CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNI

Armando de Queiroz Monteiro Neto

Presidente

SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL – SENAI

Conselho Nacional
Armando de Queiroz Monteiro Neto
Presidente

SENAI – Departamento Nacional

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Diretor-Geral

Regina Maria de Fátima Torres

Diretora de Operações
SENAI – DN
Unidade de Educação Profissional – UNIEP

Alberto Borges de Araújo

Gerente Executivo

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Gestora da Rede SENAI de Educação a Distância

SENAI / RIO GRANDE DO SUL

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Gerente da Unidade Estratégica de Desenvolvimento Educacional
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Orientação Pedagógica
Lúcio José da Silva Filho
Projeto Gráfico e Editoração
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Normalização

Denis Carara de Abreu

Rita Tatiana Cardoso Erbs
Elaboração
Aurélio Athayde Rauber
Ilustrações
© 2008. SENAI – Departamento Nacional
© 2008. SENAI – Departamento Regional do Rio Grande do Sul
A reprodução total ou parcial desta publicação por quaisquer meios, seja eletrônico, mecânico,
fotocópia, de gravação ou outros, somente será permitida com prévia autorização, por escrito, do
SENAI.

Esta publicação foi elaborada pela equipe do Núcleo de Educação a Distância do SENAI
do Rio Grande do Sul, com a coordenação do SENAI Departamento Nacional, para ser
utilizada por todos os Departamentos Regionais do SENAI como recurso didático do curso
a distância de Competências Transversais em Legislação Trabalhista.

A Coleção Competências Transversais é composta por publicações nas áreas de:

Educação Ambiental
Empreendedorismo
Legislação Trabalhista
Segurança do Trabalho
Tecnologia da Informação e Comunicação

SENAI Departamento Nacional

Unidade de Educação Profissional - UNIEP

SENAI do Rio Grande do Sul

Unidade Estratégica de Desenvolvimento Educacional - UEDE

FICHA CATALOGRÁFICA
S 491 Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial, Departamento Nacional
Legislação Trabalhista no Brasil: o ponto de partida / Serviço Nacional
de Aprendizagem Industrial. Departamento Nacional, Serviço Nacional de
Aprendizagem Industrial. Departamento Regional do Rio Grande do Sul. -
Porto Alegre, 2008.
81p.: il. (Coleção Competências Transversais)
ISBN – 978-85-60375-17-2
1.Direito do Trabalho 2. Brasil I. Serviço Nacional de Aprendizagem In-
dustrial. Departamento Regional do Rio Grande do Sul II. Título III. Série.
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O tempo já havia apagado nomes, porém Mark e Ana sabiam como tudo havia começado,
bem como que muitas pessoas certamente cruzaram, no entanto sem reconhecerem,
durante o ano de 2007, com aqueles que, de uma forma humilde e silenciosa, mudaram
o rumo de parte de nossa história.
PRELÚDIO
Robert aguardava sentado em um banco de madeira entalhado. Já estava se acostumando
com aqueles gritos. Os loucos daquele manicômio já lhe pareciam bem mais calmos. Seu
pai, no entanto, parecia não dar sinais de melhora. Desde a noite do incêndio, tinha os
olhos fixos e distantes, imóveis como o resto de seu corpo, porém, com um ar sofrido,
que apenas Robert parecia saber interpretar.

Todos pensavam que era por causa do prejuízo. Mas não era… Fora sempre Robert quem,
desde criança, acompanhara seu pai no que ele chamava de “ronda”. A ronda, na verdade,
era a hora em que seu pai trancava os cadeados nas salas de trabalho. Sempre achou nor-
mal trancar as funcionárias. Seu pai dizia que, assim, tudo estava em segurança. Sempre
achou normal. Até aquela noite.

Robert e seu pai sabiam que muitas, ou quem sabe, todas as funcionárias teriam se salvado
daquele incêndio. Mas ninguém se salvou. Ninguém conseguiu sair.

Robert acorda assustado. Olha tudo em volta. Ainda está no quarto do hospício. Respira
aliviado.

Liza já havia voltado e estava sentada em uma penteadeira bem em frente à cama. Robert
ficou em silêncio admirando seus cabelos, sua nuca e os longos dedos que seguravam a
escova. Sua mente, em paz, fez seus olhos relaxarem. E era com a imagem de seu amor
que eles já iam se fechando, quando então, ao se ajeitar mais para o lado da cama, pôde
ver o rosto de Liza refletido no espelho. Havia um sorriso enigmático em seus lábios e
mais… mais uma coisa que Robert conhecia bem... uma borboleta vermelha pendurada
em um cordão de ouro ornava o pescoço delicado daquela que lhe trouxera até ali.

As chamas subiam junto às cinzas que eram arrebatadas com uma violência tremenda.
O céu daquele 8 de março de 1857 ficou aterradoramente vermelho e iluminado. Era um
clarão que podia ser visto de muito longe. Nova York crepitava em uma noite que jamais
seria esquecida. A correria, o barulho das sirenes, os gritos de desespero não chegavam
80
a atordoar a cabeça de Robert, porque ela estava muito distante daquilo tudo. Na mesa, ao lado dessa notícia, outro recorte.

Já tinha tentado avistar rostos ou silhuetas de pessoas, mas o que antes fora uma imensa
tecelagem, era agora apenas uma bola de escombros e línguas de fogo. Nunca mais a
fábrica. Nunca mais os olhos de…

Ele havia crescido subindo e descendo os degraus de madeira daquela fábrica. Podia
sentir ainda o cheiro do verniz e dos tapetes empoeirados. Ali era como o pátio da sua
casa. O seu patiozinho de areia. Brincava, em sua mente, entre os rolos de tecido, pas-
sando por baixo das saias das funcionárias e se escondendo ao pé das máquinas, como
em seus cinco anos de idade.

Tudo voava pelo céu… como suas lembranças.

- Sr. Robert, pode passar!

Voltou como de um sonho. Pegou seu chapéu e se levantou.

Passou pelas grades que dividiam o interior do hospício do saguão de entrada. Pensava,
enquanto transpassava as enormes barras de ferro: a sanidade por vezes se esvai por
entre as grades da loucura.

Chegou ao corredor imenso e mal iluminado onde ficava o quarto de seu pai. Deteve-
se um pouco a entrar, respirou fundo como que buscando motivação. Uma inscrição
encravada em uma placa na parede chamou sua atenção. Ela dizia:

“Toma teu filho, teu único que amas, Isaac, e vai à terra de Moriá, e lá o oferecerás em
holocausto sobre a montanha que eu te indicarei.” (Torá, Gênesis 22:2)

Aquela frase gritou em sua mente. Era ele o filho oferecido em holocausto. Estava há
muito tempo sobre aquela montanha esperando as ordens de Deus.

Sua mente girava. O ar ficou rarefeito. Uma sensação de morte fez saltar seu coração.
Tudo ia ficando distante, quando, então, sentiu uma mão agarrar com força seu braço.
Olhou para o lado e um rapaz numa cadeira de rodas o mirava fixo. Ele bradou:
- Você viu, Robert! Você também viu! Diga a eles que não estou louco. Diga! Você es-
teve lá, Robert! Diga a eles! – tentou puxar o braço, mas os dedos do rapaz estavam
cravados nele. Os olhos vidrados repetiam – Mostre a eles Robert! Não deixe que eles
me enterrem vivo aqui! – o jovem repetia as frases freneticamente enquanto um en-
fermeiro enorme o puxava para longe. Os olhos de Robert foram ficando sem foco, o
ar foi faltando e, lentamente, quando percebeu, tudo era apenas escuridão.

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 MOMENTO 1

A luz pela fresta da janela parecia lhe dizer: é hora de acordar! Mexeu a cabeça len-
tamente e abriu os olhos devagar. O cheiro de café recém passado lhe dava ares novos
de um bom dia. No entanto, quando olhou à sua frente não reconheceu nem o quarto
nem aquele semblante.

Um homem de uns sessenta anos, de cabelos e barba branca bem aparados, com um
olhar terno e alentador, falou:
- Calma, Robert. Não tente lembrar tudo de uma só vez – ele sabia seu nome, mas como?
O homem continuou – vamos levantar, tomar um café e então conversamos sobre tudo
o que quiser.

Assim foi feito. Robert saiu do quarto e seu olhar era de total estranheza. Sentou-se à
mesa, onde um saboroso desjejum já estava a sua espera. Sentiu a vida voltar ao seu
corpo, enquanto bebia um longo gole de café quente. O senhor voltou a falar:
- E então, meu rapaz, sente-se melhor?
- Sim. - respondeu Robert ainda confuso
- Pois então. Você achou a máquina… pensei que nunca mais ela seria descoberta – as
lembranças vinham como vagas de um mar calmo à mente de Robert. – A máquina!
- Quer dizer que é verdade…- indagou Robert, com ar incrédulo.
- Se não fosse você, eu não estaria aqui não é mesmo?
- Mas aqui é exatamente onde…? - perguntou Robert olhando tudo em volta.
- Aqui é… - deteve-se por um instante – Robert, antes de qualquer coisa, deve saber
que sinto muito pelo que aconteceu com você e sua família e queria dizer que…
- Sei! Que é uma pena e que o tempo fará com que tudo passe…

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- Não! Ao contrário, Robert. O tempo não fará esquecer aquela noite.
- Como?
- Aquela noite tornou-se um símbolo neste era em que vivemos.
- Um símbolo?
- Sim. Oito de março, na atual época, é o dia internacional da mulher, exatamente por
causa do que aconteceu naquela noite.
- Dia da mulher…E de que atual época estamos falando?
- O ano é 2007, Robert.
- Como?! 2007?! Vim parar em 2007?!
- Sim, Robert. Na máquina…na cadeira…
- Naquela geringonça que encontrei embaixo dos escombros da fábrica?
- É, exatamente. Pensei que nunca mais alguém a achasse. Não fosse o incêndio…
- Quer dizer que você sabia onde ela estava? Quer dizer que você… Neste momento uma
senhora de um semblante muito acolhedor entra na cozinha.
- Robert, esta é…
- Deixe que me apresente, querido. Bom dia, Robert! Sou Ana, esposa de Mark.
- Bom dia, senhora. O café está ótimo – Ana sorriu para seu marido e falou – Elogie
a Mark, ele é quem prepara sempre nosso saboroso café. – Robert, meio sem graça,
agradeceu ao senhor com um aceno de cabeça. Mark retomou:
- Pois bem, Robert, como ia dizendo, você está no Brasil e o ano é 2007.
- Mas por que vim parar nesta data?
- Bom, isso eu explico com calma, porém o que importa é saber por que você resolveu
sentar naquela cadeira e vir para o futuro!
- Bem, senhor Mark. – Robert fez uma pausa, seus olhos voltaram no tempo – Depois
do que aconteceu, minha vida ficou sem sentido. Perdi, naquela noite, muito mais do
que as pessoas pensam. Parte da minha alma ficou lá, naqueles escombros.
- Como assim, Robert?
- Havia uma pessoa; um anjo, na verdade. O nome dela era Liza.
- Liza?
- Sim. Era jovem como eu. Trabalhava na fábrica desde pequena junto com sua mãe.
Com o passar dos anos, meu coração foi tendo apenas lugar para ela. Nos falamos em
poucas ocasiões, porém soube, desde a primeira vez, que a amava. Nunca disse a ela,
mas… Porém, era tudo muito difícil. Eu, filho do dono da tecelagem, ela, uma reles
empregada. A sociedade nos devoraria, eu sei. Mas estava me preparando para enfrentar
a tudo e a todos. Iríamos conseguir, eu sei. Mas… o incêndio…
- Ela estava lá? – Robert confirmou com a cabeça.
- Pobre rapaz – disse Ana, junto a um abraço maternal que fez os olhos de Robert se
encherem de lágrimas – Robert retomou:
- Pois bem. Quando vi aquela… máquina, pensei em fugir, em esquecer, mas, pelo jeito,
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mesma cadeira em que havia partido.
Robert respira fundo olhando tudo em volta, o quarto bem mobiliado, a lareira acesa e
então, lembra de um último fato.
- Ah, há um último detalhe. – Liza franziu as sobrancelhas com curiosidade – É o
seguinte! Mark, sabendo do incêndio, retirou do cofre da fábrica uma quantia volu-
mosa de dinheiro e levou para o futuro. Assim, no dia em que parti, ao lado da cadeira
havia esta mala e um bilhete que contava esta história e que também dizia: “Esta
mala lhe pertence e com este dinheiro construirá uma nova história para você e seus
empregados”.
Os olhos de Lisa estavam paralisados. Sua boca não pronunciou uma só palavra. Robert
retomou:
- Pois Bem, isto se deu antes ou depois, não sei, de encontrar o rapaz que agarrou meu
braço aqui no corredor. Ele parecia louco. Ele chamava por mim como se me conhecesse.
Na verdade, eu o conheço. - os olhos de Liza se viraram para a porta e voltaram – O
nome dele, Liza, é... é Lucas. Ele é seu primo!
O espanto era visível nos olhos de Liza. Mas ela era bondosa e sabia que ele estava se
recuperando de um trauma. Mediu as palavras antes de falar e assim, com carinho,
disse.
- Puxa, Robert... se você não estivesse em um hospício, eu diria que você tinha saído
de um! – ambos riram daquele improviso dela.
Liza trouxe um café fresco em uma linda bandeja pintada. Robert sentiu que seu corpo
esteve precisando se alimentar. Sua alma estava feliz. Estava bem e ao lado de Liza no
lugar de onde nunca saíra.
Não lhe importava que aquela história fosse somente uma fantasia. O importante era
aquele momento, aquela nova vida que, de qualquer forma, nascia. Um novo ciclo em
sua vida se iniciava e isso era só o que precisava saber. Sentiu-se descer da montanha.
Sentiu que ouvia a voz de Deus.
Após o café, sentiu sono. Liza lhe disse que dormisse. Ia ajudar um amigo em apuros e já
voltava. Robert se ajeitou nos travesseiros de pena e o sono veio como uma benção.
Mark e Ana estão sentados na varanda sozinhos tomando chá. Ana abre um jornal muito
antigo. Nele uma notícia que eles olham, como sempre fazem, quando tem saudades.
por alguns minutos. Tudo foi tão real... como pode? Não havia explicações, nem Mark
nem... somente o perfume de sua época era real e lhe invadia os pulmões.
- Robert, o que foi que você sonhou?
Robert olhou para Liza e depois baixou o olhar com uma certa vergonha.
- Vamos, Robert, conte-me o que foi! Quando falamos algo que nos incomoda, por vezes,
nos sentimos melhor.
Robert retornou a olhá-la. Ela era realmente linda.
- Está bem, Lisa. Vou contar – Robert respirou e seus olhos buscaram as lembranças de
sua viagem.
Ele falou:
- Bem, havia acontecido o incêndio e eu pensei que tinha perdido você para sempre.
Ali, naquele instante, percebi minha fraqueza em não ter assumido o que sentia por
você e, numa manhã, procurando algum vestígio seu pelos escombros da fábrica, en-
contrei uma cadeira estranha. Lembrei-me naquele momento de um papelzinho que
guardara desde criança, ele dizia: “quando o tempo lhe mostrar a dor, uma cadeira
o salvará”. Entendi naquele instante o que devia fazer. Assim, acordei em 2007 e aí
começa a loucura.
- Vamos, conte. Estou gostando, Robert.
- Muito bem! No futuro, onde fui parar, encontrei Mark e Ana. Mark, na verdade, tinha
sido fiscal de serviço na fábrica de meu pai quando eu era criança. Não o reconheci,
pois estava muito mais velho. Porém, era ele que, na minha infância, toda a semana,
me dava bombons de presente junto a um bilhetinho sempre diferente, como este que
falei. Pois bem! Mark se apaixonou por Ana, que trabalhava na fábrica. Ela tinha uma
filha e o nome dela era Elisabeth, mas que era chamada de Liza – os olhos da moça se
arregalaram com a narrativa. Robert esperou um pouco e, em seguida, retomou:
– Pois bem, como Ana era casada, embora seu marido tivesse fugido e não mais voltado,
não poderiam ficar juntos, pois, como sabe, ainda não há divórcio neste século em que
vivemos. Assim, Mark construiu uma máquina, a cadeira do tempo, bem embaixo da
fábrica onde morava sozinho. Mark conseguiu ir com ela para o futuro – a máquina
funcionou. Lá, preparou uma casa para depois buscar Ana e sua filha. Era o século 21 e
o ano 2005. Durante esse tempo, Mark descobriu, pelos livros de história, que aconte-
ceria o terrível incêndio de 8 de março. Dessa forma, tratou de buscar Ana e Elisabeth,
bem como a irmã de Ana e seu filho. Entende!? Você tinha ido para o futuro...
- Estou ouvindo, Robert. Continue!
- No entanto, na noite em que cheguei na casa de Mark, em 2007, você... filha de Ana,
fôra para uma pensão. Mark e Ana me acolheram e simularam não lhe conhecer. Esse
fato era pela razão de você me amar muito e não saber de meus sentimentos por você.
Assim, Elisabeth, você disfarçou não ser Liza, esta Liza que eu conheço. Pois isso
podia, segundo Mark, estragar os planos do destino. Essa parte eu não sei do que se
trata. O certo é que um dia eu descobri tudo e fui embora. Voltei para Nova York na
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isso é impossível.
- É, meu rapaz! há coisas que sempre nos acompanharão. Há coisas que foram feitas para
aprendermos e não para esquecermos. Há lembranças que devem se tornar sementes
de nosso futuro. Quem sabe essas não tenham essa missão? - Robert apenas ouvia
com olhar distante e triste.
- É, sim! – disse Ana, com um sorriso – Quem sabe, já que você está aqui, não possa
aprender algo que lhe seja útil para quando voltar? - Voltar? Aquilo não tinha lhe
passado ainda pela mente.
Os dias foram se passando e Robert foi tomando pé da situação.
Estava em um mundo diferente. Um mundo que talvez fosse o seu futuro algum dia,
mas que ainda lhe perturbava a mente quando tentava entender coisas simples como
automóveis, computador pessoal, telefone celular e tantas outras que vira por aquele
outro monstrengo chamado televisão.
Ia se adaptando à língua, pois, onde estava, apenas falavam português para que apren-
desse o mais rápido possível. Ana tinha um sotaque inglês em seu falar, mas Mark
tinha o português mais claro que ouvira até então. Ainda não sabia direito a história
de Mark e sua ligação com a máquina que lhe trouxe até ali, entretanto esperava que,
aos poucos, as coisas lhe fossem reveladas.
Já há quase dois meses de sua chegada, seu português começava a fluir em pensamentos.
Tinha facilidade em aprender línguas e já falava quatro. Percebeu que aprender espanhol
quando criança lhe ajudara muito na nova tarefa no Brasil. Era muito parecido, mas
com algumas diferenças. Às vezes falava, como era comum a quem aprende, um “por-
tunhol” meio embrulhado. Mas o certo é que estava conseguindo se comunicar. Estava
matriculado como aluno na faculdade de Gestão em Produção Gráfica, de Ana, - e isso
acabou sendo uma ajuda e tanto.
Lia revistas e se atualizava com o que havia transcorrido desde 1857 até aquela data.
Principalmente quanto às coisas de seu país. Mudanças de governos, guerras e como
sua nação havia se tornado a maior potência do mundo. Algumas coisas, por certo, não
lhe davam orgulho, mas não havia como interferir na história.
Começou a pensar que, se voltasse um dia, poderia ajudar para que as coisas fossem
diferentes. Que, talvez, como dissera Ana, pudesse aprender com sua própria história. Se
voltasse, poderia reerguer a empresa de seu pai e imprimir uma nova forma de dirigir o
negócio. Sem cadeados, sem sofrimentos por falta de condições de trabalho, sem aquela
forma tão exploratória de se tomar o trabalho de uma pessoa. Voltar... sua mente ficou
nebulosa. Não. Lá não haveria razões para existir. Seu coração parecia haver tomado
uma decisão.
Naquele dia, quando Mark retornou para o almoço, Robert tinha uma idéia em sua
mente.
9
Robert pediu a Mark que lhe ajudasse a aprender o máximo sobre administrar uma em-
presa, mas, principalmente, sobre aquela novidade que aprendera chamar-se “direitos
trabalhistas”. Sua época estava tão distante de observar qualquer daqueles direitos, por
isso, achou que seria instigante aprender tudo desde o início.
Mark pensou por alguns dias e propôs a Robert que primeiro lesse um pequeno livro
que possuía e que, depois, trabalhasse em algum lugar para que pudesse ter a visão do
trabalhador e não, a do empregador.
Robert ficou muito animado, disse que aceitava a proposta e que leria tudo o que fosse
possível, mas que contava com a ajuda de Mark para lhe arranjar um lugar onde realizar a
experiência prática. Com a garantia de seu novo amigo, Robert colocou mãos à massa.
O pequeno livro que tomou em mãos contava uma história cujo título era “ O Contexto
do Trabalho no Mundo Contemporâneo: a significação do trabalho como direito social
e as formas de organização social do trabalho: organização sindical o trabalho formal
e informal”. E ela começava assim:
“O direito do trabalho nasce com a sociedade industrial e o trabalho assalariado. Mas
antes existia a escravidão em todas as suas formas.
Da escravidão.
A existência de homens livres e escravos acompanha a história da humanidade. Sempre
alguns povos escravizaram outros, são exemplos de povos escravizados: os hebreus, os
índios, os africanos, entre outros.
O escravo não era um homem livre, e assim, trabalhava para seu dono quantas horas
este achasse por bem lhe exigir. No início, trabalhava a terra sem direito a lugar decente
para dormir e sendo obrigado a comer os restos como qualquer outro animal.
O escravo era, pela lei, uma “coisa”. O nome correto era “semovente”, ou seja, uma
coisa que se move, como os bois, por exemplo. Como eram “coisas” do dono, podiam ser
doados, vendidos e, até mesmo, ser deixados de herança para os herdeiros. A igreja, na
época, não reconhecia que escravo tivesse alma. Assim como os outros animais, tinha
o seu destino para servir o homem.
Quando, ao redor do mundo, a escravidão foi acabando e os escravos se tornando homens
livres, outra forma de “escravidão disfarçada” teve lugar. O nome era servidão.
Da servidão.
Ora, tornaram livres homens escravos. Por que razão? Apontam os historiadores que aca-
bou se tornando muito caro manter tantos escravos. Pois, por menos que recebessem, o
dono tinha que gastar com comida, lugar para morar, médico e demais gastos, que foram
10
- Desculpe, senhor... quer dizer...
- Somente Robert, Liza.
- Está bem – disse a moça com o respeito que mantinha por seu antigo patrão.
- Mas Liza... você não...
- Não morri? No incêndio? - Ora, não senhor. Eu não estava na fábrica naquele dia.
- Liza. Há quanto tempo estou aqui?
- Dois dias, senhor... quer dizer... Rob...
- Tudo bem, Lisa. Dois dias...
Tentava raciocinar sobre o que estava acontecendo ali, mas não entendia nada. Uma
coisa pelo menos era certa. Liza estava viva e ele também!
Aquele sentimento abriu um sorriso largo naquele rosto que há muito não tinha moti-
vos para isso. Percebeu, olhando para Liza, que havia fugido em vão, que Liza nunca
havia morrido. A paixão que sempre sentiu voltou como um vento quente que percor-
reu suas veias, enchendo-lhe de vida. Podia finalmente ser feliz. Tanto tempo... tanta
desesperança.
Robert, com os olhos transbordando em lágrimas, resolveu que não havia mais tempo
a esperar. Disse o que sempre deveria ter dito.
- Liza! Eu te amo! Eu sempre te amei! – a moça também entendia o que era sentir algo
em segredo e por isso se deixou envolver pelos braços estendidos de Robert.
Depois de mais ou menos meia hora, de coisas e sentimentos ditos e revelados, Robert
retomou um assunto que ainda não havia se resolvido.
- Liza querida, o que aconteceu comigo?
- Pelo que sei, Robert, você caiu ali no corredor quando veio visitar seu pai e parece
que bateu forte com a cabeça.
- Meu pai? Quer dizer... Eu estou no hospício?
- Sim! Foi há dois dias... - este é o quarto do diretor. Ele fez questão de alojá-lo com
conforto. Assim que eu soube, vim para cá.
- Quer dizer que eu nunca saí daqui?
- Como?
- A cadeira! Não houve cadeira?
- Não estou entendendo, Robert!
Um assombro tomou conta de Robert.
Nunca havia saído de Nova York. Tudo fora um sonho ou pesadelo vivido enquanto
esteve inconsciente no hospício.
Sua cabeça doía tanto quanto mais se esforçava para entender. Seus olhos ficaram fixos
75
 EPÍLOGO
As sensações em sua mente se atropelavam junto às lembranças e imagens. No entanto,
o cheiro característico de um lugar conhecido. Cheiro de madeira antiga, de verniz e
carvão. Robert teve a certeza de “quando” estava, mas não de onde estava. Tentou abrir
os olhos, mas o esforço fez doer sua cabeça. Ouviu ao longe uma voz. Ela dizia seu nome.
Ele tentava alcançá-la, segui-la, mas não conseguia.
Aos poucos, uma luz tênue e morna tocou seus olhos.
A primeira imagem que viu, ainda desfocada, era de uma moça. Pela dor em sua cabeça,
intuía que fosse uma enfermeira. No entanto, aquela voz...
Robert forçou os olhos, fechou-os e tornou a abri-los. Um semblante... Havia uma luz
por trás daquele semblante... mas aos poucos a imagem foi se tornando clara. – Oh,
meu Deus! Sua mente girou alucinada. Eu não consegui fugir...
- Robert! Robert! – aquela voz lhe segurava naquele instante inseguro – Robert! Vamos,
senhor Robert, volte!
Robert acordou num salto como que de um pesadelo. Sua cabeça bateu forte na guarda
da cama.
Alguns minutos se passaram e Robert se refez tomando, em goles pequenos, um copo
d’água com açúcar que a moça lhe trouxe. Piscou uma vez os olhos... e eles viram!
- Liza? É você? – Seus olhos viam, mas sua mente não entendia.
- Sim! Sou eu, senhor Robert.
- Ora, senhor não, Liza!
se tornando elevados. A solução? Tornar todos livres, como os movimentos abolicionistas
desejavam. E assim, todos foram gradativamente se tornando livres. Porém, do que estes
homens livres viveriam? A resposta era uma só: da prestação de serviços a seus antigos
donos mas, desta vez, por salários. Pagar salários irrisórios era muito mais lucrativo
para o agora “patrão” do que a situação anterior. Assim, em troca de alguma proteção,
os homens livres trabalhavam por um salário ou, até mesmo, cultivando terras e dando
a maior parte da colheita ao dono da terra, como em um sistema de vassalagem.
No entanto, a sociedade rural foi se tornando, aos poucos, uma sociedade cada vez mais
urbana e a expansão da indústria se tornou uma realidade irrefreável. Começava a era
industrial. Este período de aceleração se deu entre 1750 e 1830 no mundo, partindo
da Inglaterra.
Da Era Industrial.
O povo do campo, aos poucos, foi migrando para a cidade em busca de oportunidades e
estas, estavam onde? Na indústria, é claro! Estamos na época da máquina à vapor. As
pessoas não tinham onde morar, muitas moravam nos próprios porões das fábricas e se
sujeitavam a receber comida em troca de seu trabalho.
Com a invenção da iluminação a gás foram criadas as jornadas de trabalho noturno.
Seja na mineração, na construção de ferrovias ou nas indústrias têxteis, crianças com
5 anos de idade já trabalhavam regularmente, juntamente a mulheres e homens, em
uma jornada de trabalho de 16 horas.
Doenças e acidentes eram freqüentes. O trabalhador incapacitado era dispensado sem
nada receber, uma vez que não havia contrato de trabalho propriamente dito.
A oferta de mão-de-obra era muito maior do que as vagas oferecidas, por essa razão,
os salários eram os mais baixos possíveis. Os contratos eram verbais e os empregadores
dispensavam quem quisessem e quando quisessem. Qualquer forma de reivindicação era
dispensada com violência pela polícia.
Aquelas visões eram nítidas para Robert. Ele mesmo havia presenciado várias mani-
festações na tecelagem de seu pai e a violência usada era, realmente, como dizia no
livro. Uma das manifestações acabou na tragédia de 8 de março, mas essa não era uma
lembrança bem-vinda.
Dos movimentos sindicais e primeiras leis sobre trabalho.
Os primeiros sindicatos apareceram na Inglaterra, por volta de 1800, como forma de
defender os trabalhadores das indústrias têxteis. Em 1828, uma greve durou 6 meses
contra a pressão dos empregadores em reduzir salários. Diante da fome e da miséria que
se instalaram, os trabalhadores suspenderam a greve e aceitaram a redução.
11
Um processo gradual de conquistas, que se deu entre 1802 a 1894, foi estabelecendo
novas regras sobre o trabalho, entre elas: menores de 8 anos foram proibidos de trabalhar;
menores, entre 8 e 16 anos, trabalhariam no máximo 12 horas diárias; foi instituída a
ausência de trabalho aos domingos e nos dias de festas católicas, dentre outras tantas
garantias.
Robert lia aqueles fatos num misto de expectador e ator. Esteve no centro da revolução
industrial e ainda não entendia como a sociedade tinha chegado aos direitos que Mark
lhe contava como: trabalhar apenas 8 horas por dia, fins-de-semana livres, férias etc.
O certo é que um grande salto havia sido dado. Tinha que saber como tudo havia se
dado.
Elisabeth chamou Mark e Ana e todos correram para a garagem.
Lá, o que encontraram foi somente a enorme porta que guarda os desígnios do tempo
ainda entreaberta. Ao entrarem, perceberam que a vida tinha dado seu recado. Um ciclo
havia finalmente chegado ao fim. Ao lado da cadeira, o livrinho de Mark. A mala com
o dinheiro não estava mais ali. Os três se entreolharam e a emoção em seus olhos era a
mesma. Já saindo da garagem, ainda puderam ouvir o som da porta se fechando lenta-
mente e deixando do outro lado, guardado como um segredo, parte de suas vidas.

Os movimentos e legislações foram, gradativamente, ganhando força. Em 1919, no

encerramento da primeira Guerra Mundial, foi criada a OIT – Organização Internacional
do Trabalho, que foi a precursora da futura ONU – Organização das Nações Unidas. Tais
idéias foram, aos poucos, sendo incorporadas pelas constituições de vários países e, por
influência da ONU, foram sendo solidificadas à base do atual Direito do Trabalho.

No Brasil, as primeiras leis se deram a partir de 1830, mas apenas para o comércio e os
serviços públicos, pois a indústria, aqui, era ainda sem expressão. O Código Comercial
de 1850 dispunha sobre: aviso prévio, indenização, afastamento por acidente… mas,
apenas, para o empregado do comércio. Foi neste ano também que a Lei Euzébio de
Queiroz proibiu a entrada de escravos no Brasil mas, somente em 1888, os escravos
foram declarados livres.

Somente em 1888 o Brasil acabou com a escravatura?! Por Deus!

Até a terceira década do século XX, muita coisa foi conquistada no Brasil. O direito a
férias anuais de 15 dias, normas sobre acidentes do trabalho, direito à sindicalização,
caixas de aposentadorias e pensões, e proibição de trabalho para menores de 12 anos,
culminando, em 1930, a criação do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio.

Tudo que foi produzido na forma de legislação até 1940 era disperso e confuso. Foi aí
que, em 1943, pelo Decreto-Lei 5.452/43 tudo foi unificado em uma só consolidação,
chamada C.L.T. (Consolidação das Leis do Trabalho). Tal legislação foi sendo comple-
tada com normas contidas nas constituições que se sucederam até a atual, tendo sido
promulgada em 1988.

Hoje o trabalhador possui a Justiça do Trabalho para dirimir problemas com seu empre-
gador quanto a contrato de trabalho, representação sindical em negociações de classe
chamadas “dissídios coletivos”, CTPS (Carteira de Trabalho e Previdência Social) e outras
tantas garantias como: férias, décimo-terceiro salário, repouso remunerado, salário
mínimo, auxílio desemprego...

A cabeça de Robert dava voltas. Percebeu que, do período histórico em que vivia,

12 73

MOMENTO 10
Os olhos de Robert acompanhavam as voltas do ventilador de teto. Aquele movimento
impreciso, ao mesmo tempo em que lhe trazia uma suave brisa, levava seus pensamentos
para muito longe.
O dia em que a fábrica pegou fogo mudou de tal modo a sua vida, que sentia ter nascido
novamente. Como se podia prender a cadeados os funcionários das fábricas? Como podiam
achar isso tão natural a ponto de chamar, como seu pai fazia, de a “hora da ronda”? Não
imaginava que no futuro tudo fosse se tornar tão diferente para a classe trabalhadora.
Certamente, se contasse aos amigos de seu pai, o chamariam de louco.
No entanto, era bom saber que as relações trabalhistas de 1857 teriam um futuro. E
um futuro muito belo, forjado com lutas e negociações que resultaram em direitos e
garantias.
Mas aquela era uma hora de despedida. Uma hora solitária e quieta. Seu coração estava
calmo novamente. Tudo era silêncio naquela escura noite. Aquela casa guardava, como
um sussurro, mais mistérios que alguém podia imaginar. Sua mente entendia agora os
motivos de Mark e Ana, mas principalmente os de Elisabeth.
Desejava se despedir de todos e agradecer. Mas ainda não tinha a sinceridade e a moti-
vação suficientes. Preferiu então ficar ali, deitado e agradecendo quieto ao quarto que
lhe acolheu por todo aquele tempo. As pás do ventilador passavam por seus olhos assim
como as horas daquela longa madrugada.
O dia nasceu radiante. O sol entrava pela janela do quarto quase tocando a cama e os
cobertores bordados. Minutos depois do sol, Elisabeth entrou. Na cama já arrumada,
apenas um bilhete.
ou seja, 1857, mais de cem anos deveriam se passar para que direitos trabalhistas se
estabelecessem no mundo todo. Era desolador. Porém, ao continuar lendo, notou que
direitos atualmente conquistados no Brasil não existiam nos EUA, sua terra natal. O
Brasil começou sua trajetória muito depois da maioria dos países e, no entanto, obtivera
muito mais conquistas. Por certo, seria instigante sentir essa legislação de perto. Como
um trabalhador, como sugeriu Mark.
Os dias se passaram e Robert aguardava algum sinal de Mark sobre sua experiência no
mercado de trabalho. E foi no fim de uma tarde de sexta-feira que a esperada notícia
chegou.
- Robert! – falou com vagar Mark – está tudo certo para você começar segunda-feira.
- Que genial, Mark! Muito obrigado pelo empenho...
- Não foi nada. Falei com um amigo que possui uma gráfica e, como você é um estudante,
ele se propôs a conseguir um estágio remunerado para você.
- Uma gráfica? Como as que existiam na minha época?
- É! Semelhante Robert. Porém, mais moderna, é claro.
- É claro.
- Você será estagiário e, portanto, terá apenas alguns direitos, embora não os trabalhistas
em geral. Mas já é um bom começo, não é mesmo?
- É claro que sim. Mas... como posso saber mais sobre os direitos do estagiário?
..............................
Caro leitor!
Você começa agora a acompanhar Robert em sua aventura. Portanto, alguns dados são
importantes para que sua missão tenha êxito. Vamos a eles!
Robert é um rapaz com 18 anos, de bons princípios morais, boa escolaridade, porém foi
criado em uma época em que trabalhador era pessoa sem direitos, lembre-se! Ele morava
nos EUA, em 1857. Por isso, é um tanto normal que ele ache estranho um trabalhador
ter tantos direitos, embora tenha boa intenção em aprender na própria pele o que é
ter esses direitos.
Você já sabe porque ele veio para cá. No entanto, como visto, Robert quer saber o
máximo sobre nossa legislação trabalhista e, para isso, deveremos fazer opções que o
ajudem em sua jornada.
Sendo assim, sigamos junto de nosso novo amigo passo a passo. Vamos lá?!
Para ajudar Robert a descobrir o que quer, vá até o item P102.
..............................
13
P1. É dia de encontrar o novo chefe. Robert chega cedo e bem-arrumado. É atendido
por uma secretária. Ela lhe dá um termo de compromisso para ler e lhe pede
documentos. No termo de compromisso, consta que Robert deverá trabalhar 6
horas diárias, 5 dias por semana. No entanto, a secretária lhe avisa que ele deverá
também trabalhar aos sábados, como hora extra, por haver muito serviço, mas
que isso não consta no contrato.
• Se você acha que está tudo bem, siga para P2.
• Se você quiser se esclarecer mais, vá para P103.
..............................
P416. Seu Jaime recebe Robert e a conversa é mais amigável do que nosso amigo es-
perava. Robert pede desculpas por seu ato inicial e diz a seu Jaime que é muito
agradecido a ele por tudo. No entanto, como deverá viajar com urgência, está
preocupado com o cumprimento do aviso prévio.
Seu Jaime, então, lhe dá uma notícia: - Robert, há uma coisa que, pelo visto,
você não sabe. O fato é que a lei permite ao empregador dispensar o empregado
do cumprimento do aviso. Portanto, meu jovem, estou assinando o fim do seu
contrato de trabalho na sua CTPS e lhe dispensando de cumprir o aviso prévio.
Robert fica radiante com a notícia e se despede de seu Jaime com um abraço
agradecido.

P2. Robert está trabalhando conforme combinado. Sábado, inclusive, é o dia em que Robert dá adeus aos colegas, agradece a eles pelo companheirismo e amizade e,
há mais serviço. Ele está aprendendo sobre a produção gráfica, porém, também em seguida, com a sensação de dever cumprido, vai para casa.
está realizando outras tarefas como: fazer café, varrer o chão, limpar banheiros, • Vá para o momento 10.
fazer pagamentos etc. Isso deixa Robert um tanto desanimado, a ponto de que-
rer falar com seu chefe. Seu chefe, no entanto, lhe diz que estagiário não tem
direitos e que ele deve voltar ao trabalho.

• Se você acha que Robert deve falar com o dono da empresa, agora vá para
P100.

• Se você acha que Robert deve ler mais sobre direitos do estagiário e, depois,
falar com o dono da empresa, vá para P104.

• Se você acha que Robert não deve reclamar, vá para P33.

..............................

P3. As coisas melhoraram na vida de Robert. E o tempo foi passando. Já faz três
meses que ele está aprendendo tudo sobre o processo gráfico. São coisas impor-
tantes como: editoração, diagramação e os passos da impressão. Quanto a essas
questões, Robert, agora, tem pouco a reclamar. No entanto, algumas coisas que
acontecem na empresa não lhe deixam totalmente satisfeito. Por exemplo, a
forma como seu chefe e outros empregados tratam os clientes quando estes não
estão presentes. O pior sentimento é o de saber que, aos poucos, está se tornando
igual aos outros, fazendo piadinhas e “enrolando” os clientes quando os prazos
não são cumpridos
Certo dia, ao sair da empresa, viu uma placa assim: “Curso sobre fidelização de
clientes: saiba como se relacionar de forma profissional, comprometida e afetiva
com seus clientes”.

• Se você acha que esse curso não é importante para o que Robert deseja no
momento, vá para P44.

• Se você acha que todo curso pode ser importante para quem quer aprender,

14 71
 • Se Robert decide que simplesmente não irá mais ao trabalho e que enviará
uma carta a seu Jaime, dono da editora, vá para P401, mas antes anote a
letra [f] na grade de respostas do momento 9.
• Se Robert decide notificar pessoalmente seu Jaime, embora esteja contrariado
com o fato de ter que cumprir o aviso prévio, vá para P412, mas antes anote
a letra [g] na grade de respostas do momento 9.
..............................
P401. Seu Jaime recebe a carta de Robert, no entanto, acha que não foi uma maneira
ética de resolver a situação. Além do mais, é necessário que seu Jaime dê baixa,
ou seja, anote o fim do contrato de trabalho na CTPS de Robert para que a situação
dele fique regularizada. Em vista disto, seu Jaime pede para ligarem para Robert
vir falar pessoalmente com ele.
• Se Robert, após o telefonema, mesmo assim decide que isso não é importante
neste momento crucial de sua vida, vá para P408, mas antes anote [h] na
grade de respostas do momento 9.
• Se Robert repensa sua atitude e decide ir falar com seu Jaime, vá para P416,
mas antes anote [g] na grade de respostas do momento 9.
..............................
P408. Robert encerrou sua jornada, porém sem a ética e responsabilidade desejada por
qualquer trabalhador. Parte de seu aprendizado ficou prejudicado.
• Em vista disto, vá para o momento 10.
..............................
P412. Robert vai falar com seu Jaime e ele o recebe muito bem. Nosso amigo explica
sua decisão em sair do emprego, justificando que terá que fazer uma viajem
urgente. Agradece seu Jaime por todo o aprendizado e diz a ele que apenas está
preocupado com a questão do cumprimento do aviso prévio.
Seu Jaime, para sua surpresa, lhe diz: - Mas Robert, você não leu que a lei per-
mite ao empregador dispensar o cumprimento do aviso prévio? – Robert, com
sua expressão espantada, demonstra que não sabia – Pois bem, meu rapaz! Eu
estou lhe dispensando de cumprir. Anotarei em sua CTPS o fim do contrato de
trabalho e sua situação estará totalmente regularizada agora.
Robert fica contente em ter tomado a decisão correta. Despede-se de seu Jaime,
depois, de seus colegas e amigos e, por fim, vai para casa.
• Vá para o momento 10.
..............................
70
vá para P34.
..............................
P4. Agora Robert se sente renovado e muda sua atitude. Está mais sério e disciplinado.
Os amigos percebem sua mudança, mas ele nada comenta a respeito. Aos poucos,
seus colegas não o incluem nas brincadeiras, pois percebem que ele não acha
mais graça em zombar de clientes. Dizem que ele ficou muito “careta”. Robert
não entende bem a expressão, por ser uma gíria, porém, também não dá grande
importância a isso.
Com o passar do tempo, os clientes pedem para falar diretamente com Robert.
Muitos só aceitam falar com ele. Tal situação desperta a inveja de seus colegas.
Um dia, ao chegar ao trabalho, uma situação desgostosa aconteceu: como forma
de sabotar seu trabalho, algum de seus colegas alterou os dizeres do material
de um cliente. O cliente havia encomendado a impressão de folders. A alteração
era mínima, mas como Robert era muito zeloso, percebeu logo que os primeiros
foram impressos. Parou a impressão, ligou para o cliente pedindo desculpas, pois
o prazo deveria ser alterado para que pudesse refazer o serviço. Passou à noite
trabalhando e, na manhã seguinte, imprimiu da forma correta. Depois, ligou para
o cliente e foi pessoalmente entregar a encomenda. Pensou em se vingar dos
colegas, mas percebeu que aquilo, além de ser um sentimento muito baixo, não
seria nada profissional. Passou apenas a ter cuidado redobrado com tudo o que
fazia.
Algumas semanas depois, um cliente lhe procura. Vai até um canto da empresa
e lhe faz uma proposta. Robert deveria procurá-lo, pois tinha uma oferta de
trabalho para fazer. Depois disso, o cliente foi embora.
Seu chefe, que já andava olhando para ele de lado, veio saber o que o cliente
queria. Robert disfarçou e disse que o cliente queria apenas agradecer pelo tra-
balho da empresa. O chefe ficou mais desconfiado e irritado ainda pelo cliente
não ter agradecido a ele, o chefe. Robert sentiu que a situação ali estava ficando
complicada e que, se fosse ouvir a proposta, poderia ficar ainda pior.
• Se você acha que Robert deve ir ver a nova proposta e assumir o risco, pois
ninguém pode impedir outra pessoa de querer crescer profissionalmente, vá
para P35.
• Se você acha que Robert não deve ir ver a nova proposta de trabalho, pois se
seu chefe descobrir, ficará ainda mais bravo e poderá mandá-lo embora, vá
para P45.
..............................
P5. Robert tem que dar uma resposta. Porém, será que deve deixar a empresa antes de
seu contrato terminar? Se assim fizer, seu chefe ficará em apuros, pois há tarefas
que hoje somente são desenvolvidas por ele. Por outro lado, seu chefe não tem
15
 feito nada para merecer seu respeito. Ao contrário, o menospreza e desdenha de
seu trabalho. Não será a hora de lhe dar uma lição?
P14. As imagens e sons na mente de Robert se sobrepunham como em um videoclipe
• Se você acha que Robert deve sair sem avisar seu chefe e fazer com que ele
fique em maus lençóis – o que será, então, uma boa lição para que trate os
outros de forma diferente –, vá para P46.
• Se você, mesmo assim, acha que Robert deve avisar seu chefe, vá para P37.
• Se você acha que Robert não deve avisar seu chefe, mas sim, o dono da em-
presa, vá para P47.
..............................
P33. Robert continua trabalhando de sol a sol, inclusive aos sábados, fazendo as tarefas
que não são de sua atribuição. Está cansado, humilhado e muito descontente,
principalmente vendo outros estagiários sendo beneficiados e trabalhando menos.
A pressão é grande. O que fazer?
• Se deseja sair, vá para P43, mas antes anote a letra [g] na grade de respostas
do momento 1.
• Se deseja continuar, terá que se dedicar mais à leitura, então vá para P104,
mas antes anote a letra [h] na grade de respostas do momento 1.
..............................
P34. O curso foi no sábado. Ainda bem que Robert não trabalha mais aos sábados.
O curso sobre fidelização de clientes foi muito proveitoso e lhe ensinou coisas
como: “mais importante do que conseguir um cliente, é saber mantê-lo ao seu
lado”; “para manter o cliente a seu lado, ele deve sentir que você se preocupa
muito com tudo que lhe diz respeito, como cumprir à risca os prazos combinados,
zelar pela qualidade e pela rapidez na solução de problemas, prestar atendimento
personalizado e franco e, principalmente, ter o cliente como um amigo e zelar
por esta amizade”.
De posse dessas informações preciosas, Robert voltou para a gráfica muito mo-
tivado e disposto a tratar os clientes com mais respeito e profissionalismo.
• Parabéns! Agora vá para o P4, mas antes anote a letra [m] na grade de res-
postas do momento 1.
..............................
P35. Robert ouve a proposta do dono da editora. Devido a seus conhecimentos em
língua inglesa e por ter demonstrado ser uma pessoa muito profissional, seu Jaime
lhe oferece a vaga de auxiliar de tradutor em sua editora. O salário é duas vezes
maior do que o que ganha como estagiário. E, para começar, lhe propõem um
contrato de experiência de sessenta dias. Porém, ele tem que começar a trabalhar
16
..............................
alucinado. Tentava entender. Lembrou-se de uma frase: “Em certos momentos,
quanto mais tentamos ver, mais escuro fica!”. Sentia-se amadurecido por tudo que
vivera, mas desejava, naquele momento, dissipar aquilo tudo de sua mente.
Assim sendo, lembrou que algo ainda tinha de ser realizado. Era domingo, estava
em casa e passou a pensar sobre o último ato de seu Contrato de Trabalho: o
“aviso prévio”.
Tinha trabalhado somente como estagiário e com contrato de experiência. Em
ambos os casos não havia aviso prévio. Porém, tinha visto colegas seus saírem e
já ouvira falar daquele aviso. Resolveu aproveitar o tempo livre para ler e decidir
o que fazer. No seu livrinho estava escrito:
“Do Aviso Prévio.
O art. 7º, inciso XXI, da CF garante a todo o trabalhador “aviso prévio proporcional
ao tempo de serviço, sendo no mínimo de 30 dias, nos termos da Lei.
Assim, se uma das partes desejar rescindir o contrato de trabalho, deverá notificar
o aviso, ou seja, avisar a outra de sua decisão com a antecedência mínima de 30
dias.”
Trinta dias! Eu não pretendo ficar mais trinta dias – exclamou Robert diante da
descoberta. Havia mais para ler.
“Durante o aviso prévio, o trabalhador terá sua jornada de trabalho reduzida em
2 horas diárias, sem prejuízo do salário normal, para que possa procurar emprego
caso já não possua outro em vista.
Se o empregado não desejar a redução de 2 horas poderá faltar 7 dias corridos,
também sem prejuízo do salário.
Algumas regras sobre aviso prévio.
a) A falta de aviso prévio por parte do empregado dá ao empregador o direito
de descontar os salários correspondentes ao prazo do aviso.
b) Se o empregador não der o aviso prévio, deve pagar o salário correspondente
ao mês dele.
c) Dado o aviso prévio, a rescisão somente se torna efetiva após expirado seu
prazo.
d) A parte notificante pode reconsiderar sua decisão, cabendo à outra parte
aceitar ou não.
e) Se o empregado, durante o cumprimento do aviso prévio, praticar ato faltoso
que justifique a rescisão, perderá o direito ao restante do respectivo prazo.”
69

Entrou pela cozinha em silêncio e novamente viu! Quatro xícaras... foi andando sem
fazer barulho algum pelo corredor que leva até a sala. Ouviu vozes. Parou. De pronto
reconheceu três delas, mas uma ainda não se encaixava. Fechou os olhos como que
querendo ouvir melhor. Ficou assim por um tempo, quando, de repente... a imagem da
pessoa dona daquela voz se fez clara. Ele conhecia bem quem era.
O sangue de Robert parecia não correr. Suas mãos geladas seguraram sua cabeça que pare-
cia explodir. Como aquelas quatro pessoas estavam ali juntas? Elas eram íntimas...
Aproximou-se ao máximo do vão da porta, mas apenas o suficiente para não ser notado.
Suas pernas foram se ajeitando pelo corredor e suas costas deslizaram pela parede áspera.
No chão, Robert abraçava os joelhos e segurou a respiração para ouvir melhor. Nenhum
ruído. Nenhum gesto. Só o seu silêncio. Na sala, as vozes revelavam tudo o que Robert
pensava não mais desejar saber.
Uma única lágrima escorreu de seus olhos. Ela era o sinal que ele aguardava.
..............................
Caro Leitor!
Robert está a um passo do final de seu caminho. No entanto, há ainda um passo a ser
dado.
Nosso amigo precisa encerrar seu ciclo, vamos acompanhá-lo?
Vá para P14.
68
na próxima segunda-feira. Robert deve dar a resposta em dois dias.
• Vá para P5, mas antes anote a letra [n] na grade de respostas do momento
1.
..............................
P36. Sinto muito, mas a vaga já foi preenchida! Essa foi a frase que Robert ouviu da
secretária. De qualquer modo, deixou lá seu currículo e foi para casa. Para Robert,
por enquanto, é fim de jogo!
• No entanto, se deseja rever sua estratégia, volte para P4 e reavalie sua posi-
ção!
..............................
P37. Robert avisa seu chefe na gráfica. Ele fica indignado e lhe diz que pode ir em-
bora naquele exato instante. Embora seu chefe demonstre que, realmente, não
merece consideração, você tomou uma atitude ética. Uma atitude a ser seguida
por qualquer profissional.
• Se deseja ir para casa e se preparar para o novo emprego, vá agora para o P39,
mas antes anote a letra [r] na grade de respostas do momento 1.
• Se, mesmo com a reação do chefe, você deseja falar com o dono da gráfica,
vá para P47, mas antes anote a letra [s] na grade de respostas do momento
1.
..............................
P39. Sair sem falar com o dono da empresa não parece ser uma opção ética! Ser ético
é um dos maiores patrimônios de qualquer profissional, e além do mais, essa
postura pode manter portas abertas em sua vida.
• Se você entende que Robert deve repensar a situação e falar como dono da
gráfica, vá para P47.
..............................
P42. Você tem certeza dessa decisão? Se sim, é fim de jogo. No entanto, pense: que
mal há em fazer o curso?
• Se desejar fazer o curso, vá para P34.
..............................
P43. Você não agüentou a pressão e saiu do jogo. Lembre-se: mais força de vontade
da próxima vez. Fim.
• Se deseja retornar ao jogo, volte para P104.
17
 ..............................
P44. O tempo foi passando e Robert está cada vez mais desanimado. Está novamente
por um fio com aquela forma de tratar os clientes. No entanto, viu que uma de
suas colegas não agia como eles. Dias depois, sentiu a falta da moça, quando,
então, lhe disseram que ela pediu para sair da empresa. Havia sido contratada
por outra na qual fez seleção e foi aprovada . Foi a gota d’água para Robert.
• Diante dessa situação e, pelo fato do contrato de Robert estar quase no fim,
você deseja sair do jogo? Então vá para o P42, mas antes anote a letra [k]
na grade de respostas do momento 1.
• Diante dessa situação, você percebe que talvez fosse importante fazer o curso
para aprender mais sobre o relacionamento com os clientes. Então vá para
P34, mas antes anote a letra [w] na grade de respostas do momento 1.
..............................
P45. A situação na empresa fica cada vez mais sufocante. Faltam poucos dias para
findar o contrato de estagiário. Robert percebe que suas chances de ser contratado
são pequenas, pois seu chefe, cada vez mais, lhe hostiliza.
Chega o dia fatal, o contrato terminou. Seu chefe o chama e avisa que, de amanhã
em diante, Robert não precisa mais comparecer à empresa. Está tudo acabado.
Robert termina seu dia, despede-se dos colegas e termina sua trajetória naquela
empresa.
• Se deseja sair do jogo agora, vá para P48, mas antes anote a letra [x] na
grade de respostas do momento 1.
• Se deseja verificar se a vaga ainda existe naquela editora, vá para P36, mas
antes anote a letra [y] na grade de respostas do momento 1.
..............................
P46. Embora lhe sobrem motivos, essa decisão não foi nada ética. Você, se estivesse
do outro lado, gostaria dessa atitude?
• Se deseja permanecer com essa decisão, anote a letra [p] na grade de respostas
do momento 1 e vá para o P50.
• Se deseja voltar atrás, ainda é tempo. Volte para P5 e tome outra decisão,
mas antes anote a letra [q] na grade de respostas do momento 1.
..............................
P47. Robert procura o dono da empresa e lhe diz que, embora seu chefe não mereça
seu respeito, ele, o dono da empresa, merece. Robert fala de sua nova oportuni-
dade e que pretende aceitá-la. Agradece ao dono da gráfica pela oportunidade e
18
MOMENTO 9
Robert não havia contado a ninguém sobre o acontecimento na garagem. As coisas em
sua vida estavam ficando cada vez mais confusas e ele andava retraído e calado. As
conversas pelos cantos, as perguntas sem respostas, sua estada naquele lugar – nada
parecia combinar.
Sentia-se perdido entre dois tempos e o acontecimento na garagem havia esclarecido
algumas coisas em sua mente. LIZA havia aberto a porta de seu passado. Ela era a
senha de sua vida. Ela! E não Elisabeth. Deveria voltar mesmo sabendo que lá não
estaria sua amada. “Certas coisas na vida se resolvem por si mesmas” as palavras em
um papelzinho em sua mão, que agora já tornavam claro como a luz do dia o mistério
sobre a letra de Mark.
Sempre que estava sozinho, ia até a cadeira do tempo. O seu vidro holográfico, seu
formato espacial e, principalmente, seus botões e alavancas de regulagem programados
para 1857 pareciam cada dia mais lhe chamar de volta para o seu lugar.
Sabia que já tinha estado tempo demais em um tempo que não era seu. Tudo devia ter
um sentido. Tudo deveria ter uma razão para ser. Porém, nenhuma lhe vinha à mente
naquele momento.
Os dias de Robert se passavam mornos e lentos. Já não corria mais em seu trabalho
na editora. Nada mais parecia ter o poder de lhe motivar. Sentia-se meio morto, como
Mara. Um ciclo em sua vida estava por se fechar. Sentia isso como a única certeza que
possuía.
Foi, no entanto, em um desses dias comuns que tudo aconteceu.
Robert chegou em casa e, por alguma razão, andava assim, se esgueirando, pé ante pé.
Não sabia porque estava agindo daquela forma, afinal nada mais lhe interessava. Não
queria saber nem resolver mais nenhum enigma. Porém, foi naquela tarde que perce-
beu que uma parte oculta de sua mente ainda desejava, de uma forma muito ardente,
RESPOSTAS!
 respostas do momento 8.
• Se Robert não se convence e decide buscar mais informações ainda, vá para
P308, mas antes anote a letra [p] na grade de respostas do momento 8.
..............................
P322. Em seu livrinho, Robert encontrou:
“Férias é o período de tempo em que o empregado fica dispensado de prestar o
serviço, embora receba sua remuneração. A finalidade é o descanso e lazer como
forma de o funcionário se recuperar de um ano inteiro de trabalho.
É devido depois de completados 12 meses de trabalho contados do dia da admissão
do empregado (chamado de: período de aquisição). A época de concessão é da
conveniência do empregador. A remuneração é a mesma percebida pelo empre-
gado, acrescida de 1/3 por força da Constituição Federal de 1988(art. 7º XVII).
O pagamento será sempre feito antes de começar o período de descanso.
Remuneração + 1/3 (remuneração) = pagos adiantados( até 2 dias antes) ao
início das férias
E sobre FGTS: o FGTS é uma espécie de fundo de reserva para ser utilizado pelo
trabalhador em certas hipóteses previstas em lei, como por exemplo, no caso
de sua demissão sem justa causa. A cada mês, 8,5% sobre o valor dos salários
pagos ao empregado é depositado em uma conta (hoje na Caixa Econômica Fe-
deral) e que vai tendo rendimento e atualização monetária como se fosse uma
poupança. Enquanto o empregado não utilizar o FGTS, os valores são utilizados
para “financiar moradias e saneamento básico para a população.”
• Se Robert já possui as informações que quer e vai falar com Mara, vá para
P312, mas antes anote a letra [m] na grade de respostas do momento 8.
• Se Robert ainda quer se esclarecer mais, vá para P303, mas antes anote a
letra [n] na grade de respostas do momento 8.
66
se coloca à sua disposição para o que ele precisar.
Após ouvi-lo, o dono da empresa agradece a consideração e se compromete em
avaliar a atitude do que fora, até então, o chefe de Robert. Elogia a sua atitude
e se propõe a fazer uma carta de recomendação. Manda lembranças a Mark e,
então, se despede com um fraternal aperto de mãos.
• Parabéns! Por essa atitude ética e responsável, anote a letra [z] na grade de
respostas do momento 1 e vá para o P50.
Dica! A ética é o maior patrimônio que qualquer profissional deve desejar possuir,
pois, segundo os orientais, é essa a “qualidade dentre as qualidades”!
..............................
P48. As coisas não saíram como planejadas, não é mesmo? Talvez tenha faltado um
pouco de determinação. Portanto, é fim de jogo!
• No entanto, se quiser mudar de idéia e verificar aquela vaga na editora, vá
para P36.
..............................
P50. Quanto ao estágio, é correto afirmar que:
a)Trata-se de um emprego normal regido pela CLT e cuja jornada de trabalho não
pode exceder a 30 horas semanais.
b)A jornada de trabalho poderá ser, em alguns casos, de até 40 horas semanais;
é pago na forma de bolsa e não há previsão de garantias quanto a acidentes
de trabalho
c)Pode ser estagiário quem está regularmente matriculado em uma instituição
de ensino; não gera vínculo empregatício e a empresa é obrigada a fazer um
seguro de acidentes pessoais ocorridos, mas nunca de responsabilidade civil
por danos contra terceiros.
d)Pode ser remunerado ou não, com atividades restritas às funções do cargo e
se destina a complementar ensinamentos teóricos, oportunizando o desenvol-
vimento prático destes.
• Vá para o momento 2, mas antes anote a letra da afirmação escolhida para a
questão acima na grade de respostas do momento 1.
..............................
P100. O que o dono da gráfica diz é:
- Veja bem! Você está aprendendo. Nessa fase tudo o que se aprender vale a pena,
mas vou ver o que posso fazer sobre os sábados.
19
 • Vá para P33, mas antes anote a letra [f] na grade de respostas do momento
1.
..............................
P101. Após Robert fazer suas fundadas reivindicações e mostrar que estava apoiado
na legislação sobre o estágio o dono da empresa lhe diz: - Vejo que andou lendo
sobre seus direitos. É verdade. Você não pode trabalhar mais do que a lei diz.
Não precisa vir mais aos sábados. E quanto às tarefas que não condizem com seu
aprendizado, vou falar já com seu chefe e acabar agora mesmo com isso. Sabe,
Robert, ele acaba sempre abusando de quem não sabe seus direitos. Parabéns e
agora volte ao trabalho.
• Vá para P3.
..............................
P102. O estágio não é emprego. O estágio tem como objetivo ser uma complementação
ao “estudante” regularmente matriculado na rede pública ou particular de ensino
que esteja cursando o nível médio, profissionalizante ou superior. A contratação
se dá mediante “termo de compromisso” entre o estudante e a empresa. O estágio
pode ser remunerado ou não. Quando remunerado, se dá através de “bolsa”, que é
um valor único com o qual o estudante deve bancar todas as suas despesas como
transporte e alimentação. O estágio não gera vínculo empregatício, portanto, não
há, neste caso, nenhum direito trabalhista previsto na CLT para o estagiário.
• Para continuar o jogo, vá para P1.
..............................
P103. O estágio é disciplinado pela Lei 6.494/77, pelo decreto 87.497/82 e pela Resolu-
ção CNE/CEB n.1/04 e seu objetivo é claro, ou seja: complementar ensinamentos
teóricos e oportunizar o seu desenvolvimento prático. Se isso não se der por
parte da empresa, poderá sim ser reconhecida a relação de emprego.
A jornada de trabalho deve ser compatível com o seu horário escolar e a Resolução
CNE/CEB n.1/04 fixa da seguinte forma, em seu art. 7º:
§ 1º A carga horária do estágio profissional supervisionado não poderá exceder
a jornada diária de 6 horas, perfazendo 30 horas semanais.
§ 2º A carga horária do estágio supervisionado de aluno do ensino médio, de
natureza não profissional, não poderá exceder a jornada diária de 4 horas, per-
fazendo o total de 20 horas semanais.
§ 3º O estágio profissional supervisionado referente a cursos que utilizam perí-
odos alternados em salas de aula e nos campos de estágio não pode exceder a
jornada semanal de 40 horas, ajustadas de acordo com o termo de compromisso
celebrado entre as partes.
20
• Vá para P303.
..............................
P314. O amigo conta a Robert o que descobriu e lhe diz que já informou à colega. O
amigo está muito contente e, nesse momento, Robert percebe que deveria ter
pensado além de em si mesmo. A sensibilidade com os problemas dos outros
também é uma demonstração de bom caráter.
• Vá para P320.
..............................
P320. Depois das informações, é possível, seguramente, esclarecer Mara:
a) Que, em relação às férias, seu patrão tinha obrigação de tê-las concedido a
ela quando completou doze meses de trabalho e, quanto ao FGTS, somente
poderia sacar caso fosse para abater prestações da compra da casa própria.
b) Que, em relação às férias, seu chefe tem ainda doze meses para lhe conceder,
mas terá que pagar em dobro. Quanto ao FGTS, ela poderia sacá-lo caso tivesse
contraído uma doença.
c) Que, em relação às férias, seu chefe tem o dever de concedê-las, acrescendo
1/3 do valor normal. E, em relação ao FGTS, poderá sim sacar, em virtude da
Lei 8.444/92.
d) Que ela deve pedir já as férias vencidas, pois é um direito seu tirá-las assim
que vencido o período de aquisição, não podendo o empregador prorrogar
esse prazo e, quanto ao FGTS, mesmo sendo a doença de um dependente seu,
poderá sim realizar o saque.
e) Que, em relação às férias, seu patrão tem menos de dois meses para concedê-
las. Se não o fizer, o pagamento deverá ser feito em dobro, acrescido do 1/3
constitucional. Já, quanto ao FGTS, pode ser sacado em qualquer momento,
conforme a Lei 8.922/94.
• Vá para o momento 9, mas antes anote a letra da afirmação escolhida para a
questão acima na grade de respostas do momento 8.
..............................
P321. Robert explica a Mara que, pelo que ele se informou até então, não sabe como
ajudá-la. Mara, diante disso, não agüentando mais, cai num choro compulsivo.
Robert a leva para fora para tomar um ar e ela, aos poucos, se acalma. É nesse
momento que ela conta a Robert que suas dívidas, na verdade, são por causa de
sua filha, que está com câncer.
• Se Robert, embora de coração partido, percebe que não há hipótese legal
para ajudar a colega, vá para P320, mas antes anote a letra [o] na grade de
65
 próximos 12 meses) sem conceder as férias a seu empregado. Se isso acontecer,
o empregador deverá pagar as férias em dobro (CLT, Art. 137, caput), juntamente
com o 1/3 constitucional (Constituição Federal de 1988).
FGTS
São algumas hipóteses em que o empregado pode movimentar este fundo:
a) em caso de extinção da empresa;
P104. O decreto 87.497/82 diz: Considera-se estágio “as atividades de aprendizagem
b) para aquisição de casa própria pelo Sistema Financeiro da Habitação;
c) em caso de falecimento do empregado (pago aos herdeiros);
d) quando a conta ficar sem depósitos por três anos consecutivos;
e) quando o trabalhador for avulso e o trabalho ficar suspenso por mais de 90
dias;
Portanto, a realização de horas extras podem transformar o estágio profissional
em verdadeira relação de emprego.
• Se você quiser voltar para o jogo, vá para P2, mas antes anote a letra [j] na
grade de respostas do momento 1.
..............................
social, profissional e cultural proporcionadas ao estudante pela participação em
situações reais da vida e trabalho de seu meio, sendo realizada na comunidade
em geral ou junto a pessoas jurídicas de direito público ou privado, sob responsa-
bilidade e coordenação da instituição de ensino”. Portanto, as atividades a serem
realizadas devem ser restritas às pertinentes às funções do cargo, nem além, nem
outras.

f) encerramento de contrato de trabalho por prazo determinado.
No caso de o empregador despedir o empregado sem justa causa, ele é obrigado a
pagar ao empregado diretamente, 40% sobre o valor depositado mais 10% como
contribuição social (Lei Complementar n. 110/2001).”
• Robert vai então falar com Mara. Vá para P321.
..............................
A Resolução CNE/CEB n.1/04 também estabelece que: “A realização do estágio,
remunerado ou não, obriga a Instituição de Ensino ou a administração das res-
pectivas redes de ensino a providenciar, a favor do aluno estagiário, seguro contra
acidentes pessoais, bem como, conforme o caso, seguro de responsabilidade civil
por danos contra terceiros. ( Art. 6º § 6º)
• Agora converse com o dono da empresa, indo ao P101, mas antes anote a
letra [i] na grade de respostas do momento 1.

P308. Robert está muito abalado com o problema da amiga. E pensa: deve haver alguma
solução. Nesse momento, resolve ligar para Elisabeth pois, embora saiba que ela
está muito ocupada devido às audiências no sindicato, entende que aquele caso
é uma emergência.
Elisabeth atende o telefone e diz que vai mandar um torpedo para Robert em
seguida. O torpedo chega e nele está escrito:
“Também configura hipótese em que o trabalhador pode movimentar o FGTS:
Em caso de aposentadoria pelo SUS por tempo de serviço ou por motivo de aco-
mentimento pelo trabalhador ou qualquer de seus dependentes de neoplasia
maligna (câncer), conforme a Lei 8.922/1994.”
Robert se sente recompensado por seu empenho e vai falar com Mara.

• Vá para P320.
..............................

P312. Robert fala com Mara sobre o que descobriu até o momento. Ela fica agradecida
pelo empenho, mas ambos percebem que ainda nada está resolvido. Robert lê
no olhar da colega que é hora de saber mais. Ele diz a ela: - Tive uma idéia! - E
se vai.

64 21

MOMENTO 2
Robert andava pela rua e sua mente processava tudo o que se passara. Aprendera muito
sobre gráfica, é certo, mas o que mais lhe falava à alma eram as novas experiências
como um trabalhador normal.
O fim de um contrato de trabalho podia não ser uma sensação agradável. Nunca tinha
estado daquele lado. Do lado de quem não é o dono do negócio, de quem não pode
dizer tudo o que pensa e, principalmente, do lado de quem tem que seguir regras im-
postas, muitas vezes, por quem não tem competência, nem possui sensibilidade para
reavaliá-las.
P302. Robert volta a seus afazeres, porém, em determinado momento do dia, um colega
Aquela sensação de impotência rebaixava sua auto-estima. O que lhe melhorava o astral
era o fato de saber que tinha uma nova oportunidade. Uma nova chance para aprender
e crescer como pessoa.
Seu olhar ia se perdendo na multidão. Pôde ver sua vida e seus novos problemas em
cada pessoa à sua volta. Todos que por aqui passam apressados trabalham em algum
lugar... não se sentiu tão só depois daquela lembrança. Um novo ânimo lhe encheu o
coração.
Robert foi percebendo como sua cidade era calma em sua época. Não havia aquele
movimento alucinante de carros apressados. Portanto, olhou para os dois lados da rua
antes de atravessar. Seu olhar fixo no destino não o fez perceber uma presença, já que
P303. Robert ligou para Mark, que lhe enviou um e-mail com alguns dados:
passou correndo ao chegar na calçada oposta. Pegou o papel onde anotara o endereço.
Olhou em volta procurando a numeração. Estava ainda a, pelo menos, cem metros de
seu destino.
Ia desviando dos ombros que vinham em sentido contrário. Aquele fluxo de gente lhe
causava uma certa angústia.
Andou mais uns sessenta metros e parou novamente para conferir onde estava. Uma
sensação repentina assaltou sua mente. Estou sendo seguido. Parou perto de um poste,
disfarçou olhando o papel em suas mãos e voltou seu olhar para trás. Procurou algo, mas
não percebeu nada. Aliás, nem sabia o que procurava. Decidiu continuar andando.
Olhando as fachadas distraído, não percebeu que o fim da calçada se aproximava. Ia
dando um passo em falso em direção à rua movimentada quando, naquele momento...
uma mão segurou seu braço. Deteve-se imediatamente e percebeu que, por pouco, não
acabou atropelado. Seu coração disparou. Respirou ofegante e aliviado, quando então,
voltou-se para agradecer. Porém não havia ninguém. Fez um giro e apenas percebeu a
silhueta de uma moça que já se distanciava. Chamou por ela, porém ela apenas deu uma
rápida olhada para trás, virou-se novamente e seguiu em passos apertados.
(Fundo e Garantia do Tempo de Serviço) para pagá-las. Entretanto ela não sabe
nada sobre isso. Por essa razão, está muito angustiada.
• Se Robert, embora comovido com seu caso, não tem tempo para ajudá-la, vá
para P302, mas antes anote a letra [f] na grade de respostas do momento
8.
• Se Robert acha que, mesmo com a correria, é possível buscar informações para
tentar ajudar a colega, vá para P322, mas antes anote a letra [g] na grade
de respostas do momento 8.
..............................
lhe interpela. – Robert! Você viu como está Mara? Robert e ele conversam e o
amigo lhe diz que está com o forte propósito de ajudar a colega.
• Se Robert, embora não tenha se motivado inicialmente, agora deseja ajudar
Mara, vá para P322, mas antes anote a letra [h] na grade de respostas do
momento 8.
• Se Robert já se sente satisfeito pelo amigo tentar ajudar e o deixa sozinho
buscar informações, vá para P314, mas antes anote a letra [k] na grade de
respostas do momento 8.
..............................
“Férias.
• As férias são um direito indisponível ao trabalhador. Ou seja, ele não pode optar
em sair ou não de férias.
• O empregado tem direito a 30 dias corridos de férias caso não tenha faltado ao
serviço mais de 5 vezes. Acima de 5 faltas, haverá redução do tempo, conforme
art.130 da CLT.
• As férias podem ser concedidas em dois períodos de forma excepcional, no
entanto, um desses períodos não pode ser inferior a 10 dias corridos.
A lei não permite que o trabalhador não saia de férias e a transforme em dinheiro.
Ou seja: receba a remuneração e mais 1/3 (por força da Constituição Federal de
1988). No entanto, a mesma lei permite que o trabalhador converta no máximo
1/3 dos seus dias de férias em dinheiro.
É direito do empregado, após completados 12 meses de trabalho, tirar férias.
No entanto, por necessidade imperiosa da empresa, o empregador pode não
conceder as férias logo após o período de aquisição (12 meses). No entan-
to, não poderá deixar vencer o próximo período de aquisição (ou seja, os
63
dólares. Milhares deles. Também, ali em uma gaveta entreaberta, uma pilha de jornais
velhos, antigos mesmos. Não conseguiu porém ver o que era, pois tudo começou a ficar
obscuro. Robert sentou-se no chão ao lado da mala. O que era tudo aquilo? Por Deus,
o que está havendo? Tudo ficou ainda mais turvo em sua mente quando lembrou as
letras que abriram a porta de ferro: L-I-Z-A.
..............................
Caro Leitor!
Nos dias que se seguiram, o passado havia se tornado um companheiro inseparável e
Robert tentava distrair sua mente com suas atribuições, que não eram poucas. Por isso,
ocupou-se em demasia, fazendo muitas horas extras, mergulhando de corpo e alma no
trabalho. Porém, mesmo nessa correria, percebeu que sua timidez não era a maior que
ele conhecia. Uma colega sua, chamada Mara, que é quase tão calada quanto um vaso
de flor, chama a atenção de nosso amigo. Ela está na empresa há 1 ano e 10 meses e
ainda não saiu em férias e anda muito cansada e abatida. Robert somente percebeu o
estado da colega, porque teve que perguntar algo a ela pessoalmente.
Vamos acompanhar a história indo para o P13.
..............................
P13. Mara anda com a nítida expressão de quem está em depressão. Não demonstra
vontade para nada, não se empolga com nada, parece que a vida está em preto-
e-branco. Robert se aproxima dela, mas ela é tão tímida que pouco fala. Embora
não tenha ainda saído em férias, nada falou a seu chefe. Diz a Robert, quase em
segredo, que está com problemas. Os problemas são dívidas e, como não pode
contar com ninguém, nem tirar empréstimo bancário, pensa em sacar o FGTS
62
Aqueles poucos segundos em que mirou a moça lhe fizeram gelar a alma. Conheço aqueles
olhos. Voltou novamente seu olhar em direção a ela, mas já não havia ninguém.
Robert estava pálido, parecia ter visto um fantasma... De fato. Tinha a certeza de ter
visto os olhos de Liza. Percebeu que estava realmente atordoado com sua demissão,
pois estava vendo coisas. Enquanto pensava assim, uma mão segurou forte seu braço.
Robert deu um salto.
- Calma, meu rapaz! – disse Ana, assustada – Parece que viu...
- Desculpe, dona Ana – disse Robert ainda olhando em volta – é que eu acho que vi...
- pensou no absurdo que estava por dizer – quer dizer.. não foi nada não.. apenas
um susto.
- E então? Vamos às compras?
Robert havia marcado com Ana de se encontrarem para comprar roupas novas. Seu novo
emprego exigia. Ana lhe fazia sinais, ora de aprovação, ora não, enquanto Robert ia
escolhendo as peças de roupa. Robert tendia às mais clássicas e Ana lhe aconselhava
roupas mais jovens. Era a primeira vez que comprava. O que vestia até então havia sido
comprado por Mark e Ana. Estava sendo um desafio. Porém, tudo chega sempre a um
meio termo.
Ao saírem da loja e, enquanto se dirigiam ao automóvel, Robert sentiu novamente aquela
sensação. Virou-se de brusco e seus olhos deram de frente com a mesma moça que vira
antes. Quando a olhou fixo, ela desviou o olhar e continuou a distribuir os panfletos
que tinha em mãos. Tentou mostrar a Ana, mas esta já o puxava em direção à rua. O
sinal de pedestres estava aberto.
Do outro lado da rua, não mais enxergou o que queria. Foram para casa.
Os pensamentos de Robert se perdiam em divagações, quando foram interrompidos pela
chegada de Mark. Ele estava feliz e disposto como sempre. Parecia que, em sua vida, não
havia razões para tristezas. Achava bonito, mas ainda não conseguia ser como Mark. O
coração de Robert, às vezes, parecia carregar culpas pesadas demais.
- Boa tarde, senhor Robert! – falou Mark, em tom de brincadeira.
- Boa tarde, Mark, pelo que vejo, está feliz como sempre.
- O que houve, Robert? Está com um olhar tão triste.
- Ele anda vendo coisas – disse Ana, lá da cozinha.
- Vendo coisas? Quer me contar o que anda vendo, Robert?
- Não. Deixe para lá – disse com desdém – Vamos ver o que você conseguiu.
- Bem, foi um tanto difícil, mas deu tudo certo – falou, enquanto acenava um tipo de
caderneta em suas mãos.
- Mas o que é isso, Mark?
- É sua CTPS.
23
- Ah, sim... - Robert lembrou-se de ter lido sobre ela, mas não havia prestado atenção.
- E, em português claro, quer dizer o quê?
- A sua carteira de trabalho, meu jovem – balançou a carteira no ar antes de entregar
a Robert . O jovem pegou-a e viu seu nome na primeira página junto a uma foto que
Mark havia tirado.
- E para que serve isso? – indagou Robert.
- É a Carteira de Trabalho e Previdência Social.
- Previdência?
- Sim. Todo o trabalhador tem direito a assistência médica e hospitalar, assim como a
um plano de aposentadoria.
- Todo mundo?
- Todos que possuem a carteira assinada e uma inscrição no INSS.
- Isso quer dizer que?
- Isso quer dizer, Robert, que, quando você for admitido, seu novo empregador deve
anotar nesta carteira tudo sobre seu contrato de trabalho, como data da sua admissão,
seu cargo, salário, anotações de férias, FGTS etc.
- Mark! Você está falando grego comigo?
- Desculpe, Robert. Às vezes eu esqueço que você vem...
- De outro planeta? – Falou, enquanto dava uma boa gargalhada.
- É... mais ou menos isso.
Robert percebeu que havia muito para saber. Aqueles nomes estranhos anotados em
uma caderneta… Em sua época não havia nada disso. O patrão dizia: está contratado e
pronto. Depois dizia: está demitido! E o empregado ia embora sem ter nada para receber.
Que tempos modernos eram aqueles!
24
A caixa continha botões, nos quais estavam incrustadas letras. Eram para digitar uma
senha, mas ele não sabia qual. Uma enorme força dentro de Robert decidiu que parte
dos mistérios acabaria naquele exato momento. Tinha que passar por aquela porta.
Como um ladrão furtivo, encolheu-se perto da caixinha e seus dedos já alcançavam o
teclado, quando lembrou que aprendera que aqueles sistemas não permitiam muitas
tentativas. Duas, talvez três, no máximo. Tinha que pensar antes de arriscar. Eram
apenas quatro letras. Pensou... pensou... é claro! Digitou M-a-r-k.
Ouviu um barulho. Levantou-se assustado. Olhou para fora da garagem e viu que se
tratava apenas de um cachorro em busca de comida. Voltou seu olhar para a caixinha.
A luz vermelha continuava acesa.
Abaixo da luz vermelha, percebeu que se acendera uma outra, pequena e azul. Ao lado
dela, havia outra, porém apagada. Sua mente logo entendeu. Uma chance já se foi;
tenho apenas mais uma. Porém, como saber?
Seus pensamentos o levaram para longe. Sentou-se e sentiu-se preso. Preso a um tempo
que talvez não lhe pertencesse. Uma saudade de sua antiga vida lhe invadiu. Voltou no
tempo nas asas daquela saudade, sua terra, suas coisas, sua vida. Ficou assim por alguns
minutos, quando então um sentimento doído lhe assaltou e não lhe deixou controle,
tomou conta de seus dedos. Robert digitou...
A luz verde se acendeu e houve um estrondo abafado.
A enorme porta de ferro se abriu. Robert entrou. Olhou impressionado... lá estava a
cadeira do tempo exatamente como quando de sua chegada. No entanto, ao lado dela,
uma enorme mala. Foi até ela. Abriu. Seus olhos não acreditaram, ela estava repleta de
61

MOMENTO 8
O convívio sob o mesmo teto com Elisabeth tinha tornado Robert refém de seus senti-
mentos. Estava completamente apaixonado e esse sentimento lhe causava uma enorme
confusão.
Ao mesmo tempo em que Elisabeth ocupava cada vez mais os minutos dos seus dias,
ficava pensando em como seu antigo amor pôde se tornar apenas uma imagem em sua
lembrança.
Sabia que era correspondido em seu sentimento, mas Elisabeth fazia força para não
demonstrar. Mesmo no dia em que deu a ela de presente um cordão de ouro com uma
borboleta de rubi como pingente, “a butterfly” vermelha.
O colar tinha sido da avó de Robert. Era uma jóia de família para ser dada à pessoa que
tivesse o seu amor. Aquela caixinha dourada com o colar era uma das poucas coisas que
havia trazido. Por vezes, achava que estava usando Elisabeth para preencher o vazio
deixado por... E se isso fosse verdade, não seria um sentimento justo. Será que havia
dado o colar a pessoa certa?
Mark e Ana quase não se aproximavam quando Elisabeth estava em casa. Robert achava
estranho, na verdade, um tanto suspeito. Em certos momentos, sua mente se aturdia com
tanta coisa ainda sem explicação, mas Robert, em geral, não conseguia vencer a barreira
de sua timidez para insistir em busca de respostas.
Num certo domingo, acordou tarde. Levantou-se e andou pela casa lentamente. Tudo
parecia deserto. Onde estariam todos? Foi até a cozinha preparar um café. Ele já estava
pronto. Pela janela, pôde ver que a porta da garagem estava entreaberta. Resolveu ir até
lá, pois talvez lá estivessem os outros.
Abriu a porta, mas não havia ninguém. Olhou para o pátio e o automóvel também não
estava alí. Andou até um pequeno balcão de ferramentas e viu algo estranho: quatro
xícaras vazias. Quem eram as quatro pessoas que estiveram ali? Duas além de Mark e Ana,
certamente. Mas quem? Continuou andando e parou diante da enorme porta de ferro.
Sabia o que tinha lá dentro. Aquela cadeira havia lhe trazido até ali.
Olhou em volta e percebeu uma pequena caixa branca presa ao lado da porta. Já tinha
visto a caixa, mas não sabia se tratar de um sistema de segredo na época.
O fim de semana chega e Robert fica pensando em sua vida. Sua vida agora era ser um
trabalhador. Nunca havia trabalhado antes, porém estava se saindo bem. Saiu da gráfica.
Avisou seu novo chefe que aceitaria a proposta. Já sabia o que era ser um estagiário,
porém, agora tinha um contrato de experiência pela frente. Tinha que mostrar que era
capaz.
Robert abre o livrinho de Mark e encontra um bilhete. Nele, estão escritos os seguintes
dizeres.
Resolva esta charada e encontre um recado sobre o que você deve pegar.
“Uma relação de _______________ se caracteriza pela obrigação de realizar
______________, que serão remuneradas de forma __________________ e com subor-
dinação ________________________, constituindo assim o Contrato ____________ de
Trabalho, que será anotado em todos os seus termos na ___ ___ ___ ___, não havendo
obrigação de notificar por ______________________ quando o contrato for por tempo
___________________.”
Pegar (1.4), (3.2), (4.8), (6.3), (8.9), (7.4).
O sábado estava ensolarado e Robert, então, decidiu resolver a charada ao ar livre, na
confeitaria da esquina, onde serviam uma excelente torta de limão. Quem pensa, pensa
melhor de barriga cheia, ou ainda, como dizia Mary Ann Evans, “Ninguém pode ser sábio
de estômago vazio”.
A caminho da confeitaria, sua mente ia juntando informações sobre aquele novo mundo.
No entanto, pela primeira vez naqueles meses lembrou-se de sua família. Como estaria
seu pai? Se sua mãe fosse viva, poderia ajudá-lo, porém... a saudade lhe doeu como
há muito não fazia. Sentou-se em uma mesa na calçada e fez seu pedido. Seu coração
estava um pouco inquieto e seu olhar distraído. Uma imagem, no entanto, lhe trouxe
de volta como um foguete. Seus olhos petrificaram. Seu coração quis sair correndo, e
suas pernas também.
- Liza! Liza! – Robert gritou para aquela imagem. A mesma moça que vira há poucas
horas ali, parada novamente do outro lado da rua. Seus olhos viram com toda a atenção
possível e o seu coração teve uma certeza. Era ela. Era Liza.
Pensou em atravessar a rua movimentada, no entanto, percebeu uma pequena multidão
se juntando em torno dela. Pode entender que a moça esclarecia aquelas pessoas sobre
uma greve ou algo assim. Decidiu esperar. Aquele povo ia se dispersar e então ele iria
lá. Resolveu decifrar o enigma enquanto isso. Mantinha um olho na moça e outro no
livrinho que acabava de abrir.
..............................
25
Caro leitor!
Como dizia aquela esfinge do deserto: “Decifra-me ou te devoro!”, acompanhemos
Robert nesta missão.
No livrinho de Mark, Robert encontrou:
“ Sobre a Carteira Profissional (CTPS)
A Carteira de trabalho e Previdência Social é o documento de identificação profissional
do trabalhador. É expedida pelo Ministério do Trabalho e contém um número de iden-
tificação geral nacional e um número de série regional do estado.
É nela que serão anotados todos os contratos de trabalho que seu titular virá a firmar.
É a garantia do trabalhador de que possui contrato de trabalho com alguém de que os
direitos contemplados na CLT serão observados e respeitados.
Na CTPS será anotado:
a) o dia em que começou o contrato de trabalho;
b) o valor do salário que irá receber (bem como as alterações deste com o passar do
tempo);
c) o local onde será realizado o trabalho;
d) o cargo que irá exercer;
e) o período em que o trabalhador tirou suas férias;
f) anotações para depósito do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), bem
como
e) quando do término do contrato o dia em que tal situação se deu.
Ao portador da CTPS é garantido Assistência Social gratuita.”
Era por isso que deveria possuir aquela caderneta. Tudo seria anotado nela, como um
histórico de sua vida de trabalhador. Tudo sobre seu contrato de trabalho... A torta
chegou:
cessidades da empresa, mas isso não quer dizer que você e os outros não são
pessoas competentes.
4. O comportamento ético em relação a seus concorrentes é levado tão em conta
numa seleção quanto sua iniciativa e demais qualidades. Portanto, pense bem
sempre que tiver que falar de um colega ou adversário.
5. Participar de uma seleção é, antes de tudo, uma experiência gratificante.
As dinâmicas de uma seleção nos colocam desafios que são como testes a
nossa capacidade de enfrentamentos de demandas. Além disso, geralmente
quem coordena uma seleção devolve aos participantes um parecer sobre o
desempenho do candidato. Isso é bom, pois é uma forma de o candidato
auto-avaliar-se para uma próxima seleção. E, em caso de ser selecionado...
bom, aí é só comemorar!
Recomenda-se como leitura qualquer obra sobre inteligência emocional.
• Vá para o momento 8, mas antes anote as letras [i] e [e] na grade de respostas
do momento 7, colocando uma letra em cada quadrado.
..............................
P235. Robert e Lucas trabalham em harmonia na empresa por um bom período. A
amizade entre eles cada vez se fortalece mais. Tudo anda bem até o dia de se
despedirem. Assim foi, pois Lucas passou no vestibular e conseguiu, devido à sua
competência, um emprego na própria universidade, onde ganhará mais e poderá
ainda economizar em transporte, o que facilitará muito sua vida.
Na despedida de Lucas, estavam todos os colegas, com um bolo, e muitos parabéns-
a-você. Lucas deixou lá bons amigos e uma boa imagem sobre sua pessoa. Robert
chorou nesse dia, havia aprendido muito com seu generoso amigo.
• Vá para P234.

• Se Robert pára e come a torta e depois lê, vá para P312.

• Se Robert continua e depois come a torta, vá para P363.

..............................

P312. A torta estava uma delícia. Agora volte ao enigma! É hora de ler mais!

• Vá para P363, mas antes anote a letra [x] na grade de respostas do momento
2.
..............................

26 59
P232. Lucas passa a discorrer sobre os defeitos que vê em Robert. Faz uma apurada
listagem de razões para que seu concorrente não obtenha a vaga. Robert percebe a
mágoa contida nas palavras de Lucas e ouve calado. Reconhece o quanto a amizade
deles ficou abalada e que talvez, não haja como consertar aquela situação.
Encerrada a seleção, Robert ganha a vaga, pois embora as razões expostas, seu
inglês era muito superior ao de Lucas. Seu chefe, no entanto, indica Lucas para
ocupar a vaga de auxiliar de tradutor. Robert e Lucas irão trabalhar juntos.
O tempo passa e a situação fica cada vez mais insuportável. O clima entre eles
está péssimo.
• Se Robert deseja reclamar sobre a situação com seu chefe, vá para P218, mas
antes anote a letra [o] na grade de respostas do momento 7.
• Se Robert não deseja reclamar agora, vá para P227, mas antes anote a letra
[p] na grade de respostas do momento 7.
P363. Pois bem! Agora já entendi algumas coisas. Porém, falta um tanto para resolver
..............................
P233. Robert pensa e decide que, embora possa perder a chance de conseguir a vaga,
não vai expor defeito algum de Lucas. Ao contrário, passa a expor que, no seu
entender, a única coisa em jogo para se obter a vaga deve ser o conhecimento
em língua inglesa. Que não vê defeito algum na personalidade de Lucas que o
impeça de vencer e que quem deve decidir é a empresa.
• Vá para P224, mas antes anote a letra [g] na grade de respostas do momento
7.
..............................
P234. Todo o trabalhador deve desejar progredir profissionalmente. A disposição para
participar de processos seletivos fará você ganhar muitos pontos com seus supe-
riores. No entanto, algumas dicas são importantes para quem for participar de
uma seleção.
1. Uma seleção poderá ser: interna, externa e mista. Portanto, se você está
concorrendo a uma vaga dentro da própria empresa, lembre-se de que poderá
não ser o escolhido e, portanto, não menospreze o cargo que executa quando
estiver buscando outra vaga, pois poderá ter que permanecer no mesmo cargo
onde se encontra.
2. Seus superiores não entenderão que você está insatisfeito com o cargo que
executa apenas por participar de uma seleção. Como dito, desejar progredir,
além de saudável, é desejável.
3. Uma seleção busca encontrar uma pessoa que reúna as qualidades necessárias
para a função a ser preenchida, portanto, aqueles que não forem selecionados
devem entender que, naquele momento, outra pessoa atende melhor às ne-
58
P352. Robert olhou a charada novamente e as respostas foram aparecendo como mágica.
Ajude-o agora a preencher os espaços vazios da charada:
“Uma relação de _______________ se caracteriza pela obrigação de realizar
______________, que serão remuneradas de forma __________________ e
com subordinação ________________________, constituindo assim o Contrato
____________ de Trabalho, que será anotado em todos os seus termos na ___
___ ___ ___, não havendo obrigação de notificar por ______________________
quando o contrato for por tempo ___________________.”
Muito Bem! Parte da charada foi descoberta! Mas qual é a mensagem oculta sobre
“o que Robert deve pegar”?
• Vá para P367.
..............................
o enigma.
- Ah... vamos ver! “Contrato de Trabalho”! Robert folheou o livro e mais adiante
encontrou.
“Sobre Contrato Individual de Trabalho.
O contrato individual de trabalho é aquele acordo (escrito ou não) em que de
um lado há uma parte que oferece trabalho e de outro lado uma parte que se
compromete em realizar este trabalho da maneira e pelo salário que ambos com-
binaram entre si.
Este acordo gera uma relação de emprego entre as partes, e esta relação é regida
pela Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT).
Alguns requisitos definem esta relação. Alguns deles são:
a) obrigação de realizar pessoalmente (pessoalidade) tarefas que serão remu-
neradas;
b) de forma Contínua (com dias e horários determinados, ou seja, não é um
trabalho eventual);
c) e com subordinação hierárquica (o empregador é que diz como, quando e
de que forma o trabalho será realizado).
O contrato de trabalho pode ser por tempo determinado ou indeterminado.
No primeiro caso, quando concluído o prazo do contrato, ele estará automatica-
mente encerrado. No segundo, quando uma das partes não quiser mais manter a
relação de emprego, deverá avisar a outra com antecedência mínima de 30 dias.
Esse aviso se chama ‘Aviso Prévio’.”
Robert pensou: O contrato que vou assinar é por tempo determinado. Será por
sessenta dias. Portanto, quando terminar o tempo do contrato, não há mais
relação de emprego.
27
 • Vá para P352.
..............................
P367. Robert pensou: sobre esta frase tenho ainda que aplicar um código. Pegou o
código em mãos e leu novamente:
Pegar (1.4), (3.2), (4.8), (6.3), (8.9), (7.4).
Tentou entender qual era a relação... pensou, pensou, e, então, como a luz do sol,
tudo ficou claro! O primeiro dígito se referia ao número do espaço preenchido na
charada e o segundo, à posição da letra dentro da palavra colocada no espaço.
Ajude Robert a decifrar essa parte final da mensagem, baseado no P352. Vamos
lá!
Pegar ____ ____ ____ ____ ____ ____
(1.4) (3.2) (4.8) (6.3) (8.9) (7.4)
A senha era esta! Robert devia pegar as __ __ __ __ __ __ que já estavam pron-
tas.
Vá para momento 3, mas antes anote a senha na grade de resposta do momento
2, colocando uma letra em cada quadrado da grade.
28
P216. Lucas fala com o chefe sobre sua situação e seu contrato de aprendiz que acabará
em poucos dias. O chefe, em vista de sua trajetória na empresa, lhe propõe a
efetivação no cargo que era de Robert, auxiliar de tradutor.
Lucas, feliz, aceita de pronto e vai contar a Robert.
• Vá para P235.
..............................
P218. O chefe ouve com calma a exposição de Robert. Ao final, lhe diz que Robert
então deve demitir Lucas, pois afora aquele cargo, não há outra vaga para ser
ocupada.
Robert, sem outra escolha, demite Lucas.
• Vá para P234.
..............................
P224. É o momento de Lucas falar. Tudo agora depende muito de como as coisas andaram
nas semanas que antecederam à seleção. Portanto:
• Se na época do curso, Robert decidiu não viajar ou viajou pedindo auxílio para
Elisabeth, vá para P214, mas antes anote a letra [h] na grade de respostas
do momento 7.
• Se na época do curso, Robert foi viajar e Mara resolveu a situação de Lucas,
vá para P232, mas antes anote a letra [k] na grade de respostas do momento
7.
..............................
P225. Robert procura Lucas e diz a ele que ficou impressionado com seu gesto. Que não
sabe bem o que lhe dizer, mas que, no entanto, gostaria que tudo fosse diferente.
Lucas lhe diz que apenas fez o que seu coração mandou naquele momento.
• Se Robert aconselha o amigo a falar com o chefe, vá para P216, mas antes
anote a letra [q] na grade de respostas do momento 7.
• Se Robert decide que irá falar pessoalmente com o chefe, vá para P213, mas
antes anote a letra [r] na grade de respostas do momento 7.
..............................
P227. Robert tenta mais um pouco, mas o tempo apenas mostra como a convivência
entre ele e Lucas se tornou insustentável. Robert decide falar com o chefe.
• Vá para P218.
..............................
57
P211. Robert entende que, em uma seleção, deve-se mostrar iniciativa e sangue frio.
Dessa forma, embora um pouco chateado com a tarefa, passa a listar uma série
de defeitos que, na sua visão, devem ser levados em consideração para que Lucas
não ganhe a vaga.
Lucas apenas o observa.
• Vá para P224, mas antes anote a letra [f] na grade de respostas do momento
7.
..............................
P213. Robert fala com o chefe sobre a posição de Lucas na seleção. Explica a situação
do amigo e pede a ele que dê a Lucas o cargo que era seu, o de auxiliar de tradu-
tor.
O chefe, levando em consideração a trajetória de Lucas e todo o ocorrido, atende
ao pedido de Robert.
- Está bem! Pode dizer a Lucas que vocês vão trabalhar juntos.
Robert sai da conversa radiante e vai ligeiro contar a novidade ao amigo.
• Vá para P235.
..............................
P214. Lucas pensa em como sua vida foi difícil até ali. Que aquele cargo é o que sua
determinação almeja naquele momento. Em como o aumento de salário pode
ajudar a ele e sua mãe. Que seu contrato de aprendiz expira em quinze dias e
que, talvez depois dessa data, estará sem emprego. Lucas pensa, pensa, olha para
Robert e diz:
- Doutora! Sinto muito decepcionar a senhora e a empresa, no entanto, sinto
muita gratidão pela pessoa do meu concorrente e, por essa razão, estou me
retirando desta seleção. Levantou-se, despediu-se dos dois e saiu.
A psicóloga olha para Robert e diz: - Parabéns senhor, Robert! O senhor acaba
de ganhar a vaga de tradutor em língua inglesa nesta empresa. Pode passar no
Geps para regularizar sua situação.
• Se Robert ficou impressionado, mas acha que Lucas não foi nada inteligente,
vá para P225, mas antes anote a letra [m] na grade de respostas do momento
7.
• Se Robert não ficou conformado e quer conversar com o chefe para conseguir
uma colocação para Lucas, vá para P213, mas antes anote a letra [n] na grade
de respostas do momento 7.
..............................
56
MOMENTO 3
A multidão se dispersou. Era a hora. Depois iria à costureira. Agora era o momento de
acalmar seu coração. Atravessou a rua e se aproximou lentamente.
Robert chegou perto. Olhou fixamente nos olhos da moça e disse: - Liza! É você? – A
moça, com um ar apenas surpreso, respondeu:
- Como disse?
- Liza...
- Desculpe! Meu nome é Elisabeth.
- Como? – Eu podia jurar que...
- Que era outra pessoa? Conheço esta cantada!
- Desculpe moça, mas você tem certeza que...
- Que meu nome é Elisabeth? Ah, me poupe!
- Desculpe. Eu não quis duvidar, mas é que...
Os olhos decepcionados de Robert deram à moça a impressão de que ele falava a verdade
e que não se tratava de uma cantada sem imaginação. Por isso, ela resolveu tratá-lo com
mais atenção.
- Desculpe... Não sei seu nome.
- Robert! – disse, com ar decepcionado.
- Pois então, Robert. Desculpe desapontá-lo, mas não sou quem você pensa. Parece ser
uma pessoa importante para você! – Robert apenas concordou com a cabeça. Ficaram
uns instantes sem dizer nada. Uma aura desconcertante se instalou. Devido à situação,
a moça convidou Robert para tomar alguma coisa. Robert aceitou.
Enquanto conversavam, Robert ia se recobrando do choque. Aos poucos aquela encantadora
moça, que parecia ter a mesma voz de Lisa, ia se mostrando uma pessoa muito simpática
e sensível. Robert falava pouco, preferia ficar escutando aquela voz.
Com o passar dos minutos Robert ficou sabendo que a moça trabalhava em um sindicato.
Estranhou no início, pois não tinha uma boa impressão de sindicalistas. Em sua época, o
movimento sindical, ainda iniciante, dava muito trabalho aos donos das fábricas, inven-
tando passeatas e greves que davam muitas dores de cabeça. Porém, com a narrativa que
ela fazia, tudo parecia um tanto diferente. Chegara a se empolgar em alguns momentos,
devido à motivação com que a moça discorria sobre seu trabalho. Entendeu que ela sabia
muito sobre direitos trabalhistas. Uma coincidência que talvez lhe fosse muito útil.
Percebeu que poderiam ficar amigos, caso quisesse. Aliás, Robert parecia não ter esco-
lha. A semelhança da moça com sua amada o impulsionava a querer estar com ela tanto
quanto fosse possível.
Despediram-se e combinaram de se encontrar. Inclusive trocaram telefones. Robert
seguiu o seu dia.
..............................
Caro Leitor!
Acompanhe Robert rumo à sua nova missão:
Dom, 14:25.
Era domingo. No dia seguinte, Robert iniciaria seu novo emprego: auxiliar de tradutor.
Por um momento, pensou em como seria sua chegada à editora. Começar tudo de novo.
Será que os novos colegas seriam tão desleais quanto aqueles que teve na gráfica? Pre-
feria pensar que não. Tudo havia de dar certo.
Resolveu ler mais um pouco naquela tarde.
Abriu o livro na página que já estava marcada.
“Contrato de Trabalho – Experiência.
Este contrato de trabalho visa permitir que o empregador verifique as aptidões do
empregado durante um certo período. Este período é de, no máximo, 90 dias. O traba-
lhador já é empregado, no entanto, devido a seu contrato conter prazo determinado
para terminar, quando este chegar, o contrato estará desfeito automaticamente. Assim,
se o trabalhador continuar exercendo suas funções após o término do contrato deve ser
entendido que seu contrato foi renovado e, agora, por prazo indeterminado.
Salário e Remuneração.
Salário é o valor pago pelo empregador ao empregado pelos serviços prestados. Fazem
parte do salário a parte fixa combinada mais comissões, percentagens, gratificações
ajustadas entre ambos, diárias para viagens e abonos pagos pelo empregador. É o que
reza a CLT em seu art. 457, §1º.
Remuneração é o montante composto por Salário + Gorjetas. Há atividades em que o
empregado recebe gorjetas dos clientes, como em restaurantes e bares. Assim, remu-
neração é o somatório de tudo o que possa ser percebido pelo empregado em função
de sua atividade.
Robert fazia anotações sobre as partes que julgava mais importantes. Marcou de ler
sobre CLT, Férias, FGTS e outros assuntos e fechou o livro.
Seg, 07:45
30
por um instante, fitando ambos nos olhos – seria possível que Elisabeth ficasse aqui
por uns tempos até decidirmos o que fazer?
O casal olhou-se novamente como que buscando uma posição para dar a Robert e, em
seguida, Mark respondeu:
- É claro, Robert! Traga ela para cá e que ela fique o tempo que for necessário.
Robert virou-se rápido e se dirigiu ao quarto para buscar um casaco antes de sair. Porém,
ainda no corredor, pôde ouvir a voz de Mark que, quase sussurrando, disse a Ana:
- O que é isso, Ana! Temos que ter mais cuidado!
..............................
Caro Leitor!
O tradutor em língua inglesa com quem Robert trabalha pediu demissão, pois vai via-
jar para o exterior sem previsão de volta. Por essa razão, haverá uma seleção interna
para o preenchimento dessa vaga. Acompanhe com zelo e ajude nosso amigo neste
momento.
Vá para o P12.
..............................
P12. Robert vai disputar a vaga de tradutor. Muitos se habilitaram à disputa, porém,
na etapa final, restaram apenas Robert e seu único concorrente, Lucas. Lucas,
já há alguns anos tem se preparado, estudando em um dos melhores cursos de
língua inglesa da cidade, devido a uma bolsa de estudos que ganhou ainda quando
criança.
O momento final da seleção chega e lá estão eles. A psicóloga que dirige a seleção
dá a última tarefa:
- Muito bem, Robert e Lucas! Neste momento final, eu desejo que vocês, um após
o outro, respondam, argumentando, a seguinte pergunta: por que razão o seu
concorrente não deve ser escolhido para a vaga? Primeiro você, Robert!
Um momento tenso de decisão. Pense e após escolha uma das alternativas
abaixo:
• Se você acha que Robert deve expor os defeitos de Lucas, pois, afinal de
contas, seleção é seleção, vá para P211.
• Se você acha que Robert não deve expor os defeitos de Lucas, vá para
P233.
..............................
55

MOMENTO 7
Robert desliga o telefone e sua mente gira alucinadamente. Uma sucessão de lembranças
invade a alma que habita seu corpo agora já sem forças e afundado na poltrona da sala.
O olhar vago e tenso de Robert não passa despercebido por Mark e Ana.
- O que aconteceu, Robert? Você está com uma cara de quem viu... - Robert vai recobrando
o domínio de seus pensamentos e, olhando para o casal, responde:
- É que... acho que vi mesmo um fantasma.
- Como? – Pergunta Ana, já apreensiva.
- Era Elisabeth!
- Sim! E daí? - Indaga Mark.
- Um incêndio... houve um incêndio na pensão onde mora Elisabeth.
- Como? E ela está bem, Robert? Pergunta Ana já de pé e visivelmente angustiada.
- Sim... mas... - Robert percebeu um tom um tanto exagerado de preocupação por parte
de Ana, uma vez que ela, em princípio, não conhece Elisabeth. Mark levanta-se e diz
baixinho para Ana se acalmar. Robert não sabe o que dizer, a situação é estranha demais
para encontrar as palavras.
- Mas... e onde ela está agora, Robert? – Indaga Mark, controlando com suas palavras as
emoções que estavam nítidas em seus olhos. – Robert, ainda surpreso pela reação de
ambos, responde.
- Ela está lá perto, porém ainda não sabe o que fazer.
Um instante de silêncio se instalou. Mark e Ana se entreolharam de forma cúmplice.
Robert foi se levantando e com cuidado perguntou.
- Mark! Ana! Eu sei que vocês não tem nada a ver com este meu problema, mas... - pensou
O dia do novo início chegou. Era a manhã de segunda feira.
Robert chega em seu novo emprego na editora de seu Jaime. Como todo o começo, tudo
é estranho e diferente. Robert deverá demonstrar muita inteligência emocional, ou seja:
“perceber as condições que o cercam e estabelecer estratégias para obter um lugar na
equipe de trabalho já estabelecida”.
Algumas dicas!
“Uma pessoa demonstra sua inteligência quando busca encontrar um lugar para si, res-
peitando o espaço já conquistado por cada um, e não, tentando mudar o que entende
estar errado como se fosse o dono da razão.
Uma pessoa inteligente presta atenção, reconhece os pequenos pontos de poder que
cada um exerce, estabelece uma estratégia de ação e, somente após, age.”
Dessa forma, ajude nosso amigo Robert a se inserir nesse ambiente de trabalho da forma
mais amistosa possível.
Vamos lá! Vá para o P6.
..............................
P6. Robert já está há alguns dias no novo emprego. Trabalha diretamente com um
senhor chamado Amauri. Esse senhor é um tanto presunçoso. Se acha o melhor
tradutor do pedaço e por isso não acolhe muito as sugestões de subalternos.
Trabalham em seu setor também: uma moça de uns 30 anos com um certo ar
deprimido de quem tem sempre uma doença ou outra; um rapaz novo de 17 anos
que está em contrato de aprendiz, de família humilde, muito desconfiado e que
fala pouco; um homem de uns 40 anos que já tentou a chefia várias vezes, mas
que foi preterido em todas as tentativas; e o chefe, o filho de seu Jaime.
Robert vai realizando suas tarefas da melhor forma possível
Depois de alguns dias de trabalho, Robert está almoçando com colegas. Está
pensando em como falar com seu chefe, pois ele ainda não assinou sua carteira
e Robert acha que isso já deveria ter acontecido. Um dos colegas está separando
umas fichas. Robert pergunta o que são aquelas fichas e o rapaz lhe responde
serem vales-transporte. Quando era estagiário, nunca recebera aquilo, portanto
não sabia sobre sua existência. O rapaz olha em volta e em seguida, diz a Robert
que pode lhe vender um punhado daquelas fichas. Robert tem ido trabalhar de
bicicleta para economizar dinheiro.
Robert tem duas questões para esclarecer: 1) quanto tempo seu chefe tem para
assinar a sua CTPS? e, 2) como saber o suficiente para decidir acerca dos vales-
transporte que o amigo lhe ofereceu?
31
 • Vá para P94.
..............................
P7. Robert já está esclarecido sobre as dúvidas que tinha. No entanto, não está seguro
se deve falar pessoalmente com seu chefe ou se deve escrever uma carta a ele.
• Robert decide falar pessoalmente com seu chefe para acertar as questões que
entende estarem pendentes. Vá para P91.
• Robert decide escrever uma carta ao chefe reivindicando seus direitos. Vá para
P98.
..............................
P62. A Lei 7.418/85 instituiu o direito ao vale-transporte do trabalhador para que este
vá de sua residência ao trabalho e retorne. O trabalhador deve declarar quantos
vales-transporte necessita por dia e o empregador deve adquirir tantos quantos
forem os declarados.
Somente em caso de falta ou insuficiência de estoque na empresa, fica o em-
pregador permitido a substituir o benefício por dinheiro ou outra forma de
pagamento.
O empregador que proporcionar, por meios próprios ou contratados, o deslocamen-
to residência-trabalho e vice-versa de seus trabalhadores, em veículos adequados
ao transporte coletivo, está desobrigado do vale-transporte.
• Se Robert ainda não sabe o suficiente e decide se informar sobre quanto pagará
pelos vales-transporte ou se já ouviu a opinião de Mark, vá para P85.
• Robert deseja comprar os vales-transporte. Vá para P68, mas antes anote a
letra [m] na grade de respostas do momento 3.
..............................
P68. Robert compra e percebe, na expressão do colega, que talvez aquilo não seja algo
regular. Decide falar com Mark e ele o orienta que desfaça o negócio imediata-
mente, pois acha que tal procedimento é contra a Lei. A opinião de Mark é firme
e Robert desliga o telefone.
• Se Robert desfaz o negócio e decide saber sobre quando o empregador é
obrigado a auxiliar no transporte, vá para P62, mas antes anote a letra [k]
na grade de respostas do momento 3.
• Se Robert desfaz o negócio e decide se informar sobre o uso indevido dos
vales-transporte, vá para P85.
..............................
32
P141. Robert foi para casa, pois sabia que no livrinho de Mark tinha algo escrito sobre
o contrato de aprendiz. Ainda não tinha lido nada sobre aquele assunto. Folheou
e, após alguns segundos, achou o seguinte:
“Nenhum adolescente poderá trabalhar de forma efetiva sendo menor de 16 anos,
salvo na condição de aprendiz, a partir dos 14 anos de idade.
Como regra o aprendiz é empregado (possui vínculo empregatício) e possui, como
todo o trabalhador, os direitos contidos na CLT. O contrato de aprendizagem se
dará entre a empresa e o adolescente maior de 14 anos e menor de 24 anos (esta
idade máxima não se aplica aos portadores de deficiência) inscrito em programa
de aprendizagem e formação técnico profissional. A idéia é que o estudante de
curso de aprendizagem ou técnico de aprendizagem industrial ou comercial possa
trabalhar na área em que estuda. Esta é a única forma de trabalho permitida pela
CLT a quem ainda é menor de idade. E perceba! Apenas aquele que já possui 14
anos de idade completos. O contrato de aprendiz não pode ser estipulado por
mais de 2 anos.”
• Se Robert acha que já tem as respostas que quer, vá para P113, mas antes
anote a letra [o] na grade de respostas do momento 6.
• Se Robert acha que ainda precisa saber mais, vá para P122, mas antes anote
a letra [p] na grade de respostas do momento 6.
..............................
P142. Robert vai ao colégio e ao Geps da editora comunicar e regularizar a situação
de Lucas em ambas as situações. Depois foi visitar o amigo no hospital e ele
lhe mostra toda a sua gratidão com uma furtiva lágrima que escorre de seus
olhos. Tudo ficou certo e Robert sabe que aquela amizade agora ficou ainda mais
forte.
• Vá para P140.
..............................
P143. Elisabeth, a pedido de Robert, vai até o hospital. Ela diz à mãe do amigo que
está lá a pedido de Robert e dá todas as explicações necessárias para regularizar
a situação de Lucas.
Robert, já tendo embarcado, tenta acalmar sua mente.
Quando Robert volta, não consegue ligar para Elisabeth e nem para Lucas.
• Se Robert decide se informar sobre os direitos do amigo, embora tenha certeza
que Elisabeth tenha resolvido tudo, vá para P141, mas antes anote a letra
[f] na grade de respostas do momento 6.
• Se Robert não quer se informar e decide ir direto ao hospital, vá para P124,
mas antes anote a letra [g] na grade de respostas do momento 6.
53
 naquele episódio difícil na vida de Lucas.
• Vá para P140.
..............................
P124. Robert volta do curso e Lucas está bem e agradecido por Robert ter enviado
Elisabeth, que já informou ao Geps da empresa, bem como foi ao colégio para
comunicar e regularizar a situação de Lucas. Tudo ficou resolvido e ali Robert
percebeu que sua amizade com Lucas agora estava ainda mais fortalecida.
• Vá para P140.
..............................
P125. Robert volta do curso e tenta ligar para Lucas, porém o telefone não atende.
• Se Robert vai até a editora para buscar informações, vá para P113, mas antes
anote a letra [m] na grade de respostas do momento 6.
• Se Robert decide se informar sobre os direitos do amigo, vá para P141, mas
antes anote a letra [n] na grade de respostas do momento 6.
P140. Tudo ficou resolvido, pois Robert agora sabe que Lucas, como aprendiz:
a) Não tem direito a assistência pela característica de seu contrato, porém não
poderá mais trabalhar à noite e nem exceder a jornada de seis horas diárias.
b) Tem direito a assistência médica; pela CLT, sua jornada pode ser de oito horas
desde que duas sejam de aprendizagem teórica, não podendo trabalhar à
noite, porém deve justificar as faltas no colégio, pois não é só a matrícula
que garante seu contrato.
c) Tem direito a assistência médica; pela CLT, sua jornada pode ser de oito horas
desde que duas sejam de aprendizagem teórica, podendo trabalhar à noite,
mas deve justificar as faltas no colégio, pois não é só a matrícula que justifica
seu contrato.
d) Não tem direito a assistência, pois seu contrato, embora seja como o do es-
tagiário, não possui previsão de seguro-saúde, porém poderá aumentar sua
renda fazendo horas extras principalmente à noite.
e) Tem direito a assistência médica por ser trabalhador celetista (pela CLT) e
sua jornada de seis horas pode ser acrescida de horas extras noturnas, o que
aumentará sua renda; para tanto, deve trancar sua matrícula na escola por
um tempo.
• Vá para o momento 7, mas antes anote a letra da afirmação escolhida para a
questão acima na grade de respostas do momento 6.
..............................
52
P80. A resposta do chefe de Robert sobre o vale-transporte é (escolha a alternativa
correta):
a)O sr. Robert receberá no máximo dois vales-transporte por dia e será descontado
de seu salário-base o percentual de 6% em relação ao benefício, ficando advertido
que, em virtude do decreto 95.247/85, não poderá vendê-los a outra pessoa.
b)O sr. Robert receberá quantos vales-transporte declarar que necessite diaria-
mente e será descontado do seu salário o percentual de 6% do valor pago pelos
vales-transporte.
c)O sr Robert não receberá o benefício do vale-transporte, porque vai para o
trabalho de bicicleta.
d)O sr. Robert tem direito ao vale-transporte em número compatível ao que de-
clarar, ficando advertido, sob as penas legais, quanto a declaração falsa, bem
como, quanto a uso indevido do benefício.
e)O sr. Robert adquire o direito ao benefício e será descontado o percentual
de 6% sobre seu salário-base, de acordo com a lei 7618/85, que instituiu o
benefício.
• Vá para o momento 4, mas antes anote a letra da afirmação escolhida para a
questão acima na grade de respostas do momento 3.
..............................
P82. Os dias passam e os colegas de Robert zombam dele por ele vir de bicicleta. Pensa
que talvez devesse mesmo comprar aqueles vales-transporte. No entanto, não
tem certeza se isso pode ou não acarretar algum problema.
• Se Robert decide não saber mais sobre a assinatura de sua CTPS, bem como
decide comprar os vales-transporte do colega, vá para P68, mas antes anote
a letra [n] na grade de respostas do momento 3.
• Se Robert deve se informar sobre o assunto, vá para P62, mas antes anote a
letra [o] na grade de respostas do momento 3.
..............................
P85. O decreto presidencial de nº 95.247/85 estabelece que a declaração falsa do
número de vales-transportes necessários por parte do trabalhador ou o uso in-
devido (como venda ou troca, por exemplo) constituem: falta grave, passíveis de
penalidade disciplinar.
O vale-transporte será custeado: a aquisição será feita pelo empregador e a con-
cessão do vale-transporte autoriza o empregador a descontar, mensalmente, do
beneficiário que exercer o respectivo direito, o valor da parcela equivalente a 6%
(seis por cento) do seu salário básico ou vencimento.
33
 • Vá para P7 e tome sua decisão.
..............................
P91. O chefe de Robert pede desculpas e diz que esteve ocupado demais e acabou se
distraindo quanto à assinatura de sua carteira. Diz a Robert que assinará ainda
durante aquele expediente. Quanto à questão do vale-transporte, pede para que
Robert preencha uma declaração sobre o número de vales que irá necessitar. Tudo
fica em ordem, e seu chefe diz que Robert receberá uma resposta em breve.
• Vá para P80, mas antes anote a letra [p] na grade de respostas do momento
3.
..............................
P94. É obrigação do empregador, no prazo de 48 horas após a admissão, anotar na
carteira os dados pertinentes ao contrato firmado. (CLT, art. 29)
Se o empregador não fizer as anotações na CTPS, cabe ao empregado o direito de
reclamar tal situação na Justiça do Trabalho.
É proibido ao empregador realizar anotações desabonatórias à conduta do em-
pregado na CTPS.
A questão da CTPS parece estar resolvida. Mas, e quanto ao vale-transporte?
• Se você acha que Robert deve comprar, vá para P68, mas antes anote a letra
[f] na grade de respostas do momento 3.
• Se você acha que Robert deve se informar mais sobre o assunto vá para P62,
mas antes anote a letra [g] na grade de respostas do momento 3.
• Se você acha que Robert deve esquecer o assunto vá para P82, mas antes
anote a letra [h] na grade de respostas do momento 3.
..............................
P98. O chefe de Robert lê a carta com suas reivindicações e, devido a essa atitude,
também escreve a Robert dizendo-lhe que sua carteira será assinada, bem como
que é preciso preencher uma declaração sobre o número de vales-transporte
necessários. Alega que esteve muito ocupado e que não teve tempo para ver
essas coisas. No entanto, solicita a Robert que, da próxima vez fale com ele
pessoalmente, pois entende ser assim a forma como as pessoas devem resolver
suas demandas.
Diz-lhe também, que aguarde comunicado de sua resposta sobre os vales-trans-
porte.
• Vá para P80.
34
anote a letra [t] na grade de respostas do momento 6.
• Se Robert fez o curso e, na volta, está se informando, vá para P113, mas
antes anote a letra [u] na grade de respostas do momento 6.
..............................
P113. Robert fala com um colega e descobre que está tudo resolvido. Que a mãe de
Lucas ligou insistentemente à sua procura e que, por essa razão, quem interveio
em favor de Lucas foi a colega Mara.
• Vá para P123.
..............................
P121. O chefe de Robert ouve a sua justificativa para não ter embarcado para o curso.
Fica um tanto irritado no início, no entanto entende que o motivo de Robert é
importante. Seu chefe agradece a comunicação e diz para Robert tirar o dia de folga
para buscar as informações que necessita. Robert se despede e vai embora.
• Vá para P141.
..............................
P122. Robert procura no livrinho, mas não há mais nada. Porém, num folheto do sindi-
cato, de Elisabeth, encontra outra informação sobre os requisitos para o contrato
de aprendizagem:
a) anotação na Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS);
b) matrícula e freqüência à escola e inscrição em programa de aprendizagem;
c) duração máxima do contrato de dois anos;
d) jornada diária de seis horas, sem horas extras;
e) garantia de, pelo menos, um salário mínimo nacional.
• Se Robert já pode responder às dúvidas da mãe de Lucas, vá para P113, mas
antes anote a letra [q] na grade de respostas do momento 6.
• Se Robert ainda quer saber mais, vá para P112, mas antes anote a letra [r]
na grade de respostas do momento 6.
..............................
P123. Robert vai até o hospital visitar o amigo. Embora descubra que está tudo bem,
apesar da fratura no braço, Lucas está com um olhar um tanto decepcionado.
Ele informa a Robert que Mara já resolveu tudo e é muito agradecido a ela. Nesse
momento, Robert percebe que sua amizade com Lucas não será mais a mesma.
Talvez Robert tenha feito uma má opção em não estar presente de alguma forma
51
 curso quando Robert recebe um telefonema.
Seu amigo Lucas acabava de sofrer um acidente e sua mãe queria saber três
coisas: 1) se pelo fato de ser apenas aprendiz, Lucas teria direito a assistência
médica; 2) se Lucas teria algum problema, pois não andava freqüentando o 3º
ano do ensino médio por causa do serviço ou se bastava ele estar matriculado
no colégio e; 3) se era certo seu filho trabalhar oito horas por dia.
• Se Robert embarca pois não pode decepcionar seu chefe e pede para que
Elisabeth dê as explicações necessárias à mãe de Lucas, vá para P143.
• Se Robert não embarca e decide ir ao encontro do amigo e resolver a situação,
vá para P111.
• Se Robert decide fazer o curso, pois é mais urgente e se informa na volta, vá
para P125.
..............................
P111. Robert chega ao hospital e fica sabendo que o amigo não corre risco de morte,
porém quebrou um braço. Ainda não sabe o que dizer sobre os direitos do amigo
para sua preocupada mãe.
• Se Robert decide se informar, vá para P141, mas antes anote a letra [h] na
grade de respostas do momento 6.
• Se Robert decide primeiro ir falar com o chefe, vá para P121, mas antes anote
a letra [k] na grade de respostas do momento 6.
..............................
P112. Robert decide ligar para Mark. Tem muitas coisas que precisa lhe perguntar. No
entanto, naquele momento, será sobre o caso de seu amigo somente. Mark lhe
explica:
Robert, o limite da jornada de trabalho poderá sim ser ampliado para até 8 horas,
mas apenas para aqueles que completarem o ensino fundamental e, se forem
computadas as horas destinadas à aprendizagem teórica.
O menor de 18 anos, segundo art. 7º da Constituição Federal, está proibido de
realizar trabalho noturno, insalubre ou perigoso. E, em apenas um caso, como
exceção, o contrato de aprendizagem não gera vínculo empregatício. O caso se
dá quando o aprendiz é admitido por entidades sem fins lucrativos de assistência
ao adolescente e à educação profissional regularmente registradas. Entendeu,
Robert? Ele responde que sim, agradece e se despede.
• Se Robert não fez o curso e está se informando, vá para P142, mas antes
anote a letra [s] na grade de respostas do momento 6.
• Se Robert fez o curso e Elisabeth acompanhou tudo, vá para P124, mas antes
50
MOMENTO 4
As semanas vão se passando e a rotina de Robert no novo emprego vai se estabilizando.
A vida com Mark e Ana é muito prazerosa.
Nos finais de tarde, eles geralmente sentam juntos para conversar e aproveitam para
atualizar as informações sobre este mundo tão estranho e diferente que Robert encon-
trou.
Como chegara cedo resolveu esperá-los na varanda.
A saudade de casa lhe vem como uma brisa leve. Por vezes, fica pensando em como
estaria seu pai. No entanto, logo desvia seus pensamentos sempre que lembra que, em
seu mundo real não mais estará Liza. Ali, escondido do tempo, pelo menos há Elisabeth.
Ela, sempre que eles se encontram, dá cada vez mais sentido a seus dias.
Robert e Elisabeth estavam cada vez mais próximos. Por vezes, ela ligava para convidá-lo
para algum programa. Outras, apenas para conversarem. Não se sentia só e, na maioria
das ocasiões, preferia ficar ao telefone ouvindo sua voz e imaginando ser ela Liza.
- E aí, Robert, como você está esta manhã?!
- Até então estava um pouco chateado, mas agora...
- Robert, Robert...!
- Liz... quer dizer... Elisabeth, na verdade... eu gostaria de conhecer melhor a sua vida,
a sua família e...
- Robert, já falamos sobre isso.
- Eu sei. Mas... é que eu não entendo por que você quer se...
- Esconder?
- É!
- Não estou escondendo nada Robert. Apenas não há nada de interessante na minha
vida para contar.
- Mas Elisabeth, eu apenas sei que você vem de uma família humilde, que eles não são
daqui e que você mora nesta pensão aí perto do sindicato.
- E o que mais você quer saber, Robert?
- Sei lá. Coisas como o que você pretende para o futuro, se pensa em seguir trabalhando
nisso que faz, se...
- Se, se, se! Robert como posso saber do futuro se não entendo nem o presente em que
vivo? Muito mais importante é saber como você vai resolver o seu problema.
A conversa sempre seguia naquele compasso e Robert ficava sem resolver suas dúvidas.
Porém, era acalentador saber que podia contar com ela. Tinha se arriscado em contar a
ela parte da sua história. No início, ela achou que Robert havia saído de um hospício,
porém, com o tempo, ela não parecia mais duvidar, ou quem sabe, decidira que, se
Robert assim acreditava, ela não deveria mais insistir.

Robert resolveu ler um pouco antes da chegada de Mark e Ana. Abriu o livrinho. Ele
assim dizia.

“Sobre as garantias Trabalhistas no Brasil.

No ano de 1943, foi publicada a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT). A CLT não
trata de um código, mas sim, da reunião de leis esparsas já existentes na época e que
foram organizadas por uma comissão de juristas.

A Justiça do Trabalho rege-se por três grupos de leis:

• a CLT;

• a Constituição Federal de 1988; Seus olhos turvaram. Era um cartão de Elisabeth.

• toda a legislação esparsa criada após a constituição vigente, que visa complementar, ..............................
flexibilizar e normatizar as regras contidas na CLT.
Caro Leitor!
Constantemente novas leis são criadas no Brasil, pois, embora a CLT tenha sido um marco,
com o tempo, ela se tornou obsoleta. A base, no entanto, continua sendo a Constituição As coisas na vida de Robert estavam ficando embrulhadas. Porém, como dizia o filósofo
Federal. Ela garante direitos que não podem ser desfeitos por outras leis, bem como, inglês Ludwing Wittgenstein: “O conhecimento é uma ilha cercada por um oceano de
deixou claro garantias como: direito de greve, criação de sindicatos e a livre-associação mistérios. Eu, no entanto, prefiro o oceano à ilha…”
por parte do trabalhador.
Este será um momento difícil e decisivo na vida de nosso amigo. Ajude-o a tomar boas
Atualmente, o trabalhador pode se vincular ao sindicato que quiser (caso sua categoria decisões.
tenha mais de um), assim como, pode participar de forma atuante em relação a seus
direitos sem ter medo de ser demitido em razão dessa postura. Vá para P11.

A proteção ao trabalho é uma garantia social e jurídica de todo o trabalhador. É uma
proteção conquistada após muitas décadas de história e sofrimento. Uma luta que, por
vezes, dividiu a sociedade, mas que trouxe benefícios a todos.
Dessa luta entre empregador e empregado, nasceu a concepção de representação de
classe. Assim há hoje os chamados dissídios coletivos, em que entidades de classe (de
trabalhadores e empregadores) negociam entre si com o objetivo de consolidar práticas
e direitos específicos a cada categoria. O que for decidido em dissídio, como as demais
leis, fará parte do regramento a ser obedecido nos contratos de trabalho daquela de-
terminada categoria funcional.
O sindicatos hoje...”
Um barulho na porta da frente lhe chamou a atenção. Estava aguardando aquela conversa
..............................
P11. Os dias estão corridos para Robert. A editora fechou novos contratos e o trabalho
é intenso. Tudo é tão exaustivo que Robert não consegue conversar com ninguém,
nem mesmo com Lucas.
Seu chefe o chama em sua sala e Robert vai até ele. Está temeroso com a con-
versa. Pensou que pudesse estar fazendo algo de errado e que seria repreendido.
No entanto, o que seu chefe tem a lhe dizer é totalmente diferente.
Ao contrário do que pensava, o dono da editora lhe falou de um curso de dois
dias sobre editoração e mercado e que havia pensado em Robert para viajar e
representar a empresa. Robert ficou aliviado e satisfeito e assim, aceitou de
pronto o convite.
O dia da viajem chegou. Já estava na rodoviária, era hora de embarcar para o

36 49
 e Mark havia chegado. Tinha que fazer a ele umas perguntas. É hoje ou nunca!
MOMENTO 6
- Mark! Posso falar com você um pouquinho? – Mark serviu-se de um suco e sentou a
seu lado.
A mente de Robert dava voltas. O seu jeito um tanto tímido lhe impedia por vezes de - Em que posso ajudá-lo, meu rapaz?
perguntar a alguém diretamente o que desejava saber. Era o caso com Ana e Mark. Havia
uma aura naquela situação que Robert não conseguia decifrar. Uma aura de mistério, - Mark. É que... como posso dizer...
uma sensação de que as pessoas lhe escondiam algo. - Apenas dizendo, Robert!
- Bem. É que este livro que você me emprestou... - fez uma pausa, como que escolhendo
Desde aquele telefonema de Ana, tentava perceber a forma como todos lhe tratavam. as palavras.
Aquele sentimento de que todos sabiam de algo. - O que tem ele, Robert? Fale!
Por vezes, torcia para que suas impressões estivessem erradas. Talvez a voz que ouvira no - É que... na última página dele tem seu nome e uns dizeres. Não pude deixar de ver.
telefone não fosse de Elisabeth. Talvez estivesse ficando maluco, pois estava começando E...
a pensar que havia uma conspiração contra ele. - E... o que Robert?
- É que... eu acho que conheço esta letra! Quer dizer... Tenho certeza que conheço a
Saiu de casa aquele sábado para ajudar seu novo amigo Lucas. Iriam arrumar um pequeno sua letra!
depósito na casa dele e transformá-lo em quarto de estudos. Pensou que seria um bom
plano, pois manteria sua mente ocupada. Mark olhou Robert fixo e percebeu que o tempo havia passado.

Lucas era colega na editora e, desde o primeiro momento em que conversaram, ficaram Entendeu que respostas tinham que ser dadas e que não poderia fugir mais.
amigos. Tinham quase a mesma idade, mas Lucas ainda não havia completado 18 anos e
possuía contrato como aprendiz.

O que impressionou Robert de cara foi a maneira determinada de Lucas levar a vida. Era
certamente a pessoa mais esforçada que tinha conhecido até então. Lucas sempre dizia
sim a tudo e por vezes repetia aquela frase de Theodore Roosevelt, “Sempre que lhe
perguntarem se você sabe fazer algum trabalho, diga que sim – e após, apresse-se em
descobrir como executá-lo”.

Sua mãe era uma pessoa muito boa, no entanto, como empregada doméstica que dormia
no emprego, nem sempre podia estar presente, a não ser nos finais de semana. Por isso,
sentia prazer em poder ajudar Lucas e sua mãe naquele dia.

No final do dia, já cansados, esperavam um suco que a mãe de Lucas estava por trazer.
Como estava demorando, Lucas foi até a cozinha. Robert se sentou e ficou admirando
como tudo tinha ficado organizado e bonito. Seus olhos percorriam cada detalhe. Percebeu
que para uns tudo é muito fácil, porém, para outros, qualquer conquista é fruto de muita ..............................
dedicação. Estava feliz por participar daquele momento.
Caro leitor!
No entanto, enquanto divagava em pensamentos, enxergou sobre uma mesinha algo
(Dois dias antes)
que achava conhecer. Levantou-se e foi até ela. Estendeu a mão e pegou um pequeno
cartão. Os dias de trabalho de Robert na editora seguem bem, embora seu superior direto, o
tradutor, não seja uma pessoa muito fácil de conviver. No entanto, devido ao sólido
conhecimento em língua inglesa por parte de Robert, o tradutor já percebeu que o rapaz,
em muitos casos, sabe mais do que ele próprio.
37
Por essa razão, tem atribuído a Robert mais responsabilidades do que seria o normal. Em • Se Robert decide não mais se incomodar com aquela história, vá para P70,
virtude disso, Robert tem trabalhado geralmente duas horas a mais além de sua jornada. mas antes anote a letra [o] na grade de respostas do momento 5.
Robert não sabe se essas horas serão pagas ou não e nem quando.
• Se Robert decide se informar no Geps sobre o quadro de carreira, vá para P68,
Além disso, este trabalho à noite tem atrapalhado seus planos com Elisabeth. Já há mas antes anote a letra [p] na grade de respostas do momento 5.
algum tempo tenta ter uma noite para ir ao teatro com ela e não consegue. ..............................

Siga a história e ajude nosso amigo. Inicie pelo P8.
..............................
P8. O dia está pesado e Robert sabe que irá além do horário normal mais uma vez.
Anda cansado e um tanto chateado. O telefone toca. É Elisabeth.
Ela o convida para irem a uma peça de teatro na noite seguinte e pede para
Robert verificar a possibilidade de ser dispensado.
Robert fica pensativo e ansioso para estar na presença de sua querida amiga.
Seu chefe, como que o trazendo de um sonho, lhe diz que há mais um livro na
pauta da semana e que o cliente tem pressa. O olhar de Robert é desanimador.
Na manhã seguinte Robert deve decidir o que fazer.
• Se você acha que Robert deve procurar um médico e conseguir um atestado
para não ir trabalhar, vá para P135.
P67. Robert abre sua pasta e pega em mãos o quadro de carreira. No quadro de carreira
consta bem acima: Homologação pelo Ministério do Trabalho e Administração de
nº 7816100/089.
• Vá para P70.
..............................
P68. O chefe do Geps lhe dá uma cópia do quadro de carreira e lá consta: “O cargo de
auxiliar de tradução terá um acréscimo de 5% no salário a cada ano de trabalho
transcorrido na empresa até completar o teto de 20%.” Havia outras disposições
lá e, ao final daquele documento, constava: Homologação pelo Ministério do
Trabalho e Administração de nº 7816100/089.
• Vá para P70.
..............................

• Se você acha que Robert deve falar direto com seu chefe, vá para P131. P70. Quanto à questão da equiparação de Robert (marque a alternativa correta).
a) Robert não tem direito, pois seu contrato é de experiência. Terá direito, quando
• Se você acha que Robert deve se informar sobre seus direitos e depois falar
for efetivado.
com o chefe, vá para P73.
b) Robert tem direito, pois preenche os requisitos da CLT para obter a equipa-
..............................
ração salarial.
P9. Robert e Elisabeth passaram momentos divertidos no teatro. Depois resolveram c) Robert não tem direito por existir quadro de carreira homologado.
comer algo. Foram a um restaurante conhecido.
d) Robert não tem direito pelo simples fato de existir quadro de carreira na
Durante o jantar, a conversa está animada e Elisabeth, como sempre, fala mais empresa.
do que Robert. Robert narra a ela o acontecido e a decisão que tomou frente às
e) Robert tem direito, pois a CLT garante equiparação em qualquer circunstância,
alternativas que lhe vieram à cabeça.
existindo ou não quadro de carreira da empresa.
Elisabeth fica espantada e diz a Robert sobre os perigos que decisões impensadas
podem acarretar, como, por exemplo, a demissão. Robert lhe pergunta como vive • Vá para o momento 6, mas antes anote a letra da afirmação escolhida para a
nos meses seguintes o trabalhador caso seja demitido. Elisabeth lhe responde que questão acima na grade de respostas do momento 5.
se o trabalhador for demitido sem justa causa, tem direito ao seguro-desemprego,
mas se for demitido por justa causa, não o terá. E que, se ele quiser, ela pode lhe
explicar como funciona.

• Se Robert quiser ouvir a explicação, vá para P72.

• Se Robert acha que ainda não é o momento de saber, pois só quer estar ali
38 47
 possível reduzir o salário já fixado por acordo ou convenção coletiva na justiça
trabalhista. Este acordo é dirigido por entidades de classe como os sindicatos.
Quando o salário for estipulado por mês, ele deverá ser pago mais tardar até o
quinto dia útil do mês seguinte.
O salário em espécie deve ser pago sempre em moeda corrente nacional.
Já, sobre equiparação salarial, o fato é que não pode, na mesma empresa, haver
pessoas que exerçam o mesmo cargo (com diferença de tempo de serviço menor
que 2 anos) e recebam salários diferentes. É garantido ao empregado a equipa-
ração salarial quando isso ocorrer. Portanto, se um trabalhador exerce a mesma
função que outro, mas recebe salário menor, pode pedir equiparação salarial.
Os requisitos constantes no art. 461 da CLT são:
a) trabalho para o mesmo empregador;
b) na mesma localidade;
c) entre empregados da mesma função;
d) com diferença de tempo de função não superior a 2 anos;
e) que exerçam o trabalho com a mesma produtividade;
f) que tenham a mesma perfeição técnica.
Podem pleitear equiparação mesmo funcionários que já não estejam mais na em-
presa desde que tenham trabalhado por algum período junto a outro trabalhador
de igual função atendendo os requisitos exigidos por lei. Também os trabalhadores
com contratos temporários, como o de experiência, têm este direito já que se
aplica a esses tudo o que estabelece a CLT.
Diante dessa explicação:
• Robert fica satisfeito e decide ir falar com o departamento de gestão de pessoas
(Geps) para resolver a sua situação. Vá para P21.
• Robert indaga Elisabeth se há algo mais a saber. Vá para P62.
..............................
P66. O quadro de carreira, no entanto, para ser válido, deve ser homologado pelo
Ministério do Trabalho e Administração, conforme decisão do Tribunal Superior
do Trabalho, em seu enunciado de nº 6.
“Havendo quadro de carreira homologado, não cabe ao empregado pleitear equi-
paração salarial”.
• Se Robert já falou com o Geps, vá para P67, mas antes anote a letra [n] na
grade de respostas do momento 5.
46
na presença de Elisabeth, vá para P56.
..............................
P51. O pagamento do seguro-desemprego se dá da seguinte forma:
a)Aos empregados: em parcelas mensais em número de 3 a 5 conforme o tempo
de serviço prestado e em valores variáveis conforme a remuneração do tra-
balhador.
b)Aos resgatados: pago em 3 parcelas no valor de 1 salário mínimo nacional.
c)Aos pescadores: pago durante o período de proibição de pesca no valor de 1
salário mínimo nacional.
• Robert está satisfeito com as informações. Siga para P130, mas antes anote
a letra [t] na grade de respostas do momento 4.
• Se você anotou a letra [x] na grade de respostas, então Robert responde ao
amigo e vai para P130, mas antes anote a letra [u] na grade de respostas do
momento 4.
..............................
P53. Chega um amigo de Robert ao restaurante. Após alguns minutos de conversa, ele
informa a ambos que fora demitido e pergunta se Robert sabe como funciona o
pagamento do seguro-desemprego. Robert não sabe responder.
• Se Robert quer saber mais e informar o amigo, vá para P51, mas antes anote
a letra [x] na grade de respostas do momento 4.
• Se Robert não quer saber mais nada, pode ir para P130, mas antes anote a
letra [z] na grade de respostas do momento 4.
..............................
P54. São direitos de todo o trabalhador contratado, também:
a)receber e gozar férias (a cada período de 12 meses).
b)receber repouso remunerado (os dias de descanso, como finais de semana).
c)ter depositado o seu FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).
d)receber um salário a mais no ano chamado décimo-terceiro salário que poderá
ser pago em uma ou, no máximo, duas parcelas. A primeira, paga entre os meses
de fevereiro e novembro, e a segunda, até o dia 20 de dezembro. Em caso de
rescisão do contrato antes do período de aquisição, o trabalhador receberá de
forma proporcional ao tempo trabalhado.
e)receber seguro-desemprego (no caso de extinção do contrato).
39
 • Se você acha que Robert agora deve falar com o chefe, vá para P131, mas
antes anote a letra [m] na grade de respostas do momento 4.
• Se Robert já falou com o chefe, vá para P9, mas antes anote a letra [n] na
grade de respostas do momento 4.
..............................
P56. Após o jantar, Robert percebe, pela janela, um senhor do lado de fora pedindo
esmola. Repara tratar-se de alguém com uma certa instrução, devido à forma
como se dirige às pessoas. Pensa que poderia ser ele naquela situação.
• Se Robert repensa sua opção e decide se esclarecer com Elisabeth sobre o
seguro desemprego, vá para P72, mas antes anote a letra [r] na grade de
respostas do momento 4.
• Se Robert entende que somente deve se informar se um dia for demitido, pois
acredita que se assim não fizer pode atrair azar, vá para P130. Mas antes
anote a letra [s] na grade de respostas do momento 4.
..............................
P58. Robert faz a consulta em um consultório mal apresentável e finge sintomas de
dor de cabeça e moleza. O médico, após rápida inquirição, sem nem tocar no
paciente, preenche o atestado. Robert paga, pega o atestado e sai.
Já do lado de fora da clínica, Robert, com um sorriso no rosto pela conquista,
encontra quem não devia. Robert topa com seu Amauri, o tradutor com quem
trabalha. Ele olha para Robert, olha para a clínica, pensa por um segundo e
dispara:
- Atestado frio, é? – Robert fica gelado.
- Como? Pergunta Robert, tentando disfarçar.
- Olhe para você! Está na cara que não está doente. Veio a esta clínica que todo
mundo sabe para o que serve.
- Não... bem... - Robert está desconcertado.
- Só vou lhe dizer uma coisa, garoto. Se você fizer isso, eu te denuncio e seu
Jaime te demite por justa causa. No entanto, se isso que você tem nas mãos não
aparecer lá na empresa, eu também não terei visto nada, ok? – dizendo assim,
se foi.
Robert percebeu a grande besteira que fez. Perdeu o dinheiro do atestado, e quase
perdeu seu emprego, podendo ser demitido por justa causa.
• Péssima escolha. Informe-se sobre essas questões e fale com seu chefe. Vá
para o P73.
..............................
P72. O seguro-desemprego é um benefício temporário, a que terá direito o trabalhador
40
do quadro de carreira. Vá para P66, mas antes anote a letra [m] na grade de
respostas do momento 5.
..............................
P28. Robert comenta despretensiosamente o fato com um colega e este, para seu
espanto, entende que aquilo não está certo. O colega fala que trabalhadores
de cargos iguais tem direito à equiparação salarial, ou seja, direito a receber o
mesmo que o outro.
• Se, diante desse fato, Robert decide se informar, vá para P65, mas antes anote
a letra [f] na grade de respostas do momento 5.
• Se Robert continua achando o assunto sem relevância, vá para P70.
..............................
P62. Elisabeth explica.
- Robert, é o seguinte: a exceção à regra é o fato de a empresa possuir quadro de
carreira para seus funcionários. O quadro de carreira pode estabelecer diferenças
entre as funções a serem exercidas.
Por exemplo, suponha que conste no quadro de carreira da empresa o cargo de
almoxarife. Esse cargo terá a seguinte progressão:
1. almoxarife 1. (antes de um ano de efetivo exercício da função);
2. almoxarife 2 (após um ano de efetivo exercício na função com acréscimo de
0,5% no salário);
3. almoxarife 3. (após três anos de efetivo exercício com acréscimo de 10% no
salário.
Como você pode perceber, o quadro de carreira já estabelece uma regra particular
daquela empresa para equiparação salarial de seus funcionários, reclassificando-os
conforme o tempo transcorrido.
Robert agradece e desliga.
• Se Robert agora decide voltar ao Geps e perguntar sobre a existência do quadro
de carreira, vá para P23, mas antes anote a letra [h] na grade de respostas
do momento 5.
• Se Robert entende que deve perguntar se há ainda algo mais, vá para P66,
mas antes anote a letra [k] na grade de respostas do momento 5.
..............................
P65. Elisabeth lhe dá a seguinte explicação:
Uma das características do salário é que ele é irredutível. Assim, somente é
45
Caro Leitor!
Robert recebe seu primeiro contracheque na editora. Ele não entende por que recebeu
menos do que esperava. Aqueles descontos lhe são um mistério e ele pede auxílio para
sua colega.
Ela lhe explica que há um salário total chamado salário bruto e, sobre esse salário, são
descontados, por lei, valores em relação a imposto de renda, INSS e outros, e que ao
final, o que restar é chamado de salário líquido. Ela, inclusive, mostra a ele o seu próprio
contracheque para que Robert verifique que neste constam os mesmos descontos.
Naquele momento, Robert percebe que, embora sua colega tenha o mesmo cargo que o
seu, ou seja, auxiliar de tradutor, o salário dela é maior. Robert agradece a explicação,
no entanto, fica pensando na razão daquela diferença salarial e, inicialmente, conclui
ser pelo fato de ela estar há mais tempo no emprego.
Diante dessa situação:
• Se Robert não se preocupa com o fato e deixa como está, vá para P28.
• Se Robert decide que deve entender o porquê da diferença e liga para Elisa-
beth, vá para P65.
..............................
P21. Robert vai falar com o chefe do departamento de gestão de pessoas (Geps) , mas
ele está muito ocupado e não lhe dá muita atenção. Olha seu contracheque, ouve
a história de Robert referente à sua colega e ouve do senhor no balcão uma única
frase: Está tudo certo! Não há problema nenhum no seu caso.
• Se diante dessa desastrosa entrevista, Robert decide saber mais, vá para P62,
mas antes anote a letra [g] na grade de respostas do momento 5.
• Se Robert decide que não quer saber mais nada, mas sim encerrar aquele dia,
vá para P70.
..............................
P23. O chefe do Geps, agora mais calmo, diz a Robert que o caso está resolvido, porque
aquela empresa possui quadro de carreira. Dá a Robert uma cópia do quadro de
carreira, homologado, ao que Robert agradece e sai. Robert o consulta. Lá estava
escrito que o cargo de auxiliar de tradução teria acréscimo de 5% no salário a
cada ano de trabalho na empresa até completar o teto de 20%.
• Robert segue seu caminho e encerra sua investigação. Vá para P70.
• Robert decide ligar novamente para Elisabeth para saber sobre a homologação
44
desempregado que foi demitido sem justa causa, ou seja, que não praticou ato
que atente à relação de emprego existente (falta grave), como, por exemplo,
furto, falsificação de documentos, assédio sexual, conduta antiética, displicência
em suas atribuições, descumprimento de ordens pessoais de serviço, embriaguez,
entre outros casos. Portanto, aquele que “não deu motivos” ao rompimento do
contrato de trabalho por falta grave, poderá ter sido demitido sem justa causa,
ou seja, por motivos internos e gerenciais da empresa. Em muitos dos casos, é
como se seu superior dissesse: você é bom empregado, mas, no momento, não
temos condições de mantê-lo aqui! Esse trabalhador não ficará desamparado, pois
poderá receber o seguro-desemprego.
Para receber o seguro-desemprego, o trabalhador deve:
a) ter prestado serviço com vínculo empregatício durante pelo menos seis meses.
Esses seis meses devem estar dentro do período de 36 meses que antecedem
o pedido de benefício ou;
b) ter sido comprovadamente resgatado de situação de regime de trabalho forçado
ou condição igual a escravidão ou;
c) ser pescador artesanal nos períodos de pesca proibida fixados pelo Ibama.
• Robert quer saber mais. Vá para P51, mas antes anote a letra [o] na grade
de respostas do momento 4.
• Robert está satisfeito com a explicação. Vá para P53, mas antes anote a letra
[p] na grade de respostas do momento 4.
..............................
P73. São direitos de todo o trabalhador contratado:
a) ter sua relação de emprego anotada na CTPS;
b) receber o salário combinado no prazo estipulado;
c) receber adicional noturno;
d) receber por horas extras quando trabalhar além do horário combinado, com
adicional mínimo de 50% no seu valor (art. 7º, XVI da Constituição Federal
de 1988). O limite é de duas horas extraordinárias por dia (art. 59 CLT) res-
peitando o período mínimo de onze horas consecutivas entre duas jornadas
de trabalho (art. 61, CLT);
e) receber auxílio-transporte (vale-transporte).
• Vá para P54, mas antes anote a letra [k] na grade de respostas do momento
4.
..............................
P130. A noite foi maravilhosa para Robert, que está levando Elisabeth para casa. No
41
 caminho, resolve esclarecer algumas dúvidas que ainda persistem sobre horas
extras e auxílio-desemprego e pergunta a ela: - Qual das afirmações a seguir está
MOMENTO 5
correta?
I. Eu devo receber pelas horas extras que fizer, acrescidas de 50% de seu valor e As palavras de Mark ainda soavam na mente de Robert e ele parecia não se conven-
décimo-terceiro salário proporcional ao tempo de serviço, mesmo com contrato cer:
de experiência. Mas somente terei direito ao benefício do seguro-desemprego - Ora, Robert! Letra de contador é tudo igual.
se continuar na empresa e completar seis meses de trabalho.
Podia ser. Seu pai teve vários contadores em sua fábrica e na maioria das vezes não se
II. Eu não devo receber horas extras, pois as duas horas que cumpro regularmente
podia entender nada do que escreviam. Parecia mesmo que escreviam para não serem en-
estão dentro dos limites legais. Quanto ao auxílio-desemprego, na presente
tendidos. No entanto, havia algo mais do que a letra, mas ainda não sabia o que era.
data, ainda não tenho direito.
III. Eu devo receber pelas horas extras que fizer, acrescidas de 50% de seu valor, Foi até a cozinha fazer um café. Enquanto esperava a água esquentar, avistou pela porta
mas não receberei décimo-terceiro salário, pois meu contrato é de experiên- aberta a garagem da casa. A cadeira... A máquina que o trouxe até ali. Porque razão
cia, por 60 dias. ela veio parar na casa de Mark e Ana? Já tentara obter essa resposta, mas seu anfitrião
sempre dava um jeito de desviar o assunto.
IV. Eu devo receber horas extras com adicional de 50% do seu valor e décimo-
terceiro salário proporcional. Também tenho direito ao seguro-desemprego
Enquanto tomava seu café, o telefone tocou. Correu em sua direção e levantou o fone,
proporcional pago na forma de três a cinco parcelas após a rescisão do
mas quando o fez, percebeu que Ana já havia atendido. No entanto... quando ia desligar,
contrato.
reconheceu a voz que conversava com Ana. Era a voz de Elisabeth!
• Ajude Elisabeth a escolher a afirmação correta para responder a Robert, anote
a resposta na grade do momento 4. Vá agora para o momento 5. Robert baixou lentamente o fone e aguardou na sala. Após alguns minutos, Ana desceu
do quarto. Robert olhou para Ana, esperava que ela tivesse algum recado de Elisabeth
.............................. para ele, no entanto, Ana nada disse. O silêncio de Ana junto a um singelo sorriso foram
as únicas coisas que Robert teve antes de aquela senhora se dirigir à cozinha. Ela não
P131. Robert fala com seu chefe e explica sua situação. O chefe, para sua surpresa, o disse nada sobre a ligação. Apenas foi. Um calafrio percorreu o corpo de Robert. Ele
libera para ir ao teatro e deseja uma boa noite de diversão. Diz a Robert da im- não sabia mais o que pensar...
portância de conhecer os direitos trabalhistas, bem como, de saber como pô-los
em prática.

• Se Robert ainda não leu sobre seus direitos, vá para P73, mas antes anote a
letra [h] na grade de respostas do momento 4.

• Se Robert já leu antes de falar com o chefe, vá para P9, mas antes anote a
letra [i] na grade de respostas do momento 4.
..............................

P135. Péssima opção. Atestado frio é crime! Tanto para quem solicita, quanto para quem
o emite . Porém, embora seja um delito, infelizmente, certos (maus) profissionais
resolverão o problema sendo bem pagos.

• Se Robert deve ir em busca do atestado, vá para P58, mas antes anote a letra
[f] na grade de respostas do momento 4.

• Se Robert desiste e quer se informar mais sobre o assunto, vá para P73, mas
antes anote a letra [g] na grade de respostas do momento 4. ..............................

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