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informações

básicas sobre
materiais
asfált icos

3 Edicão revista

O Instituto Brasileiro de Petróleo registra um


agradecimento especial a ASFFR 10 - ASFALTO
FRIO IPIRANGA S/A, BETUNEL INDÚSTRIA E
COMERCIO LTDA. BRASQUÍMICA PRODUTOS
PETROQUlhlfCOS LTDA., CHEVRON DO
BRASIL LTDA., DISTRIBUIDORA DE PRODUTOS
DE PETROLEO IPIRANGA S/A, PAVIQUKMICA
PRODUTOS QUiMICOS LTDA. e PETROBRAS
DISTRIBUIDORA S/A pela colaboracão
prestada para a impressão deste trabalho.

Rio de Janeiro

li& Instituto Brasileiro de Petróleo


1986

'I
Instituto Brasileiro de Petróleo
Av. Rio Branco, 156 - sala 1035
20043 - Rio de Janeiro - RJ
Tel.: (021) 262-2923
Telex: 2123184 TERR BR

13 Edição: Instituto Brasileiro de Petróleo, 1976


23 Edição: Instituto Brasileiro de Petróleo, 1978

Impresso no Brasil/Printed in Brazil

IBP, Rio de Janeiro.


Informações básicas sobre materiais asfá Iticos.
3 & rev. Rio de Janeiro, IBP/Comissão de As-
falto, 1986.
7 6 p. ilust.
1. Asfaltos. 2. Asfaltos diluídos. 3. Cimentos
asfálticos de petróleo (CAP). 4. Lamas asfálticas.
5. Pavimentação. 6. Materiais betuminosos - Es-
pecificaçõeç. I. IBP. Comissão de Asfalto, Rio
de Janeiro, & I I. Título.
C.D.D. 625.85
CARLOS AVGUSTO NUNES COSTA
Cm
i nB De$ T h l m
t

Rodovia BA-522 - Km 1 e 3 . Cep 43800 - Candeiar .Bahia


Foner:10711 802-221112213-Telex 1711 3667e 2064

O plano geral para a elaboração deste trabalho foi preparado pelos


EngPs José de Alencar N u n s de Alrneida e José Ricardo de Oliveira Torné
Participaram na elaboracão dos itens do manual os seguintes
técnicos da Comissão de Asfalto do IBP:

Antônio de Sá Martha CENPES/PETROBRAS


Carlos Alberto da Silva Paranhos B ETU B RAS
Claudinet José Gurian Florian DER/SÂO PAULO
Francisco Avelino dos Santos Filho IBP
Hélio Farah DER/RIO DE JANEIRO
João Bento Jácorne Lopes ASFALTOS CHEVRON
José Antonio Moreira DER/RIO DE JANEIRO
José de Alencar Nunes de Almeida B ETU BRAS
José Ricardo de Oliveira Tomé PETROBRASD ISTR IBU I DORA
Mário Kabalern Restom ABPv
Nélson Roberto do Espírito Santo REFINAR IA PIRANGA
Ney Martins Guimarães Ferreira DER/MINAS GERAIS
Pedro José Colaço Carvalheira Jr. SEC. OBRAS PÚBLICAS
Rairnundo Ísaio Vieira DER/RIO DE JANEIRO
Richard Carl J. Schlosser DNER
~~

Saul Birrnan DNER/DEPTP PESQUISAS


Walrnir Gonçalves D I R E F/PETROB RAS

O texto final da 13 edição foi revisto pelos Engos Antonio de Sá Martha,


José Ricardo de Òiiveira Torné e SauI Birrnan.

A 2a edição foi revista e cornplernentada pela Eng? Dilrna Guarçoni,


Engo Mário Kabalem Restorn e pelo Dr. Acyr de Assumpção Amarante.

A 33 edição foi revista e cornplementada pela Eng? Dilma Guarçoni,


EngP Salomão Pinto, Engo José Cláudio da Silva,
Engo Mauro lurk Rocha e Engo Roberto Mesquita Lage.
comissão de asfalto do IBP
Coordenação 1986:

Coordenador: Nelson Roberto do Espírito Santo


Vice-Coordenador: Ronaldo Aspesi

Membros (Titulares e Suplentes) :

Alberto Júlio Jacob de Castro DEPIN/PETROBRAS


Ronaldo Coçendey Brouck

Carlos A. da Silva Paranhos ASFFR 10


João Kojin

Dilma dos Santos Guarconi TEC. COLABORADOR

Eduardo Çamara CHEVRON


Adilson Moreira Vinha

Elias Esquenazi PAVIQUÍMICA


Bernardo Toledano Vaena

Francisco Avelino dos Santos Filho IBP

Fredy Armando Camacho BETU NE L

Heitor Giampaglia IPT


Fernando Augusto Junior

Hélio Farah DER/RJ


José Antonio Moreira

V
Humberto Santana HUMBERTO SANTANA
Bento Sergio Leitão Pamplona

Jorge Eduardo Salathé SMOP/RJ


Celso Reinaldo Ramos

José de Alencar Nunes de Almeida TEC. COLABORADOR

José Claudio da Silva TCC. COLABORADOR

Luiz Eduardo Rezende Baptista PETROBRÁSDISTRIBUIDORA


Gladstone Brasil de Souza

Mario Kabalem Reston ABPv


Salomão Pinto

Mauro lurk Rocha c ENP ESIPET ROB RÁS


Leni F. Mathias Leite

Nelson Roberto do Espírito Santo REF. PETROLEO IPIRANGA


Antonio L. Duarte Ferreira

Paulo Romeu Assunção Gontijo TEC. COLABORADOR

Ricardo W. Ribeiro Machado DER/MG


Dauro José Buzatti

Roberto Mesquita Lage TEC. COLABORADOR

Ronaldo Aspesi BRASQU ÍM ICA


Carlos A. Nunes da Costa

Saul Birman DER


Richard Carl J. Schlosser

Solange Bastos Costa DERIBA

Suzanna Grinapel CNP


Vera Maria Plaisant Duarte

Valter Prieto DER/SP


Claudinet José Gurian Florian

VI
sumário

apresentação .................................. 1

considerações .................................. 2

tipos de asfaltos .................................. 7

tipos de serviços
em pavimentação ....... ...... .25

literatura
complementar ................................. .si
apresentação
Este manual foi elaborado pela Comissão Permanente
de Asfalto do IBP, na intenção de colaborar com
quantos se utilizam de tecnologia específica deste
material como elemento de trabalho e de pesquisa.

O trabalho se propõe a ser um instrumento de consulta


para os técnicos e empresas das áreas de produção e de
serviços que têm por objeto os materiais asfálticos.
Reúne dados que dizem respeito a aplicação, restrições
de emprego, transporte, embalagem, produção, etc.,
destes materiais.

Os elementos nele reunidoscorrespondem ao que há


de mais atual na tecnologia correspondente,
despojados de detalhes de execução.

O Instituto Brasileiro de Petróleo deixa registrado


seus agradecimentos a todos os técnicos que
pertecem, ou já pertenceram, a Comissão Permanente
de Asfalto do IBP e que, direta ou indiretamente,
contribuiram para a concretização deste trabalho e
agradece, antecipadamente, sugestões, correções ou
quaisquer modificações de interesse
dos fabricantes e usuários.

1
considerações
2.1 - MATERIAIS BETUMINOSOS

O asfalto é, sem dúvida alguma, o mais antigo material utilizado pelo homem

Escavações arqueológicas revelam o seu emprego em épocas anteriores a nossa era.


Assim, na Mesopotâmia, o asfalto era usado como aglutinante em trabalhos de alve
naria e construção de estradas. Os reservatórios de água e os banheiros sagrados eram
impermeabilizados com asfalto.

Citações bíblicas revelam o seu emprego como impermeabilizante na Arca de Noé.


Os egípcios utilizaram o asfalto em trabalhos de mumificação.

As pavimentações pioneiras datam de 1802 na França, 1838 nos Estados Unidos


(Filadélfia) e 1869 na Inglaterra e foram executadas com asfaltos naturais prove
nientes de jazidas.

A partir de 1909 iniciou-se o emprego de asfalto derivado de petróleo, o qual, pelas


suas características de economia e pureza, em relação aos asfaltos naturais, constitui
atualmente a principal fonte de suprimento.

2.2 - OBTENÇAO E TIPOS

Os materiais betuminosos utilizados em pavimentação classificam-se em dois tipos:


alcatrões e asfaltos.

Os alcatrões para pavimentação (A Pl resultam de processos de refino de alcatrões


brutos, os quais originam-se da destilaçãodoscarvões durante a fabricação de gás
e coque.

Os asfaltos são materiais aglutinantes, de cor escura, constituídos por misturas com-

2
plexas de hidrocarbonetos não voláteis de elevada massa molecular. Originam-se d o
petróleo, no qual estão dissolvidos e a partir do qual podem ser obtidos, seja pela
evaporação natural de depósitos localizadosna superfície terrestre (asfaltos naturais),
seja por destilação em unidades industriais especialmente projetadas.

Os asfaltos naturais podem ocorrer em depressões da crosta terrestre, constituindo os


lagos de asfaltos (Trinidad, Bermudas), ou aparecerem impregnando os poros de
algumas rochas, formando as denominadas rochas asfálticas (gilsonita). Encontram-se
também misturados com impurezas minerais (areias e argilas), em quantidades variá-
veis, sendo geralmente submetidos a processos de purificação para serem aplicados
em pavimentação.

Atualmente, a maior parte do asfalto produzido e empregado no mundo é extraído


do petroleo. do qual e obtido isento de impurezas, sendo quase completamente solú-
vel em bissulfeto de carbono ou tetracloreto de carbono.

2.3 -ASFALTOS DE PETRÓLEO


Para a obtenção de asfalto, o petróleo é submetido ao processo de destilação no qual
as frações leves (gasolina, querosene, diesel), ção separadas do asfalto por vaporiza-
ção, fracionamento e condensação. A operação se desenvolve em torres de fraciona-
mento com arraste de vapor. A fim de permitir o processamento a temperaturas rela-
tivamente baixas, o estágio final consta de destilação a vácuo, evitando-se, assim, o
craqueamento do asfalto com a conseqüente perda de suas propriedades aglutinantes.

O produto obtido no fundo da torre de vácuo, após a remoção dos demais destilados
de petróleo, 6 denominado cimento asfáltico de petróleo (CAP), que, 6 temperatura
ambiente, é semisçólido.

O cimento asfáltico de petróleo é obtido em diferentes consistências medidas pelo


ensaio de viscosidade dinâmica e constitui o produto básico a partir do qual prepa-
ram-se vários tipos de asfaltos para pavimentação.

O elemento aglutinante ativo que constituí o asfalto denomina-se betume.

Com o objetivo de estabelecer uma distinção entre os termos asfalto e betume, a


ASTM (American Society for Testing Materialsi estabeleceu as seguintes definições:

Asfalto - Material aglutinante de consistência variável, cor pardo-escura ou negra e no


qual o constituinte predominante é o betume, podendo ocorrer na natureza em jazi-
das ou ser obtido pela refinação do petróleo.

Betume - Mistura de hidrocarbonetos pesados, obtidos em estado natural ou por di-


ferentes processos físicos ou químicos, com seus derivados de consistência variável
e com poder aglutinante e impermeabilizante, sendo completamente solúvel no b i s
sulfeto de carbono (CS21.

3
2.3.1 - Tipos de Asfaltos de Petróleo

A maior parte dos asfaltos fabricados (cerca de 90%)é utilizada em trabalhos de pa-
vimentação, destinando-se uma pequena parte a aplicações industriais. como imper-
meabilizante, como isolante,etc. Os asfaltos, portanto, de acordo com a sua aplica-
ção, classificam-se em dois grupos:

,a) Asfaltos para pavimentação:


a.1 Cimentos Asfálticos
a.2) Asfaltos Diluídos
a.3) Emulsões Asfálticas

b) Asfaltos Industriais
b.1) Asfaltos Oxidados

a.1) Cimentos Asfálticos

Como dissemos, os cimentos asfálticos são preparados especialmente para apresen-


tar qualidades e consistência próprias para o USO direto na construção de pavimentos
asfalticos. E um material ideal para aplicação em trabalhos de pavimentação, pois,
além de suas propriedades aglutinantes e impermeabilizantes, possui características
de flexibilidade, durabilidade e alta resistência A ação da maioria dos ácidos, sais e
álcalis.

Classificam-se de acordo com sua consistência medida pela viscosidade dinâmica ou


absoluta, isto é, o tempo neceçsário ao escoamento de um volume determinado de
asfalto através de um tubo capilar, com auxílio de vácuo. sob condições rigorosa-
mente controladas de vácuo e temperatura.

De acordo com a Especificação Brasileira IBP/ABNT-EB-78, os cimentos asfálticos


de petróleo (CAP) são classificados nos seguintes tipos:

CAP 7
CAP 20
CAP 55

a.2) Asfaltos Diluídos

Os asfaltos diluídos, também conhecidos como asfaltos recortados ou “cut-backs”,


resultam da diluição do cimento asfáltico por destilados de petróleo.

Os’diluentes utilizados funcionam apenas como veículos, resultando produtos menos


viscosos que podem ser aplicados a temperaturas mais baixas.

De acordo com o tempo de cura, determinado pela natureza do diluente utilizado, os


asfaltos diluídos no Brasil classificam-seem duas categorias:

CR -Asfaltos diluídosde cura rápida.


CM - Asfaltos diluídos de cura média.

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De acordo com as Especificações Brasileiras IBP/ABNT-P-EB-651e IBP/ABNT-P-EB-652,
os asfaltos diluídos de petróleo são classificados nos seguintes tipos: CR-70, CR-250,
CR-800 e CR-3000; CM-30, CM-70, CM-250, CM-800 e CM-3000.

a.3) Emulsões Asfálticas

São dispersões de cimento asfáltico em fase aquosa, com ruptura variável.

O tempo de ruptura depende, dentre outros fatores, da quantidade e tipo do agente


emulsificante e a viscosidade depende do ligante residual.

A quantidade de emulsificante utilizada varia geralmente de 0.2 a 1%. enquanto que


a quantidade de asfalto 6 da ordem de 60 a 70%.

A cor das emulções asfálticas antes da ruptura é marrom e depois preta, constituindo
esta característica em elemento auxiliar para inspeção visual e constatação rápida das
boas condições do produto.

As partículas de asfalto dispersas na emuldo São visíveisao microscópio, variando seu


tamanho de 1,O a 10 micra.

Emulsões invertidas São aquelas em que partículas de água estão dispersas em asfal-
to, que constitui a fase contínua.

As emulsões asfálticas podem ser classificadas quanto ao tipo de carga da partícula


ou quanto ao tempo de ruptura.

Quanto &carga da partícula classificam-seem:

- catiônicas
- aniônicas
- bi-iônicas
- não-iônicas
Quanto ao tempo de ruptura classificam-se em:

- ruptura rápida
- ruptura média
- ruptura lenta

b.1 ) Asfaltos Oxidados

Asfaltos oxidados ou soprados são asfaltos aquecidos e submetidos & ação de uma
corrente de ar com o objetivo de modificar suas características normais, a fim de
adaptá-los para aplicações especiais.

Os asfaltos oxidados são'usados geralmente para fins industriais como impermeabili-


zantes, películas protetoras etc. 1

5
O processo de oxidação produz nos asfaltos as seguintes modificações físicas princi-
pais:

- Aumentodo peso específico e consistência;


- Diminuição da ductilidade;
- Diminuição da suçcetibilidade As variações de temperatura.
Quanto 3 composição química elementar do asfalto, os processos de oxidação produ-
zem o aumento no conteúdo de carbono e uma correspondente diminuição de hidro-
gênio.

2.4 - FUNÇAO DO ASFALTO NA PAVIMENTAÇAO

Duas,dentre outras, são as mais importantes funções exercidas pelo asfalto no pavi-
mento:

- Aglutinadora
- Impermeabilizadora

Como aglutinante consiste em proporcionar uma íntima ligação entre agregados, ca-
paz de resistir 3 ação mecânica de desagregação produzida pelas cargas dos veículos.

Como impermeabilizante garante ao pavimento vedação eficaz contra a penetração


da água proveniente tanto de precipitação como de subleito por ação capilar.

Nenhum outro material garante melhor do que o asfalto a realização econômica e si-
~

multânea dessas duas funções, ao mesmo tempo que proporciona ao pavimento ca-
racterísticas de flexibilidade que permitem sua acomodação, sem fissuramento, e
eventuais recalques das camadas subjacentes.

Naturalmente, para que o asfalto desempenhe satisfatoriamente as funções que Ihes


são inerentes, é necessário que seja de boa qualidade.

8
tipos de asfaltos
3.1 - CIMENTO ASFALTICO DE PETRÕLEO (CAP)

3.1.1 - Obtenção

O asfalto usado pelos povos antigos era um material natural, obtido em lagos e poços
onde, pela existência de petróleo e com a evaporação das frações leves, restava um
material residual com características adequadas aos usos desejados.

A quantidade de asfalto contida num petróleo é variável e depende de várias caracte-


rísticas do cru, principalmente da densidade, podendo variar de 10 a 70%.

Os processos de refinação para obtenção de asfaltos dependem do tipo que caracteri-


za o petróleo e do rendimento em asfalto que o mesmo apresenta.

Se o rendimento em asfalto for alto, e o cru apresentar características asfálticas,bas-


ta o estágio de destilação a vácuo.

Para os petróleos que apresentam médio rendimento em asfalto e são do tipo inter-
mediário, o processo é o da destilação em dois estágios: um a pressão atmosférica se-
guido de outro a vácuo.

Se o petróleo é do tipo leve, além do esquema acima citado, inclui-se um processo de


extração após o 20 estágio da destilação.

O mais usado desses processos 6 o da destilação em duas etapas, pois produz o asfal-
to normalmente sem necessidade de instalações especiais e permite o uso de uma ga-
ma bem maior de tipos de petróleos. Consiste, basicamente, numa separação física
dos vários constituintes do petróleo, pela diferença entre seus pontos de ebulição e
de condensação.
Em linhas gerais, os esquemas de refino são os seguintes:

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2) Processamento de Petróleos Médios

3) Processamento de Petróleos Leves


Sinteticamente, o processo de refino de petróleo para a produção de CAP, baseado
nas destilações atmosférica e a vácuo, pode assim ser descrito:

O petróleo a ser bombeado para a unidade é aquecido convenientemente e entra na


torre de destilação atmosférica onde é parcialmente vaporizado.

As frações mais leves vaporizam e sobem na torre. A queda da temperatura ao longo


da torre provoca a condensação de parte dos vapores, formando correntes I íquidas
que são convenientemente retiradas, lateralmente, como produtos especif icados. No
topo saem as frações leves que, em torre estabilizadora, vão ser separadas, consti-
tuindo a gasolina e o gás liquefeito de petróleo (GLP).

As frações mais pesadas permanecem no estado líquido, escoam para o fundo da tor-
re e vão constituir a carga para a torre de fracionamento a vácuo, após sofrerem no-
vo aquecimento.

Nesta torre as condições de operação (temperatura e vácuo) permitem a concentra-


ção de resíduo asfáltico e a variação dessas condições permite o ajuste da viscosida-
de desse resíduo. A viscosidade de um asfalto assim obtido aumenta com o aumento
da temperatura ou com o aumento do vácuo na torre de fracionamento. Inversa-
mente, temperaturas ou vácuos menores acarretam asfaltos com viscosidade mais
baixa.

O asfalto assim obtido é denominado de cimento asfáltico de petróleo (CAP) e é clas-


sificado de acordo com o teste de viscosidade.

No Brasil os tipos produzidos são:

CAP 7
CAP 20
CAP 55

3.1.2 - Epec:iíimçôese Métodos de Ensaio de CAP

A Especificação Brasileira IBP/ABNT-EB-78 fixa as características exigíveis ao ci-


mento asfáltico para fins de produção e utilizaçãó, citando os métodos de ensaio pa-
ra determinação dessas características.

3.1.3 - Aplicaç6es

O CAP é um material termoplástico, reológico, tixotrópico, ideal para aplicação em


trabalhos de pavimentação, pois, além de suas propriedades aglutinantes e irnper-
meabilizantes, possui características de flexibilidade, e alta resistência A ação da
maioria dos iicidos, sais e álcalis.

Os CAP em suas aplicações devem estar livres de água e homogêneos em suas carac-
ter ísticas.

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Para.a sua utilização adequada, recomenda-seo conhecimento prévio da curva visco-
sidade versus temperatura.

Os CAP são aplicados em misturas a quente, tais como, prémisturados. areia-asfalto


e concreto asfáltico; recomenda-se o uso dos CAP 20 e 55, com tgor de asfalto de
acordo com o projeto respectivo.

Os CAP são aplicados em tratamentos superficiais pelo método de penetração inver-


tida; recomenda-se o uso do CAP 7 com taxas de aplicação conforme o número de
camadas, quantidade e natureza do agregado e de acordo com o projeto.

Os CAP são aplicados em macadame betuminoso pelo método de penetração direta;


recomenda-se o uso do CAP 7, com taxas de aplicação conforme o número de cama-
das, quantidade e natureza do agregado e de acordo com o projeto.

3.1.4 - Restriçõesao Emprego

Nos tratamentos superficiais existem as seguintes restrições quanto ao emprego dos


CAP:

- Os CAP não podem ser aquecidos acima de 177OC, sendo a temperatura ideal obti-
da pela relação temperatura-viscosidade. Esta temperatura limite visa a evitar o pos-
sível craqueamento térmico do ligante.

- Não se aplica em dias de chuva, em temperatura ambiente inferior a 1OOC e em su-


perfícies molhadas.

- Não devem ser usados os CAP que 3 temperatura de 177OC possuam viscosidade su-
perior a 60 SSF, para evitar problemas de superaquecimento.

No macadame betuminoso de superfície fechada devese observar a viscosidade do


CAP na faixa de 20 a 60 SSF a temperatura máxima de aplicação de 177OC.

3.2 -ASFALTOS DILUlbOS

3.2.1 - Obtenção I,

Os asfaltos diluídos resultam da diluição do cimento asfáltico por destilados leves de


petróleo.
I
Os diluentes utilizados funcionam apenas como veículos, proporcionando produtos
menos viscosos que podem ser aplicados a temperaturas mais baixas. Os diluentes
evaporam-se após a aplicação.

De acordo com a cura, determinada. pela natureza do diluente utilizado, osasfaltos

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diluidos classificam-se em três categorias; no Brasil só duas são especificadas e prc-
duzidas:

CR - asfaltos dilu idos de cura rápida


CM - asfaltos diluidos de cura media.

Para a obtenção dos CR usa-se como diluente uma nafta na faixa de destilação da ga-
solina, enquanto que para os CM usa-se um querosene.

Cada uma dessas duas categorias apresenta tipos de diferentes viscosidades cinemáti'
cas. determinadas em função da quantidade de diluente. Assim os CR são constituí-
dos pelos seguintes tipos: CR-70, CR-250,'CR-800e CR-3000

ESQUEMATÍPICO PARA PRODUÇAO DE ASFALTO DILUÍDO

AS FALTO
DILUI'DO
DILUENTE

CAP PARA CARREQAMENTO


Analogamente, os CM apresentam os seguintes tipos:

CM-30, CM-70, CM-250, CM-800 e CM-3000

As quantidades de cimento asfáltico e diluentesutilizados na fabricação dos asfaltos


dilu idos variam de acordo com as características dos componentes, sendo, em média,
as seguintes, volumetricamente:

TIPO ASFALTO DILUENTE

30 52% 48%
70 63% 37%
250 70% 30%
800 82% 18%
3000 86% 14%
Os tipos de mesmo número, embora de categorias diferentes, -têm a mesma faixa de
viscosidade numa determinada temperatura. Assim, por exemplo, os asfaltos diluí-
dos CR-70 e CM-70 têm a mesma faixa de viscosidade a 60OC, embora tenham tem-
pos.de cura diversos.

11
-
3.2.2 Especificações e Métodos de Ensaio

Os asfaltos diluídos de petróleo fabricados em nosso País obedecem rigorosamente


as Especificações Brasileiras IBP/AB NT-P-E 8-651 e IB P/AB NT-P-E 8-652, nas qua is
são fixados os métodos de ensaios a serem seguidos.

3.2.3 - Aplicações

a) Em serviços de imprimação, recomenda-se o uso dos asfaltos diluídos CM-30 e


CM-70, o tipo CM-30 para superfícies com textura fechada e o tipo CM-70 para su-
perflcies com textura aberta. A taxa de aDlicação varia de 0,8 a 1.6 I/mZ, devendo
ser determinada experimentalmente mediante absorção pela base em 24 horas. O
tempo de cura é, geralmente, de 48 horas, dependendo das condições climáticas lo-
cais (temperatura, ventos etc.).

b) Como pintura de ligação sobre a superfície de bases não absorventes e não betu-
rninosas, podem ser utilizados asfalto diluído CR-70, pois não há necessidade de pe-
netração do material asfáltico aplicado e sim de cura mais rápida. A taxa de aplica-
ção é em torno de 0.5 l/m2.

c) Em tratamentos superficiais pelo método de penetração invertida, podem ser uti-


lizados asfaltos diluídos CR-250, CR-800 e CR-3000, com taxas de aplicação con-
forme o número de camadas, quantidade e natureza do agregado e de acordo com o
projeto.

d) Na preparação de pré-misturados a frio, podem ser utilizados asfaltos diluídos


CR-250.

I e) Na preparação de areia-asfalto a frio, podem ser utilizados asfaltos diluídos


CR-250. CR-800, CM-250 e CM-800 com taxas de aplicação de acordo com o
projeto.

f ) Na preparação de misturas na estrada (road-mix) e de solo betume, podem ser uti-


lizados asfaltos diluídos CM-250 e CM-800 com taxas de aplicação de acordo com o
projeto.

3.2.4. Restrições ao Emprego

Em imprimação, não se recomenda o uso de asfaltos diluídos de tipo cura rápida


(CR), devido penetração imperfeita de asfalto na base, retendo excesso de asfalto
na superfície.

Em pinturas de ligação, não se recomenda a construção de novo revestimento, an-


tes do final da cura, reconhecido na prática pelo estado pegajoso de asfalto, evitan-
do-se, desta maneira, que a pintura de ligação atue como superfície lubrificante,
ocasionando o escorregamento do novo revestimento sobre o antigo. As superfí-
cies das bases que tiveram imprimação, geralmente, não necessitam de pintura de li-

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gação, pois o novo revestimento atuando pela ação do calor (CAP) ou dos solventes
(Asfaltos Diluídos) produzirá o amolecimento do asfalto contido na imprimação, ga-
rantindo a aderência .necessária. O asfalto diluído CR-70 não deve ser usado como
pintura de ligação sobre superfície betuminosa, devido ao possível ataque de diluen-
te dissolvendo o asfalto nela contido. Não se aplicam asfaltos diluídos em dias de
chuva, em temperatura ambiente inferior a 1OOC e em superfícies molhadas.

3.3. TRANSPORTE E ARMAZENAGEM

Em sua quase totaliaade, a movimentação de asfalto era feita em tambores, pois os


consumidores não estavam aparelhados para o recebimento do produto a granel. O
produto entamborado, além de ser onerado com o custo do vaçilhame, não permite,
em virtude das dificuldades inerentes ao seu manuseio, suficiente desenvoltura no
andamento dos trabalhos de pavimentação. Por esta razão, a movimentação do pro-
duto a granel foi evoluindo, limitando-se as entregas em tambores para obras de pe-
queno vulto

O transporte de asfalto a granel pode ser efetuado por caminhões, vagões ferroviá-
rios, chatas e navios. Desses, o mais utilizado é o transporte por caminhões.

O transporte e a armazenagem a granel dos cimentos asfálticos exigem aquecimen-


to, e tanques preferencialmente revestidos com isolamento térmico. Certos asfaltos
diluídos exigem aquecimento e utilização do produto dentro de um prazo razoável.

Há três processos principais para o aquecimento dos cimentos asfálticos manipula-


dos a granel:

1 - Serpentinas aquecidas com maçaricos;


2 - Serpentinas aquecidas com vapor d'água;
3 - Serpentinas onde circula óleo aquecido.

Aquecimento a altas temperaturas, ou por tempo prolongado, altera sensivelmente


a constituição do asfalto, modificando suas propriedades. Recomenda-seum máximo
aproximado de 150OC para temperatura de aquecimento nos tanques de armazena-
gem. O aquecimento nunca deve ser através de chama direta, devendo usar, preferen-
cialmente, aquecimento por meio de vapor d'água, ou Óleo aquecido circulando em
serpentinas no interior dos tanques.

Nos casos de aquecimento por maçarico em caminhões transportadores, é convenien-


te providenciar a circulação do material, a fim de garantir uniformidade na distribui-
ção do calor.

Nas operações de carga e descarga de asfalto a granel, é necessário verificar se os tan-


ques estão suficientemente limpos, a fim de eliminar qualquer contaminação e con-
venientemente drenados para retirar por completo a água por ventura existente.

Precauções especiais devem ser observadas no aquecimento dos asfaltos diluídos, ca-

13
soem que os riscos de incêndio são maiores, devido ao seu baixo ponto de fulgor.

3.4 - FONTES PRODUTORAS DE CAP E ASFALTOS DILUlbOS

Excetuando-se a produção da Refinaria Ipiranga, todo o asfalto consumido no Brasil


é produzido pelas refinarias da PETROBRAS,em diversos pontosdo País. O tipo de
asfalto é produzido, principalmente, em função do mercado consumidor na área de
influência de cada refinaria. Assim, de acordo com as exigências desses consumidores,
podemos ter a seguinte distribuição da produção, segundo a especificação EB-78/86,
pelas seguintes refinarias:

1- Refinaria Duque de Caxias - REDUC - Duque de Caxias - RJ


.
2- Refinaria Alberto Pasqualini - REFAP - Canoas - R S
3- Refinaria de Paulínia - REPLAN - Paulínia - SP
4- Refinaria Presidente Bernardes- RPBC - Cubatão - SP
5- Refinaria Landulpho Alves - RLAM - Mataripe - BA
6- Refinaria Gabriel Passos - REGAP - Betim - MG
7- Fábrica de Asfalto de Fortaleza - ASFOR - Fortaleza - CE
8 - Refinaria de Manaus - REMAN - Manaus - A M
9 - Refinaria Ipiranga
10 - Refinaria Presidente Getúlio Vargas- REPAR - Araucária - PR

3.5 - EMULS6ES ASFALTICAS CATIONICAS

Emulsão asfáltica catiônica é um sistema constituído pela dispersão de uma fase as-
fáltica em uma faseaquosa (direta), ou de uma fase aquosa em uma fase asfáltica (in-
versa), apresentando partículas eletrizadas, carregadas positivamente.

As emulsões asfálticas normalmente usadas em pavimentação são as catiônicas dire-


tas e prestam-se 3. execução de diversos tipos de serviços asfálticos de forma adequa-
da, tanto técnica como economicamente. São empregadas, normalmente, nos seguin-
tes tipos de serviços:

1 - Pintura de Ligação
RR-1C. RR-2C, RM-lC, RM-2C e RL-1C.

2 - Tratamentos Superficiais Simples, Duplos e Triplos:


RR-1C e RR-2C.

3 - Macadame Betuminoso:
RR-1Ce RR-2C

4 - Prémisturados a Frio:
RM-lC, RM-2Ce RL-1C.

5 - Areia-asfalto a Frio:
RM-1C. RM-2C e RL-1C.

14
6 - Mistura na Estrada (Road-mix):
RM-1C, RM2C e RL-1C.

7 - Solo Betume:
RL-lC, LA-1C e LA-2C.

8 - Lama Asfáltica:
LA-1C, LA-2C.

São classificadas de acordo com a sua ruptura, viscosidade Saybolt Furol, teor de
solvente, desemulsibilidade. resíduo de destilação e quanto i utilização, em sete ( 7 )
tipos, que são:

1) RR-1C: Emulsão asfáltica catiônica de ruptura rápida, que se caracteriza pelo teor
de resíduo asfáltico no mínimo de 62% e viscosidade Saybolt Furol a 50OC entre 30
e 80 s. (baixa viscosidade) e desemulsibilidade superior a 50%.

2) RR-2C: Emulsão asfáltica catiônica de ruptura rápida,com teor de resíduo asfálti-


co de no mínimo 67% e viscosidade Saybolt Furol a 500'2 entre 100 e 400 s. (alta
viscosidade) e desemulsibilidade não inferior a 50%.

3) RM-1C: Emulsão asfáltica catiônica de ruptura média,que se caracteriza por apre


sentar viscosidade Saybolt Furol de 50OC entre 20 e 200 s., teor de solvente destila-
do de no máximo 12%. teor residual de asfalto de, no mínimo, 62% e desemulsibili-
dade no máximo de 50%.

4) RM-2C: Emulsão asfáltica catiônica de ruptura média,que se caracteriza por apre-


sentar viscosidade Saybolt Furol a 50OC entre 100 e 400 s., teor máximo de solven-
te destilado entre 3 e 12%. teor asfáltico residual de,no mínimo 65% e desemulsibili-
dade no máximo de 50%.

5) RL-1C: Emulsão asfáltica catiônica de ruptura lenta,que se caracteriza por apre-


sentar viscosidade entre 20 e 100 s. (Saybolt Furol), A 25% Não apresenta solven-
te emsua constituição e tem teor asfáltico residual mínimo de 60%. Não se faz o en-
saio de desemulsibilidade para caracterizá-la, e sim o teste de mistura com cimento
ou com filler silícico, dependendo do agregado mineral que for usado.

6) LA-1C: Emulsão asfáltica catiônica para lama asfáltica,que se caracteriza por apre-
sentar viscosidade Saybolt Furol a 25OC máxima de 100 s, teor de resíduo asfáltico
de, no mínimo, 58% e teor máximo de 2% no ensaio de mistura com cimento.

7) LA-2C: Emulsão asfáltica catiônica para lama asfáltica,que se caracteriza por apre-
sentar viscosidade a 25OC máxima de 100 s, teor de resíduo asfáltico mínimo de
58%e para a qual não se exige o ensaio de mistura com cimento.

Ruptura de uma emulsão catiônica é o fenômeno que ocorre quando os glóbulos de


asfalto da emulsão dispersos na água, em contato com o agregado mineral, sofrem
uma ionização por parte deste, dando origem A formação de um composto insolúvel
em água que se precipitará sobre o material pétreo.

15
I As emulsões asfálticas catiônicaç rompem pela absorção da parte polar da molécula
pelo agregado mineral com o qual entram em contato e, também, pela evaporação da
água O agregado se recobrirá de um filme graxo hidrófobo, que repelirá a água e fi-

3.5.1 - Obtençio

Para se obter uma emulsão asfáltica catiônica, necessita-se, entre outros, ter cimen-
to asfáltico de petróleo, água, agente emulsionante e energia de dispersão da fase
asfáltica na fase aquosa. Esta energia de dispersão é consumida na forma mecânica,
produzida pelo moinho coloidal que tritura o CAP em partícula de diâmetro médio
da ordem de 2 a 5 micra; e ainda na forma térmica, através do aquecimento do ci-
mento asfáltico de petróleo, para torná-lo fluido e trabalhável pelo moinho.

ESQUEMA DE PRODUCÃO

A~~~~ EMULSI-
AGUA SOLVENTE
FICANTE

ENERGIA MECANICA MOINHO


*

r-lE MU LSÁO

O agente emulsionante é uma substância hipotensora tenso-ativa, que diminui a ten-


são interfacial entre as fases asfáltica e aquosa, a uma baixa concentração. Suas mo-
léculas são formadas de uma parte polar carregada positivamente e outra apolar.

O agente emulsionante de uma emulsão asfáltica catiônica é geralmente um sal de


amina, que se comporta como uma base fraca.

Sua fórmula geral é:

16
R - N - H3
+ + Cl; sendo:

R = parte apolar da molécula (cadeia orgânica)


NH: + Ci' = parte polar da molécula (que envolverá os glóbulos de asfaltos).

3.5.2 - Fontes Produtoras

Existem diversos fabricantes de emulsão asfáltica catiônica em nosso País, estabeleci.


dos nas seguintes cidades:

Localidade NP de Fábriws
1 - Anápolis (GO) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
2 - B e t i m (MG) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
3 - Brasília (DF) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
4 - Cabo (PE) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
5 - Campinas (SP) . . . . . . . . . . . . . . . . , , . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
6 - Campo Grande (MS) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..... 1
7 - Campo Largo (PR) . . . . . . . . . . . . . .'. . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
8 - Candeias (BA). . . . . . . . . . . . :. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
9-Canoas(RS) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
10 - Cuiabá IMT) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
11-Curitiba (PR) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
1 2 - Diadema (SP) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
13-DuquedeCaxias(RJ) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . : . . . . . . . 1
14 - Feira de Santana (BA) . . . . . . . . . _ ... . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
15 - Fortaleza (CE) . . . . . . . . . . . . . . . , . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
16-ManausíAM) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
1 7 - Paulínia (SP) . . . . . . . . . . . . . . . . , . . . . . . . . . . . . . . . , . . . 1
18 - Ponta Grosça (PR) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
1 9 - Porto Velho (ROI . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
20 - Ribeirão Preto (SP) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
21 - Rio Grande (RS) . . . . . . . . . . . . . , . . . . . . , . . . . . . . . . . . . 1
22- Rio de Janeiro (RJ) .-. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
23 - Valinhos (SP) . , . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . , . . . . 1
24 - Teresina (Pl) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
25-Uberiândia (MG) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
Total de Fábricas: . . . . . . . . . . 32

3.5.3 - Especificações e Métodos de Ensaio

A Especificação Brasileira I BP/ABNT-P-EB-472 fixa as caracter :icas exiL eis às


emulsões asfáiticas catiônicas para fins de produção e utilização.

Estas emulsões estão sujeitas aos seguintes métodos de ensaios:

a) Viscosidade Saybolt Furo1 - P-MB-581


b) Sedimentação - P-MB-722

17
c) Peneiração - P-ME-609
d) Resistência a água - P-ME-721
e ) Mistura com cimento - P-MB-496
I f ) Mistura com Filler Silícico - P-MB-795
g) Carga da partícula - P-MB-563
h) pH - P-MB-568
i) Destilação - P-MB-586
j ) Desemulsibilidade - P-ME-590

Ensaios sobre o Resíduo:

a) Penetração - MB-107
b) Teor de betume - P-ME-166
c) Ductibilidade - P-ME-167

3.5.4 - Ernulsões Asfálticas CatiOnicas RR-1C e RR-2C

3.5.4.1 - Aplicações

As emulsões asfálticaç catiônicas RR-1C e RR-2C são empregadas em vários tipos de


serviços, principalmente nos de penetração. A RR-1C é utilizada quando se necessita
de um produto mais fluido e a RR-2C, quando se deseja um produto mais viscoso e
com maior teor de resíduo asfáltico.

Normalmente, são empregadas nos seguintes serviços de pavimentação:

1) Pintura de Ligação: São largamente escolhidas, pois facilitam a aplicação e propor-


cionam o menor custo de execução, além de serem facilmente estocáveis.

2) Tratamentos Superficiais Simples, Duplos e Triplos: São enormemente utilizados,


sendo este talvez o seu maior emprego em serviços asfálticos executados no Brasil.
Não necessitam normalmente de aquecimento, tornando mais fácil a manipulação e
aplicação do ligante, dispensando gastos com cornbust íveis.

Permitem o emprego de reservatório para estocagem, carretas para o transporte e


equipamentos de espargimento mais simples e menos dispendiosos.

Eliminam os riscos de explosões, incêndios e, conseqüentemente, acidentes com pes-


soal.

Permitem que se executem os tratamentos superficiais com a utilização do agregado


Úmido, podendo até lavá-lo para eliminar-se o excesso de pó. Possuem excelente ade-
sividade com qualquer tipo de agregado, eliminando o uso de "dopes" para melho-
rar-se a adesividade, desde que seja fabricada para o agregado em causa.

3) Macadame Betuminoso: São utilizadas neste tipo de serviço por apresentarem 6ti-
mo recobrimento do agregado, graças ao seu grande poder de "molhagem", ótima
penetração, além das considerações dadas no item 2.

3.5.4.2 - Restrições ao Emprego

Não se recomenda a utilização da emulsão RR-1 C nos tratamentos superficiais onde


as declividades longitudinais e transversais forem elevadas, pois devido a sua baixa
viscosidade escorrerá.

3.5.4.3 - Embalagens para Fornecimentos

As emulsões asfálticas RR-1C e RR-2C são normalmente fornecidas a granel, trans-


portadas por carretas sem revestimento e sem equipamento apropriado para o aque
cimento do material (carretas frias), pois São aplicadas, geralmente, A temperatura
ambiente, desde que esta não seja inferior a 1OOC. Podem também ser acondiciona-
dos em tambores de 200 litros, para pequenos serviços, como, por exemplo, recom-
posição de revestimento asfáltico (tapa-buracos).

3.5.4.4 - Recomendações

1) Temperatura: Deverá ser sempre observada a temperatura ideal fornecida pela r e


lação temperatura-viscosidade. Entretanto, são empregadas geralmente A temperatura
ambiente e poderemos dar uma faixa de 20 a 50OC de temperatura em que são nor-
malmente utilizadas.

2) Transporte: Para distâncias muito grandes, dever-se-á observar o enchimento da


carreta até a boca, o que evitará uma agitação maior do produto que poderá acarre
tar uma diminuição na viscosidade das emulsões RR-1C ou RR-2C.

As carretas que transportarem as emulsões asfálticas deverão passar por uma inspe-
ção antes de serem carregadas, para que se possa verificar se não carregaram anterior-
mente algum produto que possa deteriorar a emulsão. Em caso afirmativo, estas car-
retas deverão ser vaporizadas.

Todas as carretas que transportem emulsões deverão ser equipadas com uma bomba
para circulação do produto.

3) Estocagem: Tornar-se-á cuidadede não se misturar emulsões de tipo d o u de fabri-


cantes diferentes ou então de descarregar o produto em tanque com "lastro" de ou-
tro produto, principalmente de asfalto diluído, pois o solvente deste altera a emul-
são, deteriorando-a.

4) Manuseio: Recomenda-se que se faça uma recirculação do produto sempre que as


emulsões RR-1C ou RR-2C ficarem estocadas por mais de 30 dias, antes de serem
empregadas.

19
3.5.5 . EmulGes Asfálticar Catiônicas - RM-1C e R M 9 C

3.5.5.1 - Aplicações

As emulsões asfálticas catiônicas de ruptura média RM-1C e RM-2C São empregadas


em vários tipos de serviços de pavimentação, principalmente nos de pré-misturas a
,frio, abertas ou densas, podendo-se obter pelo primeiro tipo (RM-1C). caso desejar-se
um teor residual de asfalto menor, uma emulsão mais fluida e talvez com maior teor
de solvente, ou pelo outro tipo (RM-2C).em caso contrário.

Usualmente, as emulsões RM-1C e RM-2C são empregadas em:

1 ) Pintura de Ligação: Não é o produto mais recomendável economicamente, mas


para evitar-se uma mistura com o tipo de ruptura rápida, a manutenção de um outro
reservatório de armazenamento, quando a execução da obra exige um consumo
maior de RM-1C e RM-2C poderão ser utilizadas em pinturas de ligação sem qual-
quer problema.

2) Pré-misturados a frio abertos e densos: E normalmente o major emprego das emul-


sões de ruptura média, podendo-se utilizar a RM-1C ou a RM-2C. conforme asvanta-
gens que cada uma posa oferecer, de acordo com o agregado a ser utilizado, fatores
climáticos e conveniência de execução.

3) Areia-asfalto a frio: E uma outra utilização destes tipos de emulsão, embora não
seja ainda muito empregada em nosso País.
I
4) Mistura na Estrada (road-mix): Facilitam a liberação da pista ao tráfego, desde
que a granulometria dos agregados permita o seu emprego.

3.5.5.2 - Restrições ao Emprego

Não se recomenda a utilização das emulsões RM-1C e RM-2C nos serviços de pré-mis-
turados a frio, sem que o fornecedor do produto tenha recebido uma amostra do
agregado, bem como a dosagem de emulsão que ir6 se empregar, ou então, este tenha
feito o projeto pré-misturado a frio que se irá executar, a fim de se evitar problemas
de adesividade do agregado e ruptura das emulsões em contato com o mesmo.

3 5.5.3 - Embalagens para Fornecimentos

As emulsões RM-1C e RM-2C poderão ser entregues a granel, sendo transportaiias


por carretas apropriadas ou em tambores de 200 I.

3.5.5.4 - Recomendações

1) Temperatura: Para os pré-misturados densos, a temperatura é t a l que forneça vis-


cosidade Saybolt Furo1 entre 75 e 150 s e para pré-misturados abertos de 150 a
300 s.

2) Transporte. Dever-se-áobservar o estado em que se encontram as carretas que irão


transportá-las, a fim de evitar-se uma contaminação por outro produto, que poderá
prejudicar a mistura com o agregado.

3) Estocagem: Da mesma forma que no item anterior, dever-seá tomar a precaução


de não se misturar a RM-1C ou RM-2C com algum outro produto que esteja num
tanque de armazenagem, o que também poderá prejudicar a sua utilização.

4) Manuseio: Recomenda-se que se faça uma recirculação do produto sempre que as


emulsões RM-1C ou RM-2C ficarem estocadas por mais de 30 dias, antes de serem
empregadas.

Para pintura de ligação, recomenda-sediluir a emulsão em água na proporção de 1 .l.

Não se deve estocar esta mistura.

3.5.6 - Emulsão Asfáltica Catiônica RL-1C

3.5.6.1 - Aplicações

A emulsão asfáltica catiônica de ruptura lenta RL-1C é empregada em vários tipos


de servicos asfálticos, principalmente nos pré-misturados a frio abertos ou densos e
solo-betume. São utilizadas nos casos em que as emulsões de ruptura média, devido
ao problema de excessos de finos, nas granulometrias dos agregados empregados, não
poderão satisfazer as condições normais de boa execução de serviço.

Geralmente, a emulsão RL-1C é utilizada nos seguintes serviços asfálticos:

1) Pintura de Ligação: Não 6 o tipo ideal, pois sua ruptura é muito lenta, mas pode-
rá ser utilizada para evitar-se uma mistura com um outro tipo de emulsão que lhe
prejudique a aplicação, ou que se gaste na aquisição de mais de um reservatório pa-
ra armazenagem.

2) Pré-misturados a frio abertos e densos: empregada com qualquer tipo de agrega-


dos e granulometria, sejam abertas ou densas. A desvantagem é que tanto a ruptura
como a cura do revestimento asfáltico podem processar-se lentamente, retardando a
liberação da pista ao tráfego.

3 ) Areia Asfalto a frio: Devido também A granulometria das areias que são emprega-
das, a RL-1C apresenta-se como a ernulsão mais utilizada neste tipo de serviço.

4) Mistura na Estrada (road-mix): Quando a granulometria dos agregados é bem den-


sa, a R L-1C apresenta-se como a solução viável.

21
5) Solo-betume: Devido a granulometria dos agregados utilizados, a RL-lC, junta-
mente com as emulsões do tipo LA, representam uma ótima solução na execução do
servico.

3.5.6.2 - Restrições ao Emprego

Não se recomenda a utilização da RL-1C em certos casos de serviços em que haja n e


cessidade de liberação rápida da pista para o tráfego.

3.5.6.3 - Embalagens para Fornecimentos

A emulsão asfáltica RL-1C é usualmente fornecida a granel e transportada por carre


tas que não têm o sistema de aquecimento.

Poderá ainda ser recebida nos canteiros de o,bra, acondicionadas em tambores de


200 I, para utilização especialmente em serviços de recomposição de revestimen-
to asfáltico (tapa-buracos).

3.5.6.4 - Recomendações

1 ) Temperatura: Deverá ser sempre empregada A temperatura ambiente desde que es-
ta não seja inferior a IOOC e nem superior a 40OC.

2) Transporte: As carretas que irão transportar a ernulsão RL-1C deverão passar por
uma inspeção antes de serem carregadas, a fim deverificar se não transportaram an-
teriormente algum produto que possa deteriorá-la ou contaminá-la, prejudicando
desta maneira a sua utilização, As carretas deverão ser vaporizadas, caso se constate
que estas possuem lastro de um outro produto prejudicial a RL-IC.

3) Manuseio: A emulsão RL-1C também é de grande estabilidade, mas deverá, assim


mesmo ser circulada, desde que fique estocada sem ser utilizada.

4) Estocagem: Não deverá permitir-se nunca que a RL-1C seja misturada com um
outro produto ou mesmo outra emulsão. como. por exemplo, uma de ruptura rápi-
da, pois isto poderá causar-lhe uma sedimentação prematura ou prejudicar-lhe a mis
tura com o agregado.

3.6. E M U L S E S PARA LAMA ASFALTICA

3.6.1 - Aplicações

As emulções para lama asfáltica são essencialmente de ruptura lenta e obtidas a par-
tir de um cimento asfáltico de petróleo. do tipo CAP 7 ou CAP 20, dependendo da
I consistência ou penetração que se desejar para o resíduo e de emulsivos específicos.
Pela própria designação, estas emulsões destinam-se ao emprego em lama asfáltica,
cuja escolha depende de fatores como: tipo de agregados, condições climáticas, equi-
pamento e proximidade do fabricante.

-
3.6.2 Restrição ao Emprego

Não devem ser usadas sob ameaça de chuva

3.6.3 - Embalagens para Fornecimento

Normalmente, e o que mais se recomenda, são os fornecimentos a granel em cami-


nhões-tanques comuns, não sendo necessário qualquer sistema de aquecimento, nem
tampouco revestimento térmico, embora estas unidades devam ser equipadas com
bombas para transferência do produto, ou para circulação, quando necesdrio.

Podem ser fornecidas em tambores de 200 litros, quando as necessidades são peque-
nas, pois os equipamentos para entregas a granel variam sua capacidade de 20 a 25
toneladas.

3.6.4 . Recomendações

1 ) Temperatura: Tendo estas emulsões, imposta pela própria especificação uma bai-
xa viscosidade devem ser empregadas totalmente a frio e não devem ser aquecidas,
o que acarretará o seu rompimento.

2) Transporte: Quanto ao transporte, as cargas devem ser completas para evitar que
sejam agitadas durante o percurso da fábrica ao local da entrega, pois tal agitação
poderá provocar modificação na sua viscosidade, e mesmo romper, sendo ainda su-
jeito a tombar o veículo pelo balanço da carga e pelo deslocamento do centro de
gravidade.

3) Manuseio: O seu manuseio poderá ser feito por qualquer bomba, quer seja de en-
grenagens ou de rotor, pois sua viscosidade é bastante baixa permitindo seu empre-
go sem qualquer dificuldade em condições de temperatura ambiente.

4) Estocagem:Quandoem condiçõesde temperaturas abaixo de OOC, caso comum no


Sul do País, durante o inverno, recomenda-se proteger o produto em tanques com
isolamento térmico ou recorrer ao aquecimento para evitar o rompimento por conge-
lamento da fase aquosa. Este aquecimento parece contrariar a regra geral, porém de-
vemos esclarecer que 6 apenas para manter uma temperatura capaz de impedir a
ruptura da emulsão.

3.6.5 - Fontes Produtoras

Contamos hoje, no Brasil, com várias fábricas destas emulsões que são produzidas

23
conforme as suas características, classificadas em:

a) Emulsão para lama asfáltica aniônica


b) Emulsão para lama asfáltica catiônica
c) Emulsão para lama asfáltica especial

Dispomos hoje de unidades capazes de atender às necessidades brasileiras, nas seguin-


tes cidades

Anápolis (GO), Betim (MG). Brasília (DF), Cabo (PE), Campinas (ÇP), Campo Gran-
de (MÇ), Campo Largo (PR). Candeias (BA), Canoas ( R Ç ) , Cuiabá (MT), Curitiba
(PR), Diadema (SP), Duque de Caxias (RJ), Feira de Çantana (BA), Fortaleza (CE),
Manaus (AM), Paulínia (ÇP), Ponta Grossa (PR), Porto Velho (RO), Ribeirão Preto
(SP), Rio Grande ( R Ç ) , Rio de Janeiro (RJ), Valinhos (SP), Teresina ( P l ) e Uber-
lãndia IMG).

24
tipos de serviços em pavimentação
4.1 - IMPRIMAÇAO

4.1.1 - Definição

Consiste na aplicação de uma camada de material asfáltico sobre a superfície de


uma base concluída, antes da execução de um revestimento asfáltico qualquer
(DNER-ESP-14/71).

Serve para aumentar a coesão da superfície da base, pela penetração do material as-
fáltico empregado, promover condições de aderência entre a base e o revestimento e
impermeabilizar a base.

4.1.2 - Tipos de Asfaltos Utilizados

Para imprimação são utilizados asfaltos diluídos de baixa viscosidade, a fim de


permitir a penetração do ligante nos vazios da base.

São indicados os asfaltos dilu idos tipo CM-30 e CM-70.

4.1.3 - Equipamento para Execuçâo

O equipamento mínimo para execução da imprimação é o relacionado a seguir:

a) Para varredura: Vassoura mecânica rotativa, ou vassouras comuns, quando a ope-


racão é feita manualmente. Pode ser usado também o jato de ar comprimido.

b) Para distribuição do ligante: Caminhão-tanque equipado com barra espargidora e


caneta distribuidora, bomba reguladora de pressão, tacòmetro, termòmetro etc.

25
4.1.4 - Recomendações Gerais

a) A temperatura de aplicação do material asfáltico deve ser fixada para cada tipo de
ligante, em função da relação temperatura-viscosidade, Deve ser escolhida a tempera-
tura que proporcione a melhor viscosidade para espalhamento do ligante. As faixas
de viscosidade recomendadas para o espalhamento são de 20 a 60 segundos Saybolt
Furol.

b) Quando a base estiver muito seca e poeirenta, é aconselhável, asvezes, umedecê-


Ia ligeiramente antes da distribuição do ligante.

Deve-se evitar a formação de poças de ligantes na superfície da base. Caso isto acon-
teça, torna-se necessária a remoção das mesmas, pois, do contrário, o excesso de li-
gantes retardará a cura do asfalto diluído e é prejudicial ao revestimento.

A fim de se evitar o acúmulo de ligante nos pontos inicial efinal do banho, deve-se
colocar faixas de papel transversalmente na pista, de modo que o asfalto comece e
cesse de sair da barra de distribuição sobre essas faixas, que são a seguir retiradas.

c) A imprimação é um serviço bastante conhecido e relativamente fácil de ser execu-


tado. Quanto a parte referente aos controles de qualidade e quantidade de ligante,
execução etc., sugere-se que seja seguida a especificação DNER-ESP-14/71

4.2 - PINTURA DE LIGAÇAO

4.2.1 - Definição
i
Consiste na aplicação de uma camada de material asfáltico sobre uma camada do pa-
vimento com a finalidade precípua de promover sua ligação com a camada sobreja-
cente a ser executada.

4.2.2 - Tipos de Asfaltos Utilizados

Para pintura de ligação poderá ser utilizado um dos materiais asfálticosabaixo rela-
cionados:

Emulsões asfálticas dos tipos:

a) Ruptura rápida - RR-1C e RR-2C

b) Ruptura média - RM-1C e RM-2C

c) Ruptura lenta- RL-IC

26
Asfaltos diluídos

a) CR-70 (exceto para superfícies betuminosas)

4.2.3 - Equipamento para execução

O equipamento mínimo para a execução da pintura de ligação é o relacionado a


seguir :

a) Para varredura: Vassoura mecânica rotativa, ou vassouras comuns, quando a opera-


ção é feita manualmente. Pode ser usado, t'ambém, o jato de ar comprimido.

b) Para distribuição do ligante: Caminhão-tanque equipado com barra espargidora e


caneta distribuidora, bomba reguladora de pressão, tacômetro, termômetro etc.

c) Depósito de Iigante: Um tanque com capacidade de mais ou menos 20.000 litros.

4.2.4 - Recomendações Gerais

a) A temperatura de aplicação do material asfáltico deve ser fixada para cada tipo de
ligante, em função da relação temperatura-viscosidade. Deve ser escolhida a tempera-
tura que proporcione a melhor viscosidade para espalhamento do ligante e que per-
mita formação de uma película extremamente delgada acima do pavimento.

As faixas deviscosidade recomendadaspara o espalhamento do Iigantesãoasseguintes:

Para asfaltos diluídos: de 20 a 60 segundos Saybolt Furol

Para emulsões asfálticas: 20 a 100 segundos Saybolt Furol.

Para emulsões diluídas: não há valores especificados

b) Devese proceder uma varredura completa no local a ser feita a pintura de ligação.

A fim de conseguir uma película betuminosa bem delgada, quando se emprega emul-
são, esta deve ser diluída em igual volume de água.

Qualquer excesso de ligante acumulado na superfície tratada deve ser removido, pois
este pode atuar como lubrificante, ocasionando ondulação do revestimento a ser co-
locado.

A fim de se evitar o acúmulo de ligante nos pontos inicial e final do banho, deve-se
colocar faixas de papel transversalmente na pista, de modo que o asfalto comece e
cesse de sair da barra de distribuição sobre essas faixas, que são a seguir retiradas.

c) A pintura de ligação e um serviço bastante conhecido e relativamente fácil de ser


executado.

27
Quanto a parte referente aos controles de qualidade e quantidade do ligante, execu-
ção etc., sugere-se que seja seguida a especificação DNER-ESP-15/71.

d) Para pintura de ligação. recomenda-se diluir a emulsão em água na proporção de


1 :l.
Não se deve estocar esta mistura.

4.3 - TRATAMENTOS SUPERFICIAIS: SIMPLES, DUPLOS E TRIPLOS

4.3.1 - Tratamento Superficial Simples

4.3.1.1 - Definição

Tratamento superficial simples de penetração invertida, e um revestimento consti-


tuído de material betuininoso e agregado mineral, no qual o agregado e colocado
uniformemente sobre o material açfáltico. aplicado em uma só camada e submetido a
operação de compressão e acabamento.

O tratamento superficial simples é utilizado como revestimento de um pavimento.

4.3.1.2 - Tipos de Asfaltos Utilizados

Os materiais asfálticos empregados podem ser os seguintes:

1) Cimento asfáltico de petróleo: tipo CAP 7


2) Asfaltos diluídos: Tipos CR-250, CR-800 e CR-3000
3) Emulsõesasfálticas: tipos R R - 1 C e RR-2C.

4.3.1.3 - Equipamentos para execução

O equipamento mínimo a ser utilizado na execução do serviço 6 o seguinte:

a) Veículos automotores, para transporte tio agregado.

b) Distribuidor mecânico do agregado mineral (espalhador)

c) Equipamento de aquecimento do material betuminoso, capaz de aquecer e mesmo


mantê-lo dentro dos limites especificados de temperatura.

d) Espargidor-Caminhão-tanque equipado com barra espargidora e caneta distri-


buidora, bomba reguladora de pressão, tacômetro, termômetro etc.

e ) Vassouras, do tipo adequado.

f ) Rolos compressores do tipo tandem com peso de 5 a 8 toneladas, ou, preferenciai-

2%
mente, rolos pneumáticos, propulsores, dotados de pneus que permitam a caligragem
de 35 a 120 libras por polegada quadrada.

g) Pequenas ferramentas, tais como: pás, enxadas, garfos, rastelos etc.

h) Tanque de depósiio, com capacidade de mais ou menos 20.000 litros.

4.3.1.4 - Recomendações Gerais

a) As quantidades de material (agregado mineral e ligante betuminoso), por metro


quadrado, para a execucão da camada devkm ser determinadas por projeto e verifica-
das praticamente no campo.

b) As temperaturas de aplicação deverão ser as que permitam a execucão. dentro


das seguintes faixas de viscosidade:

1) Cimentosasfálticos de petróleo - 20 a 60 Ç Ç F

2) Asfaltos diluídos - 20 a 60 ÇSF

3) Emulsões asfálticas - 20 a 100 ÇSF

4.3.2 .Tratamento Superficial Duplo

4.3.2.1 - Definicão

Tratamento superficial duplo, de penetração invertida, e um revestimento consti-


tuído de duas aplicações de material asfáltico. cobertas, cada uma, por agregado
mineral.

A primeira aplicação de material asfáltico é feita diretamente sobre a base imprima-


da ou sobre o revestimento asfáltico e coberta imediatamente com agregado graúdo.
constituindo a primeira camada do tratamento.

A segunda camada e semelhante primeira, usando-se agregado miúdo.

O tratamento superficial duplo é utilizado como revestimento de um pavimento.

4.3.2.2 - Tipos de Asfaltos Utilizados

Os materiais asfálticos empregados podem ser os seguintes:

1) Cimento asfáltico de petróleo: tipo CAP 7

2) Asfaltos diluídos: tipos CR-250. CR-800e CR-3000

29
3) Emulsões asfalticas: tipos RR-1C e RR-2C

4.3.2.3 - Equipamentos para execução

O equipamento mínimo a ser utilizado na execução do serviço é o seguinte:

a) Veículos automotores, .para transporte de agregado.

b) Distribuidor mecânico de agregado mineral (espalhador)

c) Equipamento de aquecimento do material betuminoso, capaz de aquecer o mesmo


e mantê-lo dentro dos limites especificados de temperatura.

d) Espargidor - Caminhão-tanque equipado com barra espargidora e caneta distribui-


dora, bomba reguladora de pressão, tacômetro, termômetro etc.

e) Vassouras, do tipo adequado.

f ) Rolos compressores do tipo tandem com peso de 5 a 8 toneladas ou preferencial-


mente, rolos pneumáticos, autopropulsores, dotados de pneus que permitam a cali-
bragem de 35 a 120 libras por polegada quadrada.

g) Pequenas ferramentas, tais como: pás, enxadas, garfos, rastelos etc.

h) Tanque de depósito, com capacidade de mais ou menos 20.000 litros.

4.3.2.4 - Recomendações Gerais

a) As quantidades de material (agregado mineral e ligante betuminoso), por metro


quadrado, para a execução da camada devem ser determinadas por projetos e verifi-
cadas praticamente no campo.

b) As temperaturas de aplicação deverão ser as que permitam a execução, dentro das


seguintes faixas de viscosidade:

1) Cimentos asfálticos de petróleo: 20 a 60 SSF

2) Asfaltos diluídos: 20 a 60 SSF

3) Emulsões asfálticas: 20 a 100 SSF

4.3.3 - Tratamento Superficial Triplo

4.3.3.1 - Definição

Tratamento superficial triplo, de penetração invertida, é um revestimento constituí-

30
do de três aplicações de material asfáltico, cobertas, cada uma, por agregado mineral.

A primeira aplicação de material asfáltico é feita diretamente sobre a base imprimada


ou sobre o revestimento asfáltico e coberta imediatamente com o agregado graúdo,
constituindo a primeira camada do tratamento.
r
A segunda e a terceira camadas são semelhantes 3 primeira, usando-se respectivamen-
te, agregados médio e miúdo, especificados.

O tratamento superficial triplo é utilizado como revestimento de um pavimento.


P
4.3.3.2 - Tipos de asfaltos utilizados

Os materiais asfálticos empregados podem ser os seguintes:

I 1 ) Cimento asfáltico de petróleo: tipo CAP-7


, 2) Asfaltos dilu ídos tipos: CR-250, CR-800 e CR-3000

3) Emulsõesasfálticas tipos: RR-1C e RR-2C

4.3.3.3 - Equipamentos para Execução

O equipamento mínimo a ser utilizado na execução do serviço é o seguinte:

a) Veículos automotores, para transporte agregado.

b) Distribuidor mecânico do agregado mineral (espalhador)

c) Equipamento de aquecimento do material betuminoso, capaz de aquecer o mesmo


e mantê-lo dentro dos limites especificados de temperatura.

d) Espargidor - Caminhão-tanque equipado com barra espargidora e caneta distribui-


dora. bomba reguladora de pressão, tacômetro, termômetro etc.

e) Vassouras, do tipo adequado.


f ) Rolos compressores do tipo tandem com peso de 5 a 8 toneladas, ou preferencial-
mente, rolos pneumáticos, autqpropulsores, dotados de pneus que permitam a cali-
bragem de 35 a 120 libras por polegada quadrada.
c
g) Pequenas ferramentas, tais corno. pás, enxadas, garfos, rastelos etc.

h) Tanque de depósito com capacidade de mais ou menos 20.000 litros.

31
4.3.3.4 - Recomendações Gerais

a ) As quantidades de material (agregado mineral e ligante betuminoso), por metro


quadrado, devem ser determinadas por projeto e verificadas praticamente no campo.

b) As temperaturas de aplicação, em graus centígrados, deverão ser as que permitam i


a execução dentro das seguintes faixas de viscosidade:

1 Cimentos asfálticos de petróleo: 20 a 60 SSF

2 ) Asfaltos diluídos: 20 a 60 ÇSF


4

3 ) Emulsões asfálticas: 20 a 100 SSF

4.4. MACADAME BETUMINOSO

-
4,4.1 Definição

Consiste em duas aplicações alternadas por camadas, de material asfáltico sobre agre
gados de tamanho e quantidade especif icadas, devidamente espalhados e compacta-
dos. O processo descrito poderá ser repetido até atingir-se a espessura final desejada.
Quando o macadame betuminoço for utilizado como revestimento. será executado
um espalhamento de agregados com tamanho e quantidade especificados.

O macadame betuminoso é usado como camada de base d o u revestimento

4.4.2 .Tipos de Asfaltos Utilizados

Os materiais asfálticos empregados podem ser os seguintes:

1) Cimento asfáltico de petróleo: tipo CAP-7

2) Emulsõeç asfálticas tipos: RR-1C e RR-2C

4.4.3 - Equipamentos para Execução


4
O equipamento mínimo a ser utilizado na execução do macadame betuminoso'é o
seguinte:

a) Veículos automotores, para transporte do agregado

b) Distribuidor mecânico do agregado mineral (espalhador). d.

c) Equipamento de aquecimento do material betuminosos, capaz de aquecer o mes-


mo e mantê-lo dentro dos limites especificados de temperatura.
,

32
d) Distr’ibuidor de material betuminoso-Caminhão-tanqueequipado com barra espar-
gidora e caneta distribuidora, bomba reguladora de pressão, tacômetro, termome-
tro etc.

e) Vassouras, do tipo adequado.

f ) Rolos compressores do tipo tandem com peso mínimo de 10 toneladas, ou, prefe-
rencialmente, rolos vibratórios, ou rolos pneumáticos.

9) Pequenas ferramentas, tais como: pás, enxadas, garfos. rastelos etc.

h) Tanque de depósito, com capacidade de’mais ou menos 20.000 litros

4-4.4 - Recomendações Gerais

a) As quantidades de material (agregado mineral e de ligante betuminoso), por metro


quadrado, podem ser:

1 ) material betuminoso mais ou menos 1.0 I/m’ por cm de espessura.

2) agregado mineral:

espessura de 2.5 cm = mais ou menos 30 I/m’


espessura de 7.5 cm = mais ou menos 90 l/m2

b l As temperaturas de aplicação deverão ser as que permitam a execução dentro das


seguintes faixas de viscosidade:

1) Cimentos asfálticos de petróleo: 20 a 60 SSF

2) Emulsões asfálticas: 20 a 100 SSF

4.5. PRE-MISTURADOA QUENTE

4.5.1 - Definiçso

Pré-misturado a quente é o produto resultante da mistura a quente, em usina apro-


priada, de um ou mais agregados minerais e cimento asfáltico espalhado c comprimi-
do a quente.

O pré-misturado a quente pode ser utilizado como camada de regularização como


base ou como revestimento.

Sua espessura após compressão pode variar desde 3 (três) cm até 10 (dez) cm, apro-
ximadamente, dependendo da granulometria final da rnistrua de agregados.

33
4.5.2 - Tipos de Asfaltos Utilizados

Atendendo 3 orientação desta publicação, deverão ser utilizados os cimentos asfálti.


cos de petróleo dos tipos CAP 20 e CAP 55.
I
O cimento asfáltico deverá ser uniforme em qualidade e estar livre de água, além de
satisfazer aos ensaios e especificaçõesa ele atinentes.

4.5.3 - Equipamentos para Execução

O equipamento mínimo para a construção de uma camada de pavimento com p r é


misturado a quente é o seguinte:

a i Depósito para cimento asfáltico, munido de bomba de circulação, de modo a ga-


rantir um fluxo contínuo, do depósito ao misturador, durante todo o período de
operação. O depósito deve ser capaz de aquecer o material as temperaturas fixadas, o
que deverá ser feito por meio de serpentinas a vapor, eletricidade ou outros meios,
de modo a não haver contato de chamas com interior do depósito. As tubulações e
os acessórios deverão ser dotados de isolamento, a fim de evitar perdas de calor.

b) Usina para pré-misturado a quente equipada com uma unidade classificadora de


agregados, após o secador, não sendo, entretanto, obrigatório tal dispositivo. Pode-
rão ser utilizadas usinas volumétricas, gravimétricas ou mistas.

c) Caminhões para o transporte da mistura do tipo basculante, possuindo caçambas


metálicas robustas.

d) Acabadora automotriz, capaz de espalhar e conformar a mistura no alinhamento,


cotas e abaulamentos requeridos. Deve possuir parafuso sem fim, marchas para fren-
t e e para trás, além de estar equipada com alisadores, vibradores e dispositivos para
aquecimento dos mesmos, 3 temperatura exigida, para colocação da mistura sem
irregularidades.

Poderão ser utilizadas moto-niveladoras ou outro equipamento que permita o espa-


Ihamento da mistura. Contud0.a não utilização da acabadora normalmente conduz
a uma segregação dos agregados contidos na massa.

e ) Equipamento para compressão constituído por rolo pneumático e rolo metálico,


tipo tandem, ou, ainda, rolo metálico liso, vibratório. Os rolos compressores tipo
tandem devem ter uma carga de 8 a 12 t. Os rolos pneumáticos, autopropulsores, de-
vem ser dotados de pneus que permitam a calibragem de 35 a 120 libras por polega-
da quadrada, com seu peso variando de 5a 35 toneladas. Com osrolosvibratóriosé ne-
cessário ajustar a ressonância da força dinâmica ao tipo de mistura a ser compactada.

4.5.4 - Recornendaç5es Gerais


I
O cimento asfáltico é um material termoplástico cuja viscosidade diminui com o au-

34
mento da temperatura. A relação entre temperatura-viscosidade, entretanto, pode ser
a mesma para diferentes fontes ou tipos de material asfáltico.

As temperaturas de aplicação são normalmente especificadas para vários usos de ma-


teriais asfálticos mas, devido a estas variações de viscosidade, a especificação da tem-
peratura sozinha e inadequada para a maioria dos casos. Portanto, deve-se recomen-
dar que a relação viscosidade-temperatura seja determinada no ligante betuminoso,
no canteiro de obras.

A viscosidade mais conveniente que o ligante deve possuir depende de vários fatores,
entre eles:

1 - Tipo de aplicação

2 - Características e graduação do agregado.

3 - Condições climáticas

Devido a estas e outras variáveis, a viscosidade mais apropriada para uma aplicação
específica deve ser estabelecida com cuidado e conhecimento de causa. A maisalta
viscosidade (menor temperatura) deve ser selecionada de maneira que assegure cobri-
mento adequado do agregado e trabalhabilidade apropriada para espalhar e compri-
mir a mistura.

Geralmente, quando não se dispõe de mais dados, a faixa de viscosidade para deter-
minação da temperatura de aquecimento do CAP pode ser de 75 a 150 segundos
Saybolt Furol.

Os agregados, A exceção do material de enchimento (filer), devem ser aquecidos a


temperatura de 10 a 15W, acima da temperatura do cimento asfáltico. A mistura,
entretanto, não pode ter temperaturas inferiores a 107OC e nem superiores a 177OC.

Já foram verificados defeitos (exsudação) no revestimento, devidos ao aquecimento


acima da temperatura conveniente do cimento asfáltico empregado.

A temperatura de compressão recomendável, quando são utilizados rolos compresso-


res pneumáticos autopropulsores, e aquela na qual o CAP apresenta uma viscosidade
Saybolt Furol de 140 f 15 segundos.

Em relação aos demais rolos, pode-se dizer que Ó início da compressão deve dar-se a
mais alta temperatura que a massa suportar, sem se deslocar ou fissurar.

Para o pré-misturado a quente, não existem especificacões rígidas de projeto, execu-


ção e controle. Devem ser tomadas precauções tecnológicas no que diz respeito a gra-
nulometria da mistura de agregados, teor de betume, compressão e temperatura de
aquecimento dos materiais, da mistura e da compressão.

35
-
4.6 PRE-MISTURADOA FRIO

4.6.1 - Definiçao
I
E o produto resultante da mistura, em equipamento apropriado, de agregados mine
rais e emulsão asfáltica ou asfalto diluído, espalhado e comprimido a frio.

Segundo a granulometria, classificam-se em abertos e densos.

O pré-misturado a frio pode ser utilizado como camada de regularização, como base
ou como revestimento, alem de serviços de conservação.

As camadas podem ter espessuras compactadas, variando de 3 a 20 cm, dependendo


do tipo de serviço e granulometria final da mistura.

4.6.2 - Tipos de Asfaltos Utilizados

Os ligantes empregados São, genericamente, as emulsões asfáiticas catiônicas e os aç-


faltos diluídos. Há predominância para as emulsões de ruptura média (RM), seguidas
pelo asfalto diluído CR-250, muito embora sejam empregadas também emulsões de
ruptura lenta e rápida e outros tipos de asfaltos diluídos.

Em princípio existem a5 seguintes alaternativas:

1) Emulsão de ruptura média (RM) - utilização geral em pré-mistura dos abertos ou


densos.

2) EmulSão de ruptura lenta (RL-1C) - utilização em pré-misturados bastante densos


e casos especiais de prémisturados abertos para camadas de regularização.

31 Asfalto diluído (CR-250) - empregado em pré-misturados abertos ou moderada-


mente densos.

4 ) Asfalto diluído (CR-800) - empregado somente em pré-misturados abertos

5) Asfalto diluído (CM-250)- empregado para pré-misturados densos

6) Asfalto diluído (CM-800) - empregado em pré-misturados abertos e densos.

4.6.3 - Equipamentos para Execução


I
a) Depósito para o ligante, sem necessidade de aquecimento (exceto para os CR-800
e CM-800 ou regiões muito frias), dotado de bomba de engrenagens para a recircula-
@o do ligante, de modo a mantê-lo homogêneo.

A capacidade mínima de estocagem deve ser 20,000 I

36
b) As usinas de solo e brita graduada se aplicam muito bem ao pré-misturado com e-
mulsões, atingindo produções superiores a 100 t/h. Há uma enorme variedade de
equipamentos a serem escolhidos em função, principalmente, do volume e prazo do
serviço, além do aproveitamento de facilidades já existentes.

Igualmente, podem ser'usadas as usinas de concreto asfáltico, dispensando-sea seca-


gem dos agregados, quando usar emulsões.

Numa escala de produção intermediária, são utilizadas usinas projetadas para pré-mis-
turados a frio, com misturadores do tipo "pug-mill", ou ainda, argamassadeiras hori-
zontais dotadas de dosadores e pás de arraste de agregados, que promovem misturas
contínuas e descontínuas respectivamente.'

Para pequenas produções, em bateladas, utilizam-se betqneiras comuns, preferindo-


se as de eixo horizontal, embora as do tipo "pera" (eixo vertical) possam também
ser usadas.

A utilização de misturadoresdo tipo "eixo sem fim" requer cuidados especiais, prin-
cipalmente com emulsões.

Para a estocagem de agregados, devem ser previstos normalmente, silos ou depósitos


para 3 materiais.

Facilidades para permitir eventual molhagem dos agregados são convenientes.

c) Caminhões basculantes para o transporte da mistura. Nos pequenos canteiros São


utilizados carrinhos de mão, com pneus.

d) Acabadora automotriz. capaz de espalhar e conformar a mistura segundo as espe


cificações requeridas. Podem ser utilizadas, ainda, moto-niveladoras e espalhadoras
de solo, sem maiores restrições, no caso de camadas de base, mas com bastante restri-
ções, no casode camadas de revestimento, face a freqüente segregação que provocam.
O espalhamento manual deve ficar restrito ao serviço de "tapa-buracos" ou de peque
nos "panos" descont ínuos.

e) O equipamento para compressão deverá. preferencialmente, ser um rolovibratório,


liso, autopropulsor, com freqüência controlada, ou um rolo pneumático, de pressão
variável, autopropulsor. Um rolo liso, tandem, 8-10 t, também pode ser utilizado, fi-
cando restrito a serviços de menor responsabilidade, onde possa ser tolerado um me-
nor grau de compactação. deixando por conta do trânsito o adensamento definitivo.

4.6.4 - Recomendações Gerais

Embora já existam especificações para o pré-misturado a frio, deve ser escolhida uma
faixa granulométrica adequada, e o teor ideal do ligante. Esta é a fase de projeto, em
laboratório, que pode sofrer as eventuais adaptações de campo.

37
Na fase de execução, devem ser controlados o teor de ligante, a granulometria da
mistura e a densidade após h compactação.

I Da literatura e experiência sobre o assunto, podem ser alinhadas as seguintes reco-


I mendações:
a) Para a mesma granulometria, quanto mais "pesado" o diluente, mais longa a esto-
cagem da mistura;

b) Massa muito estocável é de cura mais demorada, podendo apresentar problemas


de retenção do diluente nos pré-misturados densos. Pré-misturados de estocagem
prolongada (diluente "pesado) devem, portanto, ser mais abertos e reservados para
serviços de conservação.

c) Para camadas de rolamentos, o pré-misturado deve ser denso, com diluente o mais
"leve" possível ou sem ele.

d) E necessária uma aeração mínima de 2 horas da massa espalhada para permitir a


evaporação do diluente caso seja presente, antes do início da compressão.

e ) A compressão com o rolo de pneus deve ser feita partindo de uma pressão de cer-
ca de 50 libras/pol* e que deve subir gradativamente até atingir 100-120 libras/po12
(não há problema, pois a massa é fria). O rolo liso promove o acabamento da cama-
da. Após a abertura ao trânsito, é normal um ligeiro aumento de densidade.

4.7 AREIA-ASFALTO A QUENTE


~

4.7.1 - Definição

Areia-asfalto a quente é o produto resultante da mistura a quente, em usina apropria-


da, de agregado miúdo e cimento asfáltico, com a presença ou não de material de
enchimento, espalhado e comprimido a quente.

A areia-asfalto a quente é normalmente utilizada como revestimento de um pavi-


mento, podendo, dependendo de situação própria, ser utilizada como camada de
regularização ou nivelamento.

A espessura de cada camada, após compressão, não deve ultrapassar 5 (cinco) cm

4.7.2 - Tipos de Asfaltos Utilizados

Atendendo A orientação deste trabalho, deverão ser utilizados os cimentos asfálti-


cos de petróleo dos tipos CAP-20 e CAP-55.

O cimento asfáltico deverá ser uniforme em. qualidade e estar livre de água, alem de
satisfazer aos ensaios e especificaçõesa ele atinentes.

38
4.7.3 - Equipamentospara Execução

O equipamento mínimo para a construção de revestimento de areia-asfalto a quente


é o seguinte:

a) Depósito para o cimento asfáltico, munido de bomba de circulação, de modo a ga-


rantir um fluxo contínuo, do depósito ao misturador, durante todo o período de
operação. O depósito deve ser capaz de aquecer o material às temperaturas fixadas,
o que deverá ser feito por meio de serpentinas ivapor, eletricidade ou outros meios,
de modo a não haver contato de chamas com o interior do mesmo. As tubulações e
os acesSorios deverão ser dotados de isolamento, a fim de evitar perdas de calor.

b) Para areia-asfalto a quente poderão ser utilizadas usinas volumétricas, gravimétri-


cas ou mistas.

c) Caminhões para o transporte da mistura do tipo basculante, possuindo caçambas


metálicas.

d) Acabadora automotriz, capaz de espalhar e conformar a mistura do alinhamento,


cotas e abaulamentos requeridos.

Deve possuir parafuso sem fim, marchas para a frente e para trás, além de estar equi-
pada com alisadores, vibradores e dispositivos para aquecimetno dos mesmos à tem-
peratura exigida, para colocação da mistura sem irregularidades.

e) Equipamento para compressão constituído por rolo pneumático e rolo metálico


liso, tipo tandem, ou ainda, rolo metálico liso, vibratório. Os rolos compressores ti-
po tandem devem ter uma carga de 8 a 12 t. Os rolospneumáticosautopropulsores
devem ser dotados de pneus que permitam a calibragem de 35 a 120 libras/pol*, com
seu peso variando de 5 a 35 toneladas. Com os rolos vibratórios é necessário ajustar
a ressonância da força dinâmica ao tipo de mistura a ser compactada.

4.7.4 - Recornendaç&x Gerais

O cimento asfáltico é um material termoplástico cuja viscosidade diminui com o


aumento da temperatura. A relação entre temperatura e viscosidade, entretanto, po-
de não ser a mesma para diferentes fontes de produção, tipos de petróleo e os graus
do material asfáltico.

As temperaturas de aplicação $0 normalmente especificadas para vários USOSde ma-


teriais asfálticos mas, devido a estas variações de viscosidade, a especificação da tem-
peratura sozinha 6 inadequada para a maioria dos casos. Portanto, deve-se recomen-
dar que a relação viscosidade-temperatura seja determinada no ligante betuminoso.
no canteiro de obra.

A viscosidade mais conveniente que o ligante deve possuir depende de vários fatores,
entre eles:
1 - Tipo de aplicação

2 - Características e graduação do agregado

I
3 - Condições climáticas

Devido a estas e outras variáveis, a viscosidade mais apropriada para uma aplicação
específica deve ser estabelecida com cuidado e conhecimento de causa. A mais alta
viscosidade (menor temperatura) deve ser selecionada de maneira que assegure cobri-
mento adequado do agregado e trabalhabilidade apropriada para espalhar e compri-
mir a mistura.

Geralmente; quando não se dispõe de mais dados, a faixa de viscosidade para a deter-
minação da temperatura de aquecimento do CAP pode ser de 75 a 150 segundos
Saybolt Furol. Acreditamos que a faixa de 75-95 segundos seja a mais conveniente,
por ser a utilizada por ocasião ao projeto de areia-asfalto a quente, pelo método
Marshall.

Os agregados, a exceção do material de enchimento (fiier), devem ser aquecidos à


temperatura de IOOC a 15OC. acima da temperatura do cimento asfáltico. A mistura,
entretanto, não pode ter temperaturas inferiores a 107OC e nem superiores a 177%

Já foram verificados defeitos (exsudação) no revestimento, devido ao aquecimento


acima da temperatura conveniente do cimento asfáltico empregado.

A temperatura de compressão recomendável, quando Sáo utilizados rolos compresso-


res pneumáticos autopropulsores, é aquela na qual o CAP apresenta uma viscosidade
Saybolt Furol de 140 f 15 segundos.

Em relação aos demais rolos, pode-se dizer que o início da compressão deve ser dar A
mais alta temperatura que a massa suportar, sem se deslocar ou fissurar.

A execução da areia-asfalto a quente é um assunto j á bastante debatido e bem expla-


nado em diversas publicações. Requer cuidados especiais, devendo ser obedecidos
fielmente, desde a entrada da matéria-prima na usina até a compressão final da massa
e posterior abertura ao trafego.
O controle dos materiais e da mistura deve ser rigoroso e obedecer rigidamente às
Especificações.

-
4.8 AREIA-ASFALTO A FRIO

4.8.1 - Definição

!
I
E o produto resultante da mistura, em equipamento apropriado, de asfalto diluído
ou emulsão asfáltica e agregado miúdo, com a presença ou não de material de enchi-
mento espalhado e comprimido a frio.
4.8.2 - Tipos de Asfaltos Utilizados

Os ligantes empregados são, genericamente. os seguintes:

c.1) emulsões catiônicas de ruptura métida: RM


c.2) emulsões catiônicasde ruptura lenta: RL
c.3) asfaltos diluídos de cura rápida: CR-250e CR-800
c.4) asfaltos dilu ídos de cura média: CM-250 e CM-800

4.8.3 - Equipamentospara Execução

a) Depósito para o ligante, sem necessidade de aquecimento (exceto para o CR-800


e CM-800 ou regiões muito frias]. dotado de bomba de engrenagens para a recircula-
ção do ligante, de modo a mantê-lo homogêneo.

A capacidade mínima de estocagem deve ser de 20.000 I, em acordo com os veículos


de transporte normalmente disponíveis.

b) Usina

De preferência. deve ser feito em usina dotada de misturador do tipo "pug-mill",


admitindo-se porém, outro sistema adequado, inclusive betoneiras.

c) Caminhões basculantes para o transporte da mistura. Nos pequenos canteiros São


utilizados carrinhos de mão, com pneus.

d) Acabadora automotriz, capaz de espalhar e conformar a mistura segundo as espe-


cificações do projeto. Podem ser utilizadas, ainda, em serviços de conservação. moto-
niveladoras e espalhadoras de solo. O espalhamento manual deve ficar restrito aos
serviços de "tapa-buracos" oude pequenos "panos" descont ínuos.

e ) Equipamento para compressão constituído por rolo pneumático, de pressão variá-


vel, autopropulsor. A utilização do rolo liso, tandem, 5-8 t, é admitida em serviços
de menor responsabilidade, onde possa ser tolerado um menor grau de compactação.

4.8.4 - Recomendações Gerais

a) A areia ou mistura de areias deve satisfazer condições mínimas. normalmente ta-


beladas quanto A granulometria, equivalente em areia e adesividade.

b ) necessária uma aeração mínima de 2 horas da massa espalhada, para permitir a


evaporação do diluente, caso seja presente, antes do início da compressão.

c) A espessura de cada camada, após compressão, não deve ultrapassar 4 (quatro) cm.

41
4.9 - CONCRETO ASFALTICO

4.9.1 - Definição

Concreto asfáltico é o produto resultante da mistura a quente, em usina apropriada,


de agregado mineral graduado, material de enchimento (fiier) e cimento asfáltico.
espalhado e comprimido a quente e satisfazendo determinadas exigências constantes
da especificação.

O revestimento é a camada do pavimento destinada a resistir às ações do tráfego, im-


permeabilizar, melhorar as conições de rolamento no que se refere ao conforto e s e
gurança e transmitir, de forma atenuada, as ações do tráfego às camadas inferiores.
Uma camada de concreto asfáltico tem valor estrutural definido.

Existem considerações que devem ser feitas a respeito do concreto asfáltico quando
vamos utilizá-lo em espessuras acima de 5 cm.

São condições essenciais que a estrada tenha uma boa drenagem e compactação cor-
reta do subleito, sub-base e base.

Sobre a base preparada, inclusive imprimada, a mistura será espalhada de tal modo
que apresente, quando comprimida, a espessura do projeto.

Tratando-se de camada de 7.5 cm de espessura, executada de uma só vez, funcionará


como camada de rolamento (Figura 1.a).

Quando a espessura total do revestimento for de 7.5 cm até 15 cm, haverá necessida-
de de se construir o revestimento em duas camadas; neste caso, sob a capa de rola-
mento, será executada uma camada de ligação (binder) que, pelas características da
mistura que a constituir, será de custo mais baixo que a primeira (Figuras 1.b e 1.c).

Casos há, ainda, que, em face das elevadas espessuras de projeto e do mau estado de
desernpeno da camada subjacente, exige-se, ainda, uma terceira camada, dita de ni-
velamento (Figura 1.d).

1-
espessura de
crojelopequena
'7 ,,.,.. . . . B o s e . o u anliqo revesiimenio : .: .;'

I
I (o) CAYIDA O € ROLAYLNTO

42
i

CAM4D4 DE L i O A Ç i O CIMIDI DE R O L I M E N T O

I
C I M 4 D A DE L i 0 4 ~ i O
E NIVELAMENTO
. . . . .

C4MAüA
.

1
DE R D L I M E N T O

i
I

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r CIMA04 DE ROLAMENTO

projeto
muiio gionde

. . . . . . . . . . .
ôore ou w t i p o i e i e i t i m e n t o . . . .
. . . . . I . . . . . . . . . . . .
........ .m,uiio i r r e p u i o r . . . . .
. . . . . .

CAMADA DE N I V E L I Y E N T O
I (d) CAYADA DE L I ~ A ~ Ã O

43
-
4.9.2 Tipos de Asfaltos Utilizados I

Atendendo a orientação desta Publicação, deverão ser utilizados os cimentos asfálti- ,


tosde petr6leo dos ditpos CAP-20 e CAP-55.

O cimento asfáltico deverá ser uniforme em qualidade e estar livre de água, além de 1
satisfazer aos ensaios e especificações a ela atinentes.
l
4.9.3 - Equipamentos para Execução 1
O equipamento mínimo para a construção de revestimento de concreto asfáltico é 1

o seguinte:

a) Dep6sito para o cimento asfáltico. munido de bomba de circulação, de modo a ga-


rantir um fluxo contínuo, do depósito ao misturador, durante todo o período de
operação. O depósito deve ser capaz de aquecer o material as temperaturas fixadas, o
que deverá ser feito por meio de serpentinas a vapor, eletricidade ou outros meios,
de modo a não haver contato de chamas com o interior do depósito. As tubulações e
os acessórios deverão ser dotados de isolamento, a fim de evitar perdas de calor.

b) Usina de concreto asfáltico equipada com uma unidadeclassificadora de agregados,


após o secador. Poderão ser utilizadas usinas volumétricas, gravimétricas ou mistas.

c) Caminhões para o transporte da mistura do tipo basculante e possuindo caçambas


metá Iicas.

d) Acabadora automotriz, capaz de espalhar e conformar a mistura no alinhamento,


cotas e abaulamentos requeridos. Deve possuir parafuso sem fim, marchas para a
frente e para trás, além de estar equipada com alisadores, vibradores e dispositivos
para aquecimento dos mesmos, A temperatura exigida, para colocação da mistura
sem irregularidades.

e) Equipamento para compressão constituído por rolo pneumático e rolo metálico


liso, tipo tandem, ou, ainda, rolo metálico liso, vibratório. Os rolos compressores, ti-
po tandem, devem ter uma carga de 8 a 12 t. Os rolos pneumáticos, autopropulsores,
devem ser dotados de pneus que permitam a calibragem de 35 a 120 libras por pole-
gada quadrada, com seu peso variando de 5 a 35 toneladas. Para os rolos vibratórios
é necessário ajustar a ressonância da força dinâmica ao tipo de mistura a ser com-
pactada.

4.9.4 - RecomendaçõesGerais 1

O cimento asfáltico é um material termoplástico cuja viscosidade diminui com o au-


mento da temperatura. A relação entre temperatura e viscosidade, entretanto, pode
não ser a mesma para diferentes fontes ou tipos e graus de material asfáltico.
i
As temperaturas de aplicação são normalmente especificadas para vários usos de ma-

44
I
I Já foram verificados defeitos (exsudação) no revestimento, devido ao aquecimento
acima da temperatura conveniente do cimento asfáltico que estava sendo empregado.

A temperatura de compressão recomendável, quando ção utilizados rolos compresso-


res pneumáticos autopropulsores, e aquela na qual o CAP apresenta uma viscosidade
Saybolt Furol de 140+ 15 segundos.

45
Limite de espessura

I Posição relativa da camada I Diâmetro máximo do


agregado mineral
p/camada individual

Inferior ou 2 1/2" (6.35 crn) 9.0 7.5


Intermediária 2" (5.08 cm) Q,O 6.5 I

I Intermediária ou
Superficial I 1 1/2" (3.81 cm)

1" (2.54 cm) 6.5 4.0


Superficial 3/4" (1,91 cm) 5.0 2.5
112" (1.27 cm) 5,O 2.5

4.10 - MISTURA NA ESTRADA (ROAD-MIX)

4.10.1 . Definição

E o produto resultante da mistura, com equipamento apropriado, de agregados mine-


rais e asfalto diluído ou emulsão asfáltica, espalhado e comprimido a frio.

Segundo a granulometria classificam-seem abertos e densos.

4.10.2 - Tipos deasfaltos Utilizados

Vários tipos de ligantes asfálticos são usados para confecção das "misturas na es-
trada". O tipo do ligante é determinado em função das características dos agrega-
dos, do equipamento, das condições do clima e tipo da mistura. Recomenda-se en-
tre os tipos de ligantes apresentados no quadro pág. os seguintes tipos de ligantes:

Para as "misturas na estrada" de graduação densa

a) Emulçãotipo RL-1Ce RM-1C


b) Asfaltos diluídos tipo CM-250 e CM-800

Para as "misturas na estrada" tipo graduacão aberta

a) Emulção tipo RM-2C

! b) Asfaltos diluídos tipo CM-800

46
4.10.3. Equipamentospara Execução

O equipamento mínimo para construção da "mistura na estrada" é o seguinte:

a) Depósito para ligante, sem necessidade de aquecimento (exceto para os CM-250 e


CM-800 ou regiões muito frias), dotado de bomba de engrenagens para a recirculação
do ligante, de modo a mantê-lo homogêneo. A capacidade mínima de estocagem de-
ve ser de 20.000 litros.

b) Equipamento para o preparo da mistura na pista:

Moto-niveladora com escarificador, capaz de misturar e escarificar o material do sub-


leito quando necessário.

Grade dediscoou pulvi-misturador, capaz de resolver e misturar os materiais na pista.

Espalhador de agregados para distribuir sobre a pista os materiais importados

Usina móvel, destinada a efetuar a mistura dos materiais e ligantes no local.

Caminhão-tanque, equipado com bamba reguladora de pressão e sistema de aqueci-


mento', barra e caneta distribuidora, que permita a aplicação do ligante em quanti-
dade uniforme.

c) Equipamento para espalhamento. Para este tipo de serviço, normalmente é empre-


gada para distribuição uma patrol, sendo o espalhamento complementado com ferra-
mentas convencionais, como rastelos, rodos metálicos, pás etc.

d) Equipamento para compressão: rolo pneumático de pressão variável autopropul-


sor e rolo metálico tipo tandem. Os rolos pneumáticos devem ser autopropulsores e
devem ser dotados de pneus que permitam a calibragem de 35 a 120 libras por pole-
gada, com seu peso variando de 5 a 35 toneladas.

4.10.4 - Recomendações Gerais

A temperatura de aplicação deve ser escolhida de modo a conseguir a mais alta visco-
sidade, dentro da faixade 20 a 100 SSF, que assegure um recobrimento adequado do
agregado, e trabalhabilidade apropriada para se espalhar e comprimir a mistura.

São usados para diferentes finalidades, em função da qualidade e granulometria do


material. Assim, temos as "misturas na estrada" feitas com agregados tipo macada-
me, usados como base; os de graduação densa, usados como revestimento; os feitas
com material do subleito, usados como base ou sub-base e finalmente os de estoca-
gem para conservação, que são semelhantes aos densos, diferindo somente quanto a
finalidade de emprego.

Para as "misturas na estrada" não existem especificações rígidas. Este tipo de mistu-
ra 6 bastante versátil, permitindo o uso de um grande número de materiais, inclusive

47
os aproveitamentos dos materiais dos subleitos, quando este satisfazem determina-
das exigências.

I 4.11 - SOLO-BETUME

4.1 1.1 - Definição

E a mistura de asfalto diluído ou emulsão asfáltica e solo, no local de aplicação ou


em equipamento especial, seguida de espalhamento e compressão.

O solo-betume é indicado para a camada de base d o u sub-base de pavimentos fle-


xíveis e rígidos.

Em razão de suas propriedades, o sobbetume envolve duas ações principais,


- Impermeabilizadora
- Aglutinadora
A sua aplicação refere-se A variedade de tratamento, de acordo com o tipo de ligan-
te asfáltico e processos construtivos adotados:
- Areia-betume
- Solo-betume propriamente dito
- Mistura de areia pedregulho-betume

4.1 1.2 - Tipos de Asfaltos Utilizados

- CM-250, CM-800 e R L-1C

4.1 1.3 - Equipamentos para Execução

Em razão das propriedades do material a estabilizar, definido pelo resultado do pro-


duto IP x a fração que passa na peneira no 40, este manual faz referência ao empre-
go de equipamentos adequados:

TIPO DE EQUIPAMENTO IP x Fração que passa na peneira no 40

Agrícola (Grade de discos etc.) 2 1.000

Misturador leve (< 100 H.P.) > 2.000

Misturador pesado > 3.500


(Pulvi-misturadores > 1O0 H.P.)

I Misturador Pesado (Tipo "Singie-Pad) I 2.000 a 3.000 I


I Usina (Centrais de mistura) I > 500 I

48
O controle tecnológico deve estar condicionado aos métodos convencionais como:

Granulometria
Teor de Umidade
Hubbard-Field
Indice de Suporte CaIif6rnia
Cone de Penetração
Etc.

4.1 1.4 - Recomendações Gerais

Os trabalhos só devem ser executados nas condições ambientais intrínsecas, nas espe-
cificações e métodos de ensaios de cada um dos ligantes empregados.

A temperatura de aplicação do ligante (CM-250 e CM-800) deve ser escolhida de


modo a assegurar um recobrimento adequado das partículas do solo e trabalhabili-
dade apropriada para se espalhar e comprimir a mistura.

4.12 LAMA ASFALTICA


~

4.12.1 - Definição

Lama asfáltica é a associação, em consistência fluida, de agregados ou misturas de


agregados miúdos, material de enchimento, emulsão asfáltica e água, devidamente es-
palhada e nivelada.

A lama asfáltica tem seu principal emprego no rejuvenescimento dos pavimentos as-
fálticos, ja desgastados, sendo também muito usada como camada de desgaste e im-
I
permeabilizante, nos revesiimenros executados com tratamento superficial ou maca-
dame betuminoso.

Por apresentar condições de elevada resistência 6 derrapagaem - alto coeficiente de


I atrito - é também empregada na correção de trechos lisos e derrapantes.
!
I A espessura final de uma camada de lama asfáltica, de graduação normalmente pro-
I jetada, é da ordem de 4 mm, sendo sua compactação executada pelo próprio tráfego.
~

Existem algumas variantes de lama asfáltica, como exemplo podemos citar o tipo
que utiliza agregados passando na peneira 3/8" e retido na peneira no 4 com espessu-
ra de 1.5 a 2.0 cm, a qual está sendo usada como revestimento de rodovias de alta
viscosidade, para atender B dois grandes problemas: hidroplanagem e o respingo ou
I borrifamento, pois mantem a superf ície de rolamento completamente drenada.

4.12.2 - Tipos de Asfaltos Utilizados

Atendendo a orientação desta publicação deverão ser utilizadas as emulsões asfálti-

49
cas para lama asfáltica tipos LA-1, LA-2, LA-1C, LA-2C e LA-E

Estas emulsões deverão ser fabricadas para utilização com os agregados disponíveis
e satisfazerem aos ensaios e eçpecificações a elas atinentes.

4.12.3 - Equipamentospara Execução


O equipamento necessário para a execução de um serviço com lama asfáltica é o
seguinte:

a) Depósito para a emulsão asfáltica, de preferência rebocável, munido de bomba de


circulação, de modo a garantir que a mesma seja desembaraçada do depósito ao tan-
que de usina, para o seu abastecimento e reabastecimento. Não é necessário isola-
mento térmico.

b) Usina apropriada que deverá estar instalada sobre chassis de um caminhão capaz
de se deslocar a baixas velocidades, de maneira contínua, e sem arrancadas ou para-
das bruscas, de modo a garantir um trabalho uniforme e perfeito. Esta usina deverá
ser composta de um silo para o agregado já devidamente enquadrado na granulome-
tria do projeto, dep6sito para "filer" com dosador, depósitos de água, emulsão e
misturador apropriado.

c) Caixa deslizante arrastada pelo próprio caminhão, que recebe a argamassa e exe-
cuta a sua distribuição sobre a superfície a revestir. Esta caixa dispões de condições
de espalhamento, borracha para acabamento da lama.

4.12.4 - Recomendações Gerais


A execução deste serviço ainda não está suficientemente difundida em nosso meio,
apesar de contarmos com muitos trechos rodoviários, ruas de cidades e aeroportos
que já receberam tal benefício. Já contamos com alguns trabalhos sobre o assunto e
cada vez mais recomendamos cuidados especiais, quando da escolha dos materiais.
bem como o seu controle durante a execução dos serviços.

50
literatura complementar
1) Traxler, Ralhp N-EI Asfalto: Sua Composição, Propriedades e Usos;
Compania Editorial Continental S/A - 1962.

2) Betuminous Materials in Road Construction


Road Research Laboratory - RR L

3 ) Proceedings of the Association of Asphalt Paving Technologists - AAPT 44 volu-


mes; Secretary Treasures, 1224 East Engineering Building, Box 619, Ann Arbor -
Michigan 48107 USA

4) Reuniões Anuais da Comisión Permanente de1 Asfalto


29 volumes. Av. Pte. Roque Saens Pena 788 - 1 P piso - Buenos Aires (Argentina)

5) Hoiberg, Arnold - "Bituminous Materials";


3 volumes - Interscience Publishers 1968.

6) Duriez et Arambide - "Nouveau Traité de Materiaux de Construction"


Ounod Paris 1964.

7) Abraham, Herbert - "Asphalts and Allied Substances";


4 volumes. D.Van Nostrand Company, 1965

8 ) Asphalt Institute
Diversos volumes. College Park Maryland USA

9) ASTM -volume 11

10) Laboratoire Central du Pontç et Chausses- Diversas Publicações

11) IBP - Especificações sobre Asfalto

51
CIMENTOS ASFALTICOS DE PETR6LEO EE78
ESPECI F ICAÇAO 1085

1 -OBJETIVO 5 - INSPEÇAO E AMOSTRAGEM


Esta especificação fixa as caracterlsti- Efetuada a entrega do fornecimento
cas exigíveis para cimentos asfálticos de (ou pane dele) cabe ao comprador:
petróleo.
5.1 - Verificar se a quantidade forne
2 - DEFINIÇAO E CONVENÇAO cida e a natureza do acondicionamento cor-
respondem ao estipulado;
Cimento asfáltico de petróleo é o asfal-
to obtido especialmente para apresentar as 5.2 - Rejeitar a pane do fornecimento
qualidades e consistências próprias para o
que se apresentar em mau estado de acon-
uso direto na construção de pavimentos. dicionamento;
Os cimentos asfálticosde petróleo têm
o símbolo CAP que deve preceder as indi- 5.3 - Notificar o fornecedor para pro-
cações dos vários tipos conforme sua visco videnciar a substituição do material rejei-
sidade, de acordo com o item 3 desta Espe tado;
cificação.
5.4 - Retirar amostra de acordo com a
3 - CLASSIFICAÇAO Norma para Amostragem de Petróleo e Pro
dutos Derivados - IBP/ABNT-P-NB-174/172;
Os cimentos asfálticos de petróleo fáo
classificados, pela sua viscosidade a 600C. 5.5 - Remeter a amostra, devidamente
nos 3 (trgs) tipos seguintes: CAP-7. CAP-20 autenticada, a um laboratório aparelhado
e CAP-55. para os ensaios de recebimento.

4 - CONDlÇ6ES GERAIS 6 - CONDIC6ES IMPOSTAS


4.1 - Os cimentos asfálticos a que se 6.1 - A amostra, submetida aos em
refere esta Especificação devem ser homo saios indicados no quadro de especificação
gneos, não conter água nem espumar anexo, deve satisfazer às condições cons-
quando aquecidos a 1750C. tantes da mesma. O comprador cotejará os
rewltados dos ensaios com as exigências
4.2 - A unidade de compra é o quilo- desta especificação.
grama.
6.2 - A vista dos resultados da inspe-
4.3 - Por ocasião da tomada de preços ção e independentemente de ensaio, o
o comprador indicará o tipo a natureza de comprador poderá rejeitar o forneci-
acondicionamento, bem como local e con- mento, total ou parcialmente.
dições de entrega.
6.3 - Caso todos os resultados preen-
4.4 - Cada unidade de acondiciona- cham estas exigencias, o fornecimento será
mento deve trazer indicação clara da sua aceito; caso um ou mais destes resultados
procedência, do tipo e da quantidade do não preencham as referidas exigências, o
seu conteúdo. fornecimento poderá ser reieitado.

52
Regulamento Técnica CNP n? 21/86
Cimento Asfáltico de Petróleo (CAP)
Anexo a Resuluçâo n? 06/86
Quadro de Especificaçõer

MCTODOS DE TIPOS DE CAP


CARACTERíSTICAS ENSAIO
í IBP-ABNT) zAP.55

1 -VISCOSIDADE a 60OC. poire ( 4

2 -VISCOSIDADE a 135OC. SSF, mínimo


P-ME-827

P-ME-517
700f
300
1O0
I 2OOOf
1000
120
5500 t
2500
170
3 - VISCOSIDADE a 177OC. SSF P-MB-517 15-60 30150 50150
4. PENETRAÇAO NORMAL 100g. 5%250C. 0.1 mm, mínimo MB-107 90 50 20
5 - PONTO DE FULGOR, OC mínimo ME-50 220 235 235
6 . SOLUBILIDADE NO TRICLOROETILENO, %, peso, mínimo MB-166 99.5 -99.5 99.5
7 - íNDICE DE SUSCETIBILIDADETÉRMICA ( * * ) P-ME-107/MB-164 (-2) aí+l) (-2)a(+l) 2) a (+li
8 - EFEITO DO CALOR E DO AR
8.1 - VARIAÇAO EM PESO, %, máximo MB-425 1.o 1.o 1.0
8.2 - VISCOSIDADE A 6WC. poise, máximo P-MB-827 3000 9000 24000
8.3 - DUTILIDADE A 25OC. cm, mínimo P-ME-167 50 20 10

(* * ) índice Pfeiffer e Van Doormall = (500) (logPEN)+ (20) (t°C) - 1951


120 - (50) (IogPEN) +
onde (tOC) = Ponto de amolecimento, ME-164 (ver tabela anexa)
Nota: O produto não deve produzir espuma quando aquecido a 1750C.

( * ) Pericdo de O1 ano.
Penetracão Ponto de Amolecimento, OC Pnnetrw-o
15%; 100 g (ME-1041 25OC; 100 g
i I (M6.107) 5 I (ME-107
0,l mm 0,l mm
30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49
40 -7.8 -7.5 il.1 6.7 6.4 6.0 -5.7 -5.3 -5.0 .4.7 -4.4 4.1 .3,8 -3.5 -3.2 -2.9 -2.7 -2.4 -2.8 -1.9 40
50 -7.7 .7,3 -G.9 -6.5 .6.1 6.7 .5.4 -5.0 .4.7 -4.3 -4.0 -3.7 -3.4 -3,l -2.8 -2.5 -2.2 -2.0 -1.7 .1,4 50
60 -7.5 -7.1 6.7 -6.3 .5.9 -5.5 -5.1 -4.7 -4.4 -4.0 -3.7 .3.4 -3.0 -2.7 .2.4 .2,1 .1.8 .1,6 -1.3 -1.0 60
rn 70 -7.4 -6.9 -6.5 -6.1 -5.6 -5.2 -4.8 -4.5 .4,1 -3.7 -3.4 -3.0 -2.7 -2.4 .2,1 -1.8 -1.5 -1.2 -0.9 -0.6 70
P 80 -7.3 -6.8 -6.3 -5.9 -5.4 6.0 -4.6 -4.2 .3.8 -3.4 -3.1 -2.7 -2.4 -2.1 -1.7 -1.4 -1.1 -0.8 -0.5 .0.3 80
90 -7.1 -5.5 .6.1 -5.7 -5.2 .4,8 4.4 -3.9 .3.5 .3,2 -2.8 -2.4 -2.1 -1.7 -1.4 -1.1 4.8 .0.5 -0.2 O 90
100 -7.0 -6.5 -6.0 -5.5 -5.0 -4.6 -4.1 -3.7 -3.3 -2.9 -2.5 -2.2 -1.8 -1.4 -1.1 -0.8 -0.5 -0.2 t 0.1 t 0.4 100
110 -6.9 -6.3 .5.8 -5.3 -4.8 .4.3 -3.9 -3.5 -3.0 -2.6 -2.3 -1.9 -1.5 -1.2 4.8 -0.5 -0.2 + 0 , 1 + 0 , 4 t 0 , 7 110
120 6.8 -6.2 -5.6 -5.1 4.6 4.1 -3.7 -3.2 -2.8 -2.4 -2.0 .1,6 .1,2 -0.9 -05 -0.2 t 0.1t0.4+0,7+1,0 120
130 -6.6 6.0 -5.5 -4.9 -4.4 -3.0 -3.5 -3.0 -2.6 -2.1 .1.7 -1.3 -1.0 -0.6 4.2 + 0.1 + 0.4 + 0.7+ 1.0 t 1,3 130
140 6.5 -5.9 .5.3 4 8 4.2 -3.7 -3.2 .2,8 -2.3 -1.9 -1.5 -1.1 -0.7 -0.3 O + 0.4 t 0.7 t 1.0 t 1.3 t1.6 140
150 6.4 -5.7 -5.2 4.6 4.0 J.5 -3.0 -2.6 -2.1 -1.7 -1.2 .0,8 -0.4 -0.1 t 0.3 + 0.7 + 1.0 t 1.3 + 1.6 t 1.9 150
160 -6.2 -5.6 .5,0 .4.4 -3.9 -3.3 -2.8 -2.3 -1.9 -1.4 -1.0 -0.6 -0.2 + 0.2 t O . 6 tO.9 + 1.3 + 1.6 t 1.9 t 2.2 160
170 6.1 -5.5 4.8 -4.2 -3.7 -3.1 -2.6 .2.1 -1.6 -1.2 -0.7 .0,3 t O , 1 + 0 . 5 t O . 8 + 1 , 2 t 1 . 5 t 1 . 9 + 2 , 2 + 2 , 5 170
180 -6.0 -5.3 4,7 4.1 -3.5 -2,9 -2.4 .1,9 -1.4 .1,0 .0.5 .O.( + 0 , 3 + 0 . 7 t 1 , 1 + 1 , 5 t 1 , 8 t 2 . 1 t 2 , 5 t 2 , 8 180
190 -5.9 6 . 2 -45 -3,s -3.3 -2,7 .2,2 -1.7 -1.2 -0.7 4.3 t 0.2 + 0.6 t O . 0 t 1.4 t 1.7 t 2,i + 2.4 t 2.7 t 3.0 190
200 -5.7 -5.0 4 , 3 -3.7 -3.1 -2.5 -2.0 -1.4 .1,1 -0.5 O +0.4+0,8+1.2+1.6+2,0t2,3+2,7+3,0+3.3 200
30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49

-_ A -
L
& 1
EMULSBESASFALTICAS C A T ~ N I C A S
ESPECI FICAÇAO P-EB-472

1 -OBJETIVO 5 - INSPEÇAO E AMOSTRAGEM


Esta especificação fixa as característi- Efetuada a entrega do fornecimento
-as exigíveis para emulsões asfáiticas catiô- (ou parte dele) cabe ao Comprador:
nicas.
z - DEFINIÇAO E CONVENÇAO 5.1 - Verificar se a quantidade forne-
cida e a natureza do acondicionamento cor-
t Emulsão asfáltica catiónica é um sis- respondem ao estipulado.
tema constituido pela dispersão de uma fa-
se asfáltica em que uma fase aquosa, ou en- 5.2 - Rejeitar a parte do fornecimen-
tão de uma fase aquosa dispersa em uma f a to que se apresentar em mau estado de
se asfáitica, apresentando carga positiva de acondicionamento.
partícula.
5.3 - Notificar o fornecedor para provi-
As emulsões asfálticas catiônicas têm denciar a substituição do material rejeitado.
os símbulos RR, RM e RL. seguidosdeuma
indicação da letra C, conforme sua ruptura,
viscosidade Saybott-Furo1 e teorde solvente.
-
5.4 Retirar amostra de acordo com a
norma IBP/ABNT-P.NB-174 - Norma para
3 - CLASSIFICAÇAO Amostragem de Petróleo e Produtos Deri-
vados.
As emulsões asfálticas catiônicas do
classificadas pela sua ruptura, viscosidade 5.5 - Remeter a amostra, devidamente
Saybolt-Furoi. teor de solvente e resíduo autenticada, a um laboratório aparelhado
da destilação nos 5 (cinco) tipos seguintes: para os ensaios de recebimento
RR-lC, RR-2C - emulsões asfálticas
catiônicas de ruptura rápida. 5.6 - A amostra deve “r embalada e
RM.IC e AM-2C - emuisõesasfálticas estocada em um recipiente limpo, perfeita-
catiônicas de ruptura média. mente vedado de maneira a impedir conta-
RL-1C - emulsão asfáltica catiônica t o com o exterior, a uma temperatura mí-
de rupiura lenta. nima de 4,50C, até ser ensaiada.
-
4 CONDiÇoES GERAIS
6 - CONDIÇÕES IMPOSTAS
4.1 - As emulsões asfálticas a que se
refere esta Especificação devem ser h o m o
gâneas. Elas não devem apresentar separa-
6.1 - A amostra, submetida aos en-
saios indicados no quadro de especificações,
ção da fase asfáltica após uma vigorosa agi- deve satisfazer às condiçoes constantes do
tação, dentro de 30 (trinta) dias da data do mesmo. O comprador cotejará os resulta-
carregamento. dos dos ensaios com as exigências desta
4.2 -A unidade de compra é o quib especificaç2o.
grama. 6.2 - A vista dos resultados da inspe-
4.3 -Por ocasião da tomada de preços cão e indeDendentementede ensaio. o c o m
prador poderá rejeitar o fornecimento, to-
o comprador indicará o tipo, a natureza de
acondicionamento, bem como local e con- tal ou parcialmente.
dições de entrega.
6.3 - Caso todos os resultados preen-
4.4 - Cada unidade de acondiciona- cham estas exigências, o fornecimento será
mento deve trazer indicação clara da sua aceito; caso um ou mais destes resultados
procedência, do tipo e da quantidade do não preencham as referidas exigências, o
seu conteúdo. fornecimento poderá ser reieitado.

55
EMULS~ESASFALTICAS CATI~NICAS
Quadro de Especifiees

Métodos TIPOS
Características de
Ensaio -Ruptura Rápida

RR-1C RR-ZC RM-1C


-
Ruptura Média

RR-ZC
Ruptura Lenta

RL-1C
IBP/ABNTI
-
Ensaios sobre a emulrão
a) Viscosidade Saybolt Furol, S,a: 25OC P-MB-581 20- 1O0
50OC 30-80 100-400 20.200 100.400 máx. 70
b) Sedimentgão, %em peso máxi. . . . . . . . . P-MB-722 5 5 5 5 5
c) Peneiraçso, 0.84 mm, %em peso, máx. . . . P-ME609 o. 1 o. 1 o. 1 o. 1 o. 1
d) Resistinciaa' água, % mín. de cobertura, P-M6-721
agregadoseco . . . . . 80 80 80 80 80
agregado úmido . . . 80 80 60 60 60
e1 Mistura com cimento, % máx. . . . . . . . . . P-MB-496 2
ou filler silícico . . . . . . . . . . . . . . . . . . P-MB-795 1.2-2.0
f) Carga da partícula . . . . . . . . . . . . . . . . . P-M8-563 positiva positiva positiva 3ositiva positiva
g) pH,máx. ...................... P-MB-568 6.5
h) Destilação
solvente destilado, % em vol. . . . . . . . . . P-MB-586 0.3 0.3 < 12 312
resíduo, mínimo, %em peso . . . . . . . . . 62 67 62 65 60
i)Desemulsibilidade, %em peso, mín. . . . . . P-MB-590 50 50
máx. . . . . . 50 50
Ensaio sobreo rolvente destiledo
ai Destilação, 95% evaporador, OC, máx. . . . MB-45 360 360
Ensaios sobre o resíduo
a) Penetração a 25%. 100 g, 5 s, 0.1 mm . . . NB-107 70-250 70-250 70.250 70-250 70-250
b) Teor de betume, % em peso, mín. . . . . . . P-MB-166 97 97 97 97 97
c) Ductilidade a 25oC. em, rnín. P-MB-167 40 40 40 40 40
EsDeciiicact7o Brasllelra 1973

EMULS6ES PARA LAMA ASFALTICA


P-EB-599
ESPECIFICAÇAO BRASiiEIRA

1 - OBJETIVO 5 - INSPEÇAO E AMOSTRAGEM


Esta especificaçáo tem por objetivo fi- Efetuada a entrega do fornecimento. ou
xar as caracteristicas exigiveis para emul- parte dele, cabe ao comprador:
sões de iama asfáltica
5.1 - Verificar se a quantidade for-
2 - DEFINIÇAO necida e a natureza do acondicionamento
Emulsão para lama asfáltica 6 Um SiS- correspondem ao especificado
tema constituido de uma fase asfáltica dis-
persa em uma fase aquosa, ou, então, de 5.2 - Rejeitar a parte do forneci-
uma fase aquosa dispersa em uma fase as- mento que apresentar mau estado de acon-
fáltica. dicionamento
As emulsões para iama asfáltica tèm O
simbolo LA, seguido de uma ou duas indica- 5.3 - Notificar o fornecedor, a subs-
ções. conforme sua ruptura e carga de par- tituição do material rejeitado
tbula.
5.4 - Retiiar a amostra de acordo
3 - CIASSIFICAÇAO com a norma IBPIABNT-P-NB-174 - Norma
De acordo com sua carga de particuia para amostragem de Petróleo e Produtos
e ruptura. as emulsões para lama asfáitica Derivados.
são classificadas nos seguintes tipos:
5 . 5 - A amostra destinada A análise
LA-I e LA-2 - emulsões aniõnicas
deverá ser colocada. em um recipiente lim-
de lama asfáltica po, perfeitamente vedado, de maneira a im-
LA-1C e LA-2C - emulsões catiôni- pedir contato com o exterior, e mantida uma
cas de lama asfáltica temperatura minima de 4,5"C até a reaiiza-
LA-E - emulsão especial ção do ensaio
de lama asfáitica
5.6 - Remeter a amostra, devida-
4 - CONDiÇ6ES GERAIS mente autenticada, a um laboratório apare-
lhado para a realização dos ensaios cons-
4.1 - As emulsões para iam? asfál- tantes dessa especificação
tica as quais se refere esta Especificação
devem ser homogèneas; não devem apre-
sentar separação da fese asfáitica. após vi- 6 - CONDlÇ6ES DE ACEITAÇAO
gorosa agitação, dentro de trinta dias a par-
tir da data do carregamento
6.1 -A amostra, após ser submetida
a análise deverá satisfazer às exigèncias
4.2 -A unidade de compra é o qui- constantes desta Especilicação
lograma.
6.2 - O comprador poderá rejeitar
4.3 - A Natureza do acondiciona- o fornecimento total ou parcialmente. basea-
mento, o local e as condições de entrega do, apenas na sua inspeção, independente-
serão indicados pelo comprador na ocasião mente dos resultados de análise.
da tomada de preços.
4.4 - Cada unidade de acondiciona- 6.3 - O material será aceito se to-
mento devera trazer indicação clara da pro- dos os ensaios estiverem em eçpecificação
cedência, do tipo e da quantidade do seu Caso contrário. a sua aceitação ficará a cri-
conteúdo. t6rio do comprador.
I I
INSTITUTO BRASILEIRO DE PETRóLEO
P-E6499
ESPECIFICAÇ6ES DE EMULS6ES PARA U M A ASFILllCP

I I CARACTER~STICAS
MITODOS
DE
ANibNiCAS
T I P O S

CATiONiCAÇ ESPEOIAI
ENSAIOS
iBP1ABNT
LA-1 LA-2 LA-1C IA-2c LA-E

ENSAIOS SOBRE A EMULSAO

a) Viscosidade Saybol-Furo1 a 25OC. 8, (mu.) ........... P-ME-581 100 10.3 1O0 100 100

b) Ssdimenlaçno, 5 dias, por dilerença. % lmhx.) ...... P-ME-722 5 5 5 5 5

c) Peneiração (retido na peneira n.' 20) (0.84 mm). % (mãx.) P-ME809 0.1 0.1 0.1 0.1 0.1

d) MIstUm com cimento, % lmhx.) .................... P-ME469 2 - 2 - 2


I e) Mistura com filer sillclo ............................ P-ME-795 1,2 - 2.0 1,2 - 2.0 1.2-1 1.2-2.0 1.2-2.0
VI
QD
1) Carga da parllcula .................................. P -M B -563 "egativa negativa POsitlYa POSlllVa -
9 ) Destilação: ......................................... P-ME-586
'Soivente destilado. % em VOlume Sobre O total da BmUISBD O O O O O
reslduo, % peso (mlnimo) .......................... 58 58 58 58 58

ENSAIOS SOBRE o RESIDUO

81 Penetrapao a 25*CG.1OOg. 51. 0.1 mm ................ MB.107 50-150 50 - 150 50- 150 50-150 -
50 150

b) Teor de betume, % peso (minimol .................. P-MB-t 66 97 97 97 97 97

c) Dwliiidade a 25W, 5 cmlmin., Cm, (minlma) ......... P-MB-167 40 40 40 40 40

I
I
Notas:
t ) AS caracterlsticas de desgaste da mistura devem ser determinadas m o Teste de Abrasão IWTAT) do DNER
2) As emubleo LA-2 e LA-2C rompem no ensaio da mlstura com cimento

1 3) Estas Especüicações foram aprovadas pelo Conselho Nacional do PetTOIeo em sua 178: SBJS~O
lução 1173 como Norma CNP-17 e publicadas no 0 . 0 . da União em 8 de maio de 1973.
Exnaordinhiia de 20 de fevereiro d0 1973, aIrw49 de sua ma<
Especilicaçáo Brasileira 1973

ASFALTOS DILUIDOS (TIPO CURA MIDIA)


P-EB-651
ESPECiFiCAÇAO BRASILEIRA

1 - OBJETIVO 5 - INSPEÇAO E AMOSTRAGEM


Esta Especificação tem por objetivo Ao ser efetuada a entrega total ou par-
fixar as caracteristicas exigiveis para asfai- cial do fornecimento cabe ao comprador:
tos diluidos tipo cura média.
ai verificar se a ouantidade fornecida
2 - DEFINIÇAO e a natureza do acondicionamento corres-
pondem ao estipulado;
Para fins desta Especificação será ado-
tada a seguinte definição: b) rejeitar a parte do fornecimento em
mau estado de acondicionamento;
Asfalto diluido de cura média B o as-
falto resultante da diluição de um cimento c) providenciar junto ao fornecedor a
substituição do material rejeitado;
asfáltico adequado proveniente do petr6leo
com um destilado médio conveniente d) retirar amostra de acordo com a
Norma IBP/ABNT-P-NB-174 - Norma para
3 - CU\SSIFICAÇAO amostragem de Petrbleo e .Produtos Deri-
vados;
Os asfaltos diluidos tipo cura mhdia
têm o simboio CM precedendo as indicaçóes e) remeter a amostra, devidamente
dos vários tipos, conforme sua viscosidade, identificada, a um laboratório aparelhado
e classificam-s em: para os ensaios de recebimento

CM-30. CM-70, CM-250. CM-800 e 6 - CONDlÇ6ES IMPOSTAS


CM'-3000.
a) A amostra submetida aos ensaios
4 - CONDiÇ6ES GERAIS de especificaçóes deverá satisfazer às con-
dições constantes da tabela anexa
a) Devem ser homogêneos
bJ A vista dos resultados da inspeçáo
b) A unidade de compra será o quilo- e independentemente de qualquer ensaio, o
comprador poderá rejeitar o fornecimento,
grama. total ou parcialmente.
c) Por ocasião da tomada de preços c) O comprador verificará se os resui-
o comprador indicars tipo. natureza do lados dos ensaios estão de acordo com as
acondicionamento, local e condições de en- exigências desta Especificaçáo.
trega.
d) Caso todos os resultados preen-
d) Cada unidade de acondicionamento cham estas exigências. o fornecimento será
deverá trazer indicaçóes claras de sua aceito; entretanto, poderá ser rejeitado se
procedência, tipo e quantidade do seu con- um ou mais ensaios não atender ao especi-
teúdo ficado.

59
INSTITUTO BRASILEIRO DE PETR6LEO
ESPECIFICAÇOES PARA ASFALTOS DILUIDOS (TIPO CURA MCDIA) P-EB-651

MeTODOS T I P O S D E C M
DE
CARACTERISTICAS ENSAIOS
IBPIABNT CM-30 CM-70 CM-250 C'M-600 CM-3001

NO ASFALTO DILUIDO

Viscosidade cinem41lca cS1. a 60rC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . P-MB-826 30 - 60 70 - 140 -


250 500 800 - 1600 3000 - 601
O"

Viscooidade Sayboll-Furol, segundoe a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . MB-326

25% ........................ 75-150 - - - -


50% ........................ - 60-120 - - -
60% ......................... - - 125 - 250 - -
62.2% ........................ P-MB-689 - - - 1oo-mo 300 - SM:
Ponto de Fulgor. ( V . A . Tng). OC, minimo . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36 38 66 66 65
DeSlilaçüo a14 3 W 0 C . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . MB- 43
% volume do lo1tal desfilado a:
225% máximo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25 20 10 - -
260°C . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40-70 20.60 15-55 35 (mar.) 15 (m4x
316% ........ ........................ 75-93 65-90 M)-e7 45 - E0 15-15
ResIdUO a 360'C, por dilerenç volume mlnimo . . . . . . . . . . 50 55 67 75 60
Agua % volume, m4ximo ............... MB- 37 0.2 0.2 0.2 0.2 0.2

NO RESDUO DA DESTIUÇAO

Penelraçüo, 0.1 mm MB-107 120- 250 1 2 0 - 250 120-250 120-250 -


120 251
Betume, % peso. mlnimo ........................... P-MB-166 99.0 99.0 99.0 99.0 99.0
Duc1illdade a 25%. cm, mlnimo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . P-MB-167 1 O0 1w 1 O0 1 O0 100
EsDecificacão Brasileira 1973

ASFALTOS DILUIDOS (TIPO CURA MCDIA)


P-EB-651
ESPECiFiCAÇfiO BRASILEIRA

NOVOS TIPOS
TIPOS ANTIGOS
10

C O M P A R A ~ Ã O 0 0 s NOVOS E ANTIGOS
TIPOS DE ASFALTOS LIOUIDOS A 60'C

61
Esueclllcacão Braslielra 1973

ASFALTOS DILUIDOS (TIPO CURA RAPIDA) P-EB-652


ESPECIFICAÇAO BRASILEIRA

1 - OBJETIVO 5 - INSPEÇAO E AMOSTRAGEM


Esta Especificação tem por objetivo Efetuada a entrega total ou parcial do
fixar as características exigíveis para asfal- fornecimento. cabe ao comprador:
tos diiuidos tipo cura rápida. a) verificar se a quantidade fornecida
e a natureza do acondicionamento corres-
2 - DEFINIÇAO pondem ao estipulado;
Para fins desta Especificação, será de- b) rejeitar a parte do fornecimento em
finido como asfalto diluido de cura ráplda O mau estado de acondicionamento;
asfal:o resultante da diluiçáo de um cimento c) providenciar, junto ao fornecedor. a
asfáitico adequado preparado do petróleo substituição do material rejeitado;
com um destilado leve conveniente.
d) retirar amostra de acordo com a
3 - CLASSIFICAÇAO Norma IBP/ABNT-P-NB~174- Norma para
amostragem de Petróleo e Produtos Deri-
Os asfaltos diluídos tipo cura rápida vados;
têm o símbolo CR precedendo as indicações e) remeter a amostra, devidamente
dos vários tipos, conforme sua viscosidade. identificada, a um laboratório aparelhado
e classificam-se em: para os ensaios de recebimento.
CR-70, CR-250, CR-800 e CR-3000 6 - CONDIÇOES IMPOSTAS
a) A amostra submetida aos ensaios
4 - CONDIÇOES GERAIS de especificações deverá satisfazer as con-
diçóes constantes da tabela anexa.
a) Devem ser homogêneos.
b) A vista dos resultados da inspeção
b) A unidade de compra será o quilo- e independentemente de qualquer ensaio, O
grama. comprador poderá rejeitar o fornecimento,
total ou parcialmente.
c) Por ocasião da tomada de preços c) O comprador verificará se os resul-
o comprador indicará tipo, natureza do tados dos ensaios estão de acordo com as
acondicionamento, locai e condições de en- exigências desta Especificação.
trega.
d) Caso todos os resultados preen-
d) Cada unidade de acondicionamento cham estas exigências, o fornecimento será
deverá trazer indicaçóes claras de sua aceito; entretanto, poderá ser rejeitado se
procedência, tipo e quantidade do seu con- um ou mais ensaios não atender ao especl-
teúdo. ficado.

62
INSTITUTO BRASILEIRO DE PETR6LEO
ESPECIFICAÇÕES PARA ASFALTOS DILUIDOS (TIPO CURA RAPIDA) P-EB-M2

METODOS T I P O S D E CR
DE
CARACTERISTICAS
ENSAIOS
IBPIABNT
CR-70 1 CR-250 CR-800 CROWO

O ASFALTO DILUIDO

incosldsde cinem6iica cS1. a 60% ...................... P-MB-626 70 - 140 -


250 500 -
600 1600 -
3000 BOOC
O"

ijcosidade SayboI1-FwoI. segundos a ........... ME-326


50% ......................... 60-120 - - -
60% ......................... - 125-250 - -
62.2W .. , , . ............ - - -
100 200 300 - 600
onlo de Fulgor. (V.A. Tag). OC. mlnimo . . . . . . . . . . . . . . . . . . P-MB-689 - 27 27 27
eslilaçEo a16 360- C: .................................. MB- 43
% voiu& do 10191 derliiado. minimo 8:

............... 10 - - -
225% ............................ ... 50 35 15 -
260% ..................................... 70 60 45 25
316W .......................... 65 80 15 70
Islduo a 360%. por diferença. X volume minimo . . . . . . . . . . 55 65 75 60
Agua % volume. m6ximo ME- 37 0.2 0.2 0.2 0.2

NO RESIDUO DA DESTILAÇAO
PenelraçBo. 0.1 mm .................................... MB-107 60-120 -
60 120 60-120 80.120
Betume. % peso, mlnimo ................................ P-MB-166 99.0 99.0 99.0 99.0
Ducliiidade B 25OC. cm. minimo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . P-MB-167 1 O0 1 O0 100 100

Nota 1: No caso da dUCliiide.de B 2 5 T ser menor que 100 cm, o material será aceito se 0 seu Valor a 15C0 tor maior que 100 Em
Nota 2: Ealss Especificagaes foram aprovadas pelo Conselho Nacional do Petrbieo em Sua Sesrao ExtraordinBria de 26 de abril de 1973, atravbs de sua ReSOiUçüO 417
como Norma CNP-18 e publicadas no D.O. da Uniao em 26 de Maio de 1913
Especiflcação Biasllelra 1973

ASFALTOS DILUIDOS (TIPO CURA RAPIDA)


ESPECIFICAÇAO BRASILEIRA

0
o
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II>

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-1
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3
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O
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v>

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NOVOS TIPOS

10

C O M P A R A ~ ~ 00s
O NOVOS E ANTIGOS

TIPOS DE ASFALTOS LIOUIDOS A 60°C

64
RELAÇÃO DE METODOS DE ENSAIO E ESPECIFICAÇ6ES
REFERENTES A MATERIAIS ASFALTICOS

MB-37/1975 Determinação de Água em Petróleo e outros Materiais Betuminoros


(Método por Destilação1
MB-4311965 Metodo de Ensaio para Destilação de Asfaltos Diluídos.
ME-5011972 Determinação dos Pontos de Fulgor e de Combustão (Vaso Aberto
Cleveland)
EB-78/1970 Cimentos Asfálticos Preparidos de Petróleo-Especificação Brasileira.
MB-107/1971 Determinaçãoda Penetração de Materiais Betuminosos.
.MB-l64/1972 Determinação do Ponto de Amolecimento de Materiais Betuminosos
(Metodo do Anel e Bola)
P-MB-16611971 Determinação do Teor de Betume em Cimentos Asfálticos de Petró-
leo.
P-MB.167/1971 Determinação da Ductibilidade de Materiais Betuminosos
MB-326/1965 Determinação de Viscosidade Saybolt de Produtos de Petróleo.
ME-42511970 Método de Ensaio para Determinar o Efeito do Calor e do Ar sobre
Materiais Asfálticos (Método da Película Delgada).
P-EB-472/1972 Emulsões Asfálticas Catiõnicas .Especificação Brasileira.
P-MB-496/1971 Determinação de Ruptura de Emulsões Asfálticas (Método da Mistu-
ra com Cimento).
P.MB-51711971 Determinação da Viscosidade Saybolt Furo1 de Materiais Betumino-
10sa Alta Temperatura.
P-MB-563/1971 Carga da Partícula de EmulMes Asfálticas.
P-MB-568/1971 pH de Emulsões Asfálticas.
P-ME-58111971 Viscosidade Saybolt-Furo1de EmulMes Asfálticas.
P-ME-56611971 Determinação do Resíduo de Dertilação de Emulsões Asfálticas.
P-MB-590/?971 Determinação da Desemulsibilidadede Emulsões Cationicas.
P-E8-599/1973 Emulsões para Lama Asfáltica (Especificação Brasileira).
P-MB-609/1971 Determinação da Peneiraçáo de Emulsões Asfálticas.
P-EB-651/1973 Asfaltos Diluídos (Tipo Cura Média) Especificação Brasileira.
P-EB-652/1973 Asfaltos Diluídos (Tipo Cura Rápida) Especificação Brasileira.
P-MB-72111971 Determinação da Resist&ncia 2 Água (Adesividade de EmulGes
Asfálticas.
P-MB-72211972 Determinação da Sedimentação de Emulsões Asfálticas.
P-MB-79511972 Determinação de Ruptura de Emukões Asfálticas (Método de
Mistura com Fíler Silícico).
P-ME-82611973 Determinação da Viscosidade Cinemática de Asfaltos.
P.MB-82711973 Determinação da Viscosidade Absoluta de Materiais Betuminosos.
P-MB-889/1973 Determinação do Ponto de Fulgor de Materiais Betuminosos (Vaso
Aberto TAGI.

\
SUGEÇTÕES PARA EMPREGO DE MATERIAIS ASFALTICOS EM PAVIMENTACAO

8)As Emulraes Asfálticar Catiãnicas são utilizadas em Pintura de Ligacão normalmente diluída$
em água limpa lnormalmente 131, não devendo essa mistura s?r estocada.

b) Não se deve usar Asfaltos Diluídos tipo CR-70 como Pintura de. Ligacão sobre niperficie
betuminosa.

cl Não se recomenda a utilização da Emulsão Caianica tipo R R - I C nor Traamemor Superficiais


onde as declividades longitudinais e transversais forem elevadas.

dl Em Solo Betume podem ser tambem utilizadas ar Emulsões para Lama Asfáltica.
GLOSSARIO DOS TERMOS QUE CONSTAM 00 "QUADRO DE SUGEST6ES
PARA EMPREGO DE MATERIAIS ASFALTICOS EM PAVIMENTAÇAO

1. Areibaáako a frio sa (direta), ou então de uma fase aquosa


o produto resultante da mistura, em dispersa em uma fase asfáltica (inversa), a-
equipamento apropriado, de asfalto diluído presentando particulas eletrizadas (iBP/
ou emulsão asfáltica e agregado miúdo, com ABNT-P-EB-472). No caso de pavimenta-
a presença ou não de material de enchimen- ção rodoviária só são usadas as emulsks
to, espalhado e comprimido a frio. diretas. De acordo com a carga da partí-
cula temos:
2. Areia-asfalto a quente 7.1 . EmulJão asfáltica aniônica . é aquela
o produto resultante da mistura a -
aue apresenta as partículas carregadas ne-
quente, em usina apropriada, de agregado gativamente.
miúdo e cimento asfáltico, com a presença 7.2 - Emulsão asfáltica catiônica . é aouela
ou não de material de enchimento, espalha- que apresenta as partículas carregadas po-
do e comprimido a quente. sitivamente.
7.3. Emulsão especial .é aquela que apre-
3. Asfaltos diluídos senta as partículas asfálticas sem cargas ou
São ligantes asfálticos resultantes da carregadas simultaneamente, positiva e ne-
diluição de um adequado cimento asfáltico gativamente.
preparado de petróleo em quantidades va-
riáveis de diluente, também de petróleo, 8. lmprimaqão
conforme o tipo desejado. Consiste na aplicação de uma camada
De acordo com o diluente temos: de material asfáltico sobre a superfície de
3.1 - Asfalto diluído de cura média - que uma base concluída, antes da execução de
utiliza um diluente médio tipo querosene. um revestimento asfáltico qualquer, obje-
3.2 . Asfalto diluído de cura rápida - que tivando:
utiliza um diluente leve tipo nafta. a) aumentar a coesão da superfície de
base pela penetração do material asfáltico
4. Cimento asfáltico de petróleo (CAP) empregado;
6 o aglutinante betuminoso obtido b) promover condições de aderéncia
pela refinação de petróleo de acordo com entre a base e o revestimento;
os métodos adequados de maneira a apre c) impermeabilizar a base.
sentar as qualidades necessárias para utili-
m ã o em construçóes de pavimentos asfál- 9. Lama-asfáltica
ticos e tendo uma penetração a 25W, en- Lama asfáltica é a associação, em con-
tre 20 e 300, sob umacargade 100g.aplica- sistência fluida, de agregados ou misturas
da durante 5 seguntos (IBP/ABNT-EB-78). de agregados miúdos, material de enchi-
mento, emulsão asfáltica e água, devida-
5. Concreto asfáltica mente espalhada e nivelada.
É o produto resultante da mistura a
quente, em usina apropriada, do agregado 10. Macadame betuminoso
mineral graduado, material de enchimen- Consiste em duas aplicações alternadas
to e cimento asfáltico, espalhado e com- por camadas de material asfáltico sobre
primido a quente de acordo com as exi- agregados de tamanho e quantidades espe-
gências estabelecidas. cificadas devidamente espalhadose compac-
tados. O processo descrito poderá ser repe-
6. Cura tido ate atingir-se a espessura final desejada.
É o processo que pela evaporação dos Quando o macadame betuminoso for utili-
diluentes empregados resulta um asfalto re- zado como revestimento será executado
sidual apto para cumprir suas finalidades. um espalhamento de agregados com ta-
manho e quantidade especificadas.
7. Emulsão Asfáltiea
É um sistema constituído pela disper- 11. Mistura na estrada (road-mix)
são de uma fase asfáltica em uma fase aouo E a mistura de asfalto diluído ou emul-

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são asfáltica e agregados no local de aplica- 18. Tratamento superficial triplo
ção. seguida de espalhamentoecompressão. O tratamento superficial triplo, de pe-
netração invertida, é um revestimento c o n i
12. Pintura de ligação tituído de três aplicações de material asfál-
Consiste na aplicação de uma cama- tico, cobertas, cada uma, por agregado mi-
da de material asfáltico sobre a superfície neral.
de uma base imprimada ou de um reves- A primeira é feita diretamente sobre a
timento, antes da execução de um revesti- base imprimada ou sobre o revestimento
mento asfáltico, objetivando promover a asfáltico e coberta imediatemente com
aderência entre este e a camada subjacente. agregado graúdo, constituindo a primeira
camada do tratamento. A segunda e tercei-
13. Prémisturadosa frio ra camadas são semelhantes 2 primeira,
E o produto resultante da mistura em usando-se, respectivamente, agregados mé-
equipamento apropriado de agregados dio e miúdo especificados.
minerais e asfalto diluido ou emulsão asfál-
tica. espalhado e comprimido a frio. 19. Solo-betume
Segundo a granulometria classificam-se E a mistura de asfalto diluído ou emul-
em abertos e densos. são asfáltica e solo no local de aplicação ou
em equipamento especial seguido de espa-
14. Pré-misturadosa quente Ihamento e comDressão.
.o produto resultante da mistura a
quente em usina apropriada de um ou mais
agregados minerais e cimento asfaltico, e$
oalhado e comprimido a quente.

15. Ruptura das ernuldes asfálticas


E o processo que pela reação com ma-
teriais pétreos e/ou pela evaporação daágua
? diiuentes empregados resulta um asfalto
,esidual apto a cumprir suas finalidades.

16. Tratamento superficial simples


O tratamento superficial simples, de
ienetração invertida, é um revestimento
:onstituídode material asfiltico e agregado,
10 qual este é colocado uniformemente s o
ire o material asfáltico aplicado em uma só
:amada, e submetido A operação de c o m
iressão e acabamento.

17. Tratamento superficial duplo


O tratamento superficial duplo, de pe-
ietmção invertida, é um revestimentoconsti-
:uldo de duas aplicações de material asfálti-
:o, cobertas cada uma por agregado mineral.
A primeira aplicação do material asfál-
:ico 6 feita diretamente sobre a base impri-
nada ou sobre o revestimento asiáltico e
:oberta imediatamente com agregado gra-
ido, especificado, constituindo a primeira
:amada do tratamento. A segunda camada
! semelhante A primeira, usandose agrega-
jo miúdo especificado.

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