os elétrons em
geral ficam firmes, alocados em suas conchas, e lar no nício
i , por ir contra a s equações ed
orbitam pelo núcleo. Maxwell e a sabedo ria aceita deque aluz era
126
QUANTUM SOLACE
»
umaonda. Aqui,
pela prim
eiravez os ísicos
f
-fora
m contra
algo que sàavezes
dualidade a donda-
parecia partí
uma cula
onda
s e à
vezes parecia ser uma partícula.
127
DENTRO DO ATOMO
como umapartícula,
esta secomporta como
uma partícula. Não é
possív
el entender o.iss
Se um feixe deluz bri • A *!*}*
••••••••
lha porduas fenda s em
umatela, um padrã o de •• • V M M
interferência éproduzi
do, com listras escuras e • • • VV9iiH
M M ri
claras (de luz). A medi
da que e s dimi nui a luz, ELETRONS
tect
or nem
o fóto uma as
passou d fenda
por s parafenda
aquela descobri
r senia
ou outra, das órbi
comtasaon
perm
da,issíde
veis modo
estavam
queem sa harmo
ondas se
os fótons, como serelut assemem serpegos,reforçavam se mpre . A teoria po dia ser tes
param deproduzir padrões de interferência tada, disseele, mostr ando que dif raçã
o dos
- de repente eles gem
a como partículas. elétrons corre
o por uma rede cris talina. sI so
Como se iss o não osse
f suficienteme nte foi demonstrado co m sucesso em 1927 por
estra
nho, em 19 24 o físico raf ncês Louis- duas experiênci as feitas separadame nte, uma
-Victor de Broglie (1892-1957) sugeriu nos EUAe outra naEscócia. eBrog D lie e
que sa partículas que compõ em a matéri a dois dos três homens que lizaram
rea sa ex
també m poderiam seomportar
c comonoperiências rece beram o PrêmioNobel de
das. Isso signi
ficaria que a dualidade onda - Física em 1937 pelotrabalho .
-partí
tem cul
umaco
es
tá em
mpri toda de
mento parte e toda
onda. m atéria
E m27, foi Aque
19 importância
lee mostrdo
outrabalho de De
que adua Broglie
lidad
e onda-
sua ideia estranhafoi apoiadapor elétro ns -partí cula se aplica a toda matéria. Sua equa
que es comportavam como ondas diferação,ção estabel ece que omomentum deuma partí -
128
QUANTUM SOLACE
cuia (de qu
alquercoisa) mult
iplicado po
r seu
GIGANTES E SEUS OMBROS
comprimentode onda éigualà constante de
Planck.Umavez que a constante de PlanckA Física cl áss ic a c o m eç o u d e f ato co m
é muito pequena
, o comprimentode onda N ewt on , e se u "ano mira cul oso" ( a n n u s
de qualquer sa
coimaior que mau molécula m ir a b ilis ) de 1666. O renascimento da fí
sica que deu início à mecânica quântica
é peqnos
Não ueno,compara
pre doosao
ocuparíam seu
com o cotama
nho real.
mprimen começou com a publicação da teoria es
pecial da relativ idade d e A lbert E instein
to de ondade um ônibus ou um gre,
ti po r
em 1905. A mb os os ci ent ist as esta vam
exemplo. A medida queconsideramos partí
tra balhando base ados no tra balho de m ui
culas maiores e m
enores,suas propriedades
tos dos primeiros cientistas que tornaram
de ondaestornammais m i portantes.
esses m o m ent o s de re velação possíve is.
Suas descobertas reverberaram pelos anos
O utro mom e nto ne w ton i ano
seguintes.
Não pareceimpossível que sa partículas
possam, de fato,se comportar como ondas,
cação dadapor Einsteinem Foi um re
depois da expli sultadoque mudou o mundo,
ONDAS E PARTÍCULAS
A d u al id ad e d a o n d a- p ar tí cu la é es p el h ad a p erf ei
tam ent e na histór ia do s Prêmio s N obel d e Fís ica.
Um dos homens que compartilharam o Prêmio No
bel com De Broglie (foto à direita) por demonstrar
as pro priedades de on da dos elét rons foi G eorge
T ho m son . Ele era filho de j. J. Thomson que recebeu
o Prêmi o No be l em 1906 por de m o nstra r que os elé
trons e ram partíc ula s. N enhum do s dois é co nsidera
do erra do ; am b as a s exp lanaçõ es a ind a são ace itas.
(O s laure ados com N obel não po dem es tar err ados.)
129
DENTRO DO ÁTOMO
Havia um probl ema fundam ental comcom a mecâ nica quântica era impossível
os modelo s de táomo de Rutherf ord e Bohr dizer exatamente ondestaeva o elétron. A
que não podia ser resolvido dentrodos limi conclusão dele é ue
q podemos ter umapro
tesdefinidos da física newtoniana. Uma vez babil
idade de onde estáumapartí cula, com
que o elétron tem ca rga negativa, ele devebaseem nossoconheciment o de ondas de e
ser a
traído
positiva. para
Deve o núcleo
acelerar , que tem carg
afim a probabil
idademos
matemática,a
dar ma
su s sinão
po ção po de
exata.
de permanecer em órbi ta, Isso se tornou conhecido
mas gastaria energi a fazen como aequaçã o de Schr õ
do isso, emitindo-a consta
nte dinger. Aplicando aequa ção
mentecomo ra diação eletro a elétrons, podem os afirmar
magnética. Perdendo energia que existe uma probabilida
dessa forma , o elétro
n logo de talvez de 80-90% de o
entraria on núcl eo, fazend o elétr
on estar em uma deter
um movimentoem espiral e minada área , mas permanece
o átomo entrari a em colaps o. uma pe quena possi bilidade
“Logo”
afirmaçã,ode fato,es
imprópri ata- éiss
uma
o de ele estar
lugar. ca
Abam em
os lgum
a
com outro
uma
aconteceriaem ce rca de de z “funçã o de on da” queex
bilionésimos de segundo. pressa a probabilidade de a
A solução para esse que onda/partícula estar m eum
bra-cabeça exigiu a cont ri determin ado luga r.
buição de vário s físico
s, ma s Tomando um exemplo
uma das contribuições mais maior queo de u m elétron
,
importantes foi a do físico se uma mosca tra en em uma
teóricoaustríaco rw E in Sch caixa fechada, a função onda
rõdinger (1887-1961). dela dáa probabilidade de
O n d a o u p ar tí cu la ? ela ca
na estarmfunçã
ixa. A e qualq uer ugar
o onda l ten
Se umapartícula está es por de azeroem lugares nde o a
tando comonda, o podemos moscanão pode tar. es Logo,
dizer realment e onde la e se parte da caixa orf estreit
a
está? Est
a foi a pergunta que dema is para a osmca entrar,
Schrõdinger tentou esclare a função nda o é nul a nesse
cer. Ele descartou a ideia de ponto(e fora da caixa, co n
que oselétro ns se m oviam tantoquenão haja furos por
em órbitas fi xas, vistoque onde amosca possa esca par).
Schrõdinger formulou sua
equação em192 6, apenas
O s f o g u e te s e s p a c ia is u s a m dois anos de pois do trabalho
energi a nuclear para g erar as
quan ti dade s enorm es de ener gia
inicial de De Bro glie sobr
ea
de que preci sam. dualidadea d onda-partícul
a.
130
QUANTUM SOLACE
criança, pois as dificuldades profissionais trabalho mais difícil do que esperava. Lutou
de seu pai forçaram a família a se mudar. com cálculos matemáticos, mas acabou pu
A p es ar d e m ais t ar d e ser ti d o c o m o gê n io , blicando a teoria geral da relatividade em
Einstein não foi um aluno promissor. Seu pai 1916. Suas teorias da relatividade redefi
consultou um especialista porque suspeita niram o que pensamos do espaço, tempo,
v a q u e seu f ilho ti v ess e u m at raso m en ta l, maté ria e e nerg ia. Q uando o as trôno m o A r
e Einstein não conseguiu entrar na Politéc thur Eddington confirmou parte da teoria de
nica de Z uriqu e por nã o ter co nh ecimen to s Einstein mostrando que a gravidade pode
mínimos de matemática. Ele não conseguiu curvar a luz (veja a página 70), Einstein virou
trabalhar na universidade, então aceitou um estrela internacional no mundo científico.
em p rego no E scritóri o de P ate ntes em Bern, Einstein mudou-se para os EUA para escapar
Suíça. Esta acabou sendo uma boa iniciati da perseguição nazista aos judeus. Passou o
v a, po is ele era u m b o m f un ci o n ário e ti n h a resto da vida nos EUA, trabalhando na Uni
tem po livr e e energia in telect ual suficientes v er si d ad e em P ri ncet o n.
para estudar físi ca. E nquanto estava no Es Embora Einstein tivesse ajudado a iniciar
critório de Patentes e estudava física durante a pesquisa sobre bombas atômicas, arrepen
o tempo livre, ele publicou cinco trabalhos deu-se de seu envolvimento e mais tarde fez
que mudariam o mundo, os quais tratavam cam p anh a pe lo desarm am ento nucl ear. Ele
do efei to fotoelé tric o, do m ov imento brow- tam bém tra balhou par a o est abele cimento
niano e da teoria especial da relatividade. do estado de Israel. Continuou a trabalhar
Com base em sua pesquisa publicada, ele co m o f ísico teóric o até o fim da vida , luta ndo
as seg urou um po st o aca dêm ico em Z uri que para encontrar uma teoria do campo unifica
em 1909 . Recebe u o Prêmio No bel em 1921 d a - o que nã o conse guiu - , uma úni ca te o
por esse primeiro trabalho. Insatisfeito com ria ou grupo de teorias relacionadas que ex
as limitações da teoria especial da relativida plicasse tudo no universo. Ele nunca aceitou
de, que se aplicava a corpos em movimen totalmente os avanços na mecânica quânti
to constante e consistente e não respondia ca (veja a página 135).
ficava
Ao tum ultuar
mesmo afísicem
tempo a quântic
que a.
Schrödinger
perseguia o modelo elétron- como-onda, o 1976) estava formulando seu próprio mode
físico alemão Werner Heisenberg (190 1- lo matemá
tico de elétrons,mas favorecendo
suas propriedades semelhantes
^ à partícula, pois lee dava sal
tos quânticos entre os orbitais.
Ele, como Schròdinger,publi
cou e m 1926. O físico inglês
132
QUANTUM SOLACE
eramequiv alentes,e que todos estavam di za. Relembrando o problema srcinal do
modelo atômico apresentado pela mecâ
zendoa mesmacoisa de formasligeiramen te
nica newtoniana, de por que os elétrons
diferentes. O
s trêsganharamo Prêmio o N
não caem para dentro do núcleo e para
bel po r contri
buições àmecânica quântica.
esclarecer esse dilema, o princípio de
Heisenberg oferece uma explicação. O
P ode mo s estar ce rt os ?
momentum de uma partícula em uma de
O princí pio da incertezaedHeisenberg , es terminada órbita é conhecido, logo sua
tabeleci
do em 1927, afirma quenão po de posição não pode ser conhecida com exa
mos sa bertudo sobre um a partícula.Ele viu tidão - ele está em algum lugar na órbita.
que uma consequência da mecânic a quântica Entretanto, se a partícula caísse no núcleo
é queé impossív el medir todos os as pectos sua posição seria conhecida - e seu mo-
de uma partí cula ao mesm o tempo.Se me mentum também, pois este seria zero. Ao
dimos sua posição e velocidade, podemos cair no núcleo, o elétron violaria o princí
sabermais dentro de rto ces limites, mas au pio da incerteza. Simplesmente isso não
mentar a exatidão de uma me dida torna sa pode acontecer. De fato, a menor órbita
outras m enos corretas. Esta éumaproprie em um átomo (veja a órbita do elétron em
dade fundam ental da descrição quânti ca de um átomo de hidrogênio) é tão pequena
medid a e não pode servitadae mudando- se quanto possivelmente pode ser sem violar
o método ou a s ferramentas deobservaçã o. o princípio da incerteza - a matemática
Heisenbergalegou originalmente o funciona. O tamanho de átomos e de fato
princípio de incerteza usando umahipóte sua própria existência são determinados
se experime ntal. Por exemplo, poderíamos pelo princípio da incerteza.
medir a posição de umapartícula em mo
vimento fazendo uma luz brilhar sobre ela,
e nesse ca so teremos um de dois resultados. mas também o ssa pado e o futuro.Uma vez
Um fóton deluz pode rseabsorvi do, fazenque umaposição sempreoi fe é apena s um
do um létro
e n no átomo salt ar paraoutro conju nto de poss
ibi
l idade s, fixara trajetó
ria
nível de energia, e nessecaso alt eramos de uma partí cula não é o que parece. Como
o átomoe nossamedida éfalsa. P or outro Heisenb e rg disse
: “A trajetória passa a exis
lado,um fóton nãoé absorvi do, mas passatir somente ando qu a observa mos”. A traje
direto, e nesse caso não izemf os medição tória u
f tura, de forma simil ar, não pode rse
nenhuma. prevista com rteza.
ce
O princípio da incerteza ma é is compli A física newtoniana lida com certezas,
cado se tentarmos trat
ar ambas as “part
ícu com ca
em queusa
o econhecimento
efeito, um modelo
permitedetermin
a pre ist
o.a
visã
las” eo fóton como ondas-partículas.
Heisenb erg percebeu que o prin cípio A nova mecânica quântica parecia derrubar
da incertez s o presente,tudo iss
a não afetava apena o, pelo me nos nonível atômico. E la
DENTRO DO ÁTOMO
134
QUANTUM SOLACE
tecer,sso
i no s ajud
a a chega r a um acordo
com ainfinidade.Se um novo univ erso tem
de se dividir cadavez quevocê escolhe entre
chá ou ca fé, ou que umgirino nadapara a
esquerda oura paadireita, ou um galho cai
ou não cai em um telhado, deve ha
ver mui
tos univ
ersos - em algum lug ar.
E mbaralhamento qu ânti co : o
PARADOXO EINSTEIN-PODOLSKY-ROSEN
Albert Einstein foi um que não aceitou a
Interpretaçã
o de Copenhag en. Em 1935,
Einstein e os físicos americanos Boris Po-
dolsky (1896-1996) e Na than Rosen (190 9-
1995) prepararam o chamado para doxo
de deum átomo decair ou não é igual,e oEPR. Este suponha que uma partí cula es
gato não podeinterferir no equipa
mento. O tacionária decaía, produzindo duas outras
gato é deixado na caixa por uma hora. Nopartícul as. Elas devem termomentum angu
final da horas a
chances são 50:50 delee eslar igual e oposto de modoque secance lem
tarvivo (ou morto). Seguindoo arg umento mutuamente nservaçã
(co o do momentum
de Bohr e Interpretaçã
a o de Copenhag en,
o estado - morto ou vivo -do gato não é
determinado até harol
mos dentroda caixa.
Isto, di
zia e
le, er
a ridícul
o.
M ui to s un i ve r sos
Outra espo
r sta àideia repugnant e de que
tudo existe em umanuvem deprobabilida
de até que seja observado oi fo modelo de
“muit os mundos” proposto em 1957 pelo
físico america
no Hugh Evere st III (1930-
1982). Este sugere exi
a stênci
a de um nú
mero infinito de universos ra pa
lelos que
explicam todos os re
sultados possíveis pa
ra
todas as que
stões possíveis.
Em mome ntos
de tomadade decisão u(o observação), um
novo universo se divi
de. Se nadá mais acon-
É
DENTRO DO ÁTOMO
1
Padrão de difração do elétron do berílio.
136
QUANTUM SOLACE
137
É
DENTRO DO ÁTOMO
to beta a uma taxa conhecida - leva 5.730 anos para decair pela metade (sua meia-vida).
Portanto, medindo-se o índice de carbono-14 em relação ao nitrogênio-14 remanescente
em uma rocha, é possível determinar a idade dela. Essa técnica é chamada de datação de
carbono.
138
AS COISAS DESMORONAM
As coisas desmoronam
Enqua
nto muitos físico
s estava
m exam
inan
do como ostomos á sã
o mantido s unidos,
outros estavamexplorando co mo osátomos
podem se desm anchar. Depois que Henri
Becquerel descobriu a dioraatividade, mais
pesquisas guiram
se me várias di
reções.Ru
therford e o radioquímicoinglês Frede ric
Soddy 18 ( 77-1956), trabalhando untos,
j
i, França.
Uma usina nuclear em Cattenom
139
DENTRO DO ÁTOMO
"Poderíamos, nesses processos, obter muito mais energia do que o próton fornecia, mas em mé-
dia não podíamos esperar obter energia dessa form
a. Era uma forma muitopobre e ineficiente de
produzir energia, e quem procurasse uma fonte de energia na transformação dos átomos estaria
sonhando. Mas o assunto era interessante cientificamente porque
dava uma ideia esclarecedora
sobre os átomos."
The Times,12 de setembro de 1933, em uma fala de Ernest Rutherford sobre energia atômica.
140
AS COISAS DESMORONAM í
& Í23SU J
fato a técnica deFermi tinha divididoo nú
cleo deurâni o em duas partes aprox imada
K
?* 0 6. ^
''fK mente gua
i is. Esse
O físico process
húngaro oLeó
é afissã
o nucl
Szilárd ear.
(1898-
o - o
1964) percebeu que os nêutrons liberados
o
o por umareação de fissã o nuclear podiam
ser usadosara p gerara mesmareaçãoem
outros átomos, levandoa uma reação em
A p r o ve i tan do a r e ação e m cadeia cadeia utoa ssustentável
. Szilárd setavaem
A transformação de um elemento em outro Londres qu ando ifcou indignado com um
pode ser de sencadeada artificialmente e podeartigo em The Times de scarta
ndo a possi
ser afonte de um imenso po der. A energ
iabilidadelevantadapor Rutherf ord de que a
liberada na de tonação de um a bombatômi
a energ ia dentrodos á tomos podi a ser apro
ca, ou
nucl ear,aprov
vemeit
ada
de em
uma uma
reaçã estaçã
o nucleoardeemenergia
deiaveitada
ca paraar
paratrabalh fins
nopráticos.
HospitaEnquanto ialomew
l St. Barthoa pé
com partícul as emitidas por um de caimento e espera va o sinalde tráfego mudar emou- S
atômicousado para de senca
dear outro. thampton Row, em Bloomsbury, Szilárdre-
Irène e Frédéric Joliot-Curie descobri
rama radioati vidade induzida, ou
artificial,em 1934, ao perceberem
que oa bombardea r alguns e- el
141
â DENTRO DO ÁTOMO
142
de sua s órbitas, mas pazes
ca ar deDetonação de bombas atômicas sobre Hiroshima
de salt
umaparaoutranascircunst âncias certas.(esquerda)
O e Nagasaki (direita) em agosto de
1945.
que os antigos, com seu conceitode átomo
indivisível, acha
riamdifícil de entende r foi
não ape nas queo átomo continha e ns, Prótons enêutro
létro ns sã o exem plos de há-
prótons e nêutro ns, masque osprótons edrons,os qua is todos sã
o compostos rpo três
nêutro ns podem ser ainda mais divididos. A quarks b
( ári ons)ou um quark um
e antiquark
segunda me tade o d século X X viu a de sco(mésons). E xperimentos no S tanford Linear
berta dosquarks , unidos po r uma forçame Accelerator Center em 1968 revelaram que
diada or p giúons. E intrigante que stae e sjao próto n não é indivisível, mas abrangeob
a força fo rte- a mesma responsá vel por li jetos menores, semelhantes a um ponto, que
gar próto ns enêutron s. De fato,a ligaçã o deRichard Feynma n chamou de“párto ns”. O
prótons e nêutrons élgo a de efeit o residual. modeloquarkfoi pro posto em 19 64, mas
A forte força que age sobre os quarks é bem os pártons nãooram f identificados imedi a
mais interessa nte.Em ve z de dimi nuir a distamente co m os q uarks. Os qua rks vêm em
tância, a fo rça se torna m ais of rte até qu eseis sa bore
s: “up”, down”,
“ “to
p”, “bottom”,
atinja um máximo que elaxerce e sobre to “strange”e “charm” (“to p” e “bottom” às
das as distânci as substancialmente ma iores vezes são chamados “verdade” e “beleza”).
que
Os g oiúo
tama
ns nho de e
foram um
d próto
tectadosn pela
oupri
nêutron
meira. Os qua
antissa rks, antimatéria
bores que srcin
am- conceito
antiquasrks têm
estra
vez em 1979 usando o colisor elétron-posi- nhos como o quark ntiestranh
“a o” e o quark
tron PETRA, na Alemanha. “anti-up”. Na vida normal,estes poderiam
143
ÉI
“ DENTRO DO ÁTOMO
ser h
c amados “mundano” e “down”, mas no O grande nú mero de partículas subatô
estranho mundo dos qua o é o micasvai além od escopo deste
rks,“down” nã ivro,
l mas
mesmo que “anti-up”. bast a diz
e r que existem muit
o s que ianda
Tanto pró nto nêutrons osãbá- não foram e
tons qua dscobertos ou comprovados,
rions esão apenashádro emboalguns com
ns estáveis, propriedades efunções desco
ra osnêutr ons só sejamstáveis
e dentrodo nhecidas.
núcleo de um átomo.Existemcercade 40
tipos conhecido s ou previstos debárion, e M at é r i a e an ti m at é r i a
cercade 50 tipos conh ecidos ou previsto s Em 1927, Paul Dirac publico u umaequa
de méson. Eles têmnomesbizarro s, comoção de ondadefinitiva do elétron que cao
“ômega duplamente carregado bottom” moda va plenamente requisi os tos da teo
(um bário n de ma ssa ou duraçã o descoria especial da relatividade (v eja apágina
nhecida).Alguns têmvida muito curta (s e 132). Surpreendentemente, no o,entant ela
é que existem) -como o bá rion delta,que tinha dua s soluçõ es; uma des crevi
a o elé
dura apena s 5,58X 10-24 segundos. (Isso tron familiar ea outra algo equiv alente oa
significa que levaria cerca de 30 vezes oelétron , mas com carga positiva. Primeiro,
númerode partículas delt a queas estrelasDirac te ntou enca ixá-la no próton, mas
no universo para durarum único segun esta tambémtinha massa demais.Outras
do.) Os primeiro s mésons de scobertos of investigações suge riram que oa usar ener
ram káons epíons, encont rados em raios gia sufi ciente, um rpade pa rtículas po
dia
cósmico s em 1947. ser cria do com ca rga elétrica oposta,mas
O QUARK DE UM PATO
O nome "quark" foi escolhido por uma
das duas pessoas que propuseram sua
existência independentemente em 1964,
Murray Gell-Mann. Ele escolheu esse
nome lembrando o som feito pelos patos,
querendo que fosse pronunciado "quork",
mas não conseguiu se decidir quanto à es
crita. Ele optou por "quark" depois de en
contrar a palavra em Finnegans Wake, de
James Joyce:
144
O FIM DO ÁTOMO CLÁSSICO
massaidêntica. Em 193 2 e
1933, Cari Anderson desco
briu ves
tígios de uma partí
cula carre
gada positivamente
como previsto por Dirac.
Ele a chamou depósitron.
Outros a reconhecera m
como a primeira partí cula
antimatéri
a a ser de
scoberta.
Desde entã o se encon trou
uma a plicaçã
o prática para
o pósitron em uma téc nica
de diagnóstico médico por
imagem cha mada scan PET
(tomografia por missã
e o de
pósitron). Agora sabemos
que to das sa partí culas têm Murray Gell-Mann deu o nome aos quarks.
partículas antimatéria correspondentes
com pro priedadesxatamente
e opo
stas
.
da e pudesse carregar qualqu er quant idade
P ar tí cula s fantasmas
de energi
a ci
n éti
c a par a cima, até um má
Uma da s partículas ma is intrigantes e diximo pree stabelecido . Ele cha mou suapar
fíceis de de scre ver éo neutrin o, sugeridotícula potencial denêutron , emboradois
pela primeira vez por Wo lfgang Pauliem anos depois Chadwi ck adotass e esse nome
1930. Ele pre cisava de la paraequilibrar para apartícula que gora a conh
ecemos
uma e quação. Quando o núcl eo de m u como nêutron.
átomo radioativ o decai,a energialiberada Em 193 3, Enrico Fermi deu no ome de
deveria ser igual àquela presente srcinal
“neutrino” pas ra amisterio
quemsa partícula de Pau
mente. Mas Pauli u que não erali. Fermi ug
descobri eriu u nê utron deca i em
este o ca
so. A energia que se perdia era um próton e um elétro n (que també m de
maior do queaque la quepodia ser medi cai se levado para fora d o núcleo atô mico),
da, o quesignif
icava quelgo a estava sen e ta
mbém a
um novo tipo de partí
cula não
do emiti va sendo identificadocarre
do e não esta gada, o neutrino . Então oneutri no era
pelos detectores.auli
P sabia que
, dura nte em itido jun tame n te com um e
létro
n duran
o decaimento beta, os elétrons emitido s te o deca iment o beta .
aparentemente diam
po ter uma qua
ntida Os neut ri
n os não saíram dateoria até
de enorme deenergia até um máximo paraque os físicos ame ricanos rederick
F eines
R
cadadeterminado ipo
t de núcleo. Mas se (1918- 199 8) e Clyde Cow an (1919-197 4) os
145
É
DENTRO DO ÁTOMO
O detector
MINOS (Mains
Injector Neutrino
Oscillation Search)
no Soudan
Underground Mine
State Park, usado
para investigar
neutrinos.
146
O FIM DO ÁTOMO CLÁSSICO
147
É
DENTRO DO ÁTOMO
148
Túnel do LHC em CERN.
A busca pelo bóson de Higgs exige o Grandes colisores de hádrons tentam imi
uso de col isores em grande esca la, como otar sa condições qu e existiram no início do
Grande Colisor de Hádrons (LH C - Large própriounivers o, com sa partículasorça f
Hadron Co llider) no Cern,Suíça, eo Teva- das a se juntar sob imensa pressão. O fato
tron no e Frmilab, EUA. Existemvárias m a de termos id
eia do que pode ter acontecid o
neiras de o colisor dehádrons pro duzir um próximoao iníciodo universo é o re sultado
de milhares de os an de b oservação
RENOMEANDO O NÃO EXISTENTE e da formulação de teorias sob re
Muitos cientistas fazem objeção ao termo popular as estrelas oe espaço, uma t
aivida
"partícula de Deus" para designar o bóson de Higgs. de que ems dúvid a começou antes
A sugestão mais popular em um concurso para dar dos regist
r os históricos de nossos
novo nome a ele em 2009 foi o "bóson garrafa de primeiro s ancespara
trais que einven
olhavam
champanhe", mas outros nomes concorrentes foram ma ravil
hados o céu
"mastodon", "misteron" e "não existon". tavam stóe rias para explicar o que
viam.
149
CAPÍTULO 6
Tentando
alcançar as
ESTRELAS
É impossí
velsaber quando os seres hum
anos olharam
pela primeira vez
para as estrelas,
quere
ndo entendê-
-las. A
lguns ficavammotivados aover constelações
- no padr
ão da
s 4000 estrelas aproxi
madamente, visí
veis a olho nu, e este deve ter sido um pequeno pas
so para ve inntar estórias queacom panhassemessas
imagen s. Algumas dessa s histórias se tornarambasea
das cre nças religiosas e tentaram expli
car o inex
pli
cável -a origem domundo,a razão paras a estações,
o movimento das estrelas e planetas pelo . Outr
céu
as
pessoa s, ao que par ece,se motivarama procurar ex
plicações racionais. Elas obser vavam , conta
vam, me
diame eventual mente fazi am previ sões.Sem dúvida,
testaram e apri morar am su as previsõesà medidaque
ao longo do tempo os problemas foram ansferid
os
tr
para seusprimeiros
ram os modelos.ientistas.
Esse
c s primeirosastrônom
Eles nã
o entr os fo
avam em
confl
ito com as tradições reli
giosas de usas cultur as,
mas trabalhavam de mãos dadas com las,eprevendo o
movimento de corpos celestes par
a produz ir calendá
rioscom aplicações relig
iosas e tambémprát icas.
investi
gadores descobri
ram alinh amentos
muitomais exatos com dif
erentes mov
imen
tos celestes,clusi
inve a Lua e os planetas,
e sugeriram que Stonehenge representa o
resul
tado de décadas ou mesmo séculos de
observaçã o astro
As Grandes nômica.em Giza no Egito
Pirâmides
são alinhada s commais exatidão. Concluí
das em2680 .C., a todos os quatro ladosdas
Existem 3.000 pedras pré-históricas em Carnac, três pirâm
ides seg
uem a ori
entaçã
o norte-
na França. -sul e leste-oeste dentro de uma pequ ena
fração deum grau. As posições da s pirâmi
Estrelas e pedras des podem espelh ar a
s estrel
as centrais nas
Algumas das estruturas humanas mais anti constelaç ões d e Orion, com outras pirâmi
gas podem most rar evi dência de observa ção des c
orrespondendo ssiv
poelmente out
a ras
cuidado sa do mov imentoda Lua, estrelasestrela e s em Orion e o Nilo correspo nden
planetaspelo céu. As 0003. pedra s de Cardo àVia Láctea . Odoprimeiron retra
tigotoé corre
nac, na Fran ça, datam decerca de4500-to da astrono mia Egito A o te
to
3300 a.C., e podem ter tidosignificado da tumba e
d Senenmut, arqui teto chefe e
astronômico. O círculo de pedras em Sto astrôno mo durante o reinado da Rainha
nehengeno sul daInglaterra, erigido 3000- Hatchpsut (c.14
73-1458 a.C. ) . Várias cons
220 a.C., pode ter ser vido como observa truçõ es erguidas pelos maias América
na do
tório celeste: o
Sol no me io do verã
o nasc e Sul se ali
n ham ao ag
lomera d o de e
strelas
aproximada mente emalinhamentocom o Plêiades eà Era Draconis (uma str e ela da
eixocentral de Stonehenge. A preces são da constelação Draco).
Terra (aforma com o nosso planeta gira so
bre seu eixo ao a gnifica queP r im ei r os obse r vado r es d a s estr el as
f zer arotação) si
Stonehenge teri a se alinhado co m menos Não nexistem
suste tem mu registro
uso ous correlaçã
contemporâne os que
o astronô
mi
exatidão 4000 atrás do que e, hoj
ma
s ainda
podeter o f rnecidodados a stronô
micos úte
is ca para Sto
neh enge eas pir
â mi
d es, ma
s os
para serem plicado
a s
à agricultura e a cul
tos espirituais. O utros
Stonehenge, em
Salisbury, Inglaterra,
pode ter tido usos
astronômicos em tempos
pré-históricos.
152
ESTRELAS E PEDRAS
As Grandes Pirâmides
em Giza, Egito,
parecem estar
alinhadas com as
estrelas e com
os pontos de
orientação da bússola.
primeiro s astrônomos queixara dem regiscativos naTerra. Do século XVI a.C. até o
tros datampro a ximadame nte do me smo pefinal do sé culo XIX d.C., quase toda s as di
ríodo. Os as trônomos chinese s começaram
a observar océu usando observató nastias
rios esvar esigna
d vam
e registrar autori
dades
acontecimentos pa
ra obser
e alterações
pecialmente construído s por vol ta de2300 astronômicos deixando um gistro re inesti
a.C. O prime iro relato de um cometafoi mável para oshistoriadores destro a nomia
registrado em 2296 a.C., de um a chu va deda atualidade.
meteoro s em2133 a.C.e de um ecli pse sol ar Os babil ônios ocup aram a área em 1600
em 2136 a.C. Aastronomia chin esaservi u àa.C., aprox imada mente. Se us astrôno mos ti
astrologia, eos admirado res d o céupreci sa nham poi a o estatal para atividade s como
vam prever eclipses e outros fenômenos ce elabo rar ca lendários e fazer pr evisões astro
lestes afim de escolher m omentos pro pícios lógicas.Eles compi laramcatálogos de estre
parareali zar eventos rea is e batalhas, alémlas ecomeça rama manter reg istros, a longo
de prever oaturof sucesso e asaúde dom i prazo,de movimento s planetare s e de eclip
perador.O fracasso poderia ser fatalsa -be-seses solares elunares que os judavam
a fazer
a
de pelomenos doi s astrônomos deca pitadosprevi sões pro a ximadas d e eclipses . Eles pa
em 2300 a.C. por fazerem previ
sões in exarecem ter descob erto o cl cio de 23 me ses
tas deum eclipse solar. U ma tumba em umdos c elipses lunare s. Por volta de 800 a.C.,
Xishuipo , na província deHenan, da tandoeles ifxara m a loca lizaçã o de Vénus , Júpiter
de cerca de 6000 trás,
a co
ntinha conchaseeMarte em re laçãoàs estrelas e regist raram
ossos orma
f ndo as imag ens detrês co nste o movimento retró grado (paratrás ) dospla
lações da astron omia chin esa, o Dragão denetas.
Azure, o Tigre Branco e o Dipper do Nor Os babilô nios desenvol vera m um ca
te. Ossos do oráculo de 3.200 nosa com os lendário de 1 2 mese s com obônus ímpar, o
nomes de str e elas relacionadas às28 ca sas décimo terceiro smê adicionado coasional
lunares fo ram prese rvado s. Os chineses mente para nter ma aregulari dade dosanos.
acreditavam u qe osalinh amentos nocéu in Em alguma s partes da Babil ônia, também
dicavam ou previamacontecimentos signi fi havia uma semana desete dias.Os babi lô-
153
TENTANDO ALCANÇAR AS ESTRELAS
Da observação ao
pensamento
nios tambémdividiram o círcul o em 360 Enqua nto os astrôno mos chineses , sumé rios
graus, e a partir deste eles derivaram uma e babilônios eram rigoro sos no regist ro das
divisão do iad em 12 “kaspu” , durante oestrelas e
aconte cime n tos, os gregos anti
qual o Sol vari
ava 30 raus
g do u. gos adotaram uma b
cé Eles usa a ordag em ma is teórica
vam o arco de um grau como unidade para e cientí
fica, enta
t n do expli car e mod elar o
mediro espa ço angular. comport amento dosorpo c s celestes.
Por volta de 00 5 a.C.,
£) Pitágoras sug eriu que o
% mundo é um globo, em vez
X de ser acha tado , e no século
&
V a.C., Anaxágoras propôs
$ que o o Sl é umarocha mui
r;. to quent e, e que aLua éum
O c\ > X peda ço da Terra. E m 270
-rt a.C. , Aristarco disse que a
a e o T ,V *
*
rv * íc Terragira m e tornodo Sol.
9*4 9 ■- lí?.;. Anteriormente, as pessoas
acre ditavam que aTerra
* V A r/y i . fosse o centroem torno do
qual a Lua, o Sol, os pla
v ; ; a p» netas eestrelas g
iravam.
1 Aristarco fez o primeiro
^
A, '** áâ % £
't f
>#n
z.
:èi~
~ O mapa estelar chinês
Dunbuang, criado em
a* 700 a.C.
154
DA OBSERVAÇÃO AO PENSAMENTO
15 5
TENTANDO ALCANÇAR AS ESTRELAS
156
DA OBSERVAÇÃO AO PENSAMENTO
15 7
TENTANDO ALCANÇAR AS ESTRELAS
158
DA OBSERVAÇÃO AO PENSAMENTO
curidão
do mar”.da Oterra e
Corão me no da
e não naturelação
tem reza
também nco e raja com o nasci men
va a confiança em to ou a morte de
dados empíri cos e um se r humano ”.
as evi dências dos Isso diferenciou a
sentidos, enquanto astronomia ráabe
os pensadores gre das tradiçõesindu h
gos colocavam a mis e chinesa, ambas as
ênfase na razão. Ainjun- quais colocavam aastro
ção do Corão de obse rvar, nomia aserviçoda astro lo
racio
uma caprox
inar ima
e cont
ção edo
mplar
m levou
étodo a fico.
cientí gia-825
Desde 700 e ad previ
d.C.,sãaproxi
o do mafuturo.
damente,
O Islã, em geral, se opõe ao uso da asa maioria dos strôa nomos ára bes concen
trologia para fins deprevisão. Quando umtrou-se em assimi lar etraduzi r trabalho s as
eclipse ocorreu dura nte a morte do filho tronômicos dos greg os, hindus eer psas pré-
-islâmicosSassanids
( ). Seu própri o esfo rço
começoupro a ximada mente ua q ndo o calif a
al-Ma’mun estabeleceu Casa
a da Sabedoria
em Baghdad.A chega da do pa pel da China
ao Iraque dur ante o sé culo VIII, muito antes
de chegarà Europa, tornou extremame nte
fácil coletar e disseminar conhecimento , e
de 8 25 d. C. até o saque de Baghdad pelo s
mongóis em 125 8, a Casa da Sabedoria of i o
centro intelectual do mundo.
O primeiro trabalho srcinal muçulma
no deastronomia oi f oZij al-Sindh, escrito
por M uhamm ed ibn M usa al-K hwarizimi
(c.780-c.850) em 830 d.C. C onsist e de tabe
las para osmovimento s do Sol,da Lua eos
cinco planetas conhec idos. Al-Khwarizimi é
lembra do basicamente como um matemá -
A nebulosa do Caranguejo
foi criada por um evento da
supernova testemunhada
pelos astrônomos em
1054.
observaçõ
suas posiçõeses,e desenhos
magnitudes, das
estrel
bri
lho eas, dando
cor. demia.
u no
Se aplicar
le o
E m
étodo
usou a texperimental
para o especial à astro
para
testar
livro inclui as primeiras des crições figura
e s como aLua refletia a luz do Sol, aria v ndo a
da galáxia Andrômeda . Em 100 6, o satrô mon tagem de se
u equipame nto e g
ravando
nomo egípcio Ali ibn Ridwa n (988 -1061) os efeitos. Ele sugeriu que o iome dos céus
descre veu a su pernova de ma ho re é menos denso que o arrefeutou a visão de
ior bril
gistradana história, dizendoqueerade dua s Aristóteles de que a Via Láctea é um fenô
a três vezes maio r que Vénus e commumeno da atmosf era superior.oAmedi r sua
quarto do bril ho da Lua. Ela ta mbém foi para laxe, ele deduzi u que lae está muito lon
desc rita por astrôno mos naChina, Iraque, ge da Terra. Foi al-
B iruni que descobriu,no
Japão, Suíça e talvez pelo povo indígena na mesmo século, que aVia Láctea éformada
América do Norte. por estrelas. leEtambé m descr eveu agravi
Os avanços que osstrô anomos ára bes dade comoa “atração de das to sa coisaspara
podiam fazer era m gra vemente mitados
li o centr o da Terra” , e disse que a gravidade
por suaconvicçãode que aTerra stava e noexist e dentro dos corpo s celestes daes esfe-
160
DA OBSERVAÇÃO AO PENSAMENTO
Antigas ferramentas
astronômicas (no sentido
horário, de cima):
astrolábio, esfera armilar,
quadrante.
16 1
TENTANDO ALCANÇAR AS ESTRELAS
ras celesti
ais a
( inda traba
lhando com o mo çoam entos em instrumentos astronômicos
delo ptolomaico do universo). Al-Haytham e avanços nos lcul
cáos matemático s. Estes
propô s que aTerra gira em volta de seupreparara m terrenoparaos astrônomos eu
eixo, uma ideia quefoi colocada anterior ropeus daRenascençaque reescrev eriam o
mente pelo hindu Brahmagupta. Al-Biruni livro dos cé
us.
não viu problemas ma temá ticos na rotação
daTerraquando comentou sobreos escrit os A GRAND E EST RELA C ONVIDADA
de Brahmagupt a em 103 0. Por 23 dias acomeçarem julho de 105 4,
Como acontece com outros pectos
as uma estre la tãobrilhante que podia ser vista
da ciência islâmica,a investigação rigorosa à luz do diabrilhou no céu . Os astrônomos
em astronomia era de sencor ajadano Islã, sechinesesreferiam- se aela com o uma “estre
consideradacomo umatentativa de conhe la convidada ” na c onstelação de Taurus, er
cera mente de eus.D Talvez acontribui çãogistrando queseubrilho amareloeraquatro
mais significativa dos acadê micos árabes vezes mais brilhante que Vénus. Ela perma
dos séculos VIII ao XII tenhasido p aerfeineceuvisível durant e 653 dias.
162
A TERRA SE MOVE - NOVAMENTE
163
TENTANDO ALCAN ÇAR AS ESTRELA S
dasEsfe )s, em 15
ras Celeste 43. O impressor, Emboramelho r que sa esferas dePto-
Rheticus,estava pre parando o livro de Co- lomeu, o modelode Copérni co ainda pre
a
pérnicoquando teve de sa ir de Nuremberg. senta
va alguns prob lemas. Considerava que
O trabalhofoi pass ado paraum lutera no, as estrelasixas
f stavam
e emuma esf era in
Andreas Osiander, que acrescentou um pre visível além do planeta mais distante. Para
fácio afi
rmando que Copérni co não que ria que sa estrelas reces
pa sem imó veis, precisa
dizer que o S ol eraliterahnenteo centro dovam estar muito distantes. Hoje, este con
universo, ele esta va apre sentandoapenas ceito não nos incomoda , mas no séc ulo XVI
um modelomatem áticoque ajudava aexpli ele questionou imediatamenter po queDeus
car obse rvações. O prefácio pretendi a evitar desperdiçarianto ta espaço vazioentre o pl a
críticas àIgreja, ma s de fato a Igreja Cató neta mais distante eas estrelasixas.
f Outro
lica prestou pouca tençã
a o ao livro e só osproblema era que se a Terra es movia, por
luteranos fizeram objeçã o a ele. Copérnicoqueos oce anos nã o inundavam os con tinen
morreuno ano em u qe o livro foi publ icates eas construçõeso nã tremiam, desmo ro
do e pôde ver nenhum exe mplar. Seu ro livnando? No entanto, ao rário cont do odelo
m
foi amplame nte ignorado , e a impressã o de de Ptolomeu, o m odelo de Copérnico expli
400 cópi as nem me smo o f i vendida, apesar cava os movimento s observados dos e plan
de ter sidoconsi derado, desdeentão, oexto t tas e sm recorrer aartifícios complexos.
queiniciou a astronomia m oderna e ajudou A explicação de Copérnico colocou os
a desenca dear a revoluçãocientí fica. planos em dois rgupos,comMercúri o e Vê-
O modelo
do sistema
solar de
Copérnico, com
os planetas
girando na
órbita do Sol.
164
A TERRA SE MOVE - NOVAMENTE
nus ma is pertodo Solque d a Terra, e Mar-dueloe usava uma prót ese deouro e prata.
te,Júpiter e Saturno ma is longe. (Os outrosDesde ce do ficou o bcecado pela
s estrelas,
planetas rame desconheci dos na época.) e percebeu que observações sist
conentes,
Copérnicotambém calculo u quanto tempoexatas, devem ormar
f abase de qualquer
cadaplaneta levava paracompletar aórbita conjunto de previsões . Em 1569, ele ez
f um
em volta do Sol, e as distâncias relati
vas dosquadrante gigantesco,com um ra io aproxi-
planetastéa o S ol. Esse
s cálculos correspon- mado de 6 m. O aro eracalibradoem minu-
diam aseuagrupamento relativo à órbita datos e permitia mediçõ es be m exata
s. Ele o
Terra, fornecendo evi dências fo rtes em fa- usou até que foi destruído em umatempes-
vor de seu modelo. tade em 157 4.
Em 1572, Tycho o bservou o quepare-
T u d o muda
cia se
r uma nova strel
e a muito brilhante na
const
Tycho Brahe foi uma figura brilhante, elaç
um ão de Ca ssiopeia.Como sesupunha
arist strado quando bebê que
ocrata seque que o céu fossefixo para toda aeterni
dade,
mais tard e perdeu rte n em umesta erauma ca
pa do ariz usa d e certa co
nsternação,
165
TENTANDO ALCANÇAR AS ESTRELAS
e ele regist
rou sua Tratado astronômico de Tycho
posição durante me TYCHONIS Brahe, mostrando seu modelo
do sistema solar.
ses paradeterminar B R A H E DA N I ,
se era um co meta ASTRON OMIC I NSTAV-
RA T. -r. P R O G IM N A S M A T A ,
que es moveria em Quorumhxc
relação às estrelas V RI MA V A RS
;-U: C , Lfi;T:mTuiJrp.id
publicou seu relato Cum Cé
tfim £ > Kef ftm fun m dm pmtdtg
em De Nova Stella,
cunhou um novo
termoaparaa astro
nomia - nova . Tycho estudou se us dados Anos mais tarde, em 1577, Tycho fez ou
para evi
dênci
a da pa tra observação que
ralaxe que seria espera mudaria a Terra,dessa
da se a Terra semovesseem volta do Sol. vez de um cometa. Suas observações reve
Paralax
e é a mudançavid e ente daposição laram que o cometa não po deria ser um fe
de uma setrela pró
xima contra o fundo de nôme no local, vi
ajando muito pertoda Ter
estre
las mais stantes,
di quand
o vista dedois ra eprovavelmente ais
m pertoda Lua. Em
pontos dif
erentes. Como nã o encontrouvez disso, ele devia viajar entre os planetas.
nada, Tycho interpretou suas obser vações Isso signif
icava que a ideia de Pto lomeu d e
como uma ne gação do modeloheliocêntri esfera s de cristal abri
gando os planet as ees
co de Copérnico . trelas fixas pre
cisava rseaba ndonada, pois o
Por mais que sua abord agem fosseciencometacolidiria com las. e E ra quase tã
o re
tífica, T
ychoainda cha
a va queos eventos no volucionária quanto o conceito de uma nova
céu pressagiavam muda nças maio T estrela.
res na erra
e pensa va que osenômenos
f estes f m Tycho publico
cel osse u seu livro em 1587 -1588,
responsáveis pelas uerras
g reli
giosas quees estab elece ndo se
u próprio modelo do uni
tavam oco rrendo napoca.é lEe também nãoverso. Ele era um tanto híbrido, manten
aceitava que Terra
a esmovia. Se a Terra esdo aTerraptolomaica está tica no centrodo
tavase movendo peloespa ço, ele fairmava,universo, mas tendo os outros planetas gi
uma pedra derruba da deuma to a rando na órbita do o
rre cairi Sl, quegirava m e volta
a uma distância do pé torre,
da porque aTerda Terra.
ra teri
a se movido, deixandoa pedra pa ra Isso descarto u a necessidade de “defe
trás. Evidenteme
nte, ss rentes” e “epiciclos”, nec
i o foi refutado por essá
rios para fazer
Gassendiem 164 0 (veja apágina 84
). o m odelo de Pto lomeu funcionar. O mais
166
A TERRA SE MOVE - NOVAMENTE
importante, nontanto,
e eraqueele rejeita do em 159 7, que combin ava algo de Co
va a ideia de esferas de cristal e, pela primei pérnico com ideias dealguns ífsicos gre
gos
ra vez,os plane tas es
tavamsoltos no espaço,arcanos,em umafusão biz arra. Kepler suge
semapoio. riu que os eis
s planetas (incluindo a Terra)
ocupavamórbitas que eram definidas por
J ohannes K epler (
1571 - 1630 ) um conj unto de esferas aninhadas dentro e
Um poucomais jovem que Tycho, Jo hannesentre os cinco sólidos geométricos definidos
Kepler foi outrostrônomo
a em pela eom
prodígio, g etria eucli diana. mbora
E isso em
bora tenhasido orçado
f atomarumaaborsi nã o fosse partic
ularmente significante,ele
dagem diferente. O entusiasmo Kepler
de deu uma sugestão ma is importante:que os
pela astronomia foi estimulado desde planetas eram dirigidos por um “vi
crian gor” que
ça, quando suaãem o levou aum lugar latoemanava do Sol , mas comimpactoreduzi do
paraver o Grande Cometa de 15 77 (o mes à medida que a distânci a do Solaumentava.
mo quelevou T ycho arealizar seu trabalho Esta fo
i a pri
m eira vez quea forçafísica foi
sobre cometas). Kepler, no entanto, citada
nãocomo fonte do movimento dos pla
conseguiu azer
f observações astronômicas netas, se
não in
cluirmos a ideia de ue q eles
por tera vista rfaca, umavez quefoi afetaeram empurra dos por anjos.
da quando ele teve tapora.
ca Em vez di sso,
ele palicou cálculo s matem áticos ao studo
e Dois p o r u m : o s astrônomos e m P raga
167
TENTANDO ALCANÇAR AS ESTRELAS
Kepler. ntes
A deas negociações secom
Astrônomo do século XIX com
telescópio ótico.
pletarem , Keplere outro s luteranosora fm
expulsos de Graz por recusare m se con
verter ao catolicismo, e acabou no tribunal
de Rodolf o como re fugiado. O impera dor
acabou o f rnecendo o apoiofinance iro soli
citado para o posto de epler
K , que n e volvia
ajudarTycho acompilar novas observações
dosmovimento s planetário
s. Essas
observa
ções ormariam
f a se
bada
s chamadas tabelas
rudolf inas. y Tcho da va a Kepler dados va
liosos, teme ndo compartilhar tu do pronta
ment e, mas m e 160 1 ele adoeceu eestava
claro que orreri
m a em breve. m E seu leito
j de morte, ele de ixou como legado seu s
dados va liosos, seusinstrumentos e o
projetorudolfino a Kepler. Em que stão
de semanas, Kepler oi f elevado posi
à ção
de Matemáticodo Impériodo Sa grado Im
perador Ro mano e era orespon sável pelos
equipamentos astronô micos ma is sofistica
dos d a Europa- pouco ma is de um ano
depois de ter chegado em Praga como
refugiado, sem um tostão.
O postode Matemáti co
do Império envo lvia ser
astrólo
go de Rodolfo, por
isso Kepler tin
ha de pas
sar boa parte de seu tempo
em atividades que ele sabia
serem inúteise pura inv
en
ção. Mesmoassim, ara p o
resto de sua vida Kepler
pôde rabalh
t ar com se us
cálculo
s, que o levaram a
descobertas importantes
como que da caplaneta gira
em torno da órbita do o Sl
se
elíguindo um
ptica com oa Soltrajetó
no ria
oco
f
da elipse,e que osplanetas
se movem mais rapi damen-
168
O INVISÍVEL TORNA-SE VISÍVEL
169
TENTANDO ALCANÇAR AS ESTRELAS
170
GALILEU, MESTRE DO UNIVERSO
Galileu, mestre
do univer so
O primeiro grande
usuá rio do te lescópio
foi, semdúvida , Gali-
leu. Ele se dedico u à
astron omia em 16 04,
estudando a supernov a
que Keple r tinha ob-
servado. Ele estabele- Jovianas, embora agora existam 63 conhe-
ceu que lae nã o se movia e, por isso,deviacidas com órbi a ta relati vamente estável em
estar o tã distante quanto as outras estrelas.volta do planeta, e mais luas pequenas po-
Galileu efz seus própri os telescópios, quedemser n econtradas.
eram m uito potentes paraa época (v eja a Também em 16 10, Galileu ob servou as
página 51). Em 1610, ele tin ha um instru- fases de Vénus (parecidas sà fase s da lua).
mentocom capacidade de a de 30Isso prov
umento ou conclusiv amente qu e o planeta
vezes, com o qual observou as quatro luas deve gir ar emvolta daórbita do Sole que as
mais brilhantes de Júpiter (agora chama - fases se de vem àmaneira mo co vári as partes
das de “lua s de Galileu”).A maior das lua s são iluminadaspelo Sol dura nte asfases de
de Júpiter, agora cha mada Ganym ede, foi sua órbita. Como resu ltado, amaioria dos
aparenteme nte oca
l lizada pe lo astrônomo astrôno mos tro cou suaaliança od modelo
chinês G an De em 364 a.C. (a olho nu). ptolomaico para o he liocêntricodura nte o
Primeiro Galileu pe nsava queelas fosse m início do século XVII.
“estrelasixas”
f próxi mas a Júpiter, mas fez Todavia, isso não foi tudo. G alileu tam-
nova observação sta e e most
rou que lase sebémobservou os n a éis de aturno
S , embora
moviam.Quando uma desa pareceu, ele per-não o f ssecapaz deidentificar o u qe eram.
cebe u que lea tinha idoparatrás deJúpiter,Ele percebeu queVia a Láctea, na verdade,
e logo devia girar na órbit a do planeta. Es-é um conjunt o incontávele maciçode estre-
tes foramos primeiro s corposidentificadoslas, vi u que aLua tem cratera s e montanhas,
como girando em volta da órbita de outraobservou ma nchas solare s e distinguiuentre
coisa que não o Solou aTerra , e o impacto
planetas estrelas.
e leE afirmou ques aestre-
na cosmol ogia contemporâne a foi imenso. las sã
o sóis distantes eezf esti
mativas de sua
Até 1892, não foram encontradas mais luas distânci
a da Terra com se ba em seu brilho
171
TENTANDO ALCANÇAR AS ESTRELAS
relativ
o. Embora le e colocass
e as
EPPURSI MUOVE
estrelas mais xima
prós apenas vá
rias cent
enas devezes adistânci a Costuma-se dizer que Galileu, depois de renunciar à
da Terra od Sol, e aquelas visí
veis sua crença de que a Terra se move em torno do Sol,
teria murmurado "eppur si muove" - "no entanto,
ao telescó
pio vários milh ares de
vezes a distância entre a Terra e ela se move". A fonte mais antiga disso é de um sé
o Sol (bem aquém as d distâncias culo depois de sua morte, e é improvável que ele ti
reais, evidentemente) es dados vesse feito algo tão provocativo frente à Inquisição.
, ess
puse ram em ridículo os argumen
tos contra o modelo de Copérni- e do movimento erre t stre, ma s Galileu nã o
co de queas estrel as podiam não estar tãoqueria poia o públi co para sse e modelo , an
distantes. Ele deixo u cla
ro tam bém sioso po
r cau sa do de
stin o de G
iordano
queas estrelas não estãotodas __
___ Bruno. Primeiro,a Igreja ficou
a uma distânc ia fixa, mas ^ interessada eté amesm o en-
espa lhadas pelo espaço.
Mapa feito por Galileu de
Em Sidereus Nunc ius / +»
manchas solares observadas
(Mensag eiro Estre
la (perigosamente) com seu
do) publ
icado em telescópioem 1612.
1610, ele declarou j
que os planetas se- j
C ruzando espadas co m D eu s
As observações de Galileu forneceram am
plas veidências emfavor do modelo de Co-
pérnicode um sistema solar helio
cêntrico
172
GALILEU, MESTRE DO UNIVERSO
Ptolomeu na formade um
BESTSELLERDE 1610
diálogo imag inário entre
Galileu enviou uma cópia de The Starry Messenger (O Mensa- defensor
es de cadasistema.
geiro Estrelado) para a corte em Florença em 13 de março de Ele publi
cou com permi
a s
1610. Em 19 de março, a impressão de 550 cópias se esgo são da igrej
a, sob a ondi
c
tou. O livro foi traduzido para muitas outras línguas imedia
tamente, e em cinco anos estava disponível até em chinês! ção de qu e nã o defenderia
as ideias de Copérnico . A
censura pa pal insistiu em
um pre fácio e uma decla
tusiasmada com sa descobertas dealiG leu. ração final dizendo que a
Ele visitou o Pa
pa Paulo V em 16 11, e uma visão de Copérnico foi dada como hipótese e
subcomi tiva depadre
s jesuí
tas endosso u suas avisou qu e Galileu podia mudar aformulaçã o
descobertas de que ViaaLáctea é uma vasta da frase contantoque esu signif icadoperma
coleção de estrelas, Saturno
tem umaformaneces se o m esmo. As mudanças ue q Galileu
oval estranha omc prot uberâncias latera is fez ao prefácio, e o fato de o person agem do
(elas nã
o foramidentificada
s como ané is), a livro chamado Simplíci o apoiar o modelode
Lua tem
quatro um
luasaeVénus
superfície
temrreg
ifase
us.lar,
Oúpi
J ter
comitêtem
nã Ptolomeu e serclara
ovaram mente umsimplóri o, le
o Papa Urbano VIII a acreditar que
comentou so bre as implicações da s des co Galileu estava se divertindoà custa dele e
berta
s. Enqua nto estava m e Romavisitandopromovendo o per Conianismo.
o papa, Galileu tornou- se membro deuma
das primeiras sociedades científ icas do mun
do, a Academia Ly ncean,e em umbanquete POR TRÁS DOS TEMPOS
em suahomenag em, o nome “t elescópio” foi O Diálogo e De Revolutionibus de Copér
sugeridopelaprimeiravez para o novo nsi nico permaneceram no índice de livros
trumento astronômico. proibidos da Igreja Católica mesmo depois
No enta nto, o bomrelacio name nto de da proibição geral de livros que ensinam o
Galil
duziueuumcom a Igreja
panfleto so bnã
o dura
re ria. E
manchas pro heliocentrismo
lesol
ares ter sido suspensa em 1758.
Em 1820, a censura da Igreja recusou uma
em qu e fez suaúnica declaraçã o publicada licença para um livro que tratava o helio
a favor do modelo de Copérni co. Ela atraiu centrismo como um fato estabelecido. Um
a atenção da Igreja e, quando visitou Roma apelo contra a decisão conseguiu a sua re
em 16 15, o papa do mont ou uma inquisição vogação, e tanto o livro de Galileu quanto
sobre crenças copérnicas concl
e uiu que lase de Copérnico foram removidos do índice
eram “tolas eabsurda s... e formalmente here na publicação seguinte, em 1835. A Igreja
ges”. Logo dep ois,Galileu foi informa do qu e Católica acabou se desculpando por seu
não devia ter, defender neme ensi
nar crenças tratamento a Galileu - mas somente de
copérnicas, e que ele enf rentaria Inqu
a isição pois do ano 2000. O papa João Paulo II
se desobedece sse. E le aca tou a advert ência, citou o julgamento de Galileu entre outros
no início. Em 1629, Galileu secre veu seu erros cometidos nos 2000 anos anteriores
Dialogue of the Tivo Chief World Systems que e reconhecidos pela Igreja, embora com
apresentava osmodelo s de Copérni co e de atraso considerável.
173
TENTANDO ALCANÇAR AS ESTRELAS
Ca talogan do os c é us
O desenvolvimento do telescópio permi
tiu queos astrônomos ifzesse m ma pas m ais
precisos das estrelas. Est
imuladapela riv ali
dade comos franceses, que tinham montado
um obse rvatório nacional sob o cont role da
Academia francesa, a Royal Society ofLondon
pressionou para a fundaçã o de um obser
vatório na Inglaterra. O Observatório Real
foi estabelecidoem Greenwich em 16 75,
com John Flamste ed (1646-1719) como o
primeiro strônomo
A Rea
l (emborao títu
lo na Flamstee
co”). épocafoss
d elogo
“Obse
serva
dor Astronô
correspondeu micom
o jovem Edmund Eíalley (165 6-1742),então
um estuda nte em O xford ejá um astrôno -
174
CATALOGANDO OS CÉUS
RETORNO LENTO
O cometa de Newton, o Grande Cometa de 1680, foi o primeiro a ser observado com um
telescópio. Ele é programado para voltar aproximadamente em 11.037. Newton usou suas
medidas da trajetória do cometa para testar as leis de Kepler.
175
TENTANDO ALCANÇAR AS ESTRELAS
O alinhamento
do Sol, da Terra e
de Marte deu aos
astrônomos do
século XVII uma
oportunidade para
calcular o tamanho
do Sol e sua
distância da Terra.
astrôno
mos supuseram
que ele fo
sse sólido distância ent
re aTerra eMarte era míni
ma.
ou líquido, mas em 1675 Giovanni Cass ini Como di retor od Observatóriode Paris,
descob riu uma alha
f no sist
ema de anéis. que fora inaug urado naqueleo,anCassini
Determin ar a natureza donel a of i o tema foi capaz de e nviar um colega, Jean Richer,
escolhido pelo Adam’s Prize Essay na Uni para Caye nne, na América od Sul, parafa
versidade de Cambridge em 1855. Este foi zer observações enquanto ele afzia su
as pró
ganho por James Cl erk M axwe ll, que de prias obse rvaçõesme Paris.Como na poca é
monstrou que uma coleção de minúscul as quem reinavana França e ra Luís XIV - o
partícul
as sóli
das em órbita é a única possi Rei Sol ,- o projeto bte
o ve aprovaçã o rea l.
bilidade para algo que ri
sea instáv el; apena
s Sabendoque 10.000 kmparavam se Pari
s
a distância da Terra aSaturno azia
f o siste de Cayenne , Cassini usou tri agonometri a
ma parecer umaasm sa cont ínua. Maxwell para ca lcular a distânci
a entre Mart e ea
provou estar correto em 1895, usando ét c Terra , e depois aplicou as leis do mo vimen
nicas espec troscópi
cas. to planetário de Kepler pa ra deduzir que o
Sol estavaa 138 milhões dequilômetro s da
Longe, muito longe Terra . Isso representa nas ape 9% a me nos
Cassinié mais famoso por seu trabalhoso que o dado ace
ito atualment e de quase 15
0
bre adistância entre planetas oe tam anhomilhões de quilômetros. Mais cálculos re
do S ol. Antes disso,as únicas esti
mativas da velaram que o Sol é 110 vezes o tamanho
distância doSol até aTerra ram e q
auelas da Terra . Depois da publicação de
Principia
fornecida s por Aristar
co em 280 a.C. O tra de Newto n e de sua descriç
ão da ravi
g dade,
balho de Copérnicotornou possível jul gar ficou claroqueo Soltem cerca de 33 0.000
os índi ces de dist
âncias de daca planeta até vezes a massa da Terra.
o Sol, mas não havia dados para calcul
ar
as distâncias absolutas. Uma
portunidade
o C olocando cometas em seu lugar
perfeita aprese
ntou-se em 1671, quando oA amizade entre Halley e Newton deu fru
Sol, a Terra eMarte esta
vam lainhados e atos na ormaf deuma explicação do movi
-
176
LONGE, MUITO LONGE
TRÂNSITO DE VÉNUS
Antes de Cassini, o astrônomo inglês Jere- o tamanho do sistema solar como então era
miah Horrocks (1618-1641) sugeriu que, ao conhecido. A triangulação é uma maneira de
determinar com precisão o timing do trânsi calcular a posição de algo medindo o ângulo
to de Vénus - a passagem do planeta pela até ele a partir de dois pontos fixos, sendo a
face do Sol - a partir de diferentes locais da distância entre eles conhecida. O método era
Terra, seria possível calcular a distância en usado tradicionalmente para medir a altura
tre a Terra e o Sol. O próprio Horrocks ob de edifícios e até mesmo de montanhas.
servou um trânsito de Vénus em 1639, dois Halley morreu 19 anos antes de a próxima
anos antes de sua morte. O seguinte ocorre passagem ocorrer, e por isso coube a outros
ria em 1761, e novamente em 1769. Halley pôr essa ideia em prática. Quando a data se
tornou popular a ideia de usar a triangulação aproximou, os astrônomos iniciaram expedi
para calcular a distância entre o Sol e a Terra, ções em volta do mundo para registrar os ti-
conhecida como uma unidade astronômica mings. O trânsito provou ser muito difícil de
(UA), a qual poderia ser usada para calcular medir com exatidão e confiabilidade, mas
ao colocar juntas várias medições distintas
feitas em diferentes partes do globo, eles
chegaram a um dado de cerca de 153 mi
lhões de quilômetros, não muito distante do
dado aceito atualmente de 150 milhões de
quilômetros. No final do século XVIII, então,
os astrônomos tinham uma ideia realista do
tamanho do sistema solar. Foram estabeleci
das as bases da moderna era da astronomia,
uma era em que a maioria dos corpos celes
tes distantes estaria em foco.
mento dos come tas. N ewton mostro u em dirigindo parao espaço externo vame
no n
trajetória de um cometate - o queatualmente seria
Principia como a consi
derado um
podia ser calculadapart es cometa nã
air de três posiçõ o perió
dico. Sem dese
jar a
fzer os
observada do de dois meses, e cálculos de seu cometa
s num perío , Newton entregou
ele compilou dados sobre32cometas. Ele os da dos aHalley. Ele também pôs su que
supôs, noentanto, que oscometas guiam
se a trajetória fossepara
bólica, aténotar que a
uma trajetória pa
rabólica, vi fo trajetória do cometaem 1607 (observada
ndo para ra
do si em do Sol e por
stemasolar, girando tomo se Kepler) era uitom pare cida àquela do
177
TENTANDO ALCANÇAR AS ESTR ELAS
178
LONGE, MUITO LONGE
Espectro variável de
estrela para a constelação
Corona borealis (coroa do
norte), 1877.
179
TENTANDO ALCANÇ AR AS ESTR ELA S
Pickeringicouf rus
f trado com acompe
tênci
a de esus assistentes homens e declaro
u
que suaemprega da seri
a capaz de fazer um
trabalh
o melhor. Sua emprega da erauma
escocesa, Williamina Fl eming (1857-1911),
queimigrou com o ar mido, mas depois foi
abandonadapor ele quando estava grá
vida.
Ela foi trabalhar para Pickering pa ra sus
tentar aela eao filho. Fleming se dedicou
à taref
a de catalo gar e classif
icar sa estre
las, des
envolvendo um sistema de atribuir
a elasuma ca rta de coardo com a quanti
dade dehidrogênio existent e em seus es
pectros (sen
do A para a maior quantid ade).
Em nove nos,
a F
leming ca talogou ma is de
10.000estrelas.laE descobri u 59nebulo sas
Williamina Fleming gasosas, mais de 10 3estr
elas variáveis, 10
novas ea nebulo sa Horsehe ad. Pickering
colocou-a como res
ponsável po r uma gran
teríst
ico de linhas espe ctrais.Cada ás g cria de e
quipe de mulh
eres chama das “c
alcula
seu próprio padrã o. Logo, pela análise dadoras”, a que m ele empregou ara
p xeecutar
luz de uma setrela,é possív el identi
ficar sua
composi ção quími ca. O astrônomo ame rica
no Henry Draper (18 37-1882), pioneiroda
astrofotografia, foi o pri
meiro a fotografar o Annie jump Cannon
espectro de uma estrel
a, em 187 2. Suas foto
grafias deVega mostraramlinhas es pectrais
disti
ntas. Ele tirou ma is de 10 0 fotografias
de espectros estelares ant
es desuamorte em
1882. Em 188 5, Edwa rd Pickering (1846-
1919) assumi u a emprei tada ecomeçou a
supervisionar o uso em larga cala
es ad espe c-
troscopia tográfi
fo ca como direto r do Elar -
vard College Observatory, com o objetivo de
produzir um ca tálogo detalhado de strela
e s.
A viúva de Draper concordou em financiar o
negócio de risco, e a catalo gação am biciosa
paraa produção do Catálo go Elemy D rape r
começou.
Catalog Aprimeira
ueofStellar Spe publica
ctra ção foi oDrape
(Catálogo
r
Draper
de Espectro
s Estelares) em 1890, com 10.351
estrelas catal
ogadas.
180
LONGE, MUITO LONGE
os cálculo
s necessários envol
vidos na classi
ficaçã
o e catalogação das strel
e as. (As mu
lheres re
cebiam pena
a s 25-50 centa
vos por PARALAXE
trabalhode clas
astrônomos ss.
ificaç
junto ão foi
Ela feito po
r todosmu
a primeira os
lher a se
r premiada comum douto rado ho
norário pela Univ ersidadede Oxford e a
18 1
TENTANDO ALCANÇ AR AS ESTRE LAS
TELESCÓPIOS NO ESPAÇO
O Telescópio Espacial Hubble, lançado usan- da luz de fundo ou distorção da atmosfera da
do-se o ônibus espacial em 1990 e tendo re- Terra. Os telescópios espaciais foram propos-
cebido o nome em homenagem ao astrôno- tos pela primeira vez em 1923, muito antes
mo famoso, é um telescópio ótico em órbita de se tornar possível construir um.
em volta da Terra.
Por estar no espaço, produz imagens de Imagem do Hubble de duas galáxias que
extrema claridade, quase sem interferência estão se unindo por sua atração gravitacional
mútua.
183
TENTANDO ALCANÇAR AS ESTRELAS
184
A VIDA SECRETA DAS ESTRELAS
Espectômetro de
massa usado para
medir carbono estável
e isótopos de oxigênio.
185
TENTANDO ALCANÇAR AS ESTRELAS
/
V
G < > Ponte de
Wilsing e o equipamento Wheatstone
de Scheiner para tentar
' Metal
detectar ondas de rádio
do Sol. Papel
186
A VIDA SECRETA DAS ESTRELAS
NIKOLA TESLA (1856-1943) para pior. Ele ficou cada vez mais obsessivo
Nikola Tesla nasceu no Império Austro-Hún- pelo número três e por pombos.
garo, em uma área que atualmente faz parte O último fato a manchar sua reputação
foi sua promoção do chamado "raio da mor
da Croácia. Ele abandonou a universidade te", que, conforme ele alegava, "enviava
duas vezes e cortou ligações com a família
e amigos (seus amigos acreditavam que ele feixes concentrados de partículas pelo ar,
tivesse se afogado no rio Mura). Em 1884, de uma energia tão imensa que derruba
mudou-se para os EUA. riam uma frota de 10.000 aviões inimigos a
Tesla trabalhou com comunicação wire- uma distância de 200 milhas... e causariam a
less, raios X, eletricidade e energia. Quando morte de exércitos em seu raio de alcance".
chegou aos EUA começou a trabalhar para Tesla viveu os últimos 10 anos de sua vida
Thomas Edison, mas se demitiu em razão no Hotel New Yorker, e quando faleceu duas
de uma discussão sobre o pagamento. Mais cargas de caminhão cheias de trabalhos fo
tarde montou seu próprio laboratório. Ele ram apreendidos pelo governo dos Estados
era um inventor prolífico, mas algumas de Unidos por serem consideradas um risco à
suas invenções, seu caráter e suas atitudes segurança.
eram excêntricas, e ele sempre foi conside
rado um dissidente. Suas afirmações de que
ele teria detectado transmissões de rádio de
alienígenas de Marte ou Vénus não ajuda
ram. Em 1904, o Escritório de Patentes dos
Estados Unidos retirou a patente de Tesla
pelo rádio e deu-a a Marconi; Marconi foi
laureado com o Prêmio Nobel pela invenção
do rádio em 1909. Depois de brigas com
Marconi e Eddington, e a demolição de sua
coisa que não vemos com telescópios ópti em uma carta escrita em 189 0 que ele e um
cos, mesm o aqueles ancorados noespaço.colega poderiam con strui
r umrece ptor para
Mas qua vieis doespeccaptar onda
ndo as partes não sív s derádioa part ir do Sol . Se ele
magnético, como ondasde rádio, tivesseconst
tro eletro ruído um apa relho desses, n i fe
orar ainda lizmente não teria detec
foram usadas, foi possível expl tado n o das derádio
mais prof
undamente
Talvez asorigens dacosmos.
oastronomia do ádio
r do espa
(1851- ço.) O
1940 físico
const ruiuinglês
re ir SOliver
almente Lo
dge
um detec
estejamga lidas oa inventor e empreendedortor, mas não encontrou evidências de on
Thomas Edison (184 7-1931), que sugeriu das de rádiovindas od Sol em 1897- 1900.
187
Foto da constelação de Sagitário tirada
pelo telescópio Hubble, fonte do sinal de
rádio detectado por Jansky.
188
A VIDA SECRETA DAS ESTRELAS
189
TENTANDO ALCANÇAR AS ESTRELAS
19 1
CAPÍTULO 7
ESPAÇO-TEMPO
continuado
ii . *
Éfc'’MC3tf
Um a brev e his tóri a do tem po
Embora sejaácifl ver a pa ssagem dos dias,o
padrã
o de um ano n i teiro se torna veidente
somente com o istr rego e a contagem. A pri
meira evi
dência de ssoape s reg istrandoo tem
po
os data des 20.000
primeiro anos
conhecimento s atrás.
de ma temáti
astroA ca e
nomia
provavelmente tenham surgido juntos qua ndo
as pessoas endapreram aco ampanhar epr ae
ver os movimentos dos corpos celestes.
O cursode um dia ra e medido usando-
-se umgnomon , um ponteiro de um relógio
solar que projeta umasombra para acompa
nhar oprogresso do Sol pelo céu. urante
D Uma clepsidra, usada para medir o tempo na
milênios este oif o melho r guia pa ra apassa Grécia Antiga. Os relógios d'água têm sido
gem do tempo. Então, no sé culo XVII, Ga- usados há milhares de anos.
lileu comparoupulso
seu próprio um lust
eredescobriu
balança
ndo ocommovimen
A manhã e amanhã e amanhã
194
O mecanismo de funcionamento do relógio
forneceu a primeira maneira de determinar o "...tempo absoluto, verdadeiro, matemáti-
tempo com exatidão. co... de sua própria natureza, flui igualmen
te sem relação com nada externo."
Isaac Newton
195
ESPAÇO-TEMPO CONTINUADO
U ni nd o espaço e tempo
Tud o é relati vo
Todo mov
imento érelativ
o à posição ou
movimento do obser
vador. Logo, você
pode atrav essar asala e alguém de pé e pa
rado na ala s julgará ua s velocidade como
sendo cercade 5km por ho ra; Tanto o v cê
quanto o observador tão es em m u globo
que gira no espaço a quase 30km por se
gundo, mas ape nas se u moviment o pela
sala énotado.Um observador em um pla
neta distante (com um bom telescópi o), no
Santo Agostinho
entanto, veria o lobo
g girandoe rodopian
do. (G alileu perce beu isso,embora alas f se
de uma pessoa m e um na vio vista por um
O filósof o cristão Santo Agostinho espectador na praia,e não de umalieníge
(354-430 d. C.) chegou à conclusão de que na com um telescópio .) Logo, a velocida
de em queum obj eto se move depende do
o temponão ex istiria senão houv esse uma
referencial; o mov imento só poder se me
inteligência observadora, spoi era apenas a
dido em relaç ão aos outrosbjetoo s ou ob
lembr ança de coi sas passa das ea expectat i servadores. ref O erencial pode ser a mesma
va de eventos futuros que davam ao tempo sala, o me smo navi o, o mesmo planeta ou a
qualquer exist ência oraf d o prese
nte. mesmagaláxia.
O matemá tico francês Ni cole Oresme Einstein desco briu uma xceçã
e o a essa
(1323- 1382) indagava e s o te
mpo celestial regra básica: aluz, disse le, e sempre vi aja
- tempo me dido pelo movimento de orposc à mesma velocidade- independenteme nte
celestes - era mens urável: ou seja, se havia da velocidade em ue q o observador está se
umaunidade que pude sse medir seus movi movendo. le E explicou que não import ao
mentos com núm eros inteiros. Ele sug eriu quanto você esteja se deslocando, um efixe
que um criador tel inigent
e certamente osde luz passa ria por você a299.792. 458 me
teria feito assim, m as por pouco onãpertrospor seg undo.
196
TUDO E RELATIVO
k.
LEVANDO A GRAVIDADE A EXTREMOS: BURACOS NEGROS
197
n
& ESPA ÇO-T EMPO CON TINUAD O
;
0
a distância contse rai. Einstein pro
vou estar correto nesse sentido em
1971. Um reló gio atômico eval do
para umaviagem em um avi ão
muito rápido registrou um tempo
ligeirament e mais curtoque um
relógio d i ênticodeixado estacio
nado nosolo.Porémviajar m e um
avião rápidonão é uma boa forma
de estenderua s vida - você preci
saria girar emvolta daTerra 18 0
bilhões devezes pa ra economizar
um único segu ndo.
A teoria geral da relatividade
de Einstein , publicada m e 1915, publicadas depois de ua s morte em 1867 -
foi além, razendo
t junt
os tempo, espa ço e 1868. Mas Ein stein oi
f muitoalém deRei-
matéri a, e us ando a gravidade paraexplicar mann, por elabo rar q
e uações paraexplicar e
o efeito de um no outro. Amatéria cu rva oprever acurvatura.
tempo- espa ço, como uma bola atiradasobre
uma ma nta esti cada ca usa um afundamenB em longe e h á muito tempo
to nesta. O mod o como outro s objetos a eExisteoutra fo rma menos teó rica ecompl e
luz se m ovem em resposta aessa inclinaçãoxa denosso in teresse lopeespaço se vincular
chama mos de ravi g dade. o Lgo, assim o cmo ao interesse pelotempo e vel a ocidade daluz.
uma bol a peque na rolará naturalment e para Quando lhamos
o para
as estrel
as, nós as ve
a área af undada da ma nta criada por uma mos co mo elas e ram no passador po causa da
bola gra nde,um corpo eque p no em um es duraçã o de tem po que leva paralua z delas
paço gravitará na tural
mente para umaior, m cheg ar até nós. Mesmo a luz do Soldemo
restrito pela curva tura do tem po-espaço. ra oito minutos parachega r aténós.Se o Sol
Essacurvatura i foproposta muitoantes detivess e desaparecidodois minuto s atrá
s, nós
Einstein pelomatemá tico alemão Bernha rd continuaríamos avê-lo brilhar, inconsciente
Reinmann182 ( 6-1866), cujas ideia s foram do desa stre iminente,por mais se is minutos.
198
DE VOLTA AO INÍCIO \
o universooss
fe finito, mas Anaxágoras, fragmento BI 2.
eterno.
199
ESPAÇO-TEMPO CONTINUADO
.1 :=
mo emum espaç
o de tem
po mais curto
, sa
bemos que os áto mos em um sistema stelar
e
quemorre event ualmente osãreciclados.
René Desca rtes descreveu um un iverso
“vórtice” em qu e o espaço não estavavazio ,
mas cheiode matéri a querodopiava emre
demoinhos, ou vórtices, produzi ndo o que
mais tardefoi cham ado deefeito
s gravitacio-
nais. Em 1687, Newton propôs um univer
so estático,infinito, em regime estacionário
em que amatéri a é distribuída gua
i lment e
(em g rande escala). Seu universo eraequi
librado gra
vitacion
almente, ma s instável.
Este perdurou como modelo científico até
o século XX. Mesmo Einstein aceitou isso
como e vrdadeinquest
ionável até queas des
cobertasprovaram o contrário
.
20 0
DE VOLTA AO INÍCIO
tante cosmol
ógica de
pois de evidências dese desviado ara
p o extremo vermel ho do
queFriedmann estavarto ce
. espectro -o cha
m a
do “
desvio pa ra o ver
O astrôno
mo ame ricano dEwin Hubble melho” (veja o box acima). Esses achados
(1889-1953) emonst
d rou em 192 9 que ga foram toma
dos com o evid
ê ncia deque, de
láxias dis
tantes seafastavame dnossaregiãofato, o universo estáse expandindo. Eins-
espa H e tinha tein então seg
cialem todas as direções.ubbl uiu amplamente o modelo
analisado essas galáxias espe ca- de Friedmann
ctroscopi , mas adotou a visão de que
mente e notou queseus espectros avi ham o uni
verso scil
o a entre a
expansã
o, segu
indo o
201
ESPAÇO-TEMPO CONTINUADO
rence na Bélgica em 1933, e se estabeleceram ratura, na verdade, tem 2,7 graus acima do
nos EUA em 1934. zero absoluto.
20 2
DO OVO CÓSMICO AO BIG BANG
203
ESPAÇO-TEMPO CONTINUADO
I %
Q uantas e str e la s?
Os primeir
os catálogos de
estrelas podi am listar ape
nas aqu elas visíveis a olho
nu. Com o aprimora mento
da tecno logia, primeirocom
o telescópio ocular edepois
com telesc ópio por rá dio, o
número destrelase detectá-
veis multiplicou-se de forma
contínua e exponencial. O
catálogo Draper (veja pá a
gina 180 ) aca bou listando359 de isótopo
.083 estrelas. s radioativos como o urâ
nio-238
No
no entanto
uni
verso, o núme
excede rodeestimadoqua
longe de strelas
e ca
lquer e seus produtos
cosmocron ologia);deme deca
dindoimento (nucl
o índice eo-
de
tálogo e, assim como o univ erso, tende aseexpa nsão do universo e calculando retroa
expa ndir. A
té o ifnal de 20 e mativa getivamente pa
10, a sti ra identificar quando ele de ve
ralmente aceit a era entre 1022e 102 as.ter-se iniciado; e xamina
4estrel e ndo aglomera dos
Então uma equip e de pesquisa coo rdenada globularesde estrelas deduzi
e ndo sua ida
por Pieter va n Dokkumno Observatóriode de dos tipo s deestrelas que eles contêm.O
Keck no Havaídescobri u em 2 010 qu e podedado mais exa to para aidade do uni verso
haver trêsezes v ma is estrel
as do que o que atualment e é calculado como 13,7 bilhões
se pensava, por cont a de umaproliferação de de a nos. Baseia- se nos dados da Sond a de
estrelas nãs
a verme lhas invisíveis anterior Anisotropia de Micro-Ondas Wilkinson, da
mente
vas alv
(t ezem
anteriores 20algumas
vezes mais queas estimati
galáxias). NASA, uma
ção cósm sepafundo
ica de çonaveem
que
icro de
me a radia
m-ondas.
204
r
DO OVO CÓSMICO AO BIG BANG
verso tiver apenas 13,7 bi Vahe Gurzadyan (1955-) descobriram círculos concêntricos
lhões de anos. A anoma lia claros dentro da radiação cósmica de fundo em micro-
é atribuída à expa nsão do -ondas, o que sugere que as regiões de radiação têm uma
espaço-tempoentre aTerra temperatura muito menor que em outro lugar. Isto, ale
gam eles, sugere um Big Bang anterior, mais antigo, pre
e o qua sar. A luz que ago
servado como um tipo de fóssil no CMBR.
ra recebemos do quasar foi
emitida talvez a12,7 bilhões
de anos- luz atrás, qua ndo
o quasarstavae mais pró ximo da T erra, masT u d o montanha abaixo a par ti r daqui
como oespaço entre os ois d aume ntou desde Nosso própri o Sol está aproximadamente
então,o quasa r ag ora está m uito mais afastana me tade do caminho de suavida provável.
do. Embora ne m a luz nem o co rpo po ssamPode-se espera r queainda dure uns poucos
viajar pelo espaço a velocidades maiores que bilhões deanos ntes a deseguir o padrã o ob
a velocidade daluz, o tempo- espaço pode se servado em outra parte do erso
univ
, de expan
expandi r a qualquer taxa. ensa E pdo que o dir-
s e e
m um gigante verme
lho para depois
universo obse rváve
l (queteoricamente po de entrar m e colapso etornar- se umaanãbran
ria ser obse rvado se tivésse
mos a tecno logiaca, e finalmente esf riar ca
da vez ma is.
certa) temme tornode 93 bilhões deanos- Embora se ja evi dente quenão est are
-luz. Isso não coloca um limite ao tam anho mos a qui paratestemunhar isso, im o f do
do univers o todo. Além de le, pode ha verunivers o - se ocorrer - preocupaalguns
matér ia que ag ora estásepara da daTerra po r cosmo logistas. lEe se expandirácontinua
tantoespaço intervenient e quesualuz aindamente atée stornar umcaldo ralo de ma
não chegou até nós. téria dispersa, deixando defuncionar coe
rentemente como sistema s planetá
rios? Ou
Q uantos un i ve r sos ? será sugado de volta e
m um Big Crunch,
Embora a palavra “universo” signif ique pront o para explodir no vame nte e m um
que x eiste paena s um, alguns entici stas su nov o Big Bang ? Nesse aso,
c este ciclo
pode
geriram qu e existe, de fato, um multi verso,ser e terno(embo ra a palavra nã
o tenha sig
em que nosso pró prio universo é penas
a nif
icado em um sist
ema em que o tempo,
um entre m uitos.Os físicos te óricos Hughjuntamente com o espaço, é esmagado e re
Everett III e Bry ce DeWitt (192 3-2004) criado para iniciar do zero).O começo e o
suge riram ummodelode “muito s mundos”fim do u niverso são realmentes afronteiras
nas dé cadas de 1960 e 197
0, eo físico russo
-da ciência, áreas queexploramos com ól
-america
no Andrei Linde (194 8-) descreveu tem
gica mé
ematemática - mas me
todos experimentais smo aqui ex
is
que ajudarão
em 1983 um model o em quenosso uni verso
é um de muitas olhas”
“b formada s em uma aprimorar nossas teori
as à medid a que
multi
versosujeitoa inflação eterna. moldarmos afísica o
d futuro.
205
CAPÍTULO 8
FÍSICA
para o futuro
M |
junto
tudo deo teorias
queoif ou modelos que
descoberto explique
até
gora,
a alémsa? Então,
A teoriao atua
quelé
maessa substânci
is aceita di a misteri
vide a maoa
téri
daquilo queainda não temexpli cação. escu ra em matéri a bariônica e não bariô -
nica. Matéri a bariônica é ma téria comum
Is t o é tudo ?
Parece um rafcasso
para aFísica, mas um
dos m aiores prob
lemas
remane scent
es é como
explicaros 96
% da den
sidadede massa-
energia
do univ
so erso.
que O univ
podemos eer,
vr
Um anel de matéria
escura formado pela
colisão de duas galáxias,
fotografado pelo
telescópio Hubble em
2004.
208
DESCARTANDO TUDO E COMEÇANDO DE NOVO
209
FÍSICA PARA O FUTURO
gerais
que de erso
o univ relativ
idade
não ent pa
raraemexplicar por
colapso sob(veja a página
evidência 213). No ifo
conv
incente entanto
encon,trada
nenhuma
para
fazer qualquer teoria particular parecer al
Como parece o Universo desde o Big Bang. tamente provável.
21 0
Simulação da criação e decaimento de um
bóson de Higgs; ele produz dois jatos de
hádrons e dois elétrons.
211
Stephen Hawking em gravidade zero a bordo de
um Boeing 727 modificado.
reunindo a gravidade ea mecânica quânti ca
em um conj unto abrang ente de eq uações.
LHC disparafeixes ed prótons 11 meses do Anaxágoras poderia ter dito o mesmo. Ele
ano,e íons de chumbo umsmê por ano. queria encon trar uma única expl icação para o
Os feixes deprót
ons sã
o ace
lera
dos a 3m/ smovimento e amuda nça deestado que oco rre
da velocidade daluz e dispara
dos em rajano mu ndo ífsico.Ele insi
stiu que essaexpfíca
das demodo que sa colisões não acont
eçam ção nãodever ia ter qualquer component e su
continuame nte, mas sempre em intervalo
s persticioso ou divino e dever ia ser totalmen
de pelomenos 25nanossegundos. te lógica. A mente ica, cósmno model o dele,
Um próton acelera do leva p aenas 90 pesquisada constant emente, regulava econ
microssegundos para compl etarum circui trolava sa mudanças infinitas queocorriam
to do túnel lisor
co - o equivalente a1.0100paracerti ficar-se deque leas estavam todas
circuit
os por segundo. O programa de pessob o cntrole. O queele queria er dizera qu e
quisano LHC começoume 2010. havia umalei, que ele nã o tinha descobe rto
Os físicos espera
m que , se o modelopanem xeplicado, quecontro lava oluxo
f de toda
drão estiver correto,um bóson deHiggs matéria.Esta era uma x epfícação insatisfató
será produz ido a cada poucas horas; será ria, co
mo observ aram seussucessores, s ma
necessá
rio obter dados de ois
d ou trêsnosa não m uito diferente das crençasde Einstei n e
paraconfirmar que issoaconteceu. Hawking de qu e deve haver um a teo
ria única
e que podem os descobri-la. No final de a su
S e p ar and o o j o io do tr vida, Einstein reconheceu que ele não con
i go ?
Einstein lutoue- fra
cassou - para encontra
r seguiria fazer isso,e quedeveria deix ar esse
uma teoria uni
ficadora que xpl
e icas
se tu
do, trabalho para outrosenti
ci stas. ss
Io ainda nã
o
21 2
ONDE MAIS PROCURAR PELA MATÉRIA?
foi rea
lizado,e o abismo entreteoa ria quâ
n
"Teoria-M é uma teoria unificada que Eins-
tica e a teori
a geral da relati
vidade- apesar
tein estava esperando encontrar... Se a teo
de evidências e
xperimentais deque ma bases
ria for confirmada pela observação, isso será
tão corretas- conti
nuasendo umimportante
a conclusão bem-sucedida de uma busca
enigmaparaos ífsicos.
que começou há mais de 3000 anos. Nós
Uma abo rdagem a esse problema fo i o teremos encontrado o grande design."
desenvol vimento da teoria da s cordas. No Stephen Hawkíng, The Grand
entanto, ainda não é uma teoria co erente, Design, 2010.
não pode ser testadapode e nã o ser am
plamente ace ita, mas procura uni r a teoria
quântica ea teoria gera l da relati
vidadefor A teoria-M é um desenvolvimento da
necendo uma scriçãode mais aprofundadateoria da s cordas ue q levahipóteses dafí
de a mbas. Na teoria das cordas, odas t sasica anovas fronteiras. A adiçã o de um a Ia
partícul
as su batômicas são fragmentos mi dimensã o é sua contribuiçãomais mod esta.
núsculos de corda, co m extremidadesber a Para cord as vibrantes,ela a diciona partí cu
tas ou m e laço,que vibram emmuitas dilas ponto s, membra nas bidimens ionais, or
f
mensões. Adiferença e ntre as partículas não matos e entidades tri dimensi onais emmais
vem de sua composição, que é a mesma, mas dimensões que são impossív eis devisuali zar
da harmo nia de suas vibrações.E essa s vi (p-branas, ondep é um núme ro no inter
brações não oco rrem pena
a s nas três dim en valo de zero a nove). O modo como os es
sões de espaçouma e de tempo com a qual paços interno s são dobrad os determin a os
estamos familiarizados,mas em dez dimen aspectos que considera mos leis mutáveis
i
sões. Alguma s delas po
dem se r enro ladas em do universo tal - como a carga sobreum
si mesm as ou durar apenas um tempo muit o elétronou como a ra gvidade funcion a. A
breve,de modo que o nãas perce bemos. A teori
a-M, portanto, permite ifered
ntes uni
teoria das cordas éaltamente especulat iva, eversos com leis diferentes - até 10500delas,
mesmo seus propo nentes têm versõe s muit o de fato. Não existemfórmu las da teoria-M,
diferentes dela
. como ambé
t m não existe consen so sobre
o que lae seja- umaúnica teoria, uma rede
de teorias conectadas, ou alguma coisa que
mudade acordocom sa circunstância s? Nin
guém tem certez a do querepresenta M. O
que Anaxág oras cham ou de mente ()e
nous
21 3
1
■ IN D IC E
Índice
Abhaya, Rei, 74 Aston, Francis 186
Academia de Experimento 21 astrolábio 161
Académie des Sciences 22 astronomiaveja tam bém continuum es paço-
Alberto da Saxônia 78-79 -tempo
al-Biruni, Abu Rayhan 19 , 160, 162 e brilho das estrelas184-185
al-Farisi, Kamal al-D in 48 e cometas 176- 179
al-Ghazali 33 e energia snaestrelas 185-186
al-Haytham, Ibn Hass al- an Ibn 18-19 , 27- e espectroscopia 180-182
28, 49, 67, 160 e Galileu 17 1-174, 175-176
Alhazen 18-19, 47-48, 49 e modelo co pernicano 165-164, 170
al-K hwarizimi, Muham med ibn M usa 159- e model o ptolomaico157, 163 , 164, 166
160 e na índia 157, 158
al-Marwazi, Habash al-Hasib160 e pulsares190,191
alquimia 35, 36 e quasares 190
Al-Rahwi 19 e radioastronomia 186-190
al-Shirazi, Quth al-Din 48 e Tycho B rhae 165-166,167
al-Suíi, Abd al-Rahma n 160 e uso d o teles
cópio 169-170, 171-172,
Amontons, Guillaume 103 175-176,183
Ampère, André-Marie 101, 111 e Via Láctea 184
Analytical Mechanics (Lagrange) 90 instrumentos na 176-177, 182-184
Anaxágoras 26-28, 29, 70, 87, 199 na Ch ina 153
Anaximander 17 na GréciaAntiga 15 4-157
Anderson, Carl 145 na Mesop otâmia 153- 154,161
antimatéria 144-145 no mundo árabe 158- 160, 162
Aquino, Tomás 78 no pe ríodo p ré-histórico 152
Aristarco 154-155 visão da supernova 162-163
Aristóteles 18, 199 átomos
e ideias damatéri a 30, 31-32 deca iment o 138 , 139-140
e ideias de me cânica 75-76, 77 descrição de 29
e ideias de tempo 194 discussão sobre aexistênci a de 35
e método científ ico 23 e antimatéri a 144-145
e velocidade da luz 67 e composto s 41-42
influênci a na Europa m edieval 20, ,30
50 e corpuscularianismo 35
Arkwright, Thomas 90 e elementos 39-42
Arquimedes 76 e elétrons 122, 124-
126, 128
, 129, 130-
Arrhenius, Svante August 109, 112 133
Aryabhatiya 158 e fissã
o nuclear 141-
142
INDICE
e Interpretaçã
o deCopenhagen 134- 137 Brahe, Ty cho 161, 165- 166, 16 7
e mecâ nica quântica 43, 126-139, 143- Brahmagupt a 158
147, 149 Brentano, Franz 43
e neutri
nos 137 , 145-147 Broglie, Louis-Victor de 128, 129
e nêutrons 137-139 Brown, oRbert 4 2
ee partí
cula bóson de Higgs 147, 149, 210Browne, homasT 107
termodinâmica 42-43 Brueghel, o Velho, Jan 25, 37
força obre
s 138
-139 Bruno, G iordano 17 0
ideias deestrutu ra de Bohr 124-126 buraco s neg ros 197
ideias do umndo ára be 33-34 Buridan,Jean 78, 79, 163
ideias doécus lo 17 dos 36-39 Burne ll, Jocelyn Bell 191
ideias dosreg gos na Antiguidade 28-32
ideiashindu dos 2-333 Calculadores de Oxford 80
model o do pudim depassas 122-124 calor
Aubrey, John 20, 37, 54, 58 e ideias de go fo 95-96
Agostinho, Santo 196 eluz 103-105
Averroes 34,
Avicenna 19, 78
67, 77-78 e
e modelo mecâ
termodinâmicanico 98, 99-100
98-103
Avogadro, Amedeo 42 e zero absoluto 102-103
modelocalórico98-99, 101
Bacon,Francis 20, 67 camera escura 49
Bacon, Roger 19-20, 48, 50-
51, 67 Cannon, Annie Jump 180, 181-182
Baliani, Batista 87 Carnot, Nicolas Sadi 10
1-103
Becher, Johann 95 Cassini
, Giovanni 167-168, 176
Becquerel, lAexandre63, 116-
117, 118
, 139 Cavendish, Henry 108
Beeckman, Isaac 81 Cefeidas 183-184
BenjaminThompson,Conde de Rumford Céres e os Quatro Elementos(Brueghel o Ve
99
Bernoulli, Daniel 88-89, 98 lho)
Cesi, 24-2521, 22
Federico
Berti, Gasparo 87 Chadwick,James 137- 138,140, 14
5
Bessel, Friedric
h 182 Châtelet, Émilie Du 95, 97
Bevis,John 163 China
Bhaskara59 astronomia na15 3
Bohr, Niels 124-126, 12 7, 13 5, 14
8 e ideias demagnetismo 110
Boltzmann, Ludwig43, 124 mecâni ca na 75
Bonaparte, Napoleão 23 Clausius, udo
R lf 100, 101
Book ofBodiesand Distances (al-Marwazi) 160 cometaHalley 17 8-179
Book oftheDevil ValleyMaster 110 cometas 186-189
Bot
hee,, Walter
Boyl Robert 137
21, 22, , 35
37, 39, ,59103 compostos 41-42 128-
constante de
Planck 129
Bradley,ames
J 69 continuum es
paço-tempo veja mbém
ta s
a
Brady, Nicholas 39 tronomia
1 ■ índice
â
e buraco s negros197 Discursos e Demonstrações Matemáticas a Res-
e desvio parao vermelh o 201 peito de D uas Novas Ci ências
(Galileu) 17
4
e energia escura 208 -209 Dokkum, Pi etervan 2 04
e multiversos 205 Drape r Catalogue of Stell ar Spe ctra 18 0,
e númerode estrel as 203 -205 181-182
e origens do universo 199-200 Drape r Henry180
e teoria darelatividade 196 , 198 Dresden Cod ex 16
2
e teoria do Big Bang 02-2 203, 20 5 Du Shi 75
e universoem expa nsão 200- 202 dualidadeda onda-partícul
a 127
-137
e velocidade da luz 198-199
Copérnico, icoN lau 16 3-164 Eck, Jo hannes 12
Coriolis, Gustave-Gaspard de 105-106 Eddingto n, Arthur 0-71,
7 185
, 186
corpuscularianismo 35, 7-585 Edison, homa
T s 186
Cowan, Clyde 145 -146 efeito fotoelétrico62, 63
Curie, Marie 117 -118, 119 Einstein, Albert131
Curie, Pierre 118, 119 e adireçãoda luz 70
e a dualidadeda onda-partí cula129-130
Dalton, John 41-42, 103, 122 e a expans ão do univ erso200-201
Davy, Humphry 98 , 99,106 e a Interpretaçã o de Copenhagen 135-
De aspectibus Sobre( aperspectiv
a) (al- 137
-Haytham) 47 e a teoria darelatividade 196-198
De magnete (G ilbert)110, 155 e a teoria do Big Bang 02 2
De Nova Stell a (Brahe) 166 e ateoria uni ficada 212
Dee, John 170 e a velocidade daluz 70
Demócri to 19, 28, 29, 31, 199 e eletromagnetismo 203
Desaulx, .J 42 e o efeitofotoelétrico62, 63
Descartes, René e o éter 32
descreve o universo 200 e o métodocientífico 23
e geometria cartesi
ana 55 e o movimentodas moléculas 42 -43
e ideias dematéria 32, 35,37-38 e o paradoxo EPR 135-137
e ideias de mecânica 81, 82 e o Projeto Manh attan 142
e ideias deótica 52, 53-54 elementos 39-42
e velocidade daluz 67,70 eletr
icidade106-111
desvio parao vermel ho 201 eletromagnetismo 61-62, 111-114
DeWitt, Bryce205 elét
rons 12 2, 124-126, 128
, 129, 130-
133
Dialogue of the o Tw Chief World Systems Empédocl es 30, 31, 46, 57, 67, 95
(Galileu) 173-174 empirismo 36
Dicke,Robert 0 23 energia cin
ética 106
Digges,, Thoma
Digges Leonard
s 53, -17
169 169-
0 170 energia escura
energia pot 209-
encial 210
106
dinâmica 77-82, 84 energia
Dirac,Paul 132-133, 144-145 conservaçã
o da 94
ÍNDICE
Lei de Sne
ll 70 Maxwell
, JamesClerk 32, 61-62, 100, 102-
Leibnitz, Gottfried 86, 95 103, 107, 167
Leigh,David 102 mecâ
nica celestial 85-86, 8
1
Lemaître, eorg
G es 202-203 mecânica os
d fluido s 86-89, 90
lentes 5
3 mecâ
nica quânti ca 43, 126- 139, 143-147,
LencipoSir
Lodge, 28-
29, 19
Oliver 918
6-187 149
mecânica
Lorentz, Hendrik 32 e Calculadores de Ox ford 8
0
Luz veja tambémótica e dinâmica 77-82, 84
como linha reta 70-71 e Galileu 81-82
desenvolvimentoda teoria das onda
s 58- e ímpeto77-80
62 e Isaac Newto n 84-85
dualidadeonda-partícula 127-137 e Revolução Industrial 89-
90
e calor 103-105 e velocidade 80
e efeito otoelétrico
f , 52, 63 experimento do túnel 8079-
e éter 53-54, 57, 62-
66 ideias sobre ,a no mundo ára
be 84
e
e fótons
idei 62,
as hindus63da46 ideias sobre no sécul o 16 e 17 80-82
ideias sobre, no século 18 e 19 90-91
e radiação eletromagnética 61-62, 71 inércia 82, 84
ideias deIsaac Newton sobre 57- 58 mecâ nica celeste 86-89, 91
ideias do mundo árabe47- da
48 mecânica dosuidosfl 76-
89, 90
ideias do século 16 e 17 sobre 51-54 mecâni ca estáti
ca 7 8
velocidade da 67-70, 198-199 moment um 82 , 84
LynceanAcademy 21-22, 104 na Chi na 75
na GréciaAntiga75-77, 7 8
Mach, Ernst 1
9 na Mesopotâmia 74- 75
Magiae naturalis ell
(da Porta) 104 no Sri L anka 47
Maias 162 roj
Manhattan Pect 14
2 Mendelee
Mersenne, v, Dmitri
n 6740
Mari
Marrison, Warren 194 méson s 13 8
massa, co
nservação da 26, 40 Mesop otâmia74-75, 153- 154, 161
matéri
a escura208-209 método científico 18, 19, 20, 21, 23, 36, 49
matéria Michell , John 197
e Anaxág oras 26-
28, 29 Michelson, Albert 64-66
e atomismo 28-34 Micrographia (Ho oke) 22, 56-
57, 5 9
e teoria el
ementar 30-31 Mill, John Stuart 52
ideias da Europa m edieval sobre 31, model
34- o atômico pud im depassas 122- 124
35 momentum 82, 84
ideias dogre
ideias dos mundo be
ára
gos anti
gosdada
33-3432
26- Morley,
movimentoEdward 64-66
perpétuo6 8
ideias hin
dus da32-33 movimento eja
v m ecânica
Maury,Antonia 181 Muller,Johannes163
ÍNDICE
multi
versos 052 ideias deRené D esca
rtes sobre ,52
53-54
Mundoárabe Oresme, Nicole 196
astronomiano 158-160, 162 Orsted, Chri
stian 111
e ideias damatéria 33-34 Otica(Bacon)50
e ideias deluz 47-48
e ideias
físicanode me
cânica 84
18-19 Panzi
Papaas , Arno 203 54
Alexandre
Musschenbroek, Pietervan 1
07 paradoxo EPR 135-137
Parakrambahu, Rei 74
Nagaoka, Hant aro 124 paralaxe 181,182 , 183
Nernst, Walther 102 Parmêni des 26, 13
neutri
nos 137, 145 -147 partí
cula bóson de Higgs 147, 149, 210-
212
nêutrons 137-139 partículas subatômica s veja mecâ
nica quân
New Experiments and Observations Touching tica
Cold(Boyle) 103 pártons 143 -144
Newton, Isaac 86 Pascal, Blaise 88
descreve
e astronomiuni
o v17
a erso 20017
4, 175, 6 Pauli, Wolfga
Peebles, ng 13
Jim 203 7, 145, 146
e corpuscularianismo 35 pêndulode Foucault 23
e eletricidade 107 Penrose,Sir Ro ger 205
e gravidade 85,169 Perlmutter, Sa ul 210
e ideiasde átomos 38, 4 1 Perrin, Jean 43,122
e ideias deluz 57-58, 68- 69 Philosophical Transactions 22
e ideias demecâni ca 84-86 Pickerin g, Edwa rd 180 -181
e ideias deoptica 54 -57 Pingzbau T able Talks (Z hy Yu) 110
e ideias detempo195 Pitágoras 17 , 154
e leis de movimento 84- 85 Planck, Max ,62 63, 106
e Robert
e raciocínioHoo
dedutiv
ke 56o e indutiv
-57, 59 o 18 e radiação
e mecânic ado
quântica negro
corpo 126 126
Nicholas de Autrecourt -35
34 Platão 8 1
Nordma n, Charles 187 e ideias dos átomo s 28,30, 31
e ideiasda luz 46
O Novo Organon da s Ciências (Bac
on) 20 e ideias do tempo 194
ObservatórioReal 174 Plínio, o Velho 5 3
Occhia lini, Giuseppe 12
8-129 Podolsky, Bo ris 135
Ohm, Georg 0 19 Poisson, Siméon- Denis 10 1
On a General Methodin Dynamics(Hamil Porta, G iambattista della21, 104
ton) 90 positron 145
óptica veja tam bém luz Powell, Cecil 138
e dese nvolvimentode lentes 53 Prévost, Pierre 99
e trabalhode Robert Ho oke sobre 6-57
5 Principia (Newton) 174, 77 1
ideias desaIac Newton sobre 54-58 Prognostication Everlasting(Digges) 17
0
INDICE
Röntge
Rosen,n,N Wilhelm
athan 135 Co
nrad 114-115, 118 Tes
la, Ni
Thomson,kolaG 18
7e 129
eorg
Russe ll, Henry184-185 Thomson, Jo seph John 43, 122-124
Rutherford, Ernest 11 8, 122
, 124, 139-140 Torricelli, Evangelista22, 88
Ryle, Marti n 189 Twain, Mark 179
Schrö
Schwadinger,
rzschi Erwin
ld, 13
0-133, 134-
Karl 197 135 VedangaJyotisa
velocidade 80 158
Shakir, áTar
J Muhamma d ibn Musa ibn160 Via Láctea 184
Shapley, Harlow 183-184 Vishnu Purana 46
■j g INDICE
Wilsinn,
Wilso g,Robert
Johannes
23 18
0 8 Zhang
Zhu Yu Hen110g 75
Wren,Sir Chri stopher 2, 174 Zij al-Sindb (al-Khwarizimi)159
Wright, Edward 15 5 Zwicky , Fritz 208, 209
Créditos das imagens
Shutterstock: 16, 17, 27 (2x inferior), 28, 31 (2x superior), 51 (1), 65 (superior), 67, 69, 78, 94 (inferior), 95, 126
(inferior), 127 (superior), 144, 152 (superior), 159 (inferior), 161 (todas), 165, 181
P hotos.co m : 21, 2 7 (superi or), 30 , 36
C orb is: 24, 44, 6 6 (infer ior), 71, 92, 11 9, 120, 129, 137, 156 (inferior), 202, 206
B ridgem an: 31 (infer ior), 40, 54, 72, 1 72 (inferior), 178 (inferi or)
Scienc e Ph oto L ibrary: 39, 41, 47 (sup erior ), 63 (superior), 64, 86 (superior), 98, 102, 106 (inferi or), 111, 132
(inferior), 135 (superior), 136 (superior), 136 (inferior), 155, 17 2 (m eio), 183 (inferior), 184 (superior), 184
(inferior), 189, 190, 191 (inferior), 192, 197, 200, 201
M ary Evans : 1 57
G etty: 82
The N urembe
rg Chro
?iicle: 18; Rita G reer: 22; A rnaud C lerget: 23 (s uperior );A Pictorial History de Joseph G . G al l
(1 996): 2 3 (infer ior ); Rebecca G lov er: 33, 5 7, 180 (s uperior ); M on fredo d e M on te Imp eri ali , 14th C : 34;
48;G nan ga rr a 49 (super ior) ; St efan Kü hn : 49 (infer ior), 13 9; Bib li otheca A po stol ica Vati cana: 50 ; R ené D es
cart es: 52 (direi ta); Isaac N ew ton: 55 (inferior), 57 (superior), 84 , 175; H oo ke: 58; We nce slas H ollar: 59;
C hrist iaan H uygens: 60 (superi or); C aspar N etscher: 60 (infer ior); Jam es C lerk M axw ell : 62 (infer ior); A lai n
L e R il le: 6 5 (infer ior) ; F alcori an: 66 (superior ); G iulio P ari gi: 68; m anuscrit o de Ihn Sahl: 70 ; An toine-Y ves-
G og uet: 74; T amar H ayardeni: 76 (dir eit a); Bil l St oneh am : 80; Justus Sust ermans: 83; Sir G od frey Kn eller:
86 (infer ior); D aniel is Bernou ll i: 88; N icolas de L argill ière: 97;H arper’s New Monthly Magazine,nn231, agosto
18 69: 9 9; V Baill y (1 81 3): 101 ; Pe ter G ervai: 103; E SA / N A SA : 104, 1 88 ( superior ), 19 8; Scott R obinson : 106
N ational A rchaelogical M useum o f Spa in : 110 (i nferi or); N ev it D il m en: 113 (inferior E);xperimental Resear-
ches in Eletricity
(vol. 2 , plate 4): 11 3 (superior ); A rthur W illi am P oy ser (1892)Magnetism and E lectricity: 114;
H arr iet M oore: 11 5; G eorge G rant ham Bain C ollect ion (L ibrar y o f C ongres s): 11 8, 185 ( super ior ); N A SA/
J P L : 125 (s up eri o r), 176 ; P au l E h re n fe st : 127 ( in fe rio r) ; in d u c tiv e lo a d : 128 ; U S A irf o rc e : 130 ; G e rh a rd H u n d :
132 (superi or); B erl in Ro bertson: 135 (superior ); Smithson ian Insti tut e: 140; G ary Sheehan (A tom ic E nergy
C om mission) : 141 (i nfer ior ); Julian H er zog ; 149 ; E SO / St éphane G uisar d; Sim on W akefi eld: 15 2 (infer ior );
Bria n J. F ord, Images of Science (19 93): 154 (infer ior); J. van L oo n (c .1611 -1686): 156 (super ior) ; N A S: 160,
212; D resden Co dex : 16 2; A nd reas C ell ari us: 164;D ie G artenlaube: 1 68 ; W hipp le M useum o f t he H ist ory
o f Sci ence: 169 (dir eit a); T hom as M urr ay: 174; A ntonio C erezo, P ablo A lexandre, Jesus M er chân, D avid
M ar san: 167 ; T he Y er kes O bservator y: 178 (meio); Popular Science Monthly, V ol. 11 : 179; Sm it hson ian Insti
tut e Archi ves: 180 (inf er ior ); M ichael Perrym an: 182; N A SA / H ST : 18 3 (super ior ); H annes G robe: 185 (inf e
ri or); N apoleon Sar ony: 187; Yebes : 188 (infer ior ); A str ono m ical Inst it ute , A cadem y o f S cie nces o f the C zech
R epubli c: 19 1 ( superi or) ; M useo Barr acco: 1 94; Sa ndro Bo tt icel li : 19 6; N A SA / W M A P Science T eam: 204
(su per ior ), 21 0; N ASA / Swif t / S Im m l er : 20 4 ( inf er ior ); N A SA/ E SA, M J L ee e H . Ford (J ohns H opkins U ni
W ik o u s e r: D id ie r B 8 1; T am o rla n 87 (i n fe rio r) ; ram a 9 6 (s u p eri o r); F as tifi ss io n: 124 ; o ra n g e d o r: 126 (s u p eri o r);
A u to r d es c o n h ec id o : 35, 51, 52 (1), 62 (s u p er io r), 109 , 125 , 163 , 166 (d irei ta)
GR ÁFICA PAY M
Tel. (11)4392-3344
paym@terra.com.br