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DE GOVERNO
EXERCÍCIO 2019
MUNICÍPIO DE JAPERI
PLENÁRIO
VOTO GA-1
C03
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO PROCESSO TCE-RJ
GABINETE DO CONSELHEIRO SUBSTITUTO DIGITAL nº 211.074-2/20
MARCELO VERDINI MAIA Fls.:
IRREGULARIDADE Nº 1
IRREGULARIDADE N.º 2
IRREGULARIDADE N.º 3
– Gastos com verba do Fundeb em desacordo com os artigos 70 e 71 da Lei n.º 9.394/96 c/c a
Lei nº 11.494/07.
PROC: 122/2020-
Transferências
PAGAMENTO PREVI Ensino
20/12/2019 1055 do Fundeb 190.092,76
APOSENTADOS E JAPERI Fundamental
60%
PENSIONISTAS.
TOTAL 190.092,76
Fonte: Relatório Analítico Educação – fls. 995/1007.
IRREGULARIDADE N.º 4
IRREGULARIDADE N.º 5
IRREGULARIDADE N.º 6
C03
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO PROCESSO TCE-RJ
GABINETE DO CONSELHEIRO SUBSTITUTO DIGITAL nº 211.074-2/20
MARCELO VERDINI MAIA Fls.:
IRREGULARIDADE N.º 07
“(...)
RECOMENDAÇÃO
C03
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GABINETE DO CONSELHEIRO SUBSTITUTO DIGITAL nº 211.074-2/20
MARCELO VERDINI MAIA Fls.:
IRREGULARIDADE Nº 01 (ampliação)
C03
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MARCELO VERDINI MAIA Fls.:
IRREGULARIDADE Nº 02 (inclusão)
IMPROPRIEDADE Nº 14 (inclusão)
III.1) quanto ao fato de que, ainda durante a atual legislatura, ocorrerão novas
auditorias de monitoramento da gestão dos créditos tributários, para atestação
da implementação das medidas recomendadas ou determinadas por este
Tribunal, e seus resultados serão considerados para avaliação de sua gestão,
quando da apreciação das próximas Contas de Governo;
Por fim, concordou com a unidade técnica em expedir ofício ao Ministério Público Estadual
e à Secretaria do Tesouro Nacional, com o acréscimo de expedição de ofício ao Ministério da
Educação, e incluiu determinação à Secretaria-Geral de Controle Externo – SGE que não constava
no relatório do Corpo Instrutivo, com o seguinte escopo (arquivo digital datado de 10.12.2020):
C03
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO PROCESSO TCE-RJ
GABINETE DO CONSELHEIRO SUBSTITUTO DIGITAL nº 211.074-2/20
MARCELO VERDINI MAIA Fls.:
Em atenção ao disposto no art. 45, §1º, do Regimento Interno desta Corte, alterado pela
Deliberação TCE-RJ nº 294/18, foi proferida decisão monocrática em 11.12.2020, que comunicou o
Sr. Cézar de Melo para que, no prazo improrrogável de 10 (dez) dias contados da ciência da
decisão, apresentasse manifestação escrita, caso assim entendesse necessário.
IRREGULARIDADE N.º 1
IRREGULARIDADE N.º 2
– Gastos com verba do Fundeb em desacordo com os artigos 70 e 71 da Lei n.º 9.394/96 c/c a
Lei nº 11.494/07.
PROC: 122/2020-
Transferências
PAGAMENTO PREVI Ensino
20/12/2019 1055 do Fundeb 190.092,76
APOSENTADOS E JAPERI Fundamental
60%
PENSIONISTAS.
TOTAL 190.092,76
Fonte: Relatório Analítico Educação – fls. 995/1007.
IRREGULARIDADE N.º 3
IRREGULARIDADE N.º 4
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MARCELO VERDINI MAIA Fls.:
IRREGULARIDADE N.º 5
IRREGULARIDADE N.º 06
Em nova manifestação, o Ministério Público junto a esta Corte concordou em parte com a
sugestão do Corpo Técnico, mantendo seu parecer pela emissão de parecer prévio contrário à
aprovação das contas, face às seguintes irregularidades:
IRREGULARIDADE Nº 01
IRREGULARIDADE Nº 02
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MARCELO VERDINI MAIA Fls.:
IRREGULARIDADE N.º 03
– Gastos com verba do Fundeb em desacordo com os artigos 70 e 71 da Lei n.º 9.394/96 c/c a
Lei nº 11.494/07.
PROC: 122/2020-
Transferências
PAGAMENTO PREVI Ensino
20/12/2019 1055 do Fundeb 190.092,76
APOSENTADOS E JAPERI Fundamental
60%
PENSIONISTAS.
TOTAL 190.092,76
Fonte: Relatório Analítico Educação – fls. 995/1007.
IRREGULARIDADE N.º 04
IRREGULARIDADE N.º 05
Utilização de 94,59% dos recursos recebidos do Fundeb em 2019, restando a empenhar 5,41%,
em desacordo com o §2º do artigo 21 da Lei n.º 11.494/07, que estabelece que somente até 5%
dos recursos deste fundo poderão ser utilizados no 1º trimestre do exercício seguinte.
IRREGULARIDADE N.º 06
IRREGULARIDADE N.º 07
É O RELATÓRIO.
1 - CONSIDERAÇÕES INICIAIS
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“O fenômeno que coloca coisa alheia nas mãos de terceiros tem o condão de
fazer surgir, concomitantemente, a respectiva responsabilidade pelo seu destino.
Como decorrência inexorável dessa responsabilidade, vem o correspondente
dever de prestar contas.”
Esse dever de prestar contas é ainda mais manifesto quando se está diante da
administração de recursos públicos, que envolve vultosas quantias de indetermináveis pessoas. A
prestação de contas é o meio pelo qual o povo, enquanto verdadeiro titular da coisa pública, pode
acompanhar e exercer seu controle social sobre a gestão pública.
De acordo com Jorge Ulisses Jacoby Fernandes3, “o dever de prestar contas é uma
obrigação constitucional de quem trabalha com recursos públicos”. A prestação de contas é,
portanto, inerente à função pública, conforme consignado no artigo 70, parágrafo único, da
Constituição da República, que assim dispõe:
Art. 70. Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica,
pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre
dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em
nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária.
1 Luiz Henrique Lima elenca, na obra “Controle Externo”, as seguintes funções: função fiscalizadora, função opinativa,
função julgadora, função sancionadora, função corretiva, função consultiva, função informativa, função ouvidora e função
normativa.
2 Artigo “Os regimes de contas públicas: contas de governo e contas de gestão.
3 FERNANDES, Jorge Ulisses Jacoby. Tomada de Contas Especial – Processo e Procedimento nos Tribunais de Contas e na
Administração Pública. 3ª edição, revista, atualiza e ampliada. Belo Horizonte: Editora fórum, 2005, pág. 102.
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MARCELO VERDINI MAIA Fls.:
“Tratando-se de exame de contas de governo o que deve ser focalizado não são
os atos administrativos vistos isoladamente, mas a conduta do administrador no
exercício das funções políticas de planejamento, organização, direção e controle
das políticas públicas idealizadas na concepção das leis orçamentárias (PPA, LDO e
LOA), que foram propostas pelo Poder Executivo e recebidas, avaliadas e
aprovadas, com ou sem alterações, pelo Legislativo. Aqui perdem importância as
formalidades legais em favor do exame da eficácia, eficiência e efetividade das
ações governamentais. Importa a avaliação do desempenho do chefe do
Executivo, que se reflete no resultado da gestão orçamentária, financeira e
patrimonial.”
Definido o objeto da presente prestação de contas governo, notadamente uma visão geral
acerca dos resultados obtidos pelo Município no exercício de 2019, cabe esclarecer que a análise
empreendida por este Tribunal de Contas culmina em parecer prévio, técnico e imparcial, que
posteriormente será direcionado à Câmara Municipal para fins de julgamento político e definitivo.
Prestados tais esclarecimentos, cabe registrar que atuo nestes autos em razão de
convocação da Presidente deste egrégio Tribunal de Contas, Conselheira Marianna Montebello
Willeman, realizada em sessão plenária de 04.04.17.
“(...)
4 Artigo “Os regimes de contas públicas: contas de governo e contas de gestão”, p. 61. Disponível em:
http://revista.tcu.gov.br/ojs/index.php/RTCU/article/viewFile/438/488.
5 Processo TCE-RJ nº 101.369-0/2020, que trata do RREO do Estado do Rio de Janeiro, referente ao 1º bimestre de 2020.
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MARCELO VERDINI MAIA Fls.:
Com enfoque propriamente na prestação de contas do exercício de 2019 e com base nos
elementos trazidos aos autos, complementados pelas conclusões do Corpo Instrutivo (arquivos
digitais datados de 07.12.2020 e 06.01.2021) e do Ministério Público Especial (arquivos digitais
datados de 10.12.2020 e 11.01.2021), que podem ser considerados parte integrante deste voto
naquilo que com este não conflite, destaco os seguintes aspectos pertinentes a presente Prestação
de Contas do Governo Municipal de Japeri, que embasarão a emissão de Parecer Prévio.
“(...)
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MARCELO VERDINI MAIA Fls.:
Obrigatoriedade
Procedimentos Contábeis Patrimoniais dos registros
(De acordo com as regras da NBC TSP e do MCASP vigentes) contábeis
(a partir de)
Reconhecimento, mensuração e evidenciação da Dívida Ativa,
Imediato (1)
tributária e não-tributária, e respectivo ajuste para perdas.
Reconhecimento, mensuração e evidenciação da provisão atuarial do
Imediato (1)
regime próprio de previdência dos servidores públicos civis e militares.
Reconhecimento, mensuração e evidenciação dos demais créditos a
receber (exceto créditos tributários, previdenciários e de contribuições
01/01/2018
a receber), bem como dos respectivos encargos, muitas e ajuste para
perdas.
Nota (1): A obrigatoriedade de implantação destes dois procedimentos contábeis patrimoniais era de
forma imediata, ou seja, na data da publicação da Portaria STN n.º 548/2015, em 24/09/2015.
2 – GESTÃO ORÇAMENTÁRIA
O Plano Plurianual – PPA para o quadriênio 2018/2021 foi instituído pela Lei Municipal n.º
1.361, de 27.12.2017 (fls. 803/806).
A Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO para o exercício de 2019 foi estabelecida pela Lei
Municipal nº 1.369, de 03.07.2018 (fls. 144/240 e 807/816).
A Lei Orçamentária Anual – LOA, por sua vez, foi aprovada pela Lei n.º 1.383, de 10.01.2019
(fls. 817/829), de modo a estimar a receita e fixar a despesa em R$ 218.079.542,40.
A LOA está sujeita a ajustes no decorrer do exercício, mediante créditos adicionais, que
podem ser especiais (despesa não consignada inicialmente na LOA), suplementares (atender
despesa insuficientemente dotada na LOA) ou extraordinários (atender despesas urgentes e
imprevisíveis) ou por outras alterações, como a troca da fonte de recurso ou alteração na
modalidade de aplicação.
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(...).”
Deve-se registrar, ainda, que foram estabelecidas na Lei Orçamentária, exceções ao limite
autorizado mencionado acima, in verbis:
“(...)
(...)”
Limite para a Abertura de Créditos Adicionais com base na LOA:
R$
DESCRIÇÃO VALOR
Total da Despesa Fixada 218.079.542,40
Limite para Abertura de Créditos Suplementares – 40% 87.231.816,96
Fonte: Lei dos Orçamentos Anuais – fls. 817/829.
SUPLEMENTAÇÕES
Anulação 66.066.729,04
Excesso - Outros 0,00
Fonte de
Alterações Superávit 15.321.161,84
recursos
Convênios 0,00
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De acordo com a declaração às fls. 244, não houve abertura de créditos adicionais com
base em leis específicas no exercício de 2019.
Fonte: Anexo 11 consolidado da Lei Federal n.º 4.320/64 – fls. 834/841, Relação dos Créditos Adicionais abertos com base na LOA –
Quadro A.1 – fls. 830/831 e Relação dos Créditos Adicionais abertos com base em Leis Específicas – Quadro A.2 – fls. 832.
Nota: A diferença de R$ 0,01 se deve ao fato do orçamento inicial ter sido inserido no sistema contábil com valor a maior, refletindo,
desta forma, no Anexo 11 da Lei nº 4.320/64.
O valor do orçamento final apurado guarda paridade com o registrado no Anexo 11 da Lei
Federal n.º 4.320/64 – Comparativo da Despesa Autorizada com a Realizada Consolidado.
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ARRECADAÇÃO NO EXERCÍCIO
Previsão Saldo
Arrecadação
Natureza Atualizada
R$ R$ Percentual
R$
Receitas correntes 206.531.499,91 211.406.438,22 4.874.938,31 2,36%
Receitas de capital 0,00 0,00 0,00 #DIV/0!
Receita intraorçamentária 9.823.702,32 12.114.826,90 2.291.124,58 23,32%
As contas de dívida ativa tributária e não tributária são destinadas ao registro das
inscrições, atualizações e baixas dos créditos devidos à fazenda pública pelos contribuintes,
acrescidos dos adicionais e multas, não cobrados ou não recolhidos ao erário.
DÍVIDA ATIVA
Saldo do exercício
Saldo atual - 2019 (B) Variação %
anterior - 2018 (A)
R$ C = B/A
R$
70.213.497,82 100.451.998,50 43,07%
Fonte: prestação de contas de governo de 2018, processo TCE-RJ n.º 207.833-1/19 e Balanço Patrimonial Consolidado – fls. 844/845.
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Assim, conforme apontado pela instrução técnica, faz-se oportuno alertar ao atual Prefeito
Municipal que, ainda durante a atual legislatura, ocorrerão novas auditorias de monitoramento
para atestação da implementação das medidas planificadas, e seus resultados serão considerados
para avaliação de sua gestão quando da apreciação das Contas de Governo sob sua
responsabilidade.
Percentual Economia
Inicial - R$ Atualizada - R$ Empenhada - R$ Liquidada - R$ Paga - R$
Natureza empenhado orçamentária
(A) (B) (C) (D) (E)
(C/B) (B-C)
Total das despesas 218.079.542,40 233.400.704,25 203.575.365,05 184.363.898,47 181.209.161,58 87,22% 29.825.339,20
Fonte: Dotação inicial - Lei dos Orçamentos Anuais – fls. 817/829, Anexo 11 Consolidado da Lei Federal n.º 4.320/64 – fls. 834/841 e/ou
Balanço Orçamentário – fls. 842/843 e 419/420.
Nota: Incluídas as despesas intraorçamentárias.
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Inscritos
Liquidados Pagos Cancelados Saldo
Em Exercícios
Em 31/12/2018
Anteriores
Restos a Pagar
Processados e Não 294.305,42 4.533.736,73 - 4.113.795,59 5.174,99 709.071,57
Processados Liquidados
Restos a Pagar Não
13.029,84 26.352.348,51 16.391.572,92 16.254.868,26 7.903.445,58 2.207.064,51
Processados
Fonte: Balanço Orçamentário consolidado da Lei Federal n.º 4.320/64 – fls. 842/843 e 419/420.
Nota: Não foi verificado cancelamento de restos a pagar processados na Câmara Municipal.
De acordo com o art. 4º da Lei Complementar nº 101/00, o Anexo de Metas Fiscais (AMF)
integra a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Nele são estabelecidas metas anuais, em valores
correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e primário e montante
da dívida pública, para o exercício a que se referirem e para os dois seguintes.
RESULTADO ORÇAMENTÁRIO
Regime próprio de
Natureza Consolidado Valor sem o RPPS
previdência
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Fonte: Anexo 10 consolidado da Lei Federal n.º 4.320/64 - fls. 406/408 e Anexo 11 consolidado da Lei Federal n.º 4.320/64 – fls. 834/841
e Balanço Orçamentário do RPPS – fls. 514/517.
Fonte: Balanço Patrimonial Consolidado – fls. 844/845, Balanço Patrimonial do RPPS – fls. 519/521 e Balanço Patrimonial da Câmara – fls.
497.
Nota 1: no Passivo Financeiro Consolidado foram considerados os valores das consignações (R$ 3.100.068,76), dos restos a pagar de anos
anteriores (R$ 2.779.431,41) e restos a pagar do exercício (R$ 22.464.679,14) evidenciados no anexo 17 da Lei n.º 4.320/64 Consolidado.
Nota 2: no último ano do mandato serão considerados na apuração do superavit/deficit financeiro eventuais ajustes, tais como, anulação
de despesas e cancelamento de restos a pagar indevidos, bem como dívidas firmadas nos dois últimos quadrimestres. Tais ajustes são
necessários à avaliação das normas estabelecidas pela LRF ao final do mandato, com destaque para o artigo 1º c/c o artigo 42, em
conformidade com as análises realizadas por este Tribunal nas prestações de contas de término de gestão relativas aos exercícios de
2008, 2012 e 2016.
Como se pode observar dos dados, o município de Japeri alcançou o equilíbrio financeiro
no exercício em análise, tendo sido observado o disposto no §1º do artigo 1º da Lei Complementar
Federal n.º 101/00.
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4 - GESTÃO PATRIMONIAL
Descrição Valor - R$
Descrição Valor - R$
Diferença 8.689.332,44
Fonte: prestação de contas de governo de 2018 – processo TCE-RJ n.º 207.833-1/19, quadro anterior e Balanço Patrimonial Consolidado
– fls. 844/845.
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5 - SITUAÇÃO PREVIDENCIÁRIA
Superávit 11.685.753,20
Fonte: Balanço Orçamentário do RPPS – fls. 514/517.
Nota: Estão incluídas as receitas e despesas intraorçamentárias.
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Fonte: Demonstrativo das Contribuições Previdenciárias ao RPPS (Modelo 23) – Fls. 720/723 e 860.
Nota: os valores das contribuições referem-se a todas as unidades gestoras, exceto câmara municipal.
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Fonte: Demonstrativo dos Termos de Parcelamentos das Contribuições Previdenciárias junto ao RPPS (Modelo 26) - fls. 728.
Nota: Os valores inseridos na coluna “E” do modelo 26 (fls. 728) estão incorretos. A presente instrução considerou os valores resultantes
das diferenças apuradas entre as colunas “A” e “B” do quadro supra.
Diante disso, o Corpo Técnico e o Parquet apontam que a situação apresentada poderá
comprometer o equilíbrio financeiro e/ou atuarial do regime próprio de previdência e que, em
consonância com o alerta aos gestores quando da apreciação das contas de governo referentes
aos exercícios de 2017 e 2018, tal fato seria objeto de Irregularidade a ensejar a emissão de
parecer prévio contrário a partir das contas de 2019.
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Constata-se que o Poder Executivo não vem efetuando regularmente o repasse para o
RGPS das contribuições patronais. Tal procedimento sujeita o Município a receber apontamentos e
restrições no Cadastro Único de Convênios (Cauc), inviabilizando o repasse de transferências
voluntárias por parte da União. Importante salientar que visando à regularização dos débitos, é
permitido a União o bloqueio de parcelas do FPM, conforme previsão contida no art. 160,
parágrafo único, inciso I, da Constituição Federal.
“(...)
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30/03/2015
26/09/2015 Não
15:59:08
Informações Contábeis
Descrição do
Critério(s) Situação
Critério
Envio das informações e dados contábeis,
Irregular
orçamentários e fiscais
O certo é que a não emissão de CRP no mencionado período denota que o ente
federativo deixou de encaminhar a documentação pertinente à Secretaria
Especial de Previdência e Trabalho (SEPRT), do Ministério da Economia, para fins
de análise e atualização do Sistema de Informações dos Regimes Públicos de
Previdência Social – CADPREV, ou, se procedeu ao encaminhamento, as análises
realizadas concluíram que houve descumprimento de critérios previstos na Lei
Federal nº 9.717/98, cuja regularidade é exigida para fins de emissão do CRP.
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Em atenção ao disposto no art. 45, §1º, do Regimento Interno desta Corte, alterado pela
Deliberação TCE-RJ nº 294/18, foi proferida decisão monocrática em 11.12.2020, que comunicou o
Sr. Cézar de Melo para que, no prazo improrrogável de 10 (dez) dias contados da ciência da
decisão, apresentasse manifestação escrita, caso assim entendesse necessário.
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MARCELO VERDINI MAIA Fls.:
“IRREGULARIDADE N.º 01
O Município realizou parcialmente a transferência das contribuições
previdenciárias devida pelos servidores e patronal ao RPPS, concorrendo para o
não atingimento do equilíbrio financeiro e atuarial do Regime, em desacordo com
os preceitos estabelecidos no artigo 1º, inciso II da Lei Federal n.º 9.717/98.
Valor
Contribuição Valor Devido Diferença
Repassado
Do Servidor 5.119.260,55 5.119.260,55 0,00
Fonte: Demonstrativo das Contribuições Previdenciárias ao RPPS (Modelo 23) – Fls. 04 do arquivo
digital “Outros Documentos”, anexado em 23/12/2020.
Nota: os valores das contribuições referem-se a todas as unidades gestoras, exceto câmara municipal.
IRREGULARIDADE N.º 02
O Município realizou parcialmente o pagamento dos valores decorrentes dos
Acordos de Parcelamentos ao RPPS, concorrendo para o não atingimento do
equilíbrio financeiro e atuarial do Regime, em desacordo com os preceitos
estabelecidos no artigo 1º, inciso II da Lei Federal n.º 9.717/98.
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MARCELO VERDINI MAIA Fls.:
(...)
Por outro lado, porém, foi confirmado que houve inadimplência do Poder
Executivo quanto ao recolhimento das prestações dos acordos de parcelamentos
junto à Unidade Gestora do regime.
C03
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irregularidade anteriormente apontada quanto a esse aspecto, nos moldes indicados pelo Corpo
Instrutivo e pelo Ministério Público Especial.
Contudo, não restou comprovado o adimplemento das prestações relativas aos acordos de
parcelamentos junto à Unidade Gestora do regime próprio de previdência. Isso porque os
documentos apresentados ratificam que os valores repassados, relativos aos parcelamentos do
RPPS, foram menores que os devidos, o que configura irregularidade a ensejar a emissão de
parecer prévio contrário à aprovação das contas.
6 Precedentes:
RGPS: TCE-RJ 218.879-9/20 – Prestação de Contas de Governo 2019 da Prefeitura de Cachoeira de Macacu / TCE-RJ
218.894-9/20 – Prestação de Contas de Governo da Prefeitura de São Gonçalo / TCE-RJ 214.728-6/20 – Prestação de
Contas de Governo da Prefeitura de Cabo Frio / TCE-RJ 218.905-4/20 – Prestação de Contas de Governo da Prefeitura de
São João de Meriti.
CPR: TCE-RJ 210.885-2/20 – Prestação de Contas de Governo de 2019 da Prefeitura de Laje do Muriaé / 211.172-0/20 –
Prestação de Contas de Governo de 2019 Prefeitura de Armação dos Búzios / TCE-RJ 211.123-9/20 – Prestação de Contas
de Governo da Prefeitura de Mendes / TCE-RJ 218.905-4/20 – Prestação de Contas de Governo da Prefeitura de São João
de Meriti.
C03
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Por fim, destaca-se que restou prejudicada a análise do registro das reservas
matemáticas no Balanço Patrimonial do RRPS, haja vista que o Relatório de
Avaliação Atuarial não contemplou o cálculo da referida provisão.”
“(...)
(...)
C03
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A Receita Corrente Líquida – RCL constitui a base de cálculo para a apuração dos limites
legais de endividamento e gastos com pessoal. No quadro a seguir, registram-se os valores
extraídos dos Relatórios de Gestão Fiscal – RGF, referentes aos períodos de apuração dos limites:
2019
2018 2019
Especificação
2° semestre 1º quadrimestre 2º quadrimestre 3º quadrimestre
7 Art. 31. Se a dívida consolidada de um ente da Federação ultrapassar o respectivo limite ao final de um quadrimestre,
deverá ser a ele reconduzida até o término dos três subsequentes, reduzindo o excedente em pelo menos 25% (vinte e
cinco por cento) no primeiro.
§ 1º Enquanto perdurar o excesso, o ente que nele houver incorrido:
I - estará proibido de realizar operação de crédito interna ou externa, inclusive por antecipação de receita, ressalvado o
refinanciamento do principal atualizado da dívida mobiliária;
II - obterá resultado primário necessário à recondução da dívida ao limite, promovendo, entre outras medidas, limitação
de empenho, na forma do art. 9o.
§ 2º Vencido o prazo para retorno da dívida ao limite, e enquanto perdurar o excesso, o ente ficará também impedido de
receber transferências voluntárias da União ou do Estado.
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De acordo com o art. 167, inciso III, da Constituição Federal, é vedada, com algumas
exceções, a realização de operações de crédito que excedam o montante das despesas de capital.
A Resolução nº 43/01 do Senado Federal, por sua vez, determina que a contratação de
operações de crédito interna e externa dos Municípios deverá respeitar os seguintes limites:
(...)
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Nos termos do inciso III, b, do artigo 20 da Lei Complementar Federal n.º 101/00, o limite
para despesas com pessoal do Poder Executivo corresponde a 54% do valor da Receita Corrente
Liquida – RCL. O Município de Japeri apresentou os seguintes percentuais:
2018 2019
1º 2º
Descrição 3º quadrimestre 1º quadrimestre 2º quadrimestre 3º quadrimestre
quadr. quadr.
% % VALOR % VALOR % VALOR % VALOR %
Poder
55,59% 53,11% 101.420.830,00 50,97% 100.818.400,00 50,97% 97.704.400,00 50,37% 99.332.330,00 48,29%
Executivo
Fonte: prestação de contas de governo de 2018 - processo TCE-RJ n.º207.833-1/19, e processos TCE-RJ n.os 216.864-5/2019, 242.376-
6/2019 e 204.557-3/2020 - RGF – 1º, 2º e 3º quadrimestres de 2019.
Ato contínuo, o Corpo Instrutivo, faz alusão aos pontos que deverão ser observados
quando da apuração ao atendimento do limite mínimo de gastos com educação, conforme
relatório datado de 07.12.2020, que a seguir reproduzo:
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Nessa esteira, em consonância com o Corpo Instrutivo, farei constar ao final do voto
comunicação ao atual Gestor para ciência das alterações na metodologia de apuração do limite de
gastos com educação a serem implementadas.
Ato contínuo, a base de cálculo para apuração do percentual dos gastos com a manutenção
e desenvolvimento do ensino foi da ordem de R$ 88.989.365,92, conforme consta do relatório do
Corpo Instrutivo datado de 07.12.2020.
Com relação ao enquadramento das despesas com educação nos artigos 70 e 71 da Lei
Federal n.º 9.394/96, a unidade técnica se manifesta da seguinte forma:
A fim de verificar a adequação das despesas aos artigos 70 e 71 da Lei Federal n.º
9.394/96, serão considerados os dados encaminhados pelo município por meio
do Sistema Integrado de Gestão Fiscal – Sigfis.
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Sigfis 72.048.370,87
Contabilidade – Anexo 8 consolidado 72.048.370,87
Diferença 0,00
Fonte: Anexo 8 consolidado da Lei Federal n.º 4.320/64 – fls. 403/405 e Relatório Analítico Educação
– fls. 995/1007.
PROC: 122/2020-
Transferências
PAGAMENTO PREVI Ensino
20/12/2019 1055 do Fundeb 190.092,76
APOSENTADOS E JAPERI Fundamental
60%
PENSIONISTAS.
TOTAL 190.092,76
Fonte: Relatório Analítico Educação – fls. 995/1007.
Em atenção ao disposto no art. 45, §1º, do Regimento Interno desta Corte, alterado pela
Deliberação TCE-RJ nº 294/18, foi proferida decisão monocrática em 11.12.2020, que comunicou o
Sr. Cézar de Melo para que, no prazo improrrogável de 10 (dez) dias contados da ciência da
decisão, apresentasse manifestação escrita, caso assim entendesse necessário.
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IRREGULARIDADE N.º 03
Gastos com verba do Fundeb em desacordo com os artigos 70 e 71 da Lei n.º
9.394/96 c/c a Lei nº 11.494/07.
PROC: 122/2020-
Transferências
PAGAMENTO Ensino
20/12/2019 1055 PREVI JAPERI do Fundeb 190.092,76
APOSENTADOS E Fundamental
60%
PENSIONISTAS.
TOTAL 190.092,76
Desse modo, em consonância com a análise efetuada pelo Corpo Instrutivo corroborada
pelo Parquet de Contas, fica mantida a irregularidade anteriormente apontada.
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Ato contínuo a instrução técnica, em sua primeira análise, apresentou a seguinte tabela
onde apurou o percentual aplicado na manutenção e desenvolvimento do ensino:
( c ) Subtotal das despesas com ensino da fonte Impostos e Transferência de Impostos ( a + b ) 11.724.674,30
( p ) Percentual alcançado (limite mínimo de 25,00% - art. 212 da CF/88) (N/Ox100) 24,62%
Fonte: Quadro C.1 – fls. 554, Anexo 10 consolidado da Lei Federal n.º 4.320/64 – fls. 406/408, Documento de Cancelamentos de RP na
fonte "Impostos e Transferências de Impostos" – fls. 574, Relatório Analítico Educação – fls. 995/1007, Quadro C.4 - Balancetes na fonte
"Impostos e Transferências de Impostos" – fls. 563, e Quadro D.2 - Balancete na fonte "FUNDEB" – fls. 590.
Nota 1: (linha h): Após apuração do Fundeb para o exercício, verifica-se que o município teve um ganho líquido no valor de R$
38.807.251,12 (transferência recebida R$ 53.532.666,25 e contribuição R$14.725.415,13).
Nota 2: Na linha J foram registradas despesas não consideradas no cálculo do limite, conforme verificado no SIGFIS e abordado no item
‘5.4.1 – Da verificação do enquadramento das despesas nos artigos 70 e 71 da Lei nº 9.394/96’.
Nota 3: o município inscreveu o montante de R$ 4.755.720,25 em restos a pagar não processados na fonte de impostos e transferência
de impostos, possuindo R$ 642.964,00 de disponibilidade, depois de deduzidas as outras obrigações, conforme balancete (Quadro C.4).
Assim verifica-se que o município inscreveu R$4.112.756,25 sem a devida disponibilidade financeira, dessa forma, não foi considerado
este montante como despesas em MDE para fins de limite.
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Nota 4: o município inscreveu o montante de R$469.769,50 em restos a pagar não processados na fonte FUNDEB, comprovando a
suficiente disponibilidade financeira, conforme balancete (Quadro D.2). Dessa forma, foi considerado este montante para fins de limite.
Nota 5: embora tenha ocorrido, no exercício de 2019, cancelamento de Restos a Pagar referentes a exercícios anteriores no montante de
R$6.053,33 o mesmo não será excluído do total das despesas com educação, tendo em vista que o montante cancelado não impactaria o
cálculo do limite mínimo constitucional daqueles exercícios, ou seja, mesmo desconsiderando o valor das despesas ora canceladas o
município ainda assim cumpriria o limite mínimo nos exercícios anteriores.
Em atenção ao disposto no art. 45, §1º, do Regimento Interno desta Corte, alterado pela
Deliberação TCE-RJ nº 294/18, foi proferida decisão monocrática em 11.12.2020, que comunicou o
Sr. Cézar de Melo para que, no prazo improrrogável de 10 (dez) dias contados da ciência da
decisão, apresentasse manifestação escrita, caso assim entendesse necessário.
IRREGULARIDADE N.º 04
O Município aplicou 24,62% de suas receitas com impostos e transferências na
manutenção e desenvolvimento do ensino, descumprindo o limite mínimo
estabelecido no artigo 212 da Constituição Federal de 1988.
Análise: a alegação apresentada não deve prosperar, uma vez que os Relatórios
Resumidos de Execução Orçamentária (RREO) se prestam tão somente ao
acompanhamento da execução orçamentária, com emissão de alerta aos
responsáveis por parte desta Corte caso alguma norma ou limite não venha sendo
cumprido, fazendo-se constar de forma expressa nos respectivos processos que a
derradeira análise quanto ao cumprimento dos limites em voga é realizada nas
Prestações de Contas de Governo.
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Concordo com a análise efetuada pela unidade técnica corroborada pelo Parquet, que
concluiu que o jurisdicionado não trouxe argumentos satisfatórios com vistas a elidir a
irregularidade verificada nos autos.
O artigo 69 da LDB estabelece uma série de regras e prazos para transferência dos
recursos arrecadados ao órgão responsável pela educação, bem como sanções e
responsabilização pelo atraso. Neste sentido, faz necessário a abertura de conta
específica distinta daquela em que se encontram os recursos do Tesouro para
implementação de tais regras.
[...]
III - recursos arrecadados do vigésimo primeiro dia ao final de cada mês, até o
décimo dia do mês subseqüente.
Foi justamente com o objetivo de contribuir para uma prestação mais eficiente e
eficaz do serviço público de educação que, nas contas de governo municipais
relativas ao exercício de 2018, o Ministério Público de Contas apresentou
proposição ao Plenário de DETERMINAÇÃO à Secretaria Geral de Controle
Externo - SGE para que verificasse o cumprimento da regra estabelecida no § 5º
do artigo 69 da LDB (Lei nº 9.394, de 20.12.1996), proposta acolhida pelo
Plenário quando da apreciação das Contas de Governo.
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Posição em Posição em
Nota Percentual de Nota Percentual
relação aos relação aos
4ª série/ Meta alcance da 8ª série/ Meta de alcance
91 91
5º ano meta 9º ano da meta
municípios municípios
4,5 4,8 94,00% 55ª 3,8 4,6 83,00% 47ª
Fonte: Ministério da Educação e Cultura e banco de dados da SSR.
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Descrição R$
“(...)
O art. 21 da Lei Federal n.º 11.494/07 não foi respeitado pelo município, conforme
demonstrativo a seguir:
(D) Total das despesas empenhadas com recursos do Fundeb no exercício 53.294.611,64
(H) Total das despesas consideradas como gastos do Fundeb no exercício (D - E - F - G) 50.778.931,38
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impossibilidade de se identificar o objeto da despesa, conforme evidenciado no Sistema Integrado de Gestão Fiscal – Sigfis e tratado no
item 5.4.1 deste relatório.
Como se observa no quadro anterior, o município utilizou 94,59% dos recursos do Fundeb
de 2019, restando a empenhar 5,41%, em desacordo com o §2º do artigo 21 da Lei n.º 11.494/07,
que estabelece que os recursos deste Fundo serão utilizados no exercício financeiro em que lhes
forem creditados, podendo ser utilizado no primeiro trimestre do exercício imediatamente
subsequente, até 5% destes recursos.
Adicionalmente, o Corpo Instrutivo informou que o valor das despesas não consideradas,
por estarem em desacordo com o disposto no artigo 21 da Lei n.º 11.494/07, no montante de
R$ 190.092,76, paga com recursos do Fundeb, deve ser ressarcido, com recursos ordinários, à
conta do Fundo.
Dessa forma, em primeira análise, a aplicação de menos de 95% dos recursos do Fundeb no
exercício de 2019 foi considerada irregularidade a ensejar a emissão de parecer prévio contrário à
aprovação das contas.
Em atenção ao disposto no art. 45, §1º, do Regimento Interno desta Corte, alterado pela
Deliberação TCE-RJ nº 294/18, foi proferida decisão monocrática em 11.12.2020, que comunicou o
Sr. Cézar de Melo para que, no prazo improrrogável de 10 (dez) dias contados da ciência da
decisão, apresentasse manifestação escrita, caso assim entendesse necessário.
IRREGULARIDADE N.º 05
Utilização de 94,59% dos recursos recebidos do Fundeb em 2019, restando a
empenhar 5,41%, em desacordo com o §2º do artigo 21 da Lei n.º 11.494/07, que
estabelece que somente até 5% dos recursos deste fundo poderão ser utilizados
no 1º trimestre do exercício seguinte.
Análise: a alegação apresentada não deve prosperar, uma vez que os Relatórios
Resumidos de Execução Orçamentária (RREO) se prestam tão somente ao
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Concordo com a análise efetuada pela unidade técnica, que concluiu que o jurisdicionado
não trouxe argumentos satisfatórios com vistas a elidir a irregularidade verificada nos autos.
Entretanto, destaco que no extrato bancário do Banco do Brasil acostado às fls. 609/618
(arquivo digital anexado em 04.05.2020), verifiquei que no dia 31.12.2019 houve o ingresso de
recursos no montante de R$ 820.675,45 (oitocentos e vinte mil, seiscentos e setenta e cinco reais e
quarenta e cinco centavos), fato que dificultou o cumprimento do disposto no art. 21 da Lei
11.494/07.
Total das Receitas recebidas do FUNDEB no exercício, acrescida do total das receitas de
53.685.964,92
aplicação financeira (A)
Total das despesas consideradas como gastos do fundeb no exercício (H)=(D-E-F-G) 50.778.931,38
Dessa forma, verifica-se que o gestor teria cumprido o percentual mínimo de 95%, caso
não tivesse ocorrido o ingresso de recursos no último dia útil do exercício de 2019, e
desconsiderando-se os gastos com a contribuição patronal como desvio de finalidade.
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Destaco que esse foi o meu posicionamento ao analisar as Contas de Governo de Mendes
relativas ao exercício de 2017 (Processo TCE-RJ nº 212.989-1/18) e as Contas de Governo de
Araruama relativas ao exercício de 2018 (Processo TCE-RJ nº 207.066-0/19), dentre outras.
Descrição Valor - R$
Tal divergência revela a saída de recursos da conta do Fundeb sem a devida comprovação,
uma vez que o superavit financeiro apurado, na presente análise, encontra-se superior ao
registrado pelo município, o que, em primeira análise, foi considerado irregularidade a ensejar a
emissão de parecer prévio contrário à aprovação das contas e a devolução dos recursos à conta do
Fundeb.
Em atenção ao disposto no art. 45, §1º, do Regimento Interno desta Corte, alterado pela
Deliberação TCE-RJ nº 294/18, foi proferida decisão monocrática em 11.12.2020, que comunicou o
Sr. Cézar de Melo para que, no prazo improrrogável de 10 (dez) dias contados da ciência da
decisão, apresentasse manifestação escrita, caso assim entendesse necessário.
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IRREGULARIDADE N.º 06
O superavit financeiro do exercício de 2019 apurado na presente prestação de
contas (R$ 2.771.053,08) é superior ao registrado pelo município no respectivo
Balancete do Fundeb (R$ 2.712.961,73), revelando a saída de recursos da conta
do Fundeb, no montante de R$ 58.091,35, sem a devida comprovação, o que
descumpre o disposto no artigo 21 c/c o inciso I do artigo 23 da Lei Federal n.º
11.494/07.
Razões de Defesa (fls. 02 do arquivo digital “Ofício de Encaminhamento”
anexado em 23/12/2020): o responsável informa que foi verificada a necessidade
de ajustes em decorrência de consignações retidas do Fundeb terem sido
registradas contabilmente na fonte “recursos próprios”, os quais teriam sido
providenciados no exercício de 2020 (fls. 02 e 39/43 do arquivo digital “Outros
Documentos” anexado em 23/12/2020).
Destaco que divergência apontada revela a saída de recursos da conta do Fundeb sem a
devida comprovação, uma vez que o superávit financeiro apurado por esta Corte é superior ao
superávit financeiro registrado contabilmente pelo Município, demonstrando, dessa forma, o não
atendimento ao disposto no art. 21, c/c o art. 23, inciso I, da Lei nº 11.494/07.
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Noutro giro, o Corpo Instrutivo informou que não foi encaminhado o parecer do Conselho
de Acompanhamento e Controle Social do Fundeb (vide declaração às fls. 847), em desacordo com
previsto no art. 24 c/c com o Parágrafo Único do art. 27 da Lei n.º 11.494/07.
Ato contínuo entendeu que tal fato deve ser relevado tendo em vista a declaração de
emergência em saúde pública, de importância Nacional, em decorrência do novo coronavírus, com
a necessidade da adoção de medidas preventivas em relação à disseminação do COVID-19.
O Parquet de Contas considerou que neste caso fica afastada a responsabilidade do gestor
municipal, uma vez que o mesmo não motivou a ausência do referido parecer. Não obstante,
sugeriu que o não envio do parecer do Conselho de Acompanhamento e Controle Social do Fundeb
sobre a prestação de contas do exercício de 2019 seja objeto de expedição de ofício ao Ministério
da Educação para ciência. Tal fato será considerado na conclusão deste Voto.
Observa-se que o cadastro do Conselho do Fundeb consigna que não existe mandato ativo
relativo ao referido conselho junto ao Ministério da Educação – MEC, conforme consulta efetuada
ao site daquele órgão (fls. 909/911). Tal fato será objeto de impropriedade e determinação na
conclusão deste Voto.
Ainda em relação ao tópico gasto com educação, o Corpo Instrutivo em sua análise
destacou o seguinte aspecto, com relação ao disposto na Portaria Conjunta n.º 02/18, editada em
conjunto pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE e a Secretaria do
Tesouro Nacional – STN, in verbis:
A referida portaria estabeleceu uma série de medidas, entre elas concedeu maior
autonomia para o Secretário de Educação, ou ao dirigente de órgão equivalente
gestor, na movimentação, no gerenciamento dos recursos e na administração da
conta bancária única do Fundeb, a qual, de acordo com o disposto no art. 2º da
referida Portaria, deve ser mantida pelo município no Banco do Brasil ou na Caixa
Econômica Federal.
Por fim, em seu art. 12, determina que as informações afetas à conta bancária
específica do Fundeb deverão ser atualizadas sempre que houver alterações no
cadastro dos respectivos Conselhos de que trata o art. 24 da Lei 11.494 de 2007,
no âmbito do sistema informatizado CACS-FUNDEB.
“Enfim, embora o referido plano tenha sido publicado em 26/03/2020, não foi
informada a lei que aprovou o referido documento. Além disso, o instrumento foi
encaminhado de forma incompleta.
O art. 198, § 2º, inciso III, da Constituição Federal c/c o art. 7º da Lei Complementar
nº 141/12 estabeleceram, para os Municípios, o percentual mínimo de 15% (quinze por cento) da
arrecadação de impostos e transferências para aplicação em ações e serviços públicos de saúde
(ASPS).
O art. 3º destaca as despesas em ações e serviços públicos de saúde que serão computadas
para efeito de apuração da aplicação dos recursos mínimos, ao passo que o art. 4º estabelece
aquelas que não serão computadas como despesas com ações e serviços públicos de saúde.
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MARCELO VERDINI MAIA Fls.:
Conforme ressaltado pelo Corpo Instrutivo, o Plenário desta Corte decidiu, em sessão de
28.08.2018, nos autos do Processo TCE-RJ nº 113.617-4/18, em resposta à consulta formulada
perante esta Corte, que a partir das prestações de contas de governo do Estado do Rio de Janeiro e
de todos os municípios jurisdicionados deste Tribunal, referentes ao exercício de 2019, a serem
apresentadas em 2020, seriam consideradas, para fins de aferição do cumprimento do limite
previsto no art. 198, §2º, II e §3º, I, da CRFB, c/c o art. 7° da LC nº141/12, as despesas liquidadas e
efetivamente pagas no exercício, bem como os restos a pagar processados e não processados até o
limite da disponibilidade de caixa.
“(...)
Ato contínuo, com relação a este tópico, a Instrução Técnica em relatório datado de
07.12.2020, apontou as seguintes questões:
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MARCELO VERDINI MAIA Fls.:
Sigfis 53.678.739,02
Contabilidade – Anexo 8 consolidado 53.675.908,80
Diferença 2.830,22
Fonte: Anexo 8 consolidado da Lei Federal n.º 4.320/64 – fls. 403/405 e Relatório Analítico Saúde –
fls. 1158/1185.
Dessa forma, tendo em vista não ser possível identificar as despesas aplicadas em
ações e serviços públicos com recursos efetivamente provenientes da fonte
“impostos e transferências de impostos”, resta impossibilitada a apuração do
cumprimento do limite dos gastos com saúde no exercício.
“(...)
Complementar Federal nº 101/00 e com o art. 9º, parágrafo 2º da mesma lei, que
estabelece prioridade para as obrigações constitucionais e legais do ente.
Em atenção ao disposto no art. 45, §1º, do Regimento Interno desta Corte, alterado pela
Deliberação TCE-RJ nº 294/18, foi proferida decisão monocrática em 11.12.2020, que comunicou o
Sr. Cézar de Melo para que, no prazo improrrogável de 10 (dez) dias contados da ciência da
decisão, apresentasse manifestação escrita, caso assim entendesse necessário.
IRREGULARIDADE N.º 07
As despesas na função 10 - Saúde evidenciadas no Sistema Integrado de Gestão
Fiscal – Sigfis/BI e na documentação extracontábil constante dos autos (Quadro
E.2) apresentam inconsistência em sua classificação por fonte de recursos, uma
vez que não evidenciam de forma segregada as despesas financiadas com
recursos do SUS, juntando estas às despesas que correram à conta da fonte
“impostos e transferências de impostos”, impossibilitando a apuração do
cumprimento do limite dos gastos com ações e serviços públicos de saúde,
estabelecido no parágrafo 3º do artigo 198 da Constituição Federal de 1988 c/c
artigo 7º da Lei Complementar n.º 141/12.
C03
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Ademais, verificou-se que o banco de dados fornecido pelo município por meio
do SIGFIS não foi alterado, o que obsta a verificação da adequação das despesas
com impostos e transferência de impostos aos artigos 3° e 4° da Lei
Complementar n.º 141/12, impossibilitando a apuração quanto ao cumprimento
do limite estabelecido no parágrafo 3º do artigo 198 da Constituição Federal de
1988 c/c artigo 7º da Lei Complementar n.º 141/12.
“(...)
O d. corpo técnico constatou que o banco de dados fornecido pelo município por
meio do SIGFIS, assim como as informações apresentadas nesta prestação de
contas de Governo não permitem a verificação da adequação das despesas com
saúde ao que dispõem os artigos 3° e 4° da Lei Complementar Federal nº 141/12.
E o mais grave: ficou constatado pela instância técnica não ser possível apurar o
cumprimento da aplicação em ações e serviços públicos de saúde do percentual
de 15% das receitas de impostos e transferências de impostos pelo Governo de
Japeri no exercício de 2019 para atendimento ao disposto no parágrafo 3º do
artigo 198 da Constituição Federal c/c artigo 7º da Lei Complementar nº 141/12.
E não foi por falta de alerta. Em seu parecer anterior, o Ministério Público de
Contas chamou a atenção para o fato de ser grave a apresentação de
demonstrativos e informações inconsistentes pelo Poder Executivo, para
verificação do cumprimento do disposto na Constituição Federal e na Lei
Complementar nº 141/12 (aplicação das receitas elegíveis em ações e serviços
públicos de saúde).
C03
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Além disso, como compete ao Tribunal de Contas apurar a aplicação dos recursos
mínimos em ações e serviços públicos de saúde pelos municípios sob sua
jurisdição, ex vi do disposto no parágrafo único do artigo 25 da Lei Complementar
nº 141/12, o Parquet de Contas propõe determinação a Secretaria-Geral de
Controle Externo para que proceda à realização de auditoria na Prefeitura de
JAPERI com vistas a apurar o percentual das receitas elegíveis aplicado em ações
e serviços públicos de saúde no exercício de 2019.”
Com relação a este ponto, concordo com a análise efetuada pela unidade técnica, que
constatou que o banco de dados fornecido pelo município por meio do SIGFIS, assim como as
informações apresentadas nesta prestação de contas de Governo, não permitem a verificação da
adequação das despesas com saúde ao que dispõem os artigos 3° e 4° da Lei Complementar
Federal nº 141/12.
Assim, verifica-se que o jurisdicionado não apresentou elementos suficientes com vistas a
elidir a irregularidade apontada, motivo pelo qual a mesma deverá ser mantida na conclusão deste
Voto.
Noutro giro, incluirei a divergência entre o valor total das despesas com saúde
evidenciadas no Sistema Integrado de Gestão Fiscal – Sigfis e o valor registrado contabilmente na
função 10 - Saúde, no valor de R$ 2.830,22, como Impropriedade às contas.
O Conselho Municipal de Saúde, por meio do parecer à fl. 703, opinou favoravelmente à
aprovação da aplicação dos recursos destinados a ações e serviços públicos de saúde, na forma do
artigo 33 da Lei n.º 8.080/90 c/c § 1º, artigo 36 da Lei Complementar n.º 141/12.
8 Em que pese a argumentação pela Determinação à SGE, tal posicionamento não constou como item de
encaminhamento.
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O limite de repasse do Executivo para o Legislativo disposto no art. 29-A, § 2º, inciso I, da
Constituição Federal foi respeitado, a saber:
R$
Limite de repasse permitido
Repasse recebido
art. 29-A
5.076.463,16 5.076.463,20
Fonte: Balanço Financeiro da Câmara da Lei Federal n.º 4.320/64 – fls. 491 e comprovante de devolução de duodécimos à Prefeitura –
fls. 715.
Contudo, tal valor foi superior ao limite máximo estabelecido nos incisos do artigo 29-A
da Constituição Federal, devendo prevalecer como limite de repasse, por conseguinte, aquele
fixado na Carta Magna – R$ 5.076.463,16.
R$
Limite de repasse permitido
Repasse recebido
art. 29-A
5.076.463,16 5.076.463,20
Fonte: Balanço Orçamentário e Balanço Financeiro da Câmara da Lei Federal n.º 4.320/64 – fls. 491/494.
Dessa forma, farei constar em meu Voto, comunicação ao Chefe do Poder Executivo do
Município de Japeri, alertando-o a respeito da nova metodologia de verificação do cumprimento
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do artigo 29-A da CRFB, que passará a ser considerada nas Contas de Governo relativas ao
exercício de 2021, a serem encaminhadas no exercício de 2022.
Nos tópicos a seguir serão abordados os principais aspectos referentes aos Conselhos de
Alimentação Escolar e o de Assistência Social, devido à importância que os mesmos possuem no
contexto do controle social, assim como a aplicação de recursos de royalties do petróleo, a
transparência na gestão fiscal, bem como será demonstrada a apuração do Índice de Efetividade da
Gestão Municipal – IEGM, tratado por esta Corte de Contas na Deliberação TCE-RJ n.º 271/17.
De acordo com os documentos de fls. 719 e 859, o aludido Conselho declarou que, devido
à pandemia do novo Corona Vírus COVID-19, não se reuniu em tempo hábil para deliberação e
emissão do devido parecer.
Ato contínuo, a instrução entendeu que tal fato deve ser relevado tendo em vista a
declaração de emergência em saúde pública, de importância Nacional, em decorrência do novo
coronavírus, com a necessidade de adoção de medidas preventivas em relação à disseminação do
COVID-19.
9 TCE RJ 218.879-9/20 – Prestação de Contas de Governo do Município de Cachoeira de Macacu e TCE RJ 210.882-0/20.
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O Conselho Municipal de Assistência Social, previsto no art. 16, inciso IV, da Lei
nº 8.742/93, é um órgão que reúne representantes do governo e da sociedade civil e tem, entre
suas atribuições, a de exercer a orientação e o controle do Fundo Municipal de Assistência Social,
acompanhar e controlar a execução da Política Municipal de Assistência Social e apreciar e aprovar
a proposta orçamentária dos recursos destinados a todas as ações de assistência social, tanto os
recursos próprios do Município quanto os oriundos de outras esferas de governo, alocados no
respectivo Fundo Municipal de Assistência Social, em consonância com as diretrizes das
conferências nacionais, estaduais e municipais.
O Conselho Municipal de Assistência Social, por meio do parecer às fls. 856/858, opinou
pela regularidade da gestão dos recursos, ganhos sociais e desempenho dos programas e
projetos aprovados, referentes ao exercício de 2019, em conformidade com o art.16 c/c art. 18,
inciso X da Lei nº 8.742/93 – LOAS.
8.3 ROYALTIES
O artigo 8º da Lei nº 7.990, de 28.12.89, alterada pelas Leis Federais n.º 10.195/01 e
n° 12.858/13, veda a aplicação dos recursos provenientes de royalties no quadro permanente de
pessoal e no pagamento da dívida, excetuando o pagamento de dívida com a União, bem como a
capitalização de fundos de previdência.
RECEITAS DE ROYALTIES
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Investimentos 4.316.452,43
“Da análise das informações constantes dos autos, verifica-se que o município de
Japeri não aplicou recursos de royalties em pagamento de pessoal e de dívidas
não excetuadas pela Lei Federal n.º 7.990/89, alterada pelas Leis Federais n.º
10.195/01 e n° 12.858/13.
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Dessa forma, espera-se que a aplicação dos recursos dos royalties esteja
direcionada a atividades que possibilitem a implementação de políticas públicas
voltadas para o desenvolvimento sustentável sem prejuízo, contudo, ao meio
ambiente.
Merece prosperar a análise efetuada pelo Corpo Instrutivo, de modo que se revela
pertinente a recomendação quanto à necessidade do uso consciente e responsável dos recursos
dos royalties. Será ainda dirigida nova comunicação ao atual Chefe do Poder Executivo a fim de
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reiterar o alerta dado nas contas do exercício anterior no sentido de que, a partir da análise das
Contas de Governo do exercício de 2021, encaminhadas em 2022, a vedação imposta pelo art. 8º
da Lei nº 7.990/89 abarcará todos os recursos das compensações financeiras devidas pelo
resultado da exploração de petróleo ou gás natural.
Recursos Recebidos dos Royalties Previstos na Lei Federal n.º 12.858/2013 322.829,15
Dessa forma, o Poder Executivo não aplicou nenhuma parcela dos recursos dos royalties
previstos na Lei Federal n.º 12.858/2013 na educação, não atendendo o disposto no § 3º, artigo 2º
da mencionada legislação.
Com relação a este tópico o Ministério Público Especial se manifestou da seguinte forma
em parecer datado de 10.12.2020:
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(...)
O fato foi tido como Impropriedade (n° 12) no relatório técnico, conclusão com a
qual concorda o Parquet de Contas.
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Conforme quadro elaborado pela instrução, reproduzido a seguir, não houve aplicação de
recursos em 2019:
Descrição Valor
Recursos Recebidos dos Royalties a Título de Cessão Onerosa previstos na Lei Federal
2.061.323,07
n.º 13.885/2019
Aplicação de Recursos (Cessão Onerosa) em Investimentos 0,00
Aplicação de Recursos (Cessão Onerosa) na Previdência 0,00
Total Aplicado 0,00
Saldo a aplicar 2.061.323,07
Fonte: Quadro F.3 – fls. 849.
O Corpo Técnico registrou que, conforme nota de fl. 849, o Poder Executivo não aplicou
tais recursos uma vez que teve conhecimento de que se tratava de arrecadação baseada na Lei nº
13.885/2019 somente no mês de maio de 2020, momento em que as informações foram
disponibilizadas pela ANP no site, não havendo, portanto, tempo hábil para o processamento da
execução orçamentária da despesa e sua correta classificação.
“... na relação dos códigos e descrições das fontes de recursos utilizadas pelo
município – que consta desta prestação de contas -, verifica-se a criação do
código “138 - Cessão Onerosa do Bônus de Assinatura do Pré-Sal”. As receitas
oriundas dos royalties (de que trata a Lei Federal nº 13.885/19) são classificadas
nessa fonte de recursos.”
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“(...)
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MARCELO VERDINI MAIA Fls.:
“(...)
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O IEGM é medido pelos Tribunais de Contas brasileiros desde 2017 e tem como principal
finalidade o aperfeiçoamento das ações governamentais em políticas públicas nacionais, mediante
a divulgação do resultado de indicadores das políticas adotadas para atendimento das
necessidades da população, proporcionando uma visão da gestão para sete dimensões da
execução do orçamento público com vistas a uma visão ampla da gestão voltada para melhorias
estruturantes:
✓ Educação;
✓ Saúde;
✓ Planejamento;
✓ Gestão Fiscal;
✓ Meio Ambiente;
A Deliberação TCE-RJ n.º 271/17 estabeleceu normas relativas à apuração do IEGM, por
parte desta Corte de Contas, de modo que os órgãos executivos dos entes sob a jurisdição do
Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, devem responder, em caráter obrigatório, aos
questionários para a apuração do índice.
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Comparando o município de Japeri com o IEGM dos municípios do Estado do Rio de Janeiro
participantes, têm-se os seguintes resultados:
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Cumprida 8 40,00%
Cumprimento dispensado 0 0%
Total 20 100,00%
Fonte: Relatório de Acompanhamento das Determinações e Recomendações do TCE pelo Controle Interno – Modelo 22 – fls. 799/800
O Certificado de Auditoria, fl. 797, emitido pelo órgão central de controle interno, opina
expressamente pela Regularidade das Contas com Ressalvas.
Contudo, conforme apontado pela instrução técnica, em que pese o Certificado conter
parecer conclusivo, não foram especificadas as medidas adotadas, no âmbito do controle interno,
no sentido de alertar a administração municipal, quanto às providências a serem implementadas
para melhoria da gestão governamental.
10 - CONCLUSÃO
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Considerando, com fulcro no artigo 125, Incisos I e II, da Constituição do Estado do Rio de
Janeiro, que é de competência desta Corte de Contas emitir parecer prévio sobre as contas dos
municípios e sugerir as medidas convenientes para apreciação final da Câmara;
Considerando que o parecer prévio deve refletir a análise técnica das contas examinadas,
ficando o julgamento sujeito às Câmaras Municipais;
Considerando que este Tribunal, nos termos dos artigos 75 da Constituição Federal e 124
da Constituição Estadual do Rio de Janeiro, já com as alterações dadas pela Emenda Constitucional
nº 04/91, é responsável pela fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e
patrimonial dos municípios do Estado;
Considerando que o município realizou gastos com verba do Fundeb em desacordo com os
artigos 70 e 71 da Lei n.º 9.394/96 c/c a Lei nº 11.494/07;
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Parcialmente de acordo com o Corpo Instrutivo e com o Ministério Público Especial junto
a esta Corte,
VOTO:
IRREGULARIDADES E DETERMINAÇÕES:
IRREGULARIDADE Nº 01
DETERMINAÇÃO Nº 01
Realizar o pagamento dos valores decorrentes dos Acordos de Parcelamentos realizados pelo
município junto ao RPPS, relativos às contribuições previdenciárias que deveriam ter sido
recolhidas a pagas em exercícios anteriores, de modo a preservar o equilíbrio financeiro e/ou
atuarial do regime previdenciário municipal, conforme os preceitos estabelecidos no artigo 1º,
inciso II da Lei Federal n.º 9.717/98.
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IRREGULARIDADE N.º 02
Gastos com verba do Fundeb em desacordo com os artigos 70 e 71 da Lei n.º 9.394/96 c/c a Lei nº
11.494/07.
PROC: 122/2020-
PAGAMENTO Ensino Transferências
20/12/2019 1055 PREVI JAPERI 190.092,76
APOSENTADOS E Fundamental do Fundeb 60%
PENSIONISTAS.
TOTAL 190.092,76
Fonte: Relatório Analítico Educação – fls. 995/1007.
Observar a correta aplicação dos recursos do Fundeb, em cumprimento ao disposto nos artigos 70
e 71 da Lei n.º 9.394/96 c/c a Lei nº 11.494/07.
IRREGULARIDADE Nº 03
DETERMINAÇÃO Nº 03
Observar o cumprimento do limite mínimo de aplicação de 25% das receitas com impostos e
transferências na manutenção e desenvolvimento do ensino, conforme estabelecido no artigo 212
da Constituição Federal de 1988.
IRREGULARIDADE Nº 04
R$ 58.091,35, sem a devida comprovação, o que descumpre o disposto no artigo 21 c/c o inciso I
do artigo 23 da Lei Federal n.º 11.494/07.
DETERMINAÇÃO Nº 04-A
DETERMINAÇÃO Nº 04-B
IRREGULARIDADE Nº 05
DETERMINAÇÃO Nº 05-A
Observar a correta classificação das despesas na função 10 - Saúde quanto às respectivas fontes de
recursos, segregando-as contabilmente (impostos e transferências de impostos, SUS, royalties e
eventuais outras fontes), com vistas a possibilitar a apuração do cumprimento do limite dos gastos
com ações e serviços públicos de saúde, estabelecido no parágrafo 3º do artigo 198 da
Constituição Federal de 1988 c/c artigo 7º da Lei Complementar n.º 141/12.
Para que a Secretaria-Geral de Controle Externo deste Tribunal proceda a realização de auditoria
na Prefeitura de JAPERI com vistas a apurar o limite dos gastos com ações e serviços públicos de
saúde no exercício de 2019, previsto parágrafo 3º do artigo 198 da Constituição Federal de 1988
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c/c artigo 7º da Lei Complementar Federal nº 141/12, e ainda, para dar cumprimento ao disposto
no parágrafo único do artigo 25 daquela Lei Complementar.
Art. 25 (...)
IMPROPRIEDADES E DETERMINAÇÕES:
IMPROPRIEDADE N.º 1
Não foram implantados todos os Procedimentos Contábeis Patrimoniais com prazo-limite até o
exercício de 2019, conforme Cronograma de Implantação dos Procedimentos Contábeis
Patrimoniais – (Modelo 25A), estando, o município, em desacordo com os prazos estabelecidos na
Portaria STN n.º 548/2015.
DETERMINAÇÃO N.º 1
IMPROPRIEDADE Nº 2
DETERMINAÇÃO Nº 2
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IMPROPRIEDADE N.º 3
DETERMINAÇÃO N.º 3
IMPROPRIEDADE N.º 4
DETERMINAÇÃO N.º 4
IMPROPRIEDADE N.º 5
DETERMINAÇÃO N.º 5
IMPROPRIEDADE N.º 6
O saldo da conta “Caixa e Equivalente de Caixa”, evidenciado no Balanço Patrimonial às fls. 844,
diverge do “Saldo para o Exercício Seguinte”, demonstrado no Balanço Financeiro às fls. 421, haja
vista que o valor de R$ 8.825.557,50, registrado no referido balanço como “Caixa”, não integra as
disponibilidades do Ativo Circulante.
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DETERMINAÇÃO N.º 6
IMPROPRIEDADE N.º 7
DETERMINAÇÃO N.º 7
IMPROPRIEDADE N.º 8
DETERMINAÇÃO N.º 8
Providenciar a regularização dos critérios e exigências estabelecidos na Lei nº 9.717/98 para fins de
emissão do CRP, de modo que o Município não fique impossibilitado de receber transferências
voluntárias de recursos pela União, impedido de celebrar acordos, contratos, convênios ou ajustes,
contrair empréstimos, financiamentos, avais e subvenções em geral de órgãos ou entidades da
Administração direta e indireta da União, bem como por instituições financeiras federais e de
receber os valores eferentes à compensação previdenciária devidos pelo RGPS.
IMPROPRIEDADE N.º 9
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DETERMINAÇÃO N.º 9
IMPROPRIEDADE N.º 10
Não foi informada a lei que aprovou o Plano Municipal de Educação, conforme exigido pela
Deliberação TCE/RJ nº 285/2018.
DETERMINAÇÃO N.º 10
Para que nas próximas Prestações de Contas de Governo, a serem encaminhadas a este TCE/RJ,
seja informada a respectiva lei de aprovação, conforme demanda a Deliberação TCE/RJ nº
285/2018.
IMPROPRIEDADE N.º 11
O valor total das despesas na função 10 – Saúde evidenciadas no Sistema Integrado de Gestão
Fiscal – Sigfis/BO diverge do registrado pela contabilidade, conforme demonstrado:
DETERMINAÇÃO N.º 11
IMPROPRIEDADE N.º 12
O Poder Executivo aplicou 100% dos recursos dos royalties previstos na Lei Federal n.º
12.858/2013 na saúde, nada aplicando na educação, não atendendo o disposto no § 3º, artigo 2º
da Lei Federal nº 12.858/13.
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DETERMINAÇÃO Nº 12
Observar a correta aplicação dos recursos recebidos dos royalties do pré-sal, decorrentes da Lei
Federal nº 12.858/13.
IMPROPRIEDADE N.º 13
DETERMINAÇÃO N.º 13
IMPROPRIEDADE Nº 14
DETERMINAÇÃO N.º 14
IMPROPRIEDADE N.º 15
O Certificado de Auditoria, que emitiu parecer conclusivo quanto à Regularidade das Contas com
Ressalvas, não especificou as medidas adotadas, no âmbito do controle interno, no sentido de
alertar a administração municipal, quanto às providências a serem implementadas para melhoria
da gestão governamental.
DETERMINAÇÃO Nº 15
Providenciar para que quando o Certificado de Auditoria emitir parecer conclusivo quanto à
Regularidade com Ressalvas ou Irregularidade das Contas, especificar as medidas adotadas, no
âmbito do controle interno, no sentido de alertar a administração municipal, quanto às
providências a serem implementadas para melhoria da gestão governamental.
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IMPROPRIEDADE Nº 16
O Poder Executivo não aplicou em 2019 em sua totalidade os recursos dos royalties previstos na
Lei Federal n.º 12.858/2013 recebidos em 2018 e 2019 não atendendo o disposto no § 3º, artigo
2º da mencionada Lei e à determinação deste TCE-RJ no processo TCE-RJ n° 207.833-1/19
(Prestação de Contas do Governo Municipal de Japeri relativa ao exercício financeiro de 2018).
DETERMINAÇÃO Nº 16
Observar a correta aplicação dos recursos dos royalties previstos na Lei nº 12.858/13, devendo ser
aplicado em 2020, além dos recursos recebidos neste exercício, os valores não aplicados no
exercício de 2018, na proporção de 75% (setenta e cinco por cento) na área de educação e 25%
(vinte e cinco por cento) na área de saúde, conforme § 3º, artigo 2º da lei mencionada.
RECOMENDAÇÃO
RECOMENDAÇÃO N.º 01
Para que o município atente para a necessidade do uso consciente e responsável dos recursos dos
royalties, priorizando a alocação dessas receitas na aplicação de programas e ações voltadas para o
desenvolvimento sustentável da economia local, bem como, busque alternativas para atrair novos
investimentos de forma a compensar as possíveis perdas de recursos futuros.
III – Pela COMUNICAÇÃO, nos termos regimentais, ao atual Prefeito Municipal de Japeri
alertando-o:
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III.1. quanto ao fato de que, ainda durante a atual legislatura, ocorrerão novas
auditorias de monitoramento da gestão dos créditos tributários, para atestação da implementação
das medidas recomendadas ou determinadas por este Tribunal, e seus resultados serão
considerados para avaliação de sua gestão quando da apreciação das próximas Contas de Governo;
III.4. que a partir das contas de governo do exercício de 2020, encaminhadas em 2021,
as despesas com uniformes escolares e afins, custeadas pelo Município, ainda que distribuídos
indistintamente a todos os alunos, serão consideradas despesas de natureza assistencial, razão
pela qual não serão mais computadas como gastos com manutenção e desenvolvimento do ensino
com vistas à aferição do limite mínimo de 25% preconizado pelo artigo 212 da Constituição
Federal, assim como não será mais admitido que tais despesas sejam efetuadas com recursos do
FUNDEB;
C03
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO PROCESSO TCE-RJ
GABINETE DO CONSELHEIRO SUBSTITUTO DIGITAL nº 211.074-2/20
MARCELO VERDINI MAIA Fls.:
III.7. quanto ao fato de que, para as contas de governo municipais referentes ao exercício
de 2021, a serem apreciadas por esta Corte no exercício de 2022, a receita de contribuição para
custeio dos serviços de iluminação pública – COSIP, não será mais computada para os fins
pretendidos no art. 29-A da CRFB;
VII – Pela COMUNICAÇÃO ao Presidente da Câmara Municipal de Japeri, para que tenha
ciência quanto à emissão do presente parecer prévio, com o registro de que a íntegra dos autos
encontra-se disponível no sítio eletrônico desta Corte de Contas;
GA-1,