Geografares

24 | 2017
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Marcelo Lopes de Souza. Por uma Geografia Libertária

Consequência, 2017

Cláudio Luiz Zanotelli

Edição electrónica
URL: https://journals.openedition.org/geografares/8509
ISSN: 2175-3709

Editora
Universidade Federal do Espirito Santo

Refêrencia eletrónica
Cláudio Luiz Zanotelli, «Marcelo Lopes de Souza. Por uma Geografia Libertária», Geografares [Online],
24 | 2017, posto online no dia 15 dezembro 2017, consultado o 24 março 2023. URL: http://
journals.openedition.org/geografares/8509

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 Marcelo Lopes de Souza. Por uma Geografia Libertária 1

Marcelo Lopes de Souza. Por uma

Geografia Libertária
Consequência, 2017

Cláudio Luiz Zanotelli

REFERÊNCIA
Marcelo Lopes de Souza. Por uma Geografia Libertária. Rio de Janeiro: Consequência,
2017, p.503.

Geografares, 24 | 2017
 Marcelo Lopes de Souza. Por uma Geografia Libertária 2

1 Marcelo Lopes de Souza com um tom livre

e sem o peso da linguagem acadêmica que
é de praxe em ensaios, mas com o rigor
que lhe é habitual, sintetiza na primeira
parte do livro o legado do anarquismo
clássico, em particular dos geógrafos
Elisée Reclus e de Piotr Kropotkin,
questionando criticamente os autores e
seus limites – certo evolucionismo e um
certo determinismo - mas reconhecendo
neles contribuições importantes para os
tempos contemporâneos, em particular no
que diz respeito à ecologia. O autor analisa
em seguida na segunda parte da obra os
autores autonomistas contemporâneos
tais que Murra Bookchin e Cornelius
Castoriadis, esse último defensor da
autonomia de criação, de pensamento e da
invenção social, era sociólogo, psicanalista
e filósofo. Castoriadis nos legou uma obra monumental sobre a invenção da democracia
e criticou profundamente as democracias contemporâneas que são verdadeiras
autocracias dominadas pelo dinheiro e foi um fervente militante pela instauração de
uma sociedade comum.
2 A propósito esse livro de Marcelo Lopes de Souza pode ser lido como um hors d’oeuvre
em relação ao livro de Dardot e Laval, Comum, Ensaio sobre a revolução no século XXI
(Boitempo), pois nesse último há um diálogo e uma reivindicação dos dois autores do
pensamento de Castoriadis como possibilidade de fissurar o mundo capitalista.

AUTORES
CLÁUDIO LUIZ ZANOTELLI
Professor do Departamento de Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade
Federal do Espírito Santo – UFES
clzanotelli@yahoo.com.br

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