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PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA

Portal Educação

CURSO DE
DESENHO ARQUITETÔNICO

Aluno:

EaD - Educação a Distância Portal Educação

AN02FREV001/REV 4.0

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CURSO DE
DESENHO ARQUITETÔNICO

MÓDULO I

Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este
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do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.

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SUMÁRIO

MÓDULO I
1 DESENHO ARQUITETÔNICO
1.1 DESENHO MANUAL
1.1.1 Lápis
1.1.2 Lapiseira
1.1.3 Borracha
1.1.4 Caneta nanquim
1.1.5 Normógrafo e aranha
1.1.6 Papel
1.1.7 Esquadros
1.1.8 Compasso
1.1.9 Gabaritos
1.1.10 Curvas
1.1.11 Transferidor
1.1.12 Escalímetro
1.1.13 Prancha e régua
1.2 DESENHO AUXILIADO POR COMPUTADOR
2 NORMAS TÉCNICAS
3 DIMENSÕES E FORMATOS DE PAPEL
3.1 FORMATOS
3.2 LEGENDA
3.3 POSIÇÃO DE LEITURA
3.4 DOBRAMENTO
4 O TRAÇO ARQUITETÔNICO
4.1 LINHAS
4.2 TRAÇOS
4.3 LETRAS, NÚMEROS E CARACTERES
5 ESCALAS

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MÓDULO II
6 FIGURAS GEOMÉTRICAS
7 O TERRENO
7.1 DIMENSÕES E FORMATO DO TERRENO
7.2 A TOPOGRAFIA
7.3 A ORIENTAÇÃO
8 PROJETO ARQUITETÔNICO
9 A PLANTA BAIXA
9.1 COMPOSIÇÃO DA PLANTA BAIXA
9.2 REPRESENTAÇÕES DE ELEMENTOS
9.2.1 As paredes
9.2.2 As janelas
9.2.3 As portas
9.2.4 Paginação de piso
9.2.5 Equipamentos de banheiro
9.2.6 Equipamentos de cozinha
9.2.7 Equipamentos de lavanderia
9.2.8 Mobiliários diversos
9.2.9 Elementos não visíveis
9.3 REPRESENTAÇÃO DE INFORMAÇÕES
9.3.1 Nomes dos ambientes
9.3.2 Áreas dos ambientes
9.3.3 Especificação dos pisos dos ambientes
9.3.4 Identificação dos níveis
9.3.5 Tamanhos de esquadrias
9.3.6 Escadas
9.3.7 As cotas do desenho
9.3.8 Informações complementares
9.4 PASSO A PASSO

MÓDULO III
10 O CORTE

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11 A INDICAÇÃO DO CORTE
12 REPRESENTAÇÃO DE ELEMENTOS EM CORTE
12.1 AS PAREDES
12.2 FUNDAÇÕES E PISOS
12.3 ESQUADRIAS
12.4 LAJES E FORROS
12.5 ESCADAS
12.6 COBERTURA
12.7 INFORMAÇÕES
12.7.1 Cotas
12.7.2 Níveis
12.7.3 Especificações gerais
13 PASSO A PASSO PARA DESENHAR CORTES
14 AS FACHADAS
15 REPRESENTAÇÃO DE ELEMENTOS EM FACHADAS
15.1 JANELAS
15.2 PORTAS
15.3 REVESTIMENTOS
15.4 ESPECIFICAÇÕES
15.5 DETALHES COMPOSITIVOS
16 PASSO A PASSO PARA DESENHAR FACHADAS

MÓDULO IV
17 PLANTA DE COBERTURA
17.1 IDENTIFICAÇÃO DE ELEMENTOS
17.2 O QUE REPRESENTAR
17.3 INFORMAÇÕES
18 REPRESENTAÇÃO DE COBERTURAS
18.1 TIPOS DE COBERTURA
18.2 A INCLINAÇÃO DO TELHADO
18.3 COMPONENTES
18.4 TIPOS DE TESOURAS
18.5 TIPOS DE BEIRAL

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18.6 TRELIÇAS METÁLICAS
19 PLANTA DE LOCALIZAÇÃO
19.1 O QUE REPRESENTAR
20 PLANTA DE SITUAÇÃO
20.1 O QUE REPRESENTAR
20.2 A ORIENTAÇÃO GEOGRÁFICA
20.3 RECOMENDAÇÕES

MÓDULO V
21 PROJETOS COMPLEMENTARES
21.1 PROJETO HIDRÁULICO E SANITÁRIO
21.1.1 Legenda
21.1.2 Banheiros
21.1.3 Cozinha e lavanderia
21.1.4 Distribuição geral
21.1.5 Ligação no térreo
21.2 PROJETO ELÉTRICO
22 ESCADAS, RAMPAS E ELEVADORES
22.1 TIPOS DE ESCADAS
22.2 PROJETO DE ESCADA
22.2.1 Primeiro passo
22.2.2 Segundo passo
22.2.3 Terceiro passo
22.2.4 Quarto passo
22.2.5 Considerações finais
22.3 RAMPAS
22.4 ELEVADORES
23 PERSPECTIVAS
EXERCÍCIOS
GLOSSÁRIO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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MÓDULO I

1 O DESENHO ARQUITETÔNICO

O desenho arquitetônico é um dos tipos de desenho técnico utilizado para


representar projetos de arquitetura. Dessa forma, o desenho arquitetônico é a forma
de comunicação entre o criador (projetista, desenhista, arquiteto) e o receptor (quem
vai usar o desenho: cliente, construtor, etc.). Devemos ter presente, desde já, que ao
projetar algo e representar graficamente por meio de conceitos específicos,
estaremos elaborando uma espécie de documento. Mesmo regrado por normas e
procedimentos, um desenho arquitetônico necessita da criatividade e habilidade do
projetista na hora da criação do produto, para que todos os aspectos da sua ideia
sejam compreendidos.
Os desenhos são realizados basicamente de duas formas: o desenho a mão
livre, com auxílio de instrumentos específicos, ou o desenho auxiliado por
computador.

1.1 DESENHO MANUAL

No desenho manual, o desenhista faz uso de instrumentos específicos que


auxiliam na construção dos diversos elementos que compõem o projeto, tais como:
retas, curvas e figuras geométricas diversas. A seguir serão listados os principais
instrumentos que são necessários para o trabalho.

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1.1.1 Lápis

O lápis de madeira e grafite utilizado para desenho possui uma graduação


segundo a dureza do grafite, também chamada de mina. A classificação é feita por
letras e números. A letra H é para lápis com mina dura – traço fino e claro, enquanto
a letra B é para graduar o lápis com mina mais macia – traço grosso e escuro.

FIGURA 1

FONTE: Disponível em: <http://www.tattoochinabrasil.com.br>. Acesso em: 08 jan. 2013.

FIGURA 2

FONTE: Disponível em: <http://www.amopintar.com>. Acesso em: 08 jan. 2013.

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1.1.2 Lapiseira

Da mesma forma que o lápis, a lapiseira é utilizada para o desenho a mão.


Seu principal diferencial é que não necessita ser apontada e permite um traço mais
preciso e nítido. As graduações dos grafites, mais utilizados são: 0.3mm, 0.5mm,
0.7mm, 0.9mm e 2.0mm. Na escolha dos grafites deve-se observar igualmente a
letra H ou B para referenciar a dureza no mesmo.

FIGURA 3

Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

1.1.3 Borracha

A borracha a ser utilizada sempre deve ser condizente com o tipo de papel
que estamos utilizando. Indica-se que a escolha recaia sempre em um produto de
qualidade para que a sua utilização não danifique a superfície da folha de papel.
Não se recomenda o uso de borrachas sintéticas, pois borram o desenho. Da
mesma forma, as borrachas utilizadas para apagar tinta não são a melhor escolha,
porque podem rasgar o papel, em razão da sua abrasividade.

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FIGURA 4

FONTE: Disponível em: <http://www.frutodearte.com.br>. Acesso em: 08 jan. 2013.

1.1.4 Caneta nanquim

A caneta nanquim pode ser encontrada de duas formas: as descartáveis e


as recarregáveis. Ambas possuem graduação de espessura que vai geralmente de
0.05mm até 1.2mm. Nas canetas recarregáveis necessitamos adquirir um frasco de
tinta para sua devida utilização.

FIGURA 5 - CANETAS DESCARTÁVEIS

FONTE: Disponível em: <http://www.japaartmaterial.com.br>. Acesso em: 08 jan. 2013.

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FIGURA 6 - CANETAS RECARREGÁVEIS

FONTE: Disponível em: <http://www.amme.com.br>. Acesso em: 08 jan. 2013.


FONTE: Disponível em: <http://www.sinoart.com.br>. Acesso em: 08 jan. 2013.

1.1.5 Normógrafo e aranha

O normógrafo é um instrumento utilizado para realizar o desenho de


caracteres, necessários para inserção de informações nos desenhos técnicos.

FIGURA 7 - NORMÓGRAFO ARANHA

FONTE: Disponível em: <http://www.permutalivre.com.br>. Acesso em: 08 jan. 2013.


FONTE: Disponível em: <http://www.japaartmaterial.com.br>. Acesso em: 08 jan. 2013.

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FIGURA 8 - A UTILIZAÇÃO DOS COMPONENTES

FONTE: Disponível em: <http://dc252.4shared.com/doc/yHtEeHKb/preview.html>. Acesso em: 08 jan.


2013.

1.1.6 Papel

Os tipos de papéis mais utilizados para o desenho arquitetônico são: papel


manteiga e vegetal que são translúcidos. Temos ainda o papel sulfite nas suas
diversas espessuras e o papel canson.

1.1.7 Esquadros

São peças em acrílico com formato triangular e retangular onde


encontramos os formatos dos ângulos de 30°, 45°, 60° e 90°. Sua utilização é para
traçar linhas verticais, horizontais e inclinadas, conforme a necessidade do
desenhista. A sua utilização combinada com a régua paralela possibilita o traçado
perfeito, e retas perpendiculares entre si.

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FIGURA 9

Esquadros Composição de esquadros


FONTE: Disponível em: <http://www.oprojetista.com.br>. Acesso em: 08 jan. 2013.
FONTE: Disponível em: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAABaQwAC/apostila-desenho-
arquitetura>. Acesso em: 08 jan. 2013.

Dicas:
 Não usar os esquadros como guia para cortes.
 Limpar periodicamente com pano umedecido em água e
sabão neutro.
 Não usar o esquadro com marcadores coloridos.
 Esquadros de boa qualidade não ficam com aspecto
amarelado com o tempo de uso.

1.1.8 Compasso

Esse instrumento permite traçar círculos e arcos de qualquer raio ou


diâmetro. O seu uso é realizado fixando a ponta seca na superfície de papel e
girando em torno dela a ponta de grafite, traçando assim a circunferência.

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FIGURA 10

FONTE: Disponível em: <http://arnaut.no.sapo.pt/geom/compasso.html>. Acesso em: 08 jan. 2013.

1.1.9 Gabaritos

São chapas plásticas que funcionam como molde para desenho de formas
geométricas, mobiliários e peças arquitetônicas.

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FIGURA 11

Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

1.1.10 Curvas

A curva francesa, fabricada em plástico transparente, é encontrada em


diversos tamanhos. A curva universal ou flexível também pode ser utilizada para o
desenho de linhas curvas.

FIGURA 12

Curva Francesa Régua Flexível


Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).
FONTE: Disponível em: <http://www.oprojetista.com.br>. Acesso em: 08 jan. 2013.

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1.1.11 Transferidor

Instrumento que é utilizado para marcação e leitura de ângulos.

FIGURA 13

Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

1.1.12 Escalímetro

Este é um instrumento muito útil para o desenho e leitura de medidas dos


desenhos. Possui tipos e tamanhos diversos. Em cada escalímetro encontraremos 6
escalas distintas, divididas em três faces, com duas escalas em cada uma delas. As
escalas mais utilizadas no desenho arquitetônico são: 1/10, 1/20, 1/25, 1/50, 1/75,
1/100, 1/125, 1/200, 1/250, 1/500 e 1/1000.

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FIGURA 14

FONTE: Disponível em: <http://www.artcamargo.com.br>. Acesso em: 08 jan. 2013.

Dicas:
 Nunca utilize o escalímetro para traçar linhas, somente para
estabelecer medidas e conferir as mesmas.

1.1.13 Prancha e régua

A prancheta é um tampo de madeira sustentado por cavaletes onde são


fixadas as folhas de papel para confecção dos desenhos. Sua cobertura pode ser
com uma camada de vinil ou fórmica de madeira.

Dicas:
 É importante que não exista nenhuma ranhura ou corte sobre
a superfície da mesa para não acontecerem rasuras na hora
de desenhar.
 Providencie sempre boa iluminação sobre a mesa de
desenho.

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FIGURA 15

FONTE: Disponível em: <http://www.frutodearte.com.br>. Acesso em: 08 jan. 2013.

Associada à mesa de desenho usamos a régua paralela ou régua T. Elas


servem de apoio para a utilização dos esquadros e para traçados de linhas
paralelas.

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FIGURA 16

Régua T Régua paralela


FONTE: Disponível em: <http://www.casadaarte.com.br>. Acesso em: 08 jan. 2013.

1.2 DESENHO AUXILIADO POR COMPUTADOR

A única diferença do desenho realizado na computação gráfica, para o


convencional, é justamente a ferramenta de utilização. Enquanto o desenho manual
depende de todos os instrumentos já listados anteriormente, no desenho auxiliado
por computador faz-se necessário um equipamento de informática composto por
computador e impressora. Para podermos desenhar é relevante termos instalado no
computador um programa (software) de desenho. Um exemplo bastante corriqueiro
é o AutoCAD.
Cabe salientar que as normas e diretrizes exigidas no desenho auxiliado por
computador são exatamente iguais ao desenho realizado manualmente.

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2 NORMAS TÉCNICAS

Nesse primeiro módulo você terá um primeiro contato com os fundamentos


iniciais que delimitam, regulamentam e estabelecem critérios que padronizam a
formatação dos desenhos técnicos. Nos capítulos subsequentes dessa apostila
serão apresentados dados e regramentos de desenho que estão presentes nas NBR
(Normas Brasileiras) de desenho.
Uma vez que o desenho arquitetônico é a forma de comunicação que o
projetista dispõe para transmitir as suas concepções e diretrizes, é vital que os
outros envolvidos no processo possam entender e realizar o que o projeto
apresenta. Só se consegue isso se todos os envolvidos seguirem uma normatização
comum. Dentre as principais normas existentes para a confecção dos desenhos
técnicos podemos citar:
 NBR 6492 – REPRESENTAÇÃO DE PROJETOS DE ARQUITETURA
 NBR 10067 – PRINCÍPIOS GERAIS DE REPRESENTAÇÃO DE
DESENHO TÉCNICO
 NBR 10068 – FOLHAS DE DESENHO-LEIAUTE E DIMENSÕES
 NBR 8196 – DESENHO TÉCNICO-EMPREGO DE ESCALAS
 NBR 8402 – EXECUÇÃO DE CARACTER PARA ESCRITA EM
DESENHO TÉCNICO
 NBR 8403 – TIPOS DE LINHA
 NBR 10126 – COTAGEM EM DESENHO TÉCNICO
 NBR 13142 – DESENHO TÉCNICO-DOBRAGEM DE CÓPIA
 NBR 10582 – APRESENTAÇÃO DA FOLHA PARA DESENHO
TÉCNICO

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Todas as normas brasileiras são editadas pela ABNT. (Associação Brasileira
de Normas Técnicas)

Dicas:
 O Site da ABNT está disponível para a consulta e compra de
normas técnicas.
 Link: http://www.abnt.org.br/
 Sempre consulte o site e certifique-se que a norma técnica
procurada é a mais atual dentro das suas versões.

3 DIMENSÕES E FORMATOS DE PAPEL

As folhas em que desenhamos recebem o nome de pranchas. Os tamanhos


de papel devem seguir a normatização estabelecida pela ABNT. No desenho manual
adotamos a formatação de pranchas já prontas à venda no mercado. No desenho
por computador, ao plotarmos (imprimir) o projeto, podemos assim fazer em rolos de
papel, que posteriormente transformam-se em pranchas cortadas, obedecendo às
dimensões estabelecidas pela norma técnica.

3.1 FORMATOS

Destacamos a seguir a tabela com os tamanhos regulamentados das folhas


no padrão A0 até A5.

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FIGURA 17

Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

Na tabela acima temos a dimensão de “x”-horizontal, “y”- vertical e “a”-


largura das margens, conforme desenho abaixo:

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FIGURA 18

Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

3.2 LEGENDA

Segundo a NBR 10582, o selo (legenda) de uma prancha em desenho


técnico deve conter as seguintes informações:
 Designação da firma;
 Projetista, desenhista ou outro responsável pelo conteúdo do desenho;
 Local, data e assinatura;
 Nome e localização do projeto;
 Conteúdo do desenho;
 Escala;
 Número do desenho;
 Designação de revisão;
 Unidade utilizada no desenho.

A localização de cada uma destas informações pode ser posicionada


conforme a preferência do desenhista, cabendo à hierarquia seguir as informações
de maior relevância.

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Abaixo um exemplo de selo. Observa-se que o comprimento deve obedecer
ao tamanho de 175 mm, enquanto a altura é variável.

FIGURA 19

Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

3.3 POSIÇÃO DE LEITURA

A posição para os desenhos e inserção de informações na prancha deve


obedecer a seguinte disposição:

FIGURA 20

Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

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3.4 DOBRAMENTO

A NBR 6492 recomenda procedimentos para o correto dobramento das


pranchas para seu manuseio e arquivamento.
Abaixo as ilustrações nos mostram tal procedimento:

FIGURA 21

Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

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FIGURA 22

Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

4 O TRAÇO ARQUITETÔNICO

Um bom desenho é apresentado com pranchas padronizadas segundo as


normas com todas as informações necessárias. Atente-se à limpeza e estado das
pranchas. Os traços devem ser concisos e claros, assim como as informações
textuais pertinentes e esclarecedoras. Lembre-se que as informações contidas na
prancha devem ser passíveis de entendimento por outra pessoa que dela fizer uso.

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Sempre que necessário consulte as normas de desenho e dê uma atenção especial
a NBR 6492.

4.1 LINHAS

O componente primordial do desenho arquitetônico é a linha. As linhas são o


nosso meio de representar os diversos elementos que constituem o desenho a ser
apresentado, tais como: paredes, pisos, esquadrias, etc. Sendo assim, a sua
consistência e homogeneidade facilitam a compreensão e leitura do projeto.
Dentro do desenho a espessura das linhas determinará a hierarquia dos
elementos representados. Nas plantas-baixas, cortes e fachadas as profundidades
são definidas justamente por essa diferenciação. As linhas mais próximas do
observador são mais grossas e escuras. Conforme o afastamento vai acontecendo
as espessuras vão diminuindo.

 Linha de contorno – contínua:

Seu emprego acontece na representação de plantas-baixas e cortes para


identificar as paredes e todos os elementos estruturais interceptados pelos
planos e corte. A espessura a lápis é de 0.9mm, enquanto que com caneta
nanquim e impressão por computador é de 0.6mm.
 Linha de contorno – contínua:

Para a representação de demais elementos que vem abaixo da linha de corte,


tais como: soleiras, peitoris, mobiliário, piso, etc.; e, elementos em vista. A
espessura a lápis é de 0.5mm, enquanto que com caneta nanquim e
impressão por computador é de 0.2mm e 0.3mm
 Linha de contorno – contínua:

Essa linha é utilizada para representar linhas de relacionamento e construção


de desenho, linhas de indicação e de cota. Usa-se ainda na representação de

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hachuras de pisos e paredes e elementos decorativos. A espessura a lápis é
de 0.3mm, enquanto que com caneta nanquim e impressão por computador é
de 0.05mm e 0.1mm.
 Linha de contorno invisível – tracejada:

São empregadas para representar algum elemento que está além do plano do
desenho. A espessura a lápis é de 0.5mm, enquanto que com caneta
nanquim e impressão por computador é de 0.2mm e 0.3mm.

 Linha de contorno invisível – traço e dois pontos:

Quando se tratar de projeções importantes, devem ter o mesmo valor que as


linhas de contorno. São indicadas para representar projeções de pavimentos
superiores, balanços, marquises, etc. A espessura a lápis é de 0.5mm,
enquanto que com caneta nanquim e impressão por computador é de 0.2mm
e 0.3mm.
 Linha de eixo – traço e ponto:

Usada para delimitar o eixo de elementos. A espessura a lápis é de 0.5mm,


enquanto que com caneta nanquim e impressão por computador é de 0.2mm
e 0.3mm.

Dicas:
 A qualidade do traço da linha define a identidade do
desenhista.
 Sempre trace linhas se tocando em suas extremidades, ou
seja, começando e terminando.
 É sempre preferível traçar uma linha de uma vez só, pois o
acabamento é melhor.

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4.2 TRAÇOS

A seguir enumeramos algumas dicas importantes para um melhor


aproveitamento dos instrumentos de desenho, e consequentemente, um traçado
preciso e mais limpo.
Enquanto executa o desenho das linhas gire gradualmente o lápis ou a
lapiseira para que o grafite não se desgaste somente em um sentido.

FIGURA 23

FONTE: Disponível em: <http://pt.scribd.com/doc/113548818/Untitled>. Acesso em: 08 jan. 2013.

Durante o traçado nunca empurre ou volte no sentido da linha, puxe sempre


a lapiseira para o controle devido do traço.

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FIGURA 24

FONTE: Disponível em: <http://pt.scribd.com/doc/113548818/Untitled>. Acesso em: 08 jan. 2013.

Não trace as linhas apoiando o grafite nos cantos do esquadro e régua. Suja
o instrumento e borra o desenho. (figura a)
Desenhe sobre a borda que é reta, respeitando uma pequena distância entre
o instrumento e o grafite. (figura b)

FIGURA 25

Figura a Figura b
FONTE: Disponível em: <http://pt.scribd.com/doc/113548818/Untitled>. Acesso em: 08 jan. 2013.

Correto uso da combinação esquadro e régua na prancheta de desenho.


(figura c)
Confira um exemplo de graficação com utilização dos instrumentos. (figura
d)

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FIGURA 26

Figura c
FONTE: Disponível em: <http://pt.scribd.com/doc/113548818/Untitled>. Acesso em: 08 jan. 2013.

FIGURA 27

Figura d
FONTE: Disponível em: <http://pt.scribd.com/doc/113548818/Untitled>. Acesso em: 08 jan. 2013.

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4.3 LETRAS, NÚMEROS E CARACTERES

O desenho manual desses elementos deve ser realizado com grafite a mão
livre ou com auxílio de aranha e normógrafo para o desenho com caneta nanquim.
As características mais potenciais neste tipo de graficação é a sensibilidade
do desenhista de observar as distâncias regulares entre os caracteres. Na NBR
6492 estão elencados todos os tamanhos e normógrafos específicos para cada
situação. Segue resumo padrão:

FIGURA 28

Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

5 ESCALAS

Todo o desenho arquitetônico vai passar necessariamente pelo domínio e


respectivo emprego das escalas. A necessidade do emprego das escalas surgiu em

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virtude da impossibilidade de representação de elementos em verdadeira grandeza
em uma prancha de desenho. Neste caso usamos escalas de redução. Temos na
realidade três formas de representação em escala:
 Escala de redução – exemplo: 1/5 ou 1:5 (lê-se: escala 1 por 5)
 Escala real – exemplo: 1/1 ou 1:1 (lê-se: escala 1 por 1)
 Escala de ampliação – exemplo: 5/1 ou 5:1 (lê-se: escala 5 por 1)

Um fator determinante para a escolha de uma escala e a real necessidade


de informação que o desenho quer mostrar. Dependendo do nível de detalhamento
que vamos graficar, a escala fica mais próxima da real. Com o passar do tempo e a
experiência que o desenhista vai adquirindo, a escolha da escala fica mais fácil, já
que uma vez decidido o tamanho do papel a ser utilizado, escolhe-se a escala mais
adequada que caiba na área de desenho da prancha.
Escalas recomendadas:
 Escala 1/1 – 1/2 – 1/5 – 1/10: detalhamentos de elementos construtivos
variados;
 Escala 1/20 – 1/25: ampliações de ambientes;
 Escala 1/50: é a escala utilizada para representação do projeto
arquitetônico, tais como desenhos de plantas-baixas, cortes, fachadas, etc.
Geralmente utilizada para desenhos que vão para aprovação em órgãos fiscais e
para a obra de construção.
 Escala 1/75: mesma utilização da escala anterior, porém somente em
nível projetual.
 Escala 1/100: igualmente utilizada para representação de desenhos
arquitetônicos quando o nível de detalhamento é menor. Geralmente utilizado para o
lançamento de uma primeira ideia do projeto.
 Escala 1/200 – 1/250: usada para setorização de grandes projetos.
Plantas de situação e localização de terrenos, paisagismo, topografias e em projetos
urbanísticos.
 Escala 1/500 – 1/1000: plantas de localização, zoneamentos,
topografia e projetos urbanísticos.
 Escala 1/2000 – 1/5000: zoneamentos, levantamentos
aerofotogramétricos e projetos urbanísticos.

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Escala gráfica: sua representação acontece por um gráfico que é
proporcional à escala utilizada. Pode ser utilizada nos projetos e também em
situações onde temos elementos expressos por meio de fotografias ou ilustrações.
Para obter a dimensão real do desenho, basta copiar a escala gráfica em um papel e
colocar ela sobre a figura. No exemplo abaixo, a escala utilizada foi a 1/50
representada em segmentos 2cm, pois 1 metro dividido por 50 é igual a 0,02. (dois
cm)

FIGURA 29

Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

FIM DO MÓDULO I

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Portal Educação

CURSO DE
DESENHO ARQUITETÔNICO

Aluno:

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CURSO DE
DESENHO ARQUITETÔNICO

MÓDULO II

Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este
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do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.

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MÓDULO II

6 FIGURAS GEOMÉTRICAS

As figuras geométricas básicas, tais como o círculo, quadrado, triângulo,


etc., serão pontos de partidas para a criação dos formatos das plantas baixas.
Figura a – o quadrado com sua forma constante e simétrica nos fornece
tipologias mais puras. As construções mais econômicas geralmente partem desse
formato por termos um melhor aproveitamento do espaço e menos áreas perdidas
dentro da funcionalidade da planta baixa.
Figura b – forma retangular alongada pode limitar a distribuição dos
espaços, enquanto o retângulo com lados proporcionais fornece opções mais
harmônicas.

FIGURA 30

Figura a Figura b
FONTE: Oberg, L. Desenho Arquitetônico. 22. ed. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico S/A,1979.

Figuras c, d, e, f – apresentam formatos em “L”, “U”, “T” e “H”, que


distribuem bem os espaços internos e proporcionam maior contato com o meio
externo. Dessa forma, a captação de luz e ventilação natural se faz presente em
diversas faces.

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FIGURA 31

Figura c Figura d Figura e Figura f


FONTE: Oberg, L. Desenho Arquitetônico. 22. ed. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico S/A,1979.

Figuras g, h, i, j – seguem alguns exemplos de formatos não convencionais,


porém com harmonia e funcionalidade.

FIGURA 32

Figura g Figura h Figura i Figura j


FONTE: Oberg, L. Desenho Arquitetônico. 22. ed. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico S/A,1979.

Cabe salientar que não existe uma regra estabelecida para escolha do
formato na hora de projetar a planta baixa. A forma nasce do equilíbrio entre a
plástica arquitetônica e a funcionalidade dos ambientes.

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7 O TERRENO

Antes de começarmos a projetar os espaços arquitetônicos passamos pela


análise dos condicionantes que a área de sua implantação nos impõe. A relação
existente entre a habitação e o terreno a ser usado nos fornece o conjunto final do
trabalho. Ao estudarmos o terreno, para lançar o projeto de arquitetura, temos que
levar em conta o seu formato, as dimensões, a topografia, a orientação solar e de
ventilação, a sua localização e os prédios vizinhos.

7.1 DIMENSÕES E FORMATO DO TERRENO

São as medidas das testadas no terreno, ou seja, as medidas das faces que
delimitam o seu formato. A forma mais comum é a retangular, podendo-se encontrar
formatos distintos, tais como: angulares, circulares, etc.

FIGURA 33

FONTE: Oberg, L. Desenho Arquitetônico. 22. ed. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico S/A,1979.

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39
7.2 A TOPOGRAFIA

A topografia do terreno pode ser basicamente em aclive, declive ou plana.


Sua topografia na maioria das vezes nos molda uma tipologia específica de projeto.
Na verdade o projetista deve se valer da topografia como uma aliada para tirar
partido da disposição da habitação no terreno.

FIGURA 34

FONTE: Oberg, L. Desenho Arquitetônico. 22. ed. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico S/A,1979.

7.3 A ORIENTAÇÃO

Conforme sua orientação, em relação à insolação e percursos dos ventos na


geografia que se encontra, pode-se inserir da melhor forma a habitação. Ao
projetarmos uma edificação temos que levar em conta a insolação e ventilação
natural de forma que os espaços sejam os mais salutares e confortáveis possíveis. A
presença de sol e ventilação no interior da habitação ajuda na conservação do
imóvel e melhor habitabilidade do mesmo.

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FIGURA 35

FONTE: Oberg, L. Desenho Arquitetônico. 22. ed. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico S/A,1979.

8 PROJETO ARQUITETÔNICO

O projeto de arquitetura deve conter todos os documentos necessários para


o entendimento do que está se propondo. Portanto, o desenho arquitetônico deve
contemplar plantas baixas, cortes, fachadas, plantas de situação, planta de
localização, e, demais detalhes que se fizerem necessários. Nesses documentos
gráficos devemos especificar medidas, materiais e formatos do futuro
empreendimento que estamos concebendo. Nos demais capítulos, vamos estudar
cada um destes itens em separado.

9 A PLANTA BAIXA

A planta é uma seção obtida de um plano paralelo ao piso, a uma altura de


aproximadamente 1,20m para evidenciar o corte das paredes, janelas, portas, etc. O
sentido de observação se dará de cima para baixo.

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FIGURA 36

FONTE: Oberg, L. Desenho Arquitetônico. 22. ed. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico S/A,1979.

AN02FREV001/REV 4.0

42
Quando nosso projeto apresenta somente um pavimento, desenhamos uma
planta baixa. Nos projetos em que a edificação possui mais de um pavimento temos
que desenhar uma planta baixa para cada pavimento. Em um edifício, por exemplo,
onde temos apartamentos em que a planta baixa se repete em diversos andares,
chamamos de planta baixa do pavimento tipo. Exemplo: Planta baixa do térreo,
Planta baixa da cobertura, Planta baixa do subsolo, etc.

9.1 A COMPOSIÇÃO DA PLANTA BAIXA

Todas as informações necessárias para a devida compreensão do desenho


aparecem a partir da hierarquia de importância de cada elemento. Temos dois
conjuntos fundamentais: os elementos que representam a parte de construção e o
conjunto de especificações e complementos textuais.
Dentro do grupo dos elementos construtivos aparecerão: as paredes e
elementos de estrutura, janelas, portas, portões, pisos, escadas, rampas, lareiras e
churrasqueiras. Teremos ainda os elementos que fazem parte de mobiliários fixos e
móveis, tais como: sanitários, louças, pias, tanques, geladeiras, fogões, etc.
No conjunto das informações encontraremos: nomes dos ambientes com
sua área e tipo de piso; os níveis, cotas, os planos de corte, as simbologias diversas
e especificações que se fizerem úteis.

9.2 REPRESENTAÇÕES DE ELEMENTOS

Elencaremos agora o desenho correto dos principais elementos que fazem


parte da composição de uma planta baixa.

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9.2.1 As paredes

Esse é o elemento delimitador da planta baixa e será representado sempre


por dois traços espaçados pela largura desejada da parede. Dependendo da função
e intensão arquitetônica, as paredes podem ter variação em sua largura. Geralmente
utiliza-se a parede de 15 centímetros para divisões internas e muros externos. Para
as paredes de divisa externas a sua largura mais usual é de 25 centímetros.

FIGURA 37

Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

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9.2.2 As janelas

Sua representação mais comum, que é a escala 1/50, segue a seguinte forma:

FIGURA 38

Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

Podemos representar também a janela com o peitoril mais detalhado.

FIGURA 39

Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

9.2.3 As portas

A porta mais usual é a pivotante de abrir. Além da representação da porta e


das paredes faz-se necessário desenhar o arco que simula o giro de abertura da
mesma.

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FIGURA 40

Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

Temos a porta de correr.

FIGURA 41

Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

FIGURA 42
Porta pivotante central.

Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

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Porta sanfonada.

FIGURA 43

Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

9.2.4 Paginação de piso

A representação dos pisos é feita em uma área preenchida por um


quadriculado. Este quadriculado obedece ao tamanho das pedras de cerâmica.
Geralmente as áreas impermeáveis recebem o desenho dos pisos.
Entende-se impermeável por áreas onde encontramos, por exemplo, piso
cerâmico: banheiros, garagens, cozinhas e lavanderias.

FIGURA 44

Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

AN02FREV001/REV 4.0

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9.2.5 Equipamentos de banheiro

A seguir veremos a representação de equipamentos que aparecem nos


banheiros.
 Cubas

FIGURA 45

Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

 Vaso sanitário

FIGURA 46

Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

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 Chuveiro

FIGURA 47

Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

9.2.6 Equipamentos de cozinha

A seguir veremos a representação de equipamentos que aparecem nas


cozinhas.
 Pia

FIGURA 48

Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

 Fogão

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FIGURA 49

Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

 Geladeira

FIGURA 50

Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

9.2.7 Equipamentos de lavanderia

A seguir veremos a representação de equipamentos que aparecem nas


lavanderias.
 Tanques

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FIGURA 51

Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

 Máquinas de lavar

FIGURA 52

Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

9.2.8 Mobiliários diversos

Na imagem a seguir estão representados mobiliários de salas de jantar,


estar e dormitórios. Temos uma mesa de seis lugares, os sofás de três e dois
lugares, guarda-roupas e armários em geral, cama de casal e solteiro.

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FIGURA 53

Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

9.2.9 Elementos não visíveis

Pode ocorrer que no desenho de uma planta baixa existam elementos que
estão acima ou abaixo do plano de corte. Nesses casos, sempre que o desenhista
julgar necessário a representação de tais elementos, a sua representação é feita
com a linha tracejada conforme normas já citadas.

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FIGURA 54

Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

Dicas:
Nos desenhos de plantas baixas executivas são
representados somente os móveis de banheiro, cozinha e
lavanderia. Quando desenhamos plantas baixas para venda e
decoração costuma-se representar os móveis de todos os
ambientes e os elementos decorativos.
Atividade:
Observe os móveis de sua casa. Tire as medidas e desenhe
em uma folha de papel.
Dessa forma você começará a se familiarizar com as
representações e seus respectivos tamanhos.

9.3 REPRESENTAÇÃO DE INFORMAÇÕES

Além da representação gráfica se faz indispensável à especificação de todas


as informações de textos e simbologias que veremos a seguir.

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9.3.1 Nomes dos ambientes

Cada ambiente componente da planta baixa deverá ser nomeado, para sua
devida identificação.
 Preferencialmente os nomes das letras padronizadas em NBR;
 Tamanhos de 3 mm a 5 mm;
 As letras são escritas em maiúsculas;
 Escrita no sentido horizontal;
 Textos preferencialmente no centro dos ambientes.

9.3.2 Áreas dos ambientes

Cada ambiente deverá ter mencionada a sua área interna, ou seja, não se
somam as paredes, somente a área que é aproveitável.
 Preferencialmente os nomes das letras padronizadas em NBR;
 Tamanhos de 2 mm a 3 mm;
 Sua colocação é logo abaixo do nome do ambiente a uma distância de
2 mm;
 Nunca esquecer a unidade de medida: m² no final da área;
 Utilizar duas casas decimais após a vírgula;
 As letras são escritas em maiúsculas ou minúsculas;
 Escrita no sentido horizontal;

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9.3.3 Especificação dos pisos dos ambientes

Igualmente os ambientes deverão ser identificados pelo piso que os


compõem.
 Preferencialmente os nomes das letras padronizadas em NBR;
 Tamanhos de 2 mm a 3 mm;
 Sua colocação é logo abaixo a área do ambiente a uma distância de 2
mm;
 As letras são escritas em maiúsculas ou minúsculas;
 Escrita no sentido horizontal.
Exemplo:

FIGURA 55

Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

9.3.4 Identificação dos níveis

Os níveis são referências de altura do piso do ambiente em relação a um


marco inicial igual a zero. Opta-se por um ponto no projeto como sendo o marco
inicial 0,00 m e, a partir deste, especifica-se as subidas e descidas pelos níveis em
cada ponto de relevância de nosso projeto.
 Preferencialmente os nomes das letras padronizadas em NBR;
 Tamanhos de 2 mm a 3 mm;
 Escrita no sentido horizontal;

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55
 Evitar repetição em pontos próximos;
 Não marcar sucessão e degraus em escadas, somente os lances;
 Indicação sempre em metros;
 Usar sinal de + para alturas superiores a zero e sinal de – para alturas
inferiores;
 Usar simbologia definida.
Exemplo:

FIGURA 56

Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

9.3.5 Tamanhos de esquadrias

As janelas, quando representadas em planta baixa serão especificadas com


três informações: a largura (l) e altura (h) da janela e, a altura do peitoril (p). O
peitoril é a altura do piso até o início da janela.
 Preferencialmente algarismos padronizados em NBR;
 Ordem das informações: l x h / p;
 Posição da informação no centro na representação da janela.
Exemplo:

FIGURA 57

Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

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As portas recebem informações de largura (l) e altura (h).
 Preferencialmente algarismos padronizados em NBR;
 Ordem das informações: l x h;
 Posição central conforme sentido da folha.
Exemplo:

FIGURA 58

Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

Outra forma de representar as dimensões das esquadrias é pela utilização


de legenda e tabela. Nomeia-se cada janela e porta por um código na planta baixa.
Após desenha-se uma tabela onde colocamos o código utilizado com sua respectiva
descrição, funcionamento e dimensão.

9.3.6 Escadas

A representação de escadas é feita em planta baixa observando o limite de


corte pelo plano horizontal. Dessa forma, teremos a o desenho de degraus em vista
e em projeção. Sempre colocar a altura e largura dos degraus, bem como o sentido
de subida da escada.

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FIGURA 59

Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

9.3.7 As cotas do desenho

As dimensões de cada parte componente da planta baixa são referenciadas


pelas linhas de cota. É interessante que sejam seguidas as recomendações abaixo,
para que nosso desenho fique mais compreensível. Dessa forma, evitamos confusão
de linhas de cota com linhas integrantes de nosso desenho.
 Posicionar as cotas, sempre que possível, do lado de fora do desenho.
A primeira bateria de cotas fica a uma distância de 2 cm a 2,5 cm do primeiro
elemento. As cotas seguintes afastam-se, uma das outras, por 1,0 cm;
 Todas as paredes e elementos construtivos devem ser cotados;

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58
 As janelas e portas devem ser cotadas a partir de uma referência de
algum elemento construtivo;
 As linhas de cota não podem se interceptar;
 Cota-se sempre as subdivisões de esquadrias, depois os ambientes e
por fim as cotas gerais; (observar exemplo).

FIGURA 60

Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

9.3.8 Informações complementares

Sempre que for necessário serão adicionadas informações que identifiquem


elementos ou que especifiquem procedimentos. Nunca omitir o complemento das
informações de medidas utilizadas para algum tipo de construção de elementos, tais
como: sentido de inclinação de rampas, capacidade de reservatórios, churrasqueiras
e chaminés, acessos de veículos e pedestres, alturas de meia-parede, altura de
sacada e guarda-corpo, identificação dos cortes e de elementos em projeção.

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9.4 PASSO A PASSO

A seguir vamos descrever o procedimento para iniciar um desenho com o


auxílio da prancheta e instrumentos de trabalho. Começamos pela fixação da folha
escolhida na prancheta.
 Escolhe-se a folha e apoia-se ela na régua;
 Após prende-se cada canto com uma fita adesiva;
 Desenhamos as margens e o selo conforme as recomendações das
normas já vistas.

FIGURA 61

Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

 Observe a figura abaixo. Nela vemos a correta utilização do esquadro e


da régua no auxílio para traçar as linhas.

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FIGURA 62

FONTE: Oberg, L. Desenho Arquitetônico. 22. ed. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico S/A,1979.

Realizados os procedimentos iniciais, trataremos de começar o desenho de


nossa planta baixa. Dividiremos em três etapas básicas.
Primeira etapa:
 Executamos traços finos;
 Desenhamos o contorno geral da planta baixa;
 Desenhamos as paredes externas e internas.

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FIGURA 63

Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

Segunda etapa:
 Executamos traços médios;
 Desenhamos as portas e janelas;
 Desenhamos os equipamentos de banheiro, cozinha e lavanderia;
 Apagamos os excessos e traços dispensáveis.

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FIGURA 64

Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

Terceira etapa:
 Executamos traços médios e fortes, conforme a hierarquia de
importância;
 Desenhamos as linhas de projeção;
 Inserimos as informações de cada ambiente;
 Inserimos as informações adicionais;
 Colocamos as informações de esquadrias e os níveis;
 Cotamos a planta baixa;
 Desenhamos as hachuras dos pisos;
 Indicamos a posição dos cortes com traço grosso;
 Acentuamos o traço das paredes que foram cortadas com traço grosso;
 Finalizamos com as informações gerais.

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FIGURA 65

Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

AN02FREV001/REV 4.0

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Lembre-se:
 A escala mais indicada para a representação das
plantas baixas é a 1/50. Em casos extraordinários
poderemos executar na escala 1/75 ou 1/100;
 Dedicar especial atenção para os traços das linhas,
que devem obedecer à hierarquia de importância por
meio da sua espessura;
 Não omitir as informações obrigatórias e adicionais
para a correta interpretação da planta baixa;
 Lembre-se sempre que outras pessoas farão uso de
nosso desenho, portanto, siga as normas e os
esclarecimentos que vimos nesse módulo.

FIM DO MÓDULO II

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MÓDULO III

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do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.

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MÓDULO III

10 O CORTE

Na planta baixa o plano de corte era paralelo ao piso, ou seja, um plano de


corte horizontal. Na representação dos cortes, de um projeto arquitetônico, o plano
de corte será na vertical, justamente para entendermos o desenho na sua
verticalidade. Se antes tínhamos as relações de comprimento e largura a partir de
uma visualização superior, agora vamos evidenciar a altura e profundidade dos
ambientes.
Normalmente, fazemos duas representações de cortes para evidenciar
detalhes que potencializem as alturas e suas diferenças – o corte transversal no
menor comprimento, e o corte longitudinal no maior comprimento da planta baixa.
Quando estamos trabalhando em um projeto com maior riqueza de detalhes e
informações, pode ser necessária a realização de mais cortes. A recomendação é
que se faça o número de cortes proporcionais para a melhor compreensão do
desenho. Os principais fatores determinantes para o número de intervenções são:
diferenças nas paredes, diversificação de detalhes construtivos, diferenças de
alturas entre os elementos e formato da planta baixa.

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FIGURA 66

Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

FIGURA 67

Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

AN02FREV001/REV 4.0

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11 A INDICAÇÃO DO CORTE

A indicação do corte obedecerá sempre um plano paralelo às paredes,


seguindo a relevância dos detalhes que queremos mostrar, conforme já explicado.
A necessidade de visualização passará por pontos em que precisamos
evidenciar particularidades, tais como escadas, poços de elevadores, áreas
molhadas (cozinhas, banheiros, lavanderias), sacadas, telhados, etc.
O posicionamento do corte sempre deve ser indicado na planta baixa para
que entendamos a sua correspondente visualização. Os símbolos são alocados nas
extremidades da planta baixa. A seguir temos a nomenclatura indicada para a
simbologia do corte.
Nomenclatura:

FIGURA 68

Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

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Indicação e Visualização:

FIGURA 69

Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

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FIGURA 70

Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

12 REPRESENTAÇÃO DE ELEMENTOS EM CORTE

Vamos acompanhar atentamente nos itens a seguir, a correta representação


de cada elemento que compõe o projeto, sempre que são atingidos pelo plano de
corte vertical.

12.1 AS PAREDES

Nos cortes as paredes aparecem desenhadas de duas formas básicas.


Quando atingidas pelo plano de corte sua representação é igual à forma que
executamos na planta baixa. Quando o plano de corte não atinge a parede, mas a
visualização do restante nos remete a alguma parede, a sua representação será em
vista.

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FIGURA 71

Parede em vista

Parede em corte

Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

12.2 FUNDAÇÕES E PISOS

As fundações serão representadas em função da tipologia a ser adotada na


construção. Essa determinação é feita pelo cálculo estrutural, contudo, para efeito
de graficação, podemos adotar duas formas principais: o sistema de viga de
baldrame ou por sapatas.

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FIGURA 72

Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

As principais partes envolvidas na representação de uma fundação são: as


paredes, as vigas de fundação, o contrapiso, o piso e a hachura da terra.

FIGURA 73

Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

12.3 ESQUADRIAS

Da mesma forma que as paredes, as portas e as janelas podem ser


representadas em corte quando interceptadas pelo plano de corte ou em vista.

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74
Quando aparecem em vista, desenhamos somente o seu contorno. Quando
cortadas, a sua representação é semelhante ao método utilizado em planta baixa.
Segue exemplo das quatro situações:

FIGURA 74

Porta em vista Janela em vista Porta em corte Janela em corte


Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

12.4 LAJES E FORROS

De um modo geral os tetos dos ambientes são constituídos por uma laje de
concreto armado com espessura média de 10 cm. Sempre lembrando que as
espessuras de elementos que compõem a estrutura, são determinadas pelo cálculo
estrutural.
Podem ter, além da laje de concreto, um rebaixo em outro material, por
exemplo, gesso, madeira, pvc, etc. Outra situação passível de existir é a ausência
de laje de concreto armado e em seu lugar o forro de madeira.

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FIGURA 75

Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

12.5 ESCADAS

As escadas são elementos que servem de transição entre os níveis de uma


edificação. Elas são calculadas levando em conta seu comprimento e a altura a ser
vencida.
A seguir teremos o projeto completo de uma escada, sendo as duas plantas
baixas e os dois cortes.

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76
FIGURA 76

Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

AN02FREV001/REV 4.0

77
FIGURA 77

AN02FREV001/REV 4.0

78
FIGURA 78

AN02FREV001/REV 4.0

79
FIGURA 79

Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

Vamos praticar?

 Observe as figuras acima, do corte de uma escada.


 Atividade 1: Pegue uma folha de papel e tente
reproduzir as plantas baixas e a partir delas os dois
cortes na escala 1/50.
 Atividade 2: Observe a sua residência e tente
reproduzir o corte de um ambiente.

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12.6 COBERTURA

A parte que finaliza e cobre uma habitação é a cobertura. Temos vários tipos
de solução que são empregadas, tais como: a laje impermeabilizada, cobertura de
telhas com estrutura de madeira, cobertura metálica com estrutura metálica ou de
madeira, etc.
Conforme o sistema utilizado, temos a representação característica.

FIGURA 80

FONTE: Oberg, L. Desenho Arquitetônico. 22. ed. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico S/A,1979.

FIGURA 81

Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

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12.7 INFORMAÇÕES

As informações que aparecerão nos cortes sempre farão referência a


alturas, elementos verticais, níveis do projeto e especificações que o projetista julgar
relevantes para a devida compreensão.

12.7.1 Cotas

As medidas serão sempre de situações na vertical dos elementos de


interesse para o projeto. Observar os seguintes pontos que merecem a indicação de
cotas de medida:
 Pé-direito dos ambientes; (altura entre o piso e o teto do ambiente);
 Altura de impermeabilizações;
 Altura de platibandas e telhados;
 Altura de reservatórios;
 Altura de peitoris, janelas, vergas;
 Altura de lajes e vigas;
 Altura de portas e vergas;
 Altura de patamares de escada e corrimão;
 Altura de sacada e guarda-corpo;
 Altura de meia parede;
 Altura de demais elementos de interesse ao projeto.
Para as cotas no corte, observam-se algumas recomendações:
 Posicionar as cotas, sempre que possível, do lado de fora do desenho.
A primeira bateria de cotas fica a uma distância de 2 cm a 2,5 cm do primeiro
elemento. As cotas seguintes afastam-se, uma das outras, por 1,0 cm;
 Todas as paredes e elementos construtivos devem ser cotados;
 As linhas de cota não podem se interceptar;

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82
 As cotas parciais devem ser as mais próximas ao desenho;
 Todas as medidas totais devem ser cotadas.

Observe o exemplo a seguir:

FIGURA 82

Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

12.7.2 Níveis

Os níveis são referências de altura do piso do ambiente em relação a um


marco inicial igual a zero. Opta-se por um ponto no projeto como sendo o marco
inicial 0,00 m e, a partir deste, especifica-se as subidas e descidas pelos níveis em
cada ponto de relevância de nosso projeto.
 Preferencialmente os nomes das letras padronizadas em NBR;
 Tamanhos de 2 mm a 3 mm;

AN02FREV001/REV 4.0

83
 Escrita no sentido horizontal;
 Evitar repetição em pontos próximos;
 Não marcar sucessão e degraus em escadas, somente os lances;
 Indicação sempre em metros;
 Usar sinal de + para alturas superiores a zero e sinal de – para alturas
inferiores;
 Usar simbologia definida.

FIGURA 83

Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

12.7.3 Especificações gerais

Nunca deixar de colocar os nomes dos ambientes onde o plano de corte


está passando. Sempre que o desenhista julgar necessário poderá complementar
alguma parte do desenho com especificação textual.

13 PASSO A PASSO PARA DESENHAR CORTES

Listamos um pequeno procedimento para iniciar e desenhar o corte de uma


edificação. Segue cronologia:

AN02FREV001/REV 4.0

84
 Com uma folha de papel manteiga colocada sobre a planta baixa já
existente, identifique onde o plano de corte foi indicado e posicione a régua ligando
os dois extremos; (figura a)
 Trace a linha que intercepta as paredes e detalhes da planta baixa;
 Fora do perímetro da planta baixa, trace uma linha que demarcará o
piso;
 Puxe linhas auxiliares da planta baixa, nos locais onde passou o corte,
até a linha de piso desenhada anteriormente. Comece pelas paredes externas;
(figura b)
 Marque a altura das paredes externas;
 Desenhe o contrapiso;
 Desenhe o forro ou a laje do teto;
 Desenhe o telhado;
 Desenhe as paredes internas cortadas pelo plano;
 Marque as portas e janelas secionadas pelo plano de corte;
 Desenhe os elementos que aparecem em vista, ou seja, que não foram
interceptados pelo plano de corte. Exemplo: paredes, esquadrias, elementos
diversos, etc.;
 Colocar as linhas de cotas, níveis e informações textuais;
 Reforçar traços que devem ficar mais grossos em virtude da hierarquia
de traços.

AN02FREV001/REV 4.0

85
FIGURA 84

Figura a
FONTE: Montenegro, Gildo. Desenho Arquitetônico. 2. ed. São Paulo: Edgard Blucher Ltda., 1978.

AN02FREV001/REV 4.0

86
FIGURA 85

Figura b
FONTE: Montenegro, Gildo. Desenho Arquitetônico. 2. ed. São Paulo: Edgard Blucher Ltda., 1978.

AN02FREV001/REV 4.0

87
Lembre-se:
 A escala mais indicada para a representação dos
cortes é a 1/50. Em casos extraordinários poderemos
executar na escala 1/75 ou 1/100;
 Dedicar especial atenção para os traços das linhas,
que devem obedecer à hierarquia de importância por
meio da sua espessura;
 Não omitir as informações obrigatórias e adicionais
para a correta interpretação do corte;
 O corte é um importante aliado na representação do
projeto e no próprio entendimento do desenhista na
hora de projetar.
 Lembre-se sempre que outras pessoas farão uso de
nosso desenho, portanto, siga as normas e os
esclarecimentos que vimos nesse módulo.

14 AS FACHADAS

Este componente do projeto arquitetônico representa exatamente as visuais


externas de nossa edificação. Nas fachadas irão aparecer os elementos que são
visualizados quando planificamos as vistas.
Temos a real noção da hierarquia dos volumes do corpo da edificação, bem
como a representação de janelas, portas, sacadas, telhados e demais elementos
externos que se fazem presente. A hierarquia dos volumes sempre se dará pela
utilização de linhas mais grossas, para os volumes que acontecem em um primeiro
plano, e à medida que se afastam do campo de visão, o traço vai ficando mais fino.
Outro tipo de identificação que pode complementar a ideia de volumetria é o
desenho das sombras projetantes pelos elementos salientes da fachada. Sempre
seguindo a orientação solar para que a realidade possa ser expressa corretamente.
A quantidade de fachadas a desenhar levará em conta o nível de
detalhamento dos elementos constituintes do projeto.

AN02FREV001/REV 4.0

88
A nomeação das fachadas obedecerá preferencialmente à orientação
geográfica da edificação no lote de inserção. Teremos por exemplo, fachada norte,
fachada leste, fachada oeste e fachada sul. Outra forma para nomear pode ser pela
sua posição e definição de acessos: fachada frontal, fachada lateral direita, fachada
lateral esquerda e fachada posterior.
Nas ilustrações abaixo conseguimos ter a noção de como interpretar e criar
as fachadas.

FIGURA 86

FONTE: Montenegro, Gildo. Desenho Arquitetônico. 2. ed. São Paulo: Edgard Blucher Ltda., 1978.

AN02FREV001/REV 4.0

89
FONTE: Montenegro, Gildo. Desenho Arquitetônico. 2. ed. São Paulo: Edgard Blucher Ltda., 1978.

AN02FREV001/REV 4.0

90
FIGURA 87

FONTE: Montenegro, Gildo. Desenho Arquitetônico. 2. ed. São Paulo: Edgard Blucher Ltda., 1978.

15 REPRESENTAÇÃO DE ELEMENTOS EM FACHADAS

15.1 JANELAS

Sempre devemos nos atentar para a representação correta e idêntica ao seu


formato. Desenham-se todas as linhas que identificam as molduras, caixilhos,
venezianas, peitoris, bem como suas subdivisões. Exemplos:

AN02FREV001/REV 4.0

91
FIGURA 88

Janela guilhotina com veneziana Janela de correr com persiana Janela basculante
Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

15.2 PORTAS

Devemos nos atentar para os detalhes do tipo de porta, tais como trabalhos
nas folhas, almofadas, etc. Outro detalhe importante é a representação das
guarnições, soleiras e a correta posição das fechaduras a uma altura de 1,00 m.

FIGURA 89

Porta comum Porta com almofadas Porta envidraçada Porta com lambris
Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

AN02FREV001/REV 4.0

92
15.3 REVESTIMENTOS

Este detalhe é muito particular de cada projeto. São hachuras que dão forma
à expressão de qual tipo de material foi empregado para revestir ou compor a
fachada.

FIGURA 90

FONTE: Disponível em: <http://pt.scribd.com/doc/113548818/Untitled>. Acesso em: 08 jan. 2013.

15.4 ESPECIFICAÇÕES

Nas fachadas não representamos nenhuma informação de medidas.


Podemos complementar, se necessário, especificações de elementos e
revestimentos, por meio de informações textuais.

AN02FREV001/REV 4.0

93
FIGURA 91

Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

15.5 DETALHES COMPOSITIVOS

Para darmos mais expressividade nas fachadas podemos acrescentar


desenhos da vegetação e de calungas humanas. É importante salientar, que a
presença de representações de figuras humanas, auxiliam na interpretação da
grandeza (tamanho) dos elementos da fachada, além de propiciar a humanização
dos desenhos.

AN02FREV001/REV 4.0

94
FIGURA 92

Vegetação em vista

FIGURA 93

Árvores em vista

FIGURA 94

Floreiras

AN02FREV001/REV 4.0

95
FIGURA 95

Figuras Humanas
FONTE: Oberg, L. Desenho Arquitetônico. 22. ed. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico S/A,1979.

16 PASSO A PASSO PARA DESENHAR FACHADAS

Da mesma forma que fizemos com a planta baixa e o corte, listamos o


procedimento para construção de uma fachada:
 A partir da prancha da planta baixa, fixar uma folha sobre ela e traçar
as linhas correspondentes à fachada que queremos construir;
 Traçar as linhas das paredes externas, janelas, portas, telhados e
demais elementos;
 As alturas dos elementos diversos da fachada serão alinhadas ao corte
já construído. Dessa forma, devemos fixar a prancha do corte ao lado da fachada
para tomarmos essas medidas;
 Após é só reforçar os traços, conforme a hierarquia dos elementos e
complementar com informações e elementos necessários.
Esse método é prático, rápido e evita erros de medidas.
A escala mais indicada, assim como a planta baixa e o corte, à escala 1/50.

Montagens:

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96
FIGURA 96

Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

FIGURA 97

Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

AN02FREV001/REV 4.0

97
Exemplos:

FIGURA 98

Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

FIM DO MÓDULO III

AN02FREV001/REV 4.0

98
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA
Portal Educação

CURSO DE
DESENHO ARQUITETÔNICO

Aluno:

EaD - Educação a Distância Portal Educação

AN02FREV001/REV 4.0

99
CURSO DE
DESENHO ARQUITETÔNICO

MÓDULO IV

Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição
do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.

AN02FREV001/REV 4.0

100
MÓDULO IV

17 PLANTA DE COBERTURA

Na planta de cobertura representamos a projeção superior da edificação em


um plano horizontal. Trata-se do desenho de tudo que enxergamos de cima para
baixo, levando em conta o telhado e as informações de acabamentos e, sistema de
recolhimento e escoamento das águas pluviais.

17.1 IDENTIFICAÇÃO DE ELEMENTOS

O desenho da planta de cobertura é uma composição de traços que


delimitam o encontro dos diversos elementos que o compõem. Os principais
elementos são:
 Beiral: é o limite externo do telhado que se projeta além do perímetro
da edificação;
 Cumeeira: linha que se forma do encontro dos panos do telhado no
topo da inclinação;
 Rincão: linha que representa o encontro inferior dos panos de telhado,
onde se recolhem as águas;
 Espigão: une cumeeiras em diferentes alturas.

AN02FREV001/REV 4.0

101
FIGURA 99

FONTE: Oberg, L. Desenho Arquitetônico. 22. ed. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico S/A,1979.

Estudaremos mais detalhadamente cada parte integrante de uma cobertura


no capítulo específico deste módulo.

17.2 O QUE REPRESENTAR

A partir do perímetro externo da edificação traçamos, seguindo o tamanho


do beiral, o perímetro da cobertura, isto quando for telhado aparente. Quando for
telhado embutido desenhamos somente as linhas da cobertura. O traço da cobertura
é feito com linha contínua, enquanto o perímetro da edificação é identificado com a
linha tracejada.
Desenhamos todos os elementos que aparecem acima da cobertura, tais
como: chaminés, volumes de reservatórios, elementos da rede pluvial (algerosas,
calhas, condutores, canalizações, etc.), e também, as delimitações do terreno que
acontecem no térreo.
As espessuras dos traços obedecem à mesma formatação já estudada nas
fachadas. Conforme os elementos afastam-se do campo de visão o traço ganha

AN02FREV001/REV 4.0

102
contornos mais finos. Inversamente a isto, quando temos os elementos mais
próximos da posição do observador, os traços são mais grossos.

17.3 INFORMAÇÕES

As principais informações que são incorporadas ao desenho são de


especificações de materiais e medidas.
 Cota com tamanho do beiral;
 Setas de indicação do sentido de escoamento das águas pluviais e sua
inclinação correspondente nos panos de telhado;
 Setas de indicação do sentido de escoamento das águas pluviais nas
calhas, canalizações e afins;
 Cotas pertinentes;
 Especificação de elementos compositivos do telhado;
 Especifica-se a escala utilizada.
A escala que se utiliza para representar a planta de cobertura é a 1/100,
1/200 conforme o tamanho e a importância do telhado para o projeto. Podemos
igualmente, em virtude da necessidade, desenhar a planta de cobertura na escala
1/50. A utilização da escala 1/50 facilita na hora de desenhar, pois se usa como
base de desenho, a planta baixa já existente.

AN02FREV001/REV 4.0

103
EXEMPLO

FIGURA 100

Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

18 REPRESENTAÇÃO DE COBERTURAS

18.1 TIPOS DE COBERTURA

Os tipos de cobertura são identificados pelo número de águas, ou seja, o


número de painéis de telhado. Veja os quatro tipos principais:

AN02FREV001/REV 4.0

104
FIGURA 101

Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

FIGURA 102

Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

AN02FREV001/REV 4.0

105
FIGURA 103

FONTE: Oberg, L. Desenho Arquitetônico. 22. ed. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico S/A,1979.

18.2 A INCLINAÇÃO DO TELHADO

A seguir temos a exemplificação de como chegamos à altura de um telhado


a partir da inclinação que a telha necessita para o correto escoamento das águas
pluviais.

FIGURA 104 - AS INCLINAÇÕES E SEUS FORMATOS

FONTE: Disponível em: <http://www.toptelha.com.br>. Acesso em: 08 jan. 2013.

AN02FREV001/REV 4.0

106
Todos os tipos de telhas existentes no mercado necessitam que sua
colocação seja feita em uma angulação que propicie o escoamento eficiente das
águas pluviais. O fabricante sempre especificará a inclinação, cabendo ao
desenhista, o cálculo correto da altura resultante para que o telhado funcione
adequadamente.

FIGURA 105

Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

A partir da figura anterior temos:


 O vão de 10 metros total é dividido em dois panos de 5 metros, logo se
usa o 5 para multiplicar pelos 35% exigidos pelo fabricante.
 H = altura
 I = inclinação

AN02FREV001/REV 4.0

107
18.3 COMPONENTES

Anexamos algumas ilustrações com a especificação de cada componente de


uma cobertura. Os diversos elementos, que fazem parte da estrutura de sustentação
de um telhado, estão agrupados em duas situações genéricas mais utilizadas na
montagem de um telhado. Acompanhe atentamente e comece a se familiarizar com
a terminologia técnica.

FIGURA 106

FONTE: Disponível em: <http://www.ricardomesquita.com.br>. Acesso em: 08 jan. 2013.

AN02FREV001/REV 4.0

108
FIGURA 107

FONTE: Disponível em: <http://robertowatanabe.tripod.com/telhado/>. Acesso em: 08 jan. 2013.

18.4 TIPOS DE TESOURAS

Tesouras para sustentação dos telhados. Exemplos:

AN02FREV001/REV 4.0

109
FIGURA 108

FONTE: Disponível em: Oberg, L. Desenho Arquitetônico. 22. ed. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico
S/A,1979.

FIGURA 109

FONTE: Disponível em: Oberg, L. Desenho Arquitetônico. 22. ed. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico
S/A,1979.

AN02FREV001/REV 4.0

110
18.5 TIPOS DE BEIRAL

A seguir, duas formas de beiral externo:

FIGURA 110

FONTE: Oberg, L. Desenho Arquitetônico. 22. ed. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico S/A,1979.

A seguir, um exemplo de representação de um beiral com platibanda, ou


seja, telhado embutido.

AN02FREV001/REV 4.0

111
FIGURA 111

FONTE: Oberg, L. Desenho Arquitetônico. 22. ed. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico S/A,1979.

18.6 TRELIÇAS METÁLICAS

As treliças são utilizadas para cobrir grandes vãos de edificações de grandes


proporções, tais como pavilhões e afins.

FIGURA 112

FONTE: Disponível em: <http://pt.scribd.com/doc/113548818/Untitled>. Acesso em: 08 jan. 2013.

AN02FREV001/REV 4.0

112
FIGURA 113

Treliça – reta
Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

FIGURA 114

Treliça – arco
Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

FIGURA 115

AN02FREV001/REV 4.0

113
Treliça – shed
Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

FIGURA 116

Treliça – pórtico
Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

19 PLANTA DE LOCALIZAÇÃO

A planta de localização tem sua importância para o entendimento da locação


de nossa edificação e demais elementos no terreno.
Detalhamos as informações do terreno e a inserção da casa em suas
delimitações. Nela determinamos os limites do terreno com o passeio e a via de
rolamento – rua com denominação oficial. Delimitamos o contorno externo da
edificação no terreno, ou ainda, inserimos a vista da planta de cobertura, pois nosso
visual sempre é da vista superior como um todo. Nessa planta aparecem todos os
elementos que compõem a implantação do terreno, como por exemplo, áreas de
lazer, passeios, acessos, muros, equipamentos, etc. Nunca se esquecer da
indicação da posição do Norte.

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114
FIGURA 117

Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

AN02FREV001/REV 4.0

115
FIGURA 118

PLANTA DE LOCALIZAÇÃO
Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

AN02FREV001/REV 4.0

116
19.1 O QUE REPRESENTAR

Relacionamos a seguir elementos que sempre deverão aparecer na


representação gráfica de uma planta de localização:
 Linhas da delimitação do terreno;
 Linhas da delimitação do passeio e da rua;
 Contorno do perímetro da edificação. Quando utilizado a planta de
cobertura: linhas do perímetro da cobertura com a delimitação do perímetro da
edificação em linha tracejada;
 Desenho de muros, acessos, elementos construtivos, calçadas, etc.

Em relação às informações que farão parte do desenho, sempre evidenciar:


 Cotas gerais do terreno;
 Cotas angulares quando necessárias;
 Cotas de passeios e ruas;
 Cotas gerais e parciais da edificação, bem como suas distâncias
básicas em relação ao terreno;
 Indicação geográfica do Norte;
 Indicação do alinhamento predial;
 Indicação do passeio e da rua;
 Indicação de acessos de veículos e pedestres;
 Número do lote e da quadra;
 Nome da planta e escala utilizada;
 Outros dados que se fizerem necessários.

A escala de representação da planta de localização a ser utilizada é a 1/200,


1/250, 1/500 ou 1/1000, conforme as dimensões do terreno em questão.

AN02FREV001/REV 4.0

117
Dicas:
 Igualmente a que foi estudado nos outros capítulos, a
hierarquia dos traços obedece à posição de cada
elemento, e a sua distância em relação ao campo de
visão do observador.
 Cotas sempre posicionadas na parte externa do
desenho.
 Os elementos projetados no terreno podem receber
hachuras para diferenciar cada tratamento ou material
que o constituem.

20 PLANTA DE SITUAÇÃO

A planta de situação é a locação do terreno urbano ou área rural dentro de


uma área, seja loteamento urbano ou fração rural. Sua finalidade básica é de
representar o formato do lote e os elementos que identifiquem a conformação da
gleba.

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118
FIGURA 119

Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

20.1 O QUE REPRESENTAR

Relacionamos a seguir elementos que sempre deverão aparecer na


representação gráfica de uma planta de situação:
 Linhas da delimitação do terreno;
 Linhas da delimitação do quarteirão e as ruas envolvidas;
 Contorno da fração rural para lotes não urbanizados;
 Elementos topográficos para áreas rurais.

AN02FREV001/REV 4.0

119
Em relação às informações que farão parte do desenho, sempre evidenciar:
 Cotas gerais do terreno;
 Cotas angulares quando necessárias;
 Cotas de ruas;
 Cota da distância do lote até a esquina mais próxima;
 Indicação geográfica do Norte;
 Nome das ruas;
 Indicação de elementos topográficos para áreas rurais;
 Distância de estradas ou rodovias para áreas rurais;
 Número do lote e da quadra;
 Nome da planta e escala utilizada;
 Outros dados que se fizerem necessários.

A escala de representação da planta de situação em áreas urbanas é


geralmente escolhida entre a 1/500 e 1/1000. Em relação às áreas rurais, por
englobarem muitas vezes uma área considerável, podem ser representadas em
escalas 1/1000, 1/5000, e até 1/10000 e 1/50000.

Não esqueça:
 Igualmente a que foi estudado nos outros capítulos, a
hierarquia dos traços obedece à posição de cada
elemento, e a sua distância em relação ao campo de
visão do observador.
 Cotas sempre posicionadas na parte externa do
desenho.

20.2 A ORIENTAÇÃO GEOGRÁFICA

Já foi mencionado no capítulo referente à planta de localização que


devemos indicar a posição geográfica do Norte. Igualmente na planta de situação se
faz necessária esta representação. Exemplos:

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120
FIGURA 120

Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

20.3 RECOMENDAÇÕES

Os textos que identificam os nomes das ruas são escritos sempre em letras
maiúsculas. As demais informações são escritas em letras minúsculas.
Nos lotes urbanos sempre identificamos os lotes que fazem divisa com
nosso lote pelos seus números respectivos. Nas áreas rurais a identificação é feita
pelos nomes dos vizinhos proprietários das áreas que fazem divisa à gleba em
questão.
A indicação no Norte sempre deve ser feita em local de fácil visualização e
em tamanho satisfatório. Sua indicação sempre deve ser feita voltada para cima, ou
seja, indicando a margem superior de nossa prancha. Dessa forma, é o desenho
que se adequa à indicação do Norte.
O terreno sempre deve ocupar posição de destaque em nossa planta de
situação, sendo assim, costuma-se preencher o espaço interno do terreno com o
desenho de uma hachura de linhas na diagonal.

FIM DO MÓDULO IV

AN02FREV001/REV 4.0

121
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA
Portal Educação

CURSO DE
DESENHO ARQUITETÔNICO

Aluno:

EaD - Educação a Distância Portal Educação

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122
CURSO DE
DESENHO ARQUITETÔNICO

MÓDULO V

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mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido são
dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.

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123
MÓDULO V

21 PROJETOS COMPLEMENTARES

Um projeto de arquitetura engloba tudo o que já foi visto: planta baixa, planta
de cobertura, cortes, fachadas, planta de localização e planta de situação. Temos
ainda a representação de projeto de distribuição de água e recolhimento do esgoto.
Outro projeto complementar é a marcação dos pontos elétricos. Lógico que estas
duas situações são assuntos que nos remetem a estudos específicos. Existem
normas e regras a serem seguidas e seu desenvolvimento é feito por profissionais
habilitados para tal serviço. Destacaremos a seguir a representação básica dos
elementos, sua simbologia e legenda respectiva para conhecimento e possível
graficação destes projetos.

21.1 PROJETO HIDRÁULICO E SANITÁRIO

Esquema básico de distribuição de água potável de um banheiro, cozinha e


lavanderia.

AN02FREV001/REV 4.0

124
FIGURA 121

FONTE: Disponível em: <http://www.fazfacil.com.br>. Acesso em: 08 jan. 2013.

Atente-se para a representação correta dos elementos de distribuição de


água potável e de esgotamento sanitário. O projeto técnico pode ser encontrado
conforme ilustrações que serão apresentadas nos diversos itens elencados na
sequência do capítulo. As representações dos canos e acessórios são fiéis ao seu
formato original. Essa é uma técnica que passou a ser utilizada nos últimos anos. As
convenções antigas representavam os canos somente por linhas.
A diferenciação das espessuras e utilizações era feita pela grossura do traço
e tipos de linhas. Concluímos desta forma que quando representamos os desenhos
da forma manual adotamos o método antigo por ser mais prático e rápido. O método
novo pode, e, é empregado quando o desenho acontece com o auxílio de programas
de desenho no computador.

AN02FREV001/REV 4.0

125
21.1.1 Legenda

Abaixo listamos os principais símbolos e siglas com seus respectivos


significados. Esta convenção será encontrada nos desenhos dos próximos itens.

FIGURA 122

Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

AN02FREV001/REV 4.0

126
21.1.2 Banheiros

Observe que temos dois banheiros de um apartamento residencial. Nas


duas situações estão demarcados os canos de alimentação de água potável e
também os canos do esgoto sanitário.

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127
FIGURA 123

Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

AN02FREV001/REV 4.0

128
21.1.3 Cozinha e lavanderia

Nos exemplos utilizados abaixo, temos na primeira ilustração a cozinha e a


lavanderia no mesmo ambiente. No outro exemplo aparece somente a lavanderia.

FIGURA 124

Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

AN02FREV001/REV 4.0

129
FIGURA 125

Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

21.1.4 Distribuição geral

O exemplo abaixo mostra uma ligação geral a partir de uma central,


chamada de shaft, dentro de um andar de apartamentos.

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130
FIGURA 126

Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

AN02FREV001/REV 4.0

131
21.1.5 Ligação no térreo

No térreo temos os elementos, tais como, fossa séptica para decantação dos
dejetos humanos, o filtro anaeróbico, as caixas de passagem e as ligações com a
coleta pública. Temos ainda, a entrada de água feita pela empresa abastecedora,
onde aparecem os registros e hidrômetros, bem como o destino até os reservatórios.

FIGURA 127

Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

AN02FREV001/REV 4.0

132
21.2 PROJETO ELÉTRICO

No projeto elétrico serão distribuídos todos os elementos de iluminação e


tomadas de força para a utilização de equipamentos elétricos. Listamos abaixo a
simbologia e dois exemplos de representação de plantas com projeto elétrico.

FIGURA 128

AN02FREV001/REV 4.0

133
FIGURA 129

Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

AN02FREV001/REV 4.0

134
FIGURA 130

Planta baixa – projeto elétrico


Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

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135
FIGURA 131

Planta baixa – projeto elétrico


Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

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22 ESCADAS, RAMPAS E ELEVADORES

Já vimos no capítulo dos cortes, o desenho da escada e seus detalhes.


Sugerimos, inclusive, que você desenhasse o exemplo que constava no módulo.
Agora vamos ver os tipos de escada mais usuais e como projetar uma escada para
vencer uma diferença de altura entre pavimentos.

22.1 TIPOS DE ESCADAS

O desenho do formato da escada decorre do espaço disponível e da altura


que queremos vencer entre os andares, assim o formato pode apresentar variações.
Veremos a seguir algumas das formas mais usuais.

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FIGURA 132

Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

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FIGURA 133

Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

FIGURA 134

Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

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FIGURA 135

Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

FIGURA 136

Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

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22.2 PROJETO DE ESCADA

Por meio das ilustrações você poderá projetar uma escada. Observe o passo
a passo e tente desenhar em uma folha de papel o exemplo a seguir.

22.2.1 Primeiro passo

A partir da planta baixa delimite o início e final dos lances da escada. Logo
abaixo desenhe a altura entre os pavimentos a vencer. Com o auxílio de uma régua
divida a altura total em número de degraus descritos na planta baixa. No exemplo
temos 16 degraus.

FIGURA 137

Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

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FIGURA 138

Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

22.2.2 Segundo passo

Trace as linhas horizontais referentes às 16 alturas dos degraus. Após puxe


as linhas correspondentes aos degraus da planta baixa para traçar as linhas na
vertical.

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FIGURA 139

Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

FIGURA 140

Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

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22.2.3 Terceiro passo

Reforce o traço no encontro das linhas verticais e horizontais onde os


degraus se interseccionam. Após acrescente a espessura da laje da escada.

FIGURA 141

Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

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FIGURA 142

Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

22.2.4 Quarto passo

Delimite a parte cortada da parte em vista com a espessura do traço e


complete com a hachura da laje em corte. Complemente o desenho com a vista do
corrimão e guarda-corpo da escada.

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FIGURA 143

Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

22.2.5 Considerações finais

Para uma escada cômoda e funcional devemos seguir a seguinte fórmula


para determinar a altura e base dos degraus.

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FIGURA 144

FONTE: Oberg, L. Desenho Arquitetônico. 22. ed. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico S/A,1979.

22.3 RAMPAS

Para o correto dimensionamento de rampas de acesso para pedestres,


devemos seguir a fórmula a seguir:

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FIGURA 145

Vista superior
Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

FIGURA 146

Vista lateral
Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

A norma de acessibilidade – NBR 9050 – estabelece os seguintes parâmetros:

FIGURA 147

Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

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A cada 50 metros deve-se prever um patamar intermediário entre as rampas.
A largura deve ser preferencialmente de 1,50 metros.

22.4 ELEVADORES

A área que devemos disponibilizar em nosso projeto para a inserção do


elevador é definida pelo cálculo de fluxo de pessoas. Munido do número de pessoas
que queremos transportar no elevador utiliza-se o dimensionamento das empresas
que fornecem o equipamento. Para cada quantidade e peso de pessoas, existe um
dimensionamento de elevador, e consequentemente, saberemos o espaço
necessário para delimitar em nosso projeto.

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FIGURA 148

Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

23 PERSPECTIVAS

Outro complemento que pode aparecer no desenho arquitetônico é a


perspectiva volumétrica da edificação que projetamos. Cabe ao desenhista

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determinar o enfoque que quer dar ao desenho, escolhendo assim a visual e
angulação desejada para mostrar a volumetria do prédio.

FIGURA 149

FONTE: Oberg, L. Desenho Arquitetônico. 22. ed. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico S/A,1979.

Há diversos métodos para a criação de perspectivas onde determinamos o


campo de visão, a quantidade de pontos de fuga e seus ângulos. Seguem alguns
exemplos:

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FIGURA 150

FONTE: Oberg, L. Desenho Arquitetônico. 22. ed. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico S/A, 1979.

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FIGURA 151

Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

FIGURA 152

Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

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No desenho com programas de computador, existem recursos que facilitam
a criação e arte final das perspectivas. Seguem exemplos:

FIGURA 153

Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

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GLOSSÁRIO

ALGEROZA – elemento construtivo composto por cano entrecortado com finalidade


de recolher água decorrente das chuvas.

BALDRAME – parte do embasamento entre a parede e o alicerce.

BASCULANTE – janela ou peça móvel em torno de um eixo horizontal.

BEIRAL – parte saliente do telhado.

CAIXILHO – quadro de madeira ou metal que serve de estrutura para vidro ou painel
de vedação.

CALHA – conduto de águas pluviais.

CONDUÍTE – conduto flexível.

CORRIMÃO – peça ao longo e nos lados das escadas, servindo de apoio a quem
dela se serve.

CUMEEIRA – parte reta mais alta dos telhados.

ESPIGÃO – encontro saliente de duas águas do telhado.

FORRO – vedação da parte superior dos ambientes.

FUNDAÇÃO – elemento construtivo em que se apoia a construção.

PÉ-DIREITO – distância entre o piso e o teto de um ambiente.

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PEITORIL – meia parede que vai do piso até a janela.

PLATIBANDA – parede de pouca altura destinada a encobrir o telhado.

RALO – extremidades dos canos ligados à rede de esgotos.

SOLEIRA – parte inferior da porta.

TESOURA – viga de madeira ou metal destinada a suportar a cobertura.

TRELIÇA – armação de madeira ou metal para telhado.

FIM DO MÓDULO V

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

MONTENEGRO, Gildo. Desenho Arquitetônico. 2. ed. São Paulo: Edgard Blucher


Ltda., 1978.

NBR 10067 (1995). Princípios gerais de representação de desenho técnico.


Associação Brasileira de Normas Técnicas. São Paulo.

NBR 10068 (1987). Folhas de desenho-leiaute e dimensões. Associação


Brasileira de Normas Técnicas. São Paulo.

NBR 8196 (1999). Desenho técnico-emprego de escalas. Associação Brasileira de


Normas Técnicas. São Paulo.

NBR 8402 (1994). Execução de caracter para escrita em desenho técnico.


Associação Brasileira de Normas Técnicas. São Paulo.

NBR 8403 (1984). Tipos de linha. Associação Brasileira de Normas Técnicas. São
Paulo.

NBR 10126 (1998). Cotagem em desenho técnico. Associação Brasileira de


Normas Técnicas. São Paulo.

NBR 13142 (1999). Desenho técnico-dobragem de cópia. Associação Brasileira


de Normas Técnicas. São Paulo.

NBR 10582 (1988). Apresentação da folha para desenho técnico. Associação


Brasileira de Normas Técnicas. São Paulo.

OBERG, L. Desenho Arquitetônico. 22. ed. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico


S/A,1979.

Referências Eletrônicas:
http://www.volpattoececcato.com.br

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http://www.abnt.org.br
http://www.ufrgs.br/destec/
http://pt.wikipedia.org

FIM DO CURSO

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