Solutions

Ano 10 | Nº 43 | 2020

Ef iciência energética Mudança climática: a

hora da descarbonização

ganha espaço e é a Hotel Unique reduz em 35% consumo

contribuição mais rápida de energia elétrica com retrofit do
sistema de climatização
para a redução das
emissões de gases do Estação de tratamento de esgoto
reduz consumo de energia em 27%
efeito estufa
Ao adotar conversor de frequência em
poço de água, povoado no Maranhão
reduz em mais de 30% fatura de energia
Custo operacional mais baixo e
rápido retorno de investimento
em aplicações sem óleo
Os compressores Turbocor TTH e TGH, otimizados para aplicações de diferencial de
pressão mais elevado, entregam a mais alta eficiência do mercado sem redução de
performance nem desgaste mecânico, pois não requerem óleo nem contato em sua
operação. Eles chegam a 40% de melhora na eficiência em cargas parciais se comparados
ROI
a compressores tipo parafuso e apresentam um retorno de investimento inferior a três
anos, com performance sustentável durante toda a sua vida útil. <3 anos
em aplicações de
diferencial de pressão
mais elevado

Para mais informações, acesse: danfoss.com.br/turbocor

CONSELHO
EDITORIAL:
PAULA SOUZA
GABRIELA MORITA
RENATO MAJARÃO
EDUARDO DRIGO
GUSTAVO ASQUINO
KATUAKI HAYASHIDA JUNIOR
MAURO CUFNER
ROBERTO GONÇALVES JUNIOR
Produção Editorial:
Press à Porter Gestão de Imagem
Diagramação:
New Mind Comunicação
Jornalista Responsável:
Gustavo Diamantino - MTB 52568
Esta publicação não expressa
necessariamente o aconselhamento
técnico ou legal da Danfoss do Brasil.
A Danfoss do Brasil também não
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ou utilização das informações
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engineeringtomorrow.brasil@danfoss.com
4
Capa
16
Case ETE
Vila Paraíso
18
Produtos
Editorial
Na 43ª edição de Solutions, você con-
fere na matéria de capa como a efici-
ência energética ganha espaço e é a
contribuição mais rápida para a redu-
ção das emissões de gases do efeito
estufa.
Nos cases desta edição, você vai
acompanhar como o Hotel Unique
reduziu em 35% o consumo de ener-
gia elétrica com retrofit do sistema de
climatização, além de deixar de emitir
988 toneladas de CO2.
Outro case que você vai ler nesta edi-
ção é o do povoado Nazaré do Bruno,
na zona rural de Caxias, no Maranhão.
Ao adotar conversor de frequência em
poço de água, o SAAE local reduziu
em mais de 30% a fatura de energia.
12
Case Unique
17
Case Nazaré
do Bruno
20
Calendário
O terceiro case desta edição é o da ETE
Vila Paraíso, bairro de Caxias, no Ma-
ranhão. A estação de tratamento de
esgoto reduziu o consumo de energia
em 27% com projeto de automação
dos sopradores que mandam ar para
os reatores aerados. Foi aplicado um
conversor de frequência da Danfoss
para acionar e fazer a alternância en-
tre os sopradores, além de reduzir a
frequência de funcionamento.
Na seção de Produtos em destaque,
conheça as soluções da Danfoss para
atender aos desafios da descarboni-
zação. Finalizando esta edição está o
calendário de feiras e cursos.
Boa leitura!
3
Mudança
climática: a hora
da descarbonização
A eficiência energética ganha espaço e é a contribuição mais rápida para a redução das
emissões de gases do efeito estufa, aponta relatório da International Energy Agency
Nossa qualidade de vida vem experi-
mentando contínuas melhorias desde
que Michael Faraday e Simon Ohm pu-
blicaram seus primeiros estudos sobre
indução eletromagnética e condução
elétrica, no final do século XVIII. A refri-
geração reduziu as perdas de alimen-
tos, as lâmpadas estenderam o dia e
as máquinas apareceram para auxiliar
o diagnóstico de enfermidades – sem
contar a democratização do entreteni-
mento propiciado pelos televisores e as
facilidades de comunicação da telefonia.
O problema é que, para toda ação, há
sempre uma reação oposta, como bem
descreveu Newton em sua Terceira Lei.
Parte substancial da energia elétrica
que mantém refrigeradores, lâmpadas,
equipamentos médicos e televisores
em funcionamento é gerada em usinas
que queimam muito carvão e derivados
de petróleo – e os gases liberados nessa
4
queima têm deixado marcas atrozes no
meio ambiente. Um relatório divulga-
do pela Organização das Nações Unidas
(ONU), em setembro de 2019, aponta que
a temperatura do planeta, medida entre
o período 2015-2019, está 0,2°C acima
da média verificada nos cinco anos ante-
riores e 1,1°C mais quente que nos níveis
pré-industriais (de 1850 a 1900).
Esse quadro se agrava na velocidade em
que mais pessoas nascem, se deslocam
das zonas rurais para as cidades ou sim-
plesmente compram mais eletrodomésti-
cos. Nesse ritmo, até 2100 será necessário
75% mais energia do que consumimos
agora, e as temperaturas subirão mais
3,4° C. Pode não parecer muito, mas o
mundo enfrentará mudanças catastrófi-
cas: o nível do mar vai subir, a acidez dos
oceanos irá aumentar e a agricultura esta-
rá ameaçada.
A boa notícia é que há muita gente pen-
sando em como reverter essa situação
sem afetar a qualidade de vida. Em re-
sumo, a resposta está na utilização mais
eficiente dos recursos – o que significa
a adoção de equipamentos que conso-
mem menos energia. O relatório Energy
Efficiency, elaborado pela International
Energy Agency (IEA), indica que a eficiên-
cia energética é a maneira mais rápida e
acessível para alcançar as metas de re-
dução das emissões de gases do efeito
estufa. Sistemas mais eficientes teriam
capacidade para reduzir em 44% o índice
de emissões de CO2 necessário para in-
terromper o aumento das temperaturas.
É uma contribuição mais relevante que a
adoção de fontes de energia renovável,
que emitem menos gases de efeito estu-
fa, mas colaboram para reduzir 36% das
emissões.
As maiores oportunidades estão na indús-
tria, no transporte e nas residências. A ava-
liação é do maior especialista em energia do
país, José Goldemberg, professor emérito
da Universidade de São Paulo. “No setor in-
dustrial, a China, por meio da modernização,
mostrou os maiores saltos (35% do total)
seguida pelos Estados Unidos (13%) e Índia
(8%). Japão e Rússia representam, cada um
deles, 3%. O setor de transporte também
tem mostrado progressos no setor automo-
bilístico, mas uma fonte de preocupação é o
uso de caminhões para transporte, que está
crescendo, bem como sua contribuição para
as emissões. O setor residencial tem progre-
dido menos, porque o progresso dos setores
mais pobres da população tem levado a um
aumento das emissões deste setor.”
Apenas no Brasil, há uma estimativa de con-
servação de 40 TWh nos próximos dez anos,
o que equivale a 5% do consumo total. O
Plano Decenal de Expansão de Energia 2029,
elaborado pela Empresa de Pesquisa Ener-
gética (EPE), aponta que a conservação de
eletricidade representará 4,2% na indústria
e 3,7% no consumo total nas residências.
Ainda assim, em cada setor há uma iniciativa
latente, e cada consumidor deve fazer a sua
parte não só para reduzir a conta de luz no
fim do mês, mas para minimizar os danos
ambientais. A diferença está na solução es-
pecífica para cada caso.
“Oportunidades para inovação tecnológica
já estão disponíveis a partir do que se con-
venciona chamar de BAT (Best Available Te-
chnologies), que englobam soluções tecno-
lógicas específicas em cada setor e cujo grau
de penetração em cada setor da economia
se associa à dinâmica própria de cada um
deles”, explica o assessor da diretoria de Estu-
dos Econômico-Energéticos e Ambientais da
EPE, Jeferson Soares.
Ele cita como exemplo sistemas de refrigera-
ção e absorção para condicionamento am-
biental em edificações, além da tecnologia
de sistemas com conversores – chamados de
sistemas inverter –, a digitalização do setor
energético com a adoção de sensores nos
processos produtivos – que capturam uma
imensa quantidade de dados relevantes
sobre o uso de energia em diversos pontos
do processo – e o processamento dessa in-
formação, que orienta para o melhor geren-
ciamento do consumo. “Contudo, é sempre
bom lembrar que a oferta de opções tecno-
lógicas é apenas parte da equação que pro-
move o aumento da eficiência energética na
economia como um todo”, ressalta o diretor
da EPE, Giovani Machado.
Uma política nacional – com incentivos, ca-
pacitação, alterações na regulamentação e
aprimoramento das condições para o de-
senvolvimento do mercado – também teria
capacidade para impulsionar a eficiência
energética. Para a presidente do Conselho
Empresarial Brasileiro para o Desenvolvi-
mento Sustentável (CEBDS), Marina Grossi,
o país deve incluir as variáveis climáticas
no planejamento estratégico nacional para
cumprir as metas de redução de emissões.
“Isso se faz explorando a diversidade de fon-
tes renováveis no território nacional, aumen-
tando a capacidade brasileira de geração de
energia, com menor impacto ambiental, e
aproveitando as potencialidades regionais
e maior segurança energética. É preciso um
planejamento estratégico de longo prazo,
capaz de alinhar as potencialidades geográ-
ficas do território brasileiro, com as questões
econômicas, sociais e ambientais. As exter-
nalidades ambientais e a qualidade de vida
da população precisam entrar na equação,
evidenciando a importância de crescer eco-
nomicamente com responsabilidade social e
preservação do meio ambiente.”
5
 Cidades
sustentáveis
Nos centros urbanos estão oportuni-
dades singulares para criar sistemas
de energia inteligentes e eficientes,
com a integração de diferentes seto-
res – as cidades ocupam apenas 3%
do planeta, mas representam entre
60% e 80% do consumo de energia e
75% das emissões de CO2.
Em tese, há muito espaço para de-
senvolvimento de soluções, o que
engloba a inovação em mobilidade
urbana, o desenvolvimento de edi-
fícios sustentáveis neutros em car-
bono e a publicação de regulações
e políticas de promoção à eficiência
energética. Tome por exemplo a revi-
são dos índices mínimos de eficiên-
cia energética dos equipamentos de
ar condicionado, refrigerador e con-
gelador, que serão implementados
até 2021, e das normas de desempe-
nho de edificações (NBR 15220 e NBR
15575) que têm potencial para otimi-
zar o consumo de refrigeração de ar
e iluminação. Nessa equação, entra
ainda a componente Renda Familiar:
ela pesaria tanto no aumento do es-
toque de eletrodomésticos das resi-
dências, em caso de aumento, como
estenderia o uso de equipamentos
obsoletos, caso se deteriore.
O setor de edificações que, de acor-
do com o Plano Decenal de Expansão
de Energia 2029, representa 51% da
eletricidade demandada, é o maior
consumidor final de energia elétri-
ca no Brasil. Parte substancial dessa
energia é consumida por sistemas de
climatização – e é justamente nessa
aplicação, junto com a iluminação,
que estão as maiores oportunidades
de ganhos. Entretanto, a maior parte
6
da energia conservada nas constru-
ções residenciais ainda é resultado
de decisões autônomas, estimuladas
pela análise custo-benefício ao ad-
quirir um equipamento.
“O principal desafio para um inves-
timento maciço em eficiência ener-
gética é a criação de mecanismos
financeiros para ações no segmento.
Atualmente, muitos projetos exis-
tentes são dependentes de progra-
mas de regulação de governo. O país
deveria ter um bom modelo que en-
volvesse investimento, engenharia
e o fornecimento do produto. Além
disso, um sistema que criasse a obri-
gatoriedade de Eficiência Energética
lançaria o Brasil em outro patamar
de condicionamento no tocante a
esse setor. É uma solução importante
que tende a vir com o tempo”, analisa
o presidente da Associação Brasileira
das Empresas de Serviços de Conser-
vação de Energia (Abesco), Alexan-
dre Moana.
É com aprovação que a Abesco avalia
a revisão dos índices mínimos de Efi-
ciência Energética e a etiquetagem
de conservação de energia (ENCE)
do Programa Brasileiro de Etiqueta-
gem para novas construções e refor-
mas de edificações. “Esperamos que,
um dia, sejam estabelecidos índices
mínimos para os usuários finais de
energia. O ideal seria a criação de um
índice mínimo para o comércio, para
a indústria, para o serviço público,
entre outros”, ressalta Moana.
Outra certificação, a Green Building,
é, ao mesmo tempo, promotora e
termômetro da eficiência energética
em edificações: a edificação passa
a ter um selo ou uma etiquetagem
que assegura a eficiência, materiali-
zando os resultados que a eficiência
energética pode proporcionar. “Acre-
ditamos que a norma ISO 50.001
(concebida para que organizações
estabeleçam os sistemas e os pro-
cessos necessários para melhorar o
desempenho energético) tenha o
mesmo efeito da certificação Green
Building: a importância de ser um
grande estímulo para a eficiência
energética. Seu texto traz a obriga-
toriedade da atuação em eficiência
energética para que o interessado
possa ser qualificado dentro dos pa-
drões da norma. O que acontece é
que essa norma ainda é pouco aces-
sível para a maioria dos usuários. Ela
impulsiona, mas não com grande
capilaridade, pois são padrões difí-
ceis dos consumidores em geral se
adequarem a ponto de se qualifica-
rem”, complementa o presidente da
Abesco.
Em um ponto, todos concordam:
decisões políticas, com metas de
aumento de eficiência e calendários
para sua execução, darão impulso
a um investimento maciço em efi-
ciência energética. “Isto foi feito com
grande sucesso nos Estados Unidos
para automóveis. Na Europa, a ado-
ção de códigos de obras mais exi-
gentes levou a reduções importantes
do consumo de energia no setor co-
mercial e residencial”, lembra o pro-
fessor José Goldemberg.
Supermercados
eficientes
Investir em sistemas de eficiência energética
tem sido a opção também para pequenos
e grandes empresários, não só para econo-
mizar na conta de energia elétrica, mas para
tornar seus negócios mais competitivos. A
adoção de sistemas de gestão de energia
vem ganhando importância em shopping
centers e supermercados. “A implementa-
ção da ISO 50.001 pode contribuir para a
redução de gastos por meio de uma melhor
gestão de energia e ainda criar uma postu-
ra consciente em relação aos impactos que
esses mesmos gastos podem acarretar de
nocivo ao meio ambiente”, explica a consul-
tora e gerente de projeto da GIZ Proklima no
Brasil, Stefanie von Heinemann.
As projeções do Plano Decenal de Expansão
de Energia 2029 indicam que o consumo
de eletricidade no setor comercial cresça a
uma taxa média de 3,4 % ao ano, ao passo
que a eficiência energética, considerando o
progresso autônomo e com a continuidade
dos programas e ações já existentes, atinja
no final do horizonte uma redução de 6,9%
no consumo de eletricidade.
O maior consumo de energia nesses locais
está ligado à iluminação e aos sistemas de
refrigeração e climatização. Os “vilões” que
afetam o volume total de energia consumi-
da são os vazamentos contínuos de fluido
frigorífico dos sistemas de refrigeração e ar
condicionado, rotinas mal planejadas e falta
de manutenção preventiva.
No âmbito do Programa Brasileiro de Elimi-
nação dos HCFCs (PBH), sob a coordenação
do Ministério do Meio Ambiente e com
apoio técnico da Cooperação Alemã para o
Desenvolvimento Sustentável (GIZ), foram
realizados projetos demonstrativos de con-
tenção de vazamentos de HCFCs em instala-
ções de refrigeração de supermercados com
o objetivo de apresentar melhorias técnicas
e procedimentos de manutenção e ope-
ração que contribuam para diminuição ou
eliminação dos vazamentos do HCFC R22,
com o propósito de reduzir ou eliminar per-
das econômicas e ambientais. Durante a im-
plementação de cada projeto, foram identi-
ficados pontos para a melhoria da eficiência
energética do sistema de refrigeração dos
supermercados, que se reverteram em um
ganho ambiental-econômico com aumento
de até 13% no coeficiente de performance.
A combinação entre a demanda por siste-
mas de refrigeração de baixo potencial de
aquecimento global (GWP) com transição
energética fomenta a inovação. Impulsio-
nado pelo Protocolo de Montreal e pelo
Acordo de Kigali, os sistemas com alto GWP
devem ser substituídos até 2050. Diversas
soluções tecnológicas eficientes estão dis-
poníveis. Um aplicativo já baixado mais de 1
milhão de vezes – o Refrigerant Slider App –
tem se tornado uma importante ferramenta
para tornar mais fácil a escolha do sistema
mais adequado. O problema é que nem to-
das são amigáveis ao meio ambiente.
“A decisão por determinada tecnologia, ou
seja, fluido refrigerante ou frigorífico, depen-
de de uma série de fatores que precisam ser
avaliados cuidadosamente caso a caso. Os
principais fatores a serem levados em consi-
deração são o custo (custo inicial e de ope-
ração), o desempenho (eficiência energética
e capacidade de refrigeração), o meio am-
biente (Potencial de Destruição da Camada
de Ozônio – PDO zero e baixo GWP) e a se-
gurança. Mesmo que a tecnologia (sistema e
fluido utilizados) vise à eficiência energética
e ao meio ambiente, ainda será preciso se-
guir as boas práticas de instalação e manu-
tenção dos equipamentos para atingir esses
objetivos”, destaca Stefanie.
7
Saneamento
em evidência
Adotar inversores de frequência em mo-
tores elétricos integra o conjunto de solu-
ções para reduzir significativamente o uso
de energia elétrica em qualquer aplicação.
Isso acontece porque o controlador tem a
função de acionar o motor elétrico e, ao
mesmo tempo, variar a frequência e a ten-
são que é fornecida ao motor com o obje-
tivo de controlar a velocidade e a potência
consumida.
Em sistemas de saneamento básico, por
exemplo, a economia gira em torno de 8%,
algo substancial para reduzir a segunda
maior despesa de uma empresa de sanea-
mento. Na Companhia de Saneamento
Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), a
maior do país, em 2018 o gasto de energia
foi de R$ 970 milhões. Daqui para frente, se
nada for feito, a tendência é de aumento
nessa conta. O decreto 9.462, alterado no
fim do ano passado, cortou os descontos
8
tarifários para as companhias de sanea-
mento. Pelas estimativas da Associação
Brasileira de Engenharia Sanitária e Am-
biental, os gastos com energia devem ser
de 15% a 20% maiores em 2019.
Na esteira desse processo, as iniciativas de
eficiência energética e a integração das
fontes de energia renovável nunca estive-
ram tão em evidência. Bombas movidas
a energia solar estão cada vez mais sen-
do empregadas em ambientes em que o
fornecimento de eletricidade é escasso ou
não confiável. Aqui também se encaixam
as soluções de armazenamento de ener-
gia: como as energias solar e eólica são
voláteis, o excesso deve ser armazenado
para tempos de demanda. O gerencia-
mento dessas arquiteturas requer controle
– que os inversores de corrente alternada
podem fornecer.
“A busca por eficiência energética e seus
desdobramentos sob a ótica da inovação
tem sido amplamente aplicada no setor
de saneamento como ferramenta para re-
dução de gastos com energia, dentre eles
soluções que envolvem geração distribuí-
da e diversificação da matriz energética. Na
geração distribuída, temos como exemplo
as tecnologias de geração de energia via
turbina, energia solar e eólica. Na diversi-
ficação da matriz energética, buscamos
alternativas para minimizar o impacto da
interrupção no fornecimento de energia
elétrica como, por exemplo, o acionamen-
to de motores a gás. Essa tecnologia busca
garantir o abastecimento de água e reduzir
custos com energia elétrica”, destaca An-
dréa Andrade de Matos, secretária de Efi-
ciência Energética da Câmara Temática de
Gestão de Perdas e Eficiência Energética da
Associação Brasileira de Engenharia Sanitá-
ria e Ambiental (Abes).
Tecnologia que
movimenta o futuro
Às vezes a contribuição se dá de forma
indireta. Na cidade paulista de Indaiatu-
ba, a Corpus Saneamento adotou cami-
nhões 100% elétricos para coleta de lixo,
produzidos pela chinesa BYD. Além de
reduzir emissões, o projeto incluiu uma
bomba de pistão Série 45, comando hi-
dráulico PVG 32 e um módulo eletrônico
PLUS+1 da Danfoss para reduzir ruídos.
Ponto para a empresa de resíduos, ponto
para as fabricantes de veículos.
Agora a BYD começou a fornecer ôni-
bus elétricos para o transporte urbano
na capital paulista. Quinze ônibus farão
um trajeto na zona sul de São Paulo du-
rante o dia e à noite retornarão para a
garagem, onde serão recarregados com
energia gerada em uma fazenda solar.
Segundo a BYD, os ônibus elétricos D9W
têm custo operacional 70% menor que
um ônibus convencional a diesel e evi-
tam a emissão de 110 toneladas de CO2
por ano – volume equivalente a um ôni-
bus convencional a diesel e que utiliza
90 litros por dia de operação. O núme-
ro reduzido de peças do veículo 100%
elétrico também diminui os custos com
manutenções. Ponto para a empresa de
transporte urbano e mais um ponto para
a fabricante de veículos.
Diante da representatividade do setor de
transportes no consumo de energia e nas
emissões de gases, os ganhos de eficiên-
cia energética exercem papel importante
para atender às metas. “O motor elétrico
consegue de 90% a 95% de eficiência,
contra até 35% dos motores a combus-
tão. Com relação à emissão de poluentes,
o diesel é o maior emissor entre todos os
combustíveis, seguido de gasolina e eta-
nol. Veículos elétricos e híbridos são os
que menos emitem”, aponta o engenhei-
ro Ricardo Takahira, da Comissão Técnica
de Veículos Elétricos da Sociedade de En-
genheiros da Mobilidade (SAE Brasil).
O mundo assistiu nos últimos anos a uma
sequência de lançamentos de veículos
elétricos e à instalação de postos de re-
carga de energia. As melhorias tecnoló-
gicas nos motores e a adição de novas
tecnologias – como os veículos híbridos
– impactam padrões de consumo e per-
mitem compensar o crescimento da de-
manda de energia, mantendo o consumo
no mesmo nível dos volumes observados
em 2019. Os preços dos modelos (entre
R$ 154 mil e R$ 450 mil), ainda limitam as
vendas e a participação desse segmento
no mercado – o que explica parte da pe-
quena frota de aproximadamente 15 mil
veículos nas ruas brasileiras.
9
 Todas as grandes fabricantes de
caminhões já dispõem de um
modelo elétrico, como resposta
às regras cada vez mais rígidas de
emissões de poluentes (no Brasil
apenas estão disponíveis ônibus
urbanos da BYD e um modelo de
caminhão VUC da Man). Esses mo-
delos podem custar até três vezes
mais que um modelo similar com
motor a diesel. Em contrapartida,
o custo operacional é, em média,
65% menor.
A configuração de um caminhão
elétrico depende muito de seu
implemento – mas ele pode se
aproveitar da eficiência energé-
tica também na adoção de con-
troles automáticos, como o de
tração e de frenagem. “O motor
elétrico tem torque sem rotação,
diferente do motor a combustão.
E você reduz de oito mil itens, en-
tre pistão, biela e corrente, mais
o lubrificante, em um motor a
combustão, para uma centena de
itens em um motor elétrico”, ex-
plica Ricardo Takahira.
O desafio ainda é levar o motor
elétrico para o transporte rodo-
viário de longas distâncias e para
o campo. “No campo já temos
algumas soluções para geração
de energia, como a cogeração de
energia na usina de cana-de-açú-
car, o uso de biogás a partir de de-
jetos em criadouros e as fazendas
fotovoltaicas. Os tratores pode-
riam usar essa energia”, sugere o
engenheiro da SAE.
Até mesmo nas cidades, caso as
máquinas utilizadas na constru-
ção civil sejam movidas a motores
elétricos, a exemplo de empilha-
10
deiras, o seu período de trabalho
pode ser estendido até a noite e a
madrugada – justamente porque
os motores elétricos fazem me-
nos barulho.
Diante do desafio que se tornou o
combate às mudanças climáticas,
a Conferência da ONU sobre o Cli-
ma (COP) busca concluir aspectos
importantes da operacionaliza-
ção do Acordo de Paris, aprovado
em 2015 por 195 países, como “Oportunidades para inovação tecno-
objetivo impedir que a tempera- lógica já estão disponíveis a partir do
tura média do planeta aumente que se convenciona chamar de BAT, que
mais do que 2°C. Ainda é preciso englobam soluções tecnológicas espe-
concluir a negociação sobre o Ar-
cíficas em cada setor e cujo grau de pe-
tigo 6, que regula os mercados de
netração em cada setor da economia se
carbono e permite a participação
associa à dinâmica própria de cada um
direta do setor empresarial.
deles”, Jeferson Soares, assessor da di-
“O CEBDS vem trabalhando jun- retoria de Estudos Econômico-Energéti-
to às suas empresas associadas e cos e Ambientais da EPE
apresentou na Climate Week de
Nova York um posicionamento
para contribuir com essa nego-
ciação e garantir que o Brasil não
fique isolado desse mercado pro-
missor que traz grandes oportu-
nidades para o país. As empresas
membro do CEBDS entendem a
precificação de carbono como
ferramenta necessária para evo-
lução e crescimento da econo-
mia, além da atração de investi-
mentos, tanto no que se refere a
um mercado nacional quanto em
âmbito global, e vem trabalhan-
do paralelamente nessas duas
esferas para maximizar as opor-
tunidades que ambas oferecem”,
destaca Marina Grossi. “Esperamos que, um dia, sejam es-
tabelecidos índices mínimos para
O planeta já alinhou a rota da os usuários finais de energia. O ideal
transição para um futuro descar-
seria a criação de um índice mínimo
bonizado. As oportunidades es-
tão aí para serem aproveitadas. para o comércio, para a indústria,
para o serviço público, entre ou-
tros”, Alexandre Moana, presidente
da Abesco
“A busca por eficiência energética e seus
desdobramentos sob a ótica da inova-
ção tem sido amplamente aplicada no
setor de saneamento como ferramenta
para redução de gastos com energia,
dentre eles soluções que envolvem
geração distribuída e diversificação da
matriz energética”, Andréa Andrade de
Matos, secretária de Eficiência Energé-
tica da Câmara Temática de Gestão de
Perdas e Eficiência Energética da Abes.
“Mesmo que a tecnologia (sistema e flui-
do utilizados) vise à eficiência energética
e ao meio ambiente, ainda será preciso
seguir as boas práticas de instalação e
manutenção dos equipamentos para
atingir esses objetivos”, Stefanie von
Heinemann, consultora e gerente de
projeto da GIZ Proklima no Brasil
“É preciso um planejamento estraté-
gico de longo prazo, capaz de alinhar
as potencialidades geográficas do
território brasileiro, com as questões
econômicas, sociais e ambientais”,
Marina Grossi, presidente do CEBDS
“O setor de transporte também tem
mostrado progressos no setor auto-
mobilístico, mas uma fonte de preo-
cupação é o uso de caminhões para
transporte, que está crescendo, bem
como sua contribuição para as emis-
sões”, José Goldemberg, professor
emérito da Universidade de São Paulo
“O motor elétrico consegue de 90% a
95% de eficiência, contra até 35% dos
motores a combustão. Com relação à
emissão de poluentes, o diesel é o maior
emissor entre todos os combustíveis,
seguido de gasolina e etanol. Veículos
elétricos e híbridos são os que menos
emitem”, Ricardo Takahira, da Comis-
são Técnica de Veículos Elétricos da SAE
Brasil.
“É sempre bom lembrar que a oferta de
opções tecnológicas é apenas parte da
equação que promove o aumento da
eficiência energética na economia como
um todo”, Giovani Machado, diretor
da EPE
11
 Hotel Unique reduz
em 35% consumo de
energia elétrica com
retrofit do sistema de
climatização

12
Com o retrofit, empreendimento
deixou de emitir 988 toneladas de
CO2 e obteve payback de R$ 340 mil

Um dos edifícios mais famosos de São Paulo por sua

arquitetura diferenciada, o Hotel Unique reuniu um
time de especialistas para ganhar vida. O projeto ar-
quitetônico com formato de um arco invertido é assi-
nado por Ruy Ohtake, o design elegante e contempo-
râneo ficou a cargo de João Armentano, enquanto o
paisagismo foi criado por Gilberto Elkis. Por fim, a sua
gastronomia é comandada pelo Chef Emmanuel Bas-
soleil, no restaurante Skye.

13
Inaugurado em 2003, o Hotel Unique passou
recentemente por um retrofit em seu sistema
de climatização. O sistema do tipo expansão
indireta com dois resfriadores de líquido com
condensação a ar estava totalmente obsoleto
tanto em sua vida útil, quanto ao rendimento
energético.
Além disso, os compressores partiam no sis-
tema estrela triângulo, ou seja, o sistema de
geradores não conseguia suportar a corrente
de partida dos resfriadores e desarmava. Já o
sistema de bombeamento e distribuição de
água era composto por bombas horizontais
de baixo rendimento e as válvulas de balan-
ceamento eram estáticas. Por fim, o Hotel
Unique precisava de um sistema de climati-
zação que operasse com a energia essencial
dos geradores existentes em caso de falta de
eletricidade da concessionária.
“Tínhamos uma central de água gelada de-
fasada, gerando altos custos de manutenção
corretiva e também diversas reclamações
dos clientes devido à sua performance, pois
os equipamentos não chegavam na tempe-
ratura de conforto”, explica Giovani Nicotra,
gerente de manutenção do Hotel Unique.
Para ganhar confiabilidade de operação além
de reduzir o consumo de energia, o Hotel Uni-
que investiu na modernização do sistema de
climatização. A EPT Engenharia desenvolveu
o projeto de retrofit priorizando a exigência
do Hotel Unique por manter um sistema de
climatização operando ininterruptamente.
Assim, o sistema de expansão indireta per-
maneceu. A instaladora Star Center entrou
em ação para buscar o que há de melhor em
tecnologia para atender o projeto de retrofit,
especialmente a questão da eficiência ener-
gética.
“A Danfoss foi escolhida para fornecer as vál-
vulas de balanceamento e os conversores
de frequência pela confiabilidade e tradição
da marca, bem como por proporcionar um
controle do fluxo de água independente da
pressão do sistema no caso das válvulas”, co-
menta Paulo Afonso Julia, diretor técnico da
EPT Engenharia.
14
Para resolver o problema de corrente de par-
tida, bem como melhorar o rendimento ener-
gético, ou seja, com melhor COP, o retrofit
do sistema de climatização do Hotel Unique
consistiu na substituição dos resfriadores de
líquido por outros mais modernos com parti-
da controlada por meio do conversor de fre-
quência da Danfoss. Deste modo, foram ins-
talados resfriadores com condensação a ar e
compressores tipo parafuso controlados por
conversores de frequência. As bombas foram
substituídas por modelos dotados de tecno-
logia sensorless do tipo Inline controladas
por conversores de frequência da Danfoss.
Foram instalados ao todo sete equipamen-
tos modelo VLT® HVAC Drive FC 102 P30K, da
Danfoss.
As válvulas de controle e balanceamento
independentes de pressão AB-QM DN200
com atuador da Danfoss foram instaladas na
tubulação de cada resfriador de líquido para
regular o fluxo de água independentemen-
te da pressão do sistema de água resfriada,
somando duas válvulas. Todo o sistema de
controle eletrônico foi modernizado com a
implementação de um sistema de controle
centralizado.
O sistema de climatização do Hotel Unique
foi modernizado sem interferência do forne-
cimento de água resfriada, ou seja, não hou-
ve impacto para os usuários. O retrofit entrou
em funcionamento em novembro de 2018
e reduziu em 35% o consumo de energia
elétrica da Central de Água Gelada do Hotel
Unique, que ganhou também confiabilidade
operacional.
Giovani Nicotra acrescenta que a redução do
consumo de energia foi de 607.748 Kwh de
janeiro a dezembro de 2019, em relação ao
mesmo período de 2018. “Visando a questão
de sustentabilidade com a economia gerada,
o empreendimento deixou de emitir 988 to-
neladas de CO2 na atmosfera. Em questões
financeiras, tivemos um payback de R$ 340
mil em 2019 em relação ao mesmo período
de 2018”, finaliza o gerente de manutenção
do Hotel Unique.
15
 Estação de
tratamento de esgoto
reduz consumo de
energia em 27%
O bairro de Vila Paraíso, da cidade de
Caxias, no Maranhão, tem uma esta-
ção de tratamento de esgoto (ETE)
que atende duas mil residências, com
uma vazão de 34,00 m³/h. O sistema
principal da ETE consistia em dois so-
pradores de 7,5 CV cada, funcionan-
do de forma alternada, a cada seis
horas, acionados por um painel com
PLC, para enviarem ar para os reato-
res aerados, no intuito de manterem
vivas as bactérias do processo de de-
composição dos dejetos.
O PLC teve problema e o sistema pas-
sou a funcionar de forma manual pelo
operador da estação. O SAAE e o repre-
sentante Danfoss da região, João Eyder,
desenvolveram um projeto de auto-
mação dos sopradores que mandam ar
para os reatores aerados para reduzir o
16
faturamento da conta de consumo de
energia elétrica. Por não existir projeto
anterior, esquema elétrico e programa
de automação, foi aplicado um con-
versor de frequência VLT® Automation-
Drive FC 360 da Danfoss para acionar e
fazer a alternância entre os sopradores,
de modo a garantir a quantidade de ar
adequada, não sendo necessário utili-
zar a frequência de capacidade máxi-
ma do motor.
O engenheiro Arnaldo Arruda, di-
retor administrativo do SAAE em
Caxias, explica que desde 2014 a
Danfoss vem realizando visitas téc-
nicas frequentes e propondo solu-
ções para os problemas. “A confiabi-
lidade e a tecnologia embarcada dos
equipamentos também foram deci-
sivas para escolhermos a Danfoss,
além de ter uma assistência técnica
presente e atuante na nossa região.”
O conversor de frequência da Dan-
foss foi instalado em maio de 2019
e consistiu no uso do smart logic do
drive para alternar os sopradores a
cada seis horas de funcionamento.
O produto da Danfoss permite uma
redução de 10% na rotação dos so-
pradores sem prejuízo ao processo.
“Qualquer redução na rotação do so-
prador diminui significativamente o
consumo. Com a redução de 10% na
velocidade do soprador, a potência
é diminuída em 27%. Uma vez que a
energia é o produto da potência pelo
tempo (KWh), a energia consumida
também será reduzida em 27%”, fina-
liza Arruda.
Ao adotar conversor de
frequência em poço de água,
povoado no Maranhão reduz em
mais de 30% fatura de energia
Povoado com 1.500 pessoas localizado na
zona rural de Caxias, no Maranhão, Nazaré do
Bruno contava com dois poços para atender
toda a comunidade com água encanada. O
Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE)
fez um estudo que constatou que os dois po-
ços eram utilizados não por vazão insuficien-
te, mas sim por apenas um não ser suficiente
para atender todo o povoado devido ao nível
do reservatório, que não possuía cota sufi-
ciente para pressurizar toda a rede.
“O abastecimento de água existente no po-
voado Nazaré do Bruno consistia de dois po-
ços, um de 15 CV e um de 8 CV, abastecendo
um único reservatório no ponto mais alto,
para distribuição por gravidade. Os dois po-
ços tinham juntos 36.000 l/h de vazão, porém,
apenas 18.000 l/h chegavam ao reservatório,
o que nos levou a planejar uma estratégia
para melhorar o abastecimento reduzindo o
consumo de energia”, explica João Eyder, re-
presentante da Danfoss na região.
O projeto de gestão de contas de energia dos
poços do povoado consistiu na implantação
de tecnologias para abastecer o povoado
apenas com o poço de 15 CV ligado direta-
mente na rede e com controle da pressão.
Com isto, o plano era reduzir o faturamento
de duas maneiras: desligando o poço de 8 CV
e reduzindo o controle da pressão. Além dis-
so, o projeto propôs monitorar todas as ações
efetuadas no sistema de abastecimento para
não permitir qualquer aumento no consumo.
Para esse controle foi instalado um conversor
de frequência VLT® AutomationDrive FC 360,
da Danfoss. “A Danfoss foi escolhida por ser
a única empresa deste segmento que, des-
de 2014, vem realizando visitas técnicas fre-
quentes e propondo soluções para os nossos
problemas. A confiabilidade e a tecnologia
embarcada dos equipamentos também fo-
ram fatores decisivos, além de ter uma assis-
tência técnica presente e atuante na nossa
região”, explica o engenheiro Arnaldo Arruda,
diretor administrativo do SAAE em Caxias,
Maranhão.
A tecnologia foi implantada em maio de 2019
e consistiu em ligar o conjunto motor-bom-
ba do poço 1 diretamente na rede, acionado
pelo conversor de frequência da Danfoss liga-
do a um transmissor de pressão, em malha fe-
chada. A instalação tem o objetivo de contro-
lar a pressão necessária ao abastecimento de
água, desativando o poço 2, de 8 CV, e, conse-
quentemente, o reservatório. Com a solução
empregada no poço 1 e a consequente desa-
tivação do poço 2, é esperada uma economia
mensal de mais de 30% na fatura de energia.
“Isto traz como benefícios a redução na fatura
de consumo de energia elétrica com a para-
da do poço 2 e o controle da pressão da rede,
além de evitar vazamentos por sobrepressão
e abastecimento ao consumidor em tempo
bastante reduzido”, comenta Arruda. Com
a instalação do conversor de frequência da
Danfoss com bombeamento direto na rede
controlado pelo sensor de pressão, apenas
um poço passou a conseguir pressurizar toda
a rede com 33 m.c.a. de forma satisfatória.
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 Produtos em Destaque

Bombas S45
As exigências da regulação urbana em relação às emissões e controle de ruído impulsionam
o desenvolvimento de critérios para comprar novos veículos. A Danfoss tem soluções que
reduzem a emissão de ruídos de caminhões, por exemplo. Em conjunto com os comandos
PVG e módulos controladores PLUS+1, a linha de bombas de pistões axiais de circuito
aberto S45 é uma delas. A S45 oferece uma gama de deslocamentos de 25 a 147 cm³/
rev, com rotação máxima de até 3600 rpm e pressões de operação de até 310 bar. Além
disso, as bombas têm o controle tipo Load Sensing, que proporciona apenas a vazão e
pressão necessárias a cada momento do ciclo de trabalho, gerando significativa economia
de combustível.

AB-QM 4.0
A nova AB-QM 4.0 permite válvulas com vazões maiores que os modelos anteriores, pois
o design exclusivo do controlador de diferencial de pressão sem o o-ring dinâmico reduz
a histerese e torna a válvula ainda mais precisa. Todas as válvulas agora têm uma classe
de pressão superior, a PN25. O ajuste e a medição de vazão são mais precisos e de fácil
visualização, mesmo após o comissionamento. A nova AB-QM 4.0 da Danfoss é indicada
para uso em sistema de HVAC para água gelada e/ou água quente em edifícios comerciais
como escritórios, hotéis, hospitais, shopping centers e aeroportos. A nova versão melhora
muito o desempenho e a vida útil do produto, além de reduzir o custo total de propriedade.

Danfoss Turbocor TTH

O compressor centrífugo sem óleo Danfoss Turbocor® TTH é projetado especificamente
para aplicações de alta relação de compressão, como chillers refrigerados a ar em climas
quentes, recuperação de calor, bombas de calor ou armazenamento térmico. A tecnologia
sem óleo não apresenta degradação do desempenho ao longo da vida útil do compressor,
ao contrário dos tradicionais compressores parafuso lubrificados, que podem resultar em
queda do desempenho devido ao excesso de óleo e ao desgaste mecânico ao longo do
tempo. Além disso, o compressor TTH utiliza o R134a e é compatível com o R513A não
inflamável.

VLT® HVAC Drive FC 102

À medida que nos movemos para as cidades, aumenta a necessidade por aquecimento e
resfriamento. A aplicação de conversores de frequência para controlar motores elétricos
poderia poupar 8% do consumo global de eletricidade. O VLT® HVAC Drive dispõe de
uma ampla variedade de funções desenvolvidas especificamente para uso com bombas,
ventiladores e compressores, para economizar energia, atender às normas ambientais e
reduzir custos em edifícios modernos.

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VLT® PTU 025
O Transmissor de Pressão VLT® PTU 025 é uma solução integrada para controle e
monitoramento do fluxo de ar que resolve o problema comum ao substituir filtros em
unidades de tratamento de ar (AHU) e unidades rooftop (RTU). A substituição tardia do
filtro pode causar severas perdas de energia, pois os ventiladores precisam operar acima
do ponto ideal para vencer a perda de carga adicional quando o filtro estiver entupido,
enquanto a substituição precoce significa que o potencial total da vida útil do filtro
não é utilizado. Além do monitoramento de filtros, o novo dispositivo também permite
monitorar e controlar a vazão de ar do ventilador e programar as lógicas de controle PID
a partir do inversor de frequência, o que dispensa a utilização de medidores de vazão de
ar e controladores programáveis.

Novocon S
Indicado para o aperfeiçoamento do controle do balanceamento hidrônico em edifícios
comerciais, o NovoCon® S conta agora com o controle de dT, muito importante para evitar
a síndrome de baixo dT no chiller. Com a atualização, o NovoCon® S faz o monitoramento
e o controle do dT, constantemente analisando a diferença de temperatura. O atuador
digital entra em ação sempre que o setpoint de dT estiver abaixo do mínimo e começa
a modular a válvula para garantir o dT de projeto. O atuador digital NovoCon® S é feito
sob medida para as válvulas de controle independentes de pressão AB-QM, criando uma
conexão perfeita entre sistema hidrônico e automação predial. O NovoCon® S conecta
o sistema de aquecimento ou de resfriamento com o BMS e adiciona novos níveis de
balanceamento hidrônico com funções de controle operadas remotamente.

DSH
Opção popular para chillers comerciais e rooftops usando o R410A e dotados da
tecnologia de válvulas de descarga intermediárias (IDV) para aumentar a eficiência de
resfriamento de carga parcial sazonal, os compressores scroll DSH da Danfoss entram
em uma nova geração, que substitui a linha SH, e agora suportam refrigerantes R454B
e R452B. A compatibilidade de múltiplos refrigerantes dos compressores, juntamente
com desempenho de drop-in similar ao R410A, é projetada para tornar a transição de
refrigerante a mais fácil possível para os OEMs sem a necessidade de fazer alterações
radicais no sistema, acelerando o tempo de lançamento do equipamento no mercado,
tanto para resfriamento quanto sistemas completamente reversíveis. As alterações
também permitem que os OEMs façam customizações na linha final e reduzam os
estoques, o que aumenta a flexibilidade geral e facilita o gerenciamento de inventário.

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Calendário de Eventos
Janeiro Road Show HVAC Treinamento de Conversores
Treinamento de refrigeração Dia 1 (Florianópolis) de Frequência Série VACON®
aplicada NXP
Dias 27 a 31 (Osasco) Agrishow
Dias 27/04 a 02/05 (Ribeirão Preto) Fev/20: 13 e 14
Fevereiro Mar/20: 12 e 13
Maio Abr/20: 09 e 10
Treinamento de refrigeração
Treinamento de refrigeração Mai/20: 14 e 15
aplicada
aplicada Jun/20: 25 e 26
Dias 17 a 21 (Osasco) Dias 25 a 29 (Osasco)
Treinamento de Conversores
Março Road Show HVAC de Frequência Série VLT® FC
Treinamento de refrigeração Dia 20 (Recife) (202/302)
aplicada
Dias 16 a 20 (Osasco) Junho
Fev/20: 11 e 12
Treinamento de refrigeração
Mar/20: 10 e 11
Sannar aplicada
Abr/20: 07 e 08
Dias 12 e 13 (Salvador) Dias 15 a 19 (Osasco)
Mai/20: 12 e 13
Road Show HVAC Jun/20: 23 e 24
Road Show HVAC
Dia 10 (São Paulo)
Dia 18 (Rio de Janeiro)
Expo Elevador
Abril Dias 14 a 16 (São Paulo)
Treinamento de refrigeração
aplicada FISPAL Tecnologia
Dias 13 a 17 (Osasco) Dias 16 a 19 (São Paulo)

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ambientais e de aplicação, que desaf iam a forma como produtos e sistemas
são projetados e fabricados. Assim, a engenharia está sendo cada vez mais
acionada para desenvolver novos conceitos, tecnologias e soluções, muitas vezes
conseguidas por meio do trabalho em equipes multidisciplinares e internacionais.

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