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P O N T I F Í C I A U N I V E R S I D A D E C A T Ó L I C A D O PA R A N Á
P RO C E S S O S E L E T I V O – E D I TA L N . º 0 1 4 / 2 0 2 3

P ROVA O B J E T I VA
RESIDÊNCIA MÉDICA – HUC

29 D E N OV E M BRO D E 202 3
CO M P RÉ - RE Q U IS ITO – CL ÍN I CA M É D ICA
LEIA ATENTAMENTE AS
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1. Esta PROVA contém 40 questões numeradas de 01 a 40. 7. O tempo disponível para esta prova é de 04:00hrs (quatro
2. Confira se sua PROVA contém a quantidade de questões horas), com início às 13:00 horas e término às 17:00 horas.
correta. Em caso negativo, comunique imediatamente ao fis- 8. Você poderá deixar o local de prova somente após as 14:00
cal de sala para a substituição da prova. horas.
3. Verifique, no CARTÃO-RESPOSTA, se os seus dados estão 9. Você poderá levar o CADERNO DE PROVA a partir das
registrados corretamente. Caso encontre alguma divergên- 16hrs.
cia, informe imediatamente ao fiscal de sala. 10. Você poderá ser eliminado da PROVA, a qualquer tempo,
4. Após a conferência do CARTÃO-RESPOSTA, assine seu no caso de:
nome no local indicado.
5. Para as marcações do CARTÃO-RESPOSTA, utilize apenas a. ausentar-se da sala sem o acompanhamento do fiscal;
caneta esferográfica, com ponta grossa e tinta preta ou b. ausentar-se do local de provas antes de decorrida 1
azul. (uma) hora do início da PROVA;
6. Para o preenchimento do CARTÃO-RESPOSTA, observe: c. ausentar-se da sala de provas levando CARTÃO-
RESPOSTA da Prova Objetiva e/ou CADERNO DE
a. Para cada questão, preencher apenas uma resposta. PROVA;
b. Preencha totalmente o espaço compreendido no d. ser surpreendido, durante a realização da PROVA, em
retângulo correspondente à opção escolhida para comunicação com outras pessoas ou utilizando-se de
resposta. A marcação em mais de uma opção livro ou qualquer material não permitido;
anula a questão, mesmo que uma das respostas e. fazer uso de qualquer tipo de aparelho eletrônico ou
esteja correta. de comunicação, bem como protetores auriculares
não autorizados pela Comissão;
Preenchimento correto; f. perturbar, de qualquer modo, a ordem dos trabalhos,
Preenchimento incorreto; incorrendo em comportamento indevido;
Preenchimento incorreto. g. não cumprir com o disposto no edital do Exame.

-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

RESPOSTAS
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10.

11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20.

21. 22. 23. 24. 25. 26. 27. 28. 29. 30.

31. 32. 33. 34. 35. 36. 37. 38. 39. 40.
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1. Durante seu plantão na UTI, você está atendendo o paciente J.F.G, 71 anos, internado no 1º PO de cirurgia de revas-
cularização miocárdica, onde foram realizadas uma ponte de artéria mamária esquerda para terço proximal de artéria
descendente anterior, uma ponte de veia safena para terço proximal de 1º ramo marginal e uma ponte de veia safena
para terço médio de artéria coronária direita. No início do plantão paciente estava extubado em uso de cateter nasal de
O2 a 3 L/min, em uso de noradrenalina 0,34 mcg/kg/min e dobutamina 7,5 mcg/kg/min, inicialmente compensado, mas
com piora no momento de sua avaliação. Você vê que o paciente está em uso de monitorização hemodinâmica invasi-
va, com os seguintes dados vitais, e índices hemodinâmicos: PA: 84/64 mmHg, FC: 48 bpm, FR: 24 irpm, SaO2: 92%,
Índice Cardíaco (IC): 2,4 L/min/m², Variação do Volume Sistólico (VVS): 8 %, Índice de resistência vascular sistêmica
(IRVS): 1970 dynas/seg/cm5/m², Pressão Venosa Central (PVC): 14 cmH2O. Os exames laboratoriais mostram
GapCO2: 5, e SaO2: 91% e SvcO2: 47%, lactato: 4,1 mmol/L e o raio X de tórax apresenta-se sem alterações.
A conduta mais CORRETA é:
A) O quadro é sugestivo de choque cardiogênico devido ao índice cardíaco reduzido, sendo que a hipótese mais
provável é de possível IAM tipo V por oclusão de uma das pontes, podendo ser diagnosticado através do ECG de
12 derivações.
B) Não se pode afastar a possibilidade de choque hipovolêmico, sendo neste momento o mais indicado avaliar a
fluidorresponsividade do paciente pela variação da pressão de pulso (VPP) já que o paciente está extubado.
C) Independente da causa do choque deve-se realizar ressuscitação volêmica imediata uma vez que a VVS está
alargada, sendo a solução balanceada do tipo Plasma Lyte a mais indicada para esse tipo de caso.
D) A diferença arterio-venosa apresenta-se normal para esse caso, com IRVS reduzido, não sendo possível excluir
choque séptico, sendo que o mais indicado para esse paciente seria coletar duas amostras de hemocultura,
aumentar a dose de noradrenalina para 0,5 mcg/kg/min, e iniciar antibioticoterapia de amplo espectro.
E) Mediante os parâmetros apresentados deve-se considerar a hipótese de choque obstrutivo por tamponamento
cardíaco e necessidade de pericardiocentese de emergência.

2. Ainda sobre o caso acima, após a tomada da conduta, você observa que os exames laboratoriais mostram normaliza-
ção dos parâmetros macrohemodinâmicos e lactato: 1,4 mmol/L. Dentre os exames laboratoriais, chama a sua atenção
uma hemoglobina (Hb) de 8,1 g/dl. Mediante esses dados, você
A) opta por não transfundir o paciente, visto que há evidência de que a estratégia restritiva neste caso, com transfusão
somente com Hb menor que 7,5 g/dl parece ser não inferior à estratégia liberal (transfusão com Hb < 9,5 g/dl).
B) opta por transfundir o paciente para manter a oferta de oxigênio (DO 2), tendo em vista que o paciente está em
choque, e a manutenção de parâmetros “suprafisiológicos” mostrou-se benéfica nestes casos.
C) opta por iniciar ácido tranexâmico, pois o valor baixo de hemoglobina deve ser secundário a algum foco de
sangramento e entrar em contato com o cirurgião assistente.
D) opta por repetir a coleta de lactato, tendo em vista que esse valor não é compatível com o valor de hemoglobina
encontrado.
E) opta por iniciar protocolo de transfusão maciça de concentrado de hemácias, plasma fresco congelado, e criopreci-
pitado.

3. Você está de plantão na unidade de emergência em seu hospital, quando chega o paciente A.M.N, 77 anos, previa-
mente portador de HAS, DM II, e coronariopatia, com quadro de hipotensão e confusão mental. Na triagem inicial o pa-
ciente apresenta-se com os seguintes dados vitais: PA: 90/54 mmHg, P: 114 bpm, FR: 26 irpm, T: 37,1ºC, SaO2: 88%
em ar ambiente, GCS (Glasgow Coma Scale): 7. Optado então por levar o paciente para a sala de emergência onde é
realizada intubação orotraqueal de urgência, punção de acesso venoso central, pressão arterial invasiva, sonda vesical
de demora. Na avaliação inicial com o POCUS (Point-of-care Ultrasound) observa-se padrão A em ambos os hemitóra-
ces, com deslizamento pleural (lung sliding) presente bilateralmente. Índice de colapsabilidade da veia cava inferior de
52%. Você opta então por coletar duas amostras de gasometria - uma arterial e uma venosa central, que apresentam
os seguintes resultados – Arterial: pH: 7,22, pCO2: 30 mmHg, pO2: 88 mmHg, Bic: 12 mEq/L, SaO 2: 92% // Venosa: pH:
7,19, pCO2: 42 mmHg, pO2: 24 mmHg, Bic: 14 mEq/L, SaO 2: 52%. O lactato estava em 1,8 mmol/L em ambas as
gasometrias. De acordo com os dados apresentados, podemos afirmar CORRETAMENTE que

A) esse paciente provavelmente é fluidorresponsivo, não sendo necessária nenhuma medida imediata, tendo em vista
que o lactato está normal.
B) esse paciente provavelmente é fluidorresponsivo, mas não está indicada ressuscitação volêmica neste caso devido
a história de coronariopatia.
C) esse paciente provavelmente é fluidorresponsivo, sendo necessária ressuscitação volêmica imediata, pois o
paciente apresenta alteração dos parâmetros micro-hemodinâmicos, apesar do lactato estar normal.
D) esse paciente está hipovolêmico devido aos achados do POCUS, mas não podemos tirar conclusões sobre sua
fluidorresponsividade.
E) esse paciente está hipovolêmico devido aos achados do POCUS, pois a sensibilidade de detecção de hipovolemia
é bastante elevada ao usarmos o índice de colapsabilidade.
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4. No ano de 2023, a Sociedade Europeia de Cardiologia divulgou uma nova diretriz a respeito das recomendações para
redução do risco cardiovascular em pacientes com Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2). Dessa forma, além dos inibidores
SGLT-2, qual das drogas abaixo está recomendada para pacientes com DM2 e Doença Renal Crônica, a fim de reduzir
risco cardiovascular?

A) Vericiguat.
B) Finerenona.
C) Anlodipino.
D) Alisquireno.
E) Indapamida.

5. Paciente de 54 anos é admitido com quadro de dor torácica. Seu Eletrocardiograma evidencia um supradesnivelamento
do segmento ST em parede anterior. Prontamente você aciona o serviço de hemodinâmica e inicia a terapia antiagre-
gante plaquetária. Durante o procedimento de angioplastia primária, o paciente passa a hipotensão. Você realiza um
ecocardiograma à beira de leito que demonstra disfunção ventricular grave e inicia dobutamina. Apesar da droga ino-
trópica, o paciente segue com sinais de má perfusão, congestão pulmonar e hipotensão. Qual das condutas abaixo
seria a mais adequada para o caso?

A) Associar Norepinefrina.
B) Substituir Dobutamina por Levosimedan.
C) Associar Vasopressina.
D) Substituir Dobutamina por Adrenalina.
E) Indicar uso de Balão de Contrapulsação Intra-Aortico.

6. Paciente de 62 anos é admitido em serviço de emergência com quadro de dor torácica do tipo aperto, com irradiação
para o membro superior esquerdo que durou 30 minutos, porém resolveu com repouso e recorreu 2 vezes. No momen-
to, o paciente encontra-se sem dor torácica, mas o eletrocardiograma na admissão evidencia o seguinte achado.

Fonte: https://litfl.com/

O padrão eletrocardiográfico do paciente é compatível com qual síndrome?

A) Sindrome de Winter.
B) Sindrome de Wolf Parkinson White.
C) Sindrome de Lown Ganong Levine.
D) Síndrome de Wellens.
E) Síndrome de Gallavardin.
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7. Você está de plantão e atende um paciente de 54 anos que apresentou um quadro de perda súbita da força em dimidio
direito e disartria, já com 2 horas de evolução. No momento da admissão, ele se encontra com PA de 160x100mmHg,
com uma frequência cardíaca de 84bpm e com sinais focais ao exame neurológico. Diante da suspeita de AVC, você
aplica a escala do NIH, que resulta em 9 pontos. Considerando a possibilidade de trombólise, assinale a alternativa
CORRETA.

A) Para a infusão de trombolítico, é necessária a punção de acesso venoso central, sendo a veia jugular interna a
escolha, devido a maior compressibilidade em caso de sangramentos.
B) A infusão de alteplase deve ser realizada em bomba infusora e para reduzir o risco de flebite, a droga deve ser
diluída em soro glicosado 5%.
C) A infusão de alteplase deve ser realizada em acesso periférico e o pó liofilizado da droga deve ser reconstituído
com água estéril para injeção antes da infusão.
D) A droga de escolha para a trombólise é a Tenecteplase, que deve ser infundida em 20 minutos por meio de bomba
infusora em acesso venoso periférico.
E) Antes da infusão do fibrinolítico, o paciente deve receber um preparo com difenidramina para evitar reação
anafilática.

O caso a seguir refere-se às questões 8, 9 e 10.

Paciente de 62 anos procura atendimento médico por apresentar uma dor torácica aos esforços, que já teve início há
mais 1 ano, sem mudança nas suas características. Ao exame físico, apresenta pressão arterial de 135x70mmHg, IMC
de 32kg/m², circunferência abdominal de 122cm sem outras alterações. Ele refere fazer uso de Metformina XR 1 grama
a cada 12 horas, Enalapril 10mg a cada 12 horas e AAS 100mg ao dia. O Médico então solicita um teste ergométrico
que evidencia infra desnivelamento do segmento ST, com reprodução dos sintomas em baixa carga de exercício. A de-
cisão tomada foi por realizar um cateterismo cardíaco que evidenciou uma placa de 70% em artéria coronária direita.
Seus exames laboratoriais revelam:
LDL: 162mg/dL
Triglicerídeos: 180mg/dL
HDL: 32 mg/dL
Glicose de Jejum: 160 mg/dL
Hemoglobina Glicada: 8,5%
Proteina C Reativa: 6mg/L
Ácido Urico: 8mg/Dl

8. Considerando as evidências mais atuais na abordagem da doença coronariana crônica (Diretriz Americana de 2023),
qual das drogas abaixo poderia ser indicada visando redução de eventos cardiovasculares?

A) Metoprolol.
B) Colchicina.
C) Mononitrato de Isossorbida.
D) Vitamina D.
E) Orlistat.

9. Qual efeito a angioplastia coronariana poderia trazer para o paciente?

A) Controle dos sintomas anginosos.


B) Controle dos sintomas anginosos e redução do risco de infarto agudo do miocárdio.
C) Controle dos sintomas anginosos, redução do risco de infarto agudo do miocárdio e de morte por causas
cardiovasculares.
D) Não haveria nenhum benefício com a intervenção.
E) Redução do risco de infarto, porém sem controle dos sintomas anginosos.

10. Qual droga poderia ser associada à metformina para controle do diabetes e que também teria um efeito na redução do
peso corporal?

A) Saxagliptina.
B) Nateglinida.
C) Rosiglitazona.
D) Liraglutida.
E) Glimeperida.
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11. Um paciente é admitido na sala de emergência com quadro de insuficiência respiratória. Você decide realizar ultrasso-
nografia point of care e obtém as seguintes imagens.

Bidimensional:

Fonte: https://radiopaedia.org/

Modo M:

Fonte: Reports in Medical Imaging. 7. 81. 10.2147/RMI.S40095.

Quais os achados encontrados e qual o diagnóstico mais provável?

A) Presença de Linhas “A” sem Deslizamento Pleural – Pneumotórax.


B) Presença de Linhas “B” com Deslizamento Pleural – Edema Agudo de Pulmão.
C) Presença de Linhas “A” e de Linhas “B” sem deslizamento pleural – Embolia Pulmonar.
D) Presença de Linhas “B” sem Deslizamento Pleural – Pneumonia.
E) Presença de Linhas “A” com Deslizamento Pleural – Broncoespasmo.
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12. Você atende um paciente de 72 anos com quadro de infecção de trato urinário. No exame de urocultura , observa o
crescimento de Citrobacter freundii com a observação de tratar-se de bactéria portadora do gene Amp-C. Qual dos
antibióticos abaixo seria a melhor opção para o tratamento desse paciente?

A) Ceftriaxona.
B) Amicacina.
C) Amoxicilina com Clavulanato.
D) Axetilcefuroxima.
E) Azitromicina.

13. Um paciente está internado há 20 dias quando desenvolve quadro de pneumonia hospitalar. No aspirado traqueal,
observamos o crescimento de Pseudomonas aeruginosa multissensível. Qual dos antibióticos abaixo possui ação
contra esse agente?

A) Ceftriaxona.
B) Claritromicina.
C) Levofloxacino.
D) Ertapenem.
E) Ampicilina com Sulbactam.

14. Sobre a Febre Maculosa Brasileira, assinale a alternativa CORRETA.

A) Para que ocorra o contágio, é necessária uma exposição de pelo menos 4 horas com o carrapato fixado à pele.
B) O tratamento deve ser iniciado após o surgimento dos sintomas, sendo a droga de escolha a Amoxicilina.
C) Nos casos graves, está indicado o uso de corticoides sistêmicos em altas doses.
D) A melhor forma de prevenção se dá pela vacinação em massa dos animais silvestres, uma vez que não há vacina
para humanos.
E) A doença é endêmica da região sul do Paraná e dos Campos Gerais.

15. Em junho de 2023, foi publicada uma Revisão Sistemática com Metanálise que avaliou a capacidade do Oseltamivir em
prevenir hospitalização em pacientes ambulatoriais com Influenza. A revisão incluiu estudos de intervenção, randomi-
zados, que comparava o uso de Oseltamivir contra placebo ou tratamento padrão em pacientes ambulatoriais com mais
de 12 anos e que tinham como desfecho analisado a taxa de hospitalização. Estudos observacionais não foram incluí-
dos. O resultado da Metanálise encontra-se abaixo:

Fonte: JAMA Intern Med. June 12, 2023. doi:10.1001/jamainternmed.2023.0699


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Qual a interpretação CORRETA para os resultados?

A) O uso de Oseltamivir não esteve associado a menor taxa de mortalidade em pacientes com mais de 12 anos em
tratamento hospitalar e com diagnóstico de influenza.
B) O uso de Oseltamivir não esteve associado a menor taxa de hospitalização em pacientes com mais de 12 anos em
tratamento ambulatorial e com diagnóstico de influenza.
C) O uso de Oseltamivir não apresenta benefício no tratamento da influenza.
D) O uso de Oseltamivir esteve associado a menor taxa de mortalidade em pacientes com mais de 12 anos em
tratamento hospitalar e com diagnóstico de influenza.
E) O uso de Oseltamivir esteve associado a menor taxa de hospitalização em pacientes com mais de 12 anos em
tratamento ambulatorial e com diagnóstico de influenza.

16. Sobre as profilaxias no paciente cirrótico, assinale a alternativa CORRETA.

A) Está indicado o uso de Octreotide para prevenção de sangramento digestivo em pacientes com cirrose e ascite re-
fratária.
B) Está indicado o uso de antibióticos para prevenção de peritonite bacteriana espontânea em pacientes com cirrose e
síndrome hepatorrenal.
C) Está indicado o uso de inibidores de bomba de prótons para prevenção de sangramento digestivo em todos os pa-
cientes com cirrose e varizes de esôfago.
D) Está indicada a infusão de Albumina para prevenção de síndrome hepatorenal em pacientes com cirrose e peritoni-
te bacteriana espontânea.
E) Está indicado o uso de Naltrexona para prevenção de encefalopatia hepática em todos os pacientes cirróticos com
classificação Child C.

17. Sobre o uso dos antidepressivos, assinale a alternativa CORRETA.

A) Amitriptilina apresenta como efeito colateral esperado a redução no peso corporal.


B) A Bupropiona apresenta como efeito colateral esperado a redução da libido
C) A Vortioxetina apresenta como efeito colateral esperado a piora cognitiva
D) A Agomelatina apresenta como efeito colateral mais comum a insônia.
E) A Mirtazapina apresenta como efeito colateral esperado o aumento do apetite.

18. Paciente de 22, com histórico de Asma mal controlada, é admitida em sala de emergência com crise de broncoespas-
mo, após receber terapia com salbutamol apresenta quadro de taquicardia e no eletrocardiograma evidencia -se o se-
guinte traçado.

Fonte: https://pt.my-ekg.com/

Você tenta realizar manobras vagais, porém não obtém sucesso e a paciente persiste com sibilância difusa. Qual das
medidas abaixo seria a mais adequada para o controle da arritmia?

A) Adenosina por via intravenosa.


B) Verapamil por via intravenosa.
C) Metoprolol por via intravenosa.
D) Metoprolol via oral.
E) Adenosina por via inalatória.
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O caso clínico a seguir refere-se às questões 19 e 20.

Paciente de 54 anos é admitido no Pronto Atendimento com quadro de desidratação e confusão mental, com rebaixa-
mento do nível de consciência. Familiares referem que recentemente ele iniciou o uso de uma “fórmula para emagre-
cer” prescrita por um médico que consultou, porém não sabe o que continha no medicamento, mas acredita ser o res-
ponsável pelo quadro atual do paciente. Ao exame físico encontra-se confuso, porém sem sinais focais, apresenta 10
pontos na escala de coma de Glasgow. Seus exames laboratoriais revelam um Potássio sérico de 2,2mEq/L, um Sódio
Sérico de 115 mEq/L.

19. Qual das substâncias abaixo poderiam levar ao quadro apresentado pelo paciente?

A) Prednisona.
B) Espironolactona.
C) Hidroclorotiazida.
D) Metoprolol.
E) Levotiroxina.

20. Qual seria o tratamento adequado para o distúrbio do sódio apresentado?

A) Infusão de Salina Hipertônica, na dose de 100ml, em Bolus, podendo ser repetido até 3x, com dosagem posterior
de sódio.
B) Infusão de 10 ml por kg de salina hipertônica por meio de bomba infusora em 24 horas, repetindo o sódio após o
término da infusão.
C) Infusão de furosemida na dose de 1mg/kg
D) Infusão de 15ml por kg de salina hipertônica por meio de bomba infusora em 24 horas, repetindo a dosagem de
sódio ao término da infusão.
E) Infusão de 500ml de salina hipertônica em bolus, com dosagem de sódio na sequência.

21. Um tema muito discutido tem sido a reposição de testosterona. Sobre esse assunto, assinale a alternativa CORRETA.

A) A reposição de testosterona por meio de gel esteve associada a menor taxa de insuficiência renal, porém apenas
em pacientes com hipogonadismo.
B) Estudos recentes sugerem que a reposição de testosterona é segura do ponto de vista cardiovascular, mesmo em
homens sem hipogonadismo.
C) O uso de testosterona tópica está indicado para prevenção de osteoporose em mulheres pós menopausa.
D) A reposição cutânea por meio de gel de testosterona em pacientes com hipogonadismo esteve associada a um
aumento na incidência de fibrilação atrial.
E) O uso de testosterona tópica em homens com hipogonadismo está associada a maior incidência de infarto agudo
do miocárdio.

22. Paciente de 28 anos é admitida em serviço de emergência com quadro de dispneia de início recente. A paciente refere
que iniciou uso de anticoncepcional oral a base de estrogênio há 2 semanas. Ao exame físico apresenta pressão
arterial de 85x50 mmHg, frequência respiratória de 32ipm, frequência cardíaca de 120bpm e saturação em ar ambiente
de 88%. A angiotomografia de tórax confirma a hipótese de Embolia Pulmonar. Qual o tratamento imediato para a
paciente?

A) Iniciar anticoagulação com enoxaparina, solicitar troponina e ecocardiograma, caso apresente alterações nesses
exames, considerar fibrinólise
B) Iniciar anticoagulação com heparina não fracionada, solicitar troponina e ecocardiograma, caso apresente altera-
ções nesses exames, considerar fibrinólise.
C) Iniciar anticoagulação com enoxaparina e reavaliar paciente em 6 horas.
D) Iniciar Anticoagulação oral com Rivaroxabana e internar paciente em leito de UTI.
E) Indicar fibrinólise com 100mg de alteplase por via intravenosa.
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23. Paciente de 35 anos é admitida em serviço de emergência com quadro de dispneia de início recente. A paciente refere
que iniciou uso de anticoncepcional oral a base de estrogênio há 2 semanas. Ao exame físico, apresenta pressão
arterial de 130x85 mmHg, frequência respiratória de 22ipm, frequência cardíaca de 88bpm e saturação em ar ambiente
de 98%. Após apresentar valores elevados de D-Dimero, foi solicitada uma angiotomografia de tórax, que confirma a
hipótese de Embolia Pulmonar. Você aplica o escore de PESI que evidencia Baixo Risco. Qual o tratamento imediato
para a paciente?

A) Caso apresente condições sociais favoráveis e possibilidade de retorno ao serviço em caso de piora, a paciente
pode receber alta hospitalar com uso de Rivaroxabana ou Dabigatrana por via oral.
B) Caso apresente condições sociais favoráveis e possibilidade de retorno ao serviço em caso de piora, a paciente
pode receber alta hospitalar com uso de Rivaroxabana ou Apixabana por via oral.
C) Caso apresente condições sociais favoráveis e possibilidade de retorno ao serviço em caso de piora, a paciente
pode receber alta hospitalar com uso de qualquer anticoagulante via oral.
D) Caso apresente condições sociais favoráveis e possibilidade de retorno ao serviço em caso de piora, a paciente
pode receber alta hospitalar com uso de Edoxabana ou Dabigatrana por via oral.
E) Por tratar-se de embolia pulmonar é necessário o uso de pelo menos 5 dias de anticoagulante parenteral (enoxapa-
rina) antes do uso de um anticoagulante oral.

O caso a seguir refere-se às questões 24 e 25

Paciente de 62 anos é admitido no pronto atendimento do Hospital Universitário Cajuru com quadro de dor torácica
com início há 3 horas. Seu eletrocardiograma na admissão evidencia o seguinte traçado.

Fonte: https://litfl.com/anterior-myocardial-infarction-ecg-library/

Você então decide contactar o serviço de hemodinâmica, porém o aparelho está em uso para tratamento de outro
paciente que havia chegado alguns minutos antes. A previsão de disponibilidade é de 130 minutos e o transporte para
outro serviço irá levar 150 minutos. Você decide então iniciar a Fibrinólise.

24. Como conduzir a terapia antitrombótica?

A) Iniciar AAS e Clopidogrel, sem anticoagulação e proceder com a fibrinólise.


B) Iniciar apenas AAS, sem clopidogrel ou anticoagulação e proceder com a fibrinólise.
C) Iniciar AAS, Clopidogrel, Enoxaparina e proceder com a fibrinólise
D) Iniciar AAS e Enoxaparina, sem clopidogrel e proceder com a fibrinólise.
E) Iniciar a fibrinólise isolada sem uso de outras terapias antitrombóticas.

25. Qual dos seguintes critérios pode ser utilizado para determinar sucesso na fibrinólise?

A) Alívio da dor torácica.


B) Queda abrupta nós níveis séricos de troponina.
C) Redução de 30% no tamanho do supra de ST.
D) Elevação da pressão arterial.
E) Melhora da saturação periférica de oxigênio.
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26. Homem negro de 48 anos possui queixas crônicas de pirose, regurgitação alimentar e tosse seca. Os sintomas pioram
após comer mortadela e frituras ou se tomar café. Nega perda de peso, disfagia e não possui anemia em exames
recentes. Não há histórico familiar de neoplasias. O paciente iniciou por conta própria Pantoprazol 40mg uma vez ao
dia e após 3 meses de uso não percebeu melhora significativa dos sintomas. Procurou atendimento médico e realizou
endoscopia digestiva alta. Esse exame mostrou em esôfago distal mucosa de coloração salmão, digitiforme, sem
irregularidades, com cerca de 2,8cm, a qual ocupava 30% da circunferência e esofagite erosiva grau C de Los Angeles
no restante da mucosa. Foi coletado 1 fragmento de biópsia esofágica da mucosa de coloração salmão, a qual mostrou
a presença de metaplasia intestinal, com coloração alcian blue positiva e ausência de displasia. Frente a esse quadro,
é CORRETO afirmar:

I. Deve-se iniciar Vonoprazana 20mg uma vez ao dia devido a sua superioridade frente ao Pantoprazol 40mg no
tratamento de pacientes com esôfago de Barrett.
II. Este paciente deve ser encaminhado para mucosectomia endoscópica devido à presença de coloração alcian blue
positiva.
III. Deve-se aumentar a dose de Pantoprazol para 40mg duas vezes ao dia.
IV. Deve-se tratar a esofagite erosiva antes de se considerar repetir a endoscopia digestiva alta com biópsias seriadas
do esôfago.

A) Apenas I e IV estão corretas.


B) Apenas a II está correta.
C) Apenas I e II estão corretas.
D) Apenas III e IV estão corretas.
E) Apenas a III está correta.

27. Mulher asiática de 52 anos possui queixas crônicas de dor ou desconforto epigástrico pós-prandial e distensão abdo-
minal. Os sintomas acontecem pelo menos 3 vezes por semana e pioram com o estresse. Há 6 meses está em uso de
Esomeprazol 40mg ao dia e domperidona 10mg antes de cada refeição com melhora parcial. A paciente nega trata-
mento prévio para H. pylori. Nega sintomas de alarme e não possui histórico familiar de neoplasias. A paciente realizou
endoscopia digestiva alta que identificou gastrite erosiva plana moderada de antro, sendo realizadas biópsias de corpo,
antro e incisura angular. Apenas as biópsias de antro mostraram gastrite crônica, com metaplasia intestinal incompleta,
leve atrofia e pesquisa histológica de H. pylori negativa. Frente a esse quadro, é CORRETO afirmar:

I. Seu risco de câncer gástrico seria menor caso suas biópsias gástricas tivessem mostrado metaplasia intestinal
completa.
II. Essa paciente deve repetir a endoscopia digestiva alta em 6 meses a 1 ano como forma de rastreio de câncer
gástrico.
III. Caso a paciente realize sorologia para H. pylori e esta venha positiva, deve-se seguir com tratamento específico
para H. pylori.
IV. Deve-se considerar a associação de aspirina ou inibidor da COX2 como forma de quimioprevenção de câncer
gástrico devido à forte evidência desta modalidade em asiáticos com metaplasia intestinal gástrica.

A) Apenas II e IV estão corretas.


B) Apenas a I está correta.
C) Apenas I e III estão corretas.
D) I, II, III e IV estão corretas.
E) Apenas a III está correta.

28. Nos pacientes com Insuficiência cardíaca, são critérios para insuficiência cardíaca avançada, EXCETO

A) congestão pulmonar ou sistêmica que requeiram altas doses de diurético endovenosos constituindo resistência diu-
rética.
B) internações com episódios de baixo débito que requeiram uso de inotrópicos ou fármacos vasoativos.
C) arritmias malignas ventriculares frequentes (Taquicardias ventriculares).
D) disfunção renal progressiva.
E) alterações valvares graves passíveis de cirurgia.
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Leia o caso a seguir e responda às questões 29 e 30.

Paciente de 82 anos de idade, sexo masculino, com quadro de dispneia aos pequenos esforços, edema de membros
inferiores, ortopneia e dispneia paroxística noturna há 10 meses.
No ECG apresenta baixa voltagem em derivações periféricas e BAV de 2º grau Mobitz tipo I. O ecocardiograma apre-
sentou hipertrofia biventricular, espessamento do septo interatrial e padrão de strain global longitudinal, fração de eje-
ção de ventrículo esquerdo de 56%, dilatação biatrial importante.

29. Em relação a esse caso, assinale a alternativa CORRETA.

A) A imagem do strain longitudinal global mostra uma alteração de deformidade regional do ventrículo esquerdo que
poupa os segmentos apicais (apical sparing), mas esse não é achado sugestivo de amiloidose cardíaca por depósi-
to de transtirretina.
B) A cintilografia cardíaca com pirofosfato com tecnécio tem 100% de especificidade para o diagnóstico de amiloidose
cardíaca por depósito de transtirretina, não havendo necessidade de outros exames diagnósticos para esse caso.
C) O achado de baixa voltagem no eletrocardiograma tem alta sensibilidade em pacientes portadores de amiloidose
cardíaca por depósito de transtirretina.
D) A ressonância nuclear magnética é imperativa na investigação diagnóstica do caso descrito, pois o eletrocardio-
grama e o ecocardiograma são indicativos de amiloidose cardíaca.
E) A hipótese mais provável é de doença granulomatosa infiltrativa cardíaca, como sarcoidose.

30. Continuando a avaliação desse paciente, recebemos os seguintes dados:

Laboratório: gamopatia monoclonal presente na imunofixação de proteínas séricas. A cintilografia óssea com pirofosfa-
to com tecnécio apresenta-se na figura abaixo.

Quais dos seguintes órgãos ou sistemas são frequentemente afetados pela amiloidose AL?

A) Rim.
B) Pulmões.
C) Sistema nervoso central.
D) Fígado.
E) Pele.
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31. Paciente negra, feminina, 52 anos, procura Pronto Socorro com queixa de falta de ar. Refere que iniciou quadro de
dispneia e cansaço há 2 meses e gradativamente evoluiu para esforços menores e 20 dias refere ortopneia e ter limita-
ção importante aos esforços habituais e edema de membros inferiores, que piorava durante o dia. Ao exame: PA
140/90 mmHg, FC=P=86 bpm, FR 26 ipm, Jugulares ingurgitadas. Ictus palpável no 6º EICE, deslocado para esquerda.
Ausculta cardíaca com bulhas cardíacas taquicárdicas, sopro sistólico 3+/6+ em área mitral e P2 hiperfonética. Auscul-
ta pulmonar com estertores crepitantes em 1/3 inferior de ambos os pulmões. Abdome doloroso à palpação de hipo-
côndrio direito, fígado a 2 cm do rebordo costal direito. Edema de ambos os membros inferiores até joelhos com cacifo.
Quanto ao caso acima, assinale a INCORRETA.
A) O diagnóstico de Insuficiência Cardíaca (IC) é essencialmente clínico (sinais e sintomas de IC), necessitando de
exames complementares diagnósticos para uma minoria.
B) Avaliando os dados de exame clínico/físico, pode-se dizer que ela não apresenta sinais de baixo débito, mas pos-
sui congestão pulmonar e sistêmica (quente e úmido).
C) Arritmias ventriculares, poliglobulia, piora da função renal (creatinina, TFG) e hipernatremia são associados a mau
prognóstico.
D) Considerando-se ainda o exame físico, pode-se predizer que a paciente apresenta hipertensão pulmonar.
E) A Hepatomegalia apresentada é consequência da congestão sistêmica.

32. Qual é a principal diferença entre amiloidose cardíaca AL e amiloidose cardíaca ATTR?

A) A idade de início.
B) A proteína precursora.
C) O padrão de acometimento cardíaco.
D) A hereditariedade.
E) O padrão de depósito da proteína amiloide.

Leia o caso a seguir e responda às questões 33 e 34.


Paciente feminino de 85 anos, portador de Diabetes mellitus, Insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida, hi-
pertensão arterial sistêmica, interna no hospital por Insuficiência cardíaca descompensada. No exame físico apresenta
PA de 150/90 mmHg, lúcida e orientada, edema de membros inferiores de 3+/4+, glicemia 105 mg/dL, creatinina de 4.7
mg/dL (creatinina de 02 meses atrás de 1.0 mg/dL), sódio 125 meq/L, potássio de 6.2 mmol/L e bicarbonato
de 18 com pH 7.42 e ureia de 78 mg/dL com diurese de 1100 mL/24 horas.
Sobre esse caso, responda:

33. Sobre distúrbios de água e sódio


I. Alterações de sódio sérico apresentadas pelo paciente indicam falta de sódio corporal.
II. Paciente apresenta hiponatremia hipervolêmica.
III. O tratamento dessa hiponatremia deve ser feito com diurético tiazídico.

A) Somente a afirmação I está correta.


B) Somente a afirmação III está correta.
C) Somente a II e III estão corretas.
D) Todas estão corretas.
E) Somente a afirmação II está correta.

34. Sobre distúrbios de água e sódio


I. Alterações de volemia são manifestações de distúrbios de água.
II. Hiponatremia é uma manifestação de excesso de água em relação ao sódio corporal total.
III. Furosemida é um diurético que expolia mais água do que sódio, podendo ser usado nos casos de hiponatremia
hipervolêmica.

A) Somente a afirmação II está correta.


B) Somente a afirmação III está correta.
C) Somente a I e III estão corretas.
D) Todas estão corretas.
E) Somente a afirmação I.
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35. Um paciente de 55 anos, com DPOC grave, foi admitido no hospital devido à exacerbação de DPOC. Ele foi tratado
com broncodilatadores, antibióticos e corticoides sistêmicos e durante a sua estadia recebeu oxigênio suplementar via
cânula nasal. Sua condição melhorou significativamente após 7 dias. Na admissão, a gasometria arterial em ar ambien-
te revelava: pH 7,40; PaCO2 37; PaO2 45; HCO3 24. Os valores na alta foram: pH 7,41; PaCO2 35; PaO2 52; HCO3
26. Qual das seguintes alternativas é a mais apropriada na alta desse paciente além da terapia inalatória?

A) Oxigenioterapia e reavaliação em 60 a 90 dias.


B) Ventilação não invasiva com pressão positiva.
C) Oxigenioterapia de longo prazo.
D) Não há necessidade de suporte ventilatório, dado melhora clínica e aumento da PaO2 em relação à admissão hos-
pitalar.
E) Ventilação não invasiva com pressão positiva associado à oxigenioterapia com reavaliação em 30-60 dias.

36. Uma mulher de 37 anos é encaminhada para você devido a episódios recorrentes de “bronquite”. Queixa-se principal-
mente de tosse com expectoração diária desde seus 22 anos. Relata dois episódios de “bronquite” aguda no ano pas-
sado necessitando de antibiótico e notou dispneia leve aos esforços desde então. Em seu histórico prévio nega taba-
gismo, relata histórico de polipose nasal, sinusite crônica e infertilidade em investigação. Na ausculta pulmonar há cre-
pitantes bilaterais. Ela traz exames: duas culturas de escarro com crescimento de Staphylococcus aureus; espirometria
com CVF 91% do previsto, VEF1 67% do previsto e VEF1/CVF 65% do previsto; tomografia de tórax com bronquiecta-
sias císticas com predomínio em lobos superiores. Com base no quadro acima, assinale a alternativa CORRETA.

A) Na investigação etiológica desta paciente, pode-se descartar fibrose cística devido a sua idade.
B) Bronquiectasia é definida por dilatação brônquica irreversível causando a ineficiência do clearance mucociliar da
arvore brônquica com tendência a infecções recorrentes. As infecções geram inflamação que intensifica o processo
de destruição das vias aéreas, sendo, portanto, necessária a cultura de escarro de bactérias, fungos e micobacté-
rias regularmente.
C) O histórico de polipose nasal, rinossinusite e infertilidade favorecem o diagnóstico de fibrose cística. Essa doença
genética tem uma alta taxa de associação com dextrocardia, na tomografia de tórax, comumente encontra-se o si-
nal de impactação em dedos de luva e nos exames uma IgE total acima de 1000.
D) A espirometria com distúrbio ventilatório restritivo apresentada, somado ao histórico dessa paciente, levanta a hipó-
tese discinesia ciliar primária, uma doença genética comum responsável por 40% das causas de broquiectasias.
E) Apesar de existirem múltiplas etiologias para a bronquiectasia, não há necessidade de realizar a investigação etio-
lógica, pois o tratamento comum a todas as etiologias é antibioticoterapia contínua para profilaxia de infecções res-
piratórias.

37. O Hospital Universitário Cajuru é Acreditado pela Organização Nacional de Acreditação (ONA). Parte dessa acredita-
ção é a adesão às metas internacionais de segurança do paciente, propostas pela Organização Mundial de Saúde.

Sobre essas metas, assinale a alternativa CORRETA.

A) Meta 1: Comunicação. Garantir que informações importantes não se percam nas passagens de plantão. Para isso,
é obrigatório que sempre se tenha uma passagem de plantão por escrito registrada no prontuário e assinada pelo
responsável de pôr ambos os setores.
B) Meta 2: Identificação. Consiste em identificar os pacientes corretamente, evitando a administração incorreta de
medicamentos ou mesmo uma cirurgia no paciente errado. Para tanto, basta que se confira o nome completo, não
sendo necessária nenhuma informação ou conferência adicional.
C) Meta 3: Cirurgia Segura. O checklist cirúrgico, constituído de 3 momentos: sign in, time out e sign out é uma das
estratégias possíveis, mas não é a mais recomendada por tomar muito tempo, atrasando as cirurgias.
D) Meta 4: Reduzir risco de quedas. Diversas patologias e medicamentos, bem como a idade podem aumentar o risco
do paciente sofrer lesões decorrentes de quedas. Como é uma avaliação difícil e multifatorial, deve ser feita so-
mente pela equipe médica.
E) Meta 5: lavagem das mãos para prevenir infecções. Uma estratégia simples, de baixo custo e alto impacto, é o
correto e permanente ato de higienizar as mãos, que deve ser executado por todos os profissionais de saúde.
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Leia o Caso clínico a seguir e responda às questões 38 e 39.

Paciente masculino, 65 anos de idade, procura atendimento médico com finalidade de avaliação de rotina. Realiza ca-
minhadas 5 x semana por 30 min x dia, é ex-tabagista há 9 anos (Carga tabágica: 31 anos – maço), não apresenta his-
tórico familiar de doença cardiovascular ou de neoplasias em familiares de primeiro grau. Em anamnese negou sinto-
mas. Ao exame físico: peso de 82 Kg, IMC de 25,9 pressão arterial aferida em 122x79 mmHg nos dois membros, FC
72 bpm, sem alterações em propedêutica cardiopulmonar e abdominal, sem sopros abdominais e carotídeos.

38. Em relação ao caso acima e às premissas de avaliação periódica em pacientes de prevenção primária, segundo a
USP-Task Force, marque a alternativa CORRETA.

A) Devido ao paciente apresentar 65 anos de idade, é indicado solicitar ultrassom doppler de carótidas e vertebrais a
fim de buscar o diagnóstico de aterosclerose subclínica e avaliar a indicação do uso de estatina.
B) O uso de aspirina para esse paciente é indicado, independentemente do risco cardiovascular, devido à presença
de tabagismo e apresentar mais de 60 anos de idade.
C) O uso de estatina para esse paciente é indicado, independentemente do risco cardiovascular, devido à presença
de tabagismo e apresentar mais de 60 anos de idade.
D) O paciente em questão tem indicação de realização de ultrassom de abdome para rastreio de aneurisma de aorta
abdominal.
E) Caso o paciente solicite carta para liberação de atividade física, ele deve ser avaliado antes com teste ergométrico
ou eletrocardiograma, a depender do risco cardiovascular do paciente.

39. Em relação ao caso clínico acima e aos critérios de indicação de exames complementares de triagem em pacientes
assintomáticos, segundo a USP-Task Force, assinale a alternativa CORRETA.

A) Caso o paciente do caso clínico fosse ex-tabagista, não estaria indicada a realização de pesquisa de aneurisma de
aorta abdominal com exame complementar.
B) Se o paciente do caso acima apresentasse idade acima de 80 anos, devido a sua alta carga tabágica, ainda assim
estaria indicada a realização de tomografia de baixa dosagem.
C) O paciente do caso clínico tem indicação de tomografia de tórax de baixa dosagem para rastreio de câncer de pul-
mão. Entretanto, caso ele tivesse 48 anos, mesmo com elevada carga tabágica, não seria indicada a realização do
exame nesse ano.
D) Com uma carga tabágica de 31 anos-maço, ainda que o paciente fosse ex-tabagista há 16 anos, continua sendo
indicada a realização de tomografia de tórax de baixa dosagem para rastreio de câncer de pulmão.
E) Pacientes do sexo masculino, assintomáticos, sem sopros em exame abdominal, mas com história de tabagismo e
idade entre 50-65 anos, têm indicação de pesquisa de aneurisma de aorta abdominal com ultrassom de aorta.

40. Quais das seguintes condições médicas são indicações comuns para o uso de ventilação mecânica não invasiva
(VMNI)?

A) Asma exacerbada, edema agudo de pulmão cardiogênico, pós extubação.


B) Asma exacerbada, SARA (Síndrome da angústia respiratória do adulto) grave, pós-extubação.
C) DPOC exacerbado, asma exacerbada, parada cardíaca.
D) Pneumonia comunitária grave, DPOC exacerbado, rebaixamento do nível de consciência pós traumatismo
craniano.
E) Hemorragia digestiva alta, SARA leve, pneumonia adquirida na comunidade.
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