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OTROS VERGARA’S:

DESCENDÊNCIA DE JUAN DE VERGARA


JUAN DE VERGARA – provavelmente nascido no 1º quartel do Séc. XVIII. Sabe-se que teve um filho, nascido no Vale
de Catamarca ou Buenos Aires, com LUÍSA AGUERO, de quem nada mais se sabe. JUAN faleceu
em Maldonado, Uruguai, com idade e data desconhecidas.
1. FRANCISCO VERGARA – nascido na 4ª década do século XVIII em Catamarca ou Buenos Aires,
(segundo Geneanet/adevesadeves/ cerca de 1740). Foi soldado das forças espanholas que invadiram a Vila do Rio
Grande de São Pedro em 1763 (Domínio Espanhol de 1763 a 1772) onde veio a conhecer ROMANA DE OLIVEIRA,
batizada nesta Vila aos 18 de agosto de 1750 (1B-107v) (Domingues, pg.32). Francisco faleceu em San Carlos,
Maldonado, Uruguai. (segundo Geneanet/adevesadeves/ faleceu com 62 anos de idade em Minas, Lavalleja, Uruguai
aos 15/01/1802; tendo casado cerca de 1767 na Vila do Rio Grande quando do Domínio Espanhol).
Romana foi filha de Agostinho de Oliveira, nascido cerca de 1715, na freg. de S. Salvador de Bravães, a 2 km da vila
de Ponte da Barca, no distrito de Viana do Castelo em Portugal, ou na freguesia de Santa Leocádia em Ponte do Lima,
(filho de José Antunes de Siqueira casado com Maria Lopes).
Agostinho casou-se cerca de 1742, (Geneanet), com Rita de Jesus da Rosa, natural da Colônia do Santíssimo
Sacramento, nascida em 1º/01/1724. (Filha de João da Rosa, nascido cerca de 1683 em Matriz, Horta, Ilha do Faial,
Açores, Portugal casado com Francisca Rodrigues, nascida, também em Matriz, cerca de 1688. Agostinho veio a
falecer em São Carlos de Maldonado no Uruguai com 63 anos de idade em 09 de janeiro de 1778 para onde se
mudara “poco há vecino de este pueblo”. Em 1772 foi testemunha na habilitação de casamento em San Carlos do ex
soldado Manuel Rodrigues de Souza a quem declarou conhecer de 9 para 10 anos “não só no Rio Grande, senão na
colônia, no Real de San Carlos (área externa da Colônia a partir de onde as tropas espanholas deram cerco à fortaleza
portuguesa em 1761) e nesta vila” (de São Carlos). (Domingues, pg. 32 e 21). Agostinho tendo nascido em 1715,
teria cerca de 47 anos quando declarou conhecer Manuel, ou seja, em 1762 ano da rendição da Colônia às forças de
Cevallos. Talvez Agostinho fosse soldado nessa praça e tenha fugido para o Rio Grande ante a derrocada iminente.
Em 1743 já tinham relacionamentos na vila do Rio Grande pois aí aparecem como padrinhos de batismo (1B-46,
Domingues, pg. 32), tendo Agostinho cerca de 28 anos e já casado com Rita da Rosa então com seus 19 anos de
idade. Foram pais de 6 filhos batizados em Rio Grande, tendo sido Romana a primogênita em 1750, seguiu-se
Joaquim em 1752, Francisco e Anna em 1757 e 1759, (batizados na Fortaleza de São Miguel), Manoel e José sob o
Domínio Espanhol em 1763 e 1764. Como em 1758 e 1759 se encontrava na Fortaleza de São Miguel, em 1761 no
Real de San Carlos e em 1772 foi testemunha de casamento de um ex soldado em San Carlos, isso leva a crer que
Agostinho, também, deve ter sido soldado.
Como o soldado Francisco Vergara deve ter acompanhado as primeiras tropas que invadiram a Vila do Rio Grande
em abril de 1763, e Romana teve 3 dos seus filhos registrados “sob o Domínio Espanhol”, deduz-se que seu
matrimônio deva ter ocorrido em 1765 ou 1766, quando ela estaria com 15 ou 16 anos de idade e Francisco com
seus 26 ou 27 anos. Geneanet informa que este matrimônio ocorreu cerca de 1767 com o 1º filho, (Maria das
Mercês), nascendo cerca de 1768, segundo Domingues pg. 32, casou-se em 1784, (com idade de 16 para 17 anos, o
que estaria dentro dos padrões da época). Domingues informa que seu 2º filho foi Damásio e que se casou em 1788,
(não podendo ter nascido antes da invasão, havendo erro na data de 1758, informada em outros trabalhos).
Geneanet informa ser ele o 3º filho com nascimento cerca de 1770 em Mostardas, RS. Este site informa que o 2º
filho foi Clementino nascido cerca de 1769 na Vila do Rio Grande. Seguiu-se outros 3 filhos nascidos em San Carlos:
José em 1º/07/1772, (Maria Ramona em 1774 e Isabel Petrona em 28/06/1785.
Domingues declara que Francisco e Romana geraram 3 filhos sobre o Domínio Espanhol da Vila do Rio Grande:
Maria das Mercês, Damásio Vergara, e Isabel Petrona. Mais 2 em San Carlos de Maldonado: José de Castro Vergara
e Isabel Pereira.
Ao passo que em Geneanet vamos ter 2 nascidos em Rio Grande: Maria das Mercês, cerca de 1768 e Clementino,
cerca de 1769 e Damásio, cerca de 1770 em Mostardas, RS e outros 3 em San Carlos: José em 1º/07/1772, Maria
Ramona em 1774 e Isabel Petrona aos 28/06/1775. Estes dados aparentam ser mais confiáveis que os de
Domingues.
Descendência de Francisco Vergara e Romana de Oliveira
F1. MARIA DAS MERCÊS – nascida na Vila do Rio Grande c. de 1768, (ou 1765). Casou nesta
mesma Vila com c. 16 (ou 19) anos, aos 14 de outubro de 1784 com Francisco Xavier Vieira, também, natural desta
Vila (C2,52v).
Filho de Jorge Viera (da Rosa) e Rita Maria Pacheco – nascidos e bat. na freguesia de Nª. Sª. do Rosário da Vila
Nova do Topo na ilha de São Jorge. Açores. O primeiro filho do casal nasceu em 14/12/1756 (1B – fls?), o segundo
1
em 28/10/1758 (3B – fls112), o terceiro em 03/10/1760 (4B – 57v), o quarto em 23/04//1762 (4B – fls 133)
(Jacottet/Minetti pg. 70), portanto, Francisco nasceu entre 1763 e 1766.
F2. DAMÁSIO VERGARA - nascido na Vila do Rio Grande, RS c. de 1767 (ou 1763? Ou 1758?).
Casou nesta mesma Vila com 21 (ou 25ou 30) anos, aos 08 de novembro de 1788 com Anna Bernarda Ferreira,
nascida em 21 de junho de 1772 no Estreito, RS (C2,79v) (mitoblogos 285) com a idade de 16 anos. Esse nome
também é referido por Domingues, os demais consultados falam em Maria Bernarda Bittencourt (registros
paroquiais, inventário e testamento). Em casada adotou o nome: Anna Bernarda Vergara.
Filha de Antônio Ferreira Porto e Rita Bernarda de Bittencourt. Ele era natural de Água Santas, Maia, Bispado do
Porto, Portugal. Ela nascida em 15/10/1728 em Ribeiras, Ilha do Pico, e falecida na Vila do Rio Grande em 1796 com a
idade de 68 anos.
Em 26/08/1816 Damásio foi um dos foreiros (arrendatários) do capitão Antônio Francisco dos Anjos às margens do
Arroio Pelotas, RS (onde hoje é a área urbana desta cidade) de uma área com 18 braças (39,60 mts), estabelecendo-
se aí como charqueador. (Monquelat, pg.3). Ao falecer, por voltas de 1823/1825, era proprietário de 2 campos em
Jaguarão, RS (sendo um deles com 1 sesmaria) onde criava cerca de 900 reses e 900 ovelhas, mas sua principal
atividade era a charqueada que ficava em Pelotas, RS. Seu rebanho era de médio porte, que certamente não
abastecia plenamente sua charqueada, o que deveria ser feito pelos parentes radicados naquela região. No
arrolamento dos bens pós morte, Damásio possuía, além dos campos e da charqueada, 35 escravos em Jaguarão,
sendo 2 marinheiros, 2 campeiros, 1 domador, 1 sapateiro, 23 carneadores e salgadores e 6 escravas fêmeas. O casal
fazia parte da elite dos abastados de Jaguarão, ou seja, que possuíam mais de 20 escravos (7 dos 136 proprietários
com riquezas (inventariados)). (Aladen, pg.23, Gulart, pg.22/23).
Entre 1789 e cerca de 1810, o casou gerou 7 filhos (Ognibeni, pg.224) nascidos na Vila do Rio Grande:
N1. MANUEL VERGARA – nascido em 1789 (?), casou com Escolástica da Conceição, filha
de José Pereira Machado e Damásia Inácia de Jesus.
N2. FELIPA VERGARA DE JESUS – nasceu cerca de 1790, casando com 17 anos, aos 07 de
fevereiro de 1807 em Arroio Grande, RS com Felisberto José Fernandes Souto,
natural de Rio Grande, RS então com 22 anos, nascido em 1785.
Filho de Manuel Fernandes Souto, * 05/04/1755, em Rio Grande, RS e aí batizado em 15/04/1755, (2B – fls46)
(Jacottet/Minetti, pg.71) casado em Rio Grande, RS em 1781 com Aurência Maria Furtado de Mendonça nascida em
1760 em Rio Grande, RS.
Felipa passou a assinar Vergara Souto. O casal gerou 5 filhos entre 1807 e 1815:
B1. FORTUNATO FERNANDES VERGARA, nascido em Arroio Grande (?), RS no
final de 1807 ou início de 1808. Contraiu matrimônio com Rosária Zuluaga.
Fortunato foi Tenente Coronel de Cavalaria. O casal gerou 2 filhos:
Tn1. LUIS GONZAGA FERNANDES VERGARA - casou com Amélia Alves
Pereira.
Geraram 10 filhos:
Tt.1 PETRONA ALCIRA FERNANDES VERGARA c/c Floro Agapito
Alves Pereira * 18/08/1873 em Herval RS. O casal gerou
13 filhos: (P1 a P13)
Tt2. LUÍS GONZAGA FERNANDES VERGARA (Fº) *24/02/1894 em
Cerro Largo, RS c/c Adélia Dutra. Luís faleceu com 79
anos no Rio de Janeiro, RJ aos 07/03/1973. Era formado em Direito (1926); foi Secretário do Presidente Getúlio
Vargas de 1936 a 1945.
Geraram 1 filho:
P14. ? DUTRA VERGARA
Tt3. DOROTHEA GREGÓRIO VERGARA c/c ? Lopes. Geraram 6
filhos:
P15. HÉLIO LEONIDAS VERGARA LOPES (+ P16 a P20)
Tt4. NATÁLIO
(+ Tt5 a Tt10)
Tn2. FELISBERTO FERNANDES VERGARA *c. 1831 c.c Mercedes Espinosa
* 09/11/1856 em Herval RS. Filha de Loreto Espinosa e Inês Ro-
drigues de Carvalho * 1832. Era sua prima 3ª (ver Tn6 abaixo).
Felisberto foi advogado e Procurador Geral da República.
Geraram 7 filhos:
Tt11. OSWALDO FERNANDES VERGARA * 11/02/1883 em Jagua-
rão, RS. Casou em Pelotas, RS aos 05/05/1920 com
2
Izabel Pereira Dias de Castro*15/03/1885 em Porto Alegre, RS. Ele com 37 anos e ela com 35 anos.
Ela era filha de Francisco de Paula Dias de Castro, *1º/10/1855 em Rio Pardo, RS c/c Maria Rita Barreto Pereira.
Ele faleceu c. 1924 no Rio de Janeiro, RJ com 64 ou 72 anos (o que indica seu nascimento em 1852 ou 1860).
Oswaldo em 1900, com 17 anos, mudou-se para Pelotas, RS e em 1902 para Porto Alegre, RS. Em 1907 tornou se
Bacharel em Direito. Foi Escriturário do Tesouro, professor de francês e Português, Delegado de Polícia, Presidente
da OAB/RS, Deputado Federal de 1947 a 1950. Faleceu em Porto alegre, RS com 90 anos de idade, aos 30/10/1973.
O casal gerou 7 filhos:
P21. TELMO DIAS DE CASTRO VERGARA*c/c ? Galvão
Geraram 3 filhos:
H1. ... GALVÃO VERGARA (+ H2. e H3.).
P22. YOLANDA DIAS DE CASTRO VERGARA c/c ?
Ribeiro Barbosa. Geraram 1 filho:
H4. RICARDO VERGARA BARBOSA
P23. MÁRIO DIAS DE CASTRO VERGARA
P24. SÔNIA DIAS DE CASTRO VERGARA c/c ? Peres
Borges. Geraram 3 filhos:
H5. ...VERGARA BORGES (+ H6 e H7).
P25. NUNO DIAS DE CASTRO VERGARA c/c ? Deloren-
zi. Geraram 1 filho:
H8. ...DELORENZI VERGARA
P26. CAMILO DIAS DE CASTRO VERGARA c/c ? Nemo-
to. Geraram 3 filhos:
Geraram 3 filhos:
H9. ... NEMOTO VERGARA (H10. e H11).
P27. ? VERGARA CERQUEIRA
Tt12. PALMIRA FERNANDES VERGARA * 1º/01/1891 c/c ? Cor-
reia. Geraram 6 filhos:
P28. ... VERGARA CORREIA (+ P29 a P33).
Tt13. MARIA INÊS FERNANDES VERGARA * 1º/01/1893 em Ja -
guarão, RS c/c ? Berengarai. Geraram 3 filhos:
P34. ... VERGARA BERENGARAI (+ P35 e P36).
Tt14. PEDRO LEÃO FERNANDES VERGARA * 18/06/1894 em Por-
to Alegre, RS casou com 26 anos em Pelotas, RS aos
05/ 02/1920 com Silvia Vilela, então com 22 anos, *02/11/1898.
Pedro Leão cursou o ensino primário em Jaguarão, o secundário e iniciou do curso de direito em Porto Alegre,
concluindo-o em Pelotas. Foi advogado, participou das Constituintes de 1934 e 1946. Foi Deputado Federal de 1935 a
1937 e de 1946 a 1951. Promotor Público em 1919. Procurador da República de 1951 a 1954. Foi membro do
Conselho da OAB. (FGV-CPDOC). Faleceu no Rio de Janeiro, RJ em 29/07/1979 com 85 anos de idade.
Pedro e Sílvia geraram 2 filhos:
P37. ... VILELA VERGARA
P38. ... VILELA VERGARA
Tt15. DORINA FERNANDES VERGARA *1º/01/1897 c/c ? Coelho.
Geraram 1 filha:
P39. ... VERGARA COELHO
Tt16. MARIETA FERNANDES VERGARA * 12/10/1898.

Tt17. JUDITH FERNANDES VERGARA* 22/09/1899 em Jaguarão


RS, c/c Patrício Pinto da Silva. Judith faleceu em
Porto Alegre, RS com 51 anos aos 13/11/1950. Teve geração de 5 filhos:
P40. MARIA NÉA PINTO DA SILVA ZECHLINSKI c/c ?
Zechlinski.
P41. WILSON VERGARA PINTO DA SILVA
P42. ... VERGARA PINTO DA SILVA
P43. NILDA ELIZETE VERGARA PINTO DA SILVA
3
P44. NICE ESTELA DA SILVA E SILVA c/c ? Silva.
B2. REGINALDO FERNANDES VERGARA - casou com Maria Rodrigues Lucas.
B3. LUIZA – batizada em Pelotas, RS aos 23 de fevereiro de 1813 (L1,5v).
B4. CARLOTA – batizada em Pelotas, RS aos 28 de abril de 1814 (L1,18).
B5. ISABEL – nascida em Pelotas, RS em 1º de setembro de 1815 e aí batizada
em 12 do mesmo mês (L1,39). (Jacottet/Betemps pg. 49). Madrinha: Eugênia Vergara (Quem foi?)
N3. JOÃO ASSÁRIO VERGARA* c. 1791 (?).
N4. DAMÁSIO VERGARA (Fº) – nascido em Rio Grande, RS em 1793(?), casou com Eulália
Barbosa da Conceição em Pelotas, RS aos 12 de março de 1814
(L1B,fls7)(Jacottet/Betemps pg.143) com idade de 21 (?) anos.
Eulália era natural da freguesia de Rio Grande, RS filha de Manuel Barbosa da Silva e Ana Joaquina da Conceição.
N5. GUILHERMINA VERGARA* c. 1795 (?).
N6. FRANCISCO VERGARA – nascido em 1797(?) Casado com Carlota Sánchez.
Em 1840 já se verificava a presença dos irmãos João Assário, Damásio (fº), Clementino e Francisco, “los brasileros
de estirpe basca”, dedicados as tarefas de gado, e em 1847 já se encontravam radicados em campos que adquiriram
na região de Vergara, bem como, sua irmã Guilhermina, passando a serem vizinhos de seu tio José de Castro
Vergara, irmão de seu pai Damásio Vergara. (Desde Vergara y la Región – 2016; Radio online 2012)
N7. INOCÊNCIA VERGARA – nascida em Rio Grande, RS cerca de 1805 (?), casou com
Pedro Gil, natural de Maldonado; filho de Manuel Gil e Vicenta Iglesias, naturais de Santiago. Ela passou a assinar-se
Inocência Gil. O casal gerou apenas um filho:
B6. VICENTE – * em Pelotas, RS no ano de 1823 (L1,162v). (Jacottet/ Betemps,
pg. 112).
F3. ISABELA PETRONA - nascida na Vila do Rio Grande c. de 1770. Casou nesta mesma Vila com
26 anos, em 1796 com João Lopes de Moura (ou João Luís), nascido em Curitiba, PR e fa-
lecido em Jaguarão, RS em 14 de outubro de 1852.
Era filho de Sebastião Lopes de Moura e Luísa Angélica.
F4. JOSÉ DE CASTRO VERGARA – nascido em 1º de julho de 1772 em San Carlos, Maldonado,
Uruguai, aí batizado no dia 04 do mesmo mês (1B – 19v) (Domingues, pg.33). Casou com Maria Fernandes, natural
de Rio Grande, RS. (Irmã de Felisberto José Fernandes Souto, marido de sua sobrinha emprestada Felipa Vergara de
Jesus, filha de Damásio (pai), irmão de José, seu marido). (ver N2 acima).
O matrimônio realizou-se em Rio Grande, RS aos 05 de junho de 1800, (mitoblogos 285),
quando José estava com 28 anos.
O casal gerou 7 filhos legítimos entre 1800 e 1815. Como o matrimônio ocorreu em Rio Grande, RS talvez o casal
tenha tido aí os primeiros filhos, só se tem registro que Francisco veio a nascer em Pelotas, RS no ano de 1815. José
teve outros 5 filhos por linha natural: Tertuliano * c. 1803; José Pedro * c. 1804; Luísa Rodrigues de Castro * c. 1805
e Hildebrando Vergara * C. 1809. Este foi militar no Rio Grande do Sul, participou da defesa de Jaguarão, RS no dia
27 de janeiro de 1865 quando da invasão desde o Uruguai do General Basílio Muñoz e do Caudilho Timóteo Aparício
com 1500 combatentes (Historias Vergarenses) que rapidamente foram repelidos.
Em 24 de abril de 1835, com 63 anos, tendo domicílio em Arroio Grande, RS, comprou grande extensão de campos
à esquerda da hoje Ruta 18 bem como, de parte do que é hoje Vergara. (Blog Desde Vergara e ...). (Retirando-se do
Rio Grande face a Revolução Farroupilha?) É provável que seus filhos mais velhos o acompanhavam nestas lides
campeiras...talvez daí tenham conhecido Josefa Ignácia Saravía...
Em 1840 já se verificava a presença de seus sobrinhos João Assário, Damásio (fº) e Francisco, “los brasileros de
estirpe basca”, dedicados a atividade pecuária. Em 1847 já se encontravam radicados em campos que adquiriram na
região de Vergara, passando a serem vizinhos de seu tio José de Castro Vergara.
José de Castro Vergara teve um neto, José Vergara, que também comprou terras na região no mesmo dia, mês e
ano que seus primos 2ºs, João Assário, Damásio (fº) e Francisco, para tanto, supõe-se que sua idade estivesse na
casa dos 30 anos. As terras destes foram compradas meses depois por Juca, e as de José, ele só iria adquiri-las 10
anos depois, quando da sua morte e herdadas por sua mãe, Josefa Ignácia Saravia, cunhada de Juca. Portanto, José
faleceu entre 1857 e 1867 (data da compra da herança) com idade presumível de 30/40 anos, o que nos leva a seu
nascimento por voltas de 1827 e sua morte cerca de 1862 com 35 anos. Essa dedução nos leva ao nascimento de seu
pai por voltas de 1802, o que condiz com a época do casamento de seu avô José de Castro Vergara em 05/06/1800.
Se o pai de José viveu cerca de 62 anos, deve ter falecido cerca de 1864 quando sua mãe teria uns 57 anos, pois em
1867, ao vender a parte da herança do filho, já era casada em 2ªs núpcias com Clementino Fernandes Vergara (o
penúltimo filho legítimo de José de Castro Vergara?). O pai de José seria, portanto, o filho mais velho, que talvez fos-
se o nominado de Fermino. (Blog Desde Vergara y la Region), (Blog Vergara Historias Locales), (Mega FM Portal).
4
N8. FERMINO FERNANDES VERGARA * c. 1802. * c. 1807 c/c (?) Josefa Ignácia Saravia.
Tiveram 1 filho:
B7. JOSÉ VERGARA * c. 1827.
N9. ADRIANO FERNANDES VERGARA * c 1804.
N10. JOSÉ FERNANDES VERGARA (Juca) – nasceu as margens do Rio Piratini, RS em
Arroio Grande, RS Freguesia do Herval, RS em 1808, então município de Canguçu, RS.
(Na Declaração de Morte ao Juiz de Paz - 2ª Secção do Departamento de trienta y Tres - seu neto, Alvaro Vergara,
analfabeto, solteiro, com 22 anos de idade e outro vizinho do falecido, declararam não saberem em que data nascera
há 98 anos atrás, deduz-se que Juca realmente nascera em 1808 e não em 1810 conforme alguns autores).
Casou com 33 anos no Cerrito, RS aos 25 de dezembro de 1841, (L4, fls 50 – Cerrito), com
Graciana Gomes de Araújo, natural deste Curato, nascida em 1820, e com 21 anos de idade, e aí falecida com 86
anos, (4º Distrito de Canguçu), em 11 de novembro de 1906, (5 meses após Juca ter falecido em Vergara, Uruguai).
Foi sepultada no cemitério particular da família Caldeira, (cf. Assentamento de Óbito). (Foi João Damaceno Caldeira
que providenciou o enterro da avó de sua esposa Ercília no cemitério de sua família?).
Ela era filha de João José Gomes e Joanna Maria Machado.
“Graciana era descendente direta dos Gomes – Açorianos que povoaram o Rio Grande do Sul – uma família que
por gerações foi proprietária de fazendas na zona de influência das atuais cidades de Cerrito (co-fundadores) e Pedro
Osório, localidades que se encontram de um lado e outro das margens do Rio Piratini, a menos de 100 quilômetros
de nossa fronteira... que aí se fixaram entre 1785 e 1816. Vem dessa época o nome do Passo Maria Gomes ligando
as sedes dos atuais municípios de Pedro Osório e Cerrito, nas margens do Piratini. Isto em razão de Maria do Rosário
Gomes, filha do proprietário da margem norte Manoel José Gomes, haver mandado abrir o citado passo para assistir
missa na Capela da Estância Santa Cruz (ex Olimpo). O povoamento iniciou-se em 1785 quando Manoel José Gomes
ali se estabeleceu em 9 léguas de campo adquiridas do Major Manoel Marques de Souza. O local inicialmente
chamou-se Maria Gomes, passando a ser conhecido como Estação Cerrito, ou simplesmente Cerrito. Em 1799
Manoel morreu afogado ao cruzar esse passo para fazer compras na estância de Pedro Só, ao sul”.
Juca é o Vergara que saiu de Canguçu com o sonho de fundar uma povoação. Após receber a sua parte da herança
pelo falecimento do pai, José de Castro Vergara, (presumivelmente em 1855, com a idade de 83 anos) e, talvez,
fugindo das consequências deixadas pela Revolução dos Farrapos, associado ao baixo custo das terras no Uruguai,
em 19 de setembro de 1857 compra uma fração de campo do primo em 1º grau João Assário Vergara (filho de
Damásio, irmão de seu pai) radicado há 10 anos na região, estabelecendo-se como produtor rural. Essa primeira
aquisição localizava-se a 4 quilômetros da hoje Cidade de Vergara, na Canhada Grande entre os arroios Parao e
Corrales, e constituiu-se no casco de sua estância. Em 08 de fevereiro, e 1º de março de 1858, comprou mais terras
lindeiras, agora dos outros irmãos, respectivamente de Damásio (fº) Vergara (casado com Guilhermina Vergara) e
Francisco Vergara (casado com Carlota Sánches). Os três irmãos, mais o primo em 2º grau, José Vergara, tinham
adquirido estas terras meses antes, em 17 de agosto de 1857. A escritura de 1857 foi autorizada em Piratini, Municí -
pio de Canguçu, RS aos 19 de dezembro de 1857 e, as outras duas, em Jaguarão, RS. As terras nas quais assentaria o
pueblo as comprou 10 anos depois, (1867) de sua cunhada Josefa Ignácia Saravia, (casada em 2ªs núpcias com seu
primo Clementino Vergara), terras que recebera por herança do filho de seu primeiro matrimônio de nome José
Vergara que as havia comprado em 17 de agosto de 1857 juntamente com seus primos, e autorizada em Rocha,
Uruguai. A escrituração só se realizou em 20 de dezembro de 1877. Nessa gleba traçou-se o primeiro plano da
fundação pelo agrimensor Manuel Coronel que mediu os terrenos. Em 1887 adquiriu uma área maior contígua a esta
para, também, erigir o Pueblo de Parao. Os primeiros lotes foram vendidos em 1891. ... Em 1903, foi oficialmente
denominado “Cidade Vergara”. Doou lotes para os órgãos públicos e praças... Muito dos lotes vendidos acabou não
recebendo. Todos os seus 11 netos (filhos de Carolino) compraram lotes em 1895 (é mais provável que tenham
ganham os lotes de seu avô, pois dos 11 netos apenas 2 eram maiores de idade: Luís e Ercilia, os outros com idades
inferiores a 15 anos, (já que se sabe que o neto Álvaro – declarante da morte do avô – tinha em 1895 11 anos de
idade); estes comprariam do avô? Carolino na época declarou que foram pagos com o pecúlio dos filhos menores....
Juca foi um apaixonado por apostar em corridas de cavalos. Hipotecou e vendeu suas terras que chegaram a mais de
3000 hectares.... Foi culpa de sua vida desordenada, de seus erros sentimentais e apostas nas Califórnias ou foi o
projeto de fundação do pueblo de seus sonhos que terminou com a fortuna do fundador? Já em 1896, 10 anos antes
de sua morte, o periódico La Verdade escrevia: “Poucos são os homens que tem sacrificado seus interesses pelo
progresso deste país, entre estes, e com justiça o Sr Vergara, que sendo dono de uma grande fortuna, se encontra no
presente relativamente pobre, somente por levar a cabo um pensamento que o lisonjeava desde sua juventude: a
criação de uma Cidade em seus domínios”. Faleceu na miséria num rancho à beira da estrada na Cidade Vergara aos
13 de junho de 1906. Seus herdeiros legais foram a esposa e o filho brasileiros. Este, pela morte da mãe, herdou o
que restava da fortuna do pai: 6 espaços urbanos edificados e 68 lotes de terra na fração comprada em 1877 e um
5
campo com 332 hectares. Deixou descendentes aí, aos quais não deu o sobrenome Vergara e nada herdaram. “A
partir dele e de acordo com as diferentes versões coletadas oralmente, chega-se à conclusão de que ele era um
homem muito rico, mas essa qualidade não prejudicava atributos como ser: bom, útil, diligente, altruísta e alcançar o
cumprimento um sonho na vida ... criar uma aldeia, nos campos da sua propriedade ... “ (Blog Desde Vergara y la
Region), (Blog Vergara Historias Locales), (Mega FM Portal).
O casal gerou apenas 1 filho:
B8. JOSÉ CAROLINO GOMES VERGARA * Canguçu, RS c.1844. (Também era
chamado de JOSÉ CAROLINO FERNANDES VERGARA). Foi casado com Enesia Silveira.
Em 5 de outubro de 1906 averiguou na Paróquia de Canguçu se encontrava assentamento que comprovasse ser
filho de José Vergara e Graciana Gomes. Sua busca não encontrou nenhum registro que o comprovasse. Por
testemunhos a justiça em Vergara o considerou em 1908 como seu único e universal herdeiro, portanto, filho
legítimo. (Com base na idade conhecida de Álvaro em 1906 – 22 anos – e que Ercilia já era casada em 1895, sendo,
apenas, ela e Luís maiores de idade, e que José Carolino nascera cerca de 1844, deduziu-se os anos aproximados de
nascimento de seus filhos. Em 1906 Osório Olympio encontrava-se (ou residia?) no 4º distrito de Canguçu, pois foi o
declarante do óbito de sua avó. Na declaração de falecimento de Juca o 6º neto Álvaro declara-se vizinho deste em
Vergara, será que toda a família de seu pai aí morava ou parte morava no Cerrito?).
Geraram uma prole numerosa: 11 filhos.
Tn3. LUÍS VERGARA * c. 1868
Tn4. ERCÍLIA VERGARA * c. 1869 c/c João Damaceno Caldeira.
Tn5. CAROLINA VERGARA * c. 1875
Tn6. OSORIO OLYMPIO VERGARA * c. 1879.
Tn7. ISOLINA VERGARA * c. 1881
Tn8. ÁLVARO VERGARA * 1884
Tn9. RÓMULO VERGARA * c. 1886
Tn10. JULIETA VERGARA * c. 1888
Tn11. AIDÉ VERGARA* c. 1890
Tn12. ENESIA VERGARA * c. 1892
Tn13. JUAN JOSÉ VERGARA * c. 1894
N11. LINO FERNANDES VERGARA * c. 1810.
N12. FAUSTINA FERNANDES VERGARA *c. 1811.
N13. CLEMENTINO FERNANDES VERGARA * c. 1813 casou com Josefa Ignácia Saravia,
viúva de seu irmão Fermino (?) (N8 acima).
N14. FRANCISCO FERNANDES VERGARA. Batizado em Pelotas, RS em 24/02/1815 (L1 -fls
32). (Betemps, pg. 93).
N15. TERTULIANO * c. 1803 (?).
N16. JOSÉ PEDRO * c. 1805 (?).
N17. LUÍSA RODRIGUES DE CASTRO * c. 1806/1810? Casou com Bruno Rodrigues de Car
valho, nascido em Piratini, RS aos 06 de outubro de 1800. Filho de José
Rodrigues de Carvalho e Germana Maria (Silvana) Figueiredo.
O casal gerou 3 filhos:
B9. MARIA SOFIA RODRIGUES (DE CARVALHO), viuvou cedo, sendo a 2ª esposa
do Tenente da Guarda Nacional Nazeazeno Pereira da Costa, * 1819 no
Her val, RS e falecido em 1885 com 66 anos. Filho do Capitão de milícias
e opulento estancieiro Astrogildo Pereira da Costa, assassinado em 1883, e Maria Antônia Amaro da Silveira * no
Cerro do Baú no Herval, RS em 1776 e aí falecendo em 1850 com 74 anos de idade. Foi rica estancieira, tanto por
herança paterna como por tino próprio. (Medeiros, págs. 293 a 305).
B10. AUGUSTO RODRIGUES DE CARVALHO – casado com Maria José dos Santos.
Filha de José Joaquim dos Santos e Leonarda Borges. Geraram 1 filha:
Tn14. HONORINA RODRIGUES DE CARVALHO * Jaguarão, RS em 26 de
novembro de 1865 e aí batizada em 29 de novembro de 1867. Casou com 18 anos em Herval aos 19 de julho de 1883
com João Batista de Azevedo e Souza, também natural de Jaguarão, nascidos aos 24 de dezembro de 1862, então
com 21 anos de idade.
Geraram 6 filhos:
Tt18. EDMUNDO RODRIGUES DE AZEVEDO – * 16/11/1884 em
Herval, RS. Casou com 34 anos em Porto Alegre, RS
aos 22 de março de 1918 com Edith Silva natural de Soledade, RS * 18/10/1890 então com 28 anos. Edmundo
faleceu em Porto Alegre com 41 anos, em 30/01/1925.
6
Tt19. IRACEMA RODRIGUES DE AZEVEDO * 30/12/1886 em Ja -
guarão, RS. Casou com 32 anos em Porto Alegre, RS
em 30/03/1918 com Canuto de Faria Corrêa, então com 39 anos, natural de São Gabriel, RS nascido aos 19/01/1879.
Tt20. OTONIEL RODRIGUES DE AZEVEDO - * c. 1889 em Piratini,
RS. Faleceu na infância, com cerca de 1 ano em 1890.
Tt21. CARLOS HEITOR DE AZEVEDO - * 29/03/1892 em Santa
Cruz do Sul, RS. Casou com 28 anos em Santa Maria,
RS com Eva Sartori Rotta de 18 anos, nascida em são Gabriel, RS em 02/06/1902. Carlos Heitor faleceu com 68 anos
em Porto Alegre, RS.
Tt22. EUGÊNIA OSCARLINA DE AZEVEDO - * 18/05/1894 em
Porto Alegre, RS; casou aí com 21 anos aos 29/11/1915 com Artur Afonso Belmonte de Almeida, então com 25
anos, nascido em Osório, RS aos 26/03/1890.
Tt23. AUGUSTO ALCIDES DE AZEVEDO - * 06/06/1900 em
Caxias do Sul, RS; casou com 34 anos em Canoas, RS aos 23/12/1934 com Ercília Antunes Maciel, então com 37
anos, nascida em Alegrete, RS aos 16/03/1897 e aí batizada aos 25/03. Augusto faleceu em Porto Alegre, RS com 80
anos em 26/05/1980.
B11. INÊS RODRIGUES DE CARVALHO – nasceu em 21 de janeiro de 1832 Herval,
RS casou com Loreto Espinosa. Geraram 1 filha:
Tn15. MERCEDES ESPINOSA, * no Herval, RS aos 09 de novembro de
1865.
Casou com FELISBERTO FERNANDES VERGARA, natural de
Jaguarão, RS, seu primo 3º, (neto de sua tia-avó FELIPA VERGARA DE JESUS, prima de sua avó LUÍSA RODRIGUES DE
CASTRO).
O casal gerou 7 filhos, vistos em Tn2 acima.
F5. ISABEL (PEREIRA) – nascida em 28 de junho de 1775 em San Carlos de Maldonado, Uruguai e
aí batizada em 1º de julho do mesmo ano (1B – fls 45) (Domingues, pg. 33). Isabela não se casou, mas com 19 anos,
em 1794, teve um filho ilegítimo em Rio Grande, RS.
N18. ? PEREIRA.
F6. MARIA MERCEDES – nascida em 1777 em San Carlos de Maldonado, Uruguai.
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Levantamentos realizados por Aluísio Vergara de Souza
Consultas:
Blog Desde Vergara y la Región – 2016; Radio online 2012
Blog Vergara Historias Locales; Mega FM Portal.
Blog Historias Vergarenses
Geneanet/adevesadeves/
mitoblogos 285
Aladen p. 23
Domingues - Portugueses no Uruguai
Ferraz – Primeiros Gaúchos da América Portuguesa
Gulart p. 22/23
Jacottet/Betemps - Povoadores de Pelotas
Jacottet/Minetti – Diáspora Açoriana
Medeiros, História do Herval
Ognibeni, pg.224

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