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Colégio Alexandre Dumas

Data: 26/_05_/2023 Série: 9º ano


Turma: Prof.ª:Wiler Ribeiro
Aluno:
➢ Não é necessário utilizar o gabarito.
➢ OBSERVAÇÃO: AS PESSOAS SELECIONADAS GABARITO
ABAIXO SÃO RESPONSÁVEIS PELA APRESENTAÇÃO 1º
2º A
A B
B C
C D
D E
E F
F
DO TEXTO E DEVEM LEVANTAR UMA 3º A B C D E F
PROBLEMATIZAÇÃO PARA DEBATE NA CLASSE. 4º A B C D E F
TAMBÉM APRESENTAR: CONCORDA OU 5º A B C D E F
DISCORDA? COM JUSTIFICATIVA. 6º A B C D E F
7º A B C D E F
8º A B C D E F
TEXTO E REVISÃO DE CULTURA AFRO 9º A B C D E F
PARA AVALIAÇÃO DA II UNIDADE 10º A B C D E F

Resistência de quem vive na pele diariamente a discriminação

Por Luciana Castro

A miscigenação de raças no Brasil contribuiu significativamente para


enriquecer a cultura do país. A cultura afro-brasileira disseminada por
descendentes de matriz africana permanece viva por gerações. Contudo, as
pessoas de raça negra, que constituem a maior parte da população
brasileira, ainda vivem na pele a discriminação e o racismo em pleno
século XXI. A violência, intolerância religiosa, falta de políticas sociais
que atendam às necessidades dos cidadãos negros brasileiros, traz à
lembrança a história de um povo sofrido que tem em suas raízes as marcas
da escravidão.

Violência

De acordo com um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica


Aplicada (Ipea), jovens negros com idades entre 18 e 24 anos são mortos
por causa indefinida. O pesquisador Antônio Teixeira de Lima Júnior
revela que, “entre 2009 e 2013, mais de 11 mil pessoas negras foram
mortas pela polícia e essa relação é subnoticiada no país. A morte da
juventude negra não gera luto oficial, não gera solidariedade em massa, é
como se houvesse um consentimento, uma autorização para que isso
aconteça”. No período de 2002 a 2012 morreram 72% mais negros que
brancos no Brasil, segundo o Mapa da Violência.
Preconceito

Casos de artistas e pessoas comuns que sofreram ataques de discriminação


e racismo nas redes sociais e locais públicos têm aumentado a visibilidade
para o problema. No futebol, Mário Lúcio Duarte Costa, o Aranha, em
agosto de 2014 foi chamado de macaco pela torcida do Grêmio e vaiado
durante noventa minutos em outra partida no mês de setembro. Na
Espanha, jogaram uma banana para Daniel Alves. Em 2015, a jornalista da
Rede Globo, Maria Júlia Coutinho e a atriz Taís Araújo sofreram ataques
verbais em perfis de redes sociais. A estudante do curso de Medicina da
Universidade Federal do Recôncavo Baiano, Débora Reis, publicou em seu
perfil que uma senhora na fila de um correspondente bancário disse que ela
não tinha “cara de médica”. “Minha nora também faz medicina, mas ela
tem cabelos lisos, olhos claros e é bem branquinha. Geralmente quem faz
esses cursos se veste de outra forma e hoje em dia até filho de faxineiro
pode estudar”, teria dito a mulher. A jornalista brasiliense Cristiane
Damascena publicou uma foto no Facebook e também recebeu comentários
agressivos.

São inúmeros casos inacreditáveis de racismo e discriminação no Brasil


todos os dias.
Também fazem parte dos problemas vivenciados cotidianamente pela
população negra no Brasil os rolezinhos, onde jovens negros da periferia
são constrangidos a não frequentar espaços antes exclusivos dos brancos
como shoppings; linchamentos por motivação de racismo (em 2014 foram
registrados mais de 1.950 – IPEA) e a polêmica da maioridade penal
(redução de 18 para 16 anos) que visa punir adolescentes pobres, em sua
maioria negros.

Intolerância Religiosa

As práticas religiosas dos povos afro-brasileiros traduzem o resgate de


cultos africanos realizados por seus antepassados. São conhecidos no Brasil
o Candomblé, na Bahia e em outros estados; o Xangô, em Pernambuco,
Alagoas e Sergipe; a Umbanda, no Rio de Janeiro, Minas Gerais e outros
estados; o Tambor de Mina, Tambor de Nagô e Canjerê, no Maranhão; a
Cabula, no Espírito Santo, e o Batuque ou Pará, no Rio Grande do Sul,
onde também recebe a denominação de Nação.

De acordo com o Ipea, a intolerância religiosa passou a ser tratada como


política de Estado apenas em 2007, encontrando muitos empecilhos para
efetivação “especialmente pelo racismo presente nos imaginários
construídos sobre estas religiões”. A denúncia contra a intolerância
religiosa é importante e tem aumentado de acordo com a Secretaria de
Direitos Humanos da Presidência da República de 109 em 2012, para 149
em 2014.
Garantir que cada pessoa pratique ou professe sua fé é dever do Estado.

1. Como se chama a crença na superioridade biológica, cultural e moral de uma raça


sobre a outra?

2. Resistência de quem vive na pele diariamente a discriminação. A frase se


refere a que?

3. A violência, a intolerância religiosa, falta de políticas sociais que


atendam às necessidades dos cidadãos negros brasileiros, traz à lembrança
a história de um povo sofrido que tem em suas raízes quais marcas?

4. “A morte da juventude negra não gera luto oficial, não gera


solidariedade em massa, é como se houvesse um consentimento, uma
autorização para que isso aconteça”. Essa reflexão faz referência aos
elevados casos de que na sociedade brasileira segundo o texto?

5. Casos de artistas e pessoas comuns que sofreram ataques de


discriminação e racismo nas redes sociais e locais públicos têm aumentado
a visibilidade para o problema. Cite três casos de famosos que foi vítima da
prática do racismo?

6. Segundo o texto, a intolerância religiosa no Brasil é passou a ser tratada de que


forma?

7. Para Florestan Fernandes, o racismo mascarado desempenhou importante papel na


manutenção das desigualdades na sociedade brasileira. Explique essa afirmação sobre o
racismo.

8. Ninguém nasce racista, racismo ou o conceito de raça, é um conceito construído


socialmente. Justifique essa afirmação.

9. O Brasil é um país que não possui uma religião oficial, sendo, assim, uma nação

a) agnóstica.

b) laica.

c) católica.

d) protestante.
10. , Débora Reis, publicou em seu perfil que uma senhora na fila de um
correspondente bancário disse que ela não tinha “cara de
médica”. “Minha nora também faz medicina, mas ela tem cabelos lisos,
olhos claros e é bem branquinha. Geralmente quem faz esses cursos se
veste de outra forma e hoje em dia até filho de faxineiro pode estudar”,
teria dito a mulher. Esse caso configura uma situação:

a) Respeito e valorização da diversidade.

b) Intolerância religiosa.

c) Preconceito.

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