Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
297, de 19/08/2013
Texto Original
Contém o Regulamento de Promoção de Oficiais das Instituições Militares do Estado de Minas Gerais.
O GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS, no uso de atribuição que lhe confere o inciso VII do art. 90
da Constituição do Estado e tendo em vista o disposto no Título VIII da Lei nº 5.301, de 16 de outubro de 1969, e na
Lei nº 7.019, de 1º de julho de 1977,
DECRETA:
CAPÍTULO I
Art. 1º A promoção consiste no acesso equânime, gradual, sucessivo, regular e equilibrado dos Oficiais
aos postos da hierarquia das instituições militares estaduais, observados os princípios e critérios de aferição de
aptidões estabelecidos neste Regulamento.
Art. 2º As promoções serão realizadas, anualmente, no dia vinte e cinco de dezembro, por ato do
Governador do Estado, pelos critérios seguintes:
I – merecimento;
II – antiguidade;
IV – necessidade do serviço;
V – incapacidade física;
VI – post-mortem ;
VII – trintenária; e
VIII – invalidez.
Parágrafo único. As promoções por ato de bravura, por necessidade do serviço, por incapacidade física,
post - mortem, trintenária e por invalidez poderão ocorrer, a qualquer tempo, a partir do cumprimento das
condições previstas para esses fins.
Art. 3º A promoção por merecimento baseia-se na aferição do conjunto de atributos e habilidades que
distinguem o valor do Oficial entre seus pares, observado no decurso de sua carreira e, especialmente, no posto
atual e no âmbito de sua turma.
Art. 4º A promoção por antiguidade caberá ao militar não promovido por merecimento e que satisfaça
as condições legais, nos prazos previstos nos arts. 32 a 34 deste Regulamento.
Art. 5º A promoção por ato de bravura decorre da ação praticada pelo Oficial, de maneira consciente e
voluntária, com evidente risco à vida e da qual não se tenha beneficiado o agente ou pessoa de seu parentesco
até 4o (quarto) grau, cujo mérito transcenda em valor, audácia e coragem a quaisquer considerações de
natureza negativa, porventura, cometidas, sendo concedida a partir da data do evento.
§ 4º Caso a Comissão de Promoção de Oficiais – CPO – não considere o ato como de bravura, o processo
será encaminhado à autoridade competente para fins de apreciação quanto à concessão de recompensa.
Art. 6º A promoção por necessidade do serviço motiva-se pelo término de curso ou pela adequação de
efetivo, a juízo do Comandante-Geral da respectiva instituição militar.
Art. 7º O Oficial que tenha sofrido, no cumprimento de suas funções e no exercício de atividade policial-
militar ou bombeiro-militar, lesões que o tornem inválido permanentemente, será promovido por invalidez,
independentemente de vaga e data própria.
§ 1º A promoção referida no caput deverá ser precedida de apuração das circunstâncias do fato, por
meio de Atestado de Origem – AO, e ocorrer após a expedição de parecer pela JCS.
§ 2º O ato de promoção por invalidez retroage, para todos os fins e efeitos legais, à data do fato que a
provocou ou, quando essa data não puder ser determinada, à data do laudo médico declaratório da invalidez.
§ 3o A promoção post-mortem ocorrerá a partir da data do fato que a motivou e não implicará
reconhecimento de direito de pensão acidentária, regulamentada em legislação própria.
Art. 9º O Oficial da ativa, ao completar trinta anos de serviço, quando de sua transferência para a reserva,
será promovido ao posto imediato, se contar, pelo menos, um ano de efetivo serviço no posto e vinte anos de
efetivo serviço na instituição militar estadual, vedada, neste último caso, a contagem de qualquer tempo fictício
não prevista no Estatuto dos Militares do Estado de Minas Gerais - EMEMG, desde que satisfaça os requisitos
estabelecidos nos incisos I e IV do art. 11 e não se enquadre nas situações previstas no art. 14 deste Regulamento.
§ 1º A policial militar e a bombeiro militar poderão requerer sua transferência para a reserva remunerada
aos vinte e cinco anos de efetivo serviço, com proventos integrais, vedada a contagem de qualquer tempo fictício
não prevista no EMEMG.
§ 2º A policial militar e a bombeiro militar, quando de sua transferência para a reserva, nos termos do § 1º,
serão promovidas ao posto imediato, se tiverem, no mínimo, um ano de serviço no posto, desde que satisfaçam os
requisitos estabelecidos nos incisos I e IV do art. 11 e não se enquadrem nas situações previstas no art. 14 deste
Regulamento.
Art. 10. A Diretoria de Recursos Humanos encaminhará ao Comandante-Geral a relação dos Oficiais que
tenham atendido os requisitos para promoção trintenária, baseada na certidão de assentamentos de cada
militar.
CAPÍTULO II
Seção I
I – idoneidade moral;
II – aptidão física;
VI – resultado igual ou superior a 60% (sessenta por cento) na Avaliação Anual de Desempenho
Profissional – AADP, no ano em que concorrer à promoção; e
VII – possuir os seguintes cursos, realizados na instituição militar ou em outra corporação militar,
mediante convênio ou autorização:
a) Curso de Formação de Oficiais - CFO, para promoção ao posto de 2º-Tenente do Quadro de Oficiais
da Polícia Militar ou do Corpo de Bombeiros Militar – QO-PM/BM;
§ 3º Interstício é o período mínimo, contado dia a dia, em que o Oficial deverá permanecer no posto para
que possa ser cogitado para a promoção pelos critérios de merecimento ou antiguidade, assim compreendido:
IV – Major: um ano; e
V – Tenente-Coronel: um ano.
§ 4º O militar que se enquadrar nas hipóteses previstas no art. 15 deste Regulamento, enquanto perdurar
a situação, não terá computado o período como tempo de interstício.
§ 5º O interstício do Aspirante a Oficial será de seis meses, findo o qual será promovido ao posto de 2º-
Tenente, observado o disposto na Seção V do Capítulo II, independentemente da data prevista no art. 2º deste
Regulamento.
§ 6º Não preencherá o requisito de que trata o inciso IV do art. 11 o Oficial classificado no conceito “C” ou
“B”, com pontuação igual ou inferior a vinte e cinco pontos negativos.
§ 10. Aos Oficiais do Quadro de Oficiais Complementares – QOC – e do Quadro de Oficiais Especialistas –
QOE – será exigido Curso de Habilitação de Oficiais – Curso Superior de Tecnologia em Gestão de Segurança
Pública – CSTGSP – na PMMG, ou equivalente no CBMMG, para promoção a 2º-Tenente.
§ 11. O Comandante-Geral definirá os requisitos para acesso aos cursos internos da respectiva instituição
militar.
§ 12. Os cursos de Mestrado e Doutorado previstos nas alíneas “b” e “c” do inciso VII do art. 11 serão
autorizados a partir da vigência da Lei Complementar nº 125, de 14 de dezembro de 2012, em áreas de interesse da
PMMG, conforme estabelecido em resolução do Comandante-Geral.
§ 13. Para os efeitos estabelecidos em lei, a autorização de flexibilização de carga horária para a
realização de cursos de Mestrado e Doutorado não será considerada como equivalência para o CESP ou CEGESP.
Art. 12. Aos Oficiais dispensados definitivamente, pela JCS, de atividade incluída no conjunto de serviços
de natureza policial ou bombeiro-militar e que mantenham capacidade laborativa residual serão asseguradas
condições especiais para treinamentos ou cursos, para efeito de promoção dentro do respectivo quadro.
Art. 13. Ao Oficial licenciado ou dispensado em caráter temporário, em decorrência de acidente de serviço
ou moléstia profissional, cuja falta de capacidade laborativa não seja definitiva e que não tenha participado de
curso ou treinamento exigido nos termos deste Regulamento, em decorrência do mesmo acidente ou moléstia,
será assegurada a convocação para o treinamento ou curso subsequente, de mesma natureza, tão logo cesse
sua licença ou dispensa e, se aprovado, ser-lhe-á garantida, para fins de promoção dentro do respectivo quadro,
a contagem de tempo retroativa à data de conclusão do curso ou treinamento de que não tenha participado.
Seção II
Art. 14. Não concorrerá à promoção nem será promovido, embora incluído no QA, o Oficial que:
V – estiver no exercício de cargo público civil temporário, salvo para promoção por antiguidade;
VI – for privado ou suspenso do exercício de cargo ou função, nos casos previstos em lei;
VIII – estiver preso à disposição da justiça ou sendo processado por crime doloso previsto:
a) em lei que comine pena máxima de reclusão superior a dois anos, desconsideradas as situações de
aumento ou diminuição de pena;
b) nos Títulos I e II, nos Capítulos II e III do Título III e no Capítulo I do Título VII do Livro I da
§ 1º O Oficial incluído no QA que for alcançado pelas restrições dos incisos III e VIII e, posteriormente, for
declarado sem culpa ou absolvido por sentença penal transitada em julgado será promovido, a seu requerimento,
com direito a retroação.
§ 2º O Oficial enquadrado nas restrições previstas nos incisos III e VIII concorrerá à promoção, podendo
ser incluído no QA e promovido se for declarado sem culpa ou absolvido por sentença transitada em julgado, que
produzirá efeitos retroativos.
§ 3º Não ocorrerá a retroação prevista no § 1º, salvo na promoção pelo critério de antiguidade, quando a
declaração de ausência de culpa ou a absolvição ocorrer por inexistência de prova suficiente para a aplicação de
sanção ou para condenação ou por prescrição.
§ 4º As restrições previstas no inciso VIII não se aplicam a militar quando decorrentes de ação legítima,
verificada em inquérito ou auto de prisão em flagrante ou em procedimento administrativo.
Seção III
III – exercício de cargo público civil temporário, salvo para promoção por antiguidade;
VI – interdição judicial.
§ 1º O Oficial que se encontrar em qualquer uma das situações previstas no caput, por períodos contínuos
ou não, a cada ano completado, contado o tempo de arredondamento, será remanejado para turma posterior e
terá seu ano-base alterado.
§ 2º Para fins de arredondamento, considerar-se-á o período superior a cento e oitenta e dois dias igual
a um ano.
§ 2º O Oficial que for agregado nos termos do art. 15, retornará, ao seu término, ao almanaque no
respectivo quadro e no mesmo número em que estava no início de sua agregação.
§ 3º Excetua-se do previsto no § 2º o militar que se enquadrar no disposto no inciso III do art. 15.
Art. 17. O Oficial candidato à promoção pelo critério de merecimento ou antiguidade deverá satisfazer as
condições para concorrer à promoção, observado o disposto nos arts. 11 e 14, no ano da promoção, até 1º de
dezembro, exceto o interstício completado até a data da promoção.
§ 1º Qualquer alteração da situação do Oficial a que se refere o caput deverá ser comunicada
imediatamente à CPO pela autoridade a que estiver subordinado o candidato.
§ 2º Não serão consideradas as modificações de situação dos Oficiais, após a data prevista no caput,
salvo os casos de impedimentos previstos em lei.
Seção IV
Do Exame de Saúde
Art. 18. O militar pronto para o serviço é considerado possuidor de aptidão física para o exercício das
funções inerentes ao posto que irá ocupar.
§ 2º Não será submetido a inspeção de saúde para efeito de promoção o militar que não preencher as
condições previstas em lei e neste Regulamento.
Seção V
Do Acesso ao Oficialato
Art. 19. O ingresso no QO-PM/BM dar-se-á no posto inicial da carreira após a conclusão do CFO e o
cumprimento do período de estágio na graduação de Aspirante a Oficial.
Art. 20. A promoção de Aspirante a Oficial ao posto de 2º-Tenente somente ocorrerá se o candidato, além
de satisfazer as condições gerais, tiver comprovada vocação para o oficialato, reconhecida pela maioria dos
Oficiais da Unidade em que servir.
Parágrafo único. A vocação para o oficialato será comprovada por certidão do Comandante da Unidade
a que pertencer o Aspirante a Oficial, baseada em manifestação escrita da maioria dos Oficiais.
Art. 21. Durante o período de interstício do Aspirante a Oficial deverá ser observado o seguinte:
II – o Aspirante a Oficial que não cumprir as atividades previstas para seu período de interstício, por
motivo justificado, deverá cumpri-las posteriormente, de acordo com o plano de estágio preestabelecido,
devendo sua promoção ocorrer com retroação.
Art. 22. O acesso ao oficialato para os militares do Quadro de Oficiais de Saúde – QOS-PM/BM – e do
Quadro de Oficiais Capelães – QOCPL-PM/BM – dar-se-á no posto de 2º-Tenente, mediante aprovação em
concurso público.
Art. 23. O acesso ao oficialato para os militares do QOC-PM/BM e do QOE-PM/BM dar-se-á no posto de
2º-Tenente, mediante aprovação no CSTGSP ou equivalente.
Art. 24. O acesso ao oficialato decorrente da promoção por ato de bravura ao primeiro posto se dará no
QOC-PM/BM ou no QOE-PM/BM.
§ 1º Para fins de registro na ficha de promoção, ao militar promovido ao posto de 2º-Tenente, por ato de
bravura, será concedida, para o fator formação acadêmica, nota 6,0 (seis), equivalente ao CSTGSP.
§ 2º Na hipótese do § 1º, caso seja de interesse do Oficial, será assegurada a matrícula no CSTGSP ou
equivalente subsequente, realizado após a sua promoção.
Art. 25. Os Oficiais das instituições militares serão relacionados em almanaque por ordem de antiguidade
dentro de seu quadro.
Parágrafo único. Para os Oficiais do QOS, a inclusão no almanaque será regulada de acordo com a
ordem de classificação, observando-se a nota obtida no concurso, independente da especialidade.
Seção VI
Do Ano-base
Art. 26. Os Oficiais da ativa serão organizados em turmas, fixando-se o ano-base para efeito de cômputo
do tempo e percentuais para promoção por merecimento e por antiguidade, de acordo com os seguintes
Quadros:
a Oficial;
II – de Oficiais de Saúde da Polícia Militar ou do Corpo de Bombeiros Militar: segundo ano após o da
nomeação para o posto de 2º-Tenente; e
CAPÍTULO III
Seção I
Disposições Gerais
Art. 27. Para a definição da quantidade de militares existentes nas turmas, serão computados os Oficiais
que preencherem o requisito previsto no § 3º do art. 11.
Parágrafo único. Na hipótese de haver necessidade de adequar o efetivo existente ao previsto em lei, o
Alto-Comando, órgão colegiado composto por Oficiais do último posto da ativa, poderá alterar os períodos e as
frações previstos nas Seções II e III do Capítulo III deste Regulamento.
Art. 28. Na apuração do número de promoções por merecimento e antiguidade será feito o
arredondamento para o número inteiro posterior, sempre que houver fracionamento.
Seção II
a) décimo-nono ano após o ano-base, 1/3 (um terço) dos Majores existentes na turma;
b) vigésimo ano após o ano-base, 1/4 (um quarto) dos Majores existentes na turma;
c) vigésimo-primeiro ano após o ano-base, 1/4 (um quarto) dos Majores existentes na turma;
d) vigésimo-segundo ano após o ano-base, 1/4 (um quarto) dos Majores existentes na turma;
e) vigésimo-terceiro ano após o ano-base, 1/4 (um quarto) dos Majores existentes na turma;
a) décimo-quinto ano após o ano-base, 1/3 (um terço) dos Capitães existentes na turma;
b) décimo-sexto ano após o ano-base, 1/2 (um meio) dos Capitães existentes na turma;
c) décimo-sétimo ano após o ano-base, 1/2 (um meio) dos Capitães existentes na turma;
a) nono ano após o ano-base, 1/3 (um terço) dos 1ºs-Tenentes existentes na turma;
b) décimo ano após o ano-base, 1/2 (um meio) dos 1ºs-Tenentes existentes na turma;
a) terceiro ano após o ano-base, 1/2 (um meio) dos 2ºs-Tenentes existentes na turma;
V - ao posto de 2º-Tenente, de acordo com a ordem de classificação intelectual, observada a nota final
de classificação no:
Art. 30. A promoção, pelo critério de merecimento, para os Oficiais do QOC-PM/BM e QOE-PM/BM será
realizada nos seguintes períodos e frações:
a) nono ano após o ano-base, 1/3 (um terço) dos 1ºs-Tenentes existentes na turma;
b) décimo ano após o ano-base, 1/2 (um meio) dos 1ºs-Tenentes existentes na turma;
a) terceiro ano após o ano-base, 1/3 (um terço) dos 2ºs-Tenentes existentes na turma;
b) quarto ano após o ano-base, 1/2 (um meio) dos 2ºs-Tenentes existentes na turma;
Art. 31. A promoção, pelo critério merecimento, para os Oficiais do QOCPL-PM/BM será realizada nos
seguintes períodos e frações:
a) décimo quinto ano após o ano-base, 1/3 (um terço) dos 1ºs-Tenentes existentes na turma;
b) décimo sexto ano após o ano-base, 1/2 (um meio) dos 1ºs-Tenentes existentes na turma.
II - ao posto de 1º-Tenente, no:
a) quinto ano após o ano-base, 1/3 (um terço) dos 2ºs-Tenentes existentes na turma;
b) sexto ano após o ano-base, 1/2 (um meio) dos 2ºs-Tenentes existentes na turma.
Seção III
Art. 32. Os Oficiais serão promovidos por antiguidade, no QO-PM/BM e QOS-PM/BM, nos seguintes
períodos:
Art. 33. Os Oficiais serão promovidos por antiguidade, no QOC-PM/BM e QOE-PM/BM, nos
seguintes períodos:
Art. 34. Os Oficiais serão promovidos por antiguidade, no QOCPL-PM/BM, nos seguintes períodos:
Seção IV
Do Quadro de Acesso
Art. 35. O Quadro de Acesso é a relação dos Oficiais e Aspirantes a Oficiais selecionados pela CPO, dentre
aqueles que preencham as condições para promoção, separados por postos, nos respectivos quadros da carreira
e turmas, organizada pelo critério de merecimento e antiguidade.
§ 1º A apuração do número de promoções será feita em 1º de dezembro, dentre os militares existentes nas
turmas, no mesmo posto, computando-se apenas os Oficiais que preencherem o requisito previsto no § 3º do art.
11.
§ 2º Serão incluídos no Quadro de Acesso por Merecimento – QAM – ou no Quadro de Acesso por
Antiguidade – QAA – tantos Oficiais quantas forem as vagas determinadas para cada turma e posto.
§ 3º No QAM, os Oficiais, até o posto de Major, serão relacionados na ordem decrescente de pontos
apurados por meio das fichas de promoção.
§ 4o Na organização do QAM, ocorrendo igualdade de classificação entre Oficiais de uma mesma turma,
terá precedência o mais antigo, conforme o disposto no art. 16.
Art. 36. O Oficial impedido de concorrer à promoção, nos casos previstos no §§ 1o e 2o do art. 14, avaliado
e incluído no QA pela CPO, permanecerá como remanescente, até o trânsito em julgado da sentença ou solução
definitiva do processo administrativo.
§ 1º O Oficial que se encontrar na situação referida no caput não será computado no quantitativo da
turma, para efeito de promoção por merecimento ou antiguidade
§ 2º Nos casos previstos no art. 203 do EMEMG, o Oficial incluído no QA será promovido tão logo cesse a
situação impeditiva, ressalvado o disposto no art. 38 deste Regulamento, observadas as condições de retroação.
Art. 38. O Oficial incluído no QA não poderá dele ser retirado, senão em caso de morte, incapacidade
física ou moral, condenação a um ano, ou mais, à pena privativa da liberdade, ocasionada ou verificada
anteriormente à sua inclusão no QA ou se houver atingido a idade-limite de permanência no serviço ativo.
Art. 39. Para os esclarecimentos que possam ser solicitados pelo Governador do Estado, no que concerne
às promoções por merecimento, a CPO deve estar em condições de, a qualquer momento, fornecer os
documentos referentes à classificação meritória estabelecida nos respectivos quadros de acesso.
CAPÍTULO IV
DO PREPARO DA DOCUMENTAÇÃO
Seção I
Da Ficha de Promoção
Art. 40. A ficha de promoção é o documento único elaborado pela instituição militar que contém as
informações sobre o Oficial necessárias à instrução e procedimentos da CPO.
Parágrafo único. O Oficial candidato à promoção deverá realizar a conferência de sua ficha, sendo
responsável por comunicar à Administração possíveis falhas que detectar.
Seção II
Art. 42. O documento incidental será levado ao conhecimento da CPO, de ofício ou a requerimento do
interessado.
Parágrafo único. Considera-se documento incidental aquele que contenha informação não conhecida
até a data limite da preparação da ficha de promoção que possa influir na aferição do mérito ou nas condições
de promoção do Oficial, encaminhado à CPO.
Art. 43. No caso de alteração da ficha de promoção, em decorrência de documento incidental, o Oficial
deverá ser formalmente cientificado.
CAPÍTULO V
Seção I
Disposições Gerais
II – formação acadêmica;
III – disciplina;
IV – tempo de serviço; e
V – conceito da CPO.
§ 1º Para cada fator de aferição será atribuída uma pontuação, com aproximação de centésimos, cujo
somatório resultará na nota final do candidato.
§ 2º A pontuação a que se refere o § 1º será registrada nas fichas de qualificação e de promoção, cuja
soma dará a classificação do Oficial no QAM.
§ 3º A ficha de promoção será preenchida com base em dados contidos nos assentamentos do
candidato e conterá matéria obrigatoriamente publicada em boletim, salvo as constantes dos incisos I e V.
Art. 45. Os fatores previstos no art. 44 serão aferidos e totalizados, no ano da promoção, até 1º de
setembro.
Parágrafo único. Não serão consideradas as modificações de situação dos Oficiais após a data prevista
no caput, salvo o disposto no inciso V do art. 44 e nos incisos V e VI do art. 54.
Art. 46. A nota da CI será apurada pela avaliação do Oficial candidato à promoção, no tocante à ética e
disciplina, liderança, representatividade institucional e comprometimento organizacional, no âmbito da Unidade
de Direção Intermediária - UDI.
Parágrafo único. A CI será presidida pelo Comandante da UDI e regulamentada em norma da instituição
militar.
Art. 47. A avaliação de desempenho é um processo que visa à observação sistemática e periódica da
atuação profissional do Oficial, regulamentada em norma própria da instituição militar.
Art. 48. No CBMMG, a nota da AADP será obtida apurando-se a média aritmética de todas as avaliações a
que for submetido o candidato no posto em que se encontrar no ano em que concorrer à promoção.
Parágrafo único. Para efeito de registro na ficha de promoção, a nota obtida, na forma prevista no caput,
será ponderada à razão de quarenta por cento.
Art. 49. A formação acadêmica do Oficial consiste em seu aprimoramento, obtido ao longo da carreira
por meio da capacitação profissional e de cursos realizados fora da instituição militar.
Art. 50. A disciplina refere-se ao acatamento às normas e aos princípios institucionais, considerados para
efeito deste Regulamento, como o conjunto de valores correspondentes ao conceito, punições e condenações,
bem como recompensas e condecorações.
Art. 51. O tempo de serviço consiste no reconhecimento da experiência do Oficial no desempenho de suas
funções, sendo o interstício de tempo contado:
Parágrafo único. Na apuração do tempo de serviço contar-se-á o tempo dia a dia, deduzidos os períodos
não computáveis e desprezados os acréscimos previstos na legislação vigente, observando-se o disposto no art.
15.
Art. 52. O conceito da CPO será baseado em uma análise comparativa entre os candidatos à promoção
no âmbito da Instituição, observando-se os valores institucionais nos termos do art. 58 deste Regulamento.
Seção II
Art. 53. A nota da Comissão Instrutiva, na PMMG, será obtida por meio da avaliação realizada no ano em
que o Oficial concorrer à promoção e terá o valor máximo de quatro pontos, sendo atribuída a nota de zero a um
ponto em cada um dos seguintes aspectos:
I - ética e disciplina: capacidade de proceder conforme as normas que regem a PMMG, preservando os
valores institucionais, sem a perda da visão crítica e da criatividade, bem como exigir, dentro de sua esfera de
competência, comportamentos éticos de quem lhe seja subordinado;
Parágrafo único. Para subsidiar a avaliação das habilidades e atitudes previstas neste artigo, a CI
utilizará dados da ficha de promoção, a média das notas da AADP a que for submetido o candidato no posto em
que se encontrar no ano em que concorrer à promoção, documentos incidentais, esclarecimentos e informações
que julgar necessários.
Seção III
Da Formação Acadêmica
Art. 54. A nota da capacitação profissional será obtida apurando-se a média aritmética de todas as
notas que o candidato lograr na conclusão, com aproveitamento, dos seguintes cursos e exame:
Parágrafo único. Para efeito de registro na ficha de promoção, a nota obtida, na forma prevista no caput,
será ponderada à razão de 30% (trinta por cento).
Art. 55. Serão atribuídos os seguintes valores aos cursos realizados fora das instituições militares:
§ 1º O Oficial não poderá computar mais de um curso descrito em cada inciso do caput .
§ 2º O disposto neste artigo aplica-se somente às promoções de Capitão a Major e de Major a Tenente-
Coronel.
§ 4º Não serão computados nos termos deste artigo, os cursos de Mestrado e Doutorado autorizados
como equivalentes ao CESP ou CEGESP.
Seção IV
Da Disciplina
Art. 56. Para aferição da disciplina do Oficial, serão computados os pontos obtidos na apreciação das
seguintes variáveis:
I – recompensas recebidas:
a) elogio, no posto, até o limite de cinco: 0,9 (nove décimos) de ponto, cada;
b) nota meritória, no posto, até o limite de dez: 0,55 (cinquenta e cinco centésimos) de ponto, cada; e
c) comendas concedidas pela instituição militar (Alferes Tiradentes, na PMMG e D. Pedro II, no CBMMG,
Mérito Profissional, Mérito Intelectual e Mérito Militar), na carreira, até o limite de cinco: dois pontos, cada, cuja nota
obtida será ponderada à razão de 2% (dois por cento);
II – conceito disciplinar: para cada ponto de conceito disciplinar, serão somados 0,133 (cento e trinta e
três milésimos) de ponto, a partir do conceito “B” com vinte e quatro pontos negativos;
IV – condenação, no posto, por crime doloso com sentença transitada em julgado, com decréscimo de
pontos referente a cada pena:
§ 1º Para efeito de registro na ficha de promoção, a soma das notas obtidas nas alíneas “a” e “b” do inciso
I será ponderada à razão de 2% (dois por cento).
§ 2º Para efeito de registro na ficha de promoção, a nota obtida no inciso II será ponderada à razão de
20% (vinte por cento).
§ 3º Nos casos de reabilitação ou cancelamento de punição, não haverá alteração na totalização dos
pontos da ficha de promoção do Oficial após a data de 1º de dezembro.
§ 4º Será atribuída a respectiva pontuação na ficha de promoção do Oficial, caso seja publicada, até 1º
de dezembro, concessão retroativa de comenda até a data prevista no art. 45.
§ 5º Para efeito de equivalência entre as sanções previstas no Código de Ética e Disciplina dos Militares
do Estado de Minas Gerais – CEDM, de que trata a Lei nº 14.310, de 19 de junho de 2002, e no Regulamento
Disciplinar da Polícia Militar do Estado de Minas Gerais – RDPM, a que se refere o Decreto nº 23.085, de 10 de
outubro de 1983, verificar-se-á a seguinte correspondência:
Seção V
Do Tempo de Serviço
Art. 57. Para aferição do tempo de serviço, serão atribuídos pontos às seguintes situações:
I – na carreira: 0,36 (trinta e seis centésimos) de ponto, por ano de efetivo serviço ou fração superior a
cento e oitenta e dois dias; e
II – no posto atual: 0,36 (trinta e seis centésimos) de ponto, por ano de efetivo serviço ou fração superior a
cento e oitenta e dois dias.
Parágrafo único. Para efeito de registro na ficha de promoção, a nota obtida na soma dos incisos do
caput será ponderada à razão de 6% (seis por cento).
Seção VI
Do Conceito da CPO
Art. 58. A CPO observará as seguintes habilidades e atitudes, para fins de emissão de conceito:
I - representatividade, respeito, lealdade, disciplina, ética, justiça e hierarquia, que representam valores
institucionais;
§ 1º Para subsidiar a avaliação das habilidades e atitudes previstas nos incisos do caput, a CPO utilizará
dados da ficha de promoção, documentos incidentais, esclarecimentos e informações que julgar necessários.
§ 2º Os conceitos emitidos pela CPO serão traduzidos nos seguintes valores numéricos:
Art. 59. À CPO, órgão consultivo e deliberativo, compete organizar os quadros de acesso e emitir parecer
sobre assuntos relativos às promoções de Oficiais.
§ 1º Na PMMG, a CPO será composta pelos membros natos, seis membros efetivos e três membros
suplentes.
§ 2º No CBMMG, a CPO será composta pelos membros natos, três membros efetivos e três membros
suplentes.
§ 4º Os membros efetivos e suplentes serão nomeados pelo Governador do Estado, mediante proposta
do Comandante-Geral.
§ 5º Nas deliberações da CPO, cada membro nato que a integra terá direito de voto duplo, tendo ainda
seu Presidente o voto de qualidade.
§ 6º À exceção dos membros natos, não poderão funcionar na CPO os membros que tenham, como
candidatos ao QA, parentes até o 4º (quarto) grau, inclusive, e os afins, na mesma situação.
§ 7º Integrará ainda a CPO, nos julgamentos de candidato do Quadro de Oficiais de Saúde – QOS, o
Coronel Diretor de Saúde, como membro efetivo.
III – examinar a fiel execução dos preceitos estabelecidos neste Regulamento e dos processos dele
decorrentes;
VII – expedir certidão ou documento análogo, quando requerido por Oficial cogitado.
Parágrafo único. A CPO somente deliberará com a presença de todos os membros efetivos e natos.
Art. 63. As atribuições dos membros e o detalhamento do funcionamento da CPO serão disciplinados em
resolução do Comandante-Geral.
CAPÍTULO VII
DOS RECURSOS
Art. 64. Ao Oficial é assegurado o direito de requerer, representar ou recorrer na forma da legislação
vigente.
§ 1º O direito a que se refere o caput decai, na esfera administrativa, no prazo de sessenta dias, contado
da publicação do ato ou do conhecimento do fato.
§ 3º Caso a CPO não reconsidere sua decisão, caberá recurso ao Governador do Estado, como última
instância na esfera administrativa.
CAPÍTULO VIII
Art. 65. É nula a promoção que tenha sido efetivada em desobediência aos princípios estabelecidos
neste Regulamento ou, indevidamente, por erro ou fraude, com ou sem a participação direta ou indireta do
beneficiado.
Art. 66. Para efeito de cômputo dos pontos referidos no art. 55, os cursos realizados fora da instituição
militar somente serão pontuados a partir da promoção do ano de 2014.
Palácio Tiradentes, em Belo Horizonte, aos 19 de agosto de 2013; 225º da Inconfidência Mineira e 192º da
Independência do Brasil.
Danilo de Castro