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Solace – Conselho dos Magos

Apostila 6

“O Corpo Mental, Atlântida e


Lemúria”

Brasil, 04 de Junho de 2019


O Corpo Mental

Formado por matéria de muito maior sutileza que o Corpo Astral, (é


necessário esclarecer que aquilo que chamamos matéria nada mais é que
energia densificada, portanto não consideramos diferentes uma da outra,
a não ser seu nível de condensação) o Corpo Mental apresenta um
refinamento inigualável aos olhos de um vidente, com uma
particularidade especial, pois há uma Aura Ovóide circundando o próprio
corpo em si.
Essa aura, denominada Aura Mental difere em cada indivíduo, se
apresentando com amplitudes maiores na parte superior daqueles cujos
pensamentos tendem a maior elevação, ou amplitudes maiores nas região
inferior, onde há a tendência de pensamentos mais baixos em nível
espiritual.
É interessante adentrar no porquê de tal diferenciação, tão
característica no mundo de Manas, ou Plano Mental. Existe a energia de
elevadíssima sutileza chamada Gráviton, embora a ciência oficial ainda
não tenha, até o presente momento (2019), comprovado a sua existência.
Está energia não é, porém, mais sutil que a energia presente na matéria
astral, e muito menos em relação à mental, fazendo com que tanto o
corpo astral, e o mental não estejam presos à gravidade quanto o plano
físico. Por esta razão tais corpos, em espíritos desprendidos da
materialidade, conseguem voar até longas altitudes nos subplanos sutis.
Contudo, não conseguem se livrar da ação da gravidade no planeta, e
esta, embora de maneira tênue, exerce sua influência sobre tais corpos. E
esta influência faz com que as energias manásicas (do plano mental)
sejam situadas acima ou abaixo deste corpo, em conformidade com a
elevação e sutileza de seus pensamentos. Por isso, alguém ditado de uma
visão espiritual de ampla magnitude, consegue discernir, no Plano Mental,
uma entidade elevada de outra ainda nos estágios iniciais da evolução
espiritual.

Através do Corpo Mental, são exercidas as atividades inerentes ao


pensamento, como a memória, o raciocínio e todos os tipos de
conceituações que diferenciam o homem dos animais na cadeia evolutiva,
sendo que alguns destes possuem apenas o rudimento deste corpo, e
outros nem mesmo tais rudimentos, atingindo apenas formas astrais,
peculiares aos animais inferiores.
Devemos lembrar que ainda temos uma natureza instintiva, e, negar
que os animais não possuem pensamento, seria como negar a própria
individualidade própria dos animais em degraus mais elevados na escala
zoológica. Embora sejam extremamente rudimentares e ativados
principalmente através de sua natureza instintiva, há um princípio
pensante em cada ser, pois todos seguem o caminho evolutivo da
ascensão. Somos animais, não esqueçamos a relevância deste detalhe.
O Corpo Mental possui uma divisão que se configura em dois
veículos independentes: o Corpo Mental Concreto, inferior, cuja
denominação sânscrita é Manas-Rupa e o Corpo Mental Abstrato, mais
elevado, que em sânscrito se diz Manas-Arrupa.
Como o próprio nome já designa, o inferior faz com que o homem
possa exercer a formulação de idéias simples, concretas ou triviais. O
Corpo Mental Abstrato, ou superior já permite ao homem estabelecer
pensamentos de ordem muito mais elevadas, atingindo os níveis de
abstração, através dos quais se possa compreender conceitos metafísicos
ou filosóficos de alto grau de complexidade.
Esta divisão, apesar de ser estabelecida entre os corpos mentais, vem
ser a grande divisão espiritual dos seres humanos, pois o Corpo Mental
Concreto é composto pelas matérias, ou energias, dos quatro subplanos
inferiores universais, e, o Corpo Mental Abstrato constitui-se da energia
(ou matéria) retiradas dos três subplanos superiores do universo.

Foram mencionados os animais no estudo destes corpos justamente


para explicarmos o seguinte ensinamento dos mestres superiores: os
animais possuem o rudimento do Corpo Mental Concreto, porém, uma
grande fração da humanidade, possue os rudimentos do Corpo Mental
Abstrato, assim como rudimentos ainda de maior insignificância dos
corpos ainda mais elevados. E estes possuem o Corpo Mental Concreto
fortemente aderido ao Corpo Astral, formando neste conjunto aquilo
denominamos Kama-Manas.
Nas altas escolas esotéricas da Índia o Corpo Mental em si recebe a
denominação de Kamas-Maya-Kosha, cujo significado vem ser,
literalmente, "corpo ilusório feito de pensamentos".

A Polegada Quadrada da
Consagração
Também chamada "polegada quadrada sagrada", é a região
situada logo a frente de nossos olhos, no espaço da "aura mental". Neste
local é que são projetadas as imagens mentais emanadas através das
regiões cerebrais, as quais se sucedem em uma seqüência célere e
ininterrupta e são denominadas Vrittis. As formas-pensamento criadas
pelos grandes mestres originam-se a partir dos Vrittis, ondas mentais
sucessivas passíveis de canalização. Aí que está à origem do grande poder
da mente que o homem possui e desconhece. Controlar o turbilhão
mental, focalizar o pensamento desejado e direcioná-lo é algo muito difícil
ao homem comum, que ainda não é senhor de sua própria essência.
No decorrer da formação do universo, as energias sutis ou
primordiais se condensaram, iniciando a descida à materialidade. Dessa
forma o Plano Astral surgiu muito depois da formação do Plano Mental,
assim como o Plano Físico, surgira incontáveis eras após a formação do
Plano Astral. Todas as energias sutis formaram as energias mais densas
até que, finalmente, surgissem os primeiros aglomerados que dariam
origem às subpartículas atômicas. Nada poderia existir no plano físico
sem que, primeiramente, tenha existido nos planos espirituais,
obedecendo à gradação das sutilezas inerentes cada plano. Cada matéria
(ou energia) está estruturada em energias de maior sutileza.
É através do estudo da natureza do corpo mental que adentramos
na essência preconizada pelo Yoga, pois o controle da mente, o
abrandamento dos Vrittis é um de seus objetivos. Como diziam os antigos
mestres: "Yoga é a cessação das modificações mentais".

Características das Ondas


vibratórias Mentais
São em número de três, em conformidade com a correspondência
trina de todas as forças equacionadas no universo. São elas a intensidade
(freqüência), o alcance e a duração, e estas três características se
interpenetram e se associam seguindo as características fundamentais de
cada indivíduo ou ser.
A intensidade depende do nível de pensamento emitido, quanto
mais elevado for o nível de pensamento, possui maior freqüência, e
conseqüentemente, maior intensidade.
O alcance da onda mental já não depende do nível do pensamento,
mas do nível espiritual do indivíduo, pois o nível espiritual o condiciona a
um determinado subplano do Mundo de Manas (Plano Mental), e, sendo
este de um nível elevado, seu alcance será maior que aqueles emitidos
por outra entidade de nível inferior, pois a propagação através das
grosseiras camadas do Plano Mental dificulta o seu alcance. Um exemplo
deste aspecto seria que ondas mentais elevadas ou baixas, emitidas de um
ser mais evoluído (seres evoluídos podem emitir maus pensamentos, pois
evolução não é um sinônimo de perfeição), terá maior alcance do que as
ondas mentais emitidas por outro ser em nível menor de desenvolvimento
espiritual, mesmo que este ser possa, ainda que raramente, emitir ondas
mais elevadas. Quando a criação mental é vigorosa, e canalizada através
da Alta Magia, o alcance não alcançará limites, pois estará tangenciando
as energias de maior sutileza dos planos superiores.
A duração da onda mental dependerá da clareza do pensamento, da
idealização da imagem por este formada, que impregnará a Matéria
Astral. Pensamentos vagos se dissipam no próprio plano mental, sem
alcançar a condensação necessária para atingir o Plano Astral e,
conseqüentemente, o Físico.
Existem tonalidades características às ondas mentais de cada
pensamento, porém são visíveis apenas no Plano Astral de Vibração, pois
estão intimamente associadas à ordem emocional tanto daquele que
emite quanto daquele que visualiza.

Quando o emissor fixa em determinado pensamento ou idéia fixa,


os Vrittis permanecem junto à sua aura mental, depois se desligam e
permanecem por certo tempo derivando pelas correntes do Plano de
Manas. Algum indivíduo com uma idéia nascente, semelhante a esta que
está à deriva no mundo mental, pode captar estes Vrittis, e estabelecer
uma "apropriação" desta idéia já formulada neste plano. Assim nascem as
idéias repentinas, os plágios involuntários. Por esta razão, muitas vezes
uma mesma idéia pode "nascer" em vários locais e através de diferentes
indivíduos que elaboram metas e propósitos semelhantes.
Geralmente, em uma meditação coletiva, uma mesma experiência
é comum à grande maioria dos participantes, e é através de fenômenos
como este que são criados os seres "elementares" (não confundir com
elementais que são seres dos elementos da natureza), criados através da
própria persistência mental que ganham vida própria através das formas-
pensamento.
Quando uma forma-pensamento é criada através de um grupo de
elevados pensamentos, funciona como um protetor, atraindo, através de
suas freqüências, entidades reais que com os tais se identificam. Esta
congregação espiritual recebe o nome de "egrégora", e vem ser uma
força poderosa para o combate dos infortúnios e forças negativas.

O efeito da Prece no Plano


Mental
Assim como a formação da egrégora, a oração se faz por si só uma
elevada emissão de pensamentos, a qual poderá, dependendo da fé, que
é a capacidade criadora, ter grande intensidade, alcance e duração.
Através de uma Ancoragem Espiritual a fé se potencializa e canaliza
energias sutis dos planos superiores que se congregam no Plano Mental.
Como citado no início do texto, as forças sutis são os sustentáculos das
forças mais densas, e as transformam através do poder volitivo da palavra.
Disse certa vez um sábio: "Orações podem percorrer o infinito".
Poderemos pressentir o Infinito através de nossas mentes. A própria
concepção de Deus é plasmada através de nossas ondas mentais. Se
podemos conceber aquilo que por si só é inconcebível, a ação de nossa
mente pode ir muito além daquilo que acreditamos possuir. Tudo é
pensamento. Somos o pensamento de Deus.
Atlântida e Lemúria
Quase todas as pessoas já ouviram falar algo sobre esses “supostos”
continentes desaparecidos; seja em lendas, filmes ou comentários. Porém
a maioria das pessoas talvez nunca tenha lido alguma explanação mais
séria sobre tão obscuro assunto, seja pela escassa documentação ao
alcance das pessoas leigas, seja pelo desinteresse próprio relegado àquilo
que é considerado como algo hipotético ou até mesmo fantasioso. O que
torna magnífico adentrar neste estudo é justamente a aura de mistério
que envolve toda essa temática. Mesmo tendo em vista que uma simples
explanação é absolutamente incapaz de abrangerão vasto conteúdo,
contextualizado em livros tratando apenas desse tema.
Quando algumas escolas esotéricas fazem referência a número de
anos extremamente incompatíveis com aquilo que a história oficial
preconiza, deveremos ter em mente que há infindáveis mistérios que
fogem à compreensão da própria história e até mesmo da ciência
contemporânea. Para que seja iniciado o estudo de assuntos místicos
torna-se necessário que haja um desprendimento do “espírito cartesiano”
que fundamenta uma pressuposta base lógica e cética diante daquilo que
não esteja condicionado ao convencionalismo acadêmico. Lembremos da
mecânica quântica, cuja análise foge a todos os postulados científicos
conhecidos até então.
Em 1921 na Rodésia, hoje Zimbábue, fora encontrado um crânio
com um orifício provocado por um projétil balístico. Algo até normal neste
mundo violento até se constatar que, tanto o crânio, quanto o orifício em
questão, possuir, no mínimo, 200.000 anos de idade comprovada. Peça
esta que ficou conhecida como o “Crânio de Broken Hill”, pertencente à
espécie hominídea “Homo Heidelbergensis”.
Jaques Bergier, o ilustre escritor francês, autor do célebre
“Despertar dos Mágicos”, em sua obra “O livro do Inexplicável (A Volta
dos Mágicos)”, descreve o, famoso mundialmente, “Objeto de Coso”,
uma espécie de vela de ignição no interior de uma massa rochosa de
500.000 a 1.000.000 de anos. Isso sem contar a pilha exposta no museu de
Bagdá, cuja antiguidade remonta a época do povo sumério, entre tantos
outros mistérios que rondam antiguíssimas construções e monumentos,
os quais jamais poderiam ter sido concluídos sem o auxílio de tecnologia
incompatível com aquela conhecida na época.
Quase a totalidade dos místicos, das mais diversas ordens,
reconhecem como realidade a existência, em remotíssima antiguidade,
dos continentes desaparecidos da Atlântida e da Lemúria. E, lembremos,
a existência dos gigantescos monstros pré-históricos foi um dia taxada de
ridícula perante a classe científica , assim como a possibilidade da
construção de uma máquina que pudesse fazer o homem voar, ou de pisar
na lua. Todas essas idéias já foram consideradas um dia por demais
fantasiosas.
Existem muitos mistérios que ainda vão ser constatados pela
ciência, talvez em um futuro não muito distante.

A Lemúria

Relatos de que um continente teria existido no Oceano Índico ou no


Pacífico começaram a ser apresentados ao mundo no século XIX. Porém
antigos relatos do povo Tamil, no sul da Índia sempre se referiram a um
imenso continente tragado pelas águas do oceano.
Também conhecido como a “Terra de Um” (nome original do
continente), a Lemúria, tanto da lenda tâmil, quanto dos ensinamentos
ocultistas quase que da costa ocidental do que hoje é América até a costa
oriental da África.
Um militar britânico J. Churchward, relatou que um sacerdote hindu
lhe ensinara a língua “nagamaia”, morta a incalculáveis anos, o qual
também teria lhe mostrado algumas tábuas, conhecidas como “Tábuas de
Naacal”, que falavam da formação do mundo e da primeira colonização da
terra, efetuada pelos habitantes de Um, de onde teria se originado a
humanidade , até que, após um longo período de decadência teria
submergido nas águas.
O cientista Slater, em meados do século XIX, descobriu que um
grupo de primatas, os Lêmures, habitavam a ilha de Madagascar, no leste
da África, assim como também na Malásia, península ao sul da Ásia,
separados pela imensidão do oceano Índico, sugerindo que, ambas as
regiões, em um passado remoto, estiveram unidas. Mu então foi
rebatizada com o nome de Lemúria, em homenagem a esses belíssimos e
singulares animais.
Também é notável a semelhança entre os povos africanos com os
nativos da Austrália, os melanésios e os papuas, também separados pela
vastidão do Oceano Índico.
Segundo Helena Petrovna Blavatsky, fundadora da Sociedade
Teosófica e autora da clássica obra do ocultismo, a “Doutrina Secreta”, a
Lemúria era o berço da terceira raça raiz (segunda ronda), a qual,
inicialmente, era muito diferente dos povos que conhecemos, com
formação óssea peculiar, e a glândula pituitária, hoje conhecida como
hipófise, altamente desenvolvida (Chakra Ajnan), que hoje é atrofiada nos
seres humanos atuais. Tal raça, além de possuir magníficos poderes
paranormais, seria também dotada de um significativo desenvolvimento
intelectual, porém extremamente belicista. Segundo Blavatsky, na
Doutrina Secreta, era uma raça inicialmente hermafrodita, de
elevadíssima estatura e força física descomunal.
A raça lemuriana é a primeira raça raiz considerada propriamente
manifesta (as anteriores eram etéreas). Possuíam tonalidade escura de
pele, conseqüência do clima predominantemente tropical do continente,
e, como este era infestado de animais predadores, aprenderam a se
integrar uns aos outros para conferir uma melhor e mais efetiva
segurança. Cultuavam o planeta Mercúrio, símbolo do conhecimento,
iniciando a geração de uma indústria elementar, especificamente a
manufatura.
Ainda segundo Blavatsky, os lemurianos, dotados inicialmente de
grandes poderes, sentiam-se em si mesmo o Deus interno, e cada um
sentia que era um Deus-Homem em sua natureza, embora um animal em
seu físico. E a luta entre a natureza divina e a natureza animal teve início
quando provaram “o fruto do conhecimento”. Os que dominaram os
princípios inferiores subjugando o corpo uniram-se aqueles que na
teosofia são chamados “os filhos da luz”, aqueles que caíram vitimas de
sua natureza inferior converteram-se em escravos da matéria. Esta foi a
chamada “queda do Homem”. Caíram na batalha da vida morta contra a
vida imortal, e os que assim caíram deram início às futuras gerações
atlantes.
W. S. Cervé, um grande estudioso ocultista, escreveu a magnífico
livro “Lemúria, o Continente perdido do Pacífico”, em cuja obra relata
toda a peculiaridade dos aspectos geográficos da Califórnia, afirmando
que esta região era uma parte do território da Lemúria que se agregou ao
continente americano logo que este se formou.
O poder da vontade que os primeiros habitantes da Lemúria
possuíam (kriyashakty) era suficiente para plasmar suas moradas
dispensando a utilização de engenharia. Já nas últimas sub-raças (o termo
sub-raça na teosofia é utilizado para designar as ramificações que a raça
inicial propagou ao longo dos milênios) os lemurianos se degeneraram
substancialmente. Sua estatura reduziu-se e foram gradativamente
perdendo seus inomináveis poderes psíquicos. Colonizaram a África e a
Oceania, dando origem posteriormente a todo o resto da humanidade.
Acompanhando a perspectiva teosofista de Blavatsky, os lemurianos
teriam surgido há cerca de 18.000.000 de anos advindos da segunda raça
raiz, a dos Hiperbóreos, chamados na teosofia de “nascidos pelo suor”,
pois eram ainda seres de natureza semi-divina.
W. S. Cervé, em seu livro “Lemúria, o Continente Perdido do
Pacífico”, o continente lemuriano foi submergindo lentamente ao sabor
das incontáveis eras, sendo que nem todo o continente submergiu,
permitindo a ocorrência de resíduos, como terras agregadas a outros
continentes assim como também ilhas isoladas.

A Atlântida
A designação “Atlântida” provém do grego, cujo significado literal é
“a filha de Atlas”. (Atlas que, na mitologia grega, era o Titã condenado por
Zeus para sustentar os céus por toda a eternidade).
Existem dois ângulos nos quais a Atlântida pode ser visualizada: sob
o ponto de vista lendário, e sob o ponto de vista oculto. Segundo os
antigos gregos, sua localização de estendia além das “Colunas de
Hércules”, significando que se situava além do Estreito de Gibraltar, que
separa o Mar Mediterrâneo, até então muito conhecido pelas civilizações
circunvizinhas, do Oceano Atlântico, que leva o nome do antigo
continente, na época desconhecido, adornado por mistérios e lendas.
A visão, que a história oficial classificou como lendária, teve sua
origem nas obras de Platão (428 a.c. - 347 a.c.) , “Timeu e Crítias”. Conta
o insigne filósofo que Sólon (638 a.c. - 558 a.c., um dos sete grandes
sábios da Grécia antiga), em uma de suas viagens ao Egito, encontrou-se
com um eminente sacerdote de Saís, no Delta do Nilo, o qual lhe relatou a
existência desta ilha, muito além do mar por eles conhecido, e que teria
submergida há vários milhares de anos.
Segundo a obra de Platão, era a Atlântida uma grande ilha dividida
em 10 áreas circulares, 10 anéis concêntricos. E que, nos primórdios de
sua existência, havia uma jovem órfão chamada Clito, que habitava nas
montanhas centrais da ilha, pela qual o deus Poseidon se apaixonou.
Tiveram, conforme o texto de Platão, cinco pares de gêmeos, dos quais o
primogênito fora Atlas, que herdou a porção central da ilha, de onde
irradiava forte energia, advinda de seu próprio poder quase divino, para
todas as outras 9 sessões da ilha, presididas por seus irmãos. A cada ano
se reuniam na região central, no palácio onde se localizava o grande
templo de Poseidon, cujos muros eram inteiramente recobertos com ouro
puro reluzente. Haviam pontes e canais interligando cada um dos
cinturões de terra que constituíam o inusitado aspecto geográfico da
grande ilha.
Prosseguindo na narrativa de Platão, a virtuosidade dos habitantes
de Atlântida começaram a sucumbir, dando lugar à ganância e ao
individualismo, e a natureza altruística de adoração a Deus passou a dar
lugar ao egocentrismo, que de tão avassalador constituiu-se deuses os
reis do passado, exigindo-se a adoração de suas imagens esculpidas.
A obra de Platão não pode ser classificada como uma história
mítica, oriunda da oralidade como toda a mitologia grega, pois os dados
que Platão utilizou para compor sua narrativa como registro histórico,
local, nomes, datas, população, organização social e política, e o respaldo
filosófico que remonta o decorrer de seu contexto, descaracteriza toda e
qualquer semelhança com as lendas, nas quais os gregos eram versados.
Ele intenta demonstrar uma realidade factível, como se delineasse um
aspecto real de algum outro país adjacente à Grécia antiga.
Na “Doutrina Secreta”, Helena Petrovna Blavatsky nos apresenta a
Atlântida visível através do prisma do ocultismo. Ela descreve a raça
atlante em detalhes. Segundo sua própria concepção teosófica, Atlântida
foi um continente que existiu foi civilizado por mais de 1.000.000 de anos,
destruído por sucessivos eventos cataclísmicos, até que se restasse a
grande ilha descrita por Platão como o último resíduo, cujo
desaparecimento teria ocorrido no ano de 9564 a.c.
O apogeu desta insólita civilização ocorreu entre o longo período de
1.000.000 a.c. a 900.000 a.c. Possuíam um elevado conhecimento mágico
baseado no conhecimento e domínio de uma energia psíquica chamada
“Vril”, que entre suas inumeráveis aplicações permitia o controle
gravitacional (vemos na citação deste tipo de energia a explicação das
megalíticas edificações da antiguidade, constituídas por enormes blocos,
impossíveis de serem justapostos , como nas pirâmides de Gizé, os Moais
da ilha de Páscoa, Stonehenge, etc), a transmutação dos metais simples
em ouro, e na medicina formidável que era possuidora.
A Atlântida descrita por Platão é essencialmente plana, excetuando
o centro. A teosófica dispunha de amplas elevações. A capital era
chamada “A Cidade dos Portais de Ouro”, descrita em inúmeras obras e
artigos como uma cidade fascinante, repleta de magníficas edificações,
onde a beleza e a ordem reinavam absolutas.
Blavatsky obteve seus conhecimentos através do auxílio de grandes
mestres secretos do oriente. W. Scott Elliot, Annie Besant, C. W.
Leadbeater, todos pertencentes à Sociedade Teosófica, também
descrevem a Atlântida em suas obras, ilustrando ainda mais os aspectos
peculiares deste continente desaparecido que até hoje desafia o
conhecimento e a imaginação da humanidade.
Segundo a teosofia, este continente serviu ao desenvolvimento da
4ª raça raiz (3ª ronda), que , assim como a lemuriana, subdividiu-se
também em 7 sub-raças, das quais os descendentes que herdaram as
características mais fundamentais são a raça amarela e a vermelha.
Embora existam ramos diretos também da raça branca como os povos
semitas (é interessante notar que a língua semita não faz parte do ramo
hindo-uropeu, que engloba os povos da 5ª raça a ariana que incluem os
indianos do norte da Índia e a grande maioria dos europeus e iranianos). O
povo que mais se assemelhava com os atlantes originais foram os toltecas,
muito mais antigos do que estima a história oficial, grandes edificadores
da América central. Os atlantes originais segundo Helena P. Blavatsky
eram de elevada estatura, pele avermelhada e olhos oblíquos. Sua religião
era o culto de Manu, o governante divino.
A tecnologia dos atlantes, segundo W. Scott Elliot, erigiam
construções e construíam veículos que desafiava a gravidade, que os
antigos textos hindus denominam “Vimaanas”. Sua escrita muito se
assemelhava aos antigos hieróglifos egípcios, e possuíam também o dom
da telepatia, como um dos meios mais eficientes de comunicação a
distancia. Seus templos eram magníficos, onde um único disco solar de
ouro representava o único emblema apropriado para representação
simbólica de seu “Governante Divino”, disco este que captava os
primeiros raios de sol do equinócio de primavera e o solstício de verão. A
medicina estava baseada na magnetização, herbalismo, alinhamento dos
chakras e no profundo conhecimento dos meridianos energéticos (nadis).
Eram versados na astrologia, utilizando este conhecimento na própria
medicina. Possuíam também grande poder na utilização da força dos
Chakras, através dos quais obtinham acesso à energia do “Vril”. As
mulheres possuíam condições de igualdade com os homens, e poderiam
até gozar de um status superior, no caso daquelas que possuíam a
capacidade de canalizar o “Vril” mais profundamente.
Posteriormente se iniciou um período de decadência, com a
representação e adoração de figuras humanas, escravização dos atlantes
do sul, e abusos egocêntricos das potencialidades energéticas, e passaram
então a efetuar a magia negra, voltando toda a força sutil conhecida ao
auxílio do “ego”. Começaram surgir às classes dominantes monopolizando
o ensino avançado e corrompendo todo o sistema governamental. Os
rituais se degeneraram, incluindo sacrifícios de sangue, e o advento da
magia negra possibilitou o gradativo acúmulo de energias densificadas,
iniciando um período de total depravação moral e degradação social.
Cerca de 50 mil anos antes da primeira grande catástrofe, os
seguidores da magia negra sublevaram-se e elegeram um imperador rival,
forçando o grande imperador a deixar a capital, assumindo o total
controle do poder vigente no país.
Há 800 mil anos a primeira catástrofe reduziu a Atlântida, pondo
término à dinastia dos imperadores ligados à magia negra. Aos poucos
levas de atlantes foram emigrando, formando núcleos em outros
continentes, inicialmente a América e extremo oriente asiático, depois
novas levas que deram origem aos proto-arianos, os quais iriam, no norte
da Índia dar inicio à 5ª raça dos Arianos (Arianos, na concepção exata,
nada tem a ver com o arianismo absurdo da Sociedade Thule da
Alemanha. Arianos surgiram ao norte Índia, a qual dominaram após
sucessivas invasões, , e jamais no norte da Europa). Outro povo, cuja
origem é ainda hoje desconhecida, cuja língua não se aparenta com
nenhuma outra, que são os povos bascos, oriundos das pouquíssimas
levas de atlantes à Europa, assim como também os etruscos. A última leva
de atlantes, que constituíam a “grande loja branca”, transferiu-se para o
Egito, fundando a 1ª dinastia divina. É, pois, da Atlântida, pois a
ascendência do antigo povo egípcio, cuja civilização herdou a grande
sabedoria que os atlantes eram detentores. É muito importante deixar
claro que a civilização egípcia possui mais de 10 mil anos, diferentemente
daquilo que preconiza a historia oficial.

Nota: O “Vril” mencionado inúmeras vezes na dissertação é a energia


dinâmica que mantém a estrutura do universo. Na física quântica a
“Teoria das Cordas” revela que as partículas-onda são conglomerados de
energia que se diferenciam através de sua própria seqüência vibratória.
Seqüência esta que em teosofia são classificadas sob a denominação de
“as três gunas”,, sattva, rajas e tamas. Dominando essa energia é possível
operar a matéria através da energia que a compõe. Através do
desenvolvimento
olvimento do chakra coronal, o “Bramaranda ou Sahashara”
Sahashara”, tal
energia pode ser captada, e, dominada, promovendo materializações,
transmutações, curar todo tipo de enfermidade, inversão do eixo
gravitacional de elementos materiais. Essa energia é a essência primordial
de tudo aquilo que existe, à qual podemos até dizer que é a imanência do
Grande Arquiteto, plasmando universos e descortinando a sabedoria.

Namastê

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