Você está na página 1de 206

BORRACHAS

E SEUS
ADITIVOS

Componentes, Influências
e Segredos
ÉLYO CAETANO GRISON
EMILTON JUAREZ BECKER
ANDRÉ FRANCISCO SARTORI

BORRACHAS
E SEUS
ADITIVOS

Componentes, Influências
e Segredos

Porto Alegre
2010
© Copyright de
Élyo Caetano Grison
1ª edição: 2010

Colaboradores:
Emilton Juarez Becker
André Francisco Sartori

Capa:
Sten Comunicação

Editoração:
editor@suliani.com.br
F. (51) 3384.8579

ISBN: 978-85-60776-53-5

CYA
Soluções Químicas
cya.com.br
Fone: +(55) (51) 3205.3535
Fax: +(55) (51) 3205.3500

R. Veríssimo Rosa, 311


90610-280 – Porto Alegre, RS
Fone/fax: (51) 3384.8579
www.letraevida.com.br – suliani@letraevida.com.br
O Senhor te abençoe e te guarde;
O Senhor faça resplandecer
o seu rosto sobre ti,
e tenha misericórdia de ti;
O Senhor levante sobre ti o seu rosto,
e te dê a paz.

Números 6, v 24-26
APRESENTAÇÃO

O conhecimento humano atual é fruto de um trabalho acumulado ao


longo dos séculos, em que pessoas das mais diferentes nacionalidades têm
contribuído para o aprimoramento deste acervo, o qual deve estar disponível
a todos que buscam soluções para os problemas da humanidade.
Lendo a história da ciência, verifica-se que milhares de pensadores
contribuíram com o pouco ou o muito que puderam, o que permitiu que
ocorressem os grandes avanços do conhecimento humano.
Após essas leituras, estou convencido de que não basta apenas adquirir
conhecimentos, é necessário disponibilizá-los para que todos possam ter acesso
a fim de melhorar seu aprendizado e tornar seu trabalho mais profícuo.
Neste sentido, após mais de 40 anos envolvido com a indústria da bor-
racha, verifico ter atingido um bom nível de conhecimento neste setor, que
desejo partilhar com todos os interessados.
Hoje, com a facilidade que a informática disponibiliza, as informações
desejadas tornaram-se acessíveis a quem as desejar. Contudo, informação
não é tudo, pois ela só adquire valor quando decodificada (entendida) e
posta em prática – o que significa transformá-la em conhecimento – que é o
que realmente tem valor.
Como sozinho é muito difícil produzir algo de real valor, muito cedo
aprendi que para ser melhor é necessário juntar-se aos melhores.
Por isso, logo que o esboço deste trabalho ficou delineado, procurei
parceiros entre os melhores em atividade no mercado. O resultado desta
parceria está em suas mãos.
O objetivo desta obra é facilitar o acesso a informações da área de e-
lastômeros, de um modo resumido e direto quanto aos tópicos abordados,
selecionados pelas experiências profissionais vividas neste setor. Assim,
este trabalho não pretende ter ou indicar as soluções para os problemas da
industrialização da borracha e sim indicar produtos e suas respectivas
características, aplicações, fornecedores além de preservar o histórico de
fabricantes e de marcas comerciais atuais e antigas. Muitas informações
certamente serão de grande utilidade, e por isso estamos oferecendo aquilo
que nos parece ser bom. Porém é necessário que cada profissional busque
conhecer a fundo cada necessidade específica através de outras obras es-
pecializadas complementares.

Porto Alegre, abril de 2010.


SUMÁRIO
I – Elastômeros ou Borrachas / 21
1 – Elastômero Natural – NR / 22
2 – Elastômero de Estireno-Butadieno – SBR / 23
3 – Elastômero de Polibutadieno – BR / 24
4 – Elastômero de Etileno-Propileno – EPDM / 25
Polinorborneno / 26
5 – Etileno-Vinil-Acetato – EVA / 27
6 – Elastômero Butílico – IIR / 28
7 – Elastômero Bromobutílico – BIIR / 28
8 – Elastômero Clorobutílico – CIIR / 29
9 – Elastômero de Policloropreno – CR / 29
10 – Polietileno Clorado – CPE / 30
11 – Polietileno Clorossulfonado – CSM / 31
12 – Elastômeros de Acrilonitrila-Butadieno – NBR / 31
13 – Elastômero Poliacrílico – ACM/EAM / 33
14 – Elastômeros de Silicone – MQ / 33
15 – Fluoroelastômeros – FKM / 35
16 – Regenerado – Borracha Regenerada / 35
17 – Regenerado Butil / 36
18 – Elastômero de Poliuretano – PUR / 36
19 – Elastoplásticos ou Elastômeros Termoplásticos – TPE / 37
20 – Elastômeros Epicloridrina – CO / ECO / GECO / 38

II – Tipos de Aditivos / 41
1 – Abrasivos / 42
2 – Aceleradores de Vulcanização / 43
3 – Adesivos Metal-Borracha / 45
4 – Agentes Antirreversão / 46
5 – Agentes de Coesão / 46
6 – Agentes de Cura / 47
7 – Agentes de Escoamento – Flow / 48
8 – Agentes de Pegajosidade – Tackfiers / 48
9 – Agentes Hidrofílicos (Liófobos) / 49
10 – Agentes Hidrofóbicos (Liofílicos) / 49
11 – Amolecedores ou Softners / 50
12 – Antichama / 50
13 – Antiestáticos / 53
14 – Antimigrantes / 53
15 – Antioxidantes / 54
16 – Antiozonantes / 55
Classificação Química / 56
17 – Aromatizantes / 56
18 – Ativadores / 57
19 – Auxiliares de Processo / 59
20 – Branqueadores óticos / 59
21 – Cargas / 60
22 – Coagentes de Cura Peroxídica / 62
Dosagem / 62
23 – Desmoldantes / 63
24 – Doadores de Enxofre / 64
25 – Endurecedores / 65
26 – Estabilizadores Dimensionais / 66
27 – Estabilizantes Térmicos / 66
28 – Expansores / 67
29 – Factis ou Fátices / 68
30 – Fibras / 68
31 – Homogeneizadores / 69
32 – Dispersantes / 70
33 – Inibidores / 70
34 – Isolantes Elétricos / 71
35 – Lubrificantes / 72
36 – Microbiocidas / 72
37 – Mistura-padrão / 73
38 – Neutralizadores de Acidez / 74
39 – Normas de Controle de Qualidade / 75
40 – Peptizantes / 78
41 – Peróxidos Orgânicos / 79
42 – Pigmentos / 82
43 – Plastificantes / 83
44 – Retardadores / 84
45 – Silanos / 85
46 – Solventes / 94
III – Produtos / 97
1 – Ácido Benzoico / 98
2 – Ácido Esteárico / 98
3 – Adesivo Metal-Borracha / 99
4 – Alumina: Al2O3 . 6H20 / 99
5– Aminox / 99
6 – Asfalto / 100
7 – Baquelite / 100
8 – Bentonita Sódica / 100
9 – BHT / 101
10 – Bisfenol A / 101
11 – Breu / 101
12 – Carbonato de Cálcio – CaCO3 / 102
13 – Carbeto de Silício / 103
14 – Caulim / 103
15 – CBS – N-Ciclohexil-Benzotiazil-Sulfenamida / 103
16 – Cera de Carnaúba / 104
17 – Cera de Polietileno / 104
18 – Cortiça / 105
19 – Dessecantes / 105
20 – Diatomita / 106
21 – Dióxido de Silício – SiO2 / 106
22 – Dióxido de Titânio – TiO2 / 108
23 – Dolomita / 109
24 – Di-Octil-Ftalato – DOP / 109
25 – Difenil-Guanidina – DPG / 109
26 – Ebonite / 110
27 – Elementos Restritos / 110
28 – EMCA Sol – quantiQ / 115
29 – Enxofre – S / 116
Enxofre Insolúvel / 117
30 – Estearato de Potássio / 118
31 – Estearato de Sódio / 118
32 – Estearato de Zinco / 118
33 – ETU – Etileno Tiureia / 118
34 – Farinha de Madeira / 119
35 – Grafite em Pó / 119
36 – HMT – Hexametileno Tetramina – Urotropina / 120
37 – Kezadol / 120
38 – Litargírio – PbO / 121
39 – Litopônio / 121
40 – MBS – 2-Morfolinotiobenzotiazol / 121
41 – MBT – Mercaptobenzotiazol / 122
42 – MBTS – Dissulfeto de Benzotiazila / 123
43 – Mica / 124
44 – Mínio – Pb3O4 / 124
45 – Negros de Fumo – Carbon Black / 124
46 – Nonox OD / 130
47 – Octamine / 130
48 – Óleo Plastificante Aromático / 131
49 – Óleo Plastificante Parafínico / 131
50 – Óleo Plastificante Naftenico / 132
51 – Óleo de Rícino / 133
52 – Óleo de Silicone / 133
53 – Óleo Essencial de Pinho / 133
54 – Óxido de Cálcio – CaO / 133
55 – Óxido de Ferro – FeO / 134
56 – Óxido de Magnésio – MgO / 135
57 – Óxido de Zinco – ZnO / 136
58 – Parafina / 137
59 – Parafina Clorada / 137
60 – Polietileno Glicol – PEG / 137
61 – Pentaeritritol / 138
62 – Plastificantes / 138
63 – Plastificantes Poliméricos / 139
64 – Pó de Borracha / 139
65 – Pó de Teflon / 140
66 – Quartzita – Pó de Quartzo Micronizado / 140
67 – Resina Fenólica Reativa (tipo Novolaca) / 141
68 – Resina Fenólica Não Reativa / 141
69 – Resina de Cumarona Indeno / 141
70 – Resina Taquificante / 142
71 – PVI – Inibidor de Vulcanização / 142
72 – S-6H / 143
73 – Sillitin / 143
74 – Struktol A-60 / 143
75 – Struktol SU-95 / 144
76 – Struktol WB-212 / 144
77 – Struktol WB-300 / 144
78 – Struktol WB-700 / 144
79 – Struktol WB-900 / 1144
80 – TAC Coagente / 145
81 – TAIC Coagente / 145
82 – Talco / 145
83 – TETD / 147
84 – THOR MD / 147
85 – TMTD / 148
86 – TMTM / 149
87 – TRIM Coagente / 149
88 – TSH – Tolueno-Sulfonil-Hidrazida / 150
89 – OBSH – Oxibis-Benzeno-Sulfonil-Hidrazida / 150
90 – Unilene / 150
91 – Urotropina – HMT / 151
92 – Vaselina / 151
93 – Vulcacel BN 94 – DNPT / 151
94 – Vulcatard A / 152
95 – Vulcanox 4020 – 6PPD / 152
96 – ZBDC / 152
97 – ZDEC / 153
98 – ZMBT / 154
99 – ZMDC / 155
100 – ZBEC / 155

IV – Informações Gerais / 159


1 – Densidade / 160
2 – Correlação de ensaios entre normas / 162
3 – Características dos Fluidos para ensaios ASTM D-471 / 163
4 – Fatores de conversão de unidades / 163
5 – Condutividade Térmica / 164
6 – Transporte de Produtos Químicos Perigosos / 164
7 – Propriedades físico-químicas dos elastômeros / 165
8 – Tabela Periódica dos Elementos / 168
9 – Tabela de temperaturas de trabalho dos elastômeros / 169

V – Siglas e Símbolos / 173

VI – Marcas Comerciais / 183

VII – Referências / 203


I

ELASTÔMEROS
OU
BORRACHAS

Nesta primeira parte apresentamos os elastômeros mais comumente


utilizados, tipos, características, para facilitar a escolha correta
de acordo com a aplicação pretendida.

Elastômeros ou Borrachas 21
01 Elastômero Natural – NR

Nome usual: Borracha Natural


A borracha natural é o único elastômero extraído de fonte perene, a
seringueira: Hevea brasiliensis.
Todas as demais são borrachas sintéticas, obtidas a partir, em sua
maioria, de derivados do petróleo. Seguem no quadro abaixo os tipos
mais comuns de borracha natural. Além destes, existem muitos outros
tipos disponíveis no mercado.
Para maiores informações consultar norma NBR 11.597 disponível
no site da ABNT (www.abnt.org.br).

Padrões Brasileiros
GEB Granulado Escuro Brasileiro
CEB Crepe Escuro Brasileiro
GCB Granulado Claro Brasileiro
CCB Crepe Claro Brasileiro
Padrões Internacionais
RSS-1 Ribbed Smoked Sheet (Retalhos de Folha Fumada)

SAR Standard African Rubber (Borracha Natural Padrão Africa)


SIR Standard Indonesian Rubber (Borracha Natural Padrão Indonésia)
SMR Standard Malaysian Rubber (Borracha Natural Padrão Malásia)
SSR Standard Singapore Rubber (Borracha Natural Padrão Singapura)
SVR Standard Vietnam Rubber (Borracha Natural Padrão Vietnam)

TSR Technically Specified Rubber (Borracha Natural Tecnicamente Especificada)


TTR Thailand Technically Specified Rubber
Quadro 1 – Tipos de borracha natural mais comuns no mercado.

A borracha natural é a mais elástica, chegando a atingir alongamento


de 900% em relação ao comprimento inicial.
A flexibilidade e resiliência são outras propriedades características.
Juntando à borracha natural uma boa percentagem de polibutadieno se
consegue os melhores valores de resiliência, que é a capacidade de de-
volver energia mecânica recebida.

22 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos


A NR não resiste aos derivados de petróleo (solventes, óleos, com-
bustíveis, lubrificantes) nem ao ozônio, à radiação solar (UV) e ao in-
temperismo (luz, variação de temperatura, gases, poeiras, umidade).
A faixa de temperatura que o produto de borracha natural suporta vai
de -20°C a +70°C. A vulcanização é feita a 145°C. A temperaturas aci-
ma desta, o material decompõe-se formando resíduo pegajoso. Para evi-
tar esse fenômeno, basta adicionar 20 partes de polibutadieno, podendo-
se assim trabalhar sem problemas com temperaturas até 150°C.
Por sua alta insaturação (sítios reativos), requer alto teor de enxofre
(2,5 phr) e baixa dosagem de acelerador (1 phr) para obter bom nível de
vulcanização.
A borracha natural é compatível com a maioria dos elastômeros ou
borrachas.
As melhores propriedades mecânicas da borracha ocorrem quando
ela tem a menor aditivação de componentes.
Quanto maior a quantidade de produtos a ela incorporados menor a sua
resistência, resiliência, flexibilidade e elasticidade. Como ela se degrada
facilmente sob o efeito da luz e do calor, esta é aditivada com agentes de
proteção: antioxidantes e antiozonantes que garantem longa durabilidade.

02 Elastômero de Estireno-Butadieno – SBR

Nome usual: SBR


O Elastômero de SBR é sintético, mas é bastante parecido com a
borracha natural, embora menos elástico, é mais homogêneo.
A vulcanização é feita a temperaturas que vão desde 120°C a 170°C.
A dosagem normal de enxofre é de 2,0 phr e de 1,5 a 2,0 phr de ace-
lerador.
A melhoria das propriedades físico-mecânicas é obtida com a adição de
cargas reforçadoras: negros de fumo das séries 200 e 300 e sílicas precipitadas.
O SBR é compatível com a maioria dos elastômeros, ou seja: mistu-
ra bem com outros tipos de borracha.
O SBR não resiste a derivados de petróleo, ozônio, radiação UV.
A faixa de temperatura para uso normal vai de -5°C a +75°C.
É a borracha mais consumida no mundo porque é utilizada na fabri-
cação da maior parte de pneus, além de grande quantidade de artefatos
para as mais variadas aplicações.

Elastômeros ou Borrachas 23
A borracha SBR é obtida pelo processo de emulsão e por isso pode
conter um teor de umidade de até 0,5%.
Quando obtida pelo processo em solução é identificada como SSBR
e não contém umidade.
SBR 1502  SSBR 4525
SBR 1712  SSBR 4525A
Os SBR e SSBR comuns apresentam aproximadamente 23% de esti-
reno e 77% de butadieno.
Produtos com alto teor de estireno apresentam combinação inversa:
S-6H tem 83% de estireno e apenas 17% de butadieno.

Marcas comerciais: Elastômero Estireno-Butadieno


Produto Fabricante
Krylene Bayer (atual Lanxess)
Polysar Bayer (atual Lanxess)
Krynol Bayer (atual Lanxess)
Buna SE Lanxess
Cariflex SBR Shell
Duradene Firestone
Hycar B. F. Goodrich
Nitrigum Nitriflex (grau alimentício)
Nitrisum Nitriflex (grau alimentício)
Petroflex SBR Petroflex (atual Lanxess)
Buna SB Dow
Europrene Enichem (atual Polimeri Europa)
Arpol PASA
Polimer ISP
Quadro 2 – Marcas comerciais: Elastômero Estireno-Butadieno.

03 Elastômero de Polibutadieno – BR

Nome usual: BR
O polibutadieno é o elastômero mais resiliente, embora suas proprie-
dades mecânicas sejam discretas. Adicionado à NR melhora a resiliência
e viabiliza a vulcanização acima de 145°C sem que ocorra a decomposi-
ção da borracha natural.
Não resiste a derivados de petróleo, ozônio e radiação UV (radiação
solar).

24 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos


É compatível com NR, SBR, SSBR, CR e NBR. Em alguns tipos de
misturas que aderem fortemente aos cilindros do misturador aberto, é
adicionado (10 a 20 partes) para soltar a banda.
O BR melhora a resistência à abrasão, mas interfere na adesão dimi-
nuindo a coesão.
Marcas comerciais: Elastômero Polibutadieno BR
Produto Fabricante
Ameripol B. F. Goodrich
Budene Goodyear Chemical
Buna CB Bayer (atual Lanxess)
Butarez CTL Phillips Petroleum Co.
Butofan Basf
Cariflex BR Shell Química
Cisdene BR Stauffer
Coperflex BR Petroflex/Coperbo (atual Lanxess)
Diene BR Firestone
Duragene General Tire Rubber Co.
Europrene Enichem (atual Polimeri Europa)
Intene Enichem (atual Polimeri Europa)
JSR-BR Japan Synthetic Rubber Co.
PET CIS CBR Petrokimya
Buna CIS Dow
Quadro 3 – Marcas comerciais: Elastômero Polibutadieno.

04 Elastômero de Etileno-Propileno – EPDM

Nome usual: EPDM


O EPDM é um elastômero sintético não resistente a derivados de pe-
tróleo, mas resistente a ozônio, intemperismo, radiação UV e temperatu-
ras em condições de trabalho até 140°C. Faixa de temperatura de uso:
-20°C a +140°C.
O EPDM é compatível com CR, IIR, BIIR, CIIR, CPE. Para mistu-
rar EPDM com NR ou com SBR usam-se compatibilizantes: asfalto (em
misturas pretas) ou resina Unilene A 80 (10 phr) em misturas de cor
clara. Outros homogeneizantes também podem ser utilizados.
O EPDM é o elastômero com maior capacidade de incorporar car-
gas. A cura pode ser peroxídica (2,5 phr de peróxido puro ou 6,0 phr de
peróxido 40%) ou com doadores de enxofre.
A vulcanização (cura com enxofre) é mais viável sempre que o teor de
ENB (comonômero Etileno-Norborneno) é igual ou maior de 7,5% em peso

Elastômeros ou Borrachas 25
e quando somente há EPDM no composto como elastômero. Quando mis-
turar EPDM com NR ou SBR, a vulcanização ocorre normalmente a 150°C
com 1,5 phr de MBTS, 0,5 phr de TMTD e 2,0 phr de Enxofre.
O EPDM requer temperaturas de cura acima de 150°C e normalmente
é feita entre 160°C e 175°C. Este elastômero, por ter elevado teor de olefi-
nas (polietileno, polipropileno), não apresenta boas características de ade-
são.
Com a inclusão de CR no composto (15 a 20 partes) este problema
fica satisfatoriamente resolvido.
A mistura mais importante feita com EPDM foi desenvolvida pela
Uniroyal e levou o nome Royaltherm. O Royaltherm é uma mistura de
EPDM com 40% de Elastômero de Silicone. A cura é feita com peróxi-
do, com ou sem coagente, a 165/175°C. O produto final é resistente ao
ozônio, intemperismo, UV e temperatura um pouco acima de 150°C.
Pelo seu elevado teor de poliolefinas (etileno + propileno), tem resis-
tência à ação de vasta gama de solventes usuais, como acetato de etila.

Marcas comerciais: Elastômero EPDM


Produto Fabricante
Buna EP Bayer (atual Lanxess)
Dutral Enichem (atual Polimeri Europa)
Epcar B.F.Goodrich
Epsyn Copolymer Rubber
Esprene Sumitomo
Keltan DSM
Nordel Dow
Royalene Uniroyal (atual Lion)
Royaltherm Uniroyal (atual Lion)
Royaltuf Uniroyal (atual Lion)
Trilene (EPDM líquido) Uniroyal (atual Lion)
Vistalon Enjay Chem (atual Exxon Mobil Chemical)
Quadro 4 – Marcas comerciais: Elastômero EPDM.

Polinorborneno
É um elastômero de elevada massa molar e grande compatibilidade
com plastificantes e facilmente misturado com outros elastômeros, so-
bretudo do tipo EPDM.
Tem boas propriedades dinâmicas que possibilitam a obtenção de
produtos de baixa dureza (15 Shore A).
Pode ser utilizado na produção de componentes automotivos ou ou-
tras aplicações industriais.

26 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos


Apresenta excelente resistência mecânica, boas propriedades a baixa
temperatura, baixa deformação, boa resistência a temperaturas até 90°C,
excelente resistência à água, moderada resistência ao óleo, boa resistên-
cia ao ozônio e excelente adesão ao metal.
Como aplicação, podem-se citar usos nos segmentos automotivo,
naval, elétrico, construção civil, calçados e outros.
No mercado este produto é encontrado sob marca comercial Norso-
rex, sendo o fabricante a NIPPON-ZEON.

05 Etileno-Vinil-Acetato – EVA

Nome usual: EVA


O EVA pode ser industrializado como plástico (filmes) ou como
elastômero. Como plástico é adequado para a produção de filmes trans-
parentes, resistentes e impermeáveis (líquidos e gases); à medida que
aumenta o teor de acetato. Apresenta blocking muito intenso e para di-
minuí-lo mistura-se PEBD, conseguindo-se eliminar quase totalmente o pro-
blema. Com 0,25 pcr de erucamida, elimina-se completamente o blocking.
Como elastômero, o EVA é expandido com azodicarbonamida e
curado com peróxido, sendo utilizado para fabricação de placas para
calçados, forro para vestuário de inverno, roupas de mergulho, tapetes,
pisos, pastas, flutuadores, pranchas.
Nos compostos de NR, SBR e EPDM, uma partição de 20 phr de
EVA desenvolve no produto uma compactação e brilho final de interesse
pelo bom visual.

Marcas comerciais: EVA


Produto Fabricante
Tritheva Petroquímica Triunfo
Elvax Du Pont
Evatane Elf Atofina (atual Arkema)
Levamelt Bayer (atual Lanxess)
Levapren Bayer (atual Lanxess)
Petrothene Poliolefinas (atual Braskem)
Ultrathene Poliolefinas (atual Braskem)
Vynathene U.S.T Chemicals
Copolímero de EVA Braskem
Copolímero de EVA Quattor (atual Braskem)
Quadro 5 – Marcas comerciais: EVA.

Elastômeros ou Borrachas 27
06 Elastômero Butílico – IIR

Nome usual: Borracha Butil


O elastômero butílico começou a ser produzido em 1941 durante a II
Grande Guerra. Por apresentar alta impermeabilidade ao ar, passou a
substituir a borracha natural nas câmaras de ar dos pneus.
Tem baixa resistência mecânica, mas resiste a altas temperaturas. É
compatível com EPDM. Pode ser curado com peróxido ou vulcanizado
com doadores de enxofre. Apresenta baixo grau de insaturação, por isso
sua vulcanização é difícil e exige um sistema fortemente reativo, já que
seu índice de insaturação vai de 0,7 a 2,2%.

Marcas comerciais: IIR


Produto Fabricante
Bucar Cities Service Co. Columbian Div.
Butyl Rubber Columbian Carbon Co. (1960)
JSR Butyl JSR Corporation
Exxon Butyl Exxon Mobil Chemical
Polysar (atual Lanxess Butyl) Bayer (atual Lanxess)
Quadro 6 – Marcas comerciais: IIR.

07 Elastômero Bromobutílico – BIIR

Nome usual: Borracha Bromobutil


A B. F. Goodrich foi a primeira empresa a comercializar a borracha sin-
tética bromobutil, mas ficou inviável no mercado pelos custos de produção.
Em 1971, a Polysar lançou no mercado a Bromobutyl X2 produzida
em processo contínuo.
A BIIR tem baixa permeabilidade ao ar, alta resistência ao ozônio,
intemperismo e radiação UV. Não apresenta boa resistência a derivados
de petróleo.
Ela pode ser curada com 3 phr de óxido de zinco e 7 phr de resina
SP-1045 da Schenectady/CRIOS. Pode ser vulcanizada com doadores de
enxofre a 165°C e tem resistência mecânica intermediária. Pode, ainda,
ser curada com peróxidos com ou sem coagentes.
A BIIR é compatível com IIR, CIIR, EPDM, CR.

28 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos


Marcas comerciais: BIIR
Produto Fabricante
Polysar (atual Lanxess Bromobutyl) Bayer (atual Lanxess)
Exxon Bromobutyl Exxon Mobil Chemical
JSR Bromobutyl JSR Corporation
Quadro 7 – Marcas comerciais: BIIR.

08 Elastômero Clorobutílico – CIIR

Nome usual: Borracha Clorobutil


A borracha clorobutil foi lançada no mercado em 1960 pela Exxon
Chemical Company. Ela contém em torno de 1,8% de cloro. Possui as
mesmas propriedades das outras borrachas butílicas (IIR, BIIR) e pode
ser curada com peróxido ou vulcanizada com doadores de enxofre.
Para absorver o cloro lábil, é recomendado incluir um phr de óxido
de magnésio na fórmula da composição.

Marcas comerciais: CIIR


Produto Fabricante
Polysar (atual Lanxess Chlorobutyl) Bayer (atual Lanxess)
Exxon Chlorobutyl Exxon Mobil Chemical
JSR Chlorobutyl JSR Corporation
Quadro 8 – Marcas comerciais: CIIR.

09 Elastômero de Policloropreno – CR

Nome usual: Policloropreno


Há dois tipos básicos de policloroprenos:
– tipos de uso geral: industrializados por extrusão, calandragem, in-
jeção, moldagem por compressão. São representados pelas letras G, W e
T (Du Pont), contratipos, respectivamente 610, 210 e 215 (Lanxess);
caracterizam-se pela baixa cristalização;
– tipos adesivos: que são identificados pelas letras AD, AF, CG (Du
Pont) e C 320, ALX 350 e ALX 253 (Lanxess); se caracterizam pela alta
cristalização que simula elastômero curado.
Os policloroprenos resistem bem ao ozônio, intemperismo, radiação
UV. Resistem regularmente a derivados de petróleo. Podem ser utiliza-
dos em ampla faixa de temperatura: -30°C a + 100°C.

Elastômeros ou Borrachas 29
São compatíveis com NR, BR, SBR, SSBR, NBR, EPDM, IIR, BI-
IR, CIIR. A cura é feita com 5 phr de óxido de zinco, 4 phr de óxido de
magnésio e 0,25 phr de ETU. A adesão a metal é muito boa e o proces-
samento, relativamente fácil.
Para obter boa moldagem, basta incorporar 10 a 20 partes de EPDM
ou elastômero CIIR.
Exposto ao intemperismo, o CR desenvolve coloração amarelada.

Marcas comerciais: CR
Produto Fabricante
Baypren Bayer (atual Lanxess)
Butaclor Distugil (atual Polimeri Europa)
Denka Chloroprene Denka U.S.
Neoprene Du Pont
Quadro 9 – Marcas comerciais: CR.

10 Polietileno Clorado – CPE

Nome usual: CPE


O CPE começou a ser comercializado em 1971 pela Dow Chemical
com o nome Tyrin. O teor de cloro do CPE varia entre 25% e 42%. Au-
mentando o teor de cloro, aumenta o poder de barreira a gases (imper-
meabilidade).
O CPE é facilmente processado em cilindro pré-aquecido, ou quan-
do for previamente misturado com DOP. Ao formar massa gelatinosa
homogênea, pode ser processado em misturador aberto. Para absorver o
cloro lábil, convém incluir na fórmula de composição cerca de 10 phr de
óxido de magnésio.
O teor de peróxido 40% é de 8 phr, o que significa 3,2 phr de peró-
xido puro. A cura é feita a 150°C/165°C com ou sem coagente.

Marcas comerciais: CPE


Produto Fabricante
Tyrin Dow
Elaslen Showa Denko Elastomers
Quadro 10 – Marcas comerciais: CPE.

30 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos


11 Polietileno Clorossulfonado – CSM

Nome usual: Hypalon


Foi em 1952 que a E. I. Du Pont ofereceu ao mercado o Hypalon. Os
teores de cloro variam entre 23% e 43%.
O Hypalon apresenta boas propriedades mecânicas e resiste bem ao
intemperismo, ozônio e UV. É impermeável a gases, tem excelente fle-
xibilidade e resistência à abrasão. Tem propriedades de autoextinção ao
ser afastado da chama.
Por causa dos grupos sulfônicos, os cloros na cadeia polimérica são
menos lábeis do que ocorre em outros polímeros halogenados, por isso
não desenvolve cor amarela ao ser exposto ao intemperismo.
Contudo, o Hypalon apresenta um ponto fraco: é atacado por vapor
de água (a quente). O Hypalon 4085 (36% Cl2) resiste bem a óleos plas-
tificantes aromáticos aquecidos a 100°C, a ácidos oxigenados (HNO3), a
hidrocarbonetos aromáticos (BTX) e alcoóis.
Pode ser curado de várias maneiras: aceleradores, Litargírio, Magné-
sio, Pentaeritritol.
Utilizado na produção de adesivos, exposto ao intemperismo, não al-
tera a cor, desde que estabilizado e protegido contra absorção de água.

12 Elastômeros de Acrilonitrila-Butadieno – NBR

Nome usual: Borracha Nitrílica


Durante muito tempo foi conhecido pelo nome Buna N. A família de
elastômeros NBR é muito grande e pode ser vista de várias maneiras.

I – Diferentes teores de acrilonitrila (ACN):


Baixo teor ACN<30%
Médio teor 30% >ACN <40%
Alto teor ACN>40%
O teor de ACN responde pela resistência a derivados de petróleo e o
teor de butadieno responde pela flexibilidade.

II – NBR Carboxilada:
XNBR é um NBR carboxilado que tem baixo teor de ACN e apre-
senta melhor resistência à abrasão do que os NBR normais.

Elastômeros ou Borrachas 31
III – NBR Hidrogenada – HNBR:
Nome usual: Therban
O elastômero nitrílico hidrogenado (HNBR), além da resistência a
derivados de petróleo, intemperismo, radiação UV, também apresenta
resistência a temperaturas elevadas (150°C).

IV – NBR + PVC
Os elastômeros nitrílicos são muito compatíveis com PVC e no mer-
cado são comercializados vários tipos.

Marcas comerciais: NBR


Produtos Fabricantes
Arnipol Pasa
Chemigum Goodyear
Krynac Bayer (atual Lanxess)
Nipol Zeon
Nitriflex N Nitriflex
Nysyn Copolymer Rubber
Paracryl Uniroyal (atual Lion)
Perbunan Bayer (atual Lanxess)
Thoran Petroflex (atual Lanxess)
Europrene N Polimeri Europa
JSR N JSR Corporation
NBR LG Chem Ltd
Nancar Nantex Industry Co.
Quadro 11 – Marcas comerciais: NBR.

Marcas comerciais: NBR/PVC


Produtos Fabricantes
Arnipol OZO Pasa
Nitriflex N. 7400 N. 7800 Nitriflex
Thoran N-OZO Petroflex (atual Lanxess)
JSR N JSR Corporation
Europrene N-OZO Polimeri Europa
Nipol Zeon
Quadro 12 – Marcas comerciais: NBR/PVC.

Marcas comerciais: HNBR


Produtos Fabricantes
Therban Bayer (atual Lanxess)
Zetpol Zeon
Quadro 13 – Marcas comerciais: HNBR.

32 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos


13 Elastômero Poliacrílico – ACM/EAM

Nome usual: Borracha Poliacrílica


A borracha poliacrílica tem alta resistência ao calor e a derivados de
petróleo. Coube à B. F. Goodrich lançá-la no mercado em 1948 com a
marca comercial Hycar.
O grau de insaturação é baixo: de 1,0 a 5,0%. A faixa de temperatura
de uso vai de -40°C a +204°C.
Resiste bem a ozônio, solventes alifáticos, mas tem baixa resistência
à tração (7 a 15 MPa, no máximo).
Marcas comerciais: Borracha Poliacrílica
Produtos Fabricantes
Cyanacryl American Cyanamid
Hicryl (não mais produzida) Petroflex
Hycar B. F. Goodrich
Hytemp Zeon
Vamac Du Pont
Quadro 14 – Marcas comerciais: Borracha Poliacrílica.

14 Elastômeros de Silicone – MQ

Nome usual: Silicone


Os elastômeros de silicone caracterizam-se pela resistência à ampla
faixa de temperaturas, ou seja, de -20°C a +180°C, com eventuais picos
de 250°C. Não resistem a derivados de petróleo, álcalis e ácidos concen-
trados, mas resistem bem ao intemperismo, ozônio, radiação UV e tem-
peraturas elevadas.
Os silicones têm propriedades mecânicas intermediárias (10MPa) e
são adequados para produtos em contato com alimentos. São curados
com peróxidos do tipo: peróxido de dicumila; 2,5 – Dimetil – 2,5 Di
(terc-butil-peróxido) hexano; peróxido de Di (2,4-dicloro-benzoila). A
dosagem usual é em torno de 0,8 phr, mas com peróxido de Di (2,4-
dicloro-benzoila) a dosagem pode ser menor.
A pós-cura é feita a 200°C durante aproximadamente uma hora para
eliminar resíduos da reação de cura e torná-los inodoros, insípidos e não
tóxicos, portanto, adequados para contato com alimentos.
Como aditivos de SBR e EPDM, os silicones melhoram o escoamen-
to, o aspecto e o acabamento superficial. São fornecidos em diversas
durezas, que variam de 20 a 80 Shore A.

Elastômeros ou Borrachas 33
O desmoldante para silicone é um tensoativo (do tipo lava-louças).
Aplicando emulsão de silicone ao molde, o composto tende a aderir,
para tanto são utilizados semipermanentes adequados para este fim.
Nas moléculas de borracha de silicone, a presença dos grupos metil
e silanol são fundamentais, no entanto, a substituição de pequena quan-
tidade dos grupos metil por grupos fenil e/ou vinil e/ou flúor pode gerar
famílias de silicones com diferentes variações de propriedades.
Os Fluoro-silicones apresentam excelente resistência a hidrocarbo-
netos, combustíveis, óleos sintéticos e minerais, graxas e todos tipos de
fluidos hidráulicos. A temperatura típica de operação atinge faixa de
-60°C a 180°C, ou 250°C intermitentes. É largamente utilizado para
selos estáticos em sistemas de combustível aeroespacial. Sua maior utili-
zação é limitada por causa da alta permeabilidade a gases, baixa resis-
tência à tensão de ruptura e pobre resistência ao rasgo e à abrasão.
A ASTM estabeleceu a seguinte designação para os elastômeros de
silicone:
– MQ = Metil-Silicone;
– VMQ = Vinil-Metil-Silicone;
– PMQ = Fenil-Metil-Silicone;
– PVMQ = Fenil-Vinil-Metil-Silicone;
– FVMQ = Fluoro-Vinil-Metil-Silicone.

Marcas comerciais: Silicone


Produtos Fabricantes
Silicone Guandong Charming Co, Ltd.
Baysilone Bayer
Elastosil Wacker
Powesil Wacker
Rhodorsil Rhodia (atual Bluestar Silicones)
RTV GE (atual Momentive)
HT-1 Aditivo para altas temperaturas Dow Corning
Silastic Dow Corning
Silcoset ICI
Silicone SWS Siliconer Corp.
Silicone Union Carbide
Silmate GE (atual Momentive)
Silopren Bayer
Sylgard Dow Corning
Tufel GE (Grau alimentício)
Silicone KE Shin-Etsu Silicones
Quadro 15 – Marcas comerciais: Silicone.

34 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos


15 Fluoroelastômeros – FKM

Os fluoroelastômeros são especiais por apresentarem excepcional


desempenho frente a severas condições de uso. Resistem a derivados de
petróleo, temperaturas elevadas (200°C), meio agressivo (ácido). Não
curados, são solúveis em ésteres e cetonas.
Os agentes de cura normalmente vêm incorporados ao elastômero.
Temperatura de cura: 170/180°C e pós-cura: 200°C (de 1 a 72 horas)
conforme o caso. A pós-cura é importante porque, além de eliminar re-
síduos da reação, alivia tensões internas do produto, aprimorando suas
propriedades para melhor desempenho em sua utilização.
Faixa de temperatura: -40°C a +200°C. A carga mais utilizada é o
Negro de Fumo Thermax N-990. A Columbian também produz um Ne-
gro de Fumo CD 7061 para esta aplicação.

Marcas comerciais: Fluoroelastômeros


Produtos Fabricantes
FKM 3F
Levatherm Lanxess
Aflas Asahi Glass Co.
Dyneon 3M
Fluorel 3M
Gabroflon Solvay
Tecnoflon Solvay
Viton Du Pont
Quadro 16 – Marcas comerciais: Fluoroelastômeros.

16 Regenerado – Borracha Regenerada

Os pneus velhos até pouco tempo se constituíam em lixo muito incô-


modo. Hoje, com o desenvolvimento de unidades de reciclagem, eles se
constituem numa fonte inesgotável de matéria prima de consumo garantido.
O pneu reduzido a pó (pó de pneu) é utilizado como carga em com-
postos moldados por compressão.
Graças aos novos sistemas de regeneração, o pó é tratado quimica-
mente, podendo recuperar parte do elastômero, o qual representa em
torno de 45% em peso no pneu. O regenerado é um material de baixo
custo que pode ser utilizado na produção de novos artefatos, desde que
não tenham contato com alimentos.

Elastômeros ou Borrachas 35
O regenerado, com o novo sistema de vulcanização, atinge normal-
mente 60 Shore A de dureza.
A caracterização mais importante do Regenerado é o RHC – Rubber
Hydrocarbon Content, ou seja, teor de hidrocarbonetos borracha, pois o
óleo plastificante, embora seja hidrocarboneto, não pode ser considerado
borracha.
Um bom regenerado precisa ter um RHC de pelo menos 45%. Em
alguns casos, o regenerado se constitui em excelente aditivo para pro-
mover a estabilidade dimensional do produto.

17 Regenerado Butil

O Regenerado Butil é obtido através da reciclagem de câmaras de ar.


Não é um material compatível com SBR, porém, em mistura com
EPDM, além de ser altamente compatível, melhora as propriedades em
relação à resistência ao calor.
Por ser um material com quase nenhum sítio ativo, é utilizado como
carga em composição de EPDM. Embora o aspecto visual indique que se
trata de material bem refinado, não significa que propicie perfis extrusa-
dos lisos.
Além de conferir boas propriedades de resistência ao calor, ozônio,
radiação UV, ainda contribui para a estabilidade dimensional do produto
acabado.

18 Elastômero de Poliuretano – PUR

Nome usual: PU
Há dois tipos de PU elastômero: poliéter e poliéster. As diferenças
não são muito pronunciadas.
O PU apresenta alta resistência à tração, à abrasão, aos derivados de
petróleo, ozônio e intemperismo.
O PU é atacado por álcalis concentrados a frio e álcalis diluídos a
quente. A adesão a metal é excelente se o metal for fosfatizado com
fosfato ferroso e pintado com adesivo Ty Ply da Lord ou um contratipo.
A cura pode ser feita com peróxido de dicumila com ou sem coagen-
te a 170°C/180°C. Temperatura de uso menor de 100°C.

36 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos


Marcas comerciais: PU
Produtos Fabricantes
Adiprene Uniroyal (atual Chemtura)
Millathane TSE Industries, Inc.
Urepan Bayer
Vibrathane Uniroyal (atual Chemtura)
Quadro 17 – Marcas comerciais: PU.

19 Elastoplásticos ou Elastômeros Termoplásticos – TPE

Os elastoplásticos ou elastômeros termoplásticos são produtos in-


termediários entre os elastômeros convencionais e os plásticos.
Os primeiros TR – Thermoplastic Rubber – surgiram timidamente há
muitos anos e, através de trabalhos persistentes de muitas empresas, foram
evoluindo e ganhando espaço, de tal modo que hoje ocupam um amplo
campo em aplicações antes feitas com borrachas ou com plásticos.
Pela sua versatilidade (muitos tipos) e pelo processamento mais
simples, os elastômeros termoplásticos estão ampliando cada vez mais o
seu campo de aplicação.
O grande problema que esses materiais enfrentavam era o custo ele-
vado, contudo, considerando que os processos tradicionais oneram de-
masiadamente a planilha de custos, verificou-se que, embora o preço da
matéria-prima seja maior, há uma compensação satisfatória no processo
de transformação, que viabiliza técnica e economicamente a utilização
desses materiais.
Há no mercado uma ampla gama de produtos que vão desde:
– Copoliésteres: como COPA (copolímero de poliéster);
– Copolímeros em bloco de poliéteres: do tipo PEBA (poliéter poli-
amida), poliuretânicos do tipo TPU (poliuretano termoplástico) e polia-
mida;
– Copolímeros em bloco de estireno: como SBS (estireno-butadieno-
estireno), SEBS (estireno-etileno-butadieno-estireno), SEPS (estireno-
etileno-propileno-estireno), SIS (estireno-isopreno-estireno), SEP (esti-
reno-etileno-propileno);
– Poliolefínicos: não reticulados do tipo TPO (termoplástico poliole-
fínico) e reticulados do tipo TPV (termoplásticos vulcanizáveis), exem-
plo EPDM/PP; NBR/PP; NR/PP.
– PVC plastificado e ligas (blendas) de PVC.

Elastômeros ou Borrachas 37
20 Elastômeros Epicloridrina – CO / ECO / GECO

Os elastômeros identificados pela ASTM D2000 sob a sigla CO são


homopolímeros da epicloridrina:

Já os identificados pela sigla ECO são copolímeros da epicloridrina


com o óxido de etileno:

O terpolímero formado pela epicloridrina com óxido de etileno e um


terceiro monômero a ASTM D2000 identifica-o como GECO:

As propriedades físicas destes elastômeros se mantêm boas em am-


pla faixa de temperatura (-30°C a +135°C).
Esses elastômeros são mais impermeáveis aos gases de que os elas-
tômeros butílicos.
As demais características se mantêm intermediariamente às dos elas-
tômeros de acrilonitrila (NBR), policloropreno (CR) e poliacrílicas
(ACM/AEM).
Apresentam boa resistência ao intemperismo e mantêm a alta resi-
liência e flexibilidade a baixas temperaturas, por isso são apropriados
para aplicações onde os graus de exigências são vários simultaneamente.

Marcas comerciais: Elastomeros Epicloridrina


Produtos Fabricantes
Hydrin Zeon
Herclor Hercules
Epichlomer Daiso Co.
Quadro 18 – Marcas comerciais: Elastômeros de Epicloridrina

38 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos


Elastômeros ou Borrachas 39
40 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos
II

TIPOS
DE
ADITIVOS

Os produtos que podem ser utilizados na elaboração de uma fórmula


de composição de borracha são tantos que para assegurar a obtenção
de melhores resultados foram reunidos em grupos de acordo
com a função principal que desempenham no composto.
O mesmo aditivo pode ter várias funções e para saber como tirar melhor
proveito é necessário conhecê-los muito bem. Ganha mais quem é
competente, isto é, quem consegue mais qualidade com menor custo.

Tipos de Aditivos 41
01 Abrasivos

Abrasivo é todo material que pode provocar desgaste por atrito. Os


abrasivos estão por toda a parte e são utilizados para lixar, esmerilhar,
polir, rebaixar, asperar, remover controladamente porções indesejáveis
num produto.
Os abrasivos naturais mais comuns são: o diamante, o carbeto de si-
lício, a areia, pó de safira, quartzo, trípoli, pedra-pomes, os dióxidos de
silício, o óxido de alumínio e muitos outros mais.
Quanto mais duro (resistente) o abrasivo, maior a vida útil do poli-
dor. A tenacidade (friabilidade: quebra durante utilização) tem relação
com a durabilidade do produto.
As variáveis do abrasivo dizem respeito à dureza, tamanho, forma e
textura superficial, bem como às características de fratura e concentra-
ção no aglomerante.
Os tamanhos de partícula (granulometria) são especificados pela
ANSI (American National Standard Institute – Instituto Nacional Ame-
ricano de Padrões) e pela FEPA (Fédération Europeenne dês Abrassifs –
Federação Europeia de Produtos Abrasivos).
A ANSI mede a granulometria pelo número de fios por polegada de
peneira. Assim quando se tem ANSI # 100 significa que a peneira tem
100 fios por polegada linear tanto na urdidura como na trama.
A FEPA # 100 significa que a peneira tem 100 furos por polegada
linear tanto na trama como na urdidura.
Granulometrias maiores proporcionam maior vida útil e maior abra-
sividade. A granulometria mais fina admite tolerâncias menores e me-
lhor acabamento superficial.

42 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos


Malha da peneira Tamanho médio das partículas
Mesh ou # mm μm nm Angstrons
20 0,85 850 850.000 8.500.000
40 0,40 400 400.000 4.000.000
60 0,25 250 250.000 2.500.000
80 0,20 200 200.000 2.000.000
100 0,15 150 150.000 1.500.000
140 0,10 100 100.000 1.000.000
200 0,075 75 75.000 750.000
250 0,060 60 60.000 600.000
300 0,050 50 50.000 500.000
350 0,040 40 40.000 400.000
400 0,035 35 35.000 350.000
500 0,025 25 25.000 250.000
1000 0,015 15 15.000 150.000
Tabela 1 – Abrasivos: malha da peneira x tamanho das partículas.

02 Aceleradores de Vulcanização

Aceleradores são substâncias que se adicionam às composições de


borracha para aumentar a velocidade de vulcanização ou diminuir o
tempo necessário para atingir o índice satisfatório de cura. Este é o con-
ceito tradicional.
Atualmente pode-se dizer que os aceleradores de vulcanização são
substâncias adicionadas às composições de elastômeros para controlar a
reação de modo a obter um índice satisfatório de cura, no tempo e tem-
peratura desejada, melhorando as propriedades físico-mecânicas.
Os aceleradores são classificados de acordo com a sua composição
química e/ou pela sua velocidade de ação na vulcanização.
Abaixo segue relação dos aceleradores mais usuais com sua respec-
tiva velocidade de ação.

1 – Mercaptos/Tiazóis (ação média/rápida)


MBT 2-mercaptobenzotiazol
MBTS 2,2’-ditiobis (benzotiazol) ou Dissulfeto de benzotiazila
ZMBT 2-mercaptobenzotiazolato de Zinco
2 – Sulfenamidas (rápida com ação retardada)
CBS N-ciclohexil-2-benzotiazolsulfenamida
TBBS N-tert-butil-di(2 bezotiazolsulfenamida)
MBS 2-(4-Morfolinotio)benzotiazol
DCBS N-diciclohexil-2-benzotiazolsulfenamida

Tipos de Aditivos 43
3 – Tiurans (ação rápida)
TMTD Dissulfeto de tetrametiltiuram
TMTM Monossulfeto de tetrametiltiuram
TETD Dissulfeto de tetraetiltiuram
DPTT Tetrassulfeto de dipentametiltiuram
TBzTD Dissulfeto de tetrabenziltiuram
4 – Ditiocarbamatos (ação super-rápida)
ZBEC Dibenzilditiocarbamato de zinco
ZDBC Dibutilditiocarbamato de zinco
ZDEC Dietilditiocarbamato de zinco
ZDMC Dimetilditiocarbamato de zinco
TeDMC Dimetilditiocarbamato de telúrio
5 – Guanidinas (ação lenta)
DPG N,N’-difenilguanidina
DOTG Diortotolilguanidina
6 – Doadores de enxofre
MBSS 2-benzotiazil-N-morfolildissulfeto
DTDM 4,4’- ditiomorfolina
7 – Tiureia
ETU 2-mercaptoimidazolina (etileno tiureia)
8 – Aldeído-aminas (ação lenta)
HMT Hexametilenotetramina (urotropina)

Abaixo segue relação das principais famílias de aceleradores.

1 – Aldeído-aminas
2 – Amidas
3 – Aminas
4 – Carbamatos
5 – Compostos sinergéticos (misturas)
6 – Dioximas
7 – Dissulfetos
8 – Ditiocarbamatos (doadores de enxofre)
9 – Específicos (aceleradores especiais)
10 – Guanidinas
11 – Mercaptos
12 – Monossulfetos
13 – Morfolinas
14 – Polissulfetos
15 – Polivalentes
16 – Salinos
17 – Sulfenamidas
18 – Tiazóis
19 – Tiurans (doadores de enxofre)
20 – Tiureias
21 – Xantatos (doadores de enxofre)

44 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos


03 Adesivos Metal-Borracha

Camada única: Chemlok 250


NR Chemlok 205 – Primer
Camada dupla:
Chemlok 220 – Adesivo
Camada única: Chemlok 250
SBR Chemlok 205 – Primer
Camada dupla:
Chemlok 220 – Adesivo
Camada única: Chemlok 250
BR Chemlok 205 – Primer
Camada dupla:
Chemlok 220 – Adesivo
Camada única: Chemlok 250
EPDM Chemlok 205 – Primer
Camada dupla:
Chemlok 238 – Adesivo
Camada única: Chemlok 250
CR Chemlok 205 – Primer
Camada dupla:
Chemlok 220 – Adesivo
Camada única: Chemlok 205 ou 250
NBR Chemlok 205 – Primer
Camada dupla:
Chemlok 220 – Adesivo
IIR, BIIR, CIIR Camada única: Chemlok 250
Silicone Camada única: Chemlok 608
Fluoroelastômeros Camada única: Chemlok 607
PU Camada única: Ty-Ply
Quadro 19 – Borrachas x nº de camadas x adesivos.

Marcas comerciais: Adesivos Metal-Borracha


Produtos Fabricantes
Cilbond Norton (Dalton Dynamics)
Chemitac Reichold
Chemlok Lord
Chemosil Henkel
Vulcabond TX ICI
Quadro 20 – Marcas comerciais: Adesivos Metal-Borracha.

Tipos de Aditivos 45
04 Agentes Antirreversão

A reversão é um fenômeno que ocorre na vulcanização da borracha


natural.

Figura 01

Durante a reação, o grau de vulcanização chega a um ponto (b) que


seria satisfatório e para alguns polímeros cai a nível insuficiente (c), não
atingindo boas propriedades. Isso é reversão.
Produtos antirreversão impedem que tal fenômeno ocorra.
Antigamente, quando não existia produto específico para solucionar
esse problema, contornava-se adicionando 20 partes de regenerado de
BR ou de SBR. Atualmente são oferecidos vários produtos eficazes para
prevenir esse problema.

05 Agentes de Coesão

Agentes de coesão têm como função reforçar a adesão entre duas


superfícies unidas por adesivos. A adesão metal-borracha melhora quan-
do o composto contém resina fenólica novolaca (+ ou – 3 phr) do tipo
Schenectady/CRIOS SP-1068 e o metal é adequadamente preparado:
jato + pintura ou fosfatização com sulfato ferroso grão médio + pintura

46 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos


de adesivo camada única ou bicamada (conforme indicação do fornece-
dor do produto para cada tipo de elastômero). A pressão na moldagem é
um fator fundamental na coesão metal-borracha.
Produtos:
Resinas fenólicas; sílicas e silicatos; isocianatos; NR em composi-
ções de SBR; CR em composições de NBR e EPDM.

06 Agentes de Cura

Agentes de cura são produtos que, misturados à massa polimérica,


estabelecem ligações entre sítios ativos da mesma em todas as direções,
estabelecendo uniões entre as macromoléculas. É o chamado “cross-
linking” – ligação através da massa macromolecular erroneamente tra-
duzida como “ligação cruzada”.
É sabido que se formam “interligações” unindo sítios ativos vizi-
nhos de macromoléculas entre si, diminuindo a sua plasticidade e au-
mentando a elasticidade.
Os peróxidos estabelecem ligações peroxídicas entre as macromolé-
culas do elastômero, sendo também chamados de agentes de cura.
O ZnO + MgO estabelecem ligações nos elastômeros halogenados
que caracterizam a reação de cura.
A urotropina (HMT – hexametilenotetramina) adicionada à resina
fenólica estabelece ligações que resultam numa reticulação característica
de material termofixo ao ser aquecida a 150°C/165°C.
A resina fenólica também reticula o elastômero bromobutil.
O enxofre consegue ligar uma macromolécula à outra e esse tipo de
cura é chamado vulcanização, pois as interligações são feitas por dois ou
mais átomos de enxofre. Da mesma forma alguns superaceleradores
(TMTD, ZMDC, ZBDC) conseguem fazer interligações com enxofre
entre as macromoléculas e esta é a vulcanização com doadores de enxo-
fre.
O Vibracure M – (Uniroyal) – é o agente de cura para poliuretano e
sua composição química é orto-cloro-anilina ou 4-4’-metileno-bis-
diamina.

Tipos de Aditivos 47
07 Agentes de Escoamento – Flow

Os agentes de escoamento ou de fluxo são produtos que reduzem a


viscosidade do composto, seja por lubrificação, seja por fusão sob aque-
cimento. Os produtos geralmente utilizados são ácidos graxos de alta
massa molar, tais como: sabões de ácidos graxos superiores com metais
alcalinos, ésteres de ácidos graxos e amidas de ácidos graxos.
Também são consideradas agentes de fluxo, resinas de baixo ponto
de amolecimento como: Unilene A-80, resina Protack, breu, breus modi-
ficados, resinas de cumarona-indeno, resinas terpênicas e politerpenos.

Marcas comerciais: Flow


Produtos Fabricantes
Q-Flux Quisvi
Struktol Struktol Company of America
Adogen Sherex Chemical Co.
Aflux Rhein Chemie
Aktiplast Rhein Chemie
Quadro 21 – Marcas comerciais: Flow.

08 Agentes de Pegajosidade – Tackfiers

Agentes de tack ou de pegajosidade têm por finalidade facilitar a


emenda entre segmentos ou adesão entre superfícies.
São agentes de pegajosidade:
– Breu e breus modificados;
– Resinas de petróleo: unilene, asfalto;
– Óleos plastificantes aromáticos;
– Resinas sintéticas de baixo ponto de amolecimento;
– Alcatrão de pinho (suspeito de provocar câncer);
– Resina de cumarona-indeno.
Os agentes de pegajosidade comprometem seriamente as proprieda-
des mecânicas, sobretudo a resistência à tração e abrasão. Alguns agen-
tes de pegajosidade interferem na taxa de vulcanização com tendência a
retardar. Por isto são dosadas em baixa percentagem: 3 a 5 phr, a não ser
que a pagajosidade seja o fator mais relevante e então se pode até ultra-
passar 20 phr.

48 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos


Marcas comerciais: Agente de Pegajosidade
Produtos Fabricantes
Q Resin T2 Quisvi
Q Flux PB-E Quisvi
Breu K e Breu X Diversos
Breus modificados Hercules
Koresin Basf
Paragum N Parabor
Plastikator FH Bayer
Resina de Cumarona Neville
Resina Hercurez Hercules
Resina Protack IBR (atual Inoquímica)
Resina SP 1068 Schenectady/CRIOS
Resina Unilene Petroquímica União (atual Braskem)
Struktol 40 MS Struktol
Struktol 60 NS Struktol
Quadro 22 – Marcas comerciais: Agente de Pegajosidade.

09 Agentes Hidrofílicos (Liófobos)

Os agentes hidrofílicos ou liófobos são produtos que favorecem a


molhabilidade e absorção de água no composto elastomérico.
Os melhores agentes hidrofílicos são os elastômeros polares: NR,
SBR e NBR.
Os aditivos mais comuns são a sílica precipitada, o óxido de cálcio, sa-
bões de sódio e de potássio, detergentes, açúcar e cloreto de sódio (sal).
Quando o produto puder ser expandido, nem que seja em grau mí-
nimo, o bicarbonato de sódio é o expansor ideal porque produz células
abertas, favorecendo a absorção de água.
O bicarbonato de sódio só se torna efetivo de 140°C a 160°C.

10 Agentes Hidrofóbicos (Liofílicos)

Agentes hidrofóbicos ou liofílicos são produtos que adicionados ao


composto elastomérico dificultam a absorção de água, sobretudo em
produtos isolantes elétricos.
Os melhores agentes hidrofóbicos são os elastômeros apolares
(EPDM, butil e silicone).

Tipos de Aditivos 49
Aditivos sólidos:
– Dióxido de titânio;
– Sílica pirogênica hidrofóbica;
– Estearato de zinco;
– Litargírio;
– Parafina e cera de polietileno.
Aditivos líquidos:
– Óleos plastificantes parafínicos;
– Vaselinas líquidas.

11 Amolecedores ou Softners

Quando um composto apresenta dureza acima do desejado, pode-se


baixá-la adicionando mais elastômero; só que neste caso é necessário
corrigir a aceleração.
O que se faz usualmente é adicionar uma quantidade necessária de
composto mais mole ou adicionar mais óleo plastificante.
Entre os plastificantes utilizados como softners, podemos citar:

– Óleos plastificantes parafínicos para: NR, IIR, BIIR, CIIR e EPDM.


– Óleos plastificantes naftênicos para: NR, SBR e EPDM.
– Óleos plastificantes aromáticos para: NR, SBR, SSBR, BR, NBR e CR.
– Asfalto oxidado para quase todos os elastômeros.
– Plastificantes sintéticos ésteres do tipo: DBP, DOP, DOA, DOS
para SBR, NBR, CPE e PU.
– Parafina clorada para CR, NBR, NBR/PVC, HNBR, CIIR e BIIR.
– Factis para NR, SBR, EPDM, NBR e CR.
– Óleo de silicone para silicone e para EPDM + silicone.
– Plastificantes poliméricos para NBR, SBR e PU.
– Vaselina líquida e cera de polietileno para EPDM e IIR.

12 Antichama

Antichama são produtos que evitam a propagação do fogo, extin-


guindo a chama quando o produto é retirado do contato com a fonte de
ignição externa.

50 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos


O PVC, CR, CPE, Hypalon, Teflon, Clorax 50 são materiais autoex-
tinguíveis graças à presença de halogênios (cloro, bromo ou flúor). Adi-
cionados em dosagem conveniente aos compostos funcionam como re-
tardantes de chama.
O trióxido de antimônio (Sb2O3), combinado com alumina hidratada,
é um antichama não halogenado.
Outro antichama também não halogenado é o Polifosfato de Amônio
(APP), sal inorgânico do ácido polifosfórico e amoníaco. O comprimen-
to da cadeia (n) do composto polimérico é variável e ramificado, poden-
do ser superior a 1000 unidades méricas. Cadeias curtas e lineares pos-
suem n < 100 e são mais sensíveis à água (hidrólise) e menos estáveis
termicamente do que cadeias com n > 1000, que mostram uma solubili-
dade muito baixa em água (< 0,1g/100ml).
APP é um composto estável e não volátil. Em contato com a água
lentamente começa a ser hidrolisado em fosfato monoamônico (ortofos-
fato). Temperaturas mais elevadas e de uma exposição prolongada à
água irá acelerar a hidrólise. APP de cadeia curta começa a decompor-se
em temperaturas superiores a 150°C. O de cadeia longa começa a de-
compor-se em temperaturas superiores a 300°C. Ambos formam ácido
polifosfórico e amoníaco como produto de decomposição.
Existem duas famílias principais de polifosfato de amônio:
– APP Fase Cristalina I (APP I) é caracterizada por uma cadeia li-
near de comprimento variável, apresentando uma menor temperatura de
decomposição (aproximadamente 150°C) e uma maior hidrossolubilida-
de que APP fase cristalina II do polifosfato de amônio. Em APP I, “n”
(número de unidades de fosfato) é geralmente inferior a 100. A estrutura
geral da APP Fase Cristalina I é dada abaixo:

– APP Fase Cristalina II (APP II): A estrutura APP II está ramifica-


da conforme mostrado na figura abaixo. O peso molecular é muito maior
do que APP I com “n” valor superior a 1000. APP II tem uma maior

Tipos de Aditivos 51
estabilidade térmica (decomposição começa a aproximadamente 300°C)
e menor hidrossolubilidade do que APP I.

Quando os materiais que contêm APP estão expostos a um incêndio


acidental ou calor, o retardante de chama começa a decompor-se, geral-
mente em polímeros de ácido fosfórico e amônia. O ácido polifosfórico
reage com outros grupos de hidroxila ou um agente sinérgico não está-
veis para um éster de fosfato. Uma próxima etapa da desidratação do
fosfato seguinte reinicia o processo. Uma espuma de carbono é construí-
da sobre a superfície contra a fonte de calor (charring). A barreira de
carbono funciona como uma camada de isolamento, evitando novas de-
composições do material.
Concentração usual de APP varia de 15 a 35% em peso.
Marcas comerciais: Antichama
Produtos Fabricantes
68-Pb-Ferro Pyro-Check
Alumina trihidratada Alcoa
Antiblaze 19 Mobil Chemical
Clorax 50 Bann Química
Disflamoll Bayer (atual Lanxess)
Dyphos Anzon
Ethyl-Saytex Saytec
Firebrake-(Borato de Zinco) U.S.Borax
FR Dead Sea Bromine
Fyrol Stauffer
Levagard Bayer (atual Lanxess)
Pyrovatex CP Ciba-Geigy
PO-64P Great Lakes
THP Chloride Albright & Wilson
TRIS Velsicol
Valentioxy (Sb2O3) Oxy Química
Quadro 23 – Marcas comerciais: Antichama.

52 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos


13 Antiestáticos

Nas composições de borracha condutiva, a eletricidade estática ge-


rada pelo atrito com o metal é instantaneamente dissipada em contato
com o equipamento NR, SBR, NBR, CR.
Nas composições de elastômeros isolantes elétricos (EPDM, silico-
nes), a eletricidade se acumula e pode dar “choque” se o operador não
estiver trabalhando com luvas adequadas.
Quando no composto se utiliza carga condutiva (Condutex CD 7061,
grafite), mesmo nos elastômeros isolantes, a eletricidade estática é pron-
tamente dissipada.
A eletricidade estática é indesejável não só por causa do “choque”,
mas também por atrair poeiras, que em certos casos, podem causar pro-
blemas. A utilização de um tenso-ativo como estearato de sódio (sabão)
ou de potássio, ou ainda, um detergente catiônico (sal de amônio quater-
nário), mesmo em baixa dosagem (1 a 3 phr), ajudam a resolver o pro-
blema.

14 Antimigrantes

Antimigrantes são aditivos que bloqueiam a migração para a super-


fície de algum componente incompatível na mistura.
Migração de líquidos é chamada exsudação; migração de sólidos é
chamada de eflorescência, também conhecida como blooming.
Homogeneizadores como o asfalto e a resina Unilene contribuem pa-
ra diminuir a migração.
Produtos com elevada atividade superficial (sílica, bentonita, diato-
mita) adsorvem muitos produtos e bloqueiam a migração.
A aditivação correta para cada tipo de elastômero continua sendo o
“aditivo” mais barato e eficaz para resolver o problema.
A migração quando indesejada causa problemas, sobretudo de ade-
são, além de comprometer a qualidade do produto (aspecto visual), alte-
ração de dureza (migração do plastificante) e a alteração de cor.

Tipos de Aditivos 53
15 Antioxidantes

Antioxidantes são produtos que protegem os elastômeros contra a


ação do oxigênio (O2).
Quimicamente podem ser reunidos em seis grupos:
1 – Amínicos – fortemente manchantes
– Naftilaminas: PAN, PBN;
– Difenilaminas: ODPA, SPDA;
– Parafenilenodiaminas: IPPD, 6PPD, 77PD, DPPD, DTPD;
– Condensado amina: cetona.
2 – Fenólicos – não manchantes
– Fenóis substituídos: BHT (sem nitrogênio);
– Condensados aldeído – fenol: SPH e derivados;
– Sulfitos fenólicos.
3 – Fosfitos – não manchantes
4 – Tioésteres
5 – Quinoleinas – levemente manchantes
– TMQ;
– ETMQ.
6 – Benzimidazóis – não manchantes
– MBI;
– ZMBI;
– ZMTI;
– ZMMBI.

Considera-se manchante o produto que desenvolve cor sob ação da


luz, calor ou tempo. Os antioxidantes que contêm nitrogênio em sua
composição desenvolvem cor amarelada nos produtos de cor clara.
Produto não manchante é aquele que não desenvolve cor, sobretudo
em produtos claros.

54 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos


Marcas comerciais: Antioxidantes
Produtos Fabricantes
Vulcanox Lanxess
Agerite Vanderbilt
Alkanox Degussa (atual Evonik)
Anox Degussa (atual Evonik)
Banox Bann Química
Cyanox Cytec
Cyasorb Cytec
Epsinox Satibrás
Flectol Flexsys
Lowinox Degussa (atual Evonik)
Naftonox Chemetal
Naugard Uniroyal (atual Chemtura)
Nonox ICI
Permanax ODPA Flexsys
Rhenofit Bayer (Rhein Chemie)
Rhenogran Bayer (Rhein Chemie)
Santoflex Monsanto (atual Flexsys)
Vanox Vanderbilt
Wingstay Eliokem
Quadro 24 – Marcas comerciais: Antioxidantes.

16 Antiozonantes

Os antiozonantes são produtos que protegem os elastômeros contra a


ação do ozônio (O3). O ozônio existe em pequenas quantidades no ar e
se forma onde há faíscas elétricas (arco-voltaico): raios, motores, velas
dos motores de combustão interna, solda elétrica.
O ozônio ataca as ligações duplas das macromoléculas, fragmentan-
do-as e comprometendo as propriedades mecânicas das mesmas.
Todos os antiozonantes químicos são manchantes. A parafina, o
elastômero de silicone são antiozonantes físicos pois bloqueiam a ação
do ozônio por proteção física.
Sinergismo: quando é dosado um antioxidante, estima-se que tenha
uma ação protetora de pelo menos 5 (de uma escala entre 1 a 10), dei-
xando que a proteção total seja obtida com o antiozonante: 5+5=10. Na
realidade, se dobrarmos a quantidade e adicionarmos só um produto, o
efeito protetor pode chegar a 10. Como a maneira de interagir do antio-
xidante é diferente, suas ações não têm efeito somado (5+5), mas multi-

Tipos de Aditivos 55
plicado (5 x 5 = 25). Esse efeito protetor é chamado de sinergismo dos
agentes de proteção.
Vale lembrar que a maioria dos antiozonantes químicos também
atuam como antioxidantes.

Classificação Química
1 – Antiozonante dialquil R-R, onde R é um radical alcoila, metila,
etila.
2 – Diaril R’-R’, onde R’ é um radical aromático: fenila, benzoíla,
naftila.
3 – Antiozonantes alquilaril: R-R’
4 – Antiozonantes sinergéticos: os que aumentam seu poder de pro-
teção quando misturados com antioxidante.
5 – Antiozonantes poliméricos: são polímeros que por sua natureza
resistem à ação do ozônio: EPDM, CR, PVC, HNBR, Silicone.
6 – Multifuncionais: são antiozonantes que além de outras funções
são ativos contra o ozônio: Parafina clorada.
7 – Antiozonantes de ação física: parafina, dióxido de titânio (ação
barreira a permeabilidade de gases).

Marcas comerciais: Antiozonantes


Produtos Fabricantes
Vulcanox Lanxess
Vulkazon AFD Lanxess
Antozite Vanderbilt
Ceras Antiozônio Lanxess
Flexzone Uniroyal (atual Chemtura)
Nonox ICI
Santoflex Monsanto (atual Flexsys)
Quadro 25 – Marcas comerciais: Antiozonantes.

17 Aromatizantes

Aromatizantes ou odorantes são produtos adicionados a compostos


de borracha para produzir aroma desejado (tutti-frutti) ou mascarar chei-
ro desagradável, ou ainda, eliminar todo cheiro deixando o produto ino-
doro.

56 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos


Produtos aromatizantes (odores):
– Acetato de pentila – pera;
– Butanoato de etila – abacaxi;
– Citral – limão;
– Etanoato de benzila – jasmim;
– Etanoato de octila – laranja;
– Formiato de etila – pêssego;
– Formiato de isobutila – framboesa;
– Geraniol – gerânio;
– Heptanoato de etila – vinho, conhaque;
– Limoneno – limão;
– Mentol – erva menta;
– 3-metilbutanoato de 3-metil-butila – maçã;
– Nonilato de etila – rosa.

Marcas comerciais: Aromatizantes


Produtos Fabricantes
Cânfora-cheiro característico Diversos
Rodo-cheiro floral Vanderbilt
Rubberol F-para borracha sólida Bayer
Quadro 26 – Marcas comerciais: Aromatizantes.

Eliminadores de cheiro: pós-cura para eliminar voláteis de odor de-


sagradável.
Alfapineno: óleo essencial de pinho. Pequenas dosagens tornam o
produto “praticamente inodoro”.

18 Ativadores

Ativadores de vulcanização são substâncias que potencializam a


ação dos aceleradores, tornando o sistema de aceleração mais efetivo,
melhorando a sinergia do sistema acelerador+agente de vulcanização.

Tipos de Aditivos 57
Figura 02

O ácido esteárico (2 phr) com óxido de zinco (5 phr), ao serem


aquecidos, reagem entre si formando reversivelmente o estearato de
zinco. Os radicais livres que se formam criam condições para que outras
reações ocorram como a formação de radicais mono, di e polissulfeto.
Estas reações irão promover interligações, unindo sítios ativos das ma-
cromoléculas com um ou mais átomos de enxofre. No uso do estearato
de zinco no lugar do ZnO e do ácido esteárico, a reação de vulcanização
também ocorre.
Essas ligações ocorrem em todos os sentidos e formam ao final um
retículo que pode ser deformado sob ação de uma força, mas volta ao
estado original uma vez cessada a ação da força (elasticidade).
O óxido de zinco dispersa melhor se for adicionado após ou simulta-
neamente com o ácido esteárico.
Os absorvedores de umidade (CaO) e os neutralizadores de ácidos
(DEG, PEG, TEA) também apresentam ação ativadora no sistema de
cura com doadores de enxofre ou com aceleradores e enxofre. Isto se
deve ao fato de que estes sistemas funcionam melhor em pH alcalino
(pH>7,0) do que em pH ácido (pH<7,0).

58 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos


19 Auxiliares de Processo

Auxiliares de processo são componentes que favorecem o processa-


mento dos elastômeros, reduzindo tempos, economizando energia e me-
lhorando a qualidade do composto de acordo com as operações a que
será submetido durante a fabricação.
Os auxiliares de processo desempenham simultaneamente outras fun-
ções, mas podem ser enumerados e detalhados sob os seguintes títulos:
– adesivo metal-borracha;
– agentes isolantes antiblocking – desmoldantes externos;
– agentes de coesão;
– agentes de escoamento – flow;
– agentes de pegajosidade – tackfiers;
– amolecedores – softners;
– antimigrantes;
– ativadores;
– cargas que melhoram a usinagem;
– cargas que melhoram a condutividade térmica;
– desmoldantes internos;
– dispersantes;
– estabilizadores dimensionais;
– estabilizadores térmicos;
– homogeneizadores;
– inibidores;
– lubrificantes;
– peptizantes;
– plastificantes;
– retardadores.

Os títulos acima serão tratados mais detalhadamente no decorrer da


apresentação.

20 Branqueadores óticos

Branqueadores óticos são produtos que intensificam a tonalidade


branca dos artefatos. Um composto produzido com materiais incolores,

Tipos de Aditivos 59
ao receber adição de carbonato de cálcio, óxido de zinco e dióxido de
titânio, fica branco, dependendo da quantidade dos aditivos.
O branqueador ótico promove a diminuição da absorção da radiação
no comprimento de onda da luz azul pelo artefato, promovendo uma
percepção de maximização da intensidade do branco pelo olho humano.
Hoje os sabões em pó para lavar roupas já possuem o branqueador
ótico incorporado.
Se ao composto branco for adicionado 0,1 phr de pigmento azul, o
branco vai parecer mais branco do que o original. Se ao pigmento azul for
adicionado 0,1% de pigmento vermelho, o branco fica mais branco ainda.
Existem no mercado vários fornecedores de branqueadores óticos
que permitem não só obter a cor branca satisfatória, mas conseguem
preservá-la mesmo quando exposta à radiação solar.
A escolha correta dos componentes da mistura pode contribuir deci-
sivamente para obter melhores resultados.

Marcas comerciais: Branqueadores óticos


Produtos Fabricantes
Inbragen VB Inbra
Unitex OB Ciba
Quadro 27 – Marcas comerciais: Branqueadores óticos.

21 Cargas

As cargas podem ser agrupadas de acordo com as melhorias das


propriedades que proporcionam nos artefatos.
1 – Cargas de uso geral
– Alumina;
– Carbonato de cálcio;
– Sulfato de cálcio;
– Sílica precipitada (SiO2);
– Talco;
– Mica;
– Óxido de zinco;
– Sulfato de bário;
– Caulins tratados;
– Negros de fumo;

60 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos


– Diatomita;
– Bentonita.
2 – Cargas retardantes de chama
– Alumina;
– Trióxido de antimônio;
– Trióxido de arsênio;
– Carbonato de magnésio;
– Teflon em pó.
3 – Cargas resistentes a radiações nucleares
– Litargírio (óxido de chumbo);
– Carbeto de boro.
4 – Cargas que melhoram a usinagem
– Sílica;
– Carbonato de cálcio;
– Polímeros orgânicos rígidos;
– Talco.
5 – Cargas que melhoram a condutividade térmica
– Alumínio em pó;
– Alumina;
– Sílica precipitada;
– Óxido de zinco;
– Silicatos;
– Caulim.
6 – Cargas que melhoram a absorção de calor
– Metais em pó;
– Óxidos metálicos;
– Sílica precipitada (SiO2);
– Silicatos.
7 – Cargas que melhoram a resistência elétrica
– Alumina;
– Sílica (SiO2);
– Talco;
– Mica;
– Caulim;
– Dióxido de titânio.

Tipos de Aditivos 61
8 – Cargas que melhoram a condutividade elétrica
– Metais em pó;
– Grafite;
– Negros de fumo da série N-200;
– Alguns óxidos metálicos.
9 – Cargas que melhoram a resistência à tração
– Negros de fumo em geral;
– Sílica precipitada;
– Fibras;
– Materiais poliméricos.
10 – Cargas que aumentam a resistência à compressão
– Negros de fumo das séries N-200 e N-300;
– Sílica precipitada (SiO2);
– Materiais poliméricos.
11 – Cargas que melhoram a resistência ao impacto
– Cargas reforçadoras em geral (negros de fumo, sílica);
– Materiais poliméricos elásticos;
– Plastificantes.
12 – Cargas que melhoram a resistência ao desgaste por abrasão
– Negros de fumo alta estrutura;
– Sílica;
– Carbeto de silício.

22 Coagentes de Cura Peroxídica

Sob o título de coagentes são reunidas as substâncias que, além de


ativarem os peróxidos, são indispensáveis para que um elevado grau de
reticulação seja obtido.
São comercializados na forma pura ou diluídos em um veículo iner-
te, sob diversas concentrações.

Dosagem
A dosagem do coagente varia de acordo com o composto e o peróxi-
do utilizado. Inicialmente dosava-se um maior teor de peróxido e menor
teor de coagente. Na prática, verificou-se que o inverso propicia melho-

62 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos


res resultados, ou seja, menor teor de peróxido (iniciador) e maior teor
de coagente (terminador).
A dosagem depende da aplicação do artefato final. O conhecimento
dos aditivos permite rapidamente fazer os ajustes visando obter resulta-
dos compensadores.
Principais tipos e usos:
TAC em NBR, EPDM, PU, EVA, FKM;
TAIC é mais utilizado em FKM;
TRIM em NBR, EPDM, PU, EVA;
HVA-2 é mais utilizado em CSM;
EDMA mais utilizado em EPDM, EVA.

Marcas comerciais: Coagente de Cura Peroxídica


Produtos Fabricantes
Retilink Retilox
Coagente Degussa (atual Evonik)
Rhenogran Rhein Chemie (atual Lanxess)
Rhenofit Rhein Chemie (atual Lanxess)
Kettlitz Kettlitz
Saret Sartomer
Ricon Sartomer
Perkalink Akzo Nobel
Quadro 28 – Marcas comerciais: Coagente de Cura Peroxídica.

23 Desmoldantes

Desmoldantes têm a função de facilitar a extração dos artefatos produ-


zidos, do molde, e podem ser aplicados de diversas maneiras:
– Desmoldantes aplicados aos moldes: fluidos de silicone, sabões e
detergentes, semipermanentes;
– Desmoldantes incorporados ao composto: parafina, cera de polieti-
leno, estearato de zinco, grafite, pó de teflon, sabões, ácidos graxos,
amidas de ácidos graxos, estearamida, erucamida (antiblocking em fil-
mês poliolefinicos). O BR e o EPDM também funcionam como desmol-
dantes em compostos muito pegajosos de NR, SBR e CR.
– Desmoldantes aplicados externamente aos produtos semielabora-
dos ou acabados: talco, caulim, estearato de zinco.

Tipos de Aditivos 63
Marcas comerciais: Desmoldantes Internos
Produtos Fabricantes
Amidas de ácidos graxos Diversos
Cera de polietileno Diversos
Estearato de magnésio Diversos
Estearato de potássio Diversos
Estearato de sódio Diversos
Grafite Diversos
Pó de teflon Diversos
Silicones Diversos
Quadro 29 – Marcas comerciais: Desmoldantes Internos.

Marcas comerciais: Desmoldantes Externos


Produtos Fabricantes
Perma-Mold Chem Trend
Antitack Kettlitz
Aquarex Du Pont
Emulsões de silicone Diversos
Levaform K Bayer
Sabões de metais alcalinos Diversos
Tensoativos (detergentes) Diversos
Vulkastab ICI
Quadro 30 – Marcas comerciais: Desmoldantes Externos.

24 Doadores de Enxofre

Quando se quer evitar a migração de enxofre (blooming), utilizam-se


doadores de enxofre, que além de serem mais eficazes, não afloram. Os
doadores de enxofre são utilizados em dosagens de 1,5 a 2,5 phr, com
pequena dosagem de acelerador primário (0,5 phr) sem enxofre.
Doadores de enxofre também são importantes na formulação de arte-
fatos onde se deseja melhor desempenho na resistência térmica do arte-
fato, pois sua utilização em substituição ao enxofre reduz a ocorrência
de ligações polissulfidicas. Estas ligações sob aquecimento se desfazem,
promovendo ou a degradação da peça e redução das propriedades dinâ-
mico-mecânicas do artefato final e/ou aumento da dureza.
Também pode ser utilizado para reduzir presença de enxofre em
formulações para artefatos destinados ao contato com alimentos.
Os principais doadores de enxofre são:
TMTD – Dissulfeto de tetrametil tiuram;
ZMDC – Zinco metil ditiocarbamato;

64 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos


ZBDC – Zinco butil ditiocarbamato;
DPTT – Dipentametileno tiuram hexasulfeto;
TETD – Dissulfeto de tetraetil tiuram;
DTDM – 4,4’-Ditiobismorfolina.

25 Endurecedores

Os elastômeros usuais aditivados apenas com o sistema de cura


apresentam dureza em torno de 40 Shore A.
Os NBR e CR apresentam dureza um pouco maior.
O SBR 1712, que tem 37,5 partes de óleo plastificante aromático, dá
uma dureza em torno de 25 Shore A.
Para aumentar a dureza utilizam-se cargas reforçadoras.
Negros de fumo reforçantes das séries N-200, N-300 aumentam a
dureza aproximadamente em 1 Shore A a cada 2,0 phr.
Negros de fumo semirreforçantes séries N-500, N-600 e N-700 au-
mentam a dureza aproximadamente em 1 Shore A a cada 2,5 phr.
A sílica, a cada 2 phr, aumenta a dureza aproximadamente em 1
Shore A.
O carbonato de cálcio aumenta a dureza aproximadamente em 1
Shore A a cada 10 phr.
O caulim aumenta aproximadamente 1 Shore A a cada 5 a 8 phr, de-
pendendo da qualidade do mesmo.
Quando se desejam durezas elevadas, pode-se utilizar uma resina de
alto teor de estireno como resina S-6H. A S-6H aumenta aproximada-
mente 2 Shore A para 3 phr de resina.
A resina fenólica reativa (com 10% de urotropina, HMT) aumenta
consideravelmente a dureza, desde que a vulcanização seja feita a 155°C
a 165°C. Em média se consegue um aumento na dureza de 1Shore A
para 1 phr de resina.
A fibra de vidro (fibra curta) pode ser usada como reforço endurece-
dor.
Altas dosagens de enxofre (30 phr) e acelerador (8 phr TMTD) per-
mitem obter ebonite (90 Shore A).

Tipos de Aditivos 65
26 Estabilizadores Dimensionais

Compostos com altos teores de carga mineral geralmente apresen-


tam estabilidade dimensional satisfatória.
Os negros de fumo, em geral, deixam a desejar neste aspecto. Po-
rém, basta adicionar algum tipo de carga mineral (sílica, caulim, diato-
mita, bentonita) que a estabilidade dimensional apresenta melhorias sen-
síveis.
O sistema de cura é importante porque somente com índice elevado
de vulcanização o produto de borracha estabiliza dimensionalmente.
A utilização de fibras (de vidro, de Kevlar, de carbono, de Rayon),
além de dar estabilidade, aumenta a dureza sem comprometer demasia-
damente a flexibilidade.
Resinas de elevado ponto de amolecimento (fenólicas, S-6H) tam-
bém contribuem para a estabilidade dimensional.
Polímeros em forma de pó, além de outros benefícios, promovem es-
tabilidade dimensional (PTFE em pó).
No projeto de um molde é importante conhecer o índice de retração
(encolhimento) do composto a ser utilizado para ajustar as cavidades, a
fim de que o produto fique enquadrado nas tolerâncias concedidas no
projeto.

27 Estabilizantes Térmicos

Estabilizantes térmicos são produtos que propiciam estabilidade e


durabilidade a artefatos que são submetidas ao calor.
A vulcanização com doadores de enxofre favorece a estabilidade
térmica do produto final.

Marcas comerciais: Estabilizantes Térmicos


Produtos Fabricantes
Agente HP-S Vanderbilt
Antioxidante AP Bayer (atual Lanxess)
Antioxidante DNP Bayer (atual Lanxess)
Flectol H Monsanto (atual Flexsys)
HT-1 – Estabilizante térmico para silicone GE
Nonox B, Nonox BLN, DN, OPPD, OD ICI
Octamine Uniroyal (atual Chemtura)
PBN e PAN Bayer (atual Lanxess)

66 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos


Permanax 49 HV Rhone Poulenc
Plastabil e Markstab sólidos e líquidos para PVC Inbra
Santoflex e Santowhite Monsanto (atual Flexsys)
Quadro 31 – Marcas comerciais: Estabilizantes Térmicos.

28 Expansores

A função dos agentes de expansão é produzir vulcanizados microce-


lulares. Há dois importantes grupos:

– Agentes de expansão que produzem expandidos de células abertas.


Os expandidos com células abertas absorvem grande quantidade de
água. Entre os expansores para células abertas se destacam:
NaHCO3 – Bicarbonato de Sódio;
(NH4)2CO3 – Bicarbonato de amônio.
Decompõem-se de 130°C a 160°C.

– Agentes de expansão que produzem expandidos de células fecha-


das. São utilizados 3 tipos:
 Dinitrosos DNPT (Espon, Expancel) geram gás a baixas tempera-
turas (145°C/150°C) e têm cheiro de “peixe podre”; são altamente pro-
dutores de nitrosaminas (cancerígeno).
 Azodicarbonamidas puras se decompõem a 210°C e são inodoros.
A sua temperatura de expansão pode ser reduzida por meio de kickers
ou ativadores, que além do efeito sobre a temperatura de decomposição,
em geral podem aumentar o volume de gás liberado. Com 10 phr de
ZnO, a temperatura de decomposição diminui. As azodicarbonamidas
são mais utilizadas em calçados (sandálias) do tipo EVA expandido e
SBR expandido.
 Hidrazidas (OBSH e TSH) são inodoras e se decompõem a 140°C
e 150°C, respectivamente. O TSH é bastante utilizado em perfis expan-
dido de EPDM como guarnições automotivas.
Os expandidos de células fechadas mergulhados em água molham
externamente, mas absorvem um mínimo de água.

Tipos de Aditivos 67
Volumes de gás (cm3) produzidos por alguns expansores
Expansor 50°C 100°C 150°C Gás
DNPT 0,9 2,6 5,0 Nitrogênio (N2)
Azodicarbonamida 0,6 3,0 12,0 Nitrogênio (N2)
OBSH 0,4 2,1 25,0 Nitrogênio (N2)
Bicarbonato de Sódio 0,8 2,0 15,6 Dióx.Carbono (CO2)

29 Factis ou Fátices

O Factis é um óleo vegetal vulcanizado e é oferecido em várias co-


res, de acordo com a matéria-prima utilizada e com diferentes teores de
óleo: factis marrom, escuro, amarelo e branco.
O Factis é um amolecedor especial que desenvolve um toque avelu-
dado, embora deteriore as propriedades mecânicas do composto. Em
dosagens moderadas favorece a moldagem rica em detalhes.
Em dosagens muito elevadas torna o composto frágil a ponto de es-
farelar quando submetido a atrito (borracha de apagar). A dosagem ex-
cessiva torna o composto muito pegajoso.
O factis branco, normalmente, é muito ácido e demanda elevada do-
se de neutralizante. Existem atualmente factis brancos neutros.

30 Fibras

Considera-se fibra a estrutura cujo comprimento dividido pelo pró-


prio diâmetro é maior de 100. A utilização de fibras nos compostos de
borracha não é muito comum, pois os insertos geralmente são metálicos,
plásticos (náilon) ou tecidos (algodão, poliéster, rayon).
As fibras são dos mais variados tipos.

Fibras naturais:
 Vegetais: do fruto: algodão, coco; do talo: linho, cânhamo, juta,
rami, malva; das folhas: caroá, sisal, tucum.
 Animais: lãs e pelos: ovelha (feltro), coelho, angorá, moahir, cashemi-
ras, cabra, camelo; seda: cultivada (Bombix mori), silvestre (tussah).
 Minerais: Amianto: Crisotila (silicato de magnésio), Crocidolite
(silicato de ferro); lã de rocha: isolamento térmico.

68 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos


Fibras sintéticas:
 De transformação: das celulósicas: viscose, Rayon, acetato de ce-
lulose, triacetato de celulose; proteicas: do leite, caseína (merinova); do
Ácido algínico (algas): alginatos; Látex natural.
 Por polimerização: Olefinas: polietileno, polipropileno (ráfia); Vi-
nílicas: acrílicas (PAC), modacrílicas (PAM); Vinílicas: policloreto de
vinila (PVC), policloreto de vinilideno (PVDC), PVA, PVAL.
 Fluoradas: PTFE – Politetrafluoroetileno; PCTFE – Policloro-
trifluoroetileno.
 Por condensação: Poliéster (PET), Poliamida (Nylon) e policarba-
mida.
 Por poliadição: Poliuretano (PUR) – Elastana.
 Por composição: bicomponentes, tricomponentes (algodão, acrílico
e lã).
 Outras: fibras metálicas, fibras de vidro, fibras de carbono e muitas
outras.

Fornecedores de fibras:
Rhodia – (fibras reforçantes);
All Flock – (fibras para flocagem);
Du Pont – (fibras de Kevlar).

31 Homogeneizadores

Os agentes homogeneizadores são produtos que melhoram a homo-


geneidade de misturas de elastômeros e também ajudam a incorporação
de outros compostos.
Seu uso diminui a variação de viscosidade entre misturas.
Devido ao poder umectante dos homogenizadores, estes promovem
a dispersão das cargas mais rapidamente, evitando pontos de aglomera-
ção destas.
A resina Unilene, o asfalto, o ácido esteárico, o estearato de zinco,
adicionados a seu tempo de mistura funcionam como homogeneizado-
res.

Tipos de Aditivos 69
Marcas comerciais: Homogeneizadores
Produtos Fabricantes
Q-Homogem C, R, H Quisvi
Dispergator Kettlitz
Struktol 40MS, 60NS Struktol
Rhenosin Rhein Chemie
Seriac Triac
Homogetec Proquitec
Asfalto oxidado Diversos
Resina Unilene Petroquímica União (atual Braskem)
Quadro 32 – Marcas comerciais: Homogeneizadores.

32 Dispersantes

Dispersantes são produtos que facilitam a dispersão de aditivos no


composto elastomérico, abreviando o tempo necessário para ter um ma-
terial homogêneo.
O asfalto oxidado é um excelente dispersante, sobretudo para cargas
adicionadas em altas dosagens como negro de fumo e caulim. A resina
Unilene também contribui para a boa dispersão.
O Struktol WB 222 ou Q-Flux 22 em pequena dosagem (2 a 3 phr),
tem efeito muito bom em elastômeros polares sobretudo nos NBR,
NBR/PVC, HNBR.
O óleo de silicone, em pequena dosagem, também contribui para a
boa dispersão e isso é facilmente demonstrado quando se compara um
produto com e sem esse aditivo.

33 Inibidores

É comum confundir a ação de um retardador com a de um inibidor.


A ação bloqueadora de retardador se dá ao longo de toda a reação de
vulcanização. Já a ação do inibidor localiza-se no início da reação e de-
saparece, permitindo que ela se desenvolva normalmente.

70 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos


Figura 03

Marcas comerciais: Inibidores


Produtos Fabricantes
Retard Q Quisvi
Rhenogran PVI Rhein Chemie
Santogard PVI Monsanto (atual Flexsys)
Quadro 33 – Marcas comerciais: Inibidores.

O inibidor PVI também é encontrado comercialmente com a sigla CTP.


Nome químico: N-(ciclohexil-tio-ftalimida)
C14H19NS

M = 233

Ver 71 – PVi

Figura 04

34 Isolantes Elétricos

Os isolantes elétricos são produtos que não conduzem a corrente elé-


trica e geralmente são hidrófobos.
Líquidos: óleos parafínicos, vaselina líquida, óleo de silicone.

Tipos de Aditivos 71
Sólidos: parafina, cera de polietileno, sílica pirogênica hidrofóbica,
litargírio, caulim e dióxido de titânio.

35 Lubrificantes

Lubrificantes são produtos que diminuem o atrito entre as macromo-


léculas, reduzindo assim, também, a viscosidade, facilitando a incorpo-
ração de cargas em compostos carregados.
Líquidos: óleos, ésteres.
Pastas: sabões, ceras, graxas e amidas graxas.
Sólidos: grafite, teflon, sulfeto de molibdênio.

Marcas comerciais: Lubrificantes


Produtos Fabricantes
Q-Flux 72 Quisvi
Struktol WB16 Struktol
Fluxtec Proquitec
Aflux Rhein Chemie
Quadro 34 – Marcas comerciais: Lubrificantes.

36 Microbiocidas

Alguns produtos de borracha nas condições normais de uso ficam


contaminados com fungos e bactérias e então para combater micro-
organismos inclui-se na composição agentes específicos como: algici-
das, bactericidas, fungicidas, de acordo com o caso.
O óxido de zinco é um excelente algicida, fungicida e bactericida, por
isso quando descartado sob a forma de resíduos de borracha, se constitui
em poderoso poluente para a flora dos mananciais de água potável.
O bisfenol A é um poderoso bactericida e sua utilização é rigorosa-
mente controlada tendo em vista sua toxidez.
O produto mais indicado é o Triclosan numa dosagem de 0,2 phr,
por não contaminar os produtos em contato.
O TMTD é um produto utilizado no tratamento de sementes de ce-
reais antes do plantio onde funciona como microbiocida.
Alguns aceleradores podem ser utilizados na indústria química como
fungicidas, inseticidas e herbicidas.

72 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos


O próprio enxofre, que é um macronutriente secundário, também
atua como germicida na forma elementar (enxofre ventilado).
Compostos amoniacais combatem e inibem a proliferação de fungos,
mofos e bolores.
Quando o produto de borracha entra em contato com alimentos, é veda-
da a utilização desses aditivos para evitar a contaminação dos alimentos.
Para manter a salubridade do produto, recomenda-se escolher adequa-
damente o elastômero e os componentes da mistura e indicar ao usuário
os produtos e procedimentos de limpeza e esterilização.

37 Mistura-padrão

Os “masterbatches” têm hoje grande importância industrial por per-


mitirem que a indústria de transformação trabalhe mais limpa e em me-
lhores condições de salubridade e qualidade.
Os masterbaches também são conhecidos como “pré-misturas” e
“pré-dispersos”. Há disponibilidade de aceleradores e ativadores na for-
ma de grânulos, sendo 50 a 80% o princípio ativo e 50 a 20% de base
elastomérica inerte ou binder elastomérico (mistura de elastômeros com
dispersantes).
Estes masterbaches apresentam grande vantagem em linearidade de
processo, pois como já foram previamente misturados, o tempo de mis-
tura em cilindro ou bambury de aceleradores e ativadores nesta forma é
reduzido. Além de evitar perdas por derramamentos, poeiras, resíduos
em embalagem, também promove redução de volume de estoque (con-
centrado) e contaminação da área de produção por poeiras. O prazo de
validade de produtos sob esta forma é bem maior que sob a forma pó,
em virtude do agente ativo estar encapsulado no interior do grânulo.

Outra forma de mistura-padrão conhecida e utilizada atualmente é o


“camelback” (lombo de camelo) – borracha utilizada na recapagem de
pneus. Uma fórmula aproximada seria:
SBR 1712 ........................................................................... 137,5
Ácido esteárico ....................................................................... 2,0
Óxido de Zinco....................................................................... 5,0
Antioxidante ........................................................................... 1,0
Antiozonante .......................................................................... 1,0

Tipos de Aditivos 73
Negro de fumo N-339........................................................... 65,0
Resina Unilene A-80 .............................................................. 5,0
Óleo plastif. aromático ........................................................... 5,0
MBTS ..................................................................................... 1,5
Enxofre ventilado ................................................................... 1,0
Enxofre insolúvel ................................................................... 1,0
Total.................................................................................... 225,0

Outra tipo de pré-mistura utilizada é o padrão 11060 cuja composi-


ção é:
SBR 1502 ........................................................................... 1.000
N-339.................................................................................. 1.100
Óleo plastificante aromático.................................................. 600
Total.................................................................................... 2.700

Para retentores em NBR é possível fazer uma pré-mistura da seguin-


te forma:
Borracha nitrílica ................................................................ 2.000
Negro de fumo N-339............................................................ 500
Negro de fumo N-550............................................................ 500
Total.................................................................................... 3.000

38 Neutralizadores de Acidez

Os neutralizadores de acidez têm por finalidade obter um pH neutro


(valor numérico 7,0) ou levemente alcalino (pH acima de 7,0) para que
ocorra uma reação de vulcanização naturalmente.
Alguns produtos têm características ácidas (pH abaixo de 7,0) que
inibem o desenvolvimento normal da vulcanização. Por isso, sempre que
se utiliza sílica, caulim, óleo re-refinado, factis branco, óxido vermelho
de ferro, é necessário incluir na composição também algum neutraliza-
dor de acidez.
Os principais neutralizadores são:
DEG – Dietileno glicol. É liquido. Dosagem: 2% a 5% sobre o total
de produtos ácidos. Além de neutralizar a acidez tem ação ativadora
sobre o sistema de vulcanização. Se a mistura atingir 90°C, há intensa
formação de vapores.

74 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos


PEG – Polietileno glicol. Dependendo de seu peso molecular, pode
ser líquido ou sólido. Normalmente é utilizado o PEG 4000, produto
sólido sob forma de grânulos. Tem vantagem sobre o DEG porque não
emite vapores (perda de material); assim, pode ser adicionado a 40% da
quantidade do DEG.
TEA – Trietanolamina. É o neutralizador mais eficaz e não reage
com outros componentes da mistura. É ativador enérgico do sistema de
vulcanização com dosagens de até 5 phr. O inconveniente que é produto
manchante. Em compostos transparente tende a amarelar.
CaO – Óxido de Cálcio. Excelente neutralizador de acidez e absor-
vedor de umidade. Tem restrições técnicas na sua utilização pois elimina
o brilho dos vulcanizados. O DEG, PEG e CaO são produtos não man-
chantes.
Estudos realizados em sílica Zeosil 175 GR Plus demonstraram que a
melhor relação dos neutralizadores de acidez seriam:
PEG 4000 6 % sobre a quantidade de ZEOSIL 175 Gr Plus;
DEG 8 % sobre a quantidade de ZEOSIL 175 Gr Plus;
TEA 3 % sobre a quantidade de ZEOSIL 175 Gr Plus.

39 Normas de Controle de Qualidade

Algumas organizações internacionais voltadas à normalização atra-


vés da qual se torna possível o controle de qualidade:
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas (www.abnt.org.br);
ABTB – Associação Brasileira de Tecnologia da Borracha
(www.abtb.com.br);
AFNOR – Association Française de Normalisation (www.afnor.org),
Associação Francesa de Normatização.
AICHE – American Institute of Chemical Engineers (www.aiche.org),
Associação Americana de Engenheiros Químicos;
ANSI – American National Standard Institute (www.ansi.org), Instituto
Nacional Americano de Padrões;
ATA – Air Transport Association of America (www.airlines.org), Asso-
ciação Americana de Transporte Aéreo;
API – American Petroleum Institute (www.api.org), Associação Ameri-
cana do Petróleo.

Tipos de Aditivos 75
ASM – American Society for Metals
(www.asmintl-chennaichapter.org), Sociedade Americana para Metais;
ASTM – American Society for Testing and Materials (www.astm.org),
Associação Americana de Testes e Materiais;
BSI – British Standard Institute (www.bsi-global.com), Instituto Britâ-
nico de Padrões;
COPANT – Comisión Panamericana de Normas Tecnicas
(www.copant.org);
DIN – Deutches Institut fur Normung (www.din.de), Instituto Alemão
para Normatização;
EPA – Environmental Protection Agency (www.epa.gov), Agência de
Proteção Ambiental;
FDA – Food and Drugs Administration (www.fda.gov), Administração
de Alimentos e Drogas;
IRAM – Instituto Argentino de Normalización y Certificación
(www.iram.org.ar), Instituto Argentino de Normalização e Certificação;
ISO – International Organization for Standardization (www.iso.org),
Organização Internacional para Padronização.
JIS – Japanese Industrial Standard (www.jsa.or.jp), Associação Japone-
sa de Padrões.
NFPA – National Fire Protection Association (www.nfpa.org), Associa-
ção Nacional de Proteção contra Incêndio;
OSHA – Occupational Safety & Healt Administration (www.osha.com),
Administração da Saúde e Segurança Ocupacional;
SAE – Society of Automotive Engineers (www.sae.org), Sociedade de
Engenheiros Automotivos;
SATRA – Shoe and Allied Trades Research Association
(www.satra.co.uk); Associação de Pesquisa para Comércio de Cal-
çados e Afins;
UNI – Ente Nazionale Italiano di Unificazione (www.uni.com), Organi-
zação Italiana para Padronização.

Para se fazer o controle de qualidade, é necessário que previamente


sejam estabelecidos os requisitos mínimos exigidos do produto. Para
isto, existe a norma ASTM D 2000, que atribui a cada tipo de elastôme-
ro códigos específicos, que podem ser previamente combinados e exigi-
dos posteriormente.

76 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos


Códigos ASTM D 2000 Elastômeros especificados
AA ....................NR, SBR, SSBR, IIR, BR, Regenerado
AK ....................Polissulfeto
BA ....................EPDM, Butil
BC.....................CR – Policloropreno
BE.....................CR – Policloropreno
BF .....................NBR
BG ....................NBR, PU
BK ....................NBR e Polissulfeto
CA ....................EPDM
CE.....................Hypalon
CH ....................NBR, Epicloridrina
DA ....................EPDM
DF.....................Poliacrílica
DH ....................Poliacrílica
FC .....................Silicone
FE .....................Silicone
FK.....................Fluorsilicone
GE.....................Silicones
HK ....................Fluoroelastômeros

As siglas da ASTM D 2000 para os silicones são FC, FE, GE e FK


para os fluorsilicones.

Para fins de facilitar a elaboração de um código de especificação pa-


ra elastômeros de silicone, vejamos o seguinte exemplo:

ASTM D 2000 M 2 FC 508 A19 B37 EA14 Z

M – Sufixo que indica a utilização de unidades SI (Sistema Interna-


cional de Unidades).
2 – Grau de exigência mais severa já que os graus 3 e 4 são mais to-
lerantes.
FC – Elastômero de silicone comum.
5 – Dureza 50 +/-5 Shore A, ou seja, mínimo de 45 Shore A e má-
ximo de 55 Shore A.
08 – Tensão de ruptura mínima de 8 MPa ou aproximadamente 80
kgf/cm2. Alongamento na ruptura mínima de 500%.

Tipos de Aditivos 77
A19 – Envelhecimento acelerado a 225°C durante 70 horas
– variação da dureza: +10 Shore A no máximo;
– variação da tensão de ruptura: -40% máximo;
– variação do alongamento na ruptura: -40% no máximo.
B37 – Deformação permanente à compressão a 175°C durante 22
horas.
– DPC máxima: 40%.
EA14 – Resistência à água (100°C durante 70 horas)
– variação da dureza: +/-5 Shore A;
– variação de volume: +/-5%.
Z – Requisito especial que pode ser cor, desempenho em condições
determinadas de uso.

40 Peptizantes

Alguns elastômeros apresentam alta viscosidade que é um compli-


cador no processamento. Isto pode ser evidenciado no misturador aberto,
tratando uma amostra de GEB e uma de RSS-1.
Nas mesmas condições, o GEB forma banda e banqueta mais rapi-
damente do que o RSS-1 (que é mais viscosa).
A adição de um peptizante reduz o tempo de peptização (plastifica-
ção) sem comprometer seriamente as propriedades do elastômero. Isso
significa reduzir o tempo de mistura, consumo de energia e aumento de
produtividade. Contudo, a viscosidade maior propicia melhor dispersão
dos aditivos.

Marcas comerciais: Peptizantes


Produtos Fabricantes
Pept-Q Quisvi
Aktiplast Rhein Chemie
Endor Du Pont
Peptizant Rhône-Poulenc
Peptizantes A86 Struktol
Pepton American Cyanamid
Plastigum Parabor
Poliplastol Bozzeto
Renacit Bayer (atual Lanxess)
Quadro 35 – Marcas comerciais: Peptizantes.

78 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos


Alguns aceleradores têm ação peptizante:

TETD – peptizante para CR modificado com enxofre.


MBT – peptizante para NR e SBR.
Vulkacit P – peptizante para CR da Lanxess
MBTS – peptizante para NR e SBR.

41 Peróxidos Orgânicos

A – Hidroperóxidos: além do grupo peroxi, contém uma ou mais hi-


droxilas
B – Di-alcoil-peróxido
C – Perácidos ou peroxiácidos
D – Peroxiacetais
E – Peroxiésteres ou perésteres
F – Peroxicarbonatos
G – Cetoperóxidos
H – Dialquil peróxido
I – Acil-alcoil-sulfonil peróxido
J – Halogen-peróxidos
K – Biperóxidos
L – Triperóxido
M – Ozonida
N – Endoperóxido
O – Poliperóxido

Os peróxidos comumente utilizados são:


Peróxido de Dicumila: puro a 99% ou diluído a 40% em carga iner-
te, podendo ser carbonato, sílica, caulim tratado. Uso geral: NBR, SBR,
EPDM, MQ, EVA, PU (com ou sem coagente TAIC, TAC ou TRIM);
Bis-Peróxido (Bis-Di-Terc-Butil-Isopropil-Benzeno Peróxido): utili-
zado em EPDM e EVA com coagente TRIM;
Di-Clorobenzoíla (Bis-2,4-di-clorobenzoila): utilizado para borracha
de silicone (MQ) e utilizado nas demais borrachas quando reticulado em
autoclave (pode ser exposto ao ar);
Butil-Peróxido (1,1-Di-Ter-Butil-Peróxi-3,3,5-Trimetil-Ciclohexano):
utilizado com EPDM, EVA e CM (polietileno clorado).

Tipos de Aditivos 79
A escolha do peróxido mais adequado para a utilização depende da
definição dos seguintes fatores:
 Tipo de polímero;
 Tempo de Scorch;
 Tempo de meia-vida do peróxido;
 Velocidade de cura;
 Eficiência;
 Sensibilidade às cargas;
 Variáveis do processo;
 Segurança no manuseio.

A tabela abaixo indica sugestão para concentração usual dos peróxi-


dos nos respectivos materiais poliméricos.

Orientações básicas de uso dos Peróxidos


Tipo de Polímero
Nome comercial

Tempo x Tempo
Vulcanização
(Quantidade de Peróxido em PHR)

Substância

(Min.) (°C)
Peróxido

Ativa %

T90
SILICONE
HNBR

EPDM
EPM
NBR
SBR

CPE

EVA
NB

BR

CR
2,5-di-metil-2,5-di-
terc-butil-peróxi-

24 a 170
1,9 0,8 1,0 1,6 2,3 5,8 5,8 5,8 2,3 1,0
hexano

a a a a a a a a a a 50
3,9 1,8 2,6 2,5 3,9 9,7 9,7 9,0 4,5 1,9
8 a 180
peroxi-isopropil-
bis-2-terc-butil-

22 a 170
1,3 0,5 0,6 1,1 1,5 3,8 3,8 3,8 1,5 0,4
benzeno

a a a a a a a a a a 40
2,5 1,2 1,7 2,3 2,5 6,3 6,3 5,9 3,0 0,8
10 a 180

2,0 0,9 1,0 1,7 2,4 6,1 6,1 6,1 2,4 1,0 10 a 170
dicumila

a a a a a a a a a a 40
4,1 1,9 2,7 3,7 4,1 10,1 10,1 9,5 4,7 2,0 4 a 180
peroxi)valerato

11 a 160
n-butil-4,4’-
di(ter-butil-

2,5 1,1 1,3 2,1 2,9 7,5 7,5 7,5 2,9


a a a a a a a a a -/- 40
5,0 2,3 3,3 4,6 5,0 12,5 12,5 11,7 5,8
5 a 170
1,1-di-ter-butil-peróxi-

16 a 140
3,3,5-tri-metil-
ciclohexano

2,3 1,0 1,1 1,9 2,6 6,8 6,8 6,8 2,6


a a a a a a a a a -/- 40
4,5 2,1 3,0 4,1 4,5 11,3 11,3 10,6 5,3
7 a 150

80 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos


22 a 100
dibenzoila -/- -/- -/- -/- -/- -/- -/- -/- -/- -/- 50
7 a 110
di(2,4-di-cloro-

10 a 90
=benzoil)

-/- -/- -/- -/- -/- -/- -/- -/- -/- -/- 20
4 a 100

O excesso de peróxido também deve ser evitado, pois poderá gerar


perda de propriedades do artefato final.

Propriedade Excesso Peróxido Excesso Enxofre


Alongamento na Ruptura diminui diminui
Tensão na Ruptura estável diminui
Deformação Permanente melhora diminui
Envelhecimento ao calor estável piora
Dureza Shore aumenta aumenta
Tendência a eflorescência reduzida aumenta
Resistência ao Rasgo diminui diminui
Termoplasticidade estável aumenta

Marcas comerciais: Peróxidos Orgânicos


Produtos Fabricantes
Retilox Retilox
Alperox Lucido
Amberol Rohm & Haas
BPIC Pittsburg Plate Glass Cy
BZP U.S.Peroxygen Corp.
Cadox Cadet Chemical Corp.
Chaloxyd Societè Comaip
DiCup Hercules
Vulcup Hercules
Lucidol Wallace Tiernan
Luperco Wallace Tiernan
Luperox Elf Atochem (atual Arkema)
Lupersol Elf Atochem (atual Arkema)
Paroxan Pergan
Perkadox Akzo Nobel
Trigonox Akzo Nobel
Peroximon Montefluos
Varox Vanderbilt
Quadro 36 – Marcas comerciais: Peróxidos Orgânicos.

Tipos de Aditivos 81
42 Pigmentos

Agentes de cor são substâncias químicas que, uma vez incorporadas,


conferem cor a um substrato.
Pigmentos são agentes de cor insolúveis no meio da aplicação. Pos-
suem alto índice de refração e suas propriedades dependem tanto da
estrutura química, como também dos fatores físico-químicos, como cris-
talização, dispersão de partículas sólidas ou cristais.
As cores fundamentais (ou primárias) das quais decorrem as demais
são 3: azul, amarela e vermelha.
Misturando em proporções constantes, obtêm-se as cores secundá-
rias:
– Azul + amarelo = verde;
– Azul + vermelho = violeta (lilás);
– Amarelo + vermelho = laranja.
As cores terciárias resultam da soma de cores primárias com as se-
cundárias e assim por diante:
– Azul + branco = azul claro;
– Azul + preto = azul escuro;
– Amarelo + branco = creme;
– Amarelo + preto = ocre;
– Vermelho + branco = rosa;
– Vermelho + preto = marrom;
– Branco + preto = cinza.
Os matizes (nuances) das cores claras dependem da proporção feita
com as cores de partida. A maioria das cores na natureza não resultam
de combinações binárias, mas de miscelânea de cores que somente ela,
com seu inesgotável repertório de cores, consegue criar.

Os pigmentos dividem-se em:


– Orgânicos: apresentam bom poder tintorial; alto brilho; boa trans-
parência; variável solidez à luz e ao calor;
– Inorgânicos: apresentam opacidade/cobertura; pouco brilho; boa
solidez à luz; variável solidez ao calor.
Entre os principais pigmentos inorgânicos se destacam os óxidos de
ferro nos tons amarelo, vermelho, marrom e preto.
Para coloração preta é utilizado o negro de fumo, podendo ser apli-
cado em tintas, plásticos, borrachas e outros.

82 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos


Para pigmentos brancos, destacam-se principalmente o dióxido de ti-
tânio rutilo (melhor poder de cobertura e alvura). Também são utilizados
carbonato de cálcio, litopônio, bentonita, óxido de zinco e outros, porém
com desempenho inferior ao dióxido de titânio.

43 Plastificantes

Os plastificantes atuam sobre os elastômeros através de seu poder de


solvente e de inchamento. Podem ser divididos em: plastificantes primá-
rios ou verdadeiros que atuam como solventes e plastificantes secundá-
rios, ou diluentes que atuam como diluentes do elastômero. Os plastifi-
cantes primários (solventes) são compatíveis em qualquer proporção. Os
plastificantes secundários não dissolvem o polímero, apenas reduzem o
coeficiente de atrito e facilmente exsudam.
Os plastificantes podem ser considerados como aditivos de proces-
samento uma vez que alteram as propriedades físicas e de processamen-
to da mistura.
Influência dos plastificantes sobre:
a) Propriedades físicas:
– Menor dureza,
– Maior alongamento,
– Maior flexibilidade,
– Melhor comportamento à baixa temperatura,
– Tendência ao inchamento,
– Comportamento antiestático.
b) Processamento:
– Menor viscosidade,
– Incorporação mais rápida da carga,
– Dispersão mais difícil pela falta de atrito,
– Menor demanda de energia e menos geração de calor durante o
processamento,
– Melhor fluxo,
– Melhor desmoldagem,
– Menor pegajosidade das misturas cruas.
Tipos de plastificantes:
 óleos minerais: parafínicos, naftênicos e aromáticos;

Tipos de Aditivos 83
 ceras derivadas de petróleo: petrolados, parafinas, vaselinas; ceras
de polietileno;
 resinas: breu e seus derivados, resina Unilene, resina Protack, resi-
nas fenólicas, asfalto;
 sintéticos: DBP, DOP, DOA, poliméricos;

Aplicação dos plastificantes:


– Óleos parafínicos: para NR, SBR, BR, EPDM e IIR;
– Óleos naftênicos: para NR, SBR, BR, EPDM;
– Óleos aromáticos: para NR, SBR, BR, NBR, CR, CSM;
– Parafina clorada: para CR, CIIR, Hypalon;
– Sintéticos: ésteres (DBP, DOP, DOA) para NBR e PVC; óleo de
silicone para silicone.

44 Retardadores

Retardadores são produtos que tornam o sistema de cura menos efe-


tivo ao longo de todo desenrolar da reação.
O retardo pode ser produzido de diversas maneiras, como a adição
de produtos com característica ácida. Também ocorre por diluição quan-
do um excesso de cargas e plastificantes afasta entre si os sítios ativos
para a reação de cura.
Outra forma de retardo é a reação entre componentes e agentes de
cura, diminuindo o teor de reagente ativo, como:
ZnO + SiO2  Zn(SiO3)2 silicato de zinco;
CaO + Ac. Esteárico  estearato de cálcio.
Bloqueio da ação dos aceleradores básicos (MBTS, CBS, DPG,
TMTD) provocado por componentes de características ácidas.
De modo geral os retardadores não são incluídos na fórmula de
composição e só são utilizados quando o composto tende a apresentar
pré-vulcanização.

Marcas comerciais: Retardadores


Produtos Fabricantes
Ácido benzoico Diversos
Ácido esteárico Diversos
Anidrido ftálico Diversos
Bantard J Bann Química

84 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos


Curetard A Monsanto (atual Flexsys)
Óxido vermelho de ferro Diversos
Rhenogran Lanxess
Silica amorfa Diversos
Vulkalent A Lanxess
Quadro 37 – Marcas comerciais: Retardadores.

45 Silanos

Silanos são compostos orgânicos à base de silício (organossilanos)


que se caracterizam pela grande versatilidade, podendo reagir tanto com
substâncias orgânicas como também com as inorgânicas. É nanotecno-
logia aplicada à borracha.
São muito conhecidas as suas aplicações seja como agentes de união,
agentes de interligações, modificadores de superfície, compatibilizado-
res de substâncias de naturezas diferentes e muitas outras, de acordo
com a sua estrutura molecular e tipo de aplicação.
Os silanos criteriosamente dosados melhoram a qualidade dos adesi-
vos, dos revestimentos, das cargas, reforçam sílicas, silicatos e fibras de
vidro, melhoram tintas de impressão, polímeros, sejam eles elastômeros
ou plastômeros, bem como produtos para indústria têxtil (fios e tecidos).
Em elastômeros, os silanos atuam aumentando a tensão de ruptura, a
resistência ao rasgo e à abrasão em aproximadamente 35%; com dosa-
gens de 3,0 a 5,0% sobre a quantidade de sílica.

A classificação é feita de acordo com a sua estrutura química:


A – Éster-silanos;
B – Vinil-silanos;
C – Metacriloxi-silanos;
D – Epóxi-silanos;
E – Mercapto-silanos;
F – Amino-silanos;
G – Ureído-silanos;
H – Isocianato-silanos;
I – Cloro-silanos.

Tipos de Aditivos 85
Propriedades

A – Éster-silanos
A1 – Octil-trietoxi-silano
Estrutura: CH3-(CH2)7-Si-(O-CH2-CH3)3;
Massa molar: 276,5;
Aspecto: líquido claro;
Densidade: 0,876 g/cm3;
Ponto de fulgor: 41°C;
Ponto de ebulição: 98°C;
Solubilidade: Acetona, toluol, éter etílico, tetracloreto de carbono
Hidroliza.
A2 – Metil-trietoxi-silano
Estrutura: CH3-Si-(O-CH2-CH3)3;
Massa molar: 178,3;
Aspecto: líquido claro;
Densidade: 0,890 g/cm3;
Índice de refração: 1,382 (25°C) ;
Ponto de fulgor: 29°C;
Ponto de ebulição: 143°C.
A3 – Metil-trimetoxi-silano
Estrutura: CH3-Si-(O-CH3)3;
Massa molar: 136,3;
Aspecto: Líquido claro âmbar;
Densidade: 0,950 g/cm3;
Índice de refração: 1,368 (25°C);
Ponto de fulgor: 0°C;
Ponto de ebulição: 101°C;
Solubilidade: Acetona, toluol, éter, tetracloreto de carbono
Hidroliza.
A4 – Propil-trietoxi-silano
Estrutura: CH3-(CH2)2-Si-(O-CH2-CH3)3;
Massa molar: 206;
Densidade: 0,890 g/cm3.

86 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos


A5 – Hexadecil-trietoxi-silano
Estrutura: CH3-(CH2)15-Si-(O-CH2-CH3)3;
Massa molar: 388;
Densidade: 0,880 g/cm3.
A6 – Fenil-propil-trimetoxi-silano
Estrutura: Ph-(CH2)3-Si-(O-CH3)3.

B – Vinil-silanos
B1 – Vinil-trietoxi-silano
Estrutura: CH2=CH-Si-(O-CH2-CH3)3;
Massa molar: 190,4;
Aspecto: líquido claro;
Viscosidade: 0,700;
Densidade: 0,905 g/cm3;
Índice de refração: 1,377;
Ponto de fulgor: 44°C;
Ponto de ebulição: 160°C;
Solubilidade: Acetona, toluol, éter etílico, tetracloreto de carbono
Hidroliza.
B2 – Vinil-trimetoxi-silano
Estrutura: CH2=CH-Si-(O-CH3)3;
Massa molar: 148,2;
Aspecto: líquido claro;
Densidade: 0,967 g/cm3;
Índice de refração: 1,390;
Ponto de fulgor: 28°C;
Ponto de ebulição: 122°C;
Solubilidade: Acetona, toluol, éter etílico, tetracloreto de carbono
apropriado para: poliéster, poliolefinas, silicone.
B3 – Vinil-tris-(2-metoxietoxi)-silano
Estrutura: CH2=CH-Si-(O-CH2-CH2-O-CH3)3;
Massa molar: 280,4;
Aspecto: Líquido claro;
Densidade: 1,035 g/cm3;
Índice de refração: 1,427;

Tipos de Aditivos 87
Ponto de fulgor: 92°C;
Ponto de ebulição: 285°C;
Solubilidade: Acetona, toluol, éter etílico, tetracloreto de carbono.
B4 – Vinil-metil-dimetoxi-silano
Estrutura: CH2=CH-Si-(CH3)(O-CH3)2;
Massa molar: 132,2;
Aspecto: Líquido claro;
Densidade: 0,888 g/cm3;
Ponto de fulgor: 7,8°C;
Ponto de ebulição: 106°C;
Solubilidade: Acetona, toluol, éter etílico, tetracloreto de carbono
apropriado para: poliéster, poliolefinas.

C – Metacriloxi-silanos
C1 – Gama-metacriloxi-propil-trimetoxi-silano ou 3-metacriloxi-
propil-trimetoxi-silano
Estrutura: CH2=C(CH3)-COO-(CH2)3-Si-(O-CH3)3;
Massa molar: 248,4;
Aspecto: líquido;
Densidade: 1,045 g/cm3;
Índice de refração: 1,429 (25°C) ;
Ponto de fulgor: 108°C;
Ponto de ebulição: 255°C;
Apropriado para: acrílico, elastômero butil, poliéster, poliéter, polio-
lefinas, silicone.

D – Epóxi-silano
D1 – Beta (3,4-epoxiciclohexil)etil-trimetoxi-silano
Estrutura:

-(CH2)2-Si-(O-CH3)3
O

Massa molar: 248,4;


Aspecto: Líquido claro;

88 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos


Densidade: 1,065 g/cm3;
Índice de refração: 1,448;
Ponto de fulgor: 113°C;
Ponto de ebulição: 310°C;
Apropriado para: acrílico, epóxi, furano, melamina, fenólicos, poli-
amidas, poliolefinas, uréia-formol.
D2 – Gama-glicidoxipropil-trimetoxi-silano ou 3-Glicidiloxi-
propil-trimetoxi-silano
Estrutura: CH2-CH- CH2-O-(CH2)3-Si-(O-CH3)3
O
Massa molar: 236,1;
Aspecto: Líquido claro;
Densidade: 1,069 g/cm3;
Índice de refração: 1,427;
Ponto de fulgor: 110°C;
Ponto de ebulição: 290°C;
Apropriado para: acrílico, butil, epóxi, furano, melamina, NBR, fenólicos,
poliamida, poliéster, poliolefinas, polissulfeto, PU, SBR, ureia-formol.

E – Mercapto-silanos
E1 – Gama-mercapto-propil-trimetoxi-silano ou Sulfopropil-
trimetoxi-silano
Estrutura: HS-(CH2)3-Si-(O-CH3)3;
Massa molar: 196,4;
Aspecto: líquido claro;
Densidade: 1,057 g/cm3;
Índice de refração: 1,440;
Ponto de fulgor: 88°C;
Ponto de ebulição: 212°C;
Apropriado para: Acrílico, butil, epóxi, policloropreno, NBR, fenó-
licos, polissulfeto, PU, SBR com enxofre.
E2 – Bis[3-(trietoxi-silil-propil)]-tetrassulfano ou Tetrassulfeto-
di(propil-trietoxi-silano)
Estrutura: 3(CH3-CH2-O)-Si-(CH2)3-S4-(CH2)3-Si-(O-CH2-CH3)3;
Massa molar: 539;
Aspecto: líquido claro;

Tipos de Aditivos 89
Densidade: 1,100 g/cm3;
Ponto de fulgor: 104°C;
Conhecido comercialmente como SI 69, tendo como contratipo o AH 69.
Apropriado para: butil, NBR, polissufeto e SBR com enxofre.
E3 – Bis[3(trietoxi-silil)-propil-dissulfato – ou Di(sulfopropil-
trietoxi-silano)
Estrutura: 3(CH3-CH2-O)-Si-(CH2)3-S2-(CH2)3-Si-(O-CH2-CH3)3;
Massa molar: 486;
Densidade: 1,030 g/cm3.
E4 – Trietoxi-propil-tiocianato
Estrutura: NCS-(CH2)3-Si-(O-CH2-CH3)3;
Massa molar: 263;
Densidade: 1,030 g/cm3.

F – Amino-silanos
F1 – Aminopropil-trietoxi-silano
Estrutura: H2N-(CH2)3-Si-(O-CH2-CH3)3;
Massa molar: 221,3;
Aspecto: líquido claro;
Densidade: 0,946 g/cm3;
Índice de refração: 1,420;
Ponto de fulgor: 96°C;
Ponto de ebulição: 220°C;
Apropriado para: acrílico, butil, celulósicos, epóxi, furano, melami-
na, policloropreno, NBR, nitrocelulose, fenólicos, poliamidas, poliéster,
poliolefinas, polissulfeto, PU, polivinil-butiral, SBR, ureia-formol, vinil.
F2 – Gama-Aminopropilsilsesquioxano ou Aminoalquil-silicone
(solução)
Estrutura: (H2N-CH2-CH2-CH2-SiO1,5)n;
Oligômero;
Aspecto: líquido claro;
Densidade: 1,076 g/cm3;
Ponto de fulgor: maior de 66°C;
Apropriado para: sistemas com retenção de água, acrílico, epóxi, fe-
nólicos e vinil.

90 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos


F3 – Gama-aminopropil-trimetoxi-silano
Estrutura: H2N-(CH2)3-Si-(O-CH3)3;
Massa molar: 179,3;
Aspecto: líquido claro;
Densidade: 1,014 g/cm3;
Ponto de fulgor: 82°C;
Ponto de ebulição: 210°C;
Apropriado para: acrílico, epóxi, furano, melamina, poliamida, PU,
ureia-formol, vinil.
F4 – N-beta-(aminoetil)gama-aminopropil-trimetoxi-silano
Estrutura: H2N-(CH2)2-NH-(CH2)3-Si-(O-CH3)3;
Massa molar: 222,4;
Aspecto: líquido claro;
Densidade: 1,030 g/cm3;
Índice de refração: 1,448;
Ponto de fulgor: 138°C;
Ponto de ebulição: 259°C;
Apropriado para: acrílico, epóxi, poliamida, poliéter, vinil.
F5 – Triaminofuncional – silano
Estrutura: H2N-(CH2)2-NH-(CH2)2-NH-(CH2)3-Si-(O-CH3)3;
Massa molar: 265,4;
Aspecto: líquido claro;
Densidade: 1,030 g/cm3;
Ponto de fulgor: 125°C;
Ponto de ebulição: maior de 250°C;
Apropriado para: acrílico, epóxi e vinil.
F6 – Bis-(gama-trimetoxi-silil-propil)-amina
Estrutura: 3(CH3-O)-Si-(CH2)3-NH-(CH2)3-Si-(O-CH3)3;
Massa molar: 342,6;
Aspecto: Líquido claro;
Densidade: 1,040 g/cm3;
Ponto de fulgor: 113°C;
Ponto de ebulição: 152°C;
Apropriado para: epóxi, furano, melamina, fenólicos, PU, ureia-
formol.

Tipos de Aditivos 91
F7 – N-fenil-gama-aminopropil-trimetoxi-silano
Estrutura: Ph-NH-(CH2)3-Si-(O-CH3)3;
Massa molar: 255,4;
Aspecto: Líquido claro;
Densidade: 1,070 g/cm3;
Ponto de fulgor: 146°C;
Ponto de ebulição: 310°C;
Apropriado para: melamina, furano, PU, ureia-formol.
F8 – Poli-dimetil-siloxano-organomodificado
Estrutura:
CH3-Si-O-[(CH2)2-SiO]x[CH3-SiO(NR2)]y[CH3-SiO(NHR’-Si(OR)3)]z-Si(CH3)3;
Aspecto: líquido claro;
Densidade: 1,170 g/cm3;
Ponto de fulgor: 102°C;
Ponto de ebulição: maior do que 250°C.
F9 – N-beta-(aminoetil)-gama-aminopropilmetil-dimetoxi-silano
Estrutura: H2N-(CH2)2-NH-(CH2)3-Si-(O-CH3)3;
Massa molar: 206,4;
Aspecto: líquido claro;
Densidade: 0,980 g/cm3;
Ponto de fulgor: 93°C;
Ponto de ebulição: 85°C;
Apropriado para: acrílico, epóxi, poliamida, poliéter, vinil.

G – Ureido-silanos
G1 – Gama-ureidopropil-trialcoxi-silano (50% metanol)
Estrutura: H2N-CO-NH-(CH2)3-Si-(O-CH3)(O-CH2-CH3)2;
Aspecto: líquido claro;
Densidade: 0,920 g/cm3;
Ponto de fulgor: 14°C;
Índice de refração: 1,380;
Apropriado para: celulósicos, fenólicos, polivinilbutiral, ureia-
formol.

92 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos


G2 – Gama-ureidopropil-trimetoxi-silano
Estrutura: H2N-CO-NH-(CH2)3-Si-(O-CH3)3;
Massa molar: 222,4;
Aspecto: líquido claro;
Densidade: 1,15 g/cm3;
Índice de refração: 1,386;
Ponto de fulgor: 99°C;
Ponto de ebulição: 217°C.

H – Isocianato-silano
H1 – Gama-isocianato-propil-trietoxi-silano
Estrutura: O=C=N-(CH2)3-Si-(O-CH2-CH3)3;
Massa molar: 247,3;
Aspecto: Líquido claro;
Densidade: 0,999 g/cm3;
Índice de refração: 1,420;
Ponto de fulgor: 77°C;
Ponto de ebulição: 238°C;
Apropriado para: poliamida, PU, ureia-formol.
H2 – Ciano-sulfo-gama-propil-trietoxi-silano
Estrutura: CH3-CH2-O-Si-(CH2-CH2-CH2-SCN)(O-CH2-CH3)2;
Massa molar: 263;
Densidade: 1,030 g/cm3;
Apropriado para: elastômeros vulcanizados (ligações monossulfeto).
H3 – Cianato-propil-trietoxi-silano
Estrutura: O=C=N-(CH2)3-Si-(O-CH3)3.

I – Cloro-silanos
I1 – Cloro-propil-trietoxi-silano
Estrutura: Cl-(CH2)3-Si-(O-CH2-CH3)3;
Massa molar: 230;
Densidade: 1,01 g/cm3;
Apropriado para: elastômeros clorados;
Observação: ligações entre 2 átomos de silício.

Tipos de Aditivos 93
46 Solventes

Na indústria da borracha são utilizados solventes em diversos está-


gios do processo produtivo.
A preocupação com a toxidez é hoje um aspecto importantíssimo,
tendo em vista os efeitos perigosos que a maioria deles apresenta.
Produtos que podem provocar câncer:
BTX – Benzeno, Tolueno, Xilol (mistura orto, meta e paraxileno);
Tetracloreto de Carbono;
Tricloroetileno;
Percloroetileno;
Clorofórmio;
Nitrobenzeno – essência de mirbana, nitrobenzina.

Os menos tóxicos são:


MEK – Metil-etil-cetona;
MIBK – Metil-isobutil-cetona;
Nafta – Hexano, ciclohexano;
THF – Tetrahidrofurano;
Benzina;
Isoctano (gasolina pura);
Dimetil – Formamida.

94 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos


Tipos de Aditivos 95
96 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos
III

PRODUTOS

Cada produto relacionado na fórmula de composição tem características


próprias e em seu lugar só pode ser utilizado um contratipo que tenha
as mesmas propriedades, embora tenha outros nomes ou procedências.
Produtos 97
01 Ácido Benzoico

O ácido benzoico é uma substância orgânica cristalina, branca, cujo


ponto de fusão é de 121°C. Pouco solúvel em água, é solúvel em álcool,
éter, e solventes aromáticos.
É utilizado como retardador do sistema de vulcanização em compos-
tos que começam a apresentar indícios de pré-vulcanização.
Nos produtos onde a adesão entre camadas é desejada, pode-se usar o
inibidor PVI ou ácido benzoico (retardador), para que o composto atinja
baixa viscosidade antes de vulcanizar o que se traduzirá em maior coesão.

02 Ácido Esteárico

Nome usual: Estearina


O ácido esteárico pode ser extraído de gordura animal ou vegetal.
As gorduras sólidas (sebo, banha) dão um rendimento maior já que a
estearina é sólida.
Funciona como ativador no sistema de aceleração com enxofre,
quando combinado com o óxido de zinco.
A reação é a seguinte:
Ácido esteárico + ZnO  Estearato de zinco.
Como a reação é reversível, pode-se usar o estearato de zinco no lu-
gar de estearina e óxido de zinco, embora a eficácia não seja a mesma e
o custo seja maior.
Dosagens maiores de 2 phr o tornam retardador de vulcanização e,
acima de 5 phr, começa a funcionar simultaneamente como retardador,
lubrificante e desmoldante interno.
Dosagens excessivas podem determinar a migração “bloom” oleosa.
Quando se tem óxido de magnésio na fórmula, o ácido esteárico é
adicionado ao mesmo tempo para impedir a adesão às superfícies do
misturador.
O ácido esteárico contém como impurezas o ácido palmítico e olei-
co. Por isso, a estearina dupla ou tripla pressão indica maior pureza.
Na cura peroxídica normalmente não é utilizada. Em alguns casos,
como exemplo na produção de compostos de EVA, é utilizado como
desmoldante interno.

98 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos


03 Adesivo Metal-Borracha

Os adesivos são utilizados para colagem de elastômeros a metais e


outros substratos na fabricação de coxins, buchas, retentores, juntas,
correias, mangueiras, entre outras.
Podem ser aplicados por sistema de camada única ou dupla, por pin-
cel, rolo, imersão ou “spray”.

Marcas comerciais: Adesivos Metal-Borracha


Produtos Fabricantes
Chemlok Lord Industrial
Chemitac Dalton Dynamics
Chemosil Henkel
Cilbond Morton (Dayton Chemicals)
Thixon Morton
Ty-Ply-BN Marbor Corp./Lork (Adesivo para PU)
Vulcabond TX ICI
Quadro 38 – Marcas comerciais: Adesivos Metal-Borracha.

04 Alumina: Al2O3 . 6H20

A alumina (óxido de alumínio) é um pó branco obtido por microni-


zação do mineral coríndon.
O óxido de alumínio é utilizado nas lixas e nas borrachas de apagar
como abrasivo.
É utilizado na limpeza de peças para adesão metal-borracha no lugar
do jato de areia.
É também um retardante de chama e funciona muito melhor em mis-
tura com o trióxido de antimônio: Sb2O3.

05 Aminox

Antioxidante manchante para proteção contra oxigênio e calor da


Uniroyal (atualmente Chemtura).
Produto de condensação entre difenilamina e acetona, tem densidade
1,15 e ponto de fusão 85°C/95°C.
É solúvel em acetona e dicloroetileno.
Dosagem 0,5 a 1,5 phr.
Produtos 99
06 Asfalto

O asfalto é um resíduo da destilação do petróleo. Sua composição


química é de uma mistura de hidrocarbonetos com mais de 18 carbonos
(asfaltenos – produtos cíclicos não aromáticos).
É um material preto brilhante que ao ser dissolvido apresenta cor
marrom escura.
É utilizado como plastificante, amolecedor, compatibilizante de elas-
tômeros de diferentes polaridades (SBR + EPDM) e homogeneizador.
Desenvolve brilho nos produtos moldados por compressão, favorece
o escoamento melhorando as moldagens.
Em produtos com altos teores de carga, funciona como aglomerante.

07 Baquelite

Composto termofixo de dureza elevada, obtido pela cura da resina


fenólica novolaca com 10 phr de HMT (Urotropina), a 155°C/170°C.
Em compostos de borracha, a mistura de 40 phr de resina fenólica
novolaca contendo urotropina, ao ser curada, adquire rigidez e resistên-
cia que a tornam adequada para a produção de grande número de artefa-
tos técnicos.

08 Bentonita Sódica

A bentonita é um pó branco constituído por argila lamelar tratada


com soda barrilha (Na2CO3) no beneficiamento que promove a esfolia-
ção e inserção do sódio entre as lamelas.
A granulometria é determinada em peneira # 300 onde o retido é
menor de 1%.
Em sua estrutura possui aproximadamente 70% de montmorilonita
sob forma de nanopartículas.
É excelente carga para elastômeros halogenados, graças à reação do
sódio com o halogênio, forma dois sítios reativos de cargas diferentes,
um próximo do outro.
Em mistura com materiais ácidos funciona como neutralizador.
É utilizado como estabilizador dimensional.

100 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos


09 BHT

2,6-di-tert-butil-paracresol
Antioxidante não manchante adequado para produtos em contato
com alimentos.
Dosagem 1,0 a 2,0 phr.

Marcas comerciais: BHT


Produtos Fabricantes
Ionol CP Degussa – Evonik
Vulkanox BHT Lanxess
Naftonox BHT Chemetall
Naugard BHT Uniroyal (atual Chemtura)
Tinuvin 770 Ciba – Geigy
Vanlube PCX Vanderbilt
Coinox Coin Chemical
Quadro 39 – Marcas comerciais: BHT.

10 Bisfenol A

p, p’-isopropilideno-difenol
O Bisfenol A é a matéria-prima para a obtenção de resinas de poliés-
ter insaturado do tipo bisfenólica e éster-vinílica.
O Bisfenol A é utilizado em composições de borracha como agente
de cura e como bactericida.
É solúvel em álcool e insolúvel em água.
Não deve ser utilizado em produtos que tenham contato com alimentos.
Ponto de ebulição a 4mm Hg – 220°C.

11 Breu

O Breu é uma resina vegetal extraída do Pinus Eliottis e tem como


principal constituinte o ácido abiético, também conhecido como ácido
sílvico ou ácido rosínico.
O Breu é utilizado como agente de pegajosidade e eliminador de
cheiros amoniacais.
O Breu pode sofrer modificações e dar origem a novos produtos de
grande interesse para a indústria da borracha.
Produtos 101
O Breu, por ser ácido, retarda o sistema de vulcanização. Para neu-
tralizar este efeito, pode-se utilizar o DEG, PEG ou TEA.
Reage com o óxido de cálcio, produzindo o Abietato de Cálcio, sóli-
do neutro com menor pegajosidade do que o Breu.
O Breu é solúvel em álcool, éter, clorofórmio, toluol.
Insolúvel em água e óleos parafínicos.
Tipos de breus:
– Breu K (escuro);
– Breu X (amarelo claro).
No mercado existem alguns tipos de Breus Modificados que exer-
cem a função de plastificante a agente de pegajosidade (Tack).

12 Carbonato de Cálcio – CaCO3

O carbonato de cálcio apresenta-se natural ou precipitado (ppt); é


uma carga branca inerte, de fácil incorporação nos elastômeros e que
aumenta a densidade do composto e compromete seriamente as proprie-
dades mecânicas, sobretudo a resistência à tração e à abrasão.
É completamente solúvel em HCl 50%, produzindo intensa eferves-
cência.

CaCO3 + 2HCl  CaCl2 + H20 + CO2

A aparência usual é de produto mais branco do que o dióxido de ti-


tânio, mas tem um poder de cobertura muito menor.
No mercado são oferecidos carbonatos de cálcio de faixas granulo-
métricas variadas.
Quanto mais fino o CaCO3, melhor o acabamento superficial.
O carbonato de cálcio moído (micronizado) tem densidade maior, is-
to significa menor percentagem de finos do que o obtido quimicamente.
A diferença pode ser verificada num composto translúcido.
O CaCO3 ppt torna o composto branco e opaco.
O CaCO3 micronizado preserva razoavelmente a translucidez.
O CaCO3 natural também é conhecido como calcita.

102 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos


13 Carbeto de Silício

Nome usual: Pó de Esmeril


O carbeto de silício (carborundum ou pó de esmeril) é utilizado co-
mo abrasivo na fabricação de polidores de borracha para rebarbagem de
peças e polimento de metais.
Em alguns tipos de freios é utilizado para aumentar o coeficiente de atrito.

14 Caulim

O caulim é uma argila formada por lamelas hexagonais irregulares,


utilizado como carga diluente em composições de borracha.
Pela presença de ácidos úmicos, o caulim apresenta características
levemente ácidas. Por este motivo e, aliando o poder de diluição da mas-
sa polimérica, tem ação retardadora no sistema de vulcanização.
Graças ao seu poder de absorção, inibe o afloramento de produtos
incompatíveis com o polímero-base.
Funciona como excelente estabilizador dimensional e retém calor,
contribuindo para a vulcanização de artefatos de parede espessa.
É isolante elétrico, sobretudo quando se inclui alentada dosagem de
óleo parafínico, de parafina, ou de cera de polietileno. Aumenta a dure-
za, mas compromete as propriedades físico-mecânicas do produto.
Usualmente encontrado nos grades caulim rosa e caulim branco, cor
originada devido à concentração de óxido de ferro presente no mineral,
porém, ambos apresentam mesmo desempenho.
O caulim rosa apresenta custo menor em relação ao caulim branco.

15 CBS – N-Ciclohexil-Benzotiazil-Sulfenamida

Acelerador manchante de vulcanização.


Utilizado em NR, SBR, NBR, BR e IR.
Pode ser usado sozinho ou em conjunto com guanidinas, tiazóis, tiú-
rans ou ditiocarbamatos, os quais atuam como ativadores.
Das sulfenamidas, é o que apresenta menor tempo de segurança
(menor scorch).
Segurança no processo: CBS < TBBS < MBS < DCBS.
Produtos 103
Não deve ser utilizado em compostos que entram em contato com
gêneros alimentícios, pois conferem gosto amargo para os mesmos.
Dosagem 1,0/1,5 phr.

Marcas comerciais: CBS


Produtos Fabricantes
CBS Meyors
Vulkacit CZ Lanxess
Banac CBS Bann Química
Conac S Du Pont
Curax Vanderbilt
Cydac American Cyanamid
Delac S Naugatuck – Uniroyal (atual Chemtura)
Durax Vanderbilt
Eveite MS Montecatini
Furbac Anchor Chemical Co.
Rhodifax 16 Rhodia
Rubenamid C General Química
Santocure CBS Monsanto (atual Flexsys)
Vulcafor HBS ICI
Quadro 40 – Marcas comerciais: CBS.

16 Cera de Carnaúba

A cera de carnaúba é uma cera extraída das folhas da carnaubeira.


É utilizada na fabricação de velas, ceras e pastas polidoras, vernizes,
impermeabilização de papel e auxiliar de processo em composições de
fluoroelastômeros.
Está disponível para comercialização nos grades T1, T3 e T4, mais
clara (creme) à mais escura (marron), respectivamente.
A dosagem normal é de 1,0 a 1,5 phr.

17 Cera de Polietileno

Sólido untuoso de propriedades semelhantes à parafina.


É utilizada como lubrificante, auxiliar de fluxo e desmoldante inter-
no, mas também como isolante elétrico e agente hidrófobo.
Bloqueia a Radiação UV.

104 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos


Outra utilização é como veículo de dispersão para fabricação de
masterbatch de concentrados de cor e aditivos.

Marcas comerciais: Cera de Polietileno


Produtos Fabricantes
CPM 250 M Cerabras
Q-Flux PE Quisvi
Antilux 500 Rhein Chemie
Retiflux Retilox
Perlax Ipiranga (atual quantiQ)
Proquiwax Proquitec
Quadro 41 – Marcas comerciais: Cera de Polietileno.

18 Cortiça

A cortiça é um produto vegetal encontrado na casca da Quercus súber.


Tem baixa densidade: 0,15/0,20 g/cm3.
É um material poroso de células fechadas por isso não absorve água.
Embora não seja elástica, apresenta boa resiliência.
Foi muito utilizado na fabricação de rolhas, coletes salva-vidas,
palmilhas para calçados e gaxetas automotivas.
Em alguns produtos de borracha, a cortiça é utilizada para diminuir a
densidade do composto.

19 Dessecante

Agente: Óxido de cálcio – CaO.


Óxido de cálcio tratado superficialmente.
Neutralizador de acidez e absorvedor de água contida em componen-
tes da mistura da borracha.
Nos sistemas de vulcanização com aceleradores e enxofre, funciona
também como ativador
Marcas Comerciais: Kezadol (Kettlitz), Retisec (Retilox), Prosec
(Proquitec).
Dosagem: 5 a 10 phr.

Produtos 105
20 Diatomita

A diatomita é extraída de sedimentos de mares pré-históricos que


desapareceram. Ela tem composição complexa, pois é constituída pelas
carapaças (frústulas) de algas unicelulares.
A diatomita, também conhecida por Kieselguhr como terra diatomá-
cea, terra de infusório e Trípoli, apresenta-se como pó branco, duro e
leve; é usada como abrasivo, material filtrante, estabilizador de nitrogli-
cerina (dinamite) e tijolos refratários.
Nas composições de elastômero, facilita a incorporação de óleos
plastificantes e inibe a exsudação.
Celite 577 – Celite Corp.

21 Dióxido de silício – SiO2

Nome usual: Sílica


As sílicas são compostos oxigenados do silício (SiO2), também co-
nhecidas como Dióxido de Silício ou Bióxido de Silício.
A sílica precipitada é obtida a partir da areia e por sucessivos trata-
mentos físico-químicos, chega a se tornar um pó muito fino de cor bran-
ca e com estrutura cristalina amorfa, não oferecendo riscos ao ser humano.
As sílicas amorfas são translúcidas e higroscópicas (absorvem água) e
são utilizadas como cargas reforçadoras em composições de elastômeros.
Quanto maior o tamanho de partícula, mais fácil a incorporação pelo
composto, maior a higroscopicidade e menor o poder de cobertura.
Quanto menor o tamanho de partícula, maior a tixotropia (gel  sol), a
transparência e hidrofobicidade.
A densidade desses produtos gira em torno de 2,0 g/cm3. Sua estru-
tura amorfa responde pela transparência. O índice de refração é próximo
a 1,46 e o pH (4g em 100 ml de H2O) se situa entre 3,5 a 7,0. O grau de
pureza chega a 99,8% de dióxido de silício (SiO2).
A sílica amorfa tem características ácidas e normalmente são neutra-
lizadas com DEG, PEG ou TEA.
A sílica precipitada (ppt) não é porosa, mas tem alta atividade super-
ficial e poder de cobertura desde 45m²/g a 225m²/g (nanopartículas).
Não se recomenda a neutralização com CaO para evitar a transfor-
mação do SiO2 em silicato de cálcio, carga inerte.

106 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos


Para torná-lo hidrofóbico, basta adicionar-lhe 1 a 2% de DPG (Dife-
nil guanidina) ou 2 a 3% de silano (Si-69).
A silanização, além de mudar a estrutura e as propriedades, torna a
partícula silicosa mais compatível com o polímero (derivatização), au-
mentando seu poder de reforço no composto.
A sílica derivatizada é hidrofóbica assim como a sílica pirogênica
hidrófoba. Para distinguir a sílica amorfa da sílica pirogênica hidrófoba,
num copo cheio de água, deixa-se cair uma pitada de sílica. Caso a sílica
seja amorfa, absorve água e decanta; caso seja pirogênica hidrofóbica ou
derivatizada, não molha, não decanta e, soprando, é levada pelo ar.
As sílicas precipitadas amorfas não oferecem riscos à saúde humana,
sendo aprovadas para contato com alimentos (BGA – Recomendação
XXI e FDA – Capítulo 175/178 – Anvisa Resolução 123). Contudo a
manipulação é feita com EPIs adequados.
De fato, elas são quimicamente inertes, inodoras, insípidas e transpa-
rentes ou translúcidas.
Como possuem estrutura química semelhante à do vidro, demoram a
aquecer e a esfriar. Esta propriedade é explorada na vulcanização de
produtos com paredes espessas (grossas).
Também existe a sílica-gel que é utilizada como absorvedor de umi-
dade em laboratório e sachês para absorção de umidade visando a con-
servação dos produtos frente a esta. A sílica-gel apresenta-se no merca-
do com ou sem corante, a fim de facilitar a visualização do seu estado de
saturação de umidade. Quando saturada (absorveu umidade) adquire
coloração rósea. Aquecida a 110°C durante 1 hora, perde água, retor-
nando a cor azul.

Marcas comerciais: Sílica


Produtos Fabricantes
Zeosil Rhodia
Tixolex Rhodia
Tixosil Rhodia
Vulkasil Bayer (atual Lanxess)
Aerosil Degussa (atual Evonik)
Ultrasil Degussa (atual Evonik)
Aktisil Struktol
Cab-o-sil Cabot
Hi-Sil PPG Industries Co.
Silene PPG Industries Co.
Rubersil Glasven
Quadro 42 – Marcas comerciais: Sílica.
Produtos 107
Produto Área pH
Zeosil 185 155/195 m2/g 6,0/7,2
Zeosil 175 155/195 m2/g 6,0/7,2
Zeosil 125 105/145 m2/g 6,0/7,2
Tixosil 333 155/195 m2/g 6,0/7,0
Tixolex 28AB 70/130 m2/g 9,5/10,5
Quadro 43 – Sílica: produto x área x pH.

22 Dióxido de Titânio – TiO2

O Dióxido de Titânio é um pigmento branco de grande poder de co-


bertura que contribui para aumentar o efeito barreira contra penetração
da radiação UV e aumenta a impermeabilidade dos filmes de PEBD e
EVA.
Funciona como estabilizador de pigmentos orgânicos, sobretudo os
de cor azul que sem ele podem se tornar verdes, os pigmentos, durante a
vulcanização do composto.
Possui duas formas de arranjo cristalino: o Anatase e o Rutilo. A forma
anatase possui menor custo e menor poder de cobertura, porém grande
capacidade de absorção de luz UV. A forma rutilo é a mais comumente
utilizada nos diversos nichos de mercado (tintas, pigmentos, borrachas,
plásticos), apresentando melhor poder de cobertura e maior custo.
O Dióxido de Titânio é um produto polifuncional:
– Pigmento branco;
– Aumenta a impermeabilidade;
– Produto hidrófobo e isolante;
– Ativador de pigmentos;
– Estabilizador de pigmentos;
– Compromete a resistência à abrasão;
– Reflete a Radiação UV;
– Possui efeito barreira a gases.

Características do TiO2 Anatase Rutilo


Densidade 4,2 3,9
Calor específico 12,96 13,2
Constante dielétrica 48,00 114,00
Poder de cobertura m2/g 8,00 10,00
Sistema cristalino Tetragonal Tetragonal
Tamanho do cristal, Å 136,10 62,40
Quadro 44 – Dióxido de Titânio: características TiO2.

108 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos


Marcas comerciais: Dióxido de Titânio
Produtos Fabricantes
Ti Pure Du Pont
Tiona Tibrás (atual Millennium)
Rhoditan ATI Rhodia
Titanox X White Pigments
Quadro 45 – Marcas comerciais: Dióxido de Titânio.

23 Dolomita

A dolomita é um mineral constituído por carbonato duplo de cálcio e


magnésio [CaMg(CO3)2]. Apresenta cristais hexagonais translúcidos ou
transparentes.
Dureza Mohs = 4 e densidade 2,9 g/cm3.
Reage em contato com ácidos. É utilizada na fabricação de cimento
e cal e sais magnesianos.
Não apresenta características interessantes para utilização como adi-
tivo em borracha.

24 Di-Octil-Ftalato – DOP

O DOP é um plastificante sintético, do tipo éster, líquido, incolor,


especial para PVC, NBR.
Não pode ser utilizado em produtos que tenham contato com alimen-
tos. Neste aspecto, pode ser substituído por outros plastificantes não
ftálicos como o DOA – Di-Octil-Adipato ou plastificantes poliméricos
que dificilmente podem ser extraídos do composto vulcanizado.
Produtos que entram em contato com alimentos com mais de 5% de
gordura toleram no máximo dosagem de 3% de DOP.

25 Difenil-Guanidina – DPG

O DPG é um pó acinzentado, manchante, ponto de fusão 145°C e


densidade 1,19. Solúvel em hidrocarbonetos, clorofórmio, álcool e éter.
Pouco solúvel em água.

Produtos 109
Acelerador secundário de vulcanização é também ativador de sulfena-
midas (CBS). Reage com o dióxido de silício à semelhança dos silanos.
Dosagem: 0,25 a 0,50 phr. Não gera nitrosaminas.

Marcas comerciais: DPG


Produtos Fabricantes
DPG Meyors
Vulkacit D Lanxess
Perkacit DPG Monsanto (atual Flexsys)
Vanax DPG Vanderbilt
Accelerateur Rapide D Saint Denis
DPG American Cyanamid
DPG Rhodia
Eveite D Montecatini
Rubator DPG General Química
Vulcafor DPG ICI
Quadro 46 – Marcas comerciais: DPG.

26 Ebonite

A ebonite é uma borracha supervulcanizada com excesso de enxofre


(25 a 30 phr) e de acelerador (8 phr de TMTD).
Durante a reação de vulcanização ocorre a formação de grande vo-
lume de gases.
Para absorvê-los e desativá-los, adicionam-se 20 phr de CaO o que
impede a explosão do produto ao ser aliviada a pressão sobre o molde.
A ebonite tem dureza em torno de 90 Shore A. Uma ebonite resilien-
te pode ser obtida com borracha natural e carbonato de cálcio precipita-
do como carga.

27 Elementos Restritos

Alguns elementos químicos possuem seu uso restrito por serem tóxi-
cos e, por isso, precisam ser conhecidos para evitar a sua utilização,
principalmente em composições para contato com alimentos.
As diretivas da União Europeia podem ser encontradas no site
www.europa.eu.int/eur-lex/en/search.

110 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos


1 – SUBSTÂNCIA RESTRITA: ARSÊNIO E SEU COMPOSTO
* Nome alternativo: Arsênio
* Diretiva da União Europeia: Council Directive 1989/677/EEC;
* Método de teste: PrEN 14602:2002 (Total);
* Limite aceitável: <10ppm.

2 – SUBSTÂNCIA RESTRITA: TINTURAS AZO


* Nome alternativo: Azocolourants, AZO Dyes, Lista completa no Ane-
xo 1 da Europa Directive;
* Diretiva da União Europeia: Council Directive 2002/61/EC;
* Método de teste: DD CEN ISO TS17234:2003;
* Limite aceitável: <30 ppm.

3 – SUBSTÂNCIA RESTRITA: CORANTES AZUIS (BLUE CO-


LORANTS)
* Nome alternativo: Lista completa no Anexo 1 da Europa Directive;
* Diretiva da União Europeia: Comission Directive 2003/3/EC;
* Método de teste: CG-MS;
* Limite aceitável: No máximo 0,1% compostos detectados (1000 ppm).

4 – SUBSTÂNCIA RESTRITA: CÁDMIO E SEUS COMPONENTES


* Nome alternativo: Cádmio
* Diretiva da União Europeia: Council Directive 1991/338/EEC;
* Método de teste: BS EN 1122 Total;
* Limite aceitável: <10 ppm.

5 – SUBSTÂNCIA RESTRITA: CLORO ALCANOS


* Nome alternativo: Chloroalkanes (C10 – C13), SCCP;
* Diretiva da União Europeia: Council Directive 2002/45;
* Método de teste: GC-MS;
* Limite aceitável: <10 ppm.

6 – SUBSTÂNCIA RESTRITA: CROMO 6


* Nome alternativo: Cromo Hexavalente; Cr6; Cr Vl; Crome; Cromates;
* Diretiva da União Europeia: Council Directive 1994/62/EEC e
2002/95/EU;
* Método de teste: DIN 53314;
* Limite aceitável: Não detectável (até 3 ppm).

Produtos 111
7 – SUBSTÂNCIA RESTRITA: FORMALDEÍDO
* Nome alternativo: Formol, Formaldeído;
* Diretiva da União Europeia: Council Directive 2002/231 e 2002/371;
* Método de teste: DD CEN ISO TS 17226:2003;
* Limite aceitável: <100 ppm.

8 – SUBSTÂNCIA RESTRITA: COMPOSTO CHUMBO (LEAD


COMPOUNDS)
* Nome alternativo: Sais de ligação, Plumbo/compost Plumbic, PB.;
* Diretiva da União Europeia: Council Directive 2002/95, 1994/62 e
1989/677;
* Método de teste: prEN 14602:2002 (Total);
* Limite aceitável: <10 ppm.

9 – SUBSTÂNCIA RESTRITA: COMPOSTO DE MERCÚRIO


* Nome alternativo: Quicksilver (Mercúrio) Hydrargyrum, Hg;
* Diretiva da União Europeia: Council Directive 2002/95, 1994/62 e
1989/67;
* Método de teste: prEN 14602:2002 (Total);
* Limite aceitável: Não detectável (até 0,02 ppm).

10 – SUBSTÂNCIA RESTRITA: NÍQUEL


* Nome alternativo: Ni;
* Diretiva da União Europeia: Council Directive 1994/27;
* Método de teste: DIN 38406;
* Limite aceitável: 4 ppm.

11 – SUBSTÂNCIA RESTRITA: NITROSAMINAS


* Nome alternativo: N-Nitrosamina; Nitrosaminas e as substâncias a ela
relacionadas ver Instrução Normativa da União Europeia;
* Diretiva da União Europeia: Council Directive 1993/11;
* Método de teste: BS em 12868:1999;
* Limite aceitável: Não detectável (0,1 ppm).

112 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos


12 – SUBSTÂNCIA RESTRITA: NONILFENOL E SEUS ETOXI-
LADOS
* Nome alternativo: NP e NPE;
* Diretiva da União Europeia: Council Directive 2003/53;
* Método de teste: GC-MS;
* Limite aceitável: 100 ppm (soma de nonylphenols, octylphenols e seus
etoxilados).

13 – SUBSTÂNCIA RESTRITA: ORGANO TIN COMPOUNDS


* Nome alternativo: TBT, DBT, MBT;
* Diretiva da União Europeia: Council Directive 1999/51;
* Método de teste: DIN 38407 – 13;
* Limite aceitável: TBT = 25 ppb Outros = 50 ppb.

14 – SUBSTÂNCIA RESTRITA: FENOL CLORADOS


* Nome alternativo: Pentachlorophenol (PCP), Techlorophenol (TeCP)
entre outros;
* Diretiva da União Europeia: Council Directive 1995/51;
* Método de teste: CEN TS 14494 2003;
* Limite aceitável: <5 ppm para total de Fenol Clorado.

15 – SUBSTÂNCIA RESTRITA: PESTICIDAS


* Nome alternativo: Insecticidas. Tipo 1-DDT, Dieldrin DTTB (Tlmepe-
rone). Tipo 2-DDT, LIndane, Aldrin, Methoxychlor, DDD, DDE, Hep-
tachlor, HEPTACHLOREPOXIDE, HCH, Malathion, Mirex, Parthion,
Permethrin;
* Diretiva da União Europeia: Council Directive 1976/464;
* Método de teste: EPA 8081 ou equivalente;
* Limite aceitável: <1 ppm.

16 – SUBSTÂNCIA RESTRITA: FTALATOS


* Nome alternativo: Di Ethyl Hexyl Phthalate (DEHP), Di ISO Nonyl
Phthalate (DINP), Di Octyl Phthalate (DOP), Di ISO Decyl Phthalate
(DIDP), Benzyl Butyl Phthalate (BBP), Di Butyl Phthalate (DBP);
* Diretiva da União Europeia: Council Directive 1999/815;
* Método de teste: GC-MS;
* Limite aceitável: Total menor que 500 ppm.

Produtos 113
17 – SUBSTÂNCIA RESTRITA: PERFLUOR OCTANO SULFO-
NATOS (PFOS)
* Método de teste: GC-MS;
*Limite aceitável: <1000 ppm.

Na European Chemicals Agency-ECHA (Agência Europeia de Quí-


micos), as seguintes substâncias são classificadas como substances of
very high concern-SVHC (substâncias de grande preocupação), são defi-
nidas no artigo 57º do Regulamento (CE) nº 1907/2006 (o sistema RE-
ACH) e incluem substâncias que são:
• cancerígenas, mutagênicas e tóxicas para a reprodução (CMR), que
satisfaçam os critérios de classificação na categoria 1 ou 2, de acordo
com a Diretiva 67/548/CEE;
• persistentes, biocumulativas e tóxicas (PBT) ou muito persistentes
e muito bioacumuláveis (mPmB), de acordo com os critérios estabeleci-
dos no Anexo XIII do regulamento REACH; e / ou
• identificadas, numa base caso-a-caso, de provas científicas como
causando prováveis efeitos graves para a saúde humana ou o ambiente
de um nível de preocupação equivalente como aquelas acima (por
exemplo, desreguladores endócrinos).
Segue relação de substâncias (Atualizado em 01/09/2008):

Substância CAS number Motivo


Antraceno 120-12-7 PBT
4,4’,Diaminodifenilmetano 101-77-9 CMR
Dibutil-ftalato (DBP) 84-74-2 CMR
Ciclododecano 294-62-2 PBT
Dicloreto de cobalto 7646-79-9 CMR
Pentóxido diarsênico (As2O5) 1303-28-2 CMR
Trióxido diarsênico (As2O3) 1327-53-3 CMR
Dicromato de sódio dihidratado
7789-12-0 CMR
(Na2Cr2O7.2H2O)
5-tert-butil-2,4,6-trinitro-m-xileno 81-15-2 CMR
Bis(2-etil-hexil-ftalato (DEHP ou DOP) 117-81-7 CMR
Hexabromociclododecano (HBCDD) 25637-99-4 PBT
Alcanos, C10-13, cloro
85535-84-8 PBT
(parafinas cloradas de cadeias curtas)
Oxido de Bis-tri-butil-estanho 56-35-9 Pbt
Hidrogeno-Arsenato de Chumbo 7784-40-9 CMR
Trietil Arsenato 15606-95-8 CMR
Benzil-butil-ftalato 85-68-7 CMR
Quadro 47: Substâncias de grande preocupação.

114 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos


Segundo a Resolução 105 da ANVISA, a qual regulamenta tecnica-
mente as disposições gerais para embalagens e equipamentos plásticos,
inclusive revestimentos e acessórios, destinados a entrar em contato com
alimentos, matérias-primas para alimentos, águas minerais e de mesa,
assim como as embalagens e equipamentos de uso doméstico, elabora-
dos ou revestidos com material plástico não devem conter os elementos
abaixo relacionados em quantidades superiores às seguintes porcenta-
gens (%m/m = percentual em massa por massa):

Arsênio (solúvel em NaOH 1 N) 0,005 % m/m


Bário (solúvel em HCl 0,1 N) 0,01 % m/m
Cádmio (solúvel em HCl 0,1 N) 0,01 % m/m
Zinco (solúvel em HCl 0,1 N) 0,20 % m/m
Mercúrio (solúvel em HCl 0,1 N) 0,005 % m/m
Chumbo (solúvel em HN03 1 N) 0,01 % m/m
Selênio (solúvel em HCl 0,1 N) 0,01 % m/m
Quadro 48: Limites conc. de metais conforme Resolução 105 – ANVISA.

Também importante citar outros elementos que se classificam como


tóxicos:
– Antimônio (Sb);
– Cobre (Cu);
– Cromo VI (Cr);
– Estanho (Sn);
– Flúor (F2);
– Prata (Ag).

28 EMCA Sol – quantiQ

Óleo plastificante parafínico grau alimentar. Indicado para composi-


ções de NR, EPDM, IIR. Nos compostos de SBR, migra, se a dosagem
ultrapassar os limites da compatibilidade.

Produtos 115
29 Enxofre – S

O enxofre é um produto mineral encontrado em jazidas.


Na destilação do petróleo um dos subprodutos é o enxofre que pode
ter uma participação de 2% a 5% no petróleo.
Após beneficiamento é um pó fino, amarelo que se constitui no prin-
cipal agente de vulcanização.
Nas fórmulas de composição o teor de enxofre varia de elastômero
para elastômero:
NR – 2,5 phr;
SBR – 2,0 phr;
BR – 2,0 phr;
EPDM – 1,8 phr;
NBR – 1,8 phr.
Não se usa enxofre normalmente em CR, CIIR, BIIR, CPE, Silicone,
Fluoroelastômeros e PU.
No CR pode-se usar enxofre para eliminar a cristalização precoce,
mas neste caso o EPDM oferece melhores resultados.
Os enxofres mais utilizados são do tipo ventilados.
Quando ocorre a eflorescência em composto não curado, corrige-se
o composto misturando meio a meio enxofre ventilado e enxofre insolú-
vel e a temperatura de vulcanização não pode ser superior a 155°C sob
pena de alterar o sistema de cristalização e tornar o enxofre insolúvel
capaz de migrar para a superfície.

Marcas comerciais: Enxofre


Produtos Fabricantes
Enxofre Superventilado Intercuf
Enxofre Duplamente Ventilado RCN
Crystex Monsanto (atual Flexsys)
Enxofre insolúvel Meyors
Struktol SU Struktol
Quadro 49 – Marcas comerciais: Enxofre.

O enxofre elementar geralmente se arranja em estrutura octogonal.


Ao ser aquecido, a estrutura se fragmenta em segmentos com número
variável de átomos. Quanto mais alta a temperatura, menores os segmen-
tos. A NR vulcanizada a 145°C apresenta interligações com dois ou

116 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos


mais enxofres. Com o tempo e a utilização, aumenta o número de inter-
ligações, aumentando a dureza.

Enxofre Insolúvel
O enxofre insolúvel é uma forma alotrópica amorfa do enxofre ele-
mentar polimerizado e com massa molar variável entre 100.000 e
300.000. É insolúvel em dissulfeto de carbono (CS2) e em borracha de
um modo geral.
A solubilidade depende do elastômero (NR, SBR ou NBR) e da
temperatura (quanto mais alta mais solúvel o enxofre).
Processado a quente, o elastômero forma solução supersaturada e,
com o esfriamento, ocorre a precipitação. A migração se manifesta sob
forma de pó esbranquiçado (afloramento). O enxofre insolúvel geral-
mente apresenta um grau de pureza de 80% e 20% de óleo mineral para-
fínico.
Processado à baixa temperatura, o elastômero não dissolve o enxofre
insolúvel, mas o incorpora como um aditivo comum. Contudo, com as
temperaturas elevadas (155/170°C) o enxofre insolúvel transforma-se
em solúvel e pode aflorar. Por isso para resolver o problema do aflora-
mento aconselha-se a:
1. utilizar enxofre insolúvel mais enxofre solúvel na proporção de 1:1;
2. reduzir ao máximo a temperatura de processamento;
3. utilizar sistemas de cura com doadores de enxofre ou com baixo
teor de enxofre;
4. elaborar fórmulas ricas em aditivos adsorventes: sílica, caulim, si-
litin, diatomita, alumina, silicato de magnésio (talco);
5. reduzir ao máximo o teor de aditivos incompatíveis: plastificantes,
lubrificantes;
6. estocar o enxofre insolúvel em local ventilado e abaixo de 40°C
na ausência de aminas e amônia, que aceleram a transformação de enxo-
fre insolúvel em solúvel;
7. no processamento, ficar abaixo de 95°C quando se usam acelera-
dores como TMTD, CBS, DPG e DOTG. Não ultrapassar 110°C quando
se utilizam aceleradores como TBBS, MBTS, MBS e TMTM;
8. proceder a vulcanização a temperaturas mais baixas, evitando
temperaturas muito elevadas que favorecem a solubilidade do enxofre;
9. garantir que o composto atinja alto índice de vulcanização o que
desfavorece o afloramento.

Produtos 117
30 Estearato de Potássio

O estearato de potássio é um sabão mole que pode ser utilizado co-


mo desmoldante interno em compostos que aderem às paredes das cavi-
dades dos moldes. Usado na cura de borracha poliacrílica.
Fabricantes: Bärlocher e Chemson.

31 Estearato de Sódio

O estearato de sódio é um sabão sólido que pode ser utilizado como


desmoldante interno em composições de elastômeros que tendem aderir
as cavidades do molde durante a reação de cura. Utilizado na cura de
borracha poliacrílica e HNBR.
Fabricantes: Bärlocher e Chemson.

32 Estearato de Zinco

O estearato de zinco é utilizado como desmoldante quando se deseja


evitar que lâminas ou perfis se soldem uns aos outros.
O estearato de zinco pode ser usado na composição como desmol-
dante interno e como ativador de vulcanização em substituição ao ácido
esteárico e óxido de zinco embora com menos eficiência.
Fabricantes: Bärlocher e Chemson.

33 ETU – Etileno Tiureia

2-mercapto-imidazolina.
Acelerador de cura para CR e agente de cura para CIIR (2,5 phr).
Produto manchante.
Densidade: 1,42.

118 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos


Marcas comerciais: Etileno Tiureia
Produtos Fabricantes
ETU Meyors
Na-22 Du Pont
Aceler 22 Progomme
Chemac 22 Chemicon
Ethylene Thiourea Summit
Noceler 22 Ouchi Shinko Chem. Ind.
Pennac CRA Pennsalt
Robac 22 Robinson Brothers
Warecure C Ware Chemical Corp.
Quadro 50 – Marcas comerciais: Etileno Tiureia.

34 Farinha de Madeira

A farinha de madeira é um pó muito fino obtido por micronização de


madeira. É utilizada como carga diluente e contribui para melhorar a
estabilidade dimensional dos vulcanizados.
Fabricante: Inbrasfama;
80418 – fina;
2044/55 – grossa;
M-140/C – fina marrom.

35 Grafite em Pó

O grafite em pó é preto-cinzento que suporta temperaturas muito


elevadas.
Por ser um produto não reforçante, compromete as propriedades me-
cânicas, mas se constitui em excelente desmoldante interno, além de sua
ação lubrificante.
Produtos com altos teores de resina fenólica aderem fortemente às
paredes das cavidades dos moldes, mas, com a adição de 5 a 10 phr de
grafite, a desmoldagem é perfeita.
Mancais, estatores de bombas, tornam-se autolubrificantes quando o
composto contém grafite.
Embora inerte quimicamente, o grafite não pode ser utilizado em
produtos que tenham contato com alimentos. Neste caso, pode-se utilizar
teflon em pó com excelentes resultados.

Produtos 119
36 HMT – Hexametileno Tetramina – Urotropina

Hexametileno-tetramina – HMT;
Dosagem máxima: 10 phr;
Utilizada como acelerador primário.
Acelerador de baixa atividade e pouco utilizado. Tem ação retarda-
da, sendo usado como acelerador secundário em combinações com tia-
zóis (MBT, MBTS). Não é efetivo a baixas temperaturas.
Funciona como ativador em composições carregadas com sílica.
Possível substituto dos tiurans, para evitar a formação de nitrosami-
nas.
Não produz afloramento, mancha.
Sólido cristalino branco. Acelerador lento de vulcanização. Reti-
culante de resinas fenólicas novolaca na dosagem de 9 a 10% calculados
sobre a resina.
A cura é feita a 160°C/170°C para obter rendimento máximo e eli-
minar resíduos mal cheirosos.
Em composições translúcidas, desenvolve coloração amarelada tanto
mais escura quanto maior a temperatura e tempo de vulcanização.
Sob ação da luz solar, escurece rapidamente.

Marcas comerciais: HMT


Produtos Fabricantes
Vulkacit H30 Lanxess
Aceler HMT Progomme
Aceto HMT Aceto
HMT Du Pont
Vulcalon H e H30 Enro
Quadro 51 – Marcas comerciais: HMT.

37 Kezadol

Vide óxido de cálcio neste capítulo.

120 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos


38 Litargírio – PbO

O óxido de chumbo é um pó avermelhado com elevada densidade


(9,53 g/cm³), insolúvel em água e altamente tóxico.
Sua toxidez é cumulativa, pois o organismo não consegue eliminá-lo.
A concentração de chumbo no sangue causa doença profissional
chamada saturnismo.
O Litargírio é excelente isolante elétrico e bloqueia o fendilhamento
em série, por isso utilizado em composições para revestimento de cabos
elétricos.
Em alguns sistemas de cura foi utilizado, mas, em razão de sua ele-
vada toxidez, foi sendo substituído por alternativas mais seguras.
O Litargírio em compostos clorados proporciona maior resistência à
água, pois o cloreto de chumbo, formado na reação de vulcanização, é
repelente à água.

39 Litopônio

Pigmento branco constituído de sulfato de bário (70%) + sulfato de


zinco (30%).
Não substitui o dióxido de titânio, mas pode contribuir para bran-
quear o composto e baratear o custo da fórmula.
Assim como ocorre com o carbonato de cálcio, o dióxido de titânio
se torna mais efetivo com a presença desses pigmentos brancos.

40 MBS – 2-Morfolinotiobenzotiazol

Nome químico: N-oxidietileno-2-benzotiazol-sulfenamida ou 2-


Morfolinotiobenzotiazol.
Acelerador lento, manchante; pó de coloração bege e gerador de ni-
trosaminas.
Uso: quando se requer maior segurança de processo. Exemplos típi-
cos são bandas espessas e extrusão, misturas altamente carregadas com
negro de fumo tipo fornalha, misturas que devem ser estocadas por lon-
gos períodos tais como camelback.

Produtos 121
O MBS possui tempo de cura similar ao do TBBS, entretanto apre-
senta um tempo de scorch superior. Pode portanto substituir o TBBS na
mesma dosagem quando se requer maior segurança de processo. É exce-
lente em correias reforçadas com cordão de aço e sua solubilidade é
vantajosa para compostos de aplicações dinâmicas.

Marcas comerciais: MBS


Produtos Fabricantes
Vulkacit MOZ Lanxess
Accelerator NOBS Meyors
Banac MOR Bann Química
Delac MOR Uniroyal (atual Chemtura)
Morfax Vanderbilt
Santocure MBS Monsanto (atual Flexsys)
Vulcafor BSM ICI
Quadro 52 – Marcas comerciais: MBS.

41 MBT – Mercaptobenzotiazol

Acelerador primário de uso geral, não manchante e de ação mais rá-


pida que as sulfenamidas, porém mais lenta que os tiurans e ditiocarba-
matos. Não gera nitrosaminas. Não descora e tem leve ação antioxidante.
É peptizante para NR.
Largamente utilizado em NR, SBR e BR em dosagens de 0,8 a 1,5
phr. É um ótimo acelerador secundário para IIR e EPDM, juntamente
com os ditiocarbamatos.
É ativado por tiurans (TMTD, TMTM), guanidinas (DPG, DOTG),
ditiocarbamatos e aminas em peguenas quantidades (< 1,0 phr).

Marcas comerciais: MBT


Produtos Fabricantes
Vulkacit Merkapto Lanxess
MBT Meyors
Accelerateur R. G. Saint Denis
Ancap Anchor Chemical Co.
Banac MBT Bann Química
Captax Vanderbilt
Rotax Vanderbilt
Eveite M Montecatini
MBT American Cyanamid
MBT Duperial

122 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos


MBT Imperial
MBT Manufacture Landaise
MBT Naugatuck (atual Chemtura)
Naugex MBT Crompton (atual Chemtura)
Thiotax Monsanto (atual Flexsys)
Perkacit MBT Flexsys
Rubator MBT General Química
Vulcafor MBT ICI
Quadro 53 – Marcas comerciais: MBT.

42 MBTS – Dissulfeto de Benzotiazila

Acelerador primário de uso geral, não manchante, de ação semi-


rapida. É muito utilizado em produtos brancos ou com cores claras.
Em SBR e BR requer um acelerador secundário para se obter curas
mais rápidas.
Atua como plastificante e retardante em compostos de CR tipo W.
Pode ocorrer scorch em compostos com negro de fumo tipo forna-
lha.
Cheiro característico e sabor muito amargo.
Dosagem: 1,0 a 1,5 phr. Podendo ser utilizado acelerador secundário
do tipo ditiocarbamatos (0,2 a 0,3 phr) ou DPG (0,4 a 0,6 phr).
Pode ser utilizado em conjunto com MBT para balanceamento da
curva de cura.
Tem ação peptizante na NR.
Tem igualmente ação regenerante quando se aplica trabalho mecâni-
co a quente em pó de borracha.
Não gera nitrosamina.

Marcas comerciais: MBTS


Produtos Fabricantes
Vulkacit DM Lanxess
MBTS Meyors
Accelerateur Rapide G S Saint Denis
Altax Vanderbilt
Ancatax Anchor Chemical Co.
Banac MBTS Bann Química
Eveite DM Montecatini
MBTS American Cyanamid
MBTS Manufacture Landaise
MBTS Naugatuck (atual Chemtura)
Produtos 123
MBTS Rhodia
Naugex MBTS Uniroyal (atual Chemtura)
Thiofide Monsanto (atual Flexsys)
Perkacit MBTS Flexsys
Rubator MBTS General Química
Vulcafor MBTS ICI
Quadro 54 – Marcas comerciais: MBTS.

43 Mica

A mica é um produto mineral formado por lamelas silicosas brilhan-


tes.
Mica é um nome genérico de grande família mineral de hidrossilica-
tos de alumínio, potássio, ferro e magnésio.
Micas magnesianas: flogopita e biofita.
A Mica micronizada (#300) funciona como carga diluente de alto
peso específico que não oferece maior vantagem, por isso, raramente
utilizada em composições de elastômero.

44 Mínio – Pb3O4

Sinônimos: Zarcão, óxido de chumbo vermelho, tetraóxido de


chumbo vermelho, tetraóxido de chumbo, laranja mineral, vermelho
mineral, vermelho parís e vermelho saturno.
Assim como o litargírio, está em desuso devido a sua grande toxi-
dez; vide substância restritas nesta obra.
Em borracha foi utilizado como estabilizante térmico (receptor áci-
do) para borracha poliacrílica.

45 Negros de Fumo – Carbon Black

Grupo I
Tamanho de partícula: 11 a 19 nm;
Poder de cobertura: 140/130 m2/g;
Sigla anterior: SAF – Super Abrasion Furnace – N. F. de super-
resistência à abrasão.

124 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos


Códigos ASTM:
N-110 – SAF;
N-119 – SAF;
N-121 – SAF-HS (High Structure – alta estrutura);
N-155 – SAF;
N-166 – SAF;
N-195 – SCF (Super Conductive Furnace – N. F. fornalha super-
condutivo).

Grupo II
Tamanho de partícula: 20/25 nm;
Poder de cobertura: 120/110 m2/g;
Sigla anterior: ISAF – Intermediate Super Abrasion Furnace – N. F.
intermediário de super resistência à Abrasão.
Códigos ASTM:
N-200 – ISAF-LS (Low Structure – baixa estrutura);
N-212 – ISAF-SCF;
N-219 – ISAF-LS;
N-220 – ISAF-HM (High Modulus – alto módulo) – pH = 9,3;
N-231 – ISAF-LM (Low Modulus – baixo módulo);
N-234 – ISAF-LM;
N-242 – ISAF-HS;
N-270 – ISAF-HS;
N-285 – ISAF-HS;
N-293 – ISAF-CF (Conductive Furnace – N. F. fornalha condutivo);
N-294 – ISAF – SCF – (Super Conductive Furnace);
N-296 – ISAF – CF.

Grupo III
Tamanho de partícula: 26/30 nm;
Poder de cobertura: 90/60 m2/g;
Sigla anterior: Várias;
Códigos ASTM:
S-300 – EPC – (Easy Processing Channel – N. F. canal fácil. proces-
samento – pH 4,50);
S-301 – MPC – (Medium Processing Channel – N. F. de médio pro-
cessamento);

Produtos 125
S-315 – HAF-LS (High Abrasion Furnace – Low Structure: N. F.
fornalha de alta resistência à abrasão, baixa estrutura);
N-326 – CRF – Channel Replacement Furnace – N. F. canal contra-
tipo do N. F. fornalha;
N-327 – HAF-LS;
N-330 – HAF – pH 9,00;
N-347 – HAF – HS (High Structure – alta estrutura);
N-339 – HAF-HS;
N-358 – SPF – Super Processing Furnace – N. F. fornalha de su-
perprocessamento;
N-351 – HAF – HS;
N-363 – SPF.

Grupo IV
Tamanho de partícula: 31/39 nm;
Poder de cobertura: 70/50 m2/g;
Sigla anterior: Várias;
Códigos ASTM:
N-440 – FF (Fine Furnace: N. F. fornalha fino);
N-472 – XCF – ECF (Extra Conductive Furnace – N. F. fornalha ex-
tracondutivos).

Grupo V
Tamanho de partícula: 40/48 nm;
Poder de cobertura: 40/30 m²/g;
Sigla anterior: FEF – Fast Extrusion Furnace – N. F. fornalha de fá-
cil extrusão;
Códigos ASTM:
N-539 – FEF-LS;
N-542 – FEF-LS;
N-550 – FEF;
N-568 – FEF-HS.

Grupo VI
Tamanho de partícula: 49/60 nm;
Poder de cobertura: 60/50 m2/g;
Sigla anterior: Várias;
Códigos ASTM:

126 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos


N-601 – HMF – High Modulus Furnace – N. F. fornalha de alto mó-
dulo;
N-650 – GPF – HS – (General Purpose Furnace – N. F. fornalha de
uso geral);
N-660 – GPF;
N-683 – APF – All Purpose Furnace – N. F. fornalha de uso geral.

Grupo VII
Tamanho de partícula: 61/100 nm;
Poder de cobertura: 30/25 m2/g;
Sigla anterior: SRF – (Semi Reinforcing Furnace – N. F. fornalha
semi-reforçante);
Códigos ASTM:
N-724 – APF;
N-741 – APF;
N-754 – SRF-LS;
N-761 – SRF-LM;
N-762 – SRF-LM;
N-765 – SRF-HS;
N-770 – SRF-HM – pH 9,30;
N-774 – SRF HM-NS (Non Staining – N. F. fornalha não manchante);
N-785 – MPF – (Médium Processing Furnace – N. F. fornalha de
processamento médio);
N-787 – SRF-HM.

Grupo VIII
Tamanho de partícula: 101/200 nm;
Poder de cobertura: 20/15 m2/g;
Sigla anterior: FT – (Fine Thermal – N. F. termal fino).

Grupo IX
Tamanho de partícula: 201/500 nm;
Poder de cobertura: 10/05 m2/g;
Códigos ASTM:
N-900 – Thermax;
N-907 – ;
N-990 – MT – Medium Thermax – N. F. termal médio (pH = 8,5).

Produtos 127
Grupo X
N-1020 – Thermax.

Observações:
1 – O Grupo 0 (zero) é constituído de partículas cujo tamanho se si-
tua entre 1 e 10 nm.
2 – Os fornecedores de negro de fumo possuem codificação especial,
mas basta indicar o código ASTM que eles conhecem o seu produto
correspondente.
3 – Outras siglas eventualmente utilizadas:
CC – Conductive Channel – N. F. canal condutivo;
HPC – Hard Processing Channel – N. F. canal de difícil processa-
mento;
HEF – High Elongation Furnace – N. F. de alto alongamento;
ECF – Extra Conductive Furnace – N. F. fonralha extracondutivo;
FT – Fine Thermal – N. F. termal fino;
MPF – Multipurpose Furnace – N. F. fornalha multiuso.

Propriedades e características dos NF para borracha


Propriedade Tipos de Negro de Fumo
Alta tensão de ruptura N-115, N-220, N-234, N-326, N-375
Boa resistência ao rasgamento N-326
Alto alongamento N-326, N-660, N-762
Alto módulo N-234, N-339, N-347, N-375, N-683
Baixo desenvolvimento de calor N-660, N-762
Resistência dinâmica ao calor N-326
Resistência dinâmica à rachadura N-683
Boa resistência à fadiga N-683
Resistência à abrasão N-115, N-220, N-234, N-339, N-375

Melhor qualidade de extrusados


N-234, N-347, N-550, N-683
e calandrados mais homogêneos

Dureza N-115, N-220, N-234, N-339, N-375

128 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos


Tabela comparativa dos principais Negros de Fumo
Diâmetro da
Código
Tipo de NF Símbolo partícula Aplicações
ASTM
em (µm)
N 110 Fornalha Superabrasão SAF 0.019 Pneu de caminhão
N 119 Fornalha Superabrasão SAF-LS 0.019 Pneu de caminhão
Fornalha Superabrasão
N 166 SAF-HS 0.019 Aplicações especiais
Alta Estrutura
Fornalha Super
N 219 Abrasão Intermediário ISAF-LS 0.022 Aplicações especiais
Baixa Estrutura
Fornalha Super Pneus fora
N 220 ISAF 0.023
Abrasão Intermediário de estrada
Fornalha Alta Abrasão Peças para
N 326 HAF-LS 0.026
Baixa Estrutura motores, correias
Fornalha Laterais de pneus
N 330 HAF 0.029
Alta Abrasão de bicicleta
Fornalha Correias e pneus de
N 339 HAF 0.026
Alta Estrutura carro de passageiro
Fornalha de Alta Abrasão Correias e pneus de
N 347 HAF-HS 0.026
Alta Estrutura carro de passageiro
Fornalha Correias e pneus de
N 358 SPF 0.027
Superprocessável carro de passageiro
N 440 Fornalha Fina FF 0.033 Materiais Elétricos
Fornalha
Carcaças
N 539 de Rápida Extrusão FEF-LS 0.042
de pneu de passeio
Baixa Estrutura
Fornalha Copos de freios,
N 550 FEF 0.042
de Rápida Extrusão peças técnicas
Carcaças
N 660 Uso geral GPF 0.060
de pneus, anéis
Carcaças de pneu,
N 683 Fornalha diversos usos APF 0.059
revestimentos
Peças técnicas,
Fornalha Semirreforçante
N 762 SRF 0.070 mangueiras
Baixo Módulo
hidráulicas
Fornalha Semirreforçante Laterais de pneus
N 770 SRF-HM 0.062
Alto Módulo e protetores
Extrusão e cabos
N 880 Termal Fino FT 0.150
de baixa voltagem
Extrusão e cabos
N 990 Termal Médio MT 0.500
de baixa voltagem
Fonte: www.vulcanizar.com.br

Produtos 129
Marcas comerciais: Negro de Fumo
Produtos Fabricantes
Statex Columbian
Furnex Columbian
Coperblack Columbian
Raven Columbian
Condutex Columbian
Monark Cabot
Spheron Cabot
Vulcan Cabot
Sterling Cabot
Printex Evonik
Corax Evonik
Thermax Cancarb Limited
United United 66
Aro Huber
Essex Huber
Continex Witco Continental
Phillblack Phillips
Quadro 55 – Marcas comerciais: Negro de Fumo.

46 Nonox OD

Antioxidante manchante à base de Difenilamina-Octilada.

Marcas comerciais: Nonox OD


Produtos Fabricantes
Flectol ODP Monsanto (atual Flexsys)
Nonox OD ICI
Permanax ODPA Flexsys
Quadro 56 – Marcas comerciais: Nonox OD.

47 Octamine

Bis(dimetil-benzil-difenilamina).
Antioxidante indicado para CR em produtos submetidos a calor.
Em SBR e NBR indicado para resistência contra fadiga por dobra-
mento.

130 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos


Marcas comerciais: Octamine
Produtos Fabricantes
Octamine Uniroyal (atual Chemtura)
Permanax 49 HV Rhodia
Quadro 57 – Marcas comerciais: Octamine.

48 Óleo Plastificante Aromático

O óleo plastificante aromático é indicado para composições escuras


de NR, BR, SBR, SSBR, NBR, IR, CR.
Os óleos plastificantes aromáticos são considerados manchantes, têm
baixa polaridade e são menos voláteis (mais estáveis) em altas tempera-
turas.
A viscosidade deles é mais elevada que a dos óleos parafínicos e
naftênicos.
A coloração dos óleos aromáticos é bastante escura.
Eles também são mais facilmente extraídos em testes de imersão em
solventes, principalmente solventes da mesma família (BTX).
Por apresentarem componentes solúveis em água, não são indicados
para produtos que tenham contato com alimentos:
– Massa específica: 1,10;
– Ponto de fulgor: 204°C;
– Teor de enxofre: 6% máx.;
– Índice de refração: 1,5700.

Marcas comerciais: Óleo aromático


Produtos Fabricantes
Extrato Aromático Neutro Pesado NPA Petrobras
Óleo Extensor Neutro Pesado NPA Petrobras
Dutrex R Shell
Flexbor Ipiranga (atual quantiQ)
Sundex 8125 Sun
Quadro 58 – Marcas comerciais: Óleo aromático.

49 Óleo Plastificante Parafínico

Óleo plastificante parafínico indicado para NR, SBR, BR, CSM,


EPDM, IIR, BIIR e CIIR.

Produtos 131
Por suas características, os óleos plastificantes parafínicos podem ser
considerados mais como auxiliares de processo do que como plastifican-
tes propriamente.
Não afetam a coloração dos artefatos.

Marcas comerciais: Óleo parafínico


Produtos Fabricantes
Flexpar Ipiranga (atual quantiQ)
Alfa Oil Alfa Química
Flexol Humble Oil
Flexon 885 Exxon
Shellflex 451 Shell
EMCA Sol quantiQ
Quadro 59 – Marcas comerciais: Óleo parafínico.

50 Óleo Plastificante Naftênico

O óleo naftênico é utilizado tanto como plastificante, quanto como ex-


tensor.
Possui boa compatibilidade com a grande maioria dos elastômeros co-
muns. Assim, é possível acrescentar teores mais elevados (comparado aos
parafínicos) às composições de borracha.
Apresenta uma coloração mais opaca (translúcida). A viscosidade é um
pouco maior que a dos óleos parafínicos e também é considerado como não
manchante em artefatos de borracha.
Confere boa resistência à baixa temperatura.
Compatível com NR, SBR e EPDM.

Marcas comerciais: Óleo naftênico


Produtos Fabricantes
Nyflex Nynas
Flexnap Ipiranga (atual quantiQ)
Flexol Humble Oil
Flexon Exxon
Shellflex Shell
Quadro 60 – Marcas comerciais: Óleo naftênico.

132 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos


51 Óleo de Rícino

Óleo vegetal extraído das sementes da mamona. É um excelente


plastificante para borracha natural quando se deseja moldagem rica em
detalhes.
O factis inicialmente era feito a partir do óleo de rícino.

52 Óleo de Silicone

O óleo de silicone é um líquido cristalino de alta viscosidade, utili-


zado como plastificante dos elastômeros de silicone e EPDM.
Comunica aos produtos um aspecto brilhoso. Não muda de cor.

Marcas comerciais: Óleo de Silicone


Produtos Fabricantes
Viscasil H60 GE
Oleo DC DOW Corning
AK Wacker
Rhodiasil Rhodia
Baysilone Bayer
Quadro 61 – Marcas comerciais: Óleo de Silicone.

53 Óleo Essencial de Pinho

O óleo essencial de pinho é extraído de plantas da família das coní-


feras (Pinus) e tem odor característico de terpenos.
Em razão de sua alta insaturação, reage facilmente, de modo que
substâncias mal cheirosas (aminas, mercaptanas, isonitrilas) são trans-
formadas em produtos de odor menos intenso.
O forte odor de óleo essencial de pinho pode se tornar desagradável
quando dosado em excesso, por isso a moderação também é essencial.

54 Óxido de Cálcio – CaO

Nome usual: Cal Virgem.


O óxido de cálcio é um pó branco, corrosivo, que reage energica-
mente com água para formar o hidróxido de cálcio (cal apagada):

Produtos 133
CaO + H-OH  Ca (OH)2
O hidróxido de cálcio não perde água senão quando aquecido acima
de 160°C.
O óxido de cálcio é muito reativo e tanto absorve água (umidade do
ar) como o gás carbônico presente na atmosfera por formar carbonato de
cálcio.
CaO +CO2  CaCO3
A vida útil em embalagem fechada é de seis meses. Por isso, muitos
fornecedores oferecem óxido de cálcio disperso em óleo, o que prolonga
a vida útil do produto.
Na fabricação de ebonite (8 phr de TMTD e 30 phr de enxofre) há
formação de grande volume de gases sulfurosos que precisam ser absor-
vidos sob pena de causar explosão do artefato ao ser aliviada a pressão
após a vulcanização.
Adicionam-se ao composto de ebonite 20 phr de CaO que transfor-
mam esses gases em sulfatos de cálcio (sólidos), preservando a integri-
dade do artefato.
O óxido de cálcio não deve ser utilizado em compostos com dosa-
gens de sílica como carga reforçadora, pois reage com ela formando
silicato de cálcio, produto não reforçador.

Marcas comerciais: óxido de cálcio


Produtos Fabricantes
Retisec – CaO tratado Retilox
Kezadol – CaO tratado Kettlitz
Prossec 90 – CaO tratado Proquitec
Quadro 62 – Marcas comerciais: Óxido de Cálcio.

55 Óxido de Ferro – FeO

O óxido de ferro é um pigmento fortemente ácido que retarda o sis-


tema de vulcanização convencional, por isso necessita de neutralização
com TEA, PEG.
Funções:
– Pigmento;
– Retardador de vulcanização;
– Ponto de fusão: > 1.000°C;
– pH = 2,5/3,5.

134 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos


Marcas comerciais: Óxido de Ferro
Produtos Fabricantes
Óxido de Ferro Astrall Quimica
Bayferox Bayer
Quadro 63 – Marcas comerciais: Óxido de Ferro.

56 Óxido de Magnésio – MgO

O óxido de magnésio é fornecido sob forma de pó branco. Aquecido,


adquire coloração amarela.
Na cura dos elastômeros halogenados (CR), calcula-se 4 phr de
MgO para 5 phr de ZnO.
No elastômero CIIR o teor de cloro é de 1,8%, então a dosagem de
MgO é 1,8 x 4% = 0,07  0,1 phr.
No Hypalon, como o teor de cloro é variável, calcula-se a quantida-
de de magnésio da mesma forma mostrada para o CIIR.
Nos demais elastômeros halogenados (CPE, BIIR, fluoroelastôme-
ros), o procedimento é o mesmo porque o Magnésio funciona como re-
ceptor de halogênio lábil.
A vida útil do MgO é curta, pois reage com o CO2 e umidade do ar à
temperatura ambiente, formando carbonato de magnésio (MgO + CO2
 MgCO3) e hidróxido de magnésio (MgO + H2O Mg(OH)2), produ-
tos inativos na cura com óxidos metálicos.
A vida útil com embalagem bem fechada é de seis meses.
Para verificar se houve ou não degradação do óxido de magnésio, é
só dissolver em HCl 50%. Havendo efervescência, é prova de que já
ocorreu carbonatação.
Hoje diversos fornecedores apresentam misturas-padrão de óxido de
magnésio em óleo, com o objetivo de prolongar o tempo de vida útil.

Marcas comerciais: Óxido de Magnésio


Produtos Fabricantes
Elastomag 170P Atochem
Maglite D Hallstar
Scorchgard D Rhein Chemie (dispersão)
Struktol 890 (ZnO/MgO) Struktol
Óxido de Magnésio FM 10 Buschle & Lepper
Quadro 64 – Marcas comerciais: Óxido de Magnésio.

Produtos 135
57 Óxido de Zinco – ZnO

O óxido de zinco é obtido por injeção de forte corrente de ar em ca-


dinho onde o zinco está líquido (fundido). O zinco reage com o oxigênio
do ar e forma o óxido.
O grau de pureza depende da matéria-prima utilizada: zinco puro ou
sucata.
O óxido de zinco pode atingir um grau de pureza de 99%. É um pó
branco, adstringente, que funciona como ativador do sistema de vulcani-
zação combinado com o ácido esteárico.
O óxido de zinco ativo apresenta alta área superficial, que se encon-
tra na faixa de 45 m2/g, sendo dosagem usual 1,5 – 2 phr; enquanto que
os óxidos de zinco normais possuem uma área superficial de 5 a 9 m2/g e
dosagem de 4 – 5 phr. Também existe o oxido de zinco transparente que
contém percentagem elevada de carbonato de zinco, o que o torna mais
eficiente e por isso, quando utilizado, pode-se reduzir a dosagem para 2
– 3 phr.
Zinkoxyd Aktiv – óxido de zinco ativo da Bayer (Lanxess).
Além de ativador de vulcanização, o óxido de zinco é agente de cura
parcial para elastômeros halogenados, CR, CPE, CIIR, BIIR, Hypalon.
Como ativador de agentes de expansão, baixa o ponto de decompo-
sição das Azodicarbonamidas (8 phr).
Com dosagens maiores (10-20 phr) o óxido de zinco melhora a con-
dutibilidade térmica, contribuindo para reduzir o tempo de cura de pro-
dutos com paredes espessas (grossas).
Dissolve completamente em HCl 50%, sem formar borbulhas. Se
houver efervescência, indica presença de carbonato. Aquecido o ZnO
adquire coloração amarela.
Peso específico: 5,5 g/cm3

Marcas comerciais: Óxido de Zinco


Produtos Fabricantes
Zinkoxyd Aktiv Lanxess
Óxido de Zinco BR 900 Brasóxidos
Óxido de Zinco BO Votorantim Metais
Oxrubber Auricchio
Protox 168 New Jersey Zinc
Struktol WB 700 – Dispersão de ZnO Struktol
Quadro 65 – Marcas comerciais: Óxido de Zinco.

136 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos


58 Parafina

Hidrocarbonetos saturados (alcanos) de cadeia aberta, geralmente


com mais de 18 carbonos na molécula.
Lubrificante e desmoldante interno.
Bloqueador de radiação UV.

59 Parafina Clorada

A parafina clorada é um plastificante especial para CR, CIIR e even-


tualmente NBR.
Geralmente, contém 50% em peso de cloro e por isso é um excelente
antichama.
É solúvel em clorofórmio, tricloroetileno; insolúvel em água.
Densidade: 1,24/1,26.

Marcas comerciais: Parafina Clorada


Produtos Fabricantes
Clorax 50 Bann Química
Quadro 66 – Marcas comerciais: Parafina Clorada.

60 Polietileno Glicol – PEG

A utilização de polietileno glicol como auxiliar de vulcanização


apresenta muitas vantagens, sendo as principais:
Minimiza o efeito da microporosidade intrínseca da sílica, encapsula
estas partículas e evita a adsorção dos aceleradores de vulcanização,
permitindo utilizar menores quantidades do acelerador e evita prolongar
excessivamente o tempo de processo.
Facilita a incorporação e melhora a interação carga-polímero, possi-
bilitando a uniformidade das propriedades físicas em todo o lote de bor-
racha, evitando a migração da carga e conferindo melhorias às proprie-
dades, como a resistência ao rasgamento, tensão de ruptura e o módulo.
Produz um efeito lubrificante sobre a massa de borracha, melhoran-
do as condições de processamento.
Em temperatura ambiente e nas condições de processo de vulcaniza-
ção, evita o acúmulo no ambiente de trabalho e o risco de explosão.

Produtos 137
É fornecido em flocos e tem baixa volatilidade, o que facilita o ma-
nuseio e a incorporação do produto, ao contrário do Dietileno Glicol-
DEG (é liquido), sendo utilizado em menor quantidade.
Tem elevado grau de pureza, baixa toxidez e compatibilidade dérmi-
ca, sendo apropriado na fabricação de artigos para a pele e produtos des-
tinados à indústria alimentícia.
Deve-se utilizar sobre a quantidade da carga ácida: até 5 % para sílica
e 1% sobre caulim ou óxido de ferro.
Quando misturada em cilindro, deve observar a fusão completa do
produto durante a mistura.

Marcas comerciais: Polietileno Glicol


Produtos Fabricantes
Carbowax 3350 Union Carbide
Utrarub 4000 F Oxiteno
PEG 4000 Diversos
Quadro 67 – Marcas comerciais: Polietileno Glicol.

61 Pentaeritritol

Tetrametilolmetano;
Pó cristalino branco, solúvel em água insolúvel em BTX;
Ponto de ebulição: 276°C;
Ponto de fusão: 262°C;
Densidade: 1,40;
Combustível não tóxico;
Utilizado em composições de Hypalon (30 phr) com 40 phr de MgO,
20 phr de TMTD.

62 Plastificantes

Vide óleo Aromático, Naftênico, Parafínico e Silicone.

138 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos


63 Plastificantes Poliméricos

Plastificantes poliméricos são produtos orgânicos sintéticos com


elevada massa molar.
Por possuírem extensa cadeia carbônica, misturam-se com as ma-
cromoléculas poliméricas e sua extração torna-se difícil e geralmente
incompleta, por isso são recomendados em produtos onde se quer evitar
a ocorrência da exsudação e, em menor grau, a extração em contato com
produtos que se deseja isentar de contaminações.
Quando a extração de plastificantes usuais ocorre provocando au-
mento da dureza, recomenda-se a utilização parcial ou total de plastifi-
cantes poliméricos.

Marcas comerciais: Plastificantes Poliméricos


Produtos Fabricantes
Paraplex C. P. Hall
Viernol Scandiflex
Quadro 68 – Marcas comerciais: Plastificantes Poliméricos.

64 Pó de Borracha

O pó de borracha tem hoje muitas aplicações como: aditivo para as-


falto na pavimentação de rodovias, onde aumenta a durabilidade da pista
de rolamento; como suporte para grama sintética em quadras esportivas;
como carga em composição de borracha (#40); e como matéria-prima
para produção de regenerado.
O pó #40 é o mais comercializado, sendo obtido a partir de pneus
velhos e se constitui num componente de grande valor porque propicia
um aumento de volume desproporcional ao aumento de peso; assim, o
composto torna-se menos denso.
O que enche a cavidade do molde é o volume do material e não o
peso. Pode-se obter maior número de artefatos do que o obtido com o
mesmo peso de outro composto mais denso.
Cada elastômero tem capacidade limitada de incorporar aditivos e,
sobretudo, pó de borracha.

Produtos 139
Dependendo do elastômero, da granulometria do pó e dos demais
componentes da mistura, as dosagens podem chegar a 200% e até 300%
e o composto ainda pode ser processado normalmente.
A mistura feita em bambury a quente com peptizante (MBT ou
MBTS) produz a regeneração superficial que facilita a sinterização dos
grãos de borracha e passam a funcionar como se estivessem regenera-
dos.
A utilização crescente que hoje se verifica desse produto viabiliza
unidades recicladoras de pneus velhos e rebarbas industriais. A natureza
agradece.

65 Pó de Teflon

O Teflon em pó é utilizado como carga em composições de NBR pa-


ra aumentar a resistência ao calor e aos derivados de petróleo.
A temperatura de cura é alta (165°C a 170°C), o que propicia um
acabamento superficial de excelente qualidade e desmoldagem normal.
A dosagem é baixa: 3 a 5 phr.
Fornecedores:
– Uniflon,
– Whitford,
– Aflon.

66 Quartzita – Pó de Quartzo Micronizado

O pó de quartzo é utilizado como carga em silicone, pois não tem


atividade superficial. É uma maneira de reduzir custos, mas só é válida
para produtos que não sejam submetidos a fortes solicitações mecânicas.
Para essas aplicações existem alternativas mais inteligentes que
aprimoram as propriedades dos elastômeros de silicone, como por
exemplo, fibra de vidro ou sílica pirogênica.
O pó de quartzo é utilizado como abrasivo em composições de poli-
dores de borracha quando se deseja trabalhar produtos de vidro.
O carbeto de silício (Carborundum ou pó de esmeril) não consegue
desgastar o vidro, mas o pó de quartzo sim.

140 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos


67 Resina Fenólica Reativa (tipo Novolaca)

Resina fenólica reativa da Schenectady/CRIOS.


É um pó amarelo com 10% de HMT, utilizado para aumentar a du-
reza de compostos de borracha, sobretudo quando se deseja atingir os
valores máximos nesta propriedade.
A dosagem varia de acordo com a rigidez pretendida e pode chegar a
45 phr.
A cura é feita a 160°C/170°C para atingir reticulação máxima e eli-
minação de resíduos de forte odor.
Quando a cura é deficiente, o produto percutido tem som amorteci-
do.
Quando a cura atingiu alto índice, o artefato ao ser percutido emite
som de madeira enrigescida.

Marcas comerciais: Resina fenólica reativa


Produtos Fabricantes
SP-6600 Schenectady/CRIOS
THOR MD Alba atual Hexion
Resafen (antiga Varcum HF-328) Resana (atual Reichold do Brasil)
Quadro 69 – Marcas comerciais: Resina fenólica reativa.

68 Resina Fenólica Não Reativa

A resina fenólica novolaca da Schenectady/CRIOS SP-1068 é utili-


zada em elastômeros polares para melhorar a adesão metal-borracha.
Aumenta a coesão consideravelmente com apenas 3 phr.
É igualmente aditivo importante em adesivos de policloropreno
(CR) base solvente.
Também é utilizada como agente taquificante em elastômeros.

69 Resina de Cumarona-Indeno

A resina de cumarona-indeno é um plastificante adequado para elas-


tômeros polares, sobretudo os NBR.
É comercializada sob forma sólida (escamas) e sob forma líquida de
alta viscosidade.
Produtos 141
Foi listada como suspeita de ter características carcinogênicas e reti-
rada do mercado. Atualmente é utilizada em alguns casos especiais, pois
o lançamento no mercado das Resinas Unilene (de características não
tóxicas) restringiu-lhe a demanda.
Cumar MH – Neville.

70 Resina Taquificante

A resina taquificante é obtida sinteticamente e se constitui num


aglomerante compactador que desenvolve a pegajosidade.
Como as demais resinas, ela também reduz a resistência à abrasão,
mesmo em baixa dosagem.
Contra-tipos: Protack, Unilene, Comarlub, SP-1068.

71 PVI – Inibidor de Vulcanização

Inibidor de vulcanização lançado pela Monsanto (atual Flexsys).


Sua função é a de impedir a pré-vulcanização durante a estocagem
de produtos acelerados.
Favorece a moldagem por compressão, pois o composto aquecido
tem maior fluidez e molda antes do início da reação de vulcanização.
O “scorch” é maior quando o inibidor está presente, mas a curva de
vulcanização atinge o ótimo de cura sem atraso.
Isso diferencia o inibidor do retardador, pois o retardador prolonga o
tempo para chegar ao mesmo nível de cura.

Marcas comerciais: Santogard PVI


Produtos Fabricantes
Retard Q Quisvi
CTP-80 Foundry
Rhenogran PVI Rhein-Chemie
Santogard PVI Monsanto (atual Flexsys)
Quadro 70 – Marcas comerciais: PVI.

142 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos


72 S-6H

A resina de alto teor de estireno é o inverso do SBR em sua compo-


sição:

Produto Teor de estireno % Teor de butadieno %


S-6H 75/77 23/25
SBR 1502 23/25 75/77
Quadro 71 – S-6H.

A resina S-6H é um contratipo do Pliolite da Goodyear.


A Petroflex comercializou durante anos a Resina EPE-55 que era
formada por 50 partes de SBR 1502 e 50 partes de estireno.
O S-6H é uma resina reforçante que aumenta a dureza, a resistência
à tração e à abrasão.
Fornece boa estabilidade dimensional aos produtos, mas aumenta a
deformação permanente por compressão.
Melhora o escoamento em produtos moldados por compressão.

73 Sillitin

O sillitin é um pó branco de granulometria rica em finos, favorece a


obtenção de extrusados lisos com brilho. É um silicato com beneficia-
mento especial.
Funciona muito bem como estabilizante dimensional.

Marcas comerciais: Sillitin


Produtos Fabricante
Sillitin Kettlitz
Quadro 72 – Marcas comerciais: Sillitin.

74 Struktol A-60

Sabão de zinco obtido com ácidos graxos insaturados.


É um agente de escoamento (flow).
Contratipo QUISVI: Qflux 60.

Produtos 143
75 Struktol SU-95

Batch de enxofre;
95% de enxofre solúvel;
5% de dispersante orgânico;
Contratipo Vulcapellet S-80 (Foundry).

76 Struktol WB-212

Emulsão de ésteres de ácidos graxos de elevada massa molar.
Auxiliar de processo.
Contratipo QUISVI: Qflux 21.

77 Struktol WB-300

Mistura de ésteres alifáticos e aromáticos de alta massa molar.


Plastificante utilizado em compostos de NBR, NBR/PVC, ECO,
ACM.

78 Struktol WB-700

Dispersão de óxido de zinco;


91% de óxido de zinco;
9%de dispersante;
Contratipo Vulcapellet ZnO 80 (Foundry).

79 Struktol WB-900

Dispersão de óxido de magnésio;


75% de óxido de magnésio;
25% de dispersante;
Propriedades e aplicações: vide óxido de magnésio.

144 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos


80 TAC Coagente

Cianeto de trialila;
Coagente de cura peroxídica.

Marcas comerciais: TAC


Produtos Fabricantes
Rhenofit TAC/S Rhein Chemie (Lanxess)
Rhenogram TAC-50 Rhein Chemie (Lanxess)
TAC/GR Kettlitz
Quadro 73 – Marcas comerciais: TAC.

81 TAIC Coagente

Tri-alil-isocianeto;
Coagente de cura peroxídica;
Indicado para fluorelastômeros.

Marcas comerciais: TAIC


Produtos Fabricantes
Rhenogran TAIC-50 Rhein Chemie (Lanxess)
Quadro 74 – Marcas comerciais: TAIC.

82 Talco

O talco é um pó branco acinzentado com peso específico 2,77g/cm3


e pH 8,9.
Análise típica revela que contém aproximadamente:
59% de dióxido de silício;
31% de óxido de magnésio;
1% de alumina;
0,6% de Fe2O3 (óxido de ferro III);
1,5% de óxido de cálcio;
Teor de umidade: mais ou menos 6%.
Isso permite escrever uma fórmula que expressa com bastante apro-
ximação a composição do talco.
Mg3H2O(SiO3)4 + impurezas (FeO3 + CaO).

Produtos 145
O talco não é utilizado regularmente como carga em composições de
borracha. É mais utilizado como um produto antiblocking para impedir
que lâminas de composto não vulcanizado grudem entre si quando empi-
lhadas.
Contudo, o talco é excelente para produtos extrusados, pois sua es-
trutura lamelar funciona como absorvedora de plastificantes, permitindo
obter baixa viscosidade mesmo com altos teores de carga.
Como é um mineral mole (Dureza Mohs 1,0 a 1,5), não desgasta os
equipamentos e tem efeito lubrificante.
Cilindros revestidos com borracha de baixa dureza apresentam me-
lhor acabamento quando o talco é utilizado como componente.
As principais características do talco são a suavidade, lamelaridade,
inércia química e hidrofobicidade.
Elevados teores destes materiais reduzem a concentração de plastifi-
cante livre no composto, comunicando-lhe excelente impermeabilidade
(baixa absorção de água) e resistência à migração de componentes na
mistura. Dessa maneira se reduz ou até elimina o amarelamento e a eflo-
rescência que ocorre com a exposição à luz e o passar do tempo.
O abaixamento da viscosidade pode chegar próximo a 35% em rela-
ção a outras cargas minerais.
A silanização dos talcos apresenta melhoria significativa das pro-
priedades não apenas na compatibilidade com os polímeros, mas ainda
maior hidrofobicidade e reforço nas características mecânicas. Isso ex-
plica por que o consumo de talco em composições de borracha vem au-
mentando significativamente.
O reforço só ocorre se houver coesão entre a carga e o polímero
quando comparado aos caulins e outros silicatos de mesma granulome-
tria. Mas para que tudo isso aconteça é necessário que a partícula de
talco seja derivatizada. A derivatização de partículas lamelares é feita
com silanos. A silanização “in situ” produz melhores resultados do que a
que é feita previamente ao processo de mistura da carga com o polímero
porque torna a partícula derivatizada já dispersa no polímero, permitindo
desenvolver propriedades mais salientes de reforço.
Diferentemente do que se fez até hoje, onde a carga não apenas era
utilizada como agente de reforço, mas sobretudo, como diluente redutor
de custos pelo aumento do volume, busca-se tirar maior proveito das
características de cada material para obter melhorias até bem pouco
tempo ignoradas.

146 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos


Enquanto os silicatos de alumínio como o caulim (Al2O3 . 2SiO2 .
2H2O) e as argilas em geral são hidrófilas, os talcos (3MgO . 4SiO2 .
H2O conhecidos como grafites minerais, talcos, esteatita) são hidrófo-
bos, resistentes a ácidos, álcalis e solventes orgânicos.

83 TETD

Dissulfeto de tetraetil-tiuram.
Superacelerador de vulcanização e doador de enxofre.
Acelerador não manchante com aplicações similares ao TMTD.
Apresenta menor tendência à pré-vulcanização que os outros tiurans.
É utilizado em látex quando se quer melhor scorch.

Marcas comerciais: TETD


Produtos Fabricantes
Aceto TETD Aceto
Ancazide ET Anchor Chemical Co.
Ethyl Thiran Pennsalt
Ethyl Tuads Vanderbilt
Perkacit TETD Flexsys
Robac TET Robinson Brothers
Super Acelerador 481 Rhodia
Thiuram E Du Pont
Vulcafor TET ICI
Vulcalon TETD Enro
Quadro 75 – Marcas comerciais: TETD.

84 THOR MD

Vide resina fenólica reativa.

Produtos 147
85 TMTD

Dissulfeto de tetrametil-tiuram.
Superacelerador de vulcanização, não manchante e não descolorante,
sendo indicado para artefatos de cores claras.
Densidade: 1,39. Solúvel em acetona, tricloroetileno, benzeno e clo-
reto de metila. Insolúvel em água e hidrocarbonetos.
Ativado por ácido esteárico e óxido de zinco.
Acelerador secundário em combinação com sulfenamidas ou tiazóis.
Doador de enxofre em sistemas de cura com pouco ou sem enxofre
elementar. Ao se decompor, fornece 13% de enxofre nascente (molecu-
lar de alta reatividade). Melhor combinado com DTDM.
Como ativador, fornece cura rápida e alto módulo, sendo principal-
mente usado com MBTS, MBT e sulfenamidas (dosagens de 0,2 e 0,6
phr).
Tem a tendência para aflorar em dosagem acima de 1 phr, limitando
seu uso.
Pode causar irritação na pele e nos olhos.

Marcas comerciais: TMTD


Produtos Fabricantes
Accelerateur rapide TD Saint Denis
Aceto TMTD Aceto
Banac TMTD Bann Química
Cyuram DS American Cyanamid
Methyl Thiuram Pennsalt
Methyl Tuads Vanderbilt
Perkacit TMTD Flexsys
Robac TMT Robinson Brothers
TET Henley Henley
Thiurad Monsanto (atual Flexsys)
Thiuram M Du Pont
TMTD Meyors
TMTD 501 Rhodia
Tuex Crompton (atual Chemtura)
Vulcacure TMD Alco
Vulcafor TMT ICI
Vulcalon TMTD Enro
Vulkacit Thiuram Lanxess
Quadro 76 – Marcas comerciais: TMTD.

148 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos


86 TMTM

Monossulfeto de tetrametil-tiuram.
Pó amarelo, densidade 1,37. Ponto de fusão: 103°C. Massa molar:
208. Parcialmente solúvel em álcool. Insolúvel em água e hidrocarbone-
tos.
Uso similar ao TMTD, porém mais seguro no scorch, por isso utili-
zado em camelback. Pode ser utilizado como acelerador primário em
compostos brancos e coloridos.
A dosagem é similar ao TMTD. Fornece uma cura rápida e permite
um composto com boa estabilidade em estoque devido ao scorch mais
seguro. Dosagens típicas em conjunto com sulfenamidas são: 0,2 a 0,3
phr com CBS; 0,7 a 1,0 phr com TBBS.

Marcas comerciais: TMTM


Produtos Fabricantes
Aceto TMTM Aceto
Ancazide IS Anchor Chemical Co.
Banac TMTM Bann Química
Cyuram MS American Cyanamid
Monex Uniroyal (atual Chemtura)
Mono-Thiurad Monsanto (atual Flexsys)
Pennac MS Pennsalt
Perkacit TMTM Flexsys
Robac TMS Robinson Brothers
Thionex Du Pont
TMTM 500 Rhodia
TMTM Meyors
TMTM Henley Henley
Unads Vanderbilt
Vulcafor MS ICI
Vulcalon TMTM Enro
Vulkacit-Thiuram MS Lanxess
Quadro 77 – Marcas comerciais: TMTM.

87 TRIM Coagente

Trimetilol-propano-trimetil-metacrilato – TMPTMA.
Coagente de cura peroxídica.
Reticulante para PU.

Produtos 149
Marcas comerciais: TRIM
Produtos Fabricantes
Retilink T-70 Retilox
Bisomer TMPTMA ISC
Rhenofit TRIM/S Rhein-Chemie
TMPTMA Bisomer
TMPTMA Degussa-Hülls (Evonik-Degussa)
SR350 Sartomer
Quadro 78 – Marcas comerciais: TRIM.

88 TSH – Tolueno-Sulfonil-Hidrazida

O TSH é um agente de expansão inodoro.


Produz células fechadas.
Decomposição inicia a 145°C.
Ideal para produtos expandidos de borracha natural que são vulcani-
zados a temperaturas inferiores a 150°C. Também utilizado em compos-
tos de perfis expandidos em EPDM.

89 OBSH – Oxibis-Benzeno-Sulfonil-Hidrazida

O OBSH é um agente de expansão inodoro.


Produz células fechadas.
Decomposição inicia a 160°C.
Utilizado em produtos expandidos de borracha sintética como CR,
NBR, SBR e plásticos.

90 Unilene

Produto da Petroquímica União-PQU (atual Braskem).


É um agente de pegajosidade, homogeneizante, compatibilizante e
agente de escoamento.
Compromete a resistência à abrasão.
Seus grades baseiam-se na temperatura de fusão. Ex.: A-80, A-100,
B-120.
Dosagem: 2,5 a 10 phr.

150 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos


91 Urotropina – HMT

Vide HMT – Hexametileno tetramina.

92 Vaselina

A vaselina é uma mistura de hidrocarbonetos parafínicos (alcanos)


com mais de 18 carbonos na cadeia.
Ela pode conter hidrocarbonetos líquidos e apresentar-se sob forma
de líquido viscoso, mais comumente encontrada sob forma de pasta.
É veículo para pomadas e lubrificantes.
Muito compatível com EPDM e elastômero Butil, quando pode ter
dosagens elevadas.
É utilizada em composições onde se deseja diminuir a pegajosidade.
Dosagens médias ou elevadas promovem sua migração (exsudação).
Não é recomendada em produtos onde a adesão é propriedade im-
portante.
Na extrusão facilita a obtenção de perfis lisos.
Dosagem: 0,5 a 3,0 phr.

93 Vulcacel BN 94 – DNPT

Dinitroso-pentametileno-tetramina.
Agente de expansão utilizado em elastômeros expandidos. Confere
odor característico de “peixe podre”.
Espansor gerador de nitrosamina, por esse motivo está em desuso.
Marcas comerciais:
– Vulcacel BN-90-ICI;
– Espon;
– Geracel;
– Micropor DN.

Produtos 151
94 Vulcatard A

Retardador de vulcanização.
N-nitroso-difenilamina.

Marcas comerciais: Vulcatard A


Produtos Fabricantes
Curetard A Monsanto (atual Flexsys)
Vulcatard A ICI
Quadro 79 – Marcas comerciais: Vulcatard A.

95 Vulcanox 4020 – 6PPD

N-1,3-isopropil-N’-fenil-p-fenileno-diamina.
Antiozonante manchante originalmente da Naugatuck, depois Uni-
royal e por fim Chemtura. Corresponde ao Vulkanox 4020 Lanxess.
Densidade = 1,07;
Ponto de amolecimento: 45°C;
Solúvel em acetona e BTX;
Insolúvel em água, querosene;
Massa molar 290;
FDA 177.2600 LC = 5% máx.

Marcas comerciais: Vulcanox


Produtos Fabricantes
Vulkanox 4020 Lanxess
Santoflex 13 Flexsys
Flexzone 7P Uniroyal (atual Chemtura)
Quadro 80 – Marcas comerciais: Vulcanox.

96 ZBDC

Dibutil-ditiocarbamato de zinco.
Superacelerador de vulcanização.
Gera nitrosamina.
Uso similar ao ZMDC e do ZEDC, entretanto em composições de látex
fornece uma cura mais rápida que ambos. Em borracha sólida é mais lento
que o ZMDC e ZEDC e apresenta um tempo de scorch mais elevado.

152 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos


Utilizado em compostos de EPDM em percentuais superiores ao
ZMDC e ZEDC por apresentar maior solubilidade, não migrando.
Os ditiocarbamatos de zinco são mais usados em borracha sólida.
São também uma ótima alternativa para os tiurans quando se deseja uma
cura mais rápida, podendo substituí-los parcialmente, evitando os pro-
blemas de afloramento em curas do tipo eficiente e semieficiente.

Marcas comerciais: ZBDC


Produtos Fabricantes
ZBDC Meyors
Vulkacit LDS Lanxess
Butazate Uniroyal (atual Chemtura)
Butyl Zimate Vanderbilt
Perkacit ZBDC Flexsys
Super Acelerador 1105 Rhodia
Vulcafor ZEP ICI
Vulcalon ZBDC Enro
Vulcatex ZBDC Enro
Quadro 81 – Marcas comerciais: ZBDC.

97 ZDEC

Dietil-ditiocarbamato de zinco.
Densidade: 1,50. Massa molar 361.
Superacelerador de vulcanização.
Uso similar ao ZMDC, em látex fornece cura mais rápida, em borra-
chas sólidas é mais lento que o ZMDC, e apresenta um scorch mais ele-
vado.

Marcas comerciais: ZDEC


Produtos Fabricantes
Vulkacit LDA Lanxess
ZDEC Meyors
Aceto ZDED Aceto
Ancazate ET Anchor Chemical Co.
Cyzate E American Cyanamid
DEDZn 1505 Rhodia
Ethasan Monsanto (atual Flexsys)
Ethazate Crompton (atual Chemtura)
Ethyl Ziram Pennsalt
Ethyl Zimate Vanderbilt

Produtos 153
Perkacit ZDEC Flexsys
Robac ZDC Robinson Brothers
Vulcacure ZE Alco
Vulcafor ZDC ICI
Vulcalon ZEDC Enro
Vulcatex ZEDC Enro
Quadro 82 – Marcas comerciais: ZDEC.

98 ZMBT

Mercaptobenzotiazolato de zinco.
Pó branco, densidade 1,70. Massa molar: 397.
Superacelerador de vulcanização, sendo a principal aplicação em lá-
tices de borracha natural e sintética, onde é utilizado como acelerador
primário em combinação com ditiocarbamatos.
Os filmes de látex vulcanizados com ZMBT apresentam alto módu-
lo; além disso obtém-se uma boa DPC nas espumas de látex, sem au-
mento do tempo de cura.
Em borrachas sólidas comporta-se de modo similar ao MBT com
pequena melhoria no scorch.

Marcas comerciais: ZMBT


Produtos Fabricantes
Vulkacit ZM Lanxess
ZMBT Meyors
Accelerateur Rapide GZ-2 Saint Denis
Bantex Monsanto (atual Flexsys)
Eveite MZ Montecatini
MBTZn Manifacture Landaise
MBTZn Rhodia
O-X-A-F Uniroyal (atual Chemtura)
Pennac 2T Alco
Perkacit ZMBT Flexsys
Robac MZI Robinson Brothers
Rubator ZMBT General Química
Vulcacure ZT Alco
Vulcafor ZMBT ICI
Zenite Du Pont
Zetax MP Vanderbilt
Zinc Ancap Anchor Chemical Co.
ZMBT American Cyanamid
Quadro 83 – Marcas comerciais: ZMBT.

154 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos


99 ZMDC

Zinco metil-ditiocarbamato.
Superacelerador de vulcanização não manchante e mais ativo que os
tiurans.
Muito usado em artefatos de cores claras e brilhantes.
Vulcaniza em baixa temperatura sendo empregado em artefatos de
paredes espessas nas camadas mais internas.
Processamento mais sujeito ao scorch que os tiurans e usado como
acelerador secundário em conjunto com tiazóis.
Utilizado em borrachas de baixa insaturação como EPDM, IIR e
também látices naturais e sintéticos.
Os ditiocarbamatos são usados como aceleradores secundários em
doses abaixo de 0,5 phr em NR. Em borrachas de baixa insaturação esta
dosagem pode aumentar quando se requer cura mais rápida, porém pode
ocorrer redução de propriedades mecânicas.

Marcas comerciais: ZMDC


Produtos Fabricantes
ZMDC Meyors
Vulkacit LDA Lanxess
Quadro 84 – Marcas comerciais: ZMDC.

100 ZBEC

Dibenzilditiocarbamato de Zinco.
Acelerador de vulcanização.
Pó branco a amarelado.
Não gera nitrosaminas, opção ao ZEDC, TMTD, TMTM.
Acelerador primário para borracha natural e sintética, como NR, IR,
BR, SBR, NBR e EPDM . Pode ser usado como um acelerador primário
ou secundário com tiazóis e sulfenamidas.

Marcas comerciais: ZBEC


Produtos Fabricantes
ZBEC Meyors
Vulkacit ZBEC Lanxess
Quadro 85 – Marcas comerciais: ZBEC.

Produtos 155
156 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos
Produtos 157
158 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos
IV

INFORMAÇÕES GERAIS

Informações Gerais 159


01 Densidade

Densidade
Líquidos 3
(a 20°C, g/cm )
Água destilada (4°C) 1,00
DEG (Dietileno glicol) 1,12
DOP (Di-octil-ftalato) 0,98
Gasolina 0,68
Glicerina anidra 1,26
Óleo combustível 0,92
Óleo diesel 0,86
Óleo de linhaça 0,93
Óleo lubrificante 0,91
Óleo plastificante aromático 1,10
Querosene 0,82
Trietanolamina (TEA) 1,12
Tricloroetileno 1,47

Densidade e Ponto de Ebulição


Densidade Pto Ebulição
Líquidos 3
(a 20°C, g/cm ) (°C)
Acetona 0,79 56
Álcool etílico 0,82 78
Benzeno 0,88 80
Dissulfeto de carbono 1,25 46
Tetracloreto de Carbono 1,60 77
Óleo de mamona 0,96 –
Clorofórmio 1,49 61
Éter etílico 0,71 34,5
Acetato de etila 0,90 70 / 80
Glicerina 1,26 290
MEK (metil-etil-cetona) 0,81 79 / 81
Cloreto de metileno 1,33 40
Tolueno 0,87 111
Tricloroetileno 1,47 88
Xilol 0,86 140

Densidade e Ponto de Fusão


Densidade Pto Fusão
Sólidos 3
(a 20°C, g/cm ) (°C)
ABS 1,05 112
Aço carbono 7,80 1.500
Aço inox 7,80 1.450
Ácido esteárico 0,89 49 / 52
Alcatrão de pinho 1,08
Alumínio 2,70 658

160 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos


Areia seca 1,50 1.480
Asfalto oxidado 1,05 / 1,40 80 / 100
Bicarbonato de sódio 2,20
Borracha butil 0,91
Borracha composta 0,91 / 1,60
Borracha EPDM 0,85 / 0,86
Borracha natural 0,94
Borracha nitrílica 0,95 / 1,00
Borracha NBR/PVC 1,00 / 1,10
Borracha Polibutadieno 0,94
Borracha Policloropreno 1,26 / 1,30
Borracha poli-isopreno 0,92
Borracha de silicone 1,80
Breu 1,10 89 / 90
Bronze 7,40 / 8,90 900
Cal viva (CaO) 2,19
Carbonato de cálcio ppt 2,60 / 2,65
Carbonato de magnésio 2,24
Caulim 2,55 / 2,70
Cera de carnaúba 0,99
Chumbo 11,34 330
Concreto 1,85 / 2,45
Cortiça 0,10 / 0,30
Couro seco 0,85
CZ (sulfenamida) 1,30
DBP 1,04
DPG 1,17 / 1,23 143 / 147
DPPD 1,22 130
Enxofre insolúvel 1,97 / 2,03
Enxofre ventilado 2,07 110
Epoxi (resina) 1,10
Estearato de zinco 1,10
Factis 1,05 / 1,06
Fibras de algodão 1,05
Gesso 2,30
Grafite 2,40
Latão (36Cu / 37Zn) 8,40 1.000
Litargírio 9,30
Litopônio 4,30
Mármore 2,50
MBT 1,50 177
MBTS 1,54 170
Melamina-formol 1,60
Methasan / mathazate 1,66 240
ETU 1,43 195
Negros de fumo fornalha 1,80

Informações Gerais 161


Óxido de ferro 4,5 / 5,1
Óxido de magnésio 3,32 / 3,60
Óxido de zinco 4,30 / 5,55
PA.6 (Naylon 6) 1,12 210 / 220
PAN (antioxidante) 1,21 56
PBN (antioxidante) 0,86 / 0,90 105
Parafina 0,86 / 0,90 52
PEAD (polietileno) 0,96 130
PEBD (polietileno) 0,92 96 / 113
PP (polipropileno) 0,91
PS (poliestireno) 1,23 / 1,25 88 / 98
PTFE (teflon) 2,13
PVI (Santogard) 1,25 / 1,35 90
Resina de cumarona-indeno 1,09
Resina Unilene A-80 1,10
RZ-100 (acelerador) 1,03
S-6H 1,04 / 1,05
Santocure NS 1,27 96
Sílicas precipitada 1,95
Sulfasan R 1,36 123
Talco 2,80
TiO2 (anatase) 3,90
TiO2 (rutilo) 4,20
TMTD 1,35 / 1,42 137 / 145
Tijolo refratário 1,80 / 2,20
Uréia 1,34
Urotropina 1,02
Vidro plano 2,40 / 2,70 700
Vocol (acelerador) 1,25
Vulcacel BN 94 1,45
ZDC (acelerador) 1,48 171 / 183
Zinco metálico 7,14 419
ZMBT (acelerador) 1,64 / 1,65

02 Correlação de ensaios entre normas

Ensaio ABNT ASTM DIN ISO


Características de cura – Reograma – D 2084 53.529 3417
Deformação permanente
NBR 0025 D 395 53.517 815
(Compression Set)
Desgaste por abrasão – D 5963 53.516 4619
Dureza – shore A NBR 7318 D 2240 53.505 –
Envelhecimento acelerado NBR 6665 D 573 53.508 188
Fadiga por dobramento (De Mattia) – D 430 53.522 132

162 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos


Rasgamento MB 407 D 624 53.515 34
Resiliência – D 1054 53.512 4662
Resistividade elétrica – D 991 53.483 1853
Resistência e fluidos MB 408 D 471 53.521 1817
Tração (Tensão e Alongamento) NBR 7462 D 412 53.504 37
Viscosidade Mooney NBR 0718 D 1646 53.523 289
Fonte: www.vulcanizar.com.br

03 Características dos Fluidos para ensaios ASTM D-471

Fluido Ponto Viscosidade Pto Fulgor


de Anilina (°C) Cinemática (°C)
Óleo ASTM nº1 123 ± 1 18,7 – 21,0 243,3
Óleo ASTM nº2 93 ± 3 19,2 – 21,5 240,5
Óleo ASTM nº3 69,5 ± 1 31,9 – 34,1 162,7
Fuel nº1 100% de Di-isobutileno
Fuel nº2 60% de Di-isobutileno + 40% mistura aromática
Fuel A 100% de Iso-octano
Fuel B 70% de Iso-octano + 30% de tolueno
Fuel C 50% de Iso-octano + 50% de tolueno

04 Fatores de conversão de unidades

Atmosfera (atm) = 1,0132 bar = 760 mmHg = 10,33 mH2O =


1,033 kgf/cm2;
Caloria (cal) = 4,1868 joule (J) = 1,163 x 10-3W.h;
Cavalo Vapor (CV) = 0,9859 Hp = 0,7355 kW;
Decibel (dB) = 1ton = 1000 Hertz;
Kelvin (K) = °C + 276,15;
Quilômetros por hora (km/h) = 1.000m/60min = 16,67 m/min = 0,28m/s;
Metro cúbico (m3) = 1000dm3 = 1000L;
Decímetro cúbico (dm3) ≈ 1 L;
Centímetro cúbico (cm3) = 1ml;
Libra por polegada quadrada (psi) = 0,0703 kgf/cm2 = 0,0687 atm;
Quilograma força (kgf) = 9,807 N = 1 Btu;
Quilograma por centímetro quadrado (kgf/cm2) = 9,807 N/cm2=
0,968 atm= 14,22 psi;
Quilowatt (kW) = 1,3596 cv = 1,341 Hp = 0,239 kcal;
Quilowatt por hora (kW/h) = 3,413 Btu = 1,36 cv = 1,341 Hp/h.

Informações Gerais 163


05 Condutividade Térmica

Condutividade Térmica
(Cal/cm3.min.°C = W/m.K)
Carbonato de Magnésio 0,0342
Negro de Fumo Thermal (N 900) 0,0402
Negro de Fumo fornalha (N 550) 0,0600
Negro de Fumo Canal 0,0828
Negro de Fumo fornalha (N 339) 0,0840
Talco – Mg(SiO3)2 0,0534
Caulim – Silicato de alumínio 0,0630
Dióxido de Titânio 0,0690
Óxido de Ferro 0,0774
Carbonato de Zinco 0,0498
Litargírio (PbO) 0,0504
Dióxido de Silício – Sílica 0,1005
Óxido de Zinco – ZnO 0,1320

06 Transportes de Produtos Químicos Perigosos

A movimentação de produtos que, pelas suas características, são


considerados perigosos à saúde das pessoas, ao meio ambiente e à segu-
rança pública, são classificados como Produtos Perigosos, os quais de-
vem submeter-se a normas específicas.
O órgão federal responsável pelo modal terrestre é a Agência Na-
cional de Transporte Terrestre – ANTT, a qual instrui e regulamenta o
transporte terrestre de produtos perigosos no Brasil através da Resolu-
ção 420 de 12 de fevereiro de 2004 e seus complementos. Estes do-
cumentos poderão ser obtidos diretamente do site da ANTT (www.antt.
org.br) gratuitamente.
A Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT
(www.abnt.org.br) normatiza a identificação, transporte, manuseio e
estocagem de produtos químicos conforme as normas:
NBR 7500 – Identificação para o transporte terrestre, manuseio,
movimentação e armazenamento de produtos;
NBR 7501 – Transporte terrestre de produtos perigosos – Termi-
nologia;
NBR 7503 – Transporte terrestre de produtos perigosos – Ficha
de emergência e envelope – Características, dimen-
sões e preenchimento;

164 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos


NBR 9735 – Conjunto de equipamentos para emergências no
transporte terrestre de produtos perigosos;
NBR 14064 – Atendimento a emergência no transporte terrestre de
produtos perigosos;
NBR 14095 – Área de estacionamento para veículos rodoviários
de transporte de produtos perigosos;
NBR 14619 – Transporte terrestre de produtos perigosos - Incom-
patibilidade química.

07 Propriedades físico-químicas dos elastômeros

Fonte: www.vulcanizar.com.br

Informações Gerais 165


Fonte: www.vulcanizar.com.br

166 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos


tabela de proprie dades fisico- Estireno Poli- Etile no - Poli-
Cloro- Fluorelas-
Natural Butilica Nitrilica Silicone
mecanicas e químicas dos Butadieno butadieno Propileno cloropreno Sulfonado tômero
NR IR NBR MQ
CSM FKM
elastomeros. SBR BR EPDM CR
Peso Especifico - Densidade 0,93 0,94 0,92 0,93 0,85 1,23 1 1,1 - 1,6 1,1 1,40 - 1,95
Escala - Dureza 20 - 100 0 - 100 30 - 100 30 - 100 30 - 100 20 - 90 30 - 100 20 - 95 50 - 95 60 - 90
Alta temperatura °C 100 107,2 121,1 100 150 120 120 290 120 315
máx trabalho em serviço °F 212 225 250 212 300 250 250 550 250 600
Baixa temperatura °C -50 -50 -46 -53 -50 -40 -50 -107 -40 -46
Mínima temperatura °F -60 -60 -50 -80 -60 -40 -60 -160 -40 -50
Envelhecimento por calor BM BM OT RG OT BM BM OT OT EX
Deformação permanente BM BM RG RG RG BM BM MB BM MB
Resistência a eletricidade OT RG MB BM MB BM RG OT RG OT
Impermeabilidade BM RG EX BM BM BM BM RG OT OT
Adesão a metais EX EX BM BM RG EX EX EX EX BM
Adesão a tecidos EX BM BM BM BM EX BM EX BM BM
Capacidade de devolver o choque EX BM RG EX BM OT BM BM BM RG
Escala de re sistência
Resistência ao desgaste OT OT MB OT MB OT OT RU OT BM
Rasgamento OT RG BM BM BM BM BM RG BM RG
Crescimento de corte OT BM OT RG BM BM BM RG BM RG
Fogo MR MR MR BR MR BM RU BM BM OT
Intemperismo RG MB MB RG OT MB RG OT OT OT
Oxidação BM BM OT BM BM MB BM OT OT EX
Ozônio MR MR OT MR EX OT BM OT EX EX
Inchamento em agua BM OT OT OT OT BM OT MB BM MB
Ácidos BM BM BM BM MB BM BM RG OT MB
Álcalis BM BM BM BM MB BM BM RU OT RG
Gasolina MR MR MR MR MR BM OT RU RG OT
Benzol MR MR RG MR RU MB RU MR RU OT
Desingraxantes MR MR MR MR MR MR MR RG RU BM
Álcool BM BM MB BM MR RG OT BM BM OT
Óleo (Petróleo) MR MR MR MR MR BM RG RU/MB BM EX

MR = Muito Ruim RU = Ruim RG = Regular BM = Bom MB = Muito Bom O T = Ó timo EX = Excelente

Fonte: www.vulcanizar.com.br

Informações Gerais 167


08 Tabela Periódica dos Elementos Químicos

168 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos


09 Tabela de temperaturas de trabalho dos elastômeros

Informações Gerais 169


170 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos
Informações Gerais 171
172 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos
V

SIGLAS E SÍMBOLOS

Siglas e Símbolos 173


A – Símbolo do Ampère, intensidade de corrente.
Å – Angstron (10-7).
ACM – Elastômero poliacrílico – Hycril.
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas (www.abnt.org.br).
ACN – Acrilonitrila.
AFNOR – Association Française de Normalisation (www.afnor.org),
Associação Francesa de Normatização.
ANSI – American National Standard Institute (www.ansi.org), Instituto
Nacional Americano de Padrões.
ANTT – Agência Nacional de Transporte Terrestre (www.antt.org.br).
ATA – Air Transport Association of America (www.airlines.org), Asso-
ciação Americana de Transporte Aéreo.
API – American Petroleum Institute (www.api.org) Associação Ameri-
cana do Petróleo.
ASTM – American Society for Testing and Materials (www.astm.org),
Associação Americana de Testes e Materiais.
atm – Símbolo de atmosfera ou 760 mmHg ou 1,0335 kgf/cm².
bar – unidade de pressão – 1 bar= 1,02 kgf/cm².
BHT –2,6-Di-terc-butil-p-cresol (Butil-hidroxi-tolueno).
BR – Borracha Butadieno.
BSI – British Standard Institute (www.bsi-global.com), Instituto Britâ-
nico de Padrões.
C – Coulomb – quantidade de eletricidade (Q= i.t).
°C – Graus Celsius.
Cal – caloria = 4,1868J = 1,163x10-3 W.h.
CaO – Óxido de cálcio.
CBS – N-ciclohexil-benzotiazil-sulfenamida.
CMC – Carboxi-metil-celulose.
CMR – Substâncias Restrita, cancerígenas mutagênicas e que afetam a
reprodução (REACH).
COPA – Copolímero de poliéster.
COPANT – Comisión Panamericana de Normas Tecnicas
(www.copant.org).
CPE – Polietileno Clorado.
CR – Borracha Policloropreno.
CSM – Borracha Polietileno Cloro-Sulfonado.
CV – cavalo-vapor.
CTP – N-ciclohexil-tio-ftalimida.

174 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos


d – Símbolo de dia (24 horas).
dB – decibel = 1 torr = 1000 Hertz.
dd – dias decorridos.
DBP – Di-butil ftalato.
DDA – Dureza, densidade, abrasão.
DEG – Di-etileno-glicol.
DIN – Deutches Institut fur Normung (www.din.de), Instituto Alemão
para Normatização.
DNPT – Dinitrosopentametilenotetramina.
DOA – Di-octil adipato.
DOP – Di-octil ftalato.
DPC – Deformação Permanente por Compressão.
DPPD – N,N’-Difenil-p-fenilenodiamina.
DTPD – N,N’-Ditolil-p-fenilenodiamina.
ECHA – European Chemicals Agency (Agência Europeia de Químicos).
EDMA – Etilenoglicol-di-metacrilato.
ENB – Etileno-norborneno – Sítios vulcanizáveis no EPDM.
EPA – Environmental Protection Agency (www.epa.gov), Agência de
Proteção Ambiental.
ETMQ – 6-etoxi-2,2,4-trimetil-1,2-dihidroquinolina.
EPDM – Borracha Etileno-propileno-dieno.
ESBR – Borracha Estireno-Butadieno em processo de Emulsão.
EVA – Etileno Acetato de Vinila.
eV – Elétron-Volt.
FDA – Food and Drugs Administration (www.fda.gov), Administração
de Alimentos e Drogas.
ft – foot – pé = 30,48 cm.
FKM – Borracha Fluorelastomero.
FVMQ – Flúor-silicone (Fluor-vinil-metil-silicone).
g – Símbolo do grama, 1 milésimo do quilograma.
Galão – Medida correspondente a 3,7854 litros.
h – Símbolo de hora (60 minutos).
ha – Símbolo do hectare, corresponde a 10.000m².
Hz – Hertz = ciclos por segundo (cps).
HMT – Hexa-metileno-tetramina.
HP – Cavalo-vapor = 0,746kW.
HVA 2 – Metileno-bis-maleimida.
in – inch (polegada) = 25,4 mm.

Siglas e Símbolos 175


IIR – Borracha Butílica.
IISRP – International Institute of Synthetic Rubber Producers, Inc
(www. iisrp.com).
IPPD – N-isopropil-N’-p-fenilenodiamina.
IRAM – Instituto Argentino de Normalizacion y Certificación
(www.iram.org.ar), Instituto Argentino de Normalização e
Certificação.
IRHD – Grau de Dureza Internacional da Borracha – Inglaterra.
ISO – International Organization for Standardization (www.iso.org),
Organização Internacional para Padronização.
Jarda = 0,9144 m.
JIS – Japanese Industrial Standard (www.jsa.or.jp), Associação Japonesa
de Padrões.
K – Kelvin – Unid. de temperatura absoluta, zero Kelvin (0K) =
-273,15°C.
kg – Símbolo do quilograma (1.000 gramas).
km – Símbolo do quilômetro (1.000 metros).
kgf – Símbolo do quilograma-força.
kgf/cm2 – quilograma-força por centímetro quadrado=9,807N/cm2=
0,807N=1Btu.
kV – Símbolo do quilo volt.
kW – Símbolo do quilowatt (1.000W = 1,341 HP).
L – Símbolo do litro. Usa-se L junto a números: 10 L.
kl – quilolitro (1.000 litros).
m – metro = 100cm.
MBI – 2-mercaptobenzimidazole.
MBT – Mercaptobenzotiazol.
MBTS – Dibenzotiazil-disulfeto.
MEK – Metil-etil-cetona.
min – Símbolo de minuto (60 segundos).
MPa – MegaPascal = 10,2 kgf/cm².
N – Newton.
NBR – Elastômero de Acrilonitrila-Butadieno.
NFPA – National Fire Protection Association (www.nfpa.org), Associa-
ção Nacional de Proteção contra Incêndio.
nm – nanometro – 1 bilionésimo de metro.
NR – Borracha Natural.
ODPA – Difenilamina octilada.

176 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos


Ω – Ohm – resistência elétrica (V = R.i).
OSHA – Occupational Safety & Healt Administration (www.osha.com),
Administração da Saúde e Segurança Ocupacional.
PA – Poliamida.
PAN – Fenil--natilamina.
PBN – Fenil--natilamina.
PBT – Substâncias Restritas, persistentes, biocumulativas e tóxicas
(REACH).
pcr – partes por cem de resina.
PEBA – Poliéter-poliamida.
PEG – Poli-etileno-glicol.
phr – partes por cem de borracha.
pí (π) – 3,1416 – constante.
PP – Polipropileno.
PRFV – Plástico Reforçado com Fibras de Vidro.
PRI – Índice de Retenção de Plasticidade.
PS – Poliestireno.
psi – Libras por polegada quadrada = 0,0703 kgf/cm².
PTFE – Poli-tetraflúor etileno.
PU – Poliuretano.
PVC – Policloreto de vinila.
PVI – N-ciclohexil-tio-ftalimida.
qsp – quantidade suficiente para...
REACH – sigla em inglês de Registration, Evaluation and Authorization
of Chemicals (O Sistema REACH).
RHC – Rubber Hidrocarbon Content. Teor de hidrocarbonetos como
borracha.
rpm – Rotações por minuto.
RTV – Room Temperature Vulcanization. Vulcanização à temperatura
ambiente.
SAE – Society of Automotive Engineers (www.sae.org), Sociedade de
Engenheiros Automotivos.
SBR – Borracha de estireno-butadieno.
SBS – Estireno-butadieno-estireno.
SEBS – Estireno-etileno-butadieno-estireno.
SEP – Estireno-etileno-propileno.
SEPS – Estireno-etileno-propileno-estireno.
SI – Sistema Internacional de Unidades.

Siglas e Símbolos 177


SIS – Estireno-isopreno-estireno.
SPB – Solvente para borracha.
SPDA – Difenilamina estirenada.
SPH – Fenol estirenado.
SSBR – Borracha estireno-butadieno em processo Solução.
SVHC – substances of very high concern (substâncias de grande preo-
cupação, referente a ECHA).
t – tonelada = 1000kg.
TAC – Trialilcianurato ou cianeto de trialila.
TAIC – Trialilisocianurato ou isocianelo de trialila.
TRIM – Trimetacrilato de Trimetilpropano.
TDI – Tolueno-diisocianato.
TEA – Tri-etanol-amina.
TGA – Thermo-Gravimetric Analyser (Análise Termo-Gravimétrica).
TMQ – 2,2,4-trimetil-1,2-dihidroquinolina, polimerizado.
TMTD – Disulfeto de tetra-metil tiuran.
TMTM – Monosulfeto de tetra-metil tiuran.
TPE – Elastômero Termoplástico.
TPO – Elastomero Termoplástico Poliolefínico.
TR – Borracha Termoplástica.
TPV – Elastomero Termoplásticos Vulcanizáveis.
UNI – Entidade Nacional Italiana de Unificação.
V – Volt = tensão elétrica (V=R.i).
W – Watt = potencia de 1J por segundo.
ZDEC – Dietilditiocarbamato de zinco.
ZBEC - Dibenzilditiocarbamato de zinco.
ZMBI – 2-mercaptobenzimidazolato de zinco.
ZMDC – Dimetilditiocarbamato de zinco.
ZMMBI – 2-metilmercaptobenzimidazolato de zinco.
ZMTI – 2-mercaptotoluimidazolato de zinco.
6PPD – N-(1,3-dimetilbutil)-N’-fenil-p-fenilenodiamina.
77PD – N-N’-Bis-(1-etil-3-metilpentil)-p-fenilenodiamina.

Obs.: Os símbolos não têm plural. Ex.: 1 kg e 2 kg, 1 m e 10 m.

178 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos


Siglas e Símbolos 179
180 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos
Siglas e Símbolos 181
182 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos
VI

MARCAS COMERCIAIS

Marcas Comerciais 183


A resenha a seguir apresentada tem por finalidade facilitar a identifica-
ção de produtos citados em fórmulas de composição encontradas nas litera-
turas técnicas.
Nem sempre foi possível identificar a marca e a quem pertence atual-
mente, por isso, qualquer incorreção ou erro identificado, solicitamos nos
informem imediatamente para que possamos realizar as correções necessá-
rias no sentido de respeitar a propriedade industrial de marcas e patentes.
Alguns produtos que foram comercializados e deixaram de ser forneci-
dos constam na relação, tendo por objetivo preservar a história e facilitar
ajustes nas fórmulas, substituindo produtos obsoletos por outros de uso
corrente na atualidade.

A
ABALYN – Abietato de metila – antiga Hércules, atual Eastman Chemical Company –
Agente de pegajosidade e plastificante líquido.
ABITOL – Breu modificado – antiga Hércules, atual Eastman Chemical Company.
ACCEL 522 – Pentametileno ditiocarbamato de piperidina – Acelerador de vulcaniza-
ção – Du Pont.
ACCELERATEUR RAPIDE D – DPG – Saint Denis.
ACCELERATEUR RAPIDE GS – MBTS – Saint Denis.
ACCELERATEUR RG – MBT – Saint Denis.
ACEDOR SD – Acelerador doador de enxofre – Progomme.
ACELER 22 – ETU – Etileno Tiureia – Progomme.
ACTONE – Ativador de vulcanização à base de ureia – Parabor.
ADEMOLL DN – Adipato de di-nonila – Plastificante – Bayer.
ADIPRENE – Elastômero de PU – antiga Uniroyal, atual Chemtura.
ADOGEM 342 D – Agente de escoamento – Sherex Chemicals.
AEROSIL – Sílica pirogênica – antiga Degussa, atual Evonik.
AFLAS – Fluorelastomero – Asahi Glass Co, LTD.
AFLUX 25 – Agente de escoamento – Rhein Chemie.
AFLUX S – Auxiliar de processo para EPDM – Rhein Chemie.
AGERITE ALBA – Éter monobenzil-hidroquinona – Antioxidante Vanderbilt.
AGERITE DPPD – Difenil-p-fenileno-diamina – Antioxidante Vanderbilt.
AGERITE HP-S – Estabilizante térmico – Vanderbilt.
AKROFLEX C – Antioxidante – Du Pont.
AKTIPLAST PP – Peptizante para NR – Rhein Chemie.
AKTIPLAST T – Peptizante para NR – Rhein Chemie.
AKTONE – Ureia ativada, acelerador secundário e desodorizante – J.M. Huber.

184 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos


ALFA OIL – Óleo plastificante parafínico – Alfa Química.
ALLOPRENE – Policloropreno – ICI.
ALPEROX – Linha de peróxidos – Lúcido.
ALTAX – MBTS – Vanderbilt.
ANCAP – MBT – Anchor Chemical.
ANCAZATE ET – ZDEC – Anchor Chemical.
ANCAZIDE ET – TETD – Anchor Chemical.
ANCAZIDE IS – TMTM – Anchor Chemical.
ANCAZIDE ME – TMTD – Anchor Chemical.
ANCATAX – MBTS – Anchor Chemical.
AUTOFANE MBT – MBT – Ugine – Kuhlmann.
AMAX – N-oxidietileno-benzotiazil 2-sulfenamida – Acelerador OBTS – Vanderbilt.
AMBEROL – Linha de peróxidos – Rohm & Haas.
AMERIPOL – BR – B.F. Goodrich, atual ISP – International Speciality Chemicals.
AMINOX – Antioxidante – antiga Uniroyal, atual Chemtura.
ANAFFLOR – Enxofre solúvel – Parabor.
ANCAZATE – Antioxidante – Anchor Chemical.
ANTILUX – Antiozonante – Rhein Chemie.
ANTOX – Antioxidante – Progomme.
ANTOZITE – Antioxidantes – Vanderbilt.
APYRAL B 120 E – Hidróxido de Alumínio – Nabaltec Ag.
ARANOX – Antioxidante – antiga Uniroyal, atual Chemtura.
ARAZATE – Dibenzil-ditiocarbamato de zinco – Acelerador – antiga Uniroyal, atual
Chemtura.
ARMOSLIP C 7 – Desmoldante da Arizona.
ARNIPOL – NBR da Pasa (Petrobras Argentina S.A).
ARO – Negros de Fumo – J. M. Huber.
AROMEX – Negros de Fumo – J.M. Huber.
ARROW – Negros de Fumo – J.M. Huber.
ATLANTIC – Negros de Fumo – Charles Eneu Johonson.
AZOCEL – Azodicarbonamida – agente de expansão – Fairmount Chemical Co.

B
BAKER’S – Derivado do óleo de rícino (factis) – Baker Castor Oil Co.
BANAC – Série de aceleradores de vulcanização – Bann Química.
BANAC MOR – MBS – Bann Química.

Marcas Comerciais 185


BANOX – Série de antioxidantes – Bann Química.
BANTARD J – Retardador de vulcanização – Bann Química.
BANTEX – ZMBT – Acelerador de vulcanização – Bann Química.
BANZONE 100 – Antioxidante – Bann Química.
BARAK – Oleato de dibutilamina – acelerador de vulcanização – Du Pont.
BARRAFIL – Carbonato de Cálcio precipitado da Barra do Piraí e atual Imerys.
BARRAFFLEX – Carbonato de Cálcio precipitado da Barra do Piraí e atual Imerys.
BARRALEV – Carbonato de Cálcio precipitado da Barra do Piraí e atual Imerys.
BARRALIN – Carbonato de Cálcio precipitado da Barra do Piraí e atual Imerys.
BAYERTITAN A – Dióxido de titânio – Bayer.
BAYFEROX 732 M – Óxido de ferro – Bayer.
BAYPREN – Policloropreno – antiga Bayer, atual Lanxess.
BAYSILONE – Borracha de Silicone – Bayer.
BAYTEC – Elastômero de Poliuretano – Bayer.
BENZOFLEX – Poliuretano – Montoil.
BEUTENE – Anilina-butiraldeído – Acelerador de vulcanização Naugatuck – antiga
Uniroyal, atual Chemtura.
BIK – Ureia tratada – antiga Uniroyal, atual Chemtura.
BISOFLEX – Plastificantes – B.P. Chemicals.
BISOMER – Coagentes de cura – International Speciality Chemical.
BLE – Antioxidante – antiga Uniroyal, atual Chemtura.
BPIC – Peróxidos – Pittsburg Plate Glass Cy.
BUCAR – Elastômero Butil – Cities Service Co. Columbian Div.
BUDENE – Polibutadieno – GoodYear Tire & Rubber.
BUNA EP – EPDM – Lanxess.
BUNA CB – Polibutadieno – Lanxess.
BUTAR – Breu modificado – J.M. Huber.
BUTACLOR – Policloropreno – Rhône Poulenc.
BUTACRIL – NBR – Plastimer.
BUTAKON – NBR – Revertex Lt.
BUTAPRENE – NBR – Firestone.
BUTAREZ CTL – Polibutadieno – Phillips Petroleum Co.
BUTASAN – ZBDC – Acelerador de vulcanização – antiga Monsanto, atual Flexsys.
BUTAZATE – ABDC – Acelerador de vulcanização – antiga Uniroyal, atual Chemtura.
BUTAZIN – Butil Ziram – Acelerador de vulcanização – Pennwalt.
BUTYL ZIMATE – ZBDC – Acelerador de vulcanização – Vanderbilt.

186 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos


BUTOFAN – BR dispersão – Basf.
BUTON – SBR – Enjay Chemical.
BZP – Peróxidos – U.S. Peroxygen Corp.

C
CAB-O-CURE – Peróxidos – Cabot.
CAB-O-SIL – Sílica – Cabot.
CADET – Peróxidos – Noury Chemical Corp.
CADMATE – Dimetilditiocarbamato de Cádmio, acelerador – Vanderbilt.
CADOX – Peróxidos – Cadet Chemical Corp.
CALCENE – Carbonato de cálcio – Barra do Pirai, atual Imerys.
CAPTAX – MBT – Vanderbilt.
CARBOMIX – SBR – Copolymer Rubber.
CARBOWAX 335 – Polietileno glicol – PEG – Union Carbide.
CARIFLEX – Elastômeros de SBR, BR, IR, TR – Shell Química.
CAYTUR 4 – Acelerador de cura para PU – Du Pont.
CELITE 577 – Diatomita – Celite Corp.
CELOGEN – Agente de expansão – antiga Uniroyal, atual Lion.
CHALOXYD – Peróxidos – Societè Comaip.
CHEMAC – Aceleradores de vulcanização – Chemicon.
CHEMAC 22 – ETU – Chemicon.
CHEMIGUM – NBR – Goodyear.
CHEMITAC – Adesivo metal-borracha – Dalton Dynamics.
CHEMLOK – Adesivo metal-borracha – Lord.
CHEMOSIL – Adesivo metal-borracha – Henkel.
CHENOX – Antioxidantes – Chemicon.
CHENZONE – Antiozonantes – Chemicon.
CHIMASSORB – Antioxidantes – Chimosa S.P.A.
CILBON – Adesivo metal-borracha – Dalton Dynamics.
CIRCOLITE – Óleo Plastificante – Sun Oil.
CIRCOSOL – Óleo Plastificante – Sun Oil.
CIS 4 – Polibutadieno – Phillips.
CISDENE – Polibutadieno – Stauffer.
CLORAX 50 – Parafina clorada, anti-chama e plastificante – Bann Química.
COLLOCARB – Negro de Fumo HMF – J.M. Huber.
CONAC S – CBS – Acelerador de vulcanização – Du Pont.

Marcas Comerciais 187


CONTINENTAL – Negros de Fumo – Witco Continental.
CONTINEX – Negros de Fumo – Witco Continental.
COPERFLEX – Polibutadieno – antiga (Coperbo) Petroflex, atual Lanxess.
COPERMIX – Mistura padrão 11060 – antiga (Coperbo) Petroflex.
COUPSIL – Silanos modificados com Sílica – antiga Degussa, atual Evonik.
COVINYLBLAK – Dispersão de negro de fumo – Columbian.
COWABLAK – Negros de Fumo – Columbian.
CRYSTEX – Enxofre insolúvel – antiga Stauffer, atual Flexsys.
CUMAR – Resina de cumarona – Allied Chemical.
CURALOM A – Agente de cura para PU – antiga Uniroyal, atual Chemtura.
CUMAR MH – Resina de cumarona – Plastif. Neville.
CUMATE – Ditiocarbamato de cobre – Acelerador – Vanderbilt.
CURAX – CBS – Vanderbilt.
CURETARD – Retardador de vulcanização – antiga Monsanto, atual Flexsys.
CYDAC – CBS – American Cyanamid.
CYNACRIL R – Acelerador de vulcanização – A. Cyanamid.
CYURAM MS – TMTM – American Cyanamid.
CYAZATE E – ZDEC – American Cyanamid.
CYZONE – Antiozonante – American Cyanamid.

D
DALTOFLEX – Poliuretano – ICI.
DELAC P – Ftalato de difenil guanidina – Vanderbilt.
DELAC S – Acelerador sulfenamida CBS – antiga Uniroyal, atual Chemtura.
DELAC MOR – MBS – antiga Uniroyal, atual Chemtura.
DERAKANE – Resina Éster-vinílica – DOW.
DESMOCOLL – PU – Bayer.
DESMODUR – Adesivo metal-borracha – Bayer.
DESMOFLEX – PU – Bayer.
DIAK – Agentes de cura para fluoroelastômeros – Du Pont.
DI CUP – Peróxidos Dicumila – Hércules.
DISFLAMOL TKP – Tricresil fosfato – Plastificante – Bayer, atual Lanxess.
DISPERGATOR – Dispersante – Ketllitz.
DIXIE – Negros de Fumo – United Carbon.
DIXION 1176 – Grafite – Dixon.
DURADENE – SBR – Firestone.

188 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos


DURAGENE – Polibutadieno – General Tire & Rubber Co.
DURAX – CBS – Vanderbilt.
DURITE – Resina fenólica – Borden Chemical.
DUROPRENE – PU – Cofade.
DUTRAL – EPDM – Enichem.
DUTREX R – Óleo plastificante aromático (antigo Dutrex 718) – Shell.
DYPHOS – Anti-chama – Anzon.

E
ELAPRIM – Elastômeros NBR e Poliacrílicos – Montedison.
ELASTOSIL – Silicones – Wacker.
ELFTEX – Negros de Fumo – Cabot.
ELVAX – EVA – Du Pont.
EMCA Sol – Óleo plastificante – quantiQ.
ENDOR – Peptizante – Du Pont.
EPCAR – EPDM – B.F. Goodrich.
EPE-55 – Antigo máster Petroflex (SBR+PS 1:1).
EPSYN – EPDM – Epsyn Copolymer.
EPTAC – Acelerador – Du Pont.
ESPEROX – Peróxidos – Witco Chemical.
ESPON – Agentes de expansão – Bann Química.
ESPRENE – EPDM – Sumimoto.
ESSEX – Negros de Fumo – Huber.
ETHASAN – ZEDC – antiga Monsanto, atual Flexsys.
ETHASATE – ZDEC – antiga Uniroyal, atual Chemtura.
ETHYL THIURAM – TETD – Pnnsalt.
ETHYL THYURAD – antiga Monsanto, atual Flexsys.
ETHYL TUADS – TETD – Vanderbilt.
ETHYL ZIMATE – ZDEC – Vanderbilt.
ETHYL ZIRAM – ZDEC – Pennsalt.
EUROPRENE NEOCIS – BR – Enichem.
EVATATE – EVA – Sumimoto.
EVATENE – EVA – ICI.
EVATANE – EVA – antiga Elf Atofina, atual Arkema.
EVEITE D – DPG – Montecatini.
EVEITE DM – MBTS – Montecatini.

Marcas Comerciais 189


EVEITE M – MBT – Montecatini.
EVEITE MS – CBS – Montecatini.
EVEITE MZ – ZMBT – Montecatini.

F
FLAMOLIN – Retardantes de chama – Usi Chemicals.
FLECTOL – Antioxidante – antiga Monsanto, atual Flexsys.
FLECTOL ODP – Antioxidante – antiga Monsanto, atual Flexsys.
FLECTOL H – Estabilizante térmico – Flexsys.
FLEXAMINE – Antioxidante – antiga Uniroyal, atual Chemtura.
FLEXZONE – Antiozonantes – antiga Uniroyal, atual Chemtura.
FLEXBOR – Óleo plastificante aromático – Ipiranga, atual quantiQ.
FLEXOL – Plastificante ésteres – Union Carbide.
FLEXON 885 – Óleo plastificante parafínico – Exxon.
FLEXPAR – Óleo plastificante parafínico – Ipiranga, atual quantiQ.
FLUOREL – Fluoroelastômeros – 3M.
FORTILIGHT – EVA – Composto de EVA – FCC.
FORTIPRENE – TPE – Termoplástico estirênico – FCC.
FORTIPUR TPU – PU Termoplástico – FCC.
FURBAC – CBS – Ancchor Chemical.
FURNEX – Negros de Fumo – Columbian.
FYROL – Anti-chama – Stauffer.

G
GABROFLON – Fluoroelastômeros – Solvay.
GALVAN – Negro de Fumo condutivo – Cabot.
GASTER – Negro de Fumo – Cabot.

H
HELIOZONE – Antiozonante – Du Pont.
HERCOLYN D – Resina vegetal – Hércules.
HJERCOSOL – Solvente de colofônia – Hércules.
HERCOFLEX – Plastificante – Hércules.
HERCLOR – Policloropreno – Rhodia.
HERCOLIN – Derivados de Breu – Hércules.

190 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos


HICRYL – Elastômero Poliacrílico – American Cyanamid.
HI-SIL – Sílica – PPG Silica Products.
HT-1 – Estabilizante térmico para silicone – GE.
HUBER – Negros de Fumo – J. M. Huber.
HYCAR – Elastômeros diversos – B.F. Goodrich.
HYDRIN – Elastômeros Epicloridrina – antiga B.F. Goodrich, atual Zeon.
HYTEMP – Elastômero Poliacrílico – Zeon.
HYTREL – Termoplástico – Du Pont.
HOMOGEM C – Homogenizante – Quisvi.
HOMOGEM H – Homogenizante – Quisvi.
HOMOGEM R – Homogenizante – Quisvi.

I
INBRAGEN – Branqueadores óticos – Inbra.
INTENE – Polibutadieno – Enichem.
INTOLAN – EPDM – International Synthetic Rubber Co. Ltda.
IONOL CP – BHT – antiga Degussa, atual Evonik.
IRGANOX – Antioxidante – Ciba-Geigy.
ISAPLAST – Óleo plastificante parafínico – Ipiranga, atual quantiQ.
ISOQURE – Óxido de Zinco ativo – Kaustschuk Gesellschaft.

K
KELTAN – Elastômeros EPDM – DSM.
KEZADOL – Óxido de Cálcio – Kettlitz.
KOSMOS – Negro de Fumo – United.
KOSMOBILE – Negros de Fumo – United.
KRATON – Elastômeros de SBR – Shell.
KRYLENE – Elastômeros de SBR – Lanxess.
KRYNAC – Elastômeros de NBR – Lanxess.

L
LEVAPREN – EVA – antiga Bayer, atual Lanxess.
LEVAMELT – EVA – antiga Bayer, atual Lanxess.
LEVAGARD – Anti-chama – antiga Bayer, atual Lanxess.
LUCIDOL – Linha de Peróxidos – Wallace Tierman.

Marcas Comerciais 191


LUPERCO – Linha de Peróxidos – F. Chevassus.
LUPEROX – Linha de Peróxidos – antiga Elf Atochem, atual Arkema.
LUPERSOL – Linha de Peróxidos – antiga Elf Atochem, atual Arkema.

M
MAGLITE – Óxido de Magnésio – Whittaaker Merck and Co.
METHYL THIURAM – TMTD – Pennsalt.
METHYL TUADS – TMTD – Vanderbilt.
MICRONEX – Negros de Fumo – Columbian.
MICROPOR – Agente de expansão – Chemicon.
MILATHANE – PU – antiga Uniroyal, atual TSE Industries Inc.
MODULEX – Negros de Fumo – J. M. Huber.
MONEX – TMTM – antiga Uniroyal, atual Chemtura.
MONO THIURAD – TMTM – antiga Monsanto, atual Flexsys.
MONTACLERE – Antioxidante – Flexsys.
MOPLEN – PP+EPDM – Montedison.
MORFAX – MBS – Vanderbilt.
MORFLEX 33 – TMTM – antiga Monsanto, atual Flexsys.

N
NA-22 – Etileno Tiuréia (ETU) – Du Pont.
NAUGARD – Antioxidantes – antiga Uniroyal, atual Chemtura.
NATAC – Breu modificado – J.M. Huber.
NEOPRENE – Policloroprene (CR) – Du Pont.
NEOTEX – Negros de Fumo – Columbian.
NEOZONE – Antiozonante – Du Pont.
NEVINDENE – Resina de cumarona-indeno – Neville Chemical.
NIPOL – Elastômeros de NBR e SBR – ZEON.
NITRIFLEX – Elastômeros de NBR – Nitriflex.
NITRIGUM – SBR grau alimentício – Nitriflex.
NITRISUM – SBR grau alimentício – Nitriflex.
NEOCELER 22 – ETU – Ouchi Shinko Chem Ind.
NONOX OD – Antioxidante – ICI.
NORDEL – Elastômeros de EPDM – Du Pont.
NYSYN – Elastômero de NBR – Copolymer.

192 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos


O
OCTAMINE – Difenilamina octilada – antiga Uniroyal, atual Chemtura.
OXAF – Acelerador de vulcanização ZMBT – antiga Uniroyal, atual Chemtura.
OXRUBBER – Óxido de Zinco – Auricchio.

P
PARACRIL – Elastômero de NBR – antiga Uniroyal, atual Chemtura.
PARAGUN – Breu – Parabor.
PELLETEX – Negros de Fumo – Cabot.
PENNAC MS – Acelerador TMTM – Pennsalt.
PENNAC 27 – ZMBT – Pennsalt.
PENNOX – Antioxidantes – Pennsalt.
PENNZONE – Antiozonantes – Pennsalt.
PEPTIZANTE 10 – Peptizante – Rhône-Poulenc.
PEPTIZER – Peptizante/Plastificante – C.P. Hall.
PEPT Q – Peptizante – Quisvi.
PEPTON – Peptizante – American Cyanamid.
PERBUNAM – Elastômeros de NBR – antiga Bayer, atual Lanxess.
PERCADOX – Peróxidos – antiga Noury Chemical Corp., atual Akzo Nobel.
PERLAX – Cera de polietileno – Ipiranga, atual quantiQ.
PERMANAX 49 HV – Antioxidante / estabilizante térmico – Rhodia.
PEROX – Peróxidos – Progomme.
PEROXAN – Peróxidos – Pergan GMBH.
PEROXIMON – Peróxidos – Montefluos.
PET CIS CBR – Polibutadieno – Petrokimia.
PETROPLAST A – Óleo plastificante aromático – Petrobras.
PETROTHENE – EVA – Poliolefinas.
PHILLBLACK – Negros de Fumo – Phillips.
PHILLPRENE – Elastômeros de SBR – Phillips.
PLASTAC RB – Plastificantes – Basile Química.
PLASTHALL – Plastificantes ésteres – C.P. Hall.
POLYLITE – Antioxidante – antiga Uniroyal, atual Chemtura.
POROFOR – Agentes de expansão – antiga Bayer, atual Lanxess.
PROQUIWAX – Cera de Polietileno – Proquitec.
PROSSEC 90 – Óxido de Cálcio – Proquitec.

Marcas Comerciais 193


PROTOX – Óxido de Zinco – antiga Uniroyal, atual Chemtura.
PYROVATEX – Anti-chama – Ciba-Geigy.

Q
Q FLUX 12 – Auxiliar de processo – Quisvi.
Q FLUX 27 – Auxiliar de processo – Quisvi.
Q FLUX 60 – Auxiliar de processo – Quisvi.
Q FLUX 72 – Auxiliar de processo – Quisvi.
Q FLUX E – Auxiliar de processo para NBR – Quisvi.
Q FLUX NR – Auxiliar de processo para NR – Quisvi.
Q FLUX PE – Cera de polietileno – Quisvi.
Q FLUX RX – Desvulcanizante – Quisvi.
Q FLUX T2 – Auxiliar de processo para TAC – Quisvi.
Q RESIN – Auxiliar de processo para TAC – Quisvi.
Q OZON – Antiozonante – Quisvi.

R
REDAX – Retardador de vulcanização – Vanderbilt.
RENACIT – Peptizantes – antiga Bayer, atual Lanxess.
RESINA PLASTACH RB-802 – Basile Química.
RETARDER – Retardador de vulcanização – Uniroyal, atual, Chemtura.
RETARD Q – Retardador de vulcanização – Quisvi.
RETILINK – Coagentes de cura peroxídica – Retilox.
RETIAZO – Agentes de expansão – Retilox.
RETICROSS PVC – Agente de crosslink para PVC – Retilox.
RETIFLEX – Composto Olefínico TPE-R – Retilox.
RETILIMP MASTER – Composto para limpeza de moldes – Retilox.
RETISEC – Óxido de Cálcio – Retilox.
RETISEC SIL – Regularizador de viscosidade para Silicone – Retilox.
RHENOCURE – Agentes de cura – antiga Bayer, atual Rhein Chemie.
RHENOFIT – Coagentes de cura – antiga Bayer, atual Rhein Chemie.
RHENOGRAN PVI – Inibidor de cura – antiga Bayer, atual Rhein Chemie.
RHENOGRAN T – Coagentes de cura – antiga Bayer, atual Rhein Chemie.
RHODIFAX 16 – Acelerador CBS – Rhodia.
RHODIFAX – Linha de aceleradores de vulcanização – Rhodia.

194 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos


RHODITAN AT 1 – Dióxido de titânio – Rhodia.
RHODORSIL – Elastômero de silicone – Rhodia.
ROBAC TMT – Acelerador TMTD – Robinson Brothers.
ROBAC TMS – TMTM – Robinson Brothers.
ROBAC MZI – Acelerador ZMBT – Robinson Brothers.
ROBAC TET – Acelerador TETD – Robinson Brothers.
ROBAC 22 – Acelerador ETU – Robinson Brothers.
ROTAX – Acelerador MBT – Vanderbilt.
ROTOMOLD – Agente de crosslink para PE rotomoldagem – Retilox.
ROYALAC – Acelerador – antiga Uniroyal, atual Chemtura.
ROYALENE – Elastômero de EPDM – antiga Uniroyal, atual Lion.
ROYALTHERM – EPDM + Silicone – antiga Uniroyal, atual Chemtura.
ROYALTUF – EPDM – antiga Uniroyal, atual Chemtura.
RTV HV – Silicones – GE.
RUBBEROX – Óxido de Zinco – antiga Uniroyal, atual Chemtura.
RUBENAMID – Acelerador CBS – General Química.
RUBBEROL F – Odorante para borracha sólida – antiga Bayer, atual Lanxess.
RUBBERSIL RS-200 – Sílica – Glasven.

S
SANTICIZER – Plastificante – antiga Monsanto, atual Flexsys.
SANTOCURE – Acelerador de vulcanização – antiga Monsanto, atual Flexsys.
SANTOFLEX – Antioxidante e estabilizante térmico – antiga Monsanto, atual Flexsys.
SANTOGARD PVI – Inibidor de vulcanização – antiga Monsanto, atual Flexsys.
SANTOPRENE – EPDM + PP – antiga Monsanto, atual Flexsys.
SANTOWHITE – Antioxidante não manchante – antiga Monsanto, atual Flexsys.
SARLINK – Elastômeros termoplásticos – DSM.
SHELLFLEX 451 – Óleo plastificante parafínico – Shell.
SI-69 – Organo-silano – antiga Degussa, atual Evonik.
SILASTIC – Fluorsilicone – Dow Corning.
SILCOSET – Elastômero de Silicone – ICI.
SYLGARD – Elastômero de Silicone – Dow Corning.
SILLITIN – Carga branca – Kettlitz.
SILMATE – Silicone – antiga GE, atual Momentive.
SILOA 72 X – Silica HDS para alta dispersão – Rhodia.
SILOPREN – Silicone – Bayer.

Marcas Comerciais 195


SILPLUS – Elastômero de Silicone – antiga GE, atual Momentive.
SILQUEST – Silano – antiga GE, atual Momentive.
SKYPRENE – Policloropreno (CR) – Toyo Soda.
SOLPRENE – Elastômero de SBR em solução – SSBR – antiga Phillips, atual Dynasol.
SP-1066 – Resina fenólica reativa – Schenectady Crios.
SP-1068 – Resina fenólica – Schenectady Crios.
SPHERON – Negros de Fumo – Cabot.
STATEX – Negros de Fumo – Columbian.
STALEX – Negros de Fumo – Columbian.
STERLING – Negros de Fumo – Cabot.
STRUKTOL A-60 – Lubrificante – Struktol Co.
STRUKTOL SU 95 – Enxofre solúvel – Struktol Co.
STRUKTOL SU 108 – Enxofe insolúvel – Struktol Co.
STRUKTOL WB 16 – Lubrificante – Struktol Co.
STRUKTOL WB 212 – Dispersante – Struktol Co.
STRUKTOL WB 300 – Plastificante – Struktol Co.
STRUKTOL WB 700 – Óxido de Zinco dispersão – Struktol Co.
STRUKTOL 60NS e 40MS – Homogeneizantes – Struktol Co.
STRUKTOL 890 – MgO / ZnO – Struktol Co.
SULFAZAN – Aceleradores de vulcanização – antiga Monsanto, atual Flexsys.
SULGARD – Fluorsilicone – Dow Corning.
SUNDEX – Óleo plastificante – Sun Oil Co.
SUNPAR – Óleo plastificante – Sun Oil Co.
SUPERACELERADOR 481 – Acelerador TETD – Rhodia.
SUPERACELERADOR 1105 – Acelerador ZBDC – Rhodia.

T
TECNOFLON – Fluoroeslastômero – Solvay.
TET HENLEY – Acelerador TMTD – Henley.
TETRONE A – Acelerador de vulcanização – Du Pont.
THERBAN – Elastômero nitrílico hidrogenado (HNBR) – Lanxess.
THERMAX – Negro de Fumo – Vanderbilt.
THIATE A – Acelerador para cura de CR – Vanderbilt.
THIOFIDE – Acelerador MBTS – antiga Monsanto, atual Flexsys.
THIONEX – Acelerador TMTM – Du Pont.
THIOTAX – Acelerador MBT – antiga Monsanto, atual Flexsys.

196 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos


THIURAD – Acelerador TMTD – antiga Monsanto, atual Flexsys.
THIURAM E – Acelerador TETD – Du Pont.
THIURAM M – Acelerador TMTM – Du Pont.
THIURAD – Acelerador TMTD – antiga Monsanto, atual Flexsys.
THIXON – Adesivo metal-borracha – Dayton Chemical.
THOR MD – Resina fenólica reativa – Alba.
THORAN OZO – Elastômero NBR – antiga Petroflex, atual Lanxess.
THP CHLORIDE – Agente de proteção contra luz solar – Albright & Wilson.
TINUVIN – Agente de proteção contra ação da luz solar – Ciba-Geigy.
TINUVIN 770 – Antioxidante BHT – Ciba-Geigy.
TITANOX X – Dióxido de Titânio – White Pigments.
TIXOLEX – Sílica – Rhodia.
TIXOSIL – Sílica – Rhodia.
TRIGONOX – Peróxidos – Akzo Nobel.
TRILENE – EPDM líquido – antiga Uniroyal, atual Chemtura.
TRIS – Anti-chama – Velsicol.
TUEX – Acelerador TMTD – antiga Uniroyal, atual Chemtura.
TUFEL – Silicone grau alimentar – antiga GE, atual Momentive.
TYRIN – Polietileno Clorado (CPE) – Dow.

U
ULTRASIL VN3 – Sílica – antiga Degussa, atual Evonik-Degussa.
UNADS – Acelerador TMTM – Vanderbilt.
UNIMOLL – Plastificante – antiga Bayer, atual Lanxess.
UNITED – Negros de Fumo – United.
UREKA – Acelerador de vulcanização – antiga Monsanto, atual Flexsys.
UREPAN – Poliuretano – antiga Bayer, atual Lanxess.
UVITEX BHT – Antioxidante – Ciba-Geigy.

V
VAMAC – Elastômero de etileno-acrílico – Du Pont.
VANOX 12 – Antioxidante – Vanderbilt.
VARCUM HF 328 – Resina fenólica reativa – Resana Reichold.
VAROX – Peróxidos – Vanderbilt.
VELVETEX – Negros de Fumo – Columbian.

Marcas Comerciais 197


VIBRATHANE – Poliuretano – antiga Uniroyal, atual Chemtura.
VIPFLEX – PVC – composto expandido de PVC – PVC Sul.
VISCASIL H-60 – Óleo de silicone – antiga GE, atual Momentive.
VISTALON – Elastômero de EPDM – antiga Enjay Chem, atual Exxon.
VITON – Fluoroelastômero – Du Pont.
VP-SI – Silanos – antiga Degussa, atual Evonik.
VULCABOND – Adesivo metal-borracha – Rhône-Poulenc.
VULCABOND TX – Adesivo metal-borracha – ICI.
VULCACEL BN – Expansores dinitroso – ICI.
VULCACURE ZE – Acelerador ZEDC – Alco.
VULCAFOR – Acelerador de vulcanização – Rhône-Poulenc.
VULCAFOR BSM – Acelerador de vulcanização MBS – ICI.
VULCAFOR MS – Acelerador TMTM – ICI.
VULCAFOR TET – Acelerador TETD – ICI.
VULCAFOR TMT – Acelerador TMTD – ICI.
VULCAFOR ZEP – Acelerador ZBDC – ICI.
VULCALON H, H30 – Acelerador HMT – Enro.
VULCAN – Negros de Fumo – Cabot.
VULCANEX – Acelerador de vulcanização – Du Pont.
VULCANOX 4020 – Antiozonante – antiga Bayer, atual Lanxess.
VULCANOX BHT – Antioxidante não manchante – antiga Bayer, atual Lanxess.
VULCACURE – Acelerador de vulcanização – Alco.
VULCALOCK – Adesivo metal-borracha – B. F. Goodrich.
VULCATARD A – Retardador de vulcanização – ICI.
VULCUP – Série de Peróxidos – Hércules.
VULKACIT – Série de aceleradores de vulcanização – antiga Bayer, atual Lanxess.
VULKACIT CZ – Acelerador CBS – antiga Bayer, atual Lanxess.
VULKACIT D – Acelerador DPG – antiga Bayer, atual Lanxess.
VULKACIT DM – Acelerador MBTS – antiga Bayer, atual Lanxess.
VULKACIT H – Acelerador HMT – antiga Bayer, atual Lanxess.
VULKACIT LDA – Acelerador ZDEC – antiga Bayer, atual Lanxess.
VULKACIT – LDS – Acelerador ZBDC – antiga Bayer, atual Lanxess.
VULKACIT MERCAPTO – Acelerador MBT – antiga Bayer, atual Lanxess.
VULKACIT MOZ – Acelerador MBS – antiga Bayer, atual Lanxess.
VULKACIT NPV/C – Acelerador ETU – antiga Bayer, atual Lanxess.
VULKACIT P – Peptizante para CR – antiga Bayer, atual Lanxess.

198 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos


VULKACIT THIURAM – Acelerador TMTD – antiga Bayer, atual Lanxess.
VULKACIT ZM – Acelerador ZMBT – antiga Bayer, atual Lanxess.
VULKADUR – Resina fenólica – antiga Bayer, atual Lanxess.
VULKALENT A – Retardador de vulcanização – antiga Bayer, atual Lanxess.
VULKANOL – Plastificante – antiga Bayer, atual Lanxess.
VULKANOX – Antioxidantes – antiga Bayer, atual Lanxess.
VULKASIL – Sílica – Bayer.
VULTAC – Agentes de cura – Pennsalt.
VYNATHENE – EVA – UST Chemicals.

W
WARECURE – Acelerador ETU – Ware Chemical Corp.
WINGSTAY – Antioxidante – Goodyear.
WITKO – Negro de Fumo – Wishnick Tumpeer.

Z
ZENITE – Acelerador ZMBT – Du Pont.
ZEOLEX – Carga branca – J.H. Huber.
ZEOSIL – Sílica amorfa – Rhodia.
ZEOSIL HDS – Sílica de alta dispersão – Rhodia.
ZETAX – Acelerador – Vanderbilt.
ZETAX MP – Acelerador ZMBT – Vanderbilt.
ZEPTOL – HNBR – Zeon.
ZINC ANCAP – Acelerador ZMBT – Anchor Chemicals.
ZOPAQUE – Dióxido de Titânio – Glidden Pigments.

Marcas Comerciais 199


200 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos
Marcas Comerciais 201
202 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos
VII

REFERÊNCIAS

Referências 203
A simples menção de um produto já identifica a fonte da informa-
ção. Ocorreram muitas alterações no mercado principalmente nos últi-
mos 20 anos (empresas e produtos), assim, foi dada muita atenção ao
produto e ao seu fabricante, procurando zelar pela propriedade industrial
de marcas e patentes. Como pode haver incorreções involuntárias, solici-
tamos que tais nos sejam comunicadas para imediatamente efetuarmos
correção e atualização das mesmas. Em função disso, não garantimos e
não nos responsabilizamos pelos resultados, tendo em vista a falta de
controle sobre a utilização correta das mesmas, bem como o grande nú-
mero de variáveis inerentes a cada processo específico.

AMF – Textil Assef. Maluf Ltda. –www.maluf.ind.br


Basf S.A. Unidade de Poliestireno – psbasf@basf-sa.com.br
Brasilminas Ind. e Com. Ltda. – www.braasilminas.net
Buschle & Lepper – www.buschle.com.br
Clariant S.A. – www.clariant-latinamerica.com
Crompton – www.cromptoncorp.com
Curso de Tecnologia da Borracha II Edição – Du Pont
Degussa-Hüls – Itapegica – Guarulhos – SP
Degussa-Evonik – www.degussa.com.br
Dicionário de Química y de produtos químicos – Gessmer G. Hawley – Ediciones
Omega S.A. – Barcelona
Dow – www.dowbrasil.com
DSM Elastômeros –www.dsm.nl
Dupont Dow Elastômeros – São Paulo – Brasil
Elastômeros – revista de informação e tecnologia da borracha – Expert, editora técnica
Ltda. – São Paulo
FCC Fornecedora – www.fornecedora.com.br
Flexsys – www.flexsys.com
Glossário de termos técnicos TI, Luiz Mendes Antas – Traço Editora – SP – 1979
Hoffmann Mineral – Franz Hoffmann x Söhne KG – Neuburg – GER
Indukern do Brasil química Ltda – www.indukern.com.br
Ipiranga Química – www.ipirangaquimica.com.br
Kettlitz – Chemie Gmbh Co. KG, Chemische fabrik – Rennerstshofen – GER
Lanxess – www.lanxess.com.br
Lord Industrial Ltda. – www.lordla.com.br

204 Grison, Becker, Sartori  Borrachas e seus aditivos


Manual para la industria del caucho – Manfred Abele edt. Allii – Bayer Leverkusen-
1972
Monsanto – www.monsanto.com
Petroflex – www.petroflex.com.br
Petroquímica União S.A. – www.pqu.com.br
Plastico moderno, Editora QD Ltda. – www.qd.com.br
Plasticos em revista, Editora Definição Ltda. – www.plasticosemrevista.com.br
PPG Industrial do Brasil Ltda. – SP
Quisvi Química – www.quisvi.com.br
Retilox Soluções tecnológicas-SP – www.retilox.com.br
Rhein Chemie – www.lanxess.com.br
Rubber Technology Handbook – Werner Hofmann
Rhodia – www.rhodia-silicones.com; www.rhodia-silicas.com
The Synthetic Rubber Manual 17th Edition – IISRP
The Vanderbilt rubber handbook, Robert O. Babbit et allii – RT. Vanderbilt Company
inc. – Norwalk-connecticut – 1978
Vulcanizar – www.vulcanizar.com.br
Worldwide Rubber Statistics 2007 – IISRP

Referências 205

Você também pode gostar