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Estudo Bíblico

Igreja A Família de Deus – 07/06/2023, Irmão Cristiano Leandro

A personalidade do Espírito Santo

Toda pessoa possui emoções, intelecto e vontade. O Espírito Santo, uma das pessoas da
Trindade, apresenta também atribuições pessoais que nos esclarecem a respeito do Seu propósito.
Por ser Deus, junto com o Pai e o Filho, Ele detém todos os atributos naturais, ou incomunicáveis, de
Deus (eternidade, imutabilidade, onipresença, onipotência, onisciência...).

O Espírito Santo foi enviado por Jesus para estar conosco todos os dias. Podemos começar
falando da personalidade do Espírito Santo através da manifestação do fruto do Espírito, que, a
propósito, é um só, nove são suas características. A Palavra de Deus nos mostra o que o Espírito Santo
é capaz de sentir. Acompanhe:

Amor

“Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz...” (Gálatas 5.22).

O Espírito Santo nos ama. A primeira característica do fruto do Espírito Santo é o amor. Ele nos
ama e se preocupa conosco. Por causa disso, é natural que quem vive no Espírito, ame verdadeiramente o
seu próximo. A Bíblia chega a dizer que quem não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor (1 João 4.8)

Alegria

“E os discípulos estavam cheios de alegria e do Espírito Santo”. (Atos 13.52)

A segunda característica do fruto do Espírito Santo é a alegria, por essa razão, a pessoa que
anda no Espírito naturalmente sentirá alegria, independente da situação que esteja vivendo. Nem
sempre uma alegria eufórica, aparente, mas a serenidade de saber que tudo está sob o controle de
Deus, que mesmo algo fugindo do nosso controle, podemos nos alegrar na esperança, alegrar-nos em
Deus.

Paz

“Amor, alegria, paz...” (Gálatas 5.22)

O terceiro item desta relação revela que o Espírito Santo nos comunica a Sua paz. A mesma
paz com que nos cumprimentamos uns aos outros, é a paz que nos é dada por Deus através do Seu
Espírito Santo. Esta paz que guiou Jesus enquanto estava cumprindo Sua missão, diante de todo o
sofrimento que iria passar, mesmo assim Ele não perdeu a Sua paz, é essa paz que o Espírito Santo
nos dá.
Longanimidade

“longanimidade, benignidade...” (Gálatas 5.22)

Paciência é o que significa longanimidade. Perseverança é outro sinônimo prático dessa parte
do fruto. O salmo 40 descreve essa habilidade na vida do fiel que afirma: esperei com paciência no
Senhor (Salmo 40.1). Também expressa a demora em se irar ou tomar decisões precipitadas. O crente
em Jesus Cristo é capacitado pelo Espírito de Deus para esperar. Esperar o cumprimento das
promessas, esperar a volta de Jesus, esperar a chegada da bênção. Esperar com alegria e serviço, não
está falando de inércia, está expressando o poder de não desanimar nem desistir.

Benignidade

“...paz, benignidade...” (Gálatas 5.22)


A benignidade, segundo o dicionário online é: característica do que é benigno, generoso,
benevolente; generosidade, benevolência. Assim, o Espírito Santo é cheio de ternura e conforto para nos
consolar (lembre-se que Ele é o consolador prometido por Jesus) e também nos torna aptos para consolar
os aflitos.

Bondade

“...bondade...” (Gálatas 5.22)

O Espírito Santo é bondoso. A mesma bondade que havia no olhar de Jesus quando se
compadecia de pecadores arrependidos e de enfermos pedindo cura, é a bondade do Espírito Santo
para com o crente pedindo ajuda. Esta bondade que Ele nos transmite e nos capacita a demonstrar
pelas pessoas no dia a dia.

Fidelidade

“...bondade, fé...” (Gálatas 5. 22)

Afinal, fé ou fidelidade? Pensemos no propósito destas palavras. A fé é a convicção que faz alguém
se manter fiel. O Espírito Santo, sendo nosso auxiliador, nos dá a capacidade de crer na Palavra de Deus
independente de qualquer circunstância. Essa fé é a base da fidelidade a Deus e a fidelidade é a constância
na vida cristã. Então, em qualquer tradução, essa característica do fruto do Espírito, que revela a Sua
natureza, nos torna hábeis para servir a Deus em todo tempo.

Mansidão

“...fé, mansidão...” (Gálatas 5.22)

Atributo que conserva a paz no coração, a mansidão é a capacidade de suportar com paciência as
tribulações, provações e ficar lúcido, sem “perder a cabeça”. Esta sobriedade que o cristão deve ter é uma
competência fornecida pelo Espírito Santo para que sejamos portadores do evangelho da paz.
Temperança

“Temperança, contra essas coisas não há lei.” (Gálatas 5.22,23)

Também descrita como domínio próprio, nas traduções mais modernas da Bíblia, a temperança é
o autocontrole, o que capacita o cristão a não ceder às tentações, provocações, desafios para reagir. Não
somos reativos, somos ativos na vigilância e preparação para a guerra espiritual da vida cristã. Lembre-se
de Jesus, quando após o jejum no deserto, foi tentado por satanás, mas estando cheio do poder do Espírito
Santo, foi capaz de resistir às ofertas do diabo que queria fazê-lo sair do propósito de Deus. Dessa forma,
somos habilitados a resistir às tentações pela virtude do fruto do Espírito em nossa vida.

Você sabia?

O Espírito Santo sente ciúmes de nós!

“...Não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser
amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus. Ou cuidais vós que em vão diz a Escritura: O Espírito que em
nós habita tem ciúmes?” (Tiago 4:4,5).

Exatamente! O Espírito Santo sente ciúmes de nós! Mas não do jeito humano. Não de um modo
perigoso, pois Ele bem sabe os perigos que corremos ao nos aproximarmos das coisas terrenas em lugar
da presença de Deus.

E também: Ele pode sentir tristeza.

“E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual estais selados para o dia da redenção." (Efésios 4:30).

Sim, é possível entristecê-lo. Sempre que se comete um pecado, que se tem atitudes que
desagradam a Deus, o Espírito Santo se entristece.

Quando sentimos essa tristeza, na verdade é um bom sinal, pois o Espírito Santo nos conduziu ao
arrependimento, essa é a tristeza que vem por causa do pecado, é o arrependimento sincero que brota no
coração do cristão ao ser confrontado pela consciência culpada. Lembremo-nos de Davi, quando escreveu
o Salmo 51, após ter sido confrontado pelo profeta Natã sobre o pecado que havia cometido contra o
marido de Bate-Seba, ele descreveu a dor do arrependimento pelo pecado. Essa tristeza é movida pelo
Espírito de Deus, como um caminho para nos levar de volta à Presença de Deus.

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