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TEMA 38
CAPÍTULO 27: PARTIDA PARA ROMA. A TEMPESTADE
E O NAUFRÁGIO (Atos dos Apóstolos, 27:1 a 44)
A decisão de Pórcio Festo, governador de Cesareia, de enviar Paulo à Roma
para ser submetido ao julgamento de César, resultou da apelação que lhe foi dirigida
pelo acusado (confere Atos dos apóstolos, 25:10-12) que, além de ser judeu, possuía
também a cidadania romana. A apelação ao supremo tribunal romano ocorreu quando o
recém-empossado governador manifestou a vontade de entregar o Apóstolo às decisões
do Sinédrio, envolvido pelas artimanhas dos chefes do Judaísmo. Recordemos que
quando um cidadão romano apelava para o julgamento de César, as autoridades do
império eram obrigadas a acatar, pois tal recurso era considerado sagrado pelo Direito
Romano. A fórmula da apelação era pronunciada, assim, em latim: Caesarem apello
(Apelo a César). E a autoridade romana, independentemente da hierarquia em que se
encontrava, deveria responder também de acordo com a lei: Caesarem appellasti? Ad
Caesarem ibis (Para César apelaste? A César irás).”1 Em outras palavras, apelar a
César significava buscar o julgamento supremo, o de última instância.

A despeito de Paulo encontrar-se na condição de prisioneiro, o caminho para


Roma, o qual tanto desejava, estava aberto. Tendo isso como base, alguns estudiosos
consideram a transferência para Roma como sendo a quarta viagem missionária do
Apóstolo. Contudo, não há consenso a respeito, considerando-se que nas três viagens
anteriores, Paulo estava livre, agindo por conta própria e cumprindo um plano de
evangelização previamente definido por ele e demais discípulos. Entretanto,
argumentam alguns historiadores que, mesmo como prisioneiro, o devotado discípulo
do Senhor jamais deixou de pregar o Evangelho, demonstrando fé inabalável em Jesus,
manifestada, especialmente, nos momentos mais desafiantes e sacrificiais, como os
acontecidos e registrados em Atos dos Apóstolos (27: 9 a 44), analisados neste estudo.

Os discípulos Timóteo, Lucas e Aristarco da Macedônia, amigos fiéis ao ex-


rabino, acompanharam Paulo durante a viagem, representando no plano físico o
devotado apoio espiritual, o que lhe amenizaria as dores da alma:

Os dias correram céleres, até que chegou o momento em que o centurião Júlio com
a sua escolta foi buscar os prisioneiros para a viagem tormentosa. O centurião tinha
plenos poderes para determinar todas as providências e, logo, evidenciando simpatia
pelo Apóstolo, ordenou fosse ele conduzido a embarcação desalgemado, em
contraste com os demais prisioneiros.2

No porto de Cesareia, o devotado servidor do Evangelho lança um olhar à cidade


e aos transeuntes, à guisa de despedida: “O tecelão de Tarso, apoiado ao braço de Lucas,
reviu, placidamente, a tela clara e barulhenta das ruas, afagando a esperança de uma

1
vida mais alta, em que os homens pudessem gozar fraternidade em nome do Senhor
Jesus. [...].3 Emmanuel transmite-nos outras emocionantes informações daquele
momento específico da vida de Paulo:

[...] Seu coração mergulhava em doces reflexões e preces ardentes, quando foi
surpreendido com a compacta multidão que se premia e agitava na extensa praça à
beira-mar.
Filas de velhos, de jovens e crianças aglomeraram-se junto dele, a poucos metros da
praia. À frente, Tiago, alquebrado e velhinho, vindo de Jerusalém com grande
sacrifício, por trazer-lhe o ósculo fraternal. O ardente defensor da gentilidade não
conseguiu dominar a emoção. Bandos de crianças atiraram-lhe flores. O filho de
Alfeu, reconhecendo a nobreza daquele Espírito heroico, tomou-lhe a destra e beijou-
a com efusão. Ali estava com todos os cristãos de Jerusalém, em condições de fazer
a viagem. Ali estavam confrades de Jope, de Lida, de Antipátride, de todos os
quadrantes provinciais. As crianças da gentilidade uniam-se aos pequeninos judeus,
que saudavam carinhosamente o Apóstolo prisioneiro. Velhos aleijados
aproximavam-se respeitosos e exclamavam:
— Não deveríeis partir!…
Mulheres humildes agradeciam os benefícios recebidos de suas mãos. Doentes
curados comentavam a colônia de trabalho que ele sugerira e ajudara a fundar na
igreja de Jerusalém e proclamavam sua gratidão em altas vozes. Os gentios,
convertidos ao Evangelho, beijavam-lhe as mãos, murmurando:
— Quem nos ensinará doravante, a sermos filhos do Altíssimo?
Meninos amorosos apegavam-se-lhe à túnica, sob os olhares de mães consternadas.
Todos lhe pediam que ficasse, que não partisse, que voltasse breve para os serviços
abençoados de Jesus.3

27.1 PARTIDA PARA ROMA (Atos, 27:1 a 8)4


1
Ao ser decidido o nosso embarque para a Itália, entregaram Paulo e alguns outros
presos a um centurião chamado Júlio, da coorte Augusta. 2Subimos a bordo de um
navio de Adramítio que ia partir para as costas da Ásia, e zarpamos. Estava conosco
Aristarco, macedônio de Tessalônica. 3No dia seguinte, aportamos em Sidônia.
Tratando Paulo com humanidade, Júlio permitiu-lhe ver os amigos e receber deles
assistência. 4Partindo dali, navegamos rente à ilha de Chipre, por serem contrários
os ventos. 5A seguir, tendo atravessado o mar ao longo da Cilícia e da Panfília,
desembarcamos em Mira, na Lícia, ao fim de quinze dias. 6Ali encontrou o centurião
um navio alexandrino de partida para a Itália, e para ele nos transferiu.
7
Durante vários dias navegamos lentamente, chegando com dificuldade à altura de
Cnido. O vento, porém, não nos permitiu aportar. Velejamos rente a Creta, junto ao
cabo Salmone 8e, costeando-a com dificuldade, chegamos a um lugar chamado Bons
Portos, perto do qual está a cidade de Lasaia.

Observem que Lucas volta a empregar a primeira pessoa do plural nesses


registros de Atos dos Apóstolos, indicando que ele estava presente, acompanhando o ex-
rabino na viagem para Roma.

2
A carinhosa despedida que amigos e discípulos no cais do porto de Cesareia
muito emocionou a Paulo, fazendo-o perceber que já não era mais considerado o temido
inimigo e perseguidor dos cristãos:

Subitamente, recordou a velha cena da prisão de Pedro, quando, ele, Paulo, arvorado
em verdugo dos discípulos do Evangelho, visitara a igreja de Jerusalém, chefiando
uma expedição punitiva. Aqueles carinhos do povo lhe falavam brandamente à alma.
Significavam que já não era o algoz implacável que, até então, não pudera
compreender a Misericórdia Divina; traduziam a quitação do seu débito com a alma
do povo. De consciência um tanto aliviada, recordou-se de Abigail e começou a
chorar. Sentia-se, ali, como no seio dos “filhos do Calvário” que o abraçavam,
reconhecidos. Aqueles mendigos, aqueles aleijados, aquelas criancinhas eram a sua
família. Naquele inesquecível minuto da sua vida, sentia-se plenamente identificado
no ritmo da harmonia universal. Brisas suaves de mundos diferentes balsamizavam-
lhe a alma, como se houvesse atingido uma região divina, depois de vencer grande
batalha. Pela primeira vez, alguns pequeninos chamaram-lhe “pai”. Inclinou-se, com
mais ternura, para as criancinhas que o rodeavam. Interpretava todos os episódios
daquela hora inolvidável como uma bênção de Jesus que o ligava a todos os seres. À
sua frente, o oceano em calma assemelhava-se a um caminho infinito e promissor de
misteriosas e inefáveis belezas.5

O centurião Júlio, encarregado da segurança do Apóstolo, ao observar


sensibilizado as calorosas manifestações de despedidas que Paulo recebeu no cais de
Cesareia antes do embarque, levou-o à compreensão de “[...] que aquele homem,
dedicado ao bem de todas as criaturas, não cometera falta alguma. Por isso mesmo,
conservou-se ao seu lado, como querendo compartilhar dos transportes afetuosos do
povo, como a demonstrar a consideração que lhe merecia.”6

O deslocamento para Roma foi realizado por via marítima em duas etapas: na
primeira, foi utilizado um navio vindo do Adramítio ou Adramitino (At., 27:2) —
nome do porto de antiga cidade marítima da Província de Mísia, na Ásia Menor, situada
defronte da ilha de Lesbos; hoje, a cidade tem o nome de Karatahs7 — que atracou em
Mira/Mirra: uma das principais cidades da Lícia, na Turquia, atualmente conhecida
como Dembra.8. No segundo e último estágio da viagem, ocorreu baldeação para um
navio alexandrino, que conduziu os passageiros diretamente para Roma (At., 27:6). Os
navios alexandrinos, construídos em Alexandria, no Egito, eram de grande porte,
possuindo um reservatório de água bem maior que os demais navios e podia transportar
cargas pesadas, como grãos, equipamentos etc.: “[...] O versículo 38 deste mesmo
capítulo mostra-nos que esse navio carregava grãos, provavelmente trigo. Todavia esse
navio teve sua preciosa carga baldeada para o mar, antes do término da viagem, devido
ao tremendo temporal [...].”9

[...] Provavelmente era um navio pertencente ao governo romano, que tinha por
missão transportar suprimentos e cereais do Egito para a cidade de Roma. Portanto,
deve ter sido fácil para o centurião Júlio, um oficial romano, obter nele passagem,

3
para si mesmo e para os prisioneiros que transportava. A bordo havia nada menos de
duzentos e setenta e seis pessoas (ver versículo 37 deste capítulo). [...].9

O roteiro programado para a viagem de Cesareia a Roma foi o seguinte:

1. Cesaréia às costas da Ásia menor, aportando em Sidônia/Sidom (At., 27:2-3),


após um dia navegação. A localidade era antiga e importante cidade marítima
cananeia, situada 14 Km de Tiro, outra importante cidade. Sidom/Sidônia é citada
por Homero com o nome de Fenícia e os sidônios como fenícios. Ao longo da
sua história, os seus habitantes passaram por sucessivas vicissitudes, decorrentes
de invasões, domínios e destruições de povos estrangeiros (egípcios, judeus
persas, romanos). A moderna cidade tem o nome de Saída e faz parte do Líbano.10
2. Chipre -Cilícia -Panfília, desembarcando em Mira, na Lícia (At., 27:4-5), após
15 dias de viagem, e, como foi dito anteriormente, mudaram de transporte
marítimo nesta cidade, embarcando em um navio alexandrino que os conduziria
à Itália (At,. 27:6). Eis algumas informações básicas sobre outras cidades deste
percurso:
Þ Chipre é ilha grega, famosa desde a Antiguidade, situada na parte setentrional do
mar Mediterrâneo, a 65 Km das costas da Cilícia, 96 Km da Síria e 383 do porto
de Saíde no Egito. Paulo esteve em Chipre em companhia de Barnabé, tio de João
Marcos, em sua primeira viagem missionária (At., 11:19-20); por duas vezes
passou pela ilha, sem desembarcar (At., 21:3;16; 27:4).11
Þ Cilícia é antiga região na costa sul da Ásia Menor, localizada próxima da região
central da Anatólia no território da moderna Turquia: “Antigamente era dividida
em duas partes: a ocidental montanhosa [...] denominada Áspera; e a parte
oriental, que era plana, chamada Cilícia Plana. A cidade principal era Tarso, onde
o apóstolo Paulo nasceu (At., 21:39). [...].”12 O Evangelho chegou à região por
intermédio de Paulo (At., 9:30; 15:41; Gl., 1:21).
Þ Panfília, nome de uma faixa de terra que se estende da costa da Ásia Menor (na
Anatólia), até o sul do mar Mediterrâneo, situada entre Lícia e Cilícia. A região
foi visitada pelo apóstolo Paulo em sua primeira viagem missionária, que visitou
as cidades de Perge e Atalia (At., 13:13; 14:25 e 15:38). Atualmente a região é
denominada Antalya e pertence à Turquia.13
3. Cnido – Creta–Bons Portos (At., 27:7-8). Neste terceiro percurso, a viagem foi
marcada pelo surgimento de fortes ventos, a partir de Cnido, tornando a
navegação muito lenta (At., 27:8-8). Eis algumas informações básicas das
localidades deste percurso:
ÞCnido, pequena e antiga cidade grega, situada na Ásia Menor, famosa pelo centro
de arte e cultura no século IV a.C. Ligada por dois portos (um do mar Egeu, outro
do mar Mediterrâneo), unidos entre si por um istmo. Atualmente pertencente à
Turquia.14
ÞCreta, nome de grande ilha do mar Mediterrâneo, situada à sudoeste da Grécia,
cujo nome atual é Cândia — até os dias atuais os turcos referem-se à cidade como

4
Kiridi, nome que lhe foi imposto quando eles a dominaram. No entanto, Creta foi
sucessivamente dominada: pelos romanos em 68-66 a.C.; pelos sarracenos/turcos
em 823 d.C.; os gregos a subjugam em 961 d.C.; os venezianos entre 1204 e 1665
d.C.; retorna novamente ao domínio turco até 1897, quando se tornou
independente. Muitos judeus se estabeleceram na ilha (At., 2:11; cf. 1Mac., 15:19
-23). O Cristianismo chegou cedo em Creta, por meio de Tito, discípulo de Paulo
(Tt., 1:5 e 10:14). Os cretenses eram conhecidos por possuírem muitas
habilidades, como o hábil manejo do arco e flexa, mas, moralmente tinham muito
a desejar, a ponto de Paulo referir-se a eles como mentirosos e preguiçosos (Tt.,
1:12).15
ÞBons Portos é um porto de Creta, situado próximo à cidade de Laséia/Lasaia, ao
sul das praias de Cândia.16
ÞLasaia/Laséia é cidade portuária da ilha de Creta, onde aportou o navio que
conduzia o apóstolo Paulo a Roma (At., 27:8). Atualmente, se desconhece a sua
localização exata, atribuindo a algumas ruinas existentes a 9 km de Bons Portos,
como sendo essa cidade portuária do passado. 17

A intenção inicial era aportarem em Cnido (At., 27:7), mas, devido à forte
ventania, tiveram que contornar Creta, costeando a ilha com muita dificuldade, até que,
finalmente, o navio foi atracado em Bons Portos, próximo à cidade de Lasaia (At., 27:
8).

Nesta passagem de Atos dos Apóstolos (27: 1-8) destaca-se a forma sucinta das
anotações que se restringem, basicamente, à descrição do roteiro da viagem. Lucas
assim procedeu em atendimento a um pedido do próprio Paulo, manifestado logo após
as despedidas no porto de Cesareia. Segundo Emmanuel, Lucas teria sido especialmente
tocado pelas sinceras demonstrações de amizade e de gratidão dirigidas a Paulo pelos
seus amigos e discípulos — muitos dos quais viajaram de diferentes localidades para se
despedirem do Apóstolo em Cesareia. Naquela ocasião, Lucas teria manifestado a Paulo
o desejo de fazer um registro escrito, a ser enviado às diferentes comunidades cristãs,
informando como Paulo era amado por todos os que receberam os benefícios de Jesus
por seu intermédio. Consta que o Apóstolo se opôs à ideia, lembrando ao querido e leal
amigo:

— Não, Lucas. Não escrevas sobre virtudes que não tenho. Se me amas não deves
expor meu nome a falsos julgamentos. Deves falar, isso sim, das perseguições por
mim movidas aos seguidores do santo Evangelho; do favor que o Mestre me
dispensou às portas de Damasco, para que os homens mais empedernidos não
desesperem da salvação e aguardem a sua misericórdia no momento justo; citarás os
combates que temos travado desde o primeiro instante, em face das imposições do
farisaísmo e das hipocrisias do nosso tempo; comentarás os obstáculos vencidos, as
humilhações dolorosas, as dificuldades sem conta, para que os futuros discípulos não
esperem a redenção espiritual com o repouso falso do mundo, confiantes no favor
incompreensível dos deuses e sim com trabalhos ásperos, com sacrifícios

5
abençoados pelo aperfeiçoamento de si mesmos; falarás de nossos recontros com os
homens poderosos e cultos; de nossos serviços junto dos desfavorecidos da sorte,
para que os seguidores do Evangelho no futuro, não se arreceiem das situações mais
difíceis e escabrosas, conscientes de que os mensageiros do Mestre os assistirão,
sempre que se tornem instrumentos legítimos da fraternidade e do amor, ao longo
dos caminhos que se desdobram à evolução da Humanidade.18

Em seguida, percebendo que Lucas acompanhava atentamente as suas sinceras


argumentações, concluiu:

— Cala sempre, porém, as considerações, os favores que tenhamos recolhido na


tarefa, porque esse galardão só pertence a Jesus. Foi Ele quem removeu nossas
misérias angustiosas, enchendo o nosso vácuo; foi sua mão que nos tomou
caridosamente e nos reconduziu ao caminho santo. Não me contaste tuas lutas
amargurosas no passado distante? Não te contei como fui perverso e ignorante, em
outros tempos? Assim como iluminou minhas veredas sombrias, às portas de
Damasco, levou-te Ele à Igreja de Antioquia, para que lhe ouvisses as verdades
eternais. Por mais que tenhamos estudado, sentimos um abismo entre nós e a
sabedoria eterna; por mais que tenhamos trabalhado, não nos encontramos dignos
daquele que nos assiste e guia desde o primeiro instante da nossa vida. Nada
possuímos de nós mesmos!… O Senhor enche o vácuo de nossa alma e opera o bem
que não possuímos. Esses velhinhos trêmulos que nos abraçaram em lágrimas, as
crianças que nos beijaram com ternura, fizeram-no ao Cristo. Tiago e os
companheiros não vieram de Jerusalém tão só para manifestar-nos sua fraternidade
afetuosa, vieram trazer testemunhos de amor ao Mestre que nos reuniu na mesma
vibração de solidariedade sacrossanta, embora não saibam traduzir o mecanismo
oculto dessas emoções grandiosas e sublimes. No meio de tudo isso, Lucas, fomos
apenas míseros servos que se aproveitaram dos bens do Senhor para pagar as próprias
dívidas. Ele nos deu a misericórdia para que a justiça se cumprisse. Esses júbilos e
essas emoções divinas lhe pertencem… Não tenhamos, portanto, a mínima
preocupação de relatar episódios que deixariam uma porta aberta para a vaidade
incompreensível. Que nos baste a profunda convicção de havermos liquidado nossos
débitos clamorosos…19

27.2 A TEMPESTADE E O NAUFRÁGIO (Atos, 27:9 a 44)20


9
Tendo transcorrido muito tempo, a navegação já se tornava perigosa, também
porque já tinha passado o Jejum. Paulo, então, tentou adverti-los: 10"Amigos, vejo
que a viagem está em vias de consumar-se com muito dano e prejuízo, não só da
carga e do navio, mas também de nossas vidas". 11O centurião, porém, deu mais
crédito ao piloto e ao armador do que ao que Paulo dizia. 12O porto, aliás, não era
próprio para se invernar. A maioria, pois, foi de opinião que se devia zarpar dali,
para ver se poderiam chegar à Fênix. Este é um porto de Creta, ao abrigo dos ventos
sudoeste e noroeste. Ali poderiam passar o inverno.
13
Tendo soprado brandamente o vento sul, pensaram ter alcançado o que
pretendiam: levantaram âncora e puseram-se a costear Creta mais de perto. 14 Não
muito depois, desencadeou-se do lado da ilha um vento em turbilhão, chamado

6
Euroaquilão. 15O navio foi arrastado violentamente, incapaz de resistir ao vento:
deixamo-nos, então, derivar. 16Passando rente a uma ilhota, chamada Cauda, com
dificuldade conseguimos recolher o escaler. 17Após tê-lo içado, os tripulantes usaram
de recursos de emergência, cingindo o navio com cabos. Contudo, temendo encalhar
na Sirte, soltaram a âncora flutuante, e assim deixaram-se derivar. 18No dia seguinte,
como fôssemos furiosamente batidos pela tempestade, começaram a alijar a carga.
19
No terceiro dia, com as próprias mãos, lançaram ao mar até os apetrechos do navio.
20
Nem sol nem estrelas haviam aparecido por vários dias, e a tempestade mantinha
sua violência não pequena: afinal, dissipava-se toda a esperança de nos salvarmos.
21
Havia muito tempo não tomávamos alimento. Então Paulo, de pé, no meio deles,
assim falou: "Amigos, teria sido melhor ter-me escutado e não sair de Creta, para
sermos poupados deste perigo e prejuízo. 22Apesar de tudo, porém, exorto-vos a que
tenhais ânimo: não haverá perda de vida alguma dentre vós, a não ser a perda do
navio. 23Pois esta noite apareceu-me um anjo do Deus ao qual pertenço e a quem
adoro, 24o qual me disse: 'Não temas, Paulo. Tu deves comparecer perante César, e
Deus te concede a vida de todos os que navegam contigo'. 25Por isso, reanimai-vos,
amigos! Confio em Deus que as coisas ocorrerão segundo me foi dito. 26É preciso,
porém, que sejamos arremessados a uma ilha".
27
Quando chegou a décima quarta noite, continuando nós a sermos batidos de um
lado para outro no Adriático, pela meia-noite os marinheiros perceberam que se
aproximava alguma terra. 28Lançaram então a sonda e deu vinte braças; avançando
mais um pouco, lançaram novamente a sonda e deu quinze braças. 29Receosos de
que fôssemos dar em escolhos, soltaram da popa quatro âncoras, anelando que
rompesse o dia. 30Entretanto, os marinheiros tentaram fugir do navio: desceram, pois,
o escaler ao mar, a pretexto de irem largar as âncoras da proa. 31Mas Paulo disse ao
centurião e aos soldados: "Se eles não permanecerem a bordo, não podereis salvar-
vos!" 32Então os soldados cortaram as cordas do escaler e deixaram-no cair.
33
À espera de que o dia raiasse, Paulo insistia com todos para que tomassem
alimento. E dizia: "Hoje é o décimo quarto dia em que, na expectativa, ficais em
jejum, sem nada comer. 34Por isso, peço que vos alimenteis, pois é necessário para a
vossa saúde. Ora, não se perderá um só cabelo da cabeça de nenhum de vós!" 35Tendo
dito isto, tomou o pão, deu graças a Deus diante de todos, partiu-o e pôs-se a comer.
36
Então, reanimando-se todos, também eles tomaram alimento. 37Éramos no navio,
ao todo, duzentas e setenta e seis pessoas. 38Tendo-se alimentado fartamente,
puseram-se a aliviar o navio, atirando o trigo ao mar.
39
Quando amanheceu, os tripulantes não reconheceram a terra. Divisando, porém,
uma enseada com uma praia, consultaram entre si, a ver se poderiam impelir o navio
para lá. 40Desprenderam então as âncoras, abandonando-as ao mar. Ao mesmo tempo
soltaram as amarras dos lemes e, içando ao vento a vela da proa, dirigiram o navio
para a praia. 41Mas, tendo-se embatido num banco, entre duas correntes de água, o
navio encalhou. A proa, encravada, ficou imóvel, enquanto a popa começou a
desconjuntar-se pela violência das ondas.
42
Veio, então, aos soldados o pensamento de matar os prisioneiros, para evitar que
algum deles, a nado, escapasse. 43Mas o centurião, querendo preservar a Paulo, opôs-
se a este desígnio. E mandou, aos que sabiam nadar, que saltassem primeiro e
alcançassem terra. 44Quanto aos outros, que os seguissem agarrados a pranchas, ou
sobre quaisquer destroços do navio. Foi assim que todos chegaram, sãos e salvos,
em terra.

7
A segunda etapa da viagem foi marcada por forte tempestade, iniciada antes
mesmo dos viajantes chegarem em Lasaia (At., 27:8), causando o naufrágio do navio.
O certo é que eles deveriam permanecer por ali até que o bom tempo retornasse, mas os
condutores do navio tomaram a equivocada decisão de prosseguir com a viagem.
Intuitivamente, Paulo percebeu que a navegação se tornaria cada vez mais perigosa e
que poderia resultar em muitos danos e prejuízos (At., 27:9-10). Alerta os amigos e o
centurião a respeito, mas este não lhe deu crédito, confiando mais no piloto e no armador
do navio (At., 27:11). Em Atos, 27:9 consta que Paulo proferiu a advertência logo após
o período do Jejum (escrito assim mesmo, com a letra “J” em maiúsculo), que é uma
tradição do Judaísmo:

É outro nome da festa da Expiação, único dia de jejum prescrito pela lei (Lv., 16:29
a 31). Celebrava-se em setembro, perto do equinócio do outono europeu. A estação
aberta para a navegação mediterrânea durava do fim de maio até metade de setembro;
da metade de setembro até a metade de novembro, a navegação era possível, mas
perigosa.21

O comandante e armador seguiram o roteiro previsto inicialmente, supondo que


aquela tempestade não iria causar-lhes maiores danos. Programaram atracar em Fênix,
um porto de Creta onde permaneceriam algum tempo, considerando que o inverno se
aproximava (At., 27:12), ainda que o outono não tivesse encerrado. De certa forma,
havia uma razão para os condutores do navio seguirem a navegação por Creta: “[...] os
comerciantes alexandrinos, em regra, evitavam tomar o curso ao longo da costa da
África, por temerem os baixios arenosos da grande Sirte [conjunto de ilhotas, recifes e
bancos de areias], preferindo velejar entre a ilha de Creta e o Peloponeso.”22

Há outro ponto que favoreceu a decisão de manter o percurso marítimo original,


assim registrado em Atos, 27:13: Tendo soprado brandamente o vento sul, pensaram
ter alcançado o que pretendiam: levantaram âncora e puseram-se a costear Creta mais
de perto. Logo em seguida, porém, os tripulantes foram surpreendidos pela súbita
mudança climática (At., 27:14-15): Não muito depois, desencadeou-se do lado da ilha
um vento em turbilhão, chamado Euroaquilão. O navio foi arrastado violentamente,
incapaz de resistir ao vento: deixamo-nos, então, derivar.

Euroaquilão (no grego euroklydon = onda do Oriente) é “[...] um vento


tempestuoso que sopra sobre o Mediterrâneo [...], geralmente no princípio da primavera:
é o mais violento de quantos sopram sobre aquele mar. Às vezes, recebe o nome de
levante. Atualmente o denominam Gregali.” 23 Percebe-se que o naufrágio se deu em
decorrência de um fenômeno atmosférico extemporâneo, usual na primavera, não no
outono. O texto Lucano prossegue em suas detalhadas informações, revelando as
enormes dificuldades que os tripulantes vivenciaram (At., 27:16-17), a ponto de terem
de atirar ao mar a carga e apetrechos do navio (At., 27:18-19). Durante vários dias o
navio seguia a deriva sob o impacto da forte tempestade que o acoitava impiedosamente.
O céu fora coberto por espessa escuridão, não se enxergando a mínima luz, solar ou a

8
das estrelas (At., 27:20). Os tripulantes perderam a esperança de sobreviverem à
tempestade, até porque todos estavam enfraquecidos pela fome, pois não se
alimentavam há dias (At., 27:21).

A situação era, realmente, trágica e desesperançosa. Paulo, porém, mantinha-se


firme, transmitindo bom ânimo a todos, infprmando-lhes que um Espírito do Senhor
lhe aparecera em sonho e afirmara que ninguém iria perecer, conforme este registro de
Lucas (Atos dos Apóstolos, 27:22 a 26):

Apesar de tudo, porém, exorto-vos a que tenhais ânimo: não haverá perda de vida
alguma dentre vós, a não ser a perda do navio. Pois esta noite apareceu-me um anjo
do Deus ao qual pertenço e a quem adoro, o qual me disse: 'Não temas, Paulo. Tu
deves comparecer perante César, e Deus te concede a vida de todos os que navegam
contigo'. Por isso, reanimai-vos, amigos! Confio em Deus que as coisas ocorrerão
segundo me foi dito. É preciso, porém, que sejamos arremessados a uma ilha".

As palavras de Paulo tiveram o poder de acalmar os tripulantes, transmitindo-


lhes força e esperança; passaram a admirá-lo e a respeitá-lo, esclarece Emmanuel a
respeito: “A figura de Paulo foi encarada com veneração. A tripulação do navio não
podia esquecer o seu alvitre. O piloto e o comandante estavam confundidos e o
prisioneiro tornara-se alvo de respeito e consideração unânimes.”24

O centurião, principalmente, permanecia constantemente junto dele, crente de que o


ex-rabino dispunha de poderes sobrenaturais e salvadores. O abatimento moral e o
enjoo espalharam o desânimo e o terror. O Apóstolo generoso, no entanto, acudia a
todos, um por um, obrigando-os a se alimentarem e confortando-os moralmente.24

Atento ao estado de ânimo de todos, de “[...] quando a quando, soltava o verbo


eloquente e, com a devida permissão de Júlio, falava aos companheiros da hora amarga,
procurando identificar as questões espirituais com o espetáculo convulsivo da
Natureza:24
Irmãos! — dizia em voz alta para a assembleia estranha, que o ouvia transida de
angústia — creio que tocaremos breve a terra firme! Entretanto, assumamos o
compromisso de jamais olvidar a lição terrível desta hora. Procuraremos caminhar
no mundo qual marinheiro vigilante, que, ignorando o momento da tempestade,
guarda a certeza da sua vinda. A passagem da existência humana para a vida
espiritual assemelha-se ao instante amarguroso que estamos vivendo neste barco, há
muitos dias. Não ignorais que fomos avisados de todos os perigos, no último porto
que nos convidava a estagiar, livres de acidentes destruidores. Buscamos o mar alto,
de própria conta. Também Cristo Jesus nos concede os celestes avisos no seu
Evangelho de Luz, mas, frequentemente optamos pelo abismo das experiências
dolorosas e trágicas. A ilusão, como o vento sul, parece desmentir as advertências
do Salvador, e nós continuamos pelo caminho da nossa imaginação viciada;
entretanto, a tempestade chega de repente. É preciso passar de uma vida para outra,
a fim de retificarmos o rumo iniludível. Começamos por alijar o carregamento
pesado dos nossos enganos cruéis, abandonamos os caprichos criminosos para
aceitar plenamente a vontade augusta de Deus. Reconhecemos nossa insignificância

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e miséria, alcança-nos um tédio imenso dos erros que nos alimentavam o coração tal
como sentimos o nada que representamos neste arcabouço de madeiras frágeis,
flutuante no abismo, tomados de singular enjoo, que nos provoca náuseas extremas!
O fim da existência humana é sempre uma tormenta como esta, nas regiões
desconhecidas do mundo interior, porque nunca estamos apercebidos para ouvir as
advertências divinas e procuramos a tempestade angustiosa e destruidora, pelo
roteiro de nossa própria autoria.25

À meia noite do décimo quarto dia em que se encontravam à deriva no mar


Adriático, alguns marinheiros viram uma terra, conseguindo com grande esforço
direcionar o navio para o local, agindo de forma cautelosa, por temerem não ser uma
terra firme, mas escolhos marítimos (At., 27:27-28). Quando chegaram ao local, os
marinheiros tentaram fugir do navio descendo o escaler — pequena embarcação,
geralmente de remos, que serve de transbordo (At., 27:29). Atento, Paulo pondera junto
ao centurião e aos soldados romanos quanto a inconveniência da retirada dos
marinheiros, deixando-os isolados no navio: "Se eles não permanecerem a bordo, não
podereis salvar-vos!" Então os soldados cortaram as cordas do escaler e deixaram-no
cair (At., 27:31-32).

Enquanto aguardavam o nascer do novo dia, Paulo se desvela em cuidados,


insistindo para que todos ingerissem algum alimento. (At., 27:33 a 36):

"Hoje é o décimo quarto dia em que, na expectativa, ficais em jejum, sem nada
comer. Por isso, peço que vos alimenteis, pois é necessário para a vossa saúde. Ora,
não se perderá um só cabelo da cabeça de nenhum de vós!" Tendo dito isto, tomou
o pão, deu graças a Deus diante de todos, partiu-o e pôs-se a comer. Então,
reanimando-se todos, também eles tomaram alimento.

O raciocínio do Apóstolo estava absolutamente correto, pois os 276 tripulantes


(At., 27:37) precisavam estar fortalecidos fisicamente para poderem alcançar a terra
firme. Já fortalecidos, a primeira providência tomada foi diminuir o peso do navio,
atirando a carga de trigo ao mar (At., 27:38). Quando amanheceu, os tripulantes não
identificaram a terra em que se encontravam, mas, ao verem uma enseada com praia
(At., 27:39) assim procederam, cuidadosamente: Desprenderam então as âncoras,
abandonando-as ao mar. Ao mesmo tempo soltaram as amarras dos lemes e, içando ao
vento a vela da proa, dirigiram o navio para a praia. (At., 27:40). Contudo, o navio
encalhou porque bateu em um banco de areia, situado entre duas correntes de água,
fazendo com que a proa encravasse na areia e desmoronasse a popa, em razão da força
das ondas que se abatia sobre ela (At., 27:41).

Ocorreu aos soldados romanos que, em razão da destruição do navio pelo


acidente ocorrido, seria propício para os prisioneiros fugirem, sugerindo ao centurião
que os matassem (At., 27:42). Contudo, o centurião Júlio foi contra tal ideia, até porque
queria preservar a vida de Paulo (At., 27:43-44): [...] E mandou, aos que sabiam nadar,
que saltassem primeiro e alcançassem terra. Quanto aos outros, que os seguissem

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agarrados a pranchas, ou sobre quaisquer destroços do navio. Foi assim que todos
chegaram, sãos e salvos, em terra.

O relato do naufrágio faz-nos refletir sobre o valor da liderança positiva,


sobretudo nos momentos de crise: primeiro, vemos as ações ponderadas de Paulo,
transmitindo apoio e conforto espiritual quando a desesperança tomou conta de todos;
depois a suas palavras de fé e confiança em Deus, que caíram como um bálsamo de
tranquilidade na alma dos presentes, independentemente da maioria não acreditar na
intervenção divina; mais adiante estimula os tripulantes a ingerir alimentos necessários
ao fortalecimento orgânico; por meio de ponderações impede a fuga dos marinheiros,
que, se tal acontecesse, os demais ficariam presos no navio sem saberem como se salvar.
Da mesma forma, o centurião soube agir com equilíbrio, não só acatando as benéficas
sugestões de Paulo, como também negando matar os prisioneiros.

Emmanuel nos transmite instrutiva mensagem relacionada à liderança, muito


importante para as nossas reflexões e aprendizado, indicando, a exemplo de Paulo de
Tarso, como deve agir o verdadeiro líder: “Nas horas atormentadas da vida, age com
paciência e tolerância. Deus nos sustenta de pé, aguardando a nossa cooperação
destinada a reerguer os irmãos caídos.26

LIDERANÇA27

Não raro, ouvimos respeitáveis representantes das comunidades terrestres,


reclamando líderes capazes de conduzi-las à concórdia e ao progresso, sem ódio e
destruição.
Justo, no entanto, não esquecer que a Terra conhece o Líder de todos os líderes
humanos, habilitados a guiar a coletividade para o Reino do Bem.
Importante refletir que Ele transportava consigo a própria grandeza sem mostrar
consciência disso.
Não colheu da vida mais que o necessário à própria sustentação.
Associou-se a companheiros tão pobres e tão anônimos quanto Ele o era no início da
revelação de que se fazia mensageiro, a fim de realizar o apostolado que trazia.
Aconselhou o respeito aos condutores do poder humano, mas nunca indicou a
desordem e a crueldade para a solução dos problemas do mundo.
Conviveu com a multidão, compadecendo-se de suas aflições e necessidades.
Chamava a si os pequeninos, de modo a ouvi-los atentamente.
Amou aos enfermos, aliviando-lhes as enfermidades, com a força do amor, nascida
na oração.
Amparou aos irmãos obsessos e dialogou com os desencarnados sofredores,
endereçando-lhes expressões de esclarecimento e reconforto.
Alimentou os famintos, antes de ministrar-lhes a verdade.
Ensinou o perdão e a tolerância.
Não possuía ouro nem prata que lhe garantisse a influência.
Acusado sem culpa, aceitou agravos e injúrias, sem defender-se.

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Executado por alguns de seus contemporâneos que se lhe faziam adversários
gratuitos, portou-se com humildade e grandeza de espírito, rogando a benevolência
dos Céus para os seus próprios inimigos.
Entretanto, desde que desapareceu do cenário dos homens, passou a viver mais
intensamente na Terra, conquistando corações para a sua causa.
Em quase vinte séculos, famosos condutores de povos foram esquecidos.
No entanto a influência do Líder dos líderes do mundo, sem ameaças e sem armas,
cresce com os dias.
Quem estiver procurando liderança na Terra, saiba que Ele, Jesus Cristo, até hoje
tem o nome de Senhor Jesus e, no limiar do terceiro milênio dos tempos novos, temo-
Lo sempre por Esperança das criaturas e luz das nações.

REFERÊNCIAS

1. RIGONATTI, Eliseu. O evangelho dos humildes. O evangelho de Mateus e atos dos


apóstolos explicados à luz do espiritismo. 1. ed. São Paulo: Pensamento, 2018. Cap. 53, p.
344.
2. XAVIER, Francisco Cândido. Paulo e Estevão. Pelo Espírito Emmanuel. 1 ed. 1. imp.
Brasília: FEB, 2012. Pt. Segunda. Cap. VIII, p. 434-435.
3. XAVIER, Francisco Cândido. Paulo e Estevão. Pelo Espírito Emmanuel. 1 ed. 1. imp.
Brasília: FEB, 2012. Pt. Segunda. Cap. VIII, p. 435.
4. BÍBLIA DE JERUSALÉM. Gilberto da Silva Gorgulho; Ivo Storniolo e Ana Flora
Anderson. (Coords.). Diversos tradutores. Nova ed. rev. e ampl. 13. imp. São Paulo: Paulus,
2019, Atos dos Apóstolos, 27: 1 a 8, p. 1950.
5. XAVIER, Francisco Cândido. Paulo e Estevão. Pelo Espírito Emmanuel. 1 ed. 1. imp.
Brasília: FEB, 2012. Pt. Segunda. Cap. VIII, p. 435-436.
6. XAVIER, Francisco Cândido. Paulo e Estevão. Pelo Espírito Emmanuel. 1 ed. 1. imp.
Brasília: FEB, 2012. Pt. Segunda. Cap. VIII, p. 436.
7. DAVIS, John. Novo dicionário da bíblia. Ampliado e atualizado. Trad. J.R. Carvalho Braga.
São Paulo: Hagnos, 2005. Verbete: Adramitino, p. 37
8. DAVIS, John. Novo dicionário da bíblia. Trad. J.R. Carvalho Braga. São Paulo: Hagnos,
2005. Verbete: Mirra/Mira, p. 826-827.
9. CHAMPLIN, Russel Norman. O novo testamento interpretado versículo por versículo. Vol.
3 (Atos/Romanos). Nova edição revisada. São Paulo: Hagnos, 2014. cap. 27.6, p. 628.
10. DAVIS, John. Novo dicionário da bíblia. Ampliado e atualizado. Trad. J.R. Carvalho Braga.
São Paulo: Hagnos, 2005. Verbete: Sidom/Sidônia, p. 1150-1151.
11. DAVIS, John. Novo dicionário da bíblia. Ampliado e atualizado. Trad. J.R. Carvalho Braga.
São Paulo: Hagnos, 2005. Verbete: Chipre, p. 253.
12. DAVIS, John. Novo dicionário da bíblia. Ampliado e atualizado. Trad. J.R. Carvalho Braga.
São Paulo: Hagnos, 2005. Verbete: Cilícia, p. 255-256.
13. DAVIS, John. Novo dicionário da bíblia. Ampliado e atualizado. Trad. J.R. Carvalho Braga.
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20. BÍBLIA DE JERUSALÉM. Gilberto da Silva Gorgulho; Ivo Storniolo e Ana Flora
Anderson. (Coords.). Diversos tradutores. Nova ed. rev. e ampl. 13. imp. São Paulo: Paulus,
2019, Atos dos Apóstolos, 27:9 a 44, p. 1950-1952.
21. BÍBLIA DE JERUSALÉM. Gilberto da Silva Gorgulho; Ivo Storniolo e Ana Flora
Anderson. (Coords.). Diversos tradutores. Nova ed. rev. e ampl. 13. imp. São Paulo: Paulus,
2019, Atos dos Apóstolos, 27: 9. Nota de rodapé “g”, p. 1950.
22. CHAMPLIN, Russel Norman. O novo testamento interpretado versículo por versículo. Vol.
3 (Atos/Romanos). Nova edição revisada. São Paulo: Hagnos, 2014. Cap. 27.6, p. 628.
23. DAVIS, John. Novo dicionário da bíblia. Trad. J.R. Carvalho Braga. São Paulo: Hagnos,
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24. XAVIER, Francisco Cândido. Paulo e Estevão. Pelo Espírito Emmanuel. 1 ed. 1. imp.
Brasília: FEB, 2012. Pt. Segunda. Cap. IX, p. 443.
25. XAVIER, Francisco Cândido. Paulo e Estevão. Pelo Espírito Emmanuel. 1 ed. 1. imp.
Brasília: FEB, 2012. Pt. Segunda. Cap. IX, p. 443-444.
26. XAVIER, Francisco Cândido. Paciência. Pelo Espírito Emmanuel. 1 ed. Impressão por
demanda. Brasília: FEB. São Paulo, CEU, 2021. Cap. 1, p. 12.
27. XAVIER, Francisco Cândido. Paciência. Pelo Espírito Emmanuel. 1 ed. Impressão por
demanda. Brasília: FEB. São Paulo, CEU, 2021. Cap. 1, p. 9-11.

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