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PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA

Portal Educação

CURSO DE
DESENHO ARQUITETÔNICO

Aluno:

EaD - Educação a Distância Portal Educação

AN02FREV001/REV 4.0

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CURSO DE
DESENHO ARQUITETÔNICO

MÓDULO I

Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este
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do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.

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SUMÁRIO

MÓDULO I
1 DESENHO ARQUITETÔNICO
1.1 DESENHO MANUAL
1.1.1 Lápis
1.1.2 Lapiseira
1.1.3 Borracha
1.1.4 Caneta nanquim
1.1.5 Normógrafo e aranha
1.1.6 Papel
1.1.7 Esquadros
1.1.8 Compasso
1.1.9 Gabaritos
1.1.10 Curvas
1.1.11 Transferidor
1.1.12 Escalímetro
1.1.13 Prancha e régua
1.2 DESENHO AUXILIADO POR COMPUTADOR
2 NORMAS TÉCNICAS
3 DIMENSÕES E FORMATOS DE PAPEL
3.1 FORMATOS
3.2 LEGENDA
3.3 POSIÇÃO DE LEITURA
3.4 DOBRAMENTO
4 O TRAÇO ARQUITETÔNICO
4.1 LINHAS
4.2 TRAÇOS
4.3 LETRAS, NÚMEROS E CARACTERES
5 ESCALAS

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MÓDULO II
6 FIGURAS GEOMÉTRICAS
7 O TERRENO
7.1 DIMENSÕES E FORMATO DO TERRENO
7.2 A TOPOGRAFIA
7.3 A ORIENTAÇÃO
8 PROJETO ARQUITETÔNICO
9 A PLANTA BAIXA
9.1 COMPOSIÇÃO DA PLANTA BAIXA
9.2 REPRESENTAÇÕES DE ELEMENTOS
9.2.1 As paredes
9.2.2 As janelas
9.2.3 As portas
9.2.4 Paginação de piso
9.2.5 Equipamentos de banheiro
9.2.6 Equipamentos de cozinha
9.2.7 Equipamentos de lavanderia
9.2.8 Mobiliários diversos
9.2.9 Elementos não visíveis
9.3 REPRESENTAÇÃO DE INFORMAÇÕES
9.3.1 Nomes dos ambientes
9.3.2 Áreas dos ambientes
9.3.3 Especificação dos pisos dos ambientes
9.3.4 Identificação dos níveis
9.3.5 Tamanhos de esquadrias
9.3.6 Escadas
9.3.7 As cotas do desenho
9.3.8 Informações complementares
9.4 PASSO A PASSO

MÓDULO III
10 O CORTE

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11 A INDICAÇÃO DO CORTE
12 REPRESENTAÇÃO DE ELEMENTOS EM CORTE
12.1 AS PAREDES
12.2 FUNDAÇÕES E PISOS
12.3 ESQUADRIAS
12.4 LAJES E FORROS
12.5 ESCADAS
12.6 COBERTURA
12.7 INFORMAÇÕES
12.7.1 Cotas
12.7.2 Níveis
12.7.3 Especificações gerais
13 PASSO A PASSO PARA DESENHAR CORTES
14 AS FACHADAS
15 REPRESENTAÇÃO DE ELEMENTOS EM FACHADAS
15.1 JANELAS
15.2 PORTAS
15.3 REVESTIMENTOS
15.4 ESPECIFICAÇÕES
15.5 DETALHES COMPOSITIVOS
16 PASSO A PASSO PARA DESENHAR FACHADAS

MÓDULO IV
17 PLANTA DE COBERTURA
17.1 IDENTIFICAÇÃO DE ELEMENTOS
17.2 O QUE REPRESENTAR
17.3 INFORMAÇÕES
18 REPRESENTAÇÃO DE COBERTURAS
18.1 TIPOS DE COBERTURA
18.2 A INCLINAÇÃO DO TELHADO
18.3 COMPONENTES
18.4 TIPOS DE TESOURAS
18.5 TIPOS DE BEIRAL

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18.6 TRELIÇAS METÁLICAS
19 PLANTA DE LOCALIZAÇÃO
19.1 O QUE REPRESENTAR
20 PLANTA DE SITUAÇÃO
20.1 O QUE REPRESENTAR
20.2 A ORIENTAÇÃO GEOGRÁFICA
20.3 RECOMENDAÇÕES

MÓDULO V
21 PROJETOS COMPLEMENTARES
21.1 PROJETO HIDRÁULICO E SANITÁRIO
21.1.1 Legenda
21.1.2 Banheiros
21.1.3 Cozinha e lavanderia
21.1.4 Distribuição geral
21.1.5 Ligação no térreo
21.2 PROJETO ELÉTRICO
22 ESCADAS, RAMPAS E ELEVADORES
22.1 TIPOS DE ESCADAS
22.2 PROJETO DE ESCADA
22.2.1 Primeiro passo
22.2.2 Segundo passo
22.2.3 Terceiro passo
22.2.4 Quarto passo
22.2.5 Considerações finais
22.3 RAMPAS
22.4 ELEVADORES
23 PERSPECTIVAS
EXERCÍCIOS
GLOSSÁRIO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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MÓDULO I

1 O DESENHO ARQUITETÔNICO

O desenho arquitetônico é um dos tipos de desenho técnico utilizado para


representar projetos de arquitetura. Dessa forma, o desenho arquitetônico é a forma
de comunicação entre o criador (projetista, desenhista, arquiteto) e o receptor (quem
vai usar o desenho: cliente, construtor, etc.). Devemos ter presente, desde já, que ao
projetar algo e representar graficamente por meio de conceitos específicos,
estaremos elaborando uma espécie de documento. Mesmo regrado por normas e
procedimentos, um desenho arquitetônico necessita da criatividade e habilidade do
projetista na hora da criação do produto, para que todos os aspectos da sua ideia
sejam compreendidos.
Os desenhos são realizados basicamente de duas formas: o desenho a mão
livre, com auxílio de instrumentos específicos, ou o desenho auxiliado por
computador.

1.1 DESENHO MANUAL

No desenho manual, o desenhista faz uso de instrumentos específicos que


auxiliam na construção dos diversos elementos que compõem o projeto, tais como:
retas, curvas e figuras geométricas diversas. A seguir serão listados os principais
instrumentos que são necessários para o trabalho.

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1.1.1 Lápis

O lápis de madeira e grafite utilizado para desenho possui uma graduação


segundo a dureza do grafite, também chamada de mina. A classificação é feita por
letras e números. A letra H é para lápis com mina dura – traço fino e claro, enquanto
a letra B é para graduar o lápis com mina mais macia – traço grosso e escuro.

FIGURA 1

FONTE: Disponível em: <http://www.tattoochinabrasil.com.br>. Acesso em: 08 jan. 2013.

FIGURA 2

FONTE: Disponível em: <http://www.amopintar.com>. Acesso em: 08 jan. 2013.

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1.1.2 Lapiseira

Da mesma forma que o lápis, a lapiseira é utilizada para o desenho a mão.


Seu principal diferencial é que não necessita ser apontada e permite um traço mais
preciso e nítido. As graduações dos grafites, mais utilizados são: 0.3mm, 0.5mm,
0.7mm, 0.9mm e 2.0mm. Na escolha dos grafites deve-se observar igualmente a
letra H ou B para referenciar a dureza no mesmo.

FIGURA 3

Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

1.1.3 Borracha

A borracha a ser utilizada sempre deve ser condizente com o tipo de papel
que estamos utilizando. Indica-se que a escolha recaia sempre em um produto de
qualidade para que a sua utilização não danifique a superfície da folha de papel.
Não se recomenda o uso de borrachas sintéticas, pois borram o desenho. Da
mesma forma, as borrachas utilizadas para apagar tinta não são a melhor escolha,
porque podem rasgar o papel, em razão da sua abrasividade.

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FIGURA 4

FONTE: Disponível em: <http://www.frutodearte.com.br>. Acesso em: 08 jan. 2013.

1.1.4 Caneta nanquim

A caneta nanquim pode ser encontrada de duas formas: as descartáveis e


as recarregáveis. Ambas possuem graduação de espessura que vai geralmente de
0.05mm até 1.2mm. Nas canetas recarregáveis necessitamos adquirir um frasco de
tinta para sua devida utilização.

FIGURA 5 - CANETAS DESCARTÁVEIS

FONTE: Disponível em: <http://www.japaartmaterial.com.br>. Acesso em: 08 jan. 2013.

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FIGURA 6 - CANETAS RECARREGÁVEIS

FONTE: Disponível em: <http://www.amme.com.br>. Acesso em: 08 jan. 2013.


FONTE: Disponível em: <http://www.sinoart.com.br>. Acesso em: 08 jan. 2013.

1.1.5 Normógrafo e aranha

O normógrafo é um instrumento utilizado para realizar o desenho de


caracteres, necessários para inserção de informações nos desenhos técnicos.

FIGURA 7 - NORMÓGRAFO ARANHA

FONTE: Disponível em: <http://www.permutalivre.com.br>. Acesso em: 08 jan. 2013.


FONTE: Disponível em: <http://www.japaartmaterial.com.br>. Acesso em: 08 jan. 2013.

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FIGURA 8 - A UTILIZAÇÃO DOS COMPONENTES

FONTE: Disponível em: <http://dc252.4shared.com/doc/yHtEeHKb/preview.html>. Acesso em: 08 jan.


2013.

1.1.6 Papel

Os tipos de papéis mais utilizados para o desenho arquitetônico são: papel


manteiga e vegetal que são translúcidos. Temos ainda o papel sulfite nas suas
diversas espessuras e o papel canson.

1.1.7 Esquadros

São peças em acrílico com formato triangular e retangular onde


encontramos os formatos dos ângulos de 30°, 45°, 60° e 90°. Sua utilização é para
traçar linhas verticais, horizontais e inclinadas, conforme a necessidade do
desenhista. A sua utilização combinada com a régua paralela possibilita o traçado
perfeito, e retas perpendiculares entre si.

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FIGURA 9

Esquadros Composição de esquadros


FONTE: Disponível em: <http://www.oprojetista.com.br>. Acesso em: 08 jan. 2013.
FONTE: Disponível em: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAABaQwAC/apostila-desenho-
arquitetura>. Acesso em: 08 jan. 2013.

Dicas:
 Não usar os esquadros como guia para cortes.
 Limpar periodicamente com pano umedecido em água e
sabão neutro.
 Não usar o esquadro com marcadores coloridos.
 Esquadros de boa qualidade não ficam com aspecto
amarelado com o tempo de uso.

1.1.8 Compasso

Esse instrumento permite traçar círculos e arcos de qualquer raio ou


diâmetro. O seu uso é realizado fixando a ponta seca na superfície de papel e
girando em torno dela a ponta de grafite, traçando assim a circunferência.

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FIGURA 10

FONTE: Disponível em: <http://arnaut.no.sapo.pt/geom/compasso.html>. Acesso em: 08 jan. 2013.

1.1.9 Gabaritos

São chapas plásticas que funcionam como molde para desenho de formas
geométricas, mobiliários e peças arquitetônicas.

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FIGURA 11

Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

1.1.10 Curvas

A curva francesa, fabricada em plástico transparente, é encontrada em


diversos tamanhos. A curva universal ou flexível também pode ser utilizada para o
desenho de linhas curvas.

FIGURA 12

Curva Francesa Régua Flexível


Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).
FONTE: Disponível em: <http://www.oprojetista.com.br>. Acesso em: 08 jan. 2013.

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1.1.11 Transferidor

Instrumento que é utilizado para marcação e leitura de ângulos.

FIGURA 13

Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

1.1.12 Escalímetro

Este é um instrumento muito útil para o desenho e leitura de medidas dos


desenhos. Possui tipos e tamanhos diversos. Em cada escalímetro encontraremos 6
escalas distintas, divididas em três faces, com duas escalas em cada uma delas. As
escalas mais utilizadas no desenho arquitetônico são: 1/10, 1/20, 1/25, 1/50, 1/75,
1/100, 1/125, 1/200, 1/250, 1/500 e 1/1000.

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FIGURA 14

FONTE: Disponível em: <http://www.artcamargo.com.br>. Acesso em: 08 jan. 2013.

Dicas:
 Nunca utilize o escalímetro para traçar linhas, somente para
estabelecer medidas e conferir as mesmas.

1.1.13 Prancha e régua

A prancheta é um tampo de madeira sustentado por cavaletes onde são


fixadas as folhas de papel para confecção dos desenhos. Sua cobertura pode ser
com uma camada de vinil ou fórmica de madeira.

Dicas:
 É importante que não exista nenhuma ranhura ou corte sobre
a superfície da mesa para não acontecerem rasuras na hora
de desenhar.
 Providencie sempre boa iluminação sobre a mesa de
desenho.

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FIGURA 15

FONTE: Disponível em: <http://www.frutodearte.com.br>. Acesso em: 08 jan. 2013.

Associada à mesa de desenho usamos a régua paralela ou régua T. Elas


servem de apoio para a utilização dos esquadros e para traçados de linhas
paralelas.

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FIGURA 16

Régua T Régua paralela


FONTE: Disponível em: <http://www.casadaarte.com.br>. Acesso em: 08 jan. 2013.

1.2 DESENHO AUXILIADO POR COMPUTADOR

A única diferença do desenho realizado na computação gráfica, para o


convencional, é justamente a ferramenta de utilização. Enquanto o desenho manual
depende de todos os instrumentos já listados anteriormente, no desenho auxiliado
por computador faz-se necessário um equipamento de informática composto por
computador e impressora. Para podermos desenhar é relevante termos instalado no
computador um programa (software) de desenho. Um exemplo bastante corriqueiro
é o AutoCAD.
Cabe salientar que as normas e diretrizes exigidas no desenho auxiliado por
computador são exatamente iguais ao desenho realizado manualmente.

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2 NORMAS TÉCNICAS

Nesse primeiro módulo você terá um primeiro contato com os fundamentos


iniciais que delimitam, regulamentam e estabelecem critérios que padronizam a
formatação dos desenhos técnicos. Nos capítulos subsequentes dessa apostila
serão apresentados dados e regramentos de desenho que estão presentes nas NBR
(Normas Brasileiras) de desenho.
Uma vez que o desenho arquitetônico é a forma de comunicação que o
projetista dispõe para transmitir as suas concepções e diretrizes, é vital que os
outros envolvidos no processo possam entender e realizar o que o projeto
apresenta. Só se consegue isso se todos os envolvidos seguirem uma normatização
comum. Dentre as principais normas existentes para a confecção dos desenhos
técnicos podemos citar:
 NBR 6492 – REPRESENTAÇÃO DE PROJETOS DE ARQUITETURA
 NBR 10067 – PRINCÍPIOS GERAIS DE REPRESENTAÇÃO DE
DESENHO TÉCNICO
 NBR 10068 – FOLHAS DE DESENHO-LEIAUTE E DIMENSÕES
 NBR 8196 – DESENHO TÉCNICO-EMPREGO DE ESCALAS
 NBR 8402 – EXECUÇÃO DE CARACTER PARA ESCRITA EM
DESENHO TÉCNICO
 NBR 8403 – TIPOS DE LINHA
 NBR 10126 – COTAGEM EM DESENHO TÉCNICO
 NBR 13142 – DESENHO TÉCNICO-DOBRAGEM DE CÓPIA
 NBR 10582 – APRESENTAÇÃO DA FOLHA PARA DESENHO
TÉCNICO

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Todas as normas brasileiras são editadas pela ABNT. (Associação Brasileira
de Normas Técnicas)

Dicas:
 O Site da ABNT está disponível para a consulta e compra de
normas técnicas.
 Link: http://www.abnt.org.br/
 Sempre consulte o site e certifique-se que a norma técnica
procurada é a mais atual dentro das suas versões.

3 DIMENSÕES E FORMATOS DE PAPEL

As folhas em que desenhamos recebem o nome de pranchas. Os tamanhos


de papel devem seguir a normatização estabelecida pela ABNT. No desenho manual
adotamos a formatação de pranchas já prontas à venda no mercado. No desenho
por computador, ao plotarmos (imprimir) o projeto, podemos assim fazer em rolos de
papel, que posteriormente transformam-se em pranchas cortadas, obedecendo às
dimensões estabelecidas pela norma técnica.

3.1 FORMATOS

Destacamos a seguir a tabela com os tamanhos regulamentados das folhas


no padrão A0 até A5.

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FIGURA 17

Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

Na tabela acima temos a dimensão de “x”-horizontal, “y”- vertical e “a”-


largura das margens, conforme desenho abaixo:

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FIGURA 18

Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

3.2 LEGENDA

Segundo a NBR 10582, o selo (legenda) de uma prancha em desenho


técnico deve conter as seguintes informações:
 Designação da firma;
 Projetista, desenhista ou outro responsável pelo conteúdo do desenho;
 Local, data e assinatura;
 Nome e localização do projeto;
 Conteúdo do desenho;
 Escala;
 Número do desenho;
 Designação de revisão;
 Unidade utilizada no desenho.

A localização de cada uma destas informações pode ser posicionada


conforme a preferência do desenhista, cabendo à hierarquia seguir as informações
de maior relevância.

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Abaixo um exemplo de selo. Observa-se que o comprimento deve obedecer
ao tamanho de 175 mm, enquanto a altura é variável.

FIGURA 19

Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

3.3 POSIÇÃO DE LEITURA

A posição para os desenhos e inserção de informações na prancha deve


obedecer a seguinte disposição:

FIGURA 20

Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

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3.4 DOBRAMENTO

A NBR 6492 recomenda procedimentos para o correto dobramento das


pranchas para seu manuseio e arquivamento.
Abaixo as ilustrações nos mostram tal procedimento:

FIGURA 21

Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

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FIGURA 22

Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

4 O TRAÇO ARQUITETÔNICO

Um bom desenho é apresentado com pranchas padronizadas segundo as


normas com todas as informações necessárias. Atente-se à limpeza e estado das
pranchas. Os traços devem ser concisos e claros, assim como as informações
textuais pertinentes e esclarecedoras. Lembre-se que as informações contidas na
prancha devem ser passíveis de entendimento por outra pessoa que dela fizer uso.

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Sempre que necessário consulte as normas de desenho e dê uma atenção especial
a NBR 6492.

4.1 LINHAS

O componente primordial do desenho arquitetônico é a linha. As linhas são o


nosso meio de representar os diversos elementos que constituem o desenho a ser
apresentado, tais como: paredes, pisos, esquadrias, etc. Sendo assim, a sua
consistência e homogeneidade facilitam a compreensão e leitura do projeto.
Dentro do desenho a espessura das linhas determinará a hierarquia dos
elementos representados. Nas plantas-baixas, cortes e fachadas as profundidades
são definidas justamente por essa diferenciação. As linhas mais próximas do
observador são mais grossas e escuras. Conforme o afastamento vai acontecendo
as espessuras vão diminuindo.

 Linha de contorno – contínua:

Seu emprego acontece na representação de plantas-baixas e cortes para


identificar as paredes e todos os elementos estruturais interceptados pelos
planos e corte. A espessura a lápis é de 0.9mm, enquanto que com caneta
nanquim e impressão por computador é de 0.6mm.
 Linha de contorno – contínua:

Para a representação de demais elementos que vem abaixo da linha de corte,


tais como: soleiras, peitoris, mobiliário, piso, etc.; e, elementos em vista. A
espessura a lápis é de 0.5mm, enquanto que com caneta nanquim e
impressão por computador é de 0.2mm e 0.3mm
 Linha de contorno – contínua:

Essa linha é utilizada para representar linhas de relacionamento e construção


de desenho, linhas de indicação e de cota. Usa-se ainda na representação de

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hachuras de pisos e paredes e elementos decorativos. A espessura a lápis é
de 0.3mm, enquanto que com caneta nanquim e impressão por computador é
de 0.05mm e 0.1mm.
 Linha de contorno invisível – tracejada:

São empregadas para representar algum elemento que está além do plano do
desenho. A espessura a lápis é de 0.5mm, enquanto que com caneta
nanquim e impressão por computador é de 0.2mm e 0.3mm.

 Linha de contorno invisível – traço e dois pontos:

Quando se tratar de projeções importantes, devem ter o mesmo valor que as


linhas de contorno. São indicadas para representar projeções de pavimentos
superiores, balanços, marquises, etc. A espessura a lápis é de 0.5mm,
enquanto que com caneta nanquim e impressão por computador é de 0.2mm
e 0.3mm.
 Linha de eixo – traço e ponto:

Usada para delimitar o eixo de elementos. A espessura a lápis é de 0.5mm,


enquanto que com caneta nanquim e impressão por computador é de 0.2mm
e 0.3mm.

Dicas:
 A qualidade do traço da linha define a identidade do
desenhista.
 Sempre trace linhas se tocando em suas extremidades, ou
seja, começando e terminando.
 É sempre preferível traçar uma linha de uma vez só, pois o
acabamento é melhor.

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4.2 TRAÇOS

A seguir enumeramos algumas dicas importantes para um melhor


aproveitamento dos instrumentos de desenho, e consequentemente, um traçado
preciso e mais limpo.
Enquanto executa o desenho das linhas gire gradualmente o lápis ou a
lapiseira para que o grafite não se desgaste somente em um sentido.

FIGURA 23

FONTE: Disponível em: <http://pt.scribd.com/doc/113548818/Untitled>. Acesso em: 08 jan. 2013.

Durante o traçado nunca empurre ou volte no sentido da linha, puxe sempre


a lapiseira para o controle devido do traço.

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FIGURA 24

FONTE: Disponível em: <http://pt.scribd.com/doc/113548818/Untitled>. Acesso em: 08 jan. 2013.

Não trace as linhas apoiando o grafite nos cantos do esquadro e régua. Suja
o instrumento e borra o desenho. (figura a)
Desenhe sobre a borda que é reta, respeitando uma pequena distância entre
o instrumento e o grafite. (figura b)

FIGURA 25

Figura a Figura b
FONTE: Disponível em: <http://pt.scribd.com/doc/113548818/Untitled>. Acesso em: 08 jan. 2013.

Correto uso da combinação esquadro e régua na prancheta de desenho.


(figura c)
Confira um exemplo de graficação com utilização dos instrumentos. (figura
d)

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FIGURA 26

Figura c
FONTE: Disponível em: <http://pt.scribd.com/doc/113548818/Untitled>. Acesso em: 08 jan. 2013.

FIGURA 27

Figura d
FONTE: Disponível em: <http://pt.scribd.com/doc/113548818/Untitled>. Acesso em: 08 jan. 2013.

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4.3 LETRAS, NÚMEROS E CARACTERES

O desenho manual desses elementos deve ser realizado com grafite a mão
livre ou com auxílio de aranha e normógrafo para o desenho com caneta nanquim.
As características mais potenciais neste tipo de graficação é a sensibilidade
do desenhista de observar as distâncias regulares entre os caracteres. Na NBR
6492 estão elencados todos os tamanhos e normógrafos específicos para cada
situação. Segue resumo padrão:

FIGURA 28

Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

5 ESCALAS

Todo o desenho arquitetônico vai passar necessariamente pelo domínio e


respectivo emprego das escalas. A necessidade do emprego das escalas surgiu em

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virtude da impossibilidade de representação de elementos em verdadeira grandeza
em uma prancha de desenho. Neste caso usamos escalas de redução. Temos na
realidade três formas de representação em escala:
 Escala de redução – exemplo: 1/5 ou 1:5 (lê-se: escala 1 por 5)
 Escala real – exemplo: 1/1 ou 1:1 (lê-se: escala 1 por 1)
 Escala de ampliação – exemplo: 5/1 ou 5:1 (lê-se: escala 5 por 1)

Um fator determinante para a escolha de uma escala e a real necessidade


de informação que o desenho quer mostrar. Dependendo do nível de detalhamento
que vamos graficar, a escala fica mais próxima da real. Com o passar do tempo e a
experiência que o desenhista vai adquirindo, a escolha da escala fica mais fácil, já
que uma vez decidido o tamanho do papel a ser utilizado, escolhe-se a escala mais
adequada que caiba na área de desenho da prancha.
Escalas recomendadas:
 Escala 1/1 – 1/2 – 1/5 – 1/10: detalhamentos de elementos construtivos
variados;
 Escala 1/20 – 1/25: ampliações de ambientes;
 Escala 1/50: é a escala utilizada para representação do projeto
arquitetônico, tais como desenhos de plantas-baixas, cortes, fachadas, etc.
Geralmente utilizada para desenhos que vão para aprovação em órgãos fiscais e
para a obra de construção.
 Escala 1/75: mesma utilização da escala anterior, porém somente em
nível projetual.
 Escala 1/100: igualmente utilizada para representação de desenhos
arquitetônicos quando o nível de detalhamento é menor. Geralmente utilizado para o
lançamento de uma primeira ideia do projeto.
 Escala 1/200 – 1/250: usada para setorização de grandes projetos.
Plantas de situação e localização de terrenos, paisagismo, topografias e em projetos
urbanísticos.
 Escala 1/500 – 1/1000: plantas de localização, zoneamentos,
topografia e projetos urbanísticos.
 Escala 1/2000 – 1/5000: zoneamentos, levantamentos
aerofotogramétricos e projetos urbanísticos.

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Escala gráfica: sua representação acontece por um gráfico que é
proporcional à escala utilizada. Pode ser utilizada nos projetos e também em
situações onde temos elementos expressos por meio de fotografias ou ilustrações.
Para obter a dimensão real do desenho, basta copiar a escala gráfica em um papel e
colocar ela sobre a figura. No exemplo abaixo, a escala utilizada foi a 1/50
representada em segmentos 2cm, pois 1 metro dividido por 50 é igual a 0,02. (dois
cm)

FIGURA 29

Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

FIM DO MÓDULO I

AN02FREV001/REV 4.0

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