GEOGRAFIA 1

INDICADOR SOCIOECONÔMICO

INDICADOR SOCIOECONÔMICO

O PIB (Produto Interno Bruto) representa o

desempenho econômico de um país, durante o
período de um ano. É a soma anual de todas as
atividades produtivas (bens e serviços) realizadas
dentro do país, independente da nacionalidade das
empresas e das remessas de lucros feitas por elas ao
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exterior.
Os maiores PIBs do Mundo (em trilhões de dólares) *PIB
Nominal
1º ‐ Estados Unidos ‐ 15,684
2º ‐ China ‐ 8,227
3º ‐ Japão ‐ 5,963
4º ‐ Alemanha ‐ 3,400
5º ‐ França ‐ 2,608
6º ‐ Reino Unido ‐ 2,440
7º ‐ Brasil ‐ 2,395

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8º ‐ Rússia ‐ 2,021
9º ‐ Itália ‐ 2,014
10º ‐ Índia ‐ 1,824
Fontes: FMI (Fundo Monetário Internacional) e agências
internacionais ‐ dados relativos ao ano de 2012

Depois de passar o Reino Unido e se tornar a sexta

maior economia do mundo em 2011, o Brasil voltou à
sétima posição no ano passado (2012).
IDH – ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO
HUMANO
O PIB passou a ser utilizado a partir da Segunda
Guerra Mundial como instrumento para medir a
situação e o crescimento econômico dos países e, por
algum tempo, o PIB per capita (PIB dividido pela
população do país) transformou‐se em importante
indicador de qualidade de vida. Desde a década de
1990, a ONU utiliza um índice mais abrangente para
avaliar a qualidade de vida: o Índice de
Desenvolvimento Humano (IDH). Além da variável
econômica, o IDH considera também a longevidade e a
escolaridade.

O PIB per capta

representa uma
média da renda
nacional apropriada
para cada habitante,
porém está muito
longe de representar
a realidade. Como
qualquer média ela
esconde os
contrastes entre os
rendimentos das diferentes classes e grupos sociais.
Lembre‐se que o crescimento da economia brasileira
desenvolveu‐se sobre o através da concentra‐se da
renda. No conjunto da população brasileira, o
rendimento médio dos 10% mais ricos é cerca de 20

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vezes maior do que o rendimento médio dos 40% mais 1° ‐ Distrito Federal – 0,874
pobres. 2° ‐ Santa Catarina – 0,840
3° ‐ São Paulo – 0,833
O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é um 4° ‐ Rio de Janeiro – 0,832
dado utilizado pela Organização das Nações Unidas 5° ‐ Rio Grande do Sul – 0,832
(ONU) para analisar a qualidade de vida de uma 6° ‐ Paraná – 0,820
determinada população. Os critérios utilizados para 7° ‐ Espírito Santo – 0,802
calcular o IDH são: 8° ‐ Mato Grosso do Sul – 0,802
9° ‐ Goiás – 0,800
‐ Grau de escolaridade: média de anos de estudo da 10° ‐ Minas Gerais – 0,800
população adulta e expectativa de vida escolar, ou 11° ‐ Mato Grosso – 0,796
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tempo que uma criança ficará matriculada. 12° ‐ Amapá – 0,780

13° ‐ Amazonas – 0,780
‐ Renda: Renda Nacional Bruta (RNB) per capita, 14° ‐ Rondônia – 0,756
baseada na paridade de poder de compra dos 15° ‐ Tocantins – 0,756
habitantes. Esse item tinha por base o PIB (Produto 16° ‐ Pará – 0,755
Interno Bruto) per capita, no entanto, a partir de 2010, 17° ‐ Acre – 0,751
ele foi substituído pela Renda Nacional Bruta (RNB) 18° ‐ Roraima – 0,750
per capita, que avalia praticamente os mesmos 19° ‐ Bahia – 0,742
20° ‐ Sergipe – 0,742
aspectos que o PIB, no entanto, a RNB também
21° ‐ Rio Grande do Norte – 0,738

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considera os recursos financeiros oriundos do exterior. 22° ‐ Ceará – 0,723
‐ Nível de saúde: baseia‐se na expectativa de vida da 23° ‐ Pernambuco – 0,718
população; reflete as condições de saúde e dos 24° ‐ Paraíba – 0,718
25° ‐ Piauí – 0,703
serviços de saneamento ambiental.
26° ‐ Maranhão – 0,683
De acordo com os dados do IBGE (Instituto Brasileiro de 27° ‐ Alagoas – 0,677
Geografia e Estatística) de 2009, a esperança de vida ou
expectativa de vida dos brasileiros é, em média, de 72,8
anos, essa média varia segundo o sexo, a média de vida das Analisando o ranking, as diferenças socioeconômicas
mulheres é de 76,7 anos e de homens é 69,1. no país ficam evidentes, sendo as regiões Sul e
Sudeste as que possuem melhores Índices de
Desenvolvimento Humano, enquanto o Nordeste
O Índice de Desenvolvimento Humano varia de 0 a 1, possui as piores posições. Nesse sentido, se torna
quanto mais se aproxima de 1, maior o IDH de um necessária a realização de políticas públicas para
local. minimizar as diferenças sociais existentes na nação
brasileira.
De acordo com dados divulgados em novembro de
2010 pela ONU, o Brasil apresenta IDH de 0,699, valor
considerado alto, atualmente ocupa o 73° lugar no
ranking mundial. A cada ano o país tem conseguido
elevar o seu IDH, fatores como aumento da
expectativa de vida da população e taxa de
alfabetização estão diretamente associados a esse
progresso.
No entanto, existem grandes disparidades sociais e
econômicas no Brasil. As diferenças socioeconômicas
entre os estados brasileiros são tão grandes que o país
apresenta realidades distintas em seu território, e se
torna irônico classificar o país com alto Índice de
Desenvolvimento Humano.
Obs.: Em novembro de 2010, a ONU, utilizando os
novos critérios de cálculo, divulgou uma lista de IDH
dos países. Porém, esse novo método ainda não foi
aplicado para o cálculo dos estados brasileiros. Nesse
sentido, o ranking nacional segue o modelo e dados
divulgados em 2008 pelo Programa das Nações Unidas
O continente Europeu é o que possui a maior
para o Desenvolvimento (PNUD):
quantidade de países entre os primeiros nas medições
de Índice de Desenvolvimento Humano. Conforme
dados divulgados em novembro de 2010 pela ONU,

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mostra o Brasil na 73ª posição entre 169 países. Os os piores índices são do continente africano,
cinco primeiros colocados são, pela ordem, Noruega, destacando‐se apenas três países não africanos: Timor
Austrália, Nova Zelândia, Estados Unidos e Irlanda. O Leste, Bangladesh e Papua Nova Guiné.
cinco últimos são Zimbábue, República Democrática
Índice de Pobreza – 2008:
do Congo, Níger, Mali e Burkina Faso. Chade – 56.9%
Em 2012 o Brasil ocupava a 85ª posição do Ranking Mali – 56.4%
Burkina Fasso – 55.8%
com o IDH de 0.730.
Etiópia – 54.9%
Níger – 54.7%
Guiné – 52.3%
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Serra Leoa – 51.7%

Moçambique – 50.6%
Benin – 47.6%
Guiné‐Bissau – 44.8%
Central Africano República – 43.6%
Senegal – 42.9%
Timor‐Leste – 41.8%
Zâmbia – 41.8%
Gâmbia – 40.9%
Bangladesh – 40.5%

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Papua Nova Guiné – 40.3%
Zimbábue – 40.3%
Angola – 40.3%
Costa do Marfim – 40.3%
Fonte: http://www.unric.org/pt/actualidade/27444‐os‐paises‐mais‐
pobres‐do‐mundo‐tem‐de‐diversificar‐as‐suas‐economias‐para‐
O IDH do Brasil apresenta "tendência de crescimento vencer‐a‐pobreza
sustentado ao longo dos anos".
A situação social no Brasil é bem mais grave do que a
O Brasil continua situado entre os países de alto espelhada pelo IPH. A incidência de pobreza é maior
desenvolvimento humano, como em 2009.
nas áreas rurais do que nas áreas urbanas.
Enquanto na região Nordeste mais da metade da
IPH – ÍNDICE DE POBREZA HUMANA população é pobre, na região Sul cerca de 18% estão
abaixo da linha de pobreza.
Quando um país apresenta um baixo Índice de
Desenvolvimento Humano, inexistência de indústrias
ou uma industrialização tardia, certamente o mesmo
estará nas listas dos países mais pobres do planeta.
Embora, na atualidade o continente africano tenha se
tornado o “continente da moda” em função de seu
entrelaçamento mercantil com a China e até mesmo o
Brasil, notamos que muito ainda há que ser feito para
realmente erradicar alguns problemas persistentes
neste continente, tais como pobreza, fome, baixa
produtividade agrícola, endividamento externo e
disparidades sociais extremas.
A fim de sanar ou pelo menos amenizar estas questões
projetos de recuperação econômica das nações
pobres tem sido desenvolvidos em parceria com a
ONU, por meio do Conselho de Comércio e
Desenvolvimento da CNUCED – Conferência das
Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento –
entidade que realiza reuniões periódicas para estas
finalidades.
Anualmente, a ONU publica o IPH (Índice de Pobreza
Humana) que, ultimamente, considera o número de
morte de recém‐nascidos, percentagem de
adolescentes com escolaridade básica, crianças abaixo
do peso e a renda familiar. A maioria dos países com
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