Aristóteles

Quem foi?
Aristóteles foi um filósofo grego do período clássico, discípulo de Platão
e considerado como um dos maiores filósofos, senão o maior, se é que
podemos mensurar a filosofia. É assim considerado por causa da
sistematicidade que procurou realizar. Aristóteles busca “juntar” os argumentos
dos filósofos anteriores a ele e formar um único sistema coerente, e por isso
suas obras se voltam aos mais diversos sentidos e influenciam o pensamento
ocidental de forma determinante.

A analogia
Dentre os principais elementos de sua filosofia a analogia se destaca
como sendo a capacidade de observar os princípios lógicos que sustentam o
funcionamento e a realidade de algo e o comparar com outra coisa. Por
exemplo, o que existe de comum entre a física e a matemática? Se
observarmos rapidamente poderemos apresentar vários aspectos em comum
de ambas, como caráter numérico, análise científica da realidade, são apoiadas
na razão, etc, e poderemos assim induzir características universais a ambas. É
desse método analógico a principal origem da ciência que nasce na
modernidade. Aristóteles contudo não se contenta em analisar apenas a
realidade material e observar as causas que a sustentam mas também busca
princípios que atuam conjuntamente ao mundo físico, o que origina o estudo da
metafísica.

Ética
A Ética segundo Aristóteles é “filosofia das coisas humanas”, isto é, a
parte da filosofia que analisa os comportamentos, hábitos e costumes de como
o homem age e toma suas decisões. A ética não é de natureza exata como as
ciências teóricas e justamente por isso necessita de pensar o hábito,
retomando a noção de virtude. A ética para Aristóteles constitui assim a vida
virtuosa capaz de conduzir o homem à felicidade, que se apresenta como
finalidade máxima do ser humano. Apresenta-se aqui mais uma noção
diferente quanto à Platão, que é a do corpo como instrumento da alma, e não
mais algo desprezível. Dentre as três partes fundamentais do ser humano
(Vegetativa, sensitiva e intelectiva) Aristóteles privilegia a terceira, e divide em
dois tipos de virtude as que podem auxiliar o ser humano: Virtudes éticas, que
estão relacionadas ao temperamento, impulsividade e sensações e às virtudes
intelectuais, relacionadas à capacidade científica e de sabedoria prática, capaz
de melhor deliberar sobre as ações utilizando o cálculo racional.