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Catequese, antes de tudo um ato de amor

Ao estudarmos o ( DCN) Diretório Nacional da Catequese, observamos que ele nos traz
uma bela reflexão sobre o papel do catequista e sua formação.
“Nenhuma metodologia dispensa a pessoa do catequista no processo da catequese a
alma de todo método está na no carisma do catequista na sua sólida espiritualidade em
ser transparente testemunho de vida no seu amor aos catequizandos na sua
competência quanto ao conteúdo ao método e a linguagem o catequista ele é o
mediador que facilita a comunicação entre os catequistas e o mistério de Deus das
pessoas entre si e com a comunidade” DNC- 172. O diretório continua afirmando que
ninguém nasce pronto, cada ser humano vai adquirindo experiências no processo de
crescimento. É o princípio: aprender fazendo. A formação catequética é um longo
caminho a ser percorrido através de conhecimentos e de práticas iluminadas pela
reflexão bíblico-teológica e metodológica que requerem sintonia com tempo atual e
com a situação da comunidade. Assim, os catequistas, fiéis a Deus, à Igreja e à pessoa
humana, evangelizam a partir da vida, anunciando o ministério de Jesus.
No entanto, apesar da boa vontade, a formação teológica e pedagógica dos catequistas
não costuma ser a desejável. Os materiais e subsídios são com frequência muito variados
e não se integram em uma pastoral de conjunto e nem sempre são portadores de
métodos pedagógicos atualizados.
E quando se fala da catequese para pessoa com deficiência, a falta de preparação
específica fica ainda mais evidente. É preciso ter em mente que a catequese para a
pessoa com deficiência não é diferente da catequese dita “normal”. Ela se difere apenas
pelos seus interlocutores, adaptações quanto ao espaço físico, método, tempo e
conteúdo. Por esse motivo, sempre que possível, é fundamental que o processo
catequético seja realizado junto aos demais catequizandos, já que tem os mesmos
objetivos da catequese com as crianças que não são deficientes, que são:
Anunciar a Boa Nova de Jesus Cristo;
Ajudar na adesão e amadurecimento da fé no Deus Trindade;
Estar a serviço dos irmãos e irmãs integrando a fé e a vida;
Ajudar no protagonismo da pessoa com deficiência;
A participação das pessoas com deficiências na catequese paroquial se baseia na
aceitação das diferenças individuais, na valorização de cada pessoa, na convivência
dentro da diversidade através da cooperação, promovendo a transformação e a
mudança de comportamento e atitudes.
Quanto mais as pessoas interagem espontaneamente com situações diferentes, mais
adquirem o verdadeiro conhecimento e mais vivenciam o amor de Deus.
Assim fica fácil entender por que a segregação é prejudicial não apenas para as pessoas
com deficiência. Isso afeta a todos, pois retira de todas as pessoas as oportunidades de
conhecer a vida humana em todos os seus desafios e que Deus ama a todos sem
distinção. A inclusão de catequizandos com deficiência se torna um grande benefício
para as pessoas com ou sem deficiência.
A maioria descobre ser capaz de atos solidários e cooperativos, desde cedo tornando-se
mais compreensivos, tolerantes e confiantes nas relações com o outro, os catequizandos
sem deficiência, participando de uma catequese que valoriza a diversidade, passam a
ter uma nova visão da vivência da fraternidade, tornam-se mais preparados para a vida
adulta em uma comunidade diversificada e passam a demonstrar maior
responsabilidade e tolerância.
Os catequizandos com deficiência quando inseridos na catequese paroquial
desenvolvem da mesma forma a apreciação pela diversidade individual passando
adquirir experiências diretas relativas à variação natural das capacidades humanas. O
catequista ao oferecer a eles condições de interação apresentará os meios para ser
cristão e mostrará a alegria de viver o evangelho, pois é o intérprete da igreja junto aos
catequizandos.
Pela atuação do catequista todos os catequizandos se sentirão bem-preparados para a
vida adulta em uma comunidade tão diversificada quanto a Igreja, a qual deve produzir
a vida como ela é e não de catequese de qualquer maneira. É preciso tratá-los como
pessoas que precisam de uma estrutura para aprender. É preciso esquecer aquela ideia
de que os catequizandos tem que se adaptar a catequese. Pelo contrário, a catequese
deve tornar-se um meio mais favorável para evangelizar todas as pessoas, inclusive as
com deficiência, dando-lhe recursos para enfrentar os desafios.

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